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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Um exemplo da honradez dos homens públicos no Império do Brasil

O romancista Joaquim Manuel de Macedo, célebre autor de “A Moreninha”, Deputado Geral (o que equivaleria hoje a Deputado Federal) pela Província do Rio de Janeiro e membro do Partido Liberal, era um dos muitos professores a cargo da educação das filhas do Imperador Dom Pedro II, as Princesas Dona Isabel de Bragança, Princesa Imperial do Brasil, e Dona Leopoldina de Bragança.

     Em agosto de 1864, quando o Conselheiro Francisco José Furtado, igualmente membro do Partido Liberal, foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (isto é, Primeiro-Ministro) pelo Soberano, e se ocupou então de organizar o seu Gabinete, ele convidou Macedo a ocupar a prestigiosa posição de Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros.

     Informado de que o convite fora recusado, o Imperador mandou chamar Macedo a sua presença, indagando-lhe qual fora o motivo da recusa, levando-se em consideração que o escritor possuía muitas qualidades para ser um bom Ministro, ao que Macedo respondeu o seguinte:
– Admita-se que tenha as qualidades que Vossa Majestade me atribui. Mas eu não sou rico, e a riqueza é um requisito indispensável a um Ministro que queira ser independente. E eu não quero sair do Ministério endividado ou ladrão!

(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, escrito por Leopoldo Bibiano Xavier)


Um comentário:

  1. A república não tem homens como este. Existe sim um conluio formado por autoridades dos três poderes cumplices de toda espécie de crime.

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