Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 31 de julho de 2023

Opinião - Deputado Federal Luiz P. O. e Bragança.


O ativismo judicial se aplica mais ao próprio STF do que a qualquer outro puder.
A maioria dos juízes nunca foi juiz, todos da mesma ideologia, não querem se reformar e ignoram o seu descrédito.
Os outros poderes são mais sensíveis, justos e equilibrados em comparação.

119 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



A família Vieira do Sitio Chico, em Várzea-Alegre se caracteriza pelo trabalho, honestidade, honradez e inteligência esmeradas.

Há quem diga que Joaquim Vieira, o nosso conhecido Joaquim de Libércia era o que se podia chamar de "o cúmulo da prevenção". 

Certa feita ele levou uma criança para consultar. O médico aconselhou internar a paciente e, voltar com ela para casa apenas no dia seguinte. Seria o mais prudente.

Joaquim concordou, mas, prevenido foi na Rádio Cultura e mandou a mocinha redigi um aviso aos amigos e familiares do sitio comunicando a decisão de deixar a filha internada. 

Joaquim perguntou a que horas o aviso ia ser lido e, depois da informação foi correndo em todas as casas da ribeira avisar que as duas horas ligassem o rádio para ouvir o aviso.

Outra vez ele estava de viajar para São Bernardo em São Paulo onde tinha uma reca de filhos morando, e, chamou uma nora e determinou : Faça uma carta dizendo que eu fiz uma boa viagem para quando eu chegar em São Bernardo enviar para vocês pelo correio. 

E assim foi.

Certa feita o pai dele  disse : Joaquim, pegue essa  braça e vá medir a cerca  do final da propriedade.  Vou substituir a cerca de madeira por arame. 

Joaquim foi e voltou: Pronto meu pai já medi! Quantas braças deram! E, era para contar.



domingo, 30 de julho de 2023

Lions Clube de Crato Centro - Por Antônio Morais.

O Lions Clube de Crato Centro foi o segundo Clube de Lions do Ceará, o primeiro foi o Fortaleza Centro. 

Data da fundação - 08 de Dezembro de 1955.

Clube padrinho - Lions Clube de Fortaleza Centro.

Primeira  diretoría : 

Presidente : Raimundo Quixadá Felicio.

Secretario : Otacilio Anselmo e Silva.

Tesoureiro : Francisco Tavares Bezerra, Tarcisio Leitinho.

Sócios fundadores :

Raimundo Quixadá Felicio.

José Wilson Machado Borges.

Otacilio Anselmo e Silva.

Pedro Felicio Cavalcante.

Francisco Sousa Nascimento.

José Maria da Cruz.

Edson de Almeida Castro.

Expedito Gomes Silva.

Cândido Figueiredo.

Edson Donizete Coelho.

Cicero Barbosa de Carvalho.

José Wilson Marques.

Antonio Machado.

Ernani Brigido e Silva.

Manuel Mauricio Almeida.

Jaime Dorcy Bezerra.

Antonio Alves de Queiroz.

Otaviano Dustam Pessoa Monteiro Filho.

José Leandro Correia, Gessy.

O Lions Clube de Crato Centro disseminou a semente do leonismo na região. O primeiro Clube criado foi Várzea-Alegre seguido por Brejo Santo, Barbalha, Campos Sales, Juazeiro do Norte e diversas cidades da região. 

O Lions Clude de Varzea-Alegre foi um clube muito atuante. Nenhum empreendimento naquela cidade deixou de ter a participação e colaboração do Lions Clube,

A construção do Creva - Clube Recreativo de Várzea-Alegre foi ação do Lions Clube. 

Permitam-me contar uma historinha de uma promoção para angariar fundos para o edificação do suntuoso prédio do Creva. Representação de todas as cidades circunvizinhas. O Crato Centro fazia-se representado pelos casais : Albino Oliveira e Doralice, Arlindo Matias e Julita, Francisco José Pierre e Marlene,  José Leandro Correia, Gessy e Maria Astrês Aires.

Terminado o desfile, eleita a "Rainha da festa", Joaquim Honório de Oliveira, Quinco Honório teve a brilhante ideia de levar a leilão uma prenda inusitada, "uma dança com as rainha eleita".

Assim é que o empresário cratense e membro do Lions Clube de Crato Centro Francisco José Pierre arrematou por 83 mil ( do dinheiro da época ) o direito de dançar com a rainha do evento. 

Dançou, um pouco desajeitado, ele não era nenhum pé de valsa, mas causou inveja a todo mundo no baile.

O Lions Clube de Várzea-Alegre sempre teve participação destacada nas convenções leonística da região, especialmente nas da cidade do Crato.

Luiz Gonzaga para Osvaldo Alves de Sousa - Por Antônio Morais.

Bilhete de Luiz Gonzaga para o Jornalista Osvaldo Alves de Sousa, em 21.10.76.

