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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 31 de julho de 2013

GOVERNO DESISTE DE DOIS ANOS A MAIS PARA O CURSO MEDICO.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira que o governo decidiu alterar um dos pontos do programa Mais Médicos: o que previa a ampliação de seis para oito anos do período de graduação em medicina – nos dois anos extras eles teriam de prestar serviços no Sistema Único de Saúde.

De acordo com o ministro, o governo decidiu acatar a proposta de comissão de especialistas que analisa o programa. Pela proposta, os dois anos extras serão aproveitados como residência médica, que tem caráter de especialização e atualmente não é obrigatória. Com isso, os estudantes de medicina não ficariam impedidos de se formar após os seis anos de curso.

Na verdade o governo está sem comando, sem autoridade. É aquele garçom  que bota uma coca-cola na conta pra ver se cola.  Se não colar  fica como está.

CURTINHAS - Por Mundim do Vale.

CURTINHAS

Nosso saudoso conterrâneo Bogim, certa vez estava vendendo uma cela, quando chegou Raimundo Mouco perguntando o preço:
- Quanto é a cela Bogim?
- É três contos.
Raimundo que era surdo entendeu seis e fez uma contra proposta:
- Eu dou quatro.
- Pode levar.
Raimundo levou a cela para o Chico e no dia que precisou, saiu cobras e lacráias de dentro da cela.
Raimundo foi atrás de Borginho para desmanchar o negócio dizendo:
- Bogim vamos desmanchar o negócio, porque a cela tava cheia de bicho dento.
Borginho para manter o negócio disse:
- E porque voçê não comeu? Lá em casa quando aparece goiaba cum bicho, meus menino come.


O pastor Diassis Militão morava na Av. Figueredo Correia, vizinho ao vereador Joaquim Alexandrino.
Uma vez Diassis foi pedir um facão emprestado a Joaquim, para cortar umas galhas de castanholas que estavam manchando a faixada da casa dele.
Joaquim com muita gentileza trouxe o facão, mas quando Diassis passou a mão falou:
- Mas Joaquim esse facão tá cego.
Joaquim respondeu:
- E você quer o facão é pra cortar as gáia ou é pra ler a bíblia?

Dois porém - Por Antonio Morais

Joaquim Alves Bitu e Raimundo Alves Bitu eram irmãos. Joaquim morou durante um bom tempo no Sanharol, fixando domicilio na sede do município, posteriormente, onde se estabeleceu no ramo de armazém e mercearia.

Raimundo, conhecido por Doca Bitu sempre residiu no sitio Serrote. Difícil mesmo era saber qual dos dois era mais sabido, mais comerciante.

Um belo dia o Doca procurou o Joaquim e fez uma oferta de 500 sacas de milho. Joaquim se interessou pelo negocio. Então Doca disse, eu lhe vendo más tem um “porém”. Joaquim entendeu que o irmão só vendia a vista, a dinheiro. Achava que esse era o “porém”. Não se preocupe Doca o dinheiro está guardado no baú.

Não Joaquim, eu lhe vendo a prazo. O “porem” é que eu só faço o negocio para entregar a mercadoria na minha balança.

Joaquim respondeu: nesse caso Doca, são dois “porém” porque eu só faço o negocio se for para receber na minha balança.

DO TEMPO DO BUMBA - Por Mundim do Vale.

O  FINADO  ERA  MAIOR.

Nosso conterrâneo Vicente Nogueira, tinha uma certa simpatia por políticos, nunca foi candidato a nada mas sempre procurava estar perto das autoridades políticas.
Num ano de boa safra de arroz em Várzea Alegre-Ceará, a prefeitura municipal preparava a festa do arroz. O convidado especial era o deputado Joaquim de Figueredo Correia, que trazia outras autoridades estaduais.
Vicente Nogueira comprou um corte de riscado na loja de Edvard Moreno e levou até a alfaiataria de Mestre Vicente Salviano para fazer um paletó. Tirou as medidas e ficou de voltar depois para a prova final.
Faltando seis dias para o evento, foi a alfaiataria para fazer a prova. Vestiu o paletó ainda alinhavado e já queria levar.
Mestre Vicente perguntou se ele queria fazer alguma modificação e ele respondeu:
- Não. Vicente. Aqui já tá no jeito. Eu só quero qui você mintregue un dia antes da festa, pruque esse palitó eu vu vistir no dia da festa do arroz qui é prumode eu cunversar cum meu amigo Juaquim Correia.
Vicente Salviano notando a ingenuidade de Vicente falou:
- Mas Vicente. é uma extravagância, você fazer uma despeza desta. Figueredo vai vir acompanhado de várias autoridades e não vai poder lhe dar atenção.
- Ele vai. Qui foi eu qui insinei a ele andar de cavalo, quando ele era minino lá no Oi Dágua. E teve uma vez qui ele foi lá im casa cum Vicente Onoro e tumou café mais eu.
- Mas Vicente. Agora é diferente, você não vai conseguir chegar nem perto e ele nem vai mais lhe conhecer.
- Ora num vai. Eu vou le amostrar cuma ele vai.
Na véspera da festa Vicente pegou o paletó e no outro dia veio com a esposa.
Quando o casal chegou na rua Major Joaquim Alves, já encontrou a rua enfeitada de faixas e bandeirolas. Figueredo estava no interior da casa de Zezim Costa e na rua tinha mais de seis mil pessoas. Na grade da casa tinha três soldados, para que só entrassem os convidados.
O casal ficou na calçada da casa de Valdeliz, que foi o local que o casal achou pra ficar mais perto.
Uma hora lá Figueredo veio até a área para entregar um envelope a uma pessoa e Vicente ficou na ponta dos pés, balançando os dois braços e gritando:
- Juaquim! Juaquim! Juaquim!
Figueredo retornou para o interior da casa e não voltou mais. Depois de mais de uma hora, a mulher de Vicente já bastante cansada falou:
- Vicente. Ramo simbora qui esse ome num vem falar cum tu não.
Vicente já bastante convencido disse:
- Vem mermo não. Ele tá muito acupado.
- Apois ramo.
- Ramo.
Dizendo aquilo, Vicente pegou a rua na direção da praça dos motoristas.
A mulher extranhando falou:
- Ôxente. Vicente! Pra donde tu vai ome? Nóis num ramo né pru São Corme?
- É. Mais é pruque antes de nóis ir eu priciso falar cum meste Vicente.
- E tu num pagou o palitó não?
- Paguei. Mais é pruque eu quero me vingar duma praga qui ele jogou im neu.
Chegou na alfaiataria com o paletó ensopado de suor e ficou se abanando, quando Mestre Vicente perguntou:
- Como foi lá Vicente? Falou com Figueredo?
- Falei. Mais foi Cuma você dixe. Tinha mei mundo de gente na calçada e tinha tombém três sodado na grade, pra num deixar ninguém entrar. Mais Juaquim saiu na aria e quando me viu mandou o motorista me chamar. Aí eu entrei e miassentei junto cum ele e os camarada dele. Mais teve uma coisa lá qui eu num gostei.
- E o que foi?
-  Foi pruque Palo de Dudu dixe uma pilera cum eu.
E o que foi que ele disse?
-Ele pensava qui eu num tava iscutando, aí dixe a Dr.  Daro: - Mais minino, esse palitó de Vicente Nogueira tá muito mal feito. O FINADO  ERA  MAIOR.

terça-feira, 30 de julho de 2013

STF retoma mensalão em agosto com um olho nos autos e outro nas ruas - Por Felipe Recondo e Débora Bergamasco, Estadão


A retomada do caso do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal prevista para meados de agosto deve ser pautada, segundo os ministros e advogados dos condenados, por entraves jurídicos e temores de eventuais manifestações na porta da Corte, em Brasília.

Os entraves jurídicos ocorrerão, segundo os próprios magistrados, pelo fato de haver erros no acórdão do julgamento, decisão final publicada no Diário Oficial da Justiça que justificou a condenação de 25 dos 37 réus por integrarem um esquema de compra de apoio político no Congresso, com uso de verba pública, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já o medo de manifestações contra a impunidade, dizem nos bastidores os advogados, poderá frear possíveis reduções de penas por parte dos ministros. Na quinta-feira, o presidente do tribunal e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, anunciará a data de retorno do julgamento. A previsão inicial é que isso ocorra a partir do dia 14.



segunda-feira, 29 de julho de 2013

O PODER DA SIMPLICIDADE..


Em sua visita ao Brasil, o papa Francisco andou em meio à multidão, usou gírias e conversou de igual para igual com as pessoas que se aproximaram dele.

São sinais de uma simplicidade capaz de fazer toda a diferença para uma Igreja que definha, num momento do mundo em que, sobretudo entre os jovens, se espalha a desesperança.

Escarafunchando o tempo - Por Antonio Morais



Uma dedicação especial ao primo, poeta, escritor, memorialista e cordelista Raimundo Nonato Bezerra de Morais - foto.

Depois do primário no Educandário Santa Inês da professora Elisa Gomes Correia, em Dezembro de 1964 meu pai me levou a casa de Pedro Alves de Morais, nosso parente, amigo e estimado Pedro Piau.

Juntei-me a uma turma de 30 alunos que se preparava com a Professora Iraci Bezerra de Morais com o objetivo de ingressar no curso ginasial.

Não era tarefa fácil, havia um aproveitamento de 30 alunos numa única turma para o ano seguinte no ginásio.  Na chamada primeira época  foram aprovados 25 alunos, restando  cinco vagas para se completar a turma. Era sem dúvida um vestibular.

Iniciamos o curso na Propriá residência, e, ao mesmo tempo, Dona Iraci transmitia seus ensinamentos aos alunos, administrava a casa e cuidava de seus 11 filhos.

Ambiente com lhaneza no trato, afeto, carinho, ternura tornando-se impossível saber pra quem ela se dedicava mais, se aos alunos ou aos filhos.

Na véspera da primeira prova, a mais importante e difícil, ela nos ministrou um ditado, escolhendo um texto num volumoso livro que continha todas as matérias. Lembro-me bem o título do texto: O quarto de Dulce. 

