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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 31 de outubro de 2023

ZOOLÓGICO HUMANO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Diante dos absurdos que as notícias trazem, imaginamos que já vimos tudo. Não é bem assim.

Um tal de Turismo de Favela expõe a nossa miséria como atração turistica.

Áreas de desigualdades são gentrificadas com a instalação, pelos governos, de equipamentos que até as tornam menos "exóticas".

Não é preciso dizer que esses "melhoramentos" não chegam para o bico dos moradores. É só para gringo ver e descaracterizar os lugares.

Muito pior que isso poderia ter acontecido no Nordeste.

Em 1987, quando era presidente da Embratur João Dória (sempre ele) reuniu, em Fortaleza, 300 empresários do setor turístico, jornalistas e representantes do governo, com a ideia de transformar a seca em atração turística.

Isso mesmo: os flagelados famintos e a caatinga como pontos de visitação turistica.

Seriam construídos albergues turísticos na região. A nossa miséria mostrada ao vivo.

Uma espécie de zoológico humano.

Para quem duvida da veracidade dessa rejeitada ideia de jerico, sugerimos ler os jornais da época.

É fogo, irmão

245 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Chico Danga e o Abravanel. 

Quando Abravanel anunciou os 25 números premiados foi aquela algazarra. 

O bodegueiro quando soube da novidade reabriu o crédito fornecendo meia caixa de cerveja e três galetos.

Não demorou muito chegaram pelo correio as passagens aérias que levariam o novo milionário a conhecer Sílvio Santos no "Topa Tudo por dinheiro".

A irmã Amélia matou uma galinha e fez uma lata de farofa para o guizado na viagem. 

Não sabia que era falta de educação falar com a boca cheia, e, haja farofa no paletó de um Deputado Federal que retornava de Várzea-Alegre onde recebeu a "Medalha Papai Raimundo", e, teve o infortúnio de viajar lado a lado com o emergente.

Quando estava no rola rola atracado com a Sheila do Tchan, recebeu um balde d'água fria no rosto : Acorda coisa ruim, vai trabalhar, chega bêbado de madrugada e quer dormir até o meio dia!

Era a mulher acordando-o do sonho para mais um dia de batente, vendendo água de porta em porta num jegue.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Doutorandos da Escola do Mikey - Por Antônio Morais.

O meu presente de Natal naquele 22 de Dezembro de 2009,  eu fui buscá-lo na minha terra, em Várzea-Alegre.

Solicito cinco minutos do seu precioso tempo. Veja o baile de Formatura da Escola do Mickey . "São 57 Doutores do ABC e seus padrinhos, familiares e amigos". Tem um "pixotutinho" que é uma gracinha. Veja, você vai gostar, com certeza. Hoje, 2018,  são  rapazinhos e mocinhas. Vale a lembrança.

Uma postagem toda especial, dedicada exclusivamente  aos varzealegrenses.




244 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Há cinqüenta anos, poucas residências possuíam em seu interior banheiros e, por conseguinte, vasos sanitários. As convenientes suítes eram praticamente desconhecidas naquela época, sobretudo em pequenas cidades do interior cearense, como Várzea-Alegre, onde ainda não havia, sequer, a cômoda água encanada.

O banheiro da casa da Rua Duque de Caxias, como em todas as outras residências, era localizado bem no fundo do quintal. Seu acesso era bastante difícil, principalmente à noite, pois no trajeto era necessário descer vários degraus de escada.

Rosa Amélia, irmã mais velha, durante o período noturno, após o dia de estafante trabalho, fazia suas necessidades em um penico. Logo pela manha, encarregava Antonio Ulisses, ainda menino, de jogar os dejetos na distante cintrina, sob a promessa de pagar-lhe alguns tostões.

Na época, Rosa Amélia, jovem e bonita, trabalhava no estabelecimento comercial de propriedade dos seus primos Toin e Joãozinho Costa, próximo da residência da Rua Duque de Caxias, onde atualmente funciona o Armazém Itaúna, de Fabiana Meneses Costa.

Antonio Ulisses, como não recebia o pagamento pela desagradável tarefa de transportar o penico e seu conteúdo para a retrete, ia para a porta do estabelecimento comercial de vendas de tecidos e, caminhando na calçada da loja, ameaçava sua irmã, falando:

Se não me pagar o que me prometeu eu digo.

Com isso, Rosa Amália, mocinha nova, nervosa e envergonhada, cheia de pudores, sabedora das peraltices e da coragem de seu mano, cuidava logo de quitar tal divida, sob pena de o irmão trazer a publico o melindroso episodio do penico.

Do Livro Conte essa, Conta aquela – Dr. Flavio Costa Cavalcante.


243 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Com a permissão autorizada pelo autor Dr. Flávio Costa Cavalcante, foto fiz uma coletaria de algumas historias do saudosa Antônio Ulísses e lá vai a primeira:

"Os dez mandamentos":
Durante um certo período, quando ainda solteiro, Antônio Ulísses, habitou com alguns outros rapazes em uma Republica, localizada no inicio da rua dos Perus/Coronel Pimpim.
Como aconteceu em todos os outros em que morou, o local foi bastante frequentado pelo seu grupo de amigos.
Aquela habitação coletiva, além do clima de alegria constante, marcou época pela completa falta de organização dos seus moradores. Antônio Ulísses, contudo, tentou colocar ordem na casa, afixando, logo na entrada, um belo cartaz confeccionado pelo artista e pintor varzealegrense Ildefonso Vieira Lima - Delfonso, contendo os "10 mandamentos da Republica":

01 - Proibido cagar no chão.
02 - Quem entrar por ultimo escore a porta com a pedra.
03- Não jogue o copo dentro do pote.
04 - Não use o penico para encher o pote.
05 - Não cuspa nem escarre nas paredes.
06 - Lave sua rede pelo menos uma vez por ano.
07 - Desarme sua rede quando viajar para outra localidade.
08 - O que você ouvir aqui, favor espalhar por toda cidade.
09 - 30 de Fevereiro - dia da faxina geral.
10 - Colabore com a desorganização do ambiente.
-
Historia do Antônio Ulísses contada pelo sobrinho Dr. Flávio Costa Cavalcante, em seu livro: Conte essa, conte aquela.