"Osvaldo.

Meu irmão, não falte amanhã as nove horas para a inauguração da Agência do Bandepe aqui em Exu.

Traga o seu som além da reportagem. 

Já vou pois tô vexado".

Luiz Lua Gonzaga.

21.10.76.

118 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Estas historinhas resgatam várias personalidades prestimosas de Várzea-Alegre. O primeiro ambiente a barbearia de  Raimundo Santiago no centro da cidade. Só tem graça para quem conheceu os personagens. 

Raimundo Santiago cortava o  cabelo do João Francisco, Raimundo Inácio fazia a barba de Doca de Sousa, José André aguardava sua vez. 

Se achegou do local Pedro Silva e, disse : "Bença padim Zé André"! Em seguida chegou Negrinho de Pedro Borboleta e repetiu : " Bença padim Zé André" ! Logo a seguir foi a vez do Neguin de João Lopes, "a bença padim Zé André".

João Francisco perguntou a toda voz : Zé André você ainda tem outro afilhado desmantelado igual a estes?

Muito parecida, igual no ambiente, mas com outros personagens, Luiz Vieira cortava o cabelo de Raimundo Beca, na sua barbearia localizada  próximo a  residência do Dr. Lemos.  Depois da Duque de Caxias já na rua dos Perus. 

Zé André aguardava  a vez. Antônio André do Roçado Dentro se achegou  na calçada, levantou os braços e colocou as duas mãos  no alto da porta e disse a todo pulmão : Senhoras!

Zé André falou : Raimundo Beca o homem está falando. No que este respondeu : Está falando com a puta que lhe pariu!

O resto da manhã foi pouco  para darem risadas.



117 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


O Brasileiro hoje é o povo mais endividado do mundo, levantando o que as famílias brasileiras devem chegamos ao alarmante índice de metade do que produzimos.
A divida que antes era externa, em doze  anos, o governo  transformou em interna. A oferta de credito é geral, os bancos oficiais se transformaram na casa da mãe Joana.
Pra se levantar dinheiro não é necessário apresentar um projeto de viabilidade, basta chegar ao banco com um boné com o simbolo do governo.
Povo endividado não compra, se não compra o comercio não vende, se não vende a industria não fabrica e vem o desemprego, e, a resultante é  "endividado desempregado". É o fim.

Assim é que Zaqueu Guedes, produtor rural de nossa terra, sabendo  dessas facilidades foi ao BNB de Lavras da Mangabeira propor um empréstimo.
Zaqueu tem fama de levar vantagem em tudo, de ser esperto, inteligente e sagaz. Se aproximou da mesa do gerente como quem toma chegada para matar passarinho, e sem delonga, falou : "Eu desejo fazer um empresto"!

O Gerente, com sua diplomacia habitual informou: Amigo, a única linha de crédito disponível que temos, no momento, é para o financiamento de gaiolas.

Zaqueu sapecou em cima da bucha: Oh meu amigo, deu mesmo certo, eu deixei, lá em casa, cinco cabeças vermelhos num alçapão.

A gaiola em referência era do tipo para criação de peixes. Desta feita, Zaqueu  se avexou e entrou água no negócio.



"Blog do Antônio Morais" postagem inicial - Por Antônio Morais.


Dois nativos do Sanharol - André Menezes e Antônio Morais levando  um lero prazeroso.

Quando nascemos abrimos os olhos para o mundo, dentro de um ambiente que se nos vai tornando familiar, à proporção que os anos passam e à medida que nos vamos integrando nele. Tudo em torno de nós começa, aos poucos, a fazer parte da nossa própria vida até que, toma aspecto comum, sem que disso nos vamos dando conta.

A vida decorre placidamente, entremeada apenas por ligeiros encrespamentos, quando o próprio acervo do teatro em que nos movimentamos, desperta, e sai da sua casa quase letargia. Nossa imaginação se perde em fantasiar uma vida mais ativa, mais cheia de imprevistos que nos proporcione algo mais palpável, para satisfazer os nossos anseios.

O tempo passa, os primeiros arroubos são amortecidos e aí, então, acontece o que não esperávamos. Basta que distanciemos da paisagem amiga que nos acolheu e abrigou para que comecemos a sentir nostalgia e darmos vida a aquilo que, às vezes, passava despercebido. Longe começamos a rever, na imaginação, nos mínimos detalhes, aquele todo que nos pareceu tão igual, invariável e quase insignificante.


Vista do Sanharol a cidade, a Serra Negra e a lua a iluminá-las.

Sentimos algo se movimentar dentro de nós, uma sensação esquisita, agradável e benéfica que faz com que nos transportemos, pelo espaço ilimitado, e nos façamos presente ao tempo longínquo. 

Assim é que sem sabermos por que, aquelas pequenas coisas que nada significavam outrora, atuam em nosso espírito e despertam sentimentos que não supúnhamos fossem capazes de existir.