No outro dia, quando chegamos no Ginásio São Raimundo para a prova de português estávamos tensos e nervosos. Fora da sala Dona Iraci nos olhava e transmitia força e confiança. 

Quando a professora Elita Otoni de Carvalho entrou na sala deu-se inicio a avaliação. O Silencio se confundia com o medo. Primeira questão: Ditado - O quarto de Dulce.

Do meu lugar vi  minha querida professora saltitar de alegria, pois no dia anterior fora aquele texto o escolhido no treinamento. Estava fresquinho em nossa memoria. Uma feliz coincidência.

Da porta da sala, ela continuava nos olhando com um sorriso puro e aquele jeitinho de santa. Tive o privilegio de ser aprovado, e, nos quatro anos seguintes fui colega de classe  de dois dos seus filhos: Ozanan e Geraldina.

Em 1969, fixei residencia em Crato e, um ano depois, 1970 Pedro Piau se transferiu para Fortaleza com a família. Perdemos um pouco os nossos contatos.

Em 1974 recebi, com grande pesar e tristeza a noticia do falecimento de Dona Iraci. Lembranças e saudades me levam de volta aqueles tempos, que vistos com o encantamentos dos olhos mais brilhantes de minha juventude marcaram a fase mais dourada de minha vida.


Lembro...E a minh'alma comovida

Nessa ideia risonha me consola

Os dias que vivi na tua escola

Nunca hei de esquecer, Mestria querida.

domingo, 28 de julho de 2013

PARQUE LIMA - UM CERTO TEMPO ATRÁS - POR ANTONIO MORAIS




Porque hoje é Domingo - Non son degno di ti - Gianni Morandi.

Dilma não pode ser melhor que seu governo - Por Rolf Kuntz

Nenhum governante, diz o bom senso, pode ter desempenho melhor que o de seu governo. No caso do Brasil, trata-se de uma administração fracassada, com dois anos e meio de estagnação econômica, inflação alta, contas públicas em mau estado, contas externas em deterioração e resultados gerais muito inferiores aos de outros latino-americanos.

As possibilidades de melhora até o fim do mandato parecem muito escassas. Mas o senso comum dos brasileiros tem algumas peculiaridades notáveis. Parte substancial dos cidadãos considera a presidente Dilma Rousseff melhor que seu pífio governo.

Enquanto só 31% avaliam o governo como ótimo ou bom, 45% aprovam o desempenho da presidente. Os dados são da última pesquisa CNI-Ibope e confirmam, de modo geral, as tendências indicadas em sondagens recentes.

Quanto à avaliação da presidente, é importante ressaltar o detalhe: a pergunta é sobre sua maneira de governar. Não se trata de sua pessoa. O entrevistado poderia considerá-la honesta, esforçada, gentilíssima, simpática e movida pelas melhores intenções, mas frustrada em seu empenho por divindades invejosas.

O Olimpo é um ninho de maldades. Mas a história é outra, e aí está o dado intrigante. O modo de agir da chefe de governo é avaliado mais favoravelmente que a ação do próprio governo, embora ela seja responsável pela escolha dos ministros e, como todos sabem, centralizadora, mandona e habituada a distribuir broncas e a maltratar seus subordinados.

sábado, 27 de julho de 2013

Agosto bem a gosto - Por Ruy Fabiano

Agosto, historicamente, é mês de tensões na política brasileira. A reabertura dos trabalhos legislativos, após o recesso de julho, traz, ainda que provisoriamente, a voz das bases ao discurso parlamentar. Este ano, nem mesmo chegou a haver recesso.

O clamor das ruas, que entrou em cena a partir de junho, não chegou a silenciar e a tensão precedeu – e seguramente sucederá - o recesso. Espera-se, por isso mesmo, um segundo semestre ainda mais movimentado que o primeiro.

O pacote de reformas políticas com que a presidente Dilma, meio de improviso, pretendeu dar alguma resposta às manifestações, não deverá pacificá-las. Até porque o público em nenhum momento pediu reformas políticas.

Pediu, isso sim – e continua pedindo -, reforma dos políticos, o que não parece estar no horizonte da maioria deles.

Prova disso é que, em meio aos protestos, que pediam, em síntese, fim da corrupção e melhor uso dos impostos, alguns personagens de proa, como o presidente da Câmara, Henrique Alves, o do Senado, Renan Calheiros, e o governador do Rio, Sérgio Cabral, foram flagrados abusando das prerrogativas do cargo.

Os três usaram aeronaves do Estado para fins particulares e se mostraram espantados com a indignação que provocaram. “A lei nos autoriza”, foi mais ou menos o que cada qual disse, sem a preocupação de avaliar o que Montesquieu há quase três séculos denominava de “espírito das leis”.

O público pode não ser – e não é – erudito, mas percebe o essencial. Sabe que o problema não é propriamente a falta de leis, mas de cumprimento das que há. É claro que a legislação política – sobretudo o sistema eleitoral e partidário – precisa melhorar.

O sistema distrital é mais representativo e reduz os gastos de campanha. As coligações nas eleições proporcionais permitem que candidatos com poucos votos peguem carona no excedente da votação de colegas, o que produz parlamentares biônicos. Etc.

Mas nenhuma mudança logrará seu objetivo se houver má fé. Tudo é burlável. E é justamente na má fé de muitos políticos que o povo aposta, quando vê com ceticismo as mudanças propostas.

Ao Papa, sem carinho - Por Sandro Vaia

Enquanto o papa humilde falava das coisas do espírito no seu discurso de chegada, com a simplicidade do poverello di Assisi que inspirou a escolha de seu nome, a presidente Dilma discorria longamente sobre os rios de leite e mel que começaram a escorrer pelo Brasil durante os 10 anos de governo de seu partido.

Como lhe cabia, o papa foi generoso e gentil: "Aprendi que para ter acesso ao Povo Brasileiro, é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta".

Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: A paz de Cristo esteja com vocês!"

O portal do imenso coração do povo brasileiro não tinha uma entrada adequadamente preparada pelo protocolo da presidência da República nem encontrou equivalência na sensibilidade presidencial.

A fala da presidente foi espinhosamente desconfortável para recepcionar uma autoridade religiosa do vulto do chefe da Igreja Católica, que muito provavelmente não estava preparado para ouvir uma arenga pré-eleitoral que deve ter soado aos seus ouvidos como uma indelicadeza e uma impropriedade sem precedentes em eventos dessa natureza.


O máximo de informal simpatia que o papa Francisco usou foi dizer que Jesus Cristo "bota fé" nos jovens e que "a juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios".

O discurso foi curto, breve e adequado, como convém a um visitante ilustrado como o cardeal Bergoglio. O discurso da presidente Dilma fez referências genericamente adequadas à luta contra a desigualdade, que é uma retórica comum à Igreja Católica e à atual geração de governos de esquerda da América Latina, mas começou a aprofundar-se na falta de grandeza quando se meteu a entrar em detalhes controversos da “nossa política de desenvolvimento” e “na aceleração e aprofundamento das mudanças que iniciamos há dez anos”.

Mais uma vez, como se estivesse em horário gratuito eleitoral na TV, às vésperas de um embate eleitoral, fez questão de cancelar a existência dos anos que antecederam o governo de seu partido, como se a história contemporânea do país tivesse começado com seu antecessor e continuado com ela.

Não foi certamente um discurso "urbi et orbi", ao contrário da fala de Francisco, que pediu que "desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto do Papa".

Dilma, com toda sua falta de tato, claramente excluiu de seus afetos quem não apoia seu governo.


BOA HOTELARIA - POR ANTONIO MORAIS

À MEMORIA DE CHICO PIAU.

Certa feita, Chico Piau estava  no "Ingen Veio" e houve uma emboança. O fuzuê foi tão grande que a policia prendeu  pra mais de meia duzia de arruaceiros. Como sempre, a policia não tinha como conduzir os presos para  a cadeia. 

Chico Piau ofereceu transporte, um Jeep pai d'égua e abastecido. Depois dos presos e acomodados, sobrou uma sela vazia, e, Chico armou uma rede que conduzia nos armadores a  tratou de dormir sossegado.

No outro dia,  a família de um dos presos foi procurar João Pimpim para soltar seu familiar. Quando João Pimpim  encontrou Chico Piau tirando o maior deforete no xadrez balançou a tipóia e disse a todo pulmão:  Eu sabia que você era sem vergonha, mas, jamais imaginei  que fosse essa conta.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

ENVIADO POR ANTONIO GONÇALO DE SOUSA

UM EXEMPLO ETICO.

O atleta espanhol Ivan Fernández Anaya, de 24 anos, não venceu a prova de cross-country de Burlada,  Navarra, no último dia 2, mas até hoje não para de ser cumprimentado, elogiado, aclamado pela sua atitude de fair play durante o evento.

O atleta queniano, Abel Mutai, medalha de ouro nos 3.000 m com obstáculos em Londres, estava prestes a ganhar a corrida, mas parou no local errado, pensando ter alcançado a linha de chegada.

Ivan Fernández Anaya, na segunda posição, aproximou-se e, em vez de ultrapassá-lo, alertou-o para o equívoco e conduziu-o para confirmar sua vitória.

Ivan negou-se a conquistar a prova. Ele estava a 10 metros da linha de chegada e não quis aproveitar a oportunidade para acelerar e vencer.

Gesticulando, para que o queniano compreendesse a situação e quase empurrando -o, levou-o até o fim, deixou o colega vencer a prova como iria acontecer se ele não tivesse se enganado sobre o percurso.



Ivan, que é considerado um atleta de grande futuro (campeão da Espanha nos 5.000 metros, na categoria há dois anos) ao terminar a prova, disse: "Ainda que me tivessem dito que ganharia uma vaga na Seleção Espanhola para disputar o Ca mpeonato da Europa, eu não teria me aproveitado da situação. Acho que é melhor o que eu fiz, do que se tivesse vencido nessas circunstâncias. E isso é muito importante, porque hoje em dia, tal como estão as coisas na sociedade, no futebol, na política, onde parece que vale tudo, um gesto de honestidade fica muito bem."