Monsenhor Joviniano Barreto, o Mártir do Dever - Por Armando Lopes Rafael



Monsenhor Joviniano foi assassinado no dia da inauguração do maior templo católico do Cariri: o Santuário de São Francisco das Chagas, em Juazeiro do Norte

O ano de 1950 começou promissor para Juazeiro do Norte. A comunidade católica daquela cidade preparava-se para comemorar – no mês de março – os 15 anos do profícuo paroquiato de Monsenhor Joviniano Barreto. Este, por sua vez, após ajudar, meses antes, na instalação da Congregação Salesiana em Juazeiro do Norte, aguardava o dia 6 de janeiro, data marcada para o lançamento da pedra fundamental do Convento e Seminário dos Capuchinhos, frades recém-chegados a Juazeiro do Norte, após pacientes negociações feitas entre o Bispo de Crato, Dom Francisco de Assis Pires – com decisiva participação do Monsenhor Joviniano Barreto – e a Província Franciscana.

     A quase totalidade da população ordeira e humilde de Juazeiro do Norte professava a religião católica. E, como ocorre em toda cidade em fase de grande crescimento, Juazeiro do Norte abrigava alguns portadores de paranoias esquizofrenias. Um deles, Manoel Pedro da Silva, natural de Açu, Rio Grande do Norte, vinha, nos últimos meses, insistindo (junto a monsenhor Joviniano) para que o vigário o casasse com uma senhora já casada. Em vão o sacerdote explicou ao desequilibrado homem que a Igreja Católica proibia a realização desse matrimônio. Consta que, por algumas vezes – por vingança ante a recusa do sacerdote em realizar o ilegal casamento – Manoel Pedro procurou assassinar Monsenhor Joviniano. Uma dessas tentativas teria sido planejada para a Missa de Natal. E só não foi concretizada, pois, na hora prevista, faltou coragem a Manoel Pedro para praticar o homicídio.

     Mas, no início da fatídica noite de 6 de janeiro de 1950, após a solenidade de lançamento da pedra fundamental do convento dos capuchinhos, Manoel Pedro veio na direção de Monsenhor Joviniano e lhe desferiu profunda facada no coração, matando-o na hora.  A pedra fundamental do convento dos capuchinhos foi, assim, regada pelo sangue desse servo bom e fiel, um “Mártir do Dever”.

     Monsenhor Joviniano Barreto nasceu no município de Tauá, no Sertão dos Inhamuns, em 05 de maio de 1889. Oriundo de família de sólida formação católica era afilhado de crisma do segundo bispo do Ceará, Dom Joaquim José Vieira.

    Estudou no Seminário da Prainha, em Fortaleza, onde recebeu ordenação sacerdotal em 22 de dezembro de 1911, aos 22 anos. Enquanto aguardava a idade canônica para receber a ordem do presbiterato lecionou naquele Seminário, entre 1908 e 1909 e no Colégio São José de Crato, entre 1910 e 1911.
     A criação da Diocese de Crato veio encontrar o então Padre Joviniano Barreto como vigário-cooperador de Lavras da Mangabeira. Posteriormente, ele foi Cura da Catedral de Crato, Secretário do Bispado, professor e reitor do Seminário Diocesano São José, vice-presidente do Banco do Cariri (pertencente à diocese) e diretor do Ginásio, hoje Colégio Diocesano.

      Segundo o escritor Mário Bem Filho: “Na administração episcopal de Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, primeiro bispo de Crato, Monsenhor Joviniano Barreto era o padre de maior projeção da diocese. Homem apostólico, dedicado, trabalhador, inteligente e culto. Tinha um caráter forte e uma personalidade marcante. Contava com a amizade e estima de todo o clero diocesano. Impôs-se pela bondade. No governo do segundo bispo, Dom Francisco de Assis Pires, Monsenhor Joviniano era depositário de toda a confiança do pastor diocesano que o tinha como conselheiro. Dom Francisco mandava-o chamar frequentemente, ao Palácio Episcopal, para ouvi-lo”.

       Com a morte de Monsenhor Esmeraldo, vigário de Juazeiro do Norte, ocorrida em outubro de 1934, aquela paróquia ficou novamente vaga e o Bispo de Crato encontrava dificuldades junto aos seus padres para que um deles assumisse aquela jurisdição paroquial. Um grupo de senhoras de Juazeiro do Norte veio, certa vez, ao Seminário São José, em Crato, pedir monsenhor Joviniano para aceitar a missão de pastor dos juazeirenses. Ele respondeu negativamente ao pedido. Dias depois, sem que ninguém soubesse o motivo da mudança, Monsenhor Joviniano procurou Dom Francisco e disse que aceitava a nomeação para Vigário de Juazeiro do Norte, uma função que representava, àquela época, um grande desafio. Assumiu a Paróquia de Nossa Senhora das Dores em 26 de março de 1935. Durante 15 anos reorganizou a vida paroquial. Dinamizou as associações religiosas.

         Reformou totalmente a igreja-matriz – hoje Basílica Menor – de Nossa Senhora das Dores,  deixando-a com o aspecto como está hoje. Ajudou na evolução social da Terra do Padre Cícero, participando de todas as iniciativas que representavam progresso para Juazeiro do Norte.  Foi professor da Escola Normal Rural e concluiu sua profícua missão pastoral em 6 de janeiro de 1950, passando à história como “O Mártir do Dever”.

