Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

O NOVO ROMEIRÃO E A FALTA DE TIMES - Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Na medida em que se aproxima do final as obras do novo Estádio Mauro Sampaio, o "Romeirão", as águas do Rio Salgadinho, mesmo fora da quadra invernosa, transbordam de lágrimas pela falta de melhores times para representar o futebol da cidade.

O Icasa, apesar do esforço do França, Cléber, Zacarias e outros, tem perdido posições no ranking estadual e está longe de ser o que já foi. 

O Guarani não dá sinal de vida numa terceira divisão. Os espaços, outrora bem ocupados pelos dois, correm o perigo de serem perdidos para equipes com projetos políticos e de negócios.

Esse é um primeiro aspecto que trago nessa crônica. O outro, de cunho pessoal e emocional, diz respeito ao Romeirão, que nos proporcionou viver sorrindo, por um bocado de tempo. 

Em campeonatos locais e regionais, até se chegar às competições  estaduais, nacionais e grandes temporadas, foi uma felicidade só. 

Por essa razão, doeu na alma acompanhar a derrubada do velho estádio, lugar que marcou nossas mais caras lembranças.

O balanço do nosso eixo, entre a euforia pelo fato de Juazeiro ganhar um equipamento e o desapontamento, confesso ter uma razão. 

Desde quando destruíram o Maracanã por dentro, rasgando sua alma, internalizei uma repulsa à compulsão de derrubar estádios com finalidades deletérias.

Todo mundo sabe do que estou falando. Apesar disso, o nosso desejo é de que tudo dê certo, com uma certeza: o novo Romeirão não pode servir apenas como cartão postal ou trunfo político.

2 comentários:

  1. Prezado amigo Wilton Bezerra - Eu sou de uma época que o principal componente do futebol era o torcedor. O principal componente do espetáculo era a arquibancada lotada. A televisão retirou o torcedor de cena. O jogo começa depois das 22 horas porque carece apresentar primeiro a novela. O torcedor mais precavido não vai ao estádio, o mais preguiçoso vai dormir. O patrocínio da TV satisfaz meia dúzia de times grandes e o restante desaparece a mingua de quaisquer recursos. Uma negociação entre televisão e CBF facilita a corrupção e assim o futebol passou a ser um negocio seboso.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com o Morais. A novela em horário nobre tirou o torcedor do estádio.

    ResponderExcluir