Muitos dias depois do ocorrido, a história continua a ser exaltada nos noticiários e nas redes sociais. No sábado passado, no seu blog, Fernández comentou a repercussão de sua atitude, que continua a ser elogiada duas semanas depois.

"Hoje está sendo um dia especial para mim - ou melhor, muito especial -  não podia imaginar que o meu gesto com Mutai chegaria aonde chegou. Estou numa autêntica nuvem, são muitos os comentários, entrevistas, reportagens sobre o sucedido. Quero agradecer a todos o que fizeram por mim", escreveu. O que chamou a atenção de todos foi algo que deveria ser básico no ser humano, mas tem sido a excepção: honestidade, ética, solidariedade, amizade, respeito pelo outro, algo que o ser humano está perdendo.

"Eu não merecia ganhar. Fiz o que tinha de fazer", afirmou Fernández em declarações reproduzidas pelo jornal 'El País', da Espanha.  

O BURRO CEGO - Por Antonio Morais

À memoria de Chico Piau.

José de Pedro André do Sanharol procurou Chico Piau com a finalidade de adquiri um burro  para fazer pequenos serviços como por exemplo  levar arroz a piladeira para beneficiar.

Na data e hora marcadas Chico chegou ao Sanharol numa Moto e conduziu José André ao sitio São Cosme. Chegando lá encontraram um curral com mais de 100 animais. 

Chico apontou um burrinho preto e  pequeno que estava  num canto. José André se aproximou e quando  botou a mão no lombo do burro esse se assustou , deu um coice na direção do mesmo e saiu  em desparada. José André disse: Não Chico esse não serve, esse burro é cego.

Chico completou a conversa:  Ah  José André, eu pensava que você queria um burro para  levar arroz para a piladeira, mas você quer é para catar as escolhas, sendo assim  não serve mesmo.

Enceraram o papo e voltaram ao Sanharol.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lula, Dilma e os Gomes - Lauro Jardim



O anti-cabo eleitoral.

Enquanto a popularidade de Dilma Rousseff derrete pelo país, Lula continua sendo um cabo eleitoral imbatível, principalmente no Nordeste. Uma pesquisa do Ibope, feita no Ceará entre os dias 13 e 16 de julho, mostra que Lula se mantém muito à frente de Dilma e do clã Gomes no quesito transferência de votos.

Os entrevistados disseram se o apoio de determinado político aumentaria muito, aumentaria pouco, reduziria muito ou reduziria pouco a sua vontade de votar no candidato ao governo do estado apoiado por ele.

A palavra de Lula influenciaria 67% do eleitorado na escolha do candidato a governador indicado pelo petista. E 11% disseram que o apoio de Lula pesaria contra o político apoiado por ele.

Já 53% dos entrevistados responderam que o patrocínio político de Dilma aumentaria a chance de votar em determinado candidato ao governo. Outros 19% disseram o contrário, ou seja: muito ou pouco, estar no palanque de Dilma seria um ponto negativo para quem deseja chegar ao Palácio da Abolição.

No caso de Cid Gomes, 43% afirmaram que o pedido de voto do atual governador seria levado em consideração a favor do seu sucessor preferido. Para 19% o apoio de Cid depõe contra o candidato.

O Ibope mostra ainda que entre os irmãos Gomes, Lula e Dilma, Ciro Gomes é o anticabo eleitoral do momento em seu próprio estado: 24% dos entrevistados responderam que a declaração de apoio de Ciro a quem quer que seja reduziria a chance de voto no candidato. E a palavra de Ciro influenciaria positivamente uma candidatura para apenas 37% dos cearenses.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS

Precisamos guardar o nosso coração, nossos pensamentos, pois guardamos os nossos pensamentos guardamos nossas atitudes. Enquanto vivermos, o diabo de alguma forma tentará injetar pensamentos errados em nossa mente, e teremos que ESCOLHER jogar fora tais pensamentos. No início, parece um trabalho quase impossível, pois deixamos nossas mentes vagando por tanto tempo que quando nos damos conta do quanto temos que mudar, pois pensamos muitas coisas erradas.

Não quer dizer que não teremos problemas ao nos tornarmos cristãos, mas Deus estará conosco em todas as situações, por isso devemos cuidar nossos pensamentos para que não entremos em desespero. A Palavra diz que o que satanás intentar para o nosso mal, Deus intentará para o nosso bem. Precisamos confiar nisso.

“Tudo o que tem a ver com Deus esta pra cima (positivo) e tudo o que tem a ver com o diabo está para baixo (negativismo).” “A atitude que você tem no tempo de deserto determina quanto tempo ficaremos lá”

II Corintios 10.4 diz que nossas armas não são físicas, são espirituais, e o texto prossegue dizendo que esta batalha tem a ver com a mente, para destruir pensamentos, fortalezas, sofismas, etc. Uma das maneiras de resistir a um pensamento errado é dizer em voz alta uma Palavra certa. Se os seus pensamentos forem negativos terá uma vida negativa.. Se seus pensamentos são que sua avó não teve nada, você também não terá nada. Se seus pensamentos são de miséria, é isso que terá. Mas você pode traçar uma nova linha pra sua vida através dos teu s pensamentos e possuir algo tremendamente novo. A verdadeira Batalha Espiritual é fazer o bem independente da situação que está passando...

Joyce Meyer

Eduardo Campos ‘empareda’ alas do PSB que insistem em apoiar Dilma - Pedro Venceslau e Breno Pires, Estadão


O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, deflagrou um movimento para emparedar alas do partido que ainda resistem a seu projeto de concorrer ao Planalto em 2014. Motivado pela queda brusca de popularidade da presidente Dilma Rousseff e por seu crescimento nas últimas pesquisas de intenção de votos, ele ampliou o diálogo com diretórios defensores da reeleição de Dilma e com movimentos sociais que orbitam na área de influência do partido.

No último sábado, discretamente, 200 dirigentes de movimentos sociais do PSB reuniram-se em Brasília e divulgaram nota de apoio à candidatura de Campos. O aumento da adesão a Campos poderia antecipar o lançamento de uma pré-candidatura em setembro.

O radio do Chico Piau - Por Antonio Morais

São incontáveis as historias e estorias do meu parente, amigo e camarada Chico Piau. Hoje peço permissão para  contar uma da qual fui testemunha.

Estávamos eu, o meu pai, Chico Piau e Dona Heloina, a mãe do Chico, sentados na calçada  da casa  da rua Luiz Afonso Diniz quando chegou um rapaz do sitio Capão com um radio enorme na cabeça para devolvê-lo.

O moço estava virado num siri, pois havia comprado o radio para ouvir a programação da Radio Cultura e, não conseguia  sintonizar. Com esse argumento se achava no direito sagrado de devolver o radio e receber a quantia  paga.

Alegadas as razões Chico respondeu para o suplicante: Quando este radio foi feito ainda não existia a radio Cultura, portanto o defeito  não é do radio. Não aceito a devolução. 

Porém, devolveu a importância correspondente a negociação.

O gol de Romário - por Luiz Garcia, O Globo

Na terça-feira passada, Romário entrou em campo. Usava, se me permitem a pobreza da imagem, não as sandálias da humildade e da timidez, mas as chuteiras do artilheiro. E fez um gol de placa.

Denunciou ao plenário da Câmara um fato que muitos de seus colegas certamente ignoravam. E uns tantos outros fingiam ignorar — o que não é raro no mundo político. Por interesse direto, ou por contar que seus colegas façam o mesmo, quando for do seu interesse.

Romário simplesmente contou um episódio triste do mundo do futebol profissional. Aqui vai: no último dia 9, ocorreu em Brasília um jantar no qual o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, foi recebido por um grupo de mais ou menos 25 deputados e senadores, para discutir um assunto que caridosamente podemos definir como cabeludo. Ignoro, lamentavelmente, seus nomes e partidos. A opinião pública merecia conhecê-los.


 Acontece, e a gente não sabia, que o Ministério do Esporte está preparando uma medida provisória que concederá anistia a dívidas de clubes de futebol do país inteiro, no valor de mais ou menos R$ 3 bilhões. É a soma do que devem ao INSS, ao Imposto de Renda e ao Fundo de Garantia — que eles simplesmente, ousadamente, não pagaram nos últimos 20 anos.

É um dinheirão, que se explica pela soma dos juros ao longo desse tempão. Provavelmente, é o maior escândalo na história da cartolagem do esporte profissional brasileiro.

A anistia, segundo o nosso craque — que agiu com coragem e sem nada ganhar com isso, a não ser o ódio dos mandachuvas do esporte que é a paixão do povo brasileiro — está sendo preparada pelo Ministério do Esporte.

Em seu discurso-denúncia, Romário não revelou o que ficou acertado no jantar que reuniu o presidente da CBF e parlamentares. Ninguém falou em pagamento: discutiu-se apenas o encaminhamento da anistia.

É uma vergonha, como poucas as que temos conhecido na vida pública brasileira. E também, vale a pena repetir, um gol de placa do nosso artilheiro.

Joaquim Barbosa fala com papa e não cumprimenta Dilma - Jornal do Brasil


Atitude deselegante causa constrangimento no Palácio Guanabara 

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi protagonista de uma cena extremamente deselegante na recepção ao papa Francisco no Palácio Guanabara.

Ao final da cerimônia, durante os cumprimentos, Barbosa se despediu do papa e deixou a presidente Dilma Rousseff constrangida por não lhe dirigir sequer um olhar. 

