Outro dia o escritor Carlos Rafael fez uma postagem no Cariricult nominando centenas de personalidades do Crato que marcaram o seu tempo pela graça, humor e alegria.
Na nominata do Carlos e dos comentaristas não lembro de ter encontrado João Aires de Aquino, o saudoso Dom João. Dom João era proprietário de um Bar muito frequentado em Crato. Os seus fregueses acorriam ao local menos pela cerveja gelada e pelos tira gostos e mais pelas lorotas e proezas do proprietário.
Um dia, Dom João comprou um carro de passeio e na primeira volta que foi fazer, pras bandas do Juazeiro, quando retornava fez uma manobra arriscada e foi abalroado por um ônibus.
No outro dia só se assuntava a historia do acidente. O carro acabou e Dom João foi parar na UTI do Hospital São Francisco. A cidade comovida com o acidente, população rezando pela recuperação e depois de 15 dias o paciente foi transferido da UTI para um quarto e passou a receber visitas dos amigos.
O poeta Zé Landim, depois de uma boa prosa, se despediu do amigo e deixou num guardanapo de papel em cima da mesa da quartinha da água de beber a presente sextilha:
O João Aires de Aquino
Um solteirão bem traquino
Que fala de todo mundo
Num acidente de veículos
Quebrou o par de testículos
E as quatro pregas do fundo.
Na nominata do Carlos e dos comentaristas não lembro de ter encontrado João Aires de Aquino, o saudoso Dom João. Dom João era proprietário de um Bar muito frequentado em Crato. Os seus fregueses acorriam ao local menos pela cerveja gelada e pelos tira gostos e mais pelas lorotas e proezas do proprietário.
Um dia, Dom João comprou um carro de passeio e na primeira volta que foi fazer, pras bandas do Juazeiro, quando retornava fez uma manobra arriscada e foi abalroado por um ônibus.
No outro dia só se assuntava a historia do acidente. O carro acabou e Dom João foi parar na UTI do Hospital São Francisco. A cidade comovida com o acidente, população rezando pela recuperação e depois de 15 dias o paciente foi transferido da UTI para um quarto e passou a receber visitas dos amigos.
O poeta Zé Landim, depois de uma boa prosa, se despediu do amigo e deixou num guardanapo de papel em cima da mesa da quartinha da água de beber a presente sextilha:
O João Aires de Aquino
Um solteirão bem traquino
Que fala de todo mundo
Num acidente de veículos
Quebrou o par de testículos
E as quatro pregas do fundo.
Essa brincadeira do Jose Landim lhe rendeu uma boa e duradoura intriga. Só o tempo foi capaz de desfaze-la.
ResponderExcluirSeu Morais não era pra ser "de menos" o resultado do trabalho do poeta José Landim, eu diria que ele é a continuação do trabalho de Gregorio de Mattos, o "Boca do Inferno", lá do período colonial!
ResponderExcluirMorais:
ResponderExcluirinvejável sua prodigiosa memória para guardar causos interessantes...
Ahhh, só pra relembrar um pouco da poesia satírica do Gregório de Matos, deixo esse poema dele no qual debocha das reuniões das bruxas e dos rituais em que se acreditavam que fizessem na época:
ResponderExcluir"Dormi co diabo à destra e fazei-lhe o rebolado
porque o mestre do pecado também quer a puta mestra
e se na torpe palestra tiveres algum desar,
não tendes que reparar, que o diabo quando embreca
nunca dá a beijar a boca e no cu o heis de beijar." Gregório de Matos, vulgo "O Boca do Inferno". O José Landim com seus versos me fizeram lembrar desse nosso poeta da colônia... rsrsrsrsrs