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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 14 de novembro de 2020

O Exército Brasileiro não era republicano

                 Anos depois, pintaram um quadro da "proclamação".  Observe  a ausência do povo.

    Em relação à quartelada de 15 de novembro de 1889, nem mesmo se pode dizer, com veracidade, que o Exército era então maciçamente republicano. As Forças Armadas do Império – que se haviam coberto de glória nos campos de batalha da Guerra do Paraguai – eram majoritariamente monarquistas. O próprio Marechal Deodoro da Fonseca escrevera ao sobrinho, Clodoaldo da Fonseca, em carta de 30 de setembro de 1888, pouco mais de um ano antes de proclamar a República:

      “República no Brasil é coisa impossível porque será verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal-educados para republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a Monarquia; se mal com ela, pior sem ela [...] Não te metas em questões republicanas, porquanto República no Brasil e desgraça completa é a mesma coisa.”

     Deodoro não pretendia derrubar a Monarquia ao se colocar à frente das tropas amotinadas no Campo de Santana. Sua intenção era apenas forçar a substituição do Ministério Liberal, chefiado pelo Visconde de Ouro Preto, contra o qual o Exército alegava sérios agravos. Tanto isto é verdade que, ao adentrar o Quartel-General, em que estavam instalados Ouro Preto e seus Ministros, o velho Marechal não gritou “Viva a República!” – como consta na historiografia oficial –, mas sim bradou “Viva Sua Majestade o Imperador!”.

     Foi somente na tarde daquele fatídico dia 15 que Deodoro, então praticamente moribundo, acabou aceitando a deposição do Imperador Dom Pedro II, e o fez a muito contragosto, instado pelas mentiras dos líderes republicanos, seus aliados no golpe de Estado. Seu irmão, o Marechal Hermes da Fonseca, que comandava as tropas na Província da Bahia, relutou muito em aceitar o fim da Monarquia, e apenas reconheceu o novo regime no dia 18 de novembro, depois de ser informado de que a Família Imperial Brasileira havia partido para o seu injusto e penoso exílio na Europa.

(Baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira: com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, escrito pelo Professor Doutor Armando Alexandre dos Santos).

Publicado originalmente no Face Book Pró Monarquia

Um comentário:

  1. O exercito eu não sei, mas os generais que fazem parte deste governo são uns beija mão, uns cagões cumplices de todas as lambanças deste demente que está temporariamente na presidência da republiqueta brasileira.

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