Na primeira foto, Monsenhor Joviniano. Na segunda foto acima, sentado à direita de Dom Quintino, monsenhor Jovianiano Barreto. Acima, em pé, da esquerda para a direita: monsenhor Francisco Assis Feitosa o cônego Manoel Feitosa.

Época do tudo pronto - Por Pedrinho Sanharol.

Os dias de hoje são a época da mediocridade e da insensibilidade, da paixão pela ignorância, pela preguiça, pela incapacidade de agir e pela necessidade de tudo pronto.

Eu parei de me explicar quando percebi que as pessoas só entendem o que elas querem.

Antes de enganar alguém lembre-se : A verdade anda devagar mas sempre chega ao seu destino.

Quando você começa a focar em você, o único arrependimento que você tem, é de não ter começado antes.

A única meta de Lula é o poder - Por Felipe Moura Brasil, O antagonista.

Presidente desautorizou ministro Fernando Haddad ao afirmar que rombo fiscal não precisa ser necessariamente zerado no próximo ano

Lula afirmou hoje, durante evento no Palácio do Planalto, que o rombo fiscal não precisa ser necessariamente zerado no próximo ano. Na prática, o presidente desautorizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, deputado Danilo Forte, do União Brasil, chamou a fala de Lula de “brochante”.

A SULA FICOU COM A LDU - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Fortaleza e LDU fizeram um jogo duro e tensionado na decisão da Sul-Americana.

O time equatoriano exagerou no jogo brusco, para interceptar as jogadas do Fortaleza.

O tricolor cearense teve as  iniciativas e levou a LDU para uma postura mais defensiva.

Marinho, por preciosismo, deixou de finalizar na rara oportunidade que o Fortaleza criou.

Firme na defesa, com Britez e Titi, e com excelente partida de Zé Wellison, o Leão não foi importunado pelos equatorianos na primeira fase.

No segundo tempo, os dois gols em 10 minutos incendiaram o jogo.

A LDU saiu da configuração obedecida no primeiro tempo e o Fortaleza respondeu.

Jogo aberto, na base do lá e cá.

Reconheça-se duas coisas favoráveis à LDU: resistiu melhor ao desgaste físico e foi mais feliz com as colocações de Alzugaray e Alvarado.

No Fortaleza, Pochettino cresceu no jogo e acabou  substituído por cansaço.

Galhardo, Romero e Machuca não ajudaram muito, quando entraram.

Na prorrogação, a exaustão das duas equipes não trouxe acontecimentos maiores para o jogo.

Nas penalidades, os goleiros fizeram bonito e, entre os cobradores, a LDU acabou levando a melhor.

Os tricolores não devem ficar tristes. Pelo contrário, devem voltar orgulhosos pelo grande feito do time.

domingo, 29 de outubro de 2023

Historias de varzealegrenses dos cinco aos noventanos - Por Pedrinho Sanharol

Historias que ouvir do meu neto João Pedro e do meu amigo, parente e camarada Pedro de Joaquim Piau. O encontrou ocorreu por ocasião de uma visita entre os dois.

Pedro Piau olhou os apetrechos de caçador do João Pedro e encontrou um quicé no bisaco e perguntou a serventia. A resposta veio em cima da bucha: Quando o meu avô era assim do meu tamanho e da minha idade, ele foi caçar no Garrote. No meio do mato foi surpreendido por uma onça que o engoliu vivo.

Quando vovô estava na barriga da onça todo melado de sangue e de merda, na maior escuridão, lembrou da quicé que estava no bisaco. Então foi cortando a barriga da onça de dentro pra fora até quando ela esmoreceu e vovô saiu pelo buraco. Por essa razão tenho essa faquinha guardada no bornal. Disse João Pedro.

Entre risos e sustos Pedro Piau iniciou a sua historia. Pois bem, com você são três "João Pedro" que eu conheço: Um meu neto, um dos Grossos bisneto de Pedro Batista e você. 

E começou a historia: Eu tinha um tio chamado Joaquim Vieira e ele retornava de uma viagem ao Crato numa burra muito boa. Na travessia tinha uma onça. Quando a onça correu ele botou atrás e quando chegaram onde tinha uma gruta a onça entrou, no que foi seguido por meu tio.

No final da gruta a onça virou-se e preparou o bote. O meu tio receoso ficou a certa distancia e ao virar-se para trás observou outra onça com o bote armado na entrada da gruta. Perguntado qual o resultado, meu tio respondeu: ora qual foi, elas me comeram!

Causos de cinco a noventa anos. Bem contados sob o meu olhar contemplativo e de admiração de um avô coruja e um amigo que quer bem.

Abrace - Por Pedrinho Sanharol.

Os doces liames de família são a candura das afeições que não se esvaem com o tempo.

Ninguém sabe quando será o último abraço. 

Por isso, por precaução ou por amor, abrace sempre como se fosse a última vez.

sábado, 28 de outubro de 2023

A realidade se impôs, Lula - Por Wilson Lima, O Antagonista.


Lula enfrenta um desafio sem precedentes em 2023: Congresso oposicionista, popularidade em queda e economia brasileira em recuperação

O presidente Lula sempre foi conhecido nos bastidores de Brasília como um animal político, como um homem com capacidade de articulação acima da média, como aquele que conseguiria destravar qualquer nó, por mais difícil que fosse. 

Eu confesso que sempre questionei essa máxima propalada nas rodas de conversa de Brasília. Afinal de contas, como já falei em várias edições do Papo Antagonista, é impossível se comparar o Lula de 2003 com o de 2023.  

