Em artigo publicado no Jornal do Comércio, o general Otávio do Rêgo Barros, ex-porta-voz de Jair Bolsonaro, criticou a “arrogância e individualismo” de governantes.
Sem citar nominalmente Bolsonaro, o general afirmou que “alguns destes líderes têm como referência outros líderes mais poderosos e igualmente narcisistas”.
“Isso se desvenda em razão de que lhe falta, a esse líder subalterno, escopo político, ideológico e intelectual.”
“Se o seu narciso predileto é ofuscado pela ação democrática da população, pelo voto, o subalterno sente o chão se romper e um abismo se abrir. Suas referências se esvaem e a insegurança assume o comando de sua personalidade. Quando isso sucede, o reflexo da sua imagem no espelho se lhe revelará distorcida, como se fora alguém que ele cogitasse ser, mas não o é.
Produz-se em sua mente a transformação de moinhos de vento em cavaleiros desonrados e o Dom Quixote que vive nele parte com lança em riste para o ataque ao inimigo ilusório. O choque contra as pedras pontiagudas da torre deixar marcas doloridas.
Quebrem o espelho do narciso quando lhe for dada, a você eleitor, a oportunidade. Sem espelho, ele não se enxergará. Sem se enxergar, não se adorará. Sem se adorar, não nos prejudicará.”
Um texto de feitura impar. Os bolsonaristas deveriam lê. Já que ele não lê.
ResponderExcluirDemais..... e é a verdade nua e crua. Dolorida demais,mas é.....
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