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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Personalidades prestimosas do Crato - Por Antônio Morais.

 “Seu Pedro Felício".

Geraldo Duarte, residente em Fortaleza, é advogado, administrador e dicionarista. Foi Procurador Geral da Prefeitura de Fortaleza. 

Geraldo escreve uma croniqueta semanal no “Diário do Nordeste” e, vez por outra, aborda temas ligados ao Crato e ao Cariri. Esta semana ele publicou o abaixo:

Quadratura do círculo no Crato.

Pedro Felício Cavalcanti (1905–1991), ipuense, viveu com familiares a juventude no Crato, tendo estudado em Fortaleza.

Nesta capital, realizou o Curso Técnico em Contabilidade, na antiga Escola Fênix Caixeral, depois retornando à terra do Padre Cícero.

Professor, contador e poeta, fundou e gerenciou o Banco Caixeral, dirigiu a Associação Comercial, foi idealizador e instituidor do Colégio Municipal e das Faculdades de Ciências Econômicas e Faculdade de Direito.

Eleito e reeleito exerceu o cargo de prefeito durante dois mandatos (1963 a 1966 e 1973 a 1976), fazendo-se reconhecido, até a atualidade, devidos às destacadas obras públicas construídas em suas gestões.

Além de verdadeiro lutador pela implantação da Universidade Regional do Cariri (URCA), os moradores também lembram benfeitorias como a eletrificação rural, o Mercado Central, a Quadra Bicentenário, a reforma da Praça da Sé, as construções do Obelisco e Parque de Exposição Agropecuária, afora outros empreendimentos sócio-econômico-culturais.

Pedro Felício era gentil, simples, altamente metódico e conservador. Certa feita, caminhando inadvertidamente por uma das calçadas da cidade, pisou numa casca de banana, sofrendo desastrada queda e luxações. Desde então, jamais usou os passeios, deslocava-se exclusivamente pelo meio das ruas.

O neto, José Kleber Callou Filho, narra que o avô conversava com os cratenses Paulo Hélder, Ariovaldo Carvalho, Eron Pinheiro, Zé Albani Maia e outras pessoas, quando Paulo perguntou: “Seu Pedro, qual o motivo das obras que o senhor constrói serem, quase todas circulares? Como o formato da Rodoviária, das lavanderias e outras"?

Resposta imediata e deveras desconcertante: “Paulo, é porque no Crato ainda existe gente muito quadrada!”.

No caminho de casa, Kleber indagou o porquê do respostar e Pedro deu somente uma risada”.

2 comentários:

  1. Seu Pedro Felício, sério, mas muito bem humorado. Uma unanimidade de caráter, decência e ética moral.

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  2. Ele foi diretor da Escola Ténica de Comércio de Crato, instituição onde concluí o cursos de Contabilidade. Lembro-me muito dele: austero, competente e bom administrador.

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