Conseguir uma maioria no Congresso com apoio popular, economia forte e utilizando-se de métodos como a cooptação de parlamentares, como nos mandatos Lula 1 e Lula 2, é algo relativamente simples para quem tem algum tipo de leitura de cenário.  

Em 2023, a conjuntura é outra. Lula enfrenta um Congresso oposicionista, sua popularidade não é a mesma e a economia brasileira está em recuperação. Isso sim é um desafio para um “animal político”. 

O fato é que a realidade se impôs e Lula vê-se cada vez mais refém do Centrão.

Nesta semana, o presidente entregou a presidência da Caixa para o grupo de Arthur Lira; o próximo passo, é entregar as 12 vice-presidências do banco. Isso sem qualquer garantia de que o governo conseguirá obter a tão sonhada maioria folgada na Câmara, para que Lula consiga fazer avançar as suas pautas. 

“Eu fiz um acordo com o PP, com o Republicanos. Acho que é direito deles terem espaço no governo. Indicar uma pessoa que já esteve na Caixa, que já foi na Caixa, que já esteve no Ministério das Cidades, que tem currículo para isso. E eles juntos têm mais de 100 votos, e eu precisava desses votos para continuar governando”, disse Lula durante um café da manhã hoje para jornalista. 

Lula não é bobo, isso é fato. Não se sobrevive por aproximadamente 50 anos na atividade política sem qualquer tipo de articulação. Mas Lula está longe de ser um gênio, isso fica cada vez mais claro.

EM BUSCA DO TÍTULO INÉDITO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Um minúsculo pedaço do País de Abdúlio Varela e Eduardo Galeano vai abrigar a decisão da Copa Sul-Americana.

Seria para nós, cabeças chatas,  pouco interessante, não houvesse um time nordestino representando o Brasil.

E esse time é o Fortaleza. O tricolor cearense de vertiginoso crescimento nos últimos tempos.

Não tivesse a CONMEBOL criado dificuldades quanto à logística para o torcedor, certamente, teríamos uma invasão cearense em torno desse jogo.

Mesmo assim, os torcedores do Leão têm dado demonstrações de amor e apoio ao clube no deslocamento até Maldonado.

Driblando todo tipo de obstáculo, inclusive, financeiro, o torcedor leonino parece anteceder a conquista de um título inédito.

E não duvidemos de um time que, de Rogério Ceni a Vojvoda, tem dado demonstrações de maturidade em momentos decisivos.

O Fortaleza não estará só. Quem se deslocou a Maldonado levou o tricolor na alma e no coração.

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Lula, entre a burrice e a irresponsabilidade - Por Carlos Graieb.

Ao rasgar definitivamente a fantasia da responsabilidade fiscal, o presidente confirma as piores expectativas do mercado e cria dificuldades para si mesmo no Congresso.

O fato de que o déficit fiscal não seria zerado no ano que vem era um segredo de polichinelo. Ninguém no mercado acreditava nisso, como mostrou uma pesquisa Focus divulgada em agosto pelo Banco Central: na média das projeções de mais de 100 instituições financeiras, o Brasil só alcançaria essa meta em 2028.

Ainda assim, Fernando Haddad vinha mantendo até hoje o discurso de que o propósito estava de pé. Há duas maneiras de interpretar esse comportamento.

A primeira é que Haddad achava importante mostrar ao mercado que o governo está realmente comprometido com a responsabilidade fiscal.

A segunda é que a busca quixotesca do déficit zero simplesmente ajudava Haddad a negociar no Congresso a sua pauta econômica, que consiste, antes de mais nada, em encontrar novas fontes de arrecadação.

A primeira hipótese é um pouco ingênua, a segunda talvez seja excessivamente cética. A verdade deve estar numa combinação das duas.

Seja como for, Lula rasgou a fantasia nesta sexta-feira, 27. Em um café com jornalistas, ele disse que a meta fiscal não precisa ser zero. “Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo um corte de bilhões nas obras que são prioritárias nesse País”, disse o presidente.

Foi uma burrice e uma irresponsabilidade.

A resposta do mercado veio imediatamente. Como mostrou o Antagonista, os juros futuros e o dólar dispararam logo depois de o presidente demonstrar que os compromissos assumidos na negociação do novo arcabouço fiscal eram conversa para boi dormir. Talvez Lula não se importe muito, pois acha que todas as demandas por contenção fiscal decorrem do “excesso de ganância” do mercado (ele também disse isso nesta sexta).

O que Lula talvez venha a lamentar é a reação do Congresso à sua entregada de jogo. Se o governo não leva a sério a necessidade de conter gastos, por que os deputados e senadores deveriam levar? Ou, dito de outra maneira: se o governo não quer fazer ajustes, que sempre são desagradáveis, por que o Congresso deveria arcar com esse desgaste?

E daí devem vir mil demandas por aumento de recursos para emendas parlamentares e outras tantas resistências a medidas que contrariam os interesses grupos econômicos na reforma tributária, sem falar nas pressões para que a União compense os estados por esta ou aquela perda de arrecadação etc. etc. Essa é a regra no Brasil: se o governo dá mostras de querer gastar, todo mundo quer entrar na festa. E todas as demandas são igualmente “prioritárias”.

Inevitável - Por Pedrinho Sanharol.

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e movimentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angustia, das vésperas de finais de ano. Em fim, do companheirismo vivido.

Em breve cada um vai para o seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar.

Quem sabe nas mensagens trocados. Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens. Passarão dias, meses, anos, até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo.

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto. A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente.

Quando o nosso grupo estiver incompleto, nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lagrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado, para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E nos perderemos no tempo mais uma vez.

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixe que a vida passe em branco e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

242 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


José Raimundo de Morais.