Dilma ainda esboçou um gesto para cumprimentá-lo, mas Barbosa virou-se e foi embora. Percebendo a total falta de educação, a presidente se refez e manteve a compostura 

Ciro Gomes defende reforma ministerial para dar fim a um cenário de “putaria”


O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) defendeu, nesta terça-feira, que a presidente Dilma Rousseff faça uma ampla reforma ministerial para se livrar de uma “equipe de quinta categoria”. Para ele, do total de 39 ministérios, dá para que se faça uma redução para 15 pastas. Ciro observou que essa medida é necessária até como forma de fazer com que a presidente possa trabalhar melhor. Em razão de tantos ministérios, segundo o ex-ministro, Dilma acaba priorizando uma agenda de encontros e não deixando de despachar com setores estratégicos como Fazenda, Planejamento e outros, no que os demais ministros “acabam vendo a presidente pela televisão”.

Ciro foi mais agudo: “Dilma é decente e trabalhadora, mas está cercada de gente de quinta categoria pilotando e sentada na putaria (desculpe a má palavra!).” Referiu-se, no caso, ao cenário político no qual está mergulhado o Governo Dilma, tendo que conviver com aliados do tipo Renan Calheiros (PMDB/AL), o presidente do Senado que, conforme o ex-ministro, chegou a ser “escorraçado” no passado por corrupção e agora voltou à cena politica.

Essas declarações de Ciro foram dadas nesta terça-feira, durante entrevista dele ao Programa Paulo Oliveira, da Rádio Verdes Mares. Na ocasião, o ex-ministro chegou a admitir que ainda sonha com a Presidência da República: “Admito, mas brigar, não brigo mais não!”  No PSB, o presidente nacional da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, trabalha para ser candidato. Ciro vem cobrando dele um projeto.

Sobre candidaturas a presidente da República como a de Marina Silva, que vem procurando construindo um novo partido – Rede da Sustentabilidade, Ciro elogiou,mas disse que ela nunca foi testada como administradora. “Marina não diz nada. Nunca foi testada. É um santinha!”

Ciro disse não acreditar na volta da inflação, observando que fenômenos recentes como o aumento do preço do tomate chegaram a ganhar destaque na grande imprensa quando, agora, tempos depois, esse mesmo tomate caiu o preço em 25% e não se viu destaque para esse fato.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Morre Dominguinhos.

DOMINGUINHOS E PAULA FERNANDES.


Os nordestinos estão de luto. 

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS

Quantas vezes já escutamos alguém falar que não conseguiu um emprego ou uma vida melhor porque estudou pouco, ou porque não teve condições de estudar numa escola particular ou até mesmo porque não tem uma cabeça boa?

A maioria das pessoas sempre se apressa em colocar a culpa em fatores externos ou em outras pessoas. Mas, na verdade, acredito que o problema se encontra dentro da própria pessoa. A mudança para melhor começa dentro de nós, com nossas atitudes, nossos pensamentos, em que acreditamos no caráter que adotamos.

Na Bíblia, no livro de Provérbios diz: "Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos". Provérbios 4.23. NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) 

Dentro deste contexto, o mercado literário ganha muito dinheiro com livros de auto-ajuda que dizem que devemos ter pensamento positivo, devemos mentalizar, ...

Na verdade, este versículo bíblico vai muito mais a fundo do que estes autores contemporâneos querem dizer. Este versículo nos fala em mudança de pensamento, um pensamento com a mente centrada em Cristo que realmente será um filtro para nossas cabeças tão atribuladas nos dias atuais. Tendo nossa mente em Cristo, poderemos ter a sabedoria necessária para lidar com situações que aparecem no dia a dia, saberemos falar a palavra certa, poderemos discernir o que ouvimos, poderemos ter vitória diante das adversidades.

Devemos deixar Cristo reinar em nossa mente, abandonando pensamentos que brotam do ser humano. O Senhor sabe o que é melhor para nós e com Ele sempre seremos mais que vencedores.

Deus fez o sol nascer para todos, cabe a cada um tomar a sua decisão de sair de debaixo do guarda-sol e receber a luz que é Jesus Cristo em sua vida.

Robert Hüttl Schubert

DO TEMPO DO BUMBA - Por Mundim do Vale.

FEIJÃO  PRETO.

Era uma prática costumeira dos agricultores de Várzea Alegre-Ceará, epalharem o feijão novo nas calçadas, para secar um pouco antes ser colocado nos tubos.
Certo dia chegou Raimundo Beca e seu filho Benedito com um saco de feijão para secar. Derramaram na calçada e espalharam.
Raimundo Beca chamou os filhos; Benedito, João e Francisco e recomendou:
Vocês três fiquem pastorando o feijão para os bichos não comer, que eu vou lá na rua e quando voltar nós ramo intubar. Mais num vão sair daí não.
Raimundo saiu e os três ficaram de guarda. Com pouco tempo chegou Damião dos Bonecos e Antônio seu sobrinho e foi logo fazendo o convite errado:
- Ei negada. Ramo brincar um boi alí no terreiro do véi Matia.
João respondeu em nome dos três:
- Dá certo não qui pai deixou nós butando sintido nesse feijão prus bicho num cumê.
- Qui bicho? Os bicho qui tem aqui na Vazante é os meu buneco.
- Mais tem as cabra de Zé Vicente.
- Mais uma hora dessa elas tão drumendo.
Os vigilantes ficaram convencidos e abondonaram o posto.
Mas foi só o que deu. Aquela era exatamente a hora que as cabras passavam para beberem água na lagoa de São Raimundo.
Sem contenção os animais fizeram a maior farra, comeram todo o feijão e foram dormir debaixo de um juazeiro que tinha perto. Da calçada até o juazeiro elas deixaram um rastro de bolinhas pretas que denunciava a bagunça.
Os meninos entusiasmados com o jogo de peão, deixaram o tempo passar, lá uma hora, João que era o mais experiente falou;
- Bora cambada, que pai já tá perto de voltar. De longe eles observaram que a calçada estava vazia. Quando João avistou as cabras falou:
- Foi as cabras de Zé Vicente. Ramo butar elas pra fora e quando pai chegar nós ramo dizer a ele que foi qui robaro quando nós fumo tumar água.
Quando Raimundo chegou que notou a cara de preocupados dos   
três foi logo perguntando:
- Cadê o feijão? Bando de fi duma égua?
João falou pelos três:
- Eu acho qui robaro. Pai.
- Robaro Cuma? Eu nun deixei vocês pastorando?
- Eu acho qui foi na hora qui aquele couro caiu, porque foi preciso nós espichar ele de novo na parede do oitão, aí o ladrão aproveitou.
- Pois tá certo. Vocês fique aí qui eu vou tumar um bãe e vorto já pra nóis cunversar. Depois do banho Raimundo saiu com uma expriguiçadeira, armou na calçada e puxou a conversa:
- Quer dizer qui robaro o feijão?
João respondeu:
- Foi pai. O ladrão levou o nosso e deixou um bucado de feijão preto pra nós.
- Pois ramo fazer disso, pegue um cúia e vão catar o feijão preto, depois eu vou contar. Cada caroço vai ser uma chicotada no lombo de cada um.
Depois que deu a ordem simulou que estava dormindo e escutou quando João disse para os irmãos:
- Nóis ramo fazer assim; Nóis bota um bostinha dessas na cúia e interra três, que a peia vai ser mais pouca.
Quando terminaram foram com a cúia até o pai.
Raimundo que nunca tinha dormido disse:
- Muito Bem. Eu vou contar os feijão da cúia e como eu já disse cada caroço vai ser uma chicotada no lombo de cada um, depois eu vou atrás daqueles qui vocês interraram e cada um qui eu incontrar vai ser três chicotada pra cada.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jogo zerado - Por Merval Pereira, O Globo

As pesquisas eleitorais continuam registrando a mudança de patamar para baixo dos índices de popularidade da presidente Dilma, aparentemente tendo como piso a média de 30% do eleitorado, que representa o eleitor cativo do PT.

Antes de ampliar sua base eleitoral fazendo acordos políticos e transformando-se no personagem “Lulinha Paz e Amor”, criado pelo marqueteiro Duda Mendonça, o ex-presidente Lula também atingia sempre essa faixa do eleitorado, e não conseguia vencer uma eleição.

Como era de se esperar, a mais recente pesquisa feita pelo Ibope já mostra a presidente empatando com um de seus adversários num hipotético segundo turno. Marina Silva, atuando a esta altura mais na sua vertente alternativa do que na de política profissional, tem recebido o apoio dos eleitores insatisfeitos de classes média e alta, surgindo como a escolha das ruas neste momento que parece prenunciar uma troca de guarda na política nacional.


Marina Silva, ex-senadora e fundadora do Partido Rede

 Poderia Marina com sua Rede de Sustentabilidade repetir o fenômeno Collor de 1989, que venceu a eleição presidencial a bordo de um partido nanico, o PRN? O mesmo fenômeno pode acontecer agora, mas as razões, embora semelhantes, serão diferentes.

Collor montou sua farsa eleitoral de posse do mandato de governador de Alagoas, isto é, trabalhando dentro da estrutura política tradicional. E, nos bastidores, fez todos os acordos possíveis com os políticos tradicionais que combatia nos programas eleitorais.

Os eleitores estavam engajados em uma eleição presidencial que tinha diversos candidatos, muitos deles competitivos e representando tendências políticas variadas. Embora a maioria do eleitorado tenha escolhido Collor por ele representar a renovação da política fora da esquerda, havia um eleitorado forte de esquerda que apoiou Brizola e Lula.

Desta vez, Marina se destaca não por ser a renovação da política, mas por representar a candidata da não política. E não há no seu histórico nenhuma indicação que nos leve a imaginar Marina fazendo acordos por baixo dos panos com políticas tradicionais, mesmo que tenha uma longa convivência com o PT.

Se vencer, Marina terá sido eleita por que a maioria do eleitorado quer uma experiência extrema de não política tradicional no poder. Hoje, Marina é a candidata das ruas, enquanto o presidente do PSDB, Aécio Neves, é o dos políticos, diz-se em Brasília.

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS

Os tronos terrestres são, geralmente, construídos com degraus que sobem até eles.  O mais notável nos tronos do reino eterno é que os degraus descem até eles.  Nós devemos descer para alcançá-los. Devemos nos inclinar para chegar ao alto.  Alguns pensam que Deus coloca seus melhores presentes em uma estante bem alta para que subamos até atingi-los.  Mas, os cristãos não levam muito tempo para perceber que os melhores presentes estão nas prateleiras mais baixas para que até as criancinhas possam alcançá-los.

