O
romancista Joaquim Manuel de Macedo, célebre autor de “A Moreninha”,
Deputado Geral (o que equivaleria hoje a Deputado Federal) pela
Província do Rio de Janeiro e membro do Partido Liberal, era um dos
muitos professores a cargo da educação das filhas do Imperador Dom Pedro
II, as Princesas Dona Isabel de Bragança, Princesa Imperial do Brasil, e
Dona Leopoldina de Bragança.
Em agosto de 1864, quando o
Conselheiro Francisco José Furtado, igualmente membro do Partido
Liberal, foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (isto é,
Primeiro-Ministro) pelo Soberano, e se ocupou então de organizar o seu
Gabinete, ele convidou Macedo a ocupar a prestigiosa posição de Ministro
de Estado dos Negócios Estrangeiros.
Informado de que o
convite fora recusado, o Imperador mandou chamar Macedo a sua presença,
indagando-lhe qual fora o motivo da recusa, levando-se em consideração
que o escritor possuía muitas qualidades para ser um bom Ministro, ao
que Macedo respondeu o seguinte:
– Admita-se que tenha as
qualidades que Vossa Majestade me atribui. Mas eu não sou rico, e a
riqueza é um requisito indispensável a um Ministro que queira ser
independente. E eu não quero sair do Ministério endividado ou ladrão!
(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, escrito por Leopoldo Bibiano Xavier)
A república não tem homens como este. Existe sim um conluio formado por autoridades dos três poderes cumplices de toda espécie de crime.
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