Tenho muito orgulho da singeleza e humildade que caracterizaram a vida do meu pai. Na década de 60 do século passado café era um produto difícil de se encontrar no mercado. As sacas que chegavam a Várzea-Alegre eram contrabandeadas, escondidas nas mercearias e pouca gente podia adquirir.

Naquela época também não existiam as embalagens de hoje, sacos e sacolas plásticas. Os produtos eram colocados em pacotes feitos com papel de embrulho, fácil de estragar.

O meu pai comprou cinco quilos de café cru na mercearia de Luiz Cavalcante, de quem foi fregues e amigo por toda sua vida, e quando passava na Rua dos Lobos, em frente à casa do Chico de Umbelino, o pacote se desfez e foi caroço de café pra todo lado. Papai ia saindo quando o Chico gritou: compadre José André pegue este saco e vamos juntar o café, quando chegar em casa você manda separar as impurezas e quando torrar a temperatura mata qualquer espécie entranha que porventura exista. Dito e feito, nesse dia, o serviço nosso foi catar caroço por caroço, um por um.

O meu pai nasceu e viveu no sitio Sanharol a um km da sede do município, hoje, um bairro da cidade. Oito dias depois resolveu ir novamente à cidade e para não devolver o saco vazio apanhou no armazém uns 10 quilos de fava para levar como gratificação para o Chico de Umbelino, que era seu compadre.

Quando chegou à porta da casa, bateu palmas. A mulher gritou da cozinha quem é lá? Um menino botou a cabeça no corredor e viu meu pai com o saco no ombro e disse: mãe é um velho pedindo esmola!

A comadre saiu com uma xícara de fava para doá-lo.



241 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Minha prima Francisquinha, filha do casal Antônio Inácio e Nazaré de Teté, era uma moça prendada, religiosa, recatada e bem aplicada nos estudos. 

Possuía uma alegria com que fazia aquele seu perfil fosse uma representação da alegria de Várzea Alegre.

Certa vez ela arranjou um namoro com um moço do sítio Cajazeiras, que tinha um comportamento completamente diferenciado do seu. Era muito violento e já tinha praticado alguns delitos.

Um dia o pai chegou da roça e encontrou a filha chorando. O pai que conhecia a filha sempre alegre perguntou:
O que aconteceu Francisquinha? 
Porque esse choro?
A filha entre um soluço e outro respondeu:

Pai. Foi porque meu namorado disse que vai acabar o namoro, porque eu sou muito cafona, não deixo ele nem pagar na minha mão.

"Apois mia fia". Eu vou arranjar um cacete e você vai mandar dizer a ele que venha, que eu quero ter um namoro "mericano" com ele.



240 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ.
SECRETARIA DE INFORMÁTICA
COORD. DE ESTATÍSTICAS E INFORMAÇÕES ELEITORAIS
SEÇÃO DE ESTATÍSTICAS
ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 15 de novembro de 1988
MUNICÍPIO DE VÁRZEA ALEGRE/CE
CARGO NÚMERO SITUAÇÃO CANDIDATO VOTOS.

PREFEITO - ELEITO JOÃO ALVES DE LIMA - 6843
VICE-PREF.   FRANCISCO BITU COSTA     

PREFEITO - NÃO ELEITO ANTÔNIO ROLIM DE MORAIS - 6560
VICE-PREF.  ANTÔNIA DALICE DE OLIVEIRA        

PREFEITO -  BRANCOS 2720
PREFEITO -  NULOS 148

VEREADOR ELEITO ANTÔNIO FRANCISCO DA SILVA 615
VEREADOR ELEITO ANTÔNIO FERNANDES DE LIMA 528
VEREADOR ELEITO JOSUÉ ALVES DE LIMA 477
VEREADOR ELEITO ANTÔNIO FIÚZA DE ALENCAR 462
VEREADOR ELEITO JOSÉ BITU DE OLIVEIRA 444
VEREADOR ELEITO VALDECI ALVES CORREIA 431
VEREADOR ELEITO LUIZ CORREIA LEANDRO 424
VEREADOR ELEITO JOAQUIM INÁCIO NETO 416
VEREADOR ELEITO ANTÔNIO DO CARMO DA COSTA 393
VEREADOR ELEITO FRANCELINO PEREIRA DE SOUSA 381
VEREADOR ELEITO JOSÉ CARLOS DE ALENCAR 369
VEREADOR ELEITO JOSÉ BATISTA ROLIM 362
VEREADOR ELEITO FRANCISCO BEZERRA QUINCAS 358
VEREADOR ELEITO ESTEVALDO LEANDRO DE SOUZA 357
VEREADOR ELEITO JOSÉ PRIMO DE MORAIS 353
VEREADOR ELEITO JOSÉ CAETANO DA SILVA 310
VEREADOR ELEITO JOSÉ EDMILSON SOARES 200

Uma maioria de 283,  nulos e brancos - 2.868 votos.



Prevenção - Por Pedrinho Sanharol.

Ao ver o marido vestindo o paletó, a esposa perguntou:

Aonde você vai?

Vou ao médico.

Por que? Você está doente?

Não. Vou ver se ele me receita esse tal de 'Viagra'.

A esposa levantou-se da cadeira de balanço e começou a vestir o casaco.

Ele perguntou:

E você? Aonde vai?

Ao médico, também.

Por que?

Quero pedir para tomar uma antitetânica.

Mas, por que?

Vai que essa coisa velha e enferrujada volte a funcionar!

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Senado começa discussão sobre PEC que limita decisões do STF - O Antagonista.