De que adianta tanto orgulho e presunção para mostrar notoriedade neste mundo? Para que o homem se esforça tanto para parecer maior ou superior aos demais?  Qual a utilidade de conquistar bens materiais em excesso, apenas para que as pessoas os admirem e aplaudam, e, por fim, descubram que não terá como usufruir de tudo no tempo curto de vida normal de uma pessoa?  Apenas vaidade... apenas vaidade!

Tudo de que necessitamos é desfrutar das bênçãos maravilhosas do Senhor, que nos são ofertadas na quantidade ideal e para o tempo certo.  Seremos muito mais felizes se aproveitarmos as dádivas de Deus que nos são oferecidas em prateleiras baixas e que podemos acessar sem muita dificuldade -- apenas com humildade e fé.

Muitas vezes passamos a vida chorando oportunidades perdidas e falta de sorte.  Murmuramos por nossos amigos terem mais do que nós e por nunca alcançarmos a fama ou a fortuna pretendida.  Nem nos damos conta de que aquilo que já conseguimos é mais do que suficiente para nos fazer viver a felicidade até o final de nossos dias.  Queremos subir a escada para alcançar a prateleira mais alta quando basta nos abaixar e pegar a grande bênção que o Senhor Jesus colocou na prateleira mais baixa.

Sempre que você quiser alguma coisa importante para sua vida, incline-se e olhe a primeira prateleira. é ali que você encontrará o que está buscando.

Paulo Barbosa

Ministro Joaquim Barbosa.


Uma rede de blogueiros espalha na internet notícias desonrosas sobre o presidente do Supremo Tribunal Federal. A verdade é que Joaquim Barbosa não assistiu o jogo da final da Copa das Confederações no Maracanã. Ele não utiliza aviões da FAB para se deslocar, apesar de ser chefe de um poder da República. Viajou para o Rio naquele fim de semana, do Brasil X Espanha, num voo de carreira, como faz rotineiramente, há dez anos, pois é lá onde tem residência fixa, utilizando a cota de passagens aéreas que tem direito como Ministro do STF.

A internet está repleta de notícias tentando macular a reputação e imagem do presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Joaquim Barbosa. Uma campanha sofisticada e abrangente. Se alguém pesquisar Joaquim Barbosa no Google vai encontrar uma saraivada de títulos acusando o Ministro disso e daquilo.

NA esteira dos escândalos de que o Presidente da Câmara e do Senado e o Ministro da Previdência, terem usado aviões da FAB, para assisitir ao jogo com amigos, ou para comparecer a acontecimentos sociais, a última da rede é acusar Barbosa de ter usado recursos públicos para ir até o Rio de Janeiro ver o jogo da final da seleção brasileira, na Copa das Confederações.

Até publicações sérias como o Estadão e a Folha de São Paulo, comentam o fato, de forma pelo menos dúbia.

Diante do escarceu injurioso o Ministro Joaquim Barbosa fez publicar uma nota esclarecedora atráves da Assessoria do STF:

Lula de volta - Por Mary Zaidan

Longe do ringue desde o quase nocaute desferido pelo escândalo Rosemary Noronha, e mais sumido ainda depois das manifestações juninas, o ex-presidente Lula reapareceu. E, ainda que zonzo, sentindo o golpe de não ser mais a voz máxima das ruas, reencontrou-se com o seu melhor estilo: o de reinventar a história.

“Na Europa, os protestos são para não perder o que conquistaram. No Brasil, protestos são para conquistar mais”, disse Lula na tarde de quinta-feira, durante palestra na Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo. Repetiu o que já publicara no dia anterior na sua coluna mensal no jornal The New York Times e que sua pupila Dilma Rousseff, bem ensaiadinha, passou a dizer nos últimos dias.

Vítimas das alegorias marqueteiras, que a cada dia produzem uma ideia nova para fazer de conta que se está atendendo às demandas dos protestos, eles não se emendam. Fazem qualquer coisa para tentar tirar o monstro do cangote do Planalto.

Se invencionices do tipo Constituinte exclusiva e plebiscito para uma reforma política urgente urgentíssima não deram certo, agora é a vez de tentar atrair a plateia com o avesso do avesso, repetindo a tática que Lula usou para se reerguer quando o mensalão o jogou na lona.

O novo bordão preconiza que a grita só está acontecendo agora porque os governos do PT “reduziram drasticamente a pobreza e a desigualdade”; que jovens que nada tiveram hoje têm e desejam mais. Um raciocínio ainda mais tortuoso do que “recursos não contabilizados”, expressão imortalizada por Delúbio Soares, vulgo caixa 2, utilizado por Lula para safar os seus dos crimes do mensalão.



Tal desfaçatez não é a única, mas uma das fortes razões para o crescente repúdio à política, não só entre os jovens.

Lula também tratou dessa ojeriza ao falar aos estudantes do ABC. Abusou de expressões de baixo calão, em uma tentativa burlesca de se aproximar do palavreado que imaginou fazer sucesso naquele público. Mas mesmo com linguajar chulo - nada apropriado para quem presidiu o país por oito anos e é visto como exemplo por muitos - foi veemente em seus conselhos para que os jovens não neguem a política.

Acertou no teor, errou na forma.

E fica longe de qualquer acerto quando, sabendo que atenta contra a lógica e, pior, falta com a verdade, pretende convencer que os que hoje reivindicam só estão nas ruas depois do condão de seu governo.

Desrespeita os milhares de manifestantes, faz ouvidos moucos. Erra no teor e na forma.

sábado, 20 de julho de 2013

CURIOSIDADE - Por Mundim do Vale.

QUEM  SOUBER  RESPONDA.

O síto Sanharol, ganhou esse nome por conta da abelha Sanharol que arranchou-se por lá.

O sítio Roçado de Dentro, foi batizado quando um cidadão do Sanharol fez um roçado por lá, quando tudo era só mato.

Colocaram o nome no sítio Vazante, porque tinha uma baixa sempre verde, mesmo sem ser em período de inverno.

O sítio Lagoa do Arroz, tinha esse nome porque, tinha um pequeno lago no terreno do Sr. Cirilo e as terras vizinhas eram boas produtoras de arroz.

O sítio Inharé, faz jus ao seu nome por conta do fruto que tem bastante por lá.

Para provocar Antônio Morais, Otoniel Fiúsa e a simpática Flor  do Chico. Mundim do Vale Quer saber, porque o nome Chico e quem foi que batizou cada sítio.

Haras Sanharol - Expocrato 2013.

                         
                               João Pedro com seu potro Flying Machine de 01 ano 07 meses de idade.


                                           Dr Menezes , João Pedro e o tratador Zé li.


                               Flying Machine Cm, Lady Sanharol leo e Trickster To Go Hsh.


                                                   Aluisio com raiva e os pôneis.


                                         João Pedro e Flying Machine Cm na expocrato 2013.

Federação Nacional dos Médicos se desliga de comissões do governo.


Em protesto contra o programa Mais Médicos do governo federal e aos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) se desligou, nesta sexta-feira, das onze comissões que integrava em órgãos federais, como o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde. Tais comissões são formadas para que representantes de entidades médicas ajudem o governo a tomar decisões que vão desde procedimentos a serem incluídos na cobertura dos planos de saúde até formas de incentivar médicos a trabalharem no interior do Brasil. 

“Tenho a impressão de que o governo quer legitimar decisões dizendo que estão ouvindo a classe médica. Isso não é verdade. Todas as nossas sugestões são diferentes das propostas da MP que institui o Mais Médicos”, disse ao site de VEJA Geraldo Ferreira Filho, presidente da Fenam. “Diante disso, entendemos que não temos o que fazer nessas comissões.”

sexta-feira, 19 de julho de 2013

VEM AÍ - O Cravo e a Rosa - Walcyr Carrasco

"O Cravo e a Rosa", novela do Walcyr Carrasco. Posso assegurar que foi uma das melhores novelas dos ultimos 10 anos. pelo bom humor, pelos figurinos dos personagens, posso imaginar que o Walcir se inspirou no Sanharol. O Januario sempre agarrado ao seu bacurim e os fuxicos de Lindinha lembram muito a nossa verve, e a musica muito bonita:
O Cravo e a Rosa.
Catarina Batista é a mulher moderna, na sociedade paulista da época de 20, que recusa o papel feminino de se restringir a lavar ceroulas em um tanque. Julião Petruchio é um homem cuja crença é a de que a mulher deve ser a rainha do lar. Duas pessoas tão diferentes vivem um romance contraditório. Conhecida como "a fera", por botar todos os seus pretendentes para correr, Catarina vai esbarrar na teimosa cínica de Petruchio, que inicialmente, decide conquistá-la para, com o dote do casamento, salvar sua fazenda de ser leiloada.
Eles acabam se apaixonando, mas não dão o braço a torcer, vivenciando cenas muito bem-humoradas e hilárias de discussões e brigas vulcânicas. Ele fingindo-se de "cordeirinho", e ela cada vez mais furiosa com sua insistência.
Mas há os que são contra e a favor desse improvável romance. A começar pela família de Catarina. Nicanor Batista, seu pai, quer vê-la casada, livrar-se do constrangimento que passa por causa das atitudes da filha e lançar sua candidatura a prefeito; Bianca, a irmã mais nova, é o contraponto de Catarina: quer noivar e casar, mas só terá permissão após a filha mais velha arrumar um pretendente.
Já Cornélio Valente, tio de Petruchio, torce pelo sobrinho; assim como Calixto, velho empregado da fazenda que considera Petruchio como um filho e se apaixona pela governanta de Catarina, Mimosa. Também apoiam o romance Dinorá, esposa de Cornélio, e Josefa, irmã e mãe do esportista Heitor, pois as duas querem vê-lo casado com Bianca, por causa da fortuna dos Batista.
Entre os que não aprovam o casamento, há a ardilosa Lindinha, criada com Petruchio na fazenda, apaixonada por ele e que conta com a ajuda de Januário para atrapalhar o romance dos dois; o jornalista Serafim, que pretende conquistar Catarina para dar o golpe do baú; e o vilão Joaquim, homem misterioso cujo único objetivo é arruinar Petruchio porque acredita que ele foi o responsável pela perdição de sua única filha, Marcela.
E para piorar esse cenário, chega Marcela, vinda de Paris para se apossar dos bens do ingênuo pai e para reconquistar de vez Petruchio, batendo de frente com a "fera" Catarina.
Postado Por A. Morais

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

AS  COISAS  QUE  GOSTO  DE  FAZER.