PEC veda decisão monocrática que suspenda eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral ou que suspenda atos do Executivo ou Legislativo

O Senado teve nesta terça-feira, 24, a primeira sessão de discussão da Proposta de Emenda à Constituição que limita decisões monocráticas e pedidos de vista no Supremo Tribunal Federal (STF). O texto (PEC 8/2021) precisa passar por outras quatro sessões antes de ir para votação.

De acordo como a proposta, fica vedada a concessão de decisão monocrática que suspenda a eficácia de lei ou ato normativo com efeito geral ou que suspenda ato dos presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional.

Decisão monocrática é aquela proferida por apenas um magistrado.

Por se tratar de PEC, o texto ainda precisa passar por votação em dois turnos.

A vida - Por Pedrinho Sanharol.

Viver nada mais é do que dobrar esquinas; uma após a outra, até que se dobre a última.

Nascemos para celebrar a vida e entender que depois de Deus o que mais precisamos é um do outro.

Não há ninguém tão pobre que não possa ajudar, nem tão rico que não precise de ajuda.

Se você ama a vida aproveite o tempo, a vida é feita desse material. 

Nada pode ser feito ontem.

239 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Eloí Teles de Morais nasceu no sitio Baraúnas município de Várzea-Alegre. Fixou residência em Crato onde dedicou sua vida na defesa do folclore e da cultura. Com os programas "Coisas do meu sertão e Forró da casa grande" marcou a radiofusão da região do cariri.

Quando estava  terminando o curso de direito, precisou fazer um estágio e conseguiu agendar  um juri  na  cidade de Várzea-Alegre. Quando chegou no fórum tomou conhecimento que os 14 juris anteriores os réus  haviam sido livres. 

O que ia fazer a defesa  era de uma mulher que havia jogado  um filho  no  lixo. Eloí se agarrou a um artigo da lei que  diz - "48 horas antes ou depois do parto a mulher não tem responsabilidade e não responde por seus  atos. A mulher foi absolvida.

O juiz de Várzea-Alegre era  o Dr. Maurício de Abreu Tranca, conhecido por Dr. Tranca.

Elói apanhou uma folha de papel, fez essa quadrinha e deixou na mesa do Juiz : 

Várzea-Alegre, terra do Contraste.
Na justiça também,
O juiz é Dr. Tranca,
Porém, não tranca ninguém.


238 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ.
SECRETARIA DE INFORMÁTICA.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 15 de novembro de 1972.
MUNICÍPIO DE VÁRZEA ALEGRE.
SEÇÃO DE ESTATÍSTICAS ELEITORAIS.
CARGO PARTIDO SITUAÇÃO CANDIDATO VOTOS.


PREFEITO ELEITO LOURIVAL FRUTUOSO DE OLIVEIRA - 3988
VICE-PREF - JOSÉ ODMAR CORREIA                                       "


PREFEITO NÃO ELEITO FRANCISCO CORREIA LIMA - 3190
VICE-PREF - GERALDO ALVES BITU                                  "
NULOS 64
BRANCOS 133

VEREADORES :

ELEITO JOAQUIM INÁCIO NETO 637
ELEITO FRANCELINO PEREIRA DE SOUSA 587
ELEITO PEDRO DE MORAIS PINHO 537
ELEITO JOAQUIM ALVES BEZERRA 422
ELEITO JOSÉ PRIMO DE MORAIS 413
ELEITO JOAQUIM GOMES FIÚZA 395
ELEITO ANTÔNIO DO CARMO COSTA 362
ELEITO JOSÉ CARLOS DE ALENCAR 648
ELEITO FRANCISCO LEANDRO DA SILVA 400
ELEITA ROSA AMÉLIA DE CARVALHO COSTA 357
ELEITO VICENTE SANCHO DA SILVA 258


237 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ.
SECRETARIA DE INFORMÁTICA.
SEÇÃO DE ESTATÍSTICAS ELEITORAIS.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 15 de novembro de 1970.
MUNICÍPIO DE VÁRZEA ALEGRE.
CARGO PARTIDO SITUAÇÃO CANDIDATO VOTOS.

PREFEITO Eleito Antônio Afonso Diniz  - 4.088
VICE-PREF.Carlos Renir Correia Leandro    "


ELEIÇÃO DE CANDIDATURA ÚNICA - Na foto o prefeito Pedro Sátiro, o deputado Antônio Diniz e o governador Virgílio Távora.

VEREADORES ;

Eleito José Primo de Morais 409
Eleito Francelino Pereira de Sousa 401
Eleito Joaquim Alves Bezerra 352
Eleito Pedro de Morais Pinho 337
Eleito Joaquim Inácio Neto 333
Eleito José Odmar Correia 287
Eleito Geraldo Alves Bitu 335
Eleito José Carlos de Alencar 295
Eleito João Bezerra Lima 187

Houve um movimento contrário e de repulsa a decisão dos chefes políticos encabeçados por alguns  jovens estudantes da época. Liderados por  João Piau, Odalice leandro e outros. 

Os cofres  foram abertos, e, mesmo assim  os votos nulos, brancos e abstenções superaram todas as expectativas.

236 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Bàrbara de Morais Rego, outra filha de José Raimundo do Sanharol que deixou pequena descendência. 

Casou-se com Pedro  de Sousa Rego de famílias dos Inhamuís, fazenda Poço da Roça.

O casal deixou dois filhos :

José de Sousa Rego - Pai de Raimundo de Sousa Rego e Barbara de Sousa Rego casada com Antônio André do Roçado Dentro.

Antônio de Sousa Rego, do Roçado Dentro, musico afamado, executava  uma harmônica com esmero, tocava clarinete, viola e pífano, era um musico completo. 

Casou três vezes. Do seu primeiro  matrimonio com Ermelinda Alves Bezerra não tiveram  filhos. 

Do segundo casamento com  Raimunda  de Morais Rego,  filha de José do Sapo do Roçado Dentro nasceram  - José, Barbara e Raimunda.

Do seu terceiro  casamento com Leolina Alves Bezerra nasceram  Joselina, Antonito,  Matias, Pedro Sousa e Assis.

Família de músicos. A arte passando de pai para filho.


235 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ
ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 03 DE OUTUBRO DE 1958.
SEÇÃO DE ESTATÍSTICAS ELEITORAIS
CARGO PARTIDO CANDIDATO VOTOS

PREFEITO Dário Batista Moreno 2542
VICE José Alves de Lima 2482

vereadores;

Jocildo Figueiredo Correia 466
Acelino Leandro da Costa 439
Antônio de Sousa Guedes 350
José Carlos de Alencar 316
Joaquim Inácio Neto 249
Nicolau Alves de Oliveira 510
Joaquim Alves Bezerra 353
Manuel Alves Bezerra 337
Francisco Leandro da Silva 312
João Frutuoso de Oliveira 267

Essa eleição foi marcada por fraldes na apuração. Feita a devida correção, chegou-se ao resultado acima. Observa-se que o candidato a prefeito tirou 60 votos a mais que  o seu vice. Este  foi o último pleito da hegemonia dos "Correias". Na metade do mandato o Dr. Dario renunciou ao cargo para assumir o ministério publico. Foi substituído pelo vice José Alves de Lima, Zé de Ginu, foto. 


Em 1962 Josué Alves Diniz se elegeu e houve uma sequência de vitorias até 1982 quando a oposição venceu com Dr. José Iran Costa.  

Depois de 1982 houve algumas alternâncias do puder.



234 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


José Odmar Correia, funcionário da Coletoria Estadual de Várzea Alegre, não trocava um pirão de corredor de boi por nada desse mundo.

Toda sexta-feira ele mandava Zé Belo comprar sem dizer que era pra ele, porque o corredor era vendido para as pessoas de poder aquisitivo menor.

Dona Balbina cozinhava o corredor, mas, na hora de bater o osso para extrair o tutano, quando não se cortava quebrava o prato. Era assim toda sexta-feira. Já bastante incomodada com aquela situação, resolveu falar para o esposo : Zé Odmar, tá bom de você acabar com esse negócio de pirão, porque se não daqui a pouco eu estou sem dedos e a casa sem pratos.

Então, vamos fazer o seguinte: Como eu gosto muito, você cozinha e quando for pra bater o osso, você manda um dos meninos lá na coletoria que eu venho. Mas, diga a ele que seja discreto, que eu não quero que ninguém fique sabendo que eu como pirão de corredor. Mande ele fazer um sinal, que eu já fico sabendo.

Na sexta-feira quando o corredor cozinhou a esposa mandou seu filho Aldenízio : Vá meu filho. Chegue lá faça um sinal que seu pai vem bater o osso. Aldenízio saiu pela rua Major Joaquim Alves quando chegou no bar de Nego de Aninha, viu o seu pai na porta da coletoria conversando com: Luís Proto, Raimundo Silvino e Bernardo Mariano.

Antes que Zé Odmar notasse a presença do filho, ele gritou : Pai. Pai. Ou Pai!
Com aquele barulho do menino, todos olharam em sua direção. Aldenízio bateu com a mão direita aberta, sobre a esquerda fechada por três vezes dizendo : Mamãe disse que fosse, que já tá na hora.

Fonte José Odmar Correia.



233 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARÁ.
SECRETARIA DE INFORMÁTICA.
SEÇÃO DE ESTATÍSTICAS ELEITORAIS.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS de 15 de novembro de 1966.
MUNICÍPIO DE VÁRZEA ALEGRE
CARGO PARTIDO SITUAÇÃO CANDIDATO VOTOS Valores
Calculados.



PREFEITO ARENA - Dr. Pedro Sátiro - 2392
VICE-PREF.Antonio Rolim de Moraes - 2392


PREFEITO MDB - Não Eleito Acelino Leandro da Costa - 2355
VOTOS EM BRANCO - 657
NULOS -  179
TOTAL DE VOTANTES - 5583
MAIORIA - 37

VEREADORES : ARENA

Eleito Nicolau Sátiro 394
Eleito Jose Leandro de Freitas 378
Eleito Jose Primo de Morais 331
Eleito Joaquim Alves Beserra 297
Eleito Luiz Alves de Holanda 270

VEREADORES - MDB

Eleito Jose Carlos de Alencar 385
Eleito Jose Tacito Correia Andrade 376
Eleito Salustiano Augusto da Silva 310
Eleito Antonio Frutuoso Neto 261
Eleito Francisco Beserra Quincas 238


terça-feira, 24 de outubro de 2023

NÃO TEM AMOR, TEM GUERRA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Fico encafifado com determinadas afirmações,  mesmo entendendo que os homens sempre viveram em guerras.

Quando no final do seu governo na França, em 1986, François Mitterrand foi comparado a outros vultos que governaram o País.

E lá pras tantas, um historiador concluiu: "Faltou a Mitterrand uma guerra para chegar à grandeza, etc,etc".

Como é que é? Tudo mais correu bem, mas faltou uma guerra?

Um grande governo necessita de uma guerra para ser notável na história? Só se chega ao posto de herói matando gente?

Uma vozinha cochicha no meu ouvido: "É assim mesmo, beiradeiro do Cariri. Vai escrever sobre futebol. Não entendes que o estado natural da humanidade é a guerra de todos contra todos?"

As pessoas são mortas como moscas, sem a menor piedade, desde priscas eras.

A crença na humanidade se esvai. Estamos distantes da civilização.

O Mundo não parece ser para os que desejam viver em paz.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Recomenda-se a leitura - Por Antônio Morais.