Conversar com o meu pai sobre o passado
Sem com isso forçar a sua mente,
Ler notícia de paz no Oriente
E o Dólar baixando no mercado.
Evitar desavença de cunhado
Em arenga de casal não me meter,
Fazer verso esperando o sol nascer
Botar lenha na boca da caieira.
Tomar banho de chuva na biqueira
SÃO AS COISA QUE EU GOSTO DE FAZER.

Receber e retribuir um bom presente
Encontrar com a família no natal,
Conservar o conceito da moral
Esperar a chegada de um parente.
Conversar com menino inteligente
Mandar carta e a resposta receber,
Ensinar um endereço com prazer
Desejar boa sorte a um amigo.
Não negar uma esmola a um mendigo
SÃO AS COISA QUE EU GOSTO DE FAZER.

Cochilar com  vento no telhado
Escutando o seu som na cumieira,
Abraçado com a minha companheira
Porque foi pelo padre autorizado.
Acordar vendo o céu todo nublado
Com o tempo preparado pra chover,
Numa reza começar a agradecer:
- Obrigado meu santo pai eterno!
Pois rezar pra pedir um bom inverno
SÃO AS COISAS QUE EU GOSTO DE FAZER.

Escutar uma pessoa bem decente
Em silêncio total para ouvir,
Balançar minha neta pra dormir
E velar o seu sono inocente.
Vê o sol apagando no poente
Dando espaço pra lua aparecer.
Exercer meu direito e o dever
Amparado pela constituição.
Passear sempre que posso no sertão.
SÃO AS COISA QUE GOSTO DE FAZER.

Ler cordel do Dr. Sávio Pinheiro
Apreciando a correta poesia,
E o prazer de fazer uma parceria
Do Fígado Valente e do Pé do Cruzeiro.
É poder lhe chamar de companheiro
Aguardando outros versos ele fazer,
Para assim Várzea Alegre aparecer
No cenário da cultura popular.
Ler  poema, fazer e divulgar
SÃO AS COISAS QUE EU GOSTO DE FAZER.

Mundim do Vale.

VERSO LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

PARA  ACORDAR  O  GIGANTE

Meu nome é Mundim do Vale
Morador desse sertão,
Se alguém quiser que me cale
Não me conte nada não.
Eu assisti no jornal
Que soltaram o Nicolau
Por ser do judiciário.
Logo aquele dito cujo
Que tava muito mais sujo
Do que cordão de rosário.

Até no espírito Santo
O espírito mal baixou,
Lá o cambalacho é tanto
Que o santo não perdoou.
Eu acho muito esquesito
Mas será se é o Benedito
Ou o governo do estado?
Enquanto alguns enchem o saco
O pobre anda mais fraco
Do que jantar de guisado.

Depois que a promotoria
Resolveu ficar de olho,
Tem político hoje em dia
Que está com a barba de molho.
Tem uns que largam o poder
Vão brincar de esconder
Ninguém sabe o paradeiro.
F.H.C. Perturbado
Fica mais aprerreado
Que barata em galinheiro.

A energia já era
Por falta de eficiência,
A única coisa que gera
É desemprego e falência.
O pais semi-apagado
Porque vive ameaçado
Com medo de apagão.
E o povo sem socorro
Perdido igual a cachorro
Que acompanha procissão.

No senado não demora
Um presidente também,
O Jáder já foi embora
Criar rã lá em Belém.
Não sei o que está havendo
Mas pra mim, tá parecendo
Com coisa de cambalacho.
O senado tá sem tino
Trocando mais que menino
Em areia de riacho.

O Nordestino não sabe
Porque não presta atenção,
Mas quem mexe na CONAB
Está furtando o sertão.
O que o verso quer dizer
Se alguém quiser saber
Digo tim-tim por tim-tim.
Sou um poeta sem estudo
Mas dou notícia de tudo
Do pais tupiniquim.

Mundim do Vale.

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale

COISAS  QUE  EU  FAÇO  SEM  GOSTAR.

Ver um cabra falar de viloleiro
Sem saber que aquilo é uma arte,
Sem noção que a viola já fez parte
Da história de Antônio Conselheiro.
Eu que sei que o folclore brasileiro
Tem viola e poeta em seu lugar,
Eu não posso ver isso e me calar
Porque acho uma falta de cultura.
Tolerar essa pobre criatura
SÃO AS COISAS QUE EU FAÇO SEM GOSTAR.

Furar dedo em caraca de algodão
Tanger porco em subida de ladeira,
Pernoitar numa casa com goteira
Escutar as piadas do patrão.
Segurar numa alça de caixão
Procurar endereço e não achar,
Escutar um barbeiro fuxicar
Encontrar um caroço no angu.
Ter um sonho que estou andando nu
SÃO AS COISA QUE EU FAÇO  SEM  GOSTAR.

Receber visitante fofoqueiro
Entregar um bilhete de cobrança,
Discutir com a minha vizinhança
Tolerar confusão de cachaceiro.
Espremer um furúnculo no trazeiro
Dar um espirro na hora do jantar,
Segurar um bebê pra vacinar
Confirmar a mentira de alguém.
Sugerir paciência a quem não tem
SÃO AS COISA QUE EU FAÇO SEM GOSTAR.

Arranjar um dinheiro emprestado
Sem saber quando posso devolver,
Vê um padrasto com raiva ofender
Espancar e humilhar seu enteado.
Ter que ouvir com atenção o leriado
De um gago quando cisma de falar,
Cortar meu cabelo e me barbear
Me deitar com a claridade de uma luz.
Me engasgar com batata ou com cuscuz
SÃO AS COISA QUE EU FAÇO SEM GOSTAR.

Me sentar na cadeira do dentista
E fingir que estou muito feliz,
Espremer uma espinha no nariz
Escutar a conversa de mchista.
É trocar um pneu perto da pista
Vendo a hora outro carro me pegar,
Ler notícia que a água vai faltar
Sem saber qual vai ser a solução.
Ouvir papo de  queimadas do sertão
SÃO AS COISA QUE EU FAÇO SEM GOSTAR.

Mundim do Vale.

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

Dedicado ao primo Fernando Souza, que há tempo vem me cobrando a divulgação desse causo.

INVASÃO  DE  DOMICÍLIO.

Todas às vezes que nós íamos à Várzea Alegre-Ce. Pedro Souza programava umas pescarias.
Era festa do padroeiro e o cardume dos Piaus estava todo na cidade. Pedro marcou uma pescaria para o domingo, na ponte dos Grossos. No sábado nós tomamos uma cervejada nas barracas e completamos o tanque no CREVA – Clube Recreativo de Várzea Alegre. No dia seguinte nós fomos para a Vazante, para pegar os pescadores e o material de pescas. Na hora da saída Liêda olhou para Pedro e perguntou:
- Tu vai também Pedro?
- Claro que vou. Fui eu que organizei a pescaria.
- Ave Maria! Esse homem chegou ontem aqui quase morto. Parece que tomou  todas as cervejas das barracas sozinho.
- As que eu não bebi, Raimundim mais sérgio beberam.
Na chegada do Riacho do Machado, João Piau, Vieira Neto, Nonato Souza, Fernando Souza, e Luís Sérgio, já foram logo jogando tarrafas e metendo as mãos nas locas atrás dos peixes.
Eu me afastei um pouco do riacho e me deitei de baixo de uma moita de mufumbo e comecei a cochilar. De repente escutei a voz de Pedro:
- Ou de casa!
- Ou de fora!
- Ainda cabe um nesse apartamento?
- É só um?
- É.
- Pois entre e ocupe aquele outro quarto.
Pedro forrou a cabeça com um bornal e começou a cochilar também.
De repente foi chegando Luís Sérgio, que estava com uma ressaca maior do que a minha e a de Pedro juntas. Mas sendo ele mais novo, ainda estava aguentando ficar de pé. O suposto inquilino foi querendo se acomodar, quando eu disse:
- Ei Sérgio. Não cabe mais não. Pode arribar.
Ele foi na direção de Pedro, quando começou a mexer na moita, Pedro gritou:
- Tem gente!
Sérgio zangou-se e falou:
- Arre égua, que povo mais mal edudado, não sabem nem receber visitas.
Pedro rebateu:
- Que visita? Você não sabe nem se fica e já vai logo armando a rede. Isso aí é INVAZÃO  DE DOMICÍLIO. Vá ver se consegue se agasalhar naquele quartinho que era de Antônio André.
Sérgio desceu para o riacho, encheu uma garrafa de água, pegou um copo descartável e subiu para uma moita, que ficava à seis metros do local onde nós estávamos. De lá ele enchia o copo e jogava na nossa direção. Como o local que Pedro estava era mais próximo, a água só chegava até ele.
Uma hora lá Pedro sentou-se com a cara ruim e falou:
- Ôxente, Raimundim. No teu quarto também tem goteiras?
- Tem não. Não tá nem chovendo lá fora.
- Pois no meu tem.
Vieira Neto vinha subindo para pegar um landuá, Pedro chamou Vieira e ordenou:
- Vieira. No dia que nós vier pescar de novo, você venha antes com Roberto e tire as goteiras desse apartamento.
Vieira Neto que estava de pé, olhou na direção norte e avistou Luís Sérgio com a garrafa e o copo na mão. Notando a pegadinha de Sérgio falou:
- Que goteira? Pai parece que tá é delirando. Olhem aí de onde é que estão vindo as goteiras.
Quando eu confirmei a brincadeira falei sério com Sérgio:
- Sérgio. Você devia respeitar os mais velhos.
Sérgio só fez dizer:
- Vocês tem muito é sorte, porque a minha intenção era jogar mijo. Mas eu mijei pouco e o jeito que teve foi misturar com água.
Para completar o castigo de Pedro, Vieira ordenou:
- Já que foi pai que inventou a pescaria, ali tem um baláio de peixes pra pai tratar pra melhorar da ressaca.
Pedro olhou pra mim e perguntou:
- Tu vai me ajudar , Raimundim.
- Vou não Pedro. O que eu podia fazer por você eu já fiz, que foi dividir o apartamento. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SITUAÇÃO CONFUSA - Por Mundim do Vale.

DEUS  E  O  POVO.

 A pior coisa que pode acontecer ao ser humano, é ter que escolher entre duas situações a melhor para o seu futuro.
Eu sou um exemplo dessa situação.
No ano de 1971 eu tinha um emprego de oficial de justiça da comarca de Várzea Alegre –Ceará, conquistado em concurso público.
No mesmo ano a minha família mudou-se para Fortaleza me causando o primeiro impacto, pois na época eu ainda era solteiro e fiquei igual a pinto de granja, sem família. Em seguida vieram as cobranças dos meus irmãos, para eu largar tudo e vir para Fortaleza, foi o segundo impacto, deixar um emprego com estabilidade para arriscar outro na cidade grande.
Para garantir o emprego eu tive a ideia de requerer licença para interesse particular por dois anos para assim poder analizar melhor a situação.
Foram dois anos de tortura. Todo os dias eu pensava o que fazer quando vencesse a lilença e não encontrava a solução.
As opiniões da família e dos amigos eram divergentes.
Uns diziam:
- Como que tu vai deixar um emprego garantido na tua cidade, onde todo mundo te conhece, para morar em Fortaleza? Só tando doido.
Outros diziam:
- Como é que tu vai deixar de morar em Fortaleza, onde tem mais facilidade  de estudo e de emprego, para viver numa cidade carente de tudo?
Pareceia a história da família e o burro.
E assim a minha dúvida aumentava e eu nada de achar um critério de escolha para aquela situação.
Quando já estava perto de vencer a lilença, eu tive a ideia de fazer a escolha de uma forma, que se desse errado, eu não teria ninguém para responsabilizar pelo meu fracasso.
No domingo eu estava com os meus irmão na área de casa e falei;
- Eu tenho uma coisa para dizer a vocês. Encontrei uma forma de resolver a minha situação.
Peguei uma moeda e disse:
Essa moeda vai resolver por mim. Se der cara eu fico em Fortaleza, se der coroa eu volto para Várzea Alegre.
A trocida ficou dividida, metade cara e a outra metade coroa.
Peguei a moeda entreguei ao meu irmão caçula, ele arremessou para o alto, quando caiu deu cara, ficando assim definida a minha situação.
Não sei dizer o que teria sido melhor para mim, porque Deus é quem me conduz.
Quando um amigo pergunta se a escolha foi boa eu respondo:

- Não sei te dizer. Porque hoje quem cuida da minha vida é DEUS E O POVO.

Sem obrigação - Por Lauro Jardim

O governo vem recebendo todos os recados possíveis sobre as dificuldades para a tramitação da MP dos Médicos, que ainda nem chegou ao Congresso (Saiba mais em: Caiado mira STF).

Henrique Eduardo Alves reconhece que não faltarão obstáculos – vindos da oposição e da base aliada -, mas diz ter uma carta na manga para tentar acalmar os colegas convictos em derrubar o projeto.

Aliás, Henrique Alves quer mexer num dos pontos mais delicados da MP, e adianta: - A MP não sairá daqui como entrou, sem dúvida. Eu sugiro alterar o trecho que obriga médicos recém-formados a prestar serviço na rede pública. Eu retiraria essa obrigatoriedade no caso de profissionais que cursaram universidades particulares. Eles estudaram por conta própria e não têm que dar contrapartida ao Estado.

Bolívia humilhou o governo brasileiro.


Morales: seu governo violou soberania do Brasil vistoriando ilegalmente avião da FAB, sem autorização do ministro da Defesa, Celso Amorim.

O Ministério da Defesa negou hoje nota publicada pelo colunista Cláudio Humberto que o blog reproduziu sobre violação da soberania de um avião da Força Aérea Brasileira no final de 2012, mas informou que, no final do ano anterior, o governo de Evo Morales uma vez mais passou uma rasteira no Brasil — como fizera com o envio de tropas para instalações da Petrobras — fazendo exatamente isso: vistoriando um  avião da FAB, a gloriosa FAB que teve participação heroica na II Guerra Mundial e que, pelos serviços prestados à população desde que existe, é um orgulho dos brasileiros.

O ato de hostilidade dos bolivianos foi feito sem autorização do ministro da Defesa, Celso Amorim, mas, como reação, tudo o que o governo brasileiro fez foi encaminhar uma tímida e pusilânime “nota de reclamação” ao governo de Evo Morales.

Alguém aí se lembra de essa “nota de reclamação” ter sido pelo menos divulgada a nós, brasileiros?

O Brasil se curva aos governos bolivarianos, e em troca obtém esse tipo de atitude.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

PARA DESCONTRAIR - Antonio Gonçalo de Sousa

Nas décadas de 60 e 70  os cantadores de viola eram  comuns e faziam muito mais sucesso que hoje nos sertões Nordestino. Contam os mais assíduos desses eventos, que lá pelas bandas do Quixeramobim - CE reuniram-se alguns afamados profissionais para uma cantoria na casa do “Zé Cascudo”, que tinha uma grande predileção por política e estava empolgado com o desempenho do construtor de Brasília, a  capital federal . 

Quando a dupla de cantadores  Zé Pangola e Cabacinha  se postaram nas cadeiras em cima da calçada para começar a cantoria, o anfitrião foi logo implorando e quase exigindo  para que os mesmo desenvolvessem um verso sobre o seu grande ídolo,  Juscelino Kubischek.

 O  Zé Cascudo não entendeu bem o mote, mas começou:

 Jucelino “Cu” de cheque
Que diabo de nome fei
Vá passando logo o cheque
Que de “Cu” já tamo chei.............

 A cantoria continuou, mas não se sabe o resultado final..........

Antonio GONÇALO de Souza

Analista de Central de Retaguarda

Banco do Nordeste

CASOS LÁ DE NÓS - Por Bezerra de Morais.

CADÊ  O  MEU  SOFREU.

Natércio Andrade, de saudosa memória, possuía um sofreu, que era a sua prenda preciosa. Quando Natércio chegava em casa que o sofreu ouvia a sua voz, começava a cantar com alegria, o dono do pássaro abria a porta da gaiola e ele vinha cantar no seu ombro. Não tinha nenhum negócio para o pássaro. Fizeram várias propostas milionárias, mas ele rejeitava sempre.
Uma vez Natércio viajou e Chiquim de Pedro Belo foi bater na casa dele. Foi atendido por uma senhora já idosa que era tia de Natércio. Chiquim deu bom dia e foi logo dizendo:
- Seu Nateço dixe qui mandasse o sofreu,
A ingênua senhora sem imaginar que aquele portador estava mentindo, entregou o pássaro.
Quando Natércio voltou de viajem chegou em casa logo falando alto, para o sofreu responder cantando, mas não teve a resposta. Foi até o local onde ficava a gaiola e encontrou o canto limpo. Foi até onde estava a tia e perguntou:
- Tia cadê o sofreu?
- Você não mandou o homem vir buscar?
- Que homem?
- O homem que você mandou.
- E como é o nome dele?
- Eu não perguntei, não.
- E como foi que a senhora entregou sem conhecer?
- Mas eu sei quem é ele.
– E Quem é?
- É aquele homem que trabalha fazendo calçamento. Aquele que fica assoviando e batendo com a colher de pedreiro nas pedras.
- Já sei quem é. É Chiquim de Pedro Belo. Eu vou buscar.
Natércio chegou na casa de Ciquinho e bateu palmas na janela. Chiquinho que estava no corredor, viu que era o dono do sofreu e falou de lá:
- Isbarre aí, Seu Nateço. Eu vou já.
Antes de atender a visita, Chiquim pegou a gaiola com o sofreu e escondeu debaixo de um fogão a lenha e foi receber a visita:
- Diga Seu Nateço, pode entrar.
- Chiquim. Cadê meu sofreu?
- Eu num sei de sofreu seu não.
- E você não pegou com a minha tia?
- Eu mermo não. Ela tá é caducando.
- Pegou, que ela me disse que foi você.
- É mentira dela.
- Você respeite minha tia, que ela não mente não.
- Apois pode precurar dento de casa.
Natércio foi entrando e nada de encontrar, mas quando chegou na cozinha, falou um pouco mais alto e o sofreu respondeu num canto bem abafado. Ele foi falando e seguindo o canto, até que chegou no fogão e encontrou a gaiola que foi logo tirando e dizendo:
- Tenha vergonha. Chiquim !
Chiquim sem ter o que fazer mais, só fez dizer:
- Quem terá sido qui butou o bichim aí?

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

A  EXTREMA-UNÇÃO  DE  LILA.