Uma jovem estava a espera de seu vou, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como deveria esperar varias horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo. Comprou, também, um pacote de biscoitos. Sentou-se numa poltrona, na sala Vip do aeroporto, para poder descansar e ler em paz. Ao lado da poltrona onde estava o saco de biscoitos sentou-se um homem, que abriu uma revista e começou a ler.

Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também tirou um. Sentiu-se indignada mas não disse nada. Apenas pensou: Mas que atrevido! Se eu estivesse com disposição dava-lhe um soco no olho, para que ele nunca mais se esquecesse desse atrevimento.

A cada biscoito que ela pegava o homem também tirava um. Aquilo foi-a deixando cada vez mais indignada, mas não conseguia reagir. Quando restava apenas um biscoito, ela pensou: Ah. o que vai esse abusado fazer agora? Então, o homem dividiu o ultimo biscoito ao meio, deixando a outra parte para ela. Ah! Aquilo era demais. Ela estava soprando de raiva.
Então, pegou o livro e o restante de suas coisas e dirigiu-se para a porta de embarque. Quando sentou confortavelmente numa poltrona, já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para tirar os óculos. Para sua grande surpresa, viu intacto o pacote de biscoitos que tinha comprado. Sentiu imensa vergonha. Percebeu que quem estava errada era ela. Tinha-se esquecido que tinha guardado os biscoitos na sua bolsa.
O homem tinha dividido os biscoitos dele com ela, sem se sentir indignado, nervoso e revoltado. Entretanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando está a dividir os biscoitos dela com ele. E já não havia ocasião para se explicar nem pedir desculpas.

Existem três coisas que não podem ser recuperadas:

01 - A pedra depois de atirada.
02 - A palavra depois de proferida.
03 - A oportunidade depois de perdida.

232 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Equivoco na Galeria de Fotos.

Esta foto encontra-se na "Galeria de fotos antigas da municipalidade de Várzea-Alegre". Consta como informação abaixo da mesma - Josué Diniz e Lourival Frutuoso, prefeito e vice prefeito respectivamente - período 1963 a 1967. Na foto estão Hamilton Correia e Josué Diniz.

Há um equivoco na informação. O vice-prefeito neste período não foi Lourival Frutuoso. Trata-se da  única eleição na história de Várzea-Alegre em que se elegeu o prefeito de uma chapa, e, o vice de outra.

O vice da chapa de Josué Diniz  foi derrotado por Chico Leandro, que era o candidato a vice-prefeito na chapa Acelino Leandro da Costa.

Portanto de 1963 a 1967 o prefeito de Várzea-Alegre foi o senhor Josué Alves Diniz e o vice-prefeito foi Chico Leandro, o pai do ilustre e nobre amigo, ex-vereador Antônio Nen.

À partir  do mandato de  1967 em diante  o vice passou a ser eleito  pelo titular.  Quem votava para o  prefeito elegia o vice. Conforme ata  do TRE  a maioria de  Josué foi a mesma do Chico Leandro - 47 votos.


Desmatamento na Amazônia cresceu 51% em setembro - Por Cláudio Humberto.

Setembro também registra um lamentável recorde: foi o mês em que houve maior desmatamento de vegetação primária, com 10,4 mil focos.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o desmatamento na região amazônica cresceu 51,1% em relação a Agosto. 

A plataforma TerraBrasilis registra 26,3 mil focos de destruição. Em agosto foram 17,4 mil focos. O Inpe considera desmatamento e queimada. 

Setembro já é o mês de maior devastação do ano e tem a sétima pior marca de toda a série histórica do instituto. O Pará segue como o Estado que mais desmatou, responde por 35,5% da devastação.

Ouvida na CPI que apura falcatruas de ONGs na Amazônia, a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni, compôs o conselho deliberativo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), turbinada com recursos públicos milionários. 

Em 2012, a ONG Ipam assinou contrato com o BNDES para embolsar R$23,4 milhões e depois arrancou mais algum do governo federal, segundo apuração da CPI, levou outro caminhão de dinheiro: R$ 7.489.649,03.

231 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Outro dia, o meu amigo, parente a camarada Lázaro Pinho, foto, perguntou a razão deles, os filhos de Pedro de Pinho chamarem "tia Bárbara do Roçado Dentro".  

Bárbara, casado com Pedro do Sapo do Roçado Dentro era irmã de Maria Menezes de Pinho,  a primeira esposa  de Pedro Vieira de Pinho. 

Ambas filhas  de José Alexandre Bezerra de  Menezes casado com  sua tia Antônia de Morais Rego, filha de José Raimundo do Sanharol. Esse nobre casal deixou uma grande descendência. 

Veja a relação dos filhos:

01 – Antônio Alexandre de Meneses - Casado com Antônia Alves Feitosa.
02 – José Raimundo de Meneses - Casado com Sandola Alves de Brito, do Sitio Palmeirinha, Crato.
03 – Maria de Meneses Pinho - Casada com  Pedro de Pinho Vieira, do sitio Periperi, Várzea-Alegre.
04 – Ana Alves de Morais - Casada com José Alves Bezerra, Zé André.
05– Bárbara de Morais Rego - Casada com Pedro Alves de Menezes, Pedro do Sapo.
06 – Josefa Alves de Meneses, Teté - Casada com  Luiz Inácio da Costa.
07 – Francisco Alexandre de Meneses - Casado com Maria de Morais Brito do Sitio Juá em Crato.

Todos deixaram muitos filhos. Eram conhecidos por Tonha do Canto e José Alexandre do Canto, sitio onde residiam.

Portanto, Raimundo Morais, Antônio André, Vicente de Pedro do Sapo, Pedro de Antônio Alexandre, Manuel de Teté eram primos legítimos entre si.