Luís Salviano Macedo ( Lila ) Gostava de dizer que era valente e contava histórias de valentia. Mas todos sabiam que Luís não era muito disposto para brigas.
Certa vez o Padre Antônio Vieira, veio passar um final de semana com os seus pais no Cristo Rei e trouxe com eles um grupo de seminaristas que eram seus alunos.
No sábado à noite vinha uns amigos da carrapateira para visitar o padre e na passagem da Extrema Luís perguntou:
- Pra onde vão?
- Zé de Mariinha respondeu:
- Vamos visitar o padre Vieira lá no Cristo Rei.
- Apois eu vou também.
Chegaram no Cristo Rei conversaram com o padre e os alunos e quando foi por volta das 22:00 Horas o padre entrou com os seminaristas.
Facaram conversando na calçada; Vicente Vieira Lila e os Soares da Carrapateira. Foi naquele momento que Luís se danou a contar as histórias das valentias dele:
- Uma vez eu tava numa bodega lá no São José e tinha uns amargoso dizendo piada cumigo. Eu peguei um facão rabo de galo que tinha detrás do balcão, mas num ficou nem um, correu tudo.
Vicente Vieira disse:
- Luís. Eles correram porque pensavam que tu ia cortar lenha e queria chamar eles para ajudar. Aquilo é o povo mais preguiçoso do mundo.
Outra vez eu tava dento da minha casa na Extrema, já era tarde da noite, quando eu iscutei uns assobí. Aí eu dixe a Ester, aquilo é ladrão. Eu escorei a ispingarda na ginela e gritei:
Tão cum vontade de morrer? Pode vim. Depois que eu falei eu vi dois vuto pulando a cerca e quebrando o mato.
Vicennte falou novamente:
Luís. Aquilo era os cabras do Fundão atrás daquela cabrocha, que trabalha lá em tua casa.
Quando foi uma hora Luís saiu para esvaziar a bexiga e os amigos combinaram com Vicente para fazer um medo a ele.
Um deles falou:
Vicente quando Luís voltar você entrete ele lá po dentro, que nós vamos ficar escondido lá atrás da capela para ver se ele tem coragem de voltar sozinho.
Assim fizeram. Quando Lila retornou um dos amigos pediu água e vicente entrou para pegar, chegando lá ele pediu a dona Senhorinha para servir um prato de coalhada para luís.
Quando o amigo tomou a água vicente disse:
- Luís vá deixar o copo lá na conzinha que a sua tia quer falar com você
Quando Luís voltou que não viu os companheiros já perguntou preocupado:
- Cadê os caba?
- Já foram.
- Foro não qui eles num ia deixar eu voltar sozim.
Mas eles foram, porque deram boa noite e saíram.
Luís começou a ficar aperriado e inventou logo uma dor no peito:
- E agora, Vicente? Eu não posso ir só não, qui dispois da cuiada me deu uma dor no peito e pode ser qui eu sinta alguma coisa no camim.
- Você não tá sentindo nada não,
É porque qualhada de noite dar uma reação mas logo passa.
- Mais eu tou sintindo! Vá logo chamao o pade pra fazer a estremunção qui eu vou morrer.
- Mas ele já está dormindo.
- Apois então vai ser priciso eu durmir por aqui, porque qalquer coisa o pade tá aí pra incumendar a minha alma.
- Não dar certo não Luís. Antônio trouxe esse povo e a casa tá cheia.
- Apois eu vou pegar aquela esteira e me deitar no pé da porta, se eu gritar você venha viu?
Luís já estava gemendo na esteira quando os amigos voltaram. Ele teve uma melhora repentina e disse:
- Eu pensei qui vocês já tinha ido.
Zé de Mariinha falou:
- É nós já ia mesmo, Mas quando chegamos ali na frente tinha uns cabras do Junco puxando fogo e nós achamos melhor voltar, porque se eles quiserem bigar  tem você para enfrentar.
Vicente interrompeu:
- Mas Luís está doente, não pode brigar não.
Luís levantou-se deu um pulo e falou:
- Pois eu já fiquei bom. Mais eu acho mais mior nóis passar o resto da noite aqui na calçada, porque se os caba for inventar de mexer cum nóis, vai ser priciso eu fazer uma besteira.

Zé Gatinha - Por Antonio Morais

Um Sábado qualquer do mês de Dezembro do final da década de 60 do século passado. Festa no CREVA, atrás da prefeitura, já no seu final, Pedro Sousa tocava a ultima musica, “Gatinha manhosa". Zé de Zuza fechava a ultima porta do Bar localizado a Rua Major Joaquim Alves, como gosto de falar do Major Joaquim Alves. Aproximaram-se Zé Gatinha, Zé Bezerra, Zé Bobô e Mundim do Vale.

A muito custo conseguiram convencer Zé de Zuza a reabrir o Bar, servir uma antártica gelada e marcar o tempo no velho relógio da parede.

Começaram a jogar uma partida de sinuca. Foram a cima, foram a baixo, - Zé de Zuza deu um cochilo e Zé Gatinha foi no relógio e voltou o ponteiro em meia hora.

Quando a barra quebrava, Zé de Zuza deu outro cochilo e acordou com Zé Gatinha com a mão na massa, ou seja, no relógio voltando o tempo mais uma vez.

Então, Zé de Zuza se levantou, se espreguiçou e perguntou: meninos se eu der outro cochilo desses quanto é que eu vou ter que pagar pra vocês no fim deste jogo?

Relembrando o Creva – Gatinha manhosa.

Medo de vaias? - Lauro Jardim.


Vai ou não vai?

Dilma Rousseff ainda não bateu o martelo sobre sua viagem ao Ceará, inicialmente agendada para quinta-feira. Hoje, Dilma cumpre agenda no Paraná.

Enquanto isso, o Palácio do Planalto está tirando a temperatura política do Ceará, onde Cid Gomes enfrenta forte insatisfação, e as manifestações também marcaram presença em Fortaleza. Dilma, claro, teme ser recebida da pior maneira possível por lá.

terça-feira, 16 de julho de 2013

EXTREMO PROGRESSO - Por Bezerra de Morais.

Uma vez nós escrevemos nessa página, uma matéria em que falava  da tranquilidade de Várzea Alegre no passado, uma amiga questionou dizendo que melhores são os dias de hoje. Em outra ocasião  num debate nosso com o poeta Sávio Pinheiro, eu dizia que tempo bom foi o passado e Sávio dizia que tempo bom é o presente.

Eu vou tentar  fazer aqui um mapeamento do Sítio Vazante no ano de 1953. As casas ficavam todas de um lado só, com  mais ou menos 150 metros de distâcia de uma para a outra. Partindo da sangria da Lagoa de São Raimundo a ordem era essa:
Casa -1- Caitano de Zezinho de Matias e Maroquinha.
Casa - 2 - Zezinho de Matias e Teresinha, Pais de Caitano ( Hoje      pertencente ao Dr. Raimundo Irapuan Costa. )
Casa - 3 - Sr. Matias, pai de Zezinho e avô de Caitano.
Casa - 4 - José Raimundo e Dona Ana.
Casa - 5 - Carrim e Maria Carlos, pais de Damião dos Bonecos.
Casa - 6 - Raimundo Beca e Maria.
Casa - 7 - Tio Manoel Piau e tia Beluca. ( Aquela casa ficava em frente ao campo de futebol )
Casa - 8 - Tio Raimundo e tia Izaura. Aquela casa nós ocupamos por um tempo. Foi onde nasceu meu irmão Luía Sérgio.
Casa - 9 - Dona Mimosa, viúva do meu avô Joaquim Piau. Hoje pertencente aos familiares do Dr. Raimundo Sátiro.
Fora dessa sequência tinha ainda nas margens do Riacho do Feijão, uma casinha do meu tio Vicente Piau e tia Toinha.

As casas não tinham luz elétrica, a iluminção era feita com lamparinas. Também não tinha água encanada. A água era tirada de cacimbas e transportadas em cabaças até os potes. Os brinquedos dos meninos eram; Galamartes, cavalos de pau, triângulos, boldoques e peões. Das meninas eram; Guisados e bonecas feitas de sabugo de milho ou pendão de mandacaru.

No inverno o acesso para a cidade era um sacrifício, tanto pela sangria da lagoa como pelo altos dos Becas ( Hoje bairro Juremal )

O enfermeiro Nelinho para ir aplicar uma injeção ou fazer um curativo. Só faltava não chegar por conta das dificuldades.

Hoje passando no bairro Vazante eu vejo casas boas com automóvel na garagem, antena parabólica, tv a cabo, Internet e e água encanada. No bairro hoje já tem: Casa de eventos, mini-presídio, Estádio e um projeto em andamento para construção de um condomínio de luxo. Se o enfermeiro Nelinho tivesse vivo não gastava mais de dez minutos para se deslocar à pé do centro da cidade para – Bairro Vazante e ainda passava no Parque Cívico São Raimundo Nonato.

Os brinquedos das crianças da Vazante hoje são; Vídeo Games e computadores. Foi Vendo esse extremo progresso que eu fiz um comparativo e me perguntei: O que seria melhor para mim? Viver no sítio Vazante  no ano de 1953, ou viver no bairro Vazante no ano de 2013?

Não obtive resposta conclusiva. Alguém tem essa resposta?

A Expocrato e os meus netos - Por Antonio Morais


Mais uma vez vivemos um período de festas no Crato. Realiza-se a maior exposição do interior do nordeste. Os meus netos foram até o parque  dar uma olhada  nos animais, principalmente nos cavalos do Haras Sanharol, empreendimento da  família Menezes que anualmente  prestigia a festa com seus belos animais.

Quando retornaram, um tanto quanto enfadados, João Pedro trazia numa caixa muito bem acomodado um casal de mocós. Soltaram no jardim e ficaram  admirando-os.

Demorou pouco começou um desentendimento, uma arenga entre os dois.  João Pedro  disse  que o dele era o macho e, Aluísio fez a mesma escolha.  Como o menor sempre sai perdendo, restou ao Aluísio  cair no choro.  

Como consolo, e, na qualidade de avô pacificador, passei a mostrar ao Aluísio as vantagens de ficar com a fêmea. Disse-lhe: Veja bem, da fêmea vão nascer varias crias, com o tempo, você terá uma grande quantidade de mocós, enquanto João Pedro  terá sempre um, nunca passará disso. Foi a vez de João Pedro arrependido cair no choro e tentar  reverter a situação criada por ele próprio. 

O fato é que terminaram chorando os dois. Esta semana terei muitas resenhas para contar dos meus netos. Essa pequena amostra é só o começo.