Passamos a viver com a sombra das imagens de tudo que deixamos para trás, e a dar vida e movimento ao que, ate então, estava inanimado. Veem-se recordações do tempo de nossa infância em que, livres e despreocupados, percorríamos alegres as veredas do incógnito para atingimos uma meta até certo ponto imaginaria.

Chegamos à quadra da nossa juventude quando os sonhos e as ilusões preenchiam totalmente aquela existência descuidada. Entramos então na realidade presente e vemos que todos esses pensamentos, que povoam o nosso cérebro cansado, são resultantes da saudade que nos atinge.

Começamos a nos interessar por informações que constam do nosso banco de dados, algumas delas contemporâneas, vividas e outras repassadas em conversas com pessoas que já não se encontram em nosso meio.

Na ausência de registros oficiais, essas informações verbais vão surgindo, pouco a pouco, e muitas vezes bem ao gosto das conveniências e dos interesses de cada época e cada povo, tornando-se reais para as gerações futuras.



ICONOCLASTIA - Por Wiltom Bezerra, comentarista generalista.

Com os campeonatos virando provas de resistência, jogar futebol não é atividade para os fracos.

Jogar bem e bonito tem prazos de validade cada vez mais reduzidos.

O Fluminense, de Fernando Diniz, e o Palmeiras, de Abel Ferreira, são exemplos disso.

O Botafogo impõe uma alta rotação de jogo e tem sustentado a onda de forma admirável.

Mas, as apostas do seu declínio já estão sendo feitas pelos "especialistas" do fracasso.

Considerado "fogo de palha", a princípio, o time da estrela solitária continua firme na liderança isolada do Brasileirão.

Quando clamamos por grandes  times jogando um futebol de alto nível, existe uma corrente que se diverte mais com a decadência.

São desejos iconoclastas de derrubar o líder, o grande time, a boa escola de futebol.

É impressionante a necessidade de assistir a destruição de quem se tornou forte.

Como se isso fosse a essência do futebol.

Depois de constatada uma queda, a necessidade de internalizar outra. Segue a insatisfação.

Isso não é torcer futebol. É outra coisa.

Fundação do Lions Clube de Crato Centro - Postagem do Antonio Morais.

Foto - Auditório da Escola Melvin Jones.

Data da fundação - 08 de Dezembro de 1955.

Clube padrinho - Lions Clube de Fortaleza Centro.

Primeira  diretorisa : 

Presidente : Dr. Raimundo Quixadá Felicio.

Secretario : Otacilio Anselmo e Silva.

Tesoureiro : Francisco Tavares Bezerra, Tarcisio Leitinho.

Sócios fundadores :

Dr. Raimundo Quixadá Felicio.

José Wilson Machado Borges.

Otacilio Anselmo e Silva.

Pedro Felicio Cavalcante.

Francisco Sousa Nascimento.

José Maria da Cruz.

Edson de Almeida Castro.

Expedito Gomes Silva.

Cândido Figeuiredo.

Edson Donizete Coelho.

Cicero Barbosa de Carvalho.

José Wilson Marques.

Antonio Machado.

Ernani Brigido e Silva.

Manuel Mauricio Almeida.

Jaime Dorcy Bezerra.

Antonio Alves de Queiroz.

Otaviano Dustam Pessoa Monteiro Filho.

José Leandro Correia, Gessy.

sábado, 29 de julho de 2023

116 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


André Costa e Santinha Costa, com a família em algum ano da década de 60 do século passado. 

André Costa, Divane, Dr. João Hélio, Meirinha, Sandra Costa, Dr. César Costa, Irandé Antunes, Inês Costa, Tereza Nilma, Lolanda, Dr. Iran Costa, Dona Santinha e Dr. Irapuan.

A família foi a mais importante criação  que Deus deixou para humanidade. É considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.

O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.

André Costa e Santinha honraram, com distinção e louvores a missão de São Joaquim e Santana avós de Jesus Cristo.



sexta-feira, 28 de julho de 2023

O MEIA ARMADOR QUE PENSAVA O JOGO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

É comum se ouvir dos treinadores: "Preciso de um camisa 10 que pense o jogo na meia-cancha e arrume o meu time".

Esse mantra se refere a um meia clássico imaginário, de passes longos ou curtos, que ficou perdido no passado.

Vamos ficar nos dois maiores exemplos do futebol brasileiro: Didi, o "folha seca", e Gérson, o "canhotinha de ouro".

No tempo em que no setor de meio-campo existia um "púlpito" para esse pensador das melhores jogadas.

Diga-se, com uma pontada de exagero: "Esse pensa pelo time todo!". Como se o restante da equipe fosse formado por descerebrados.

Pois bem. O futebol mudou, ficou mais rápido, mais físico e os espaços para o jogo diminuíram.

O meia clássico e imaginativo, que precisava de tempo e espaço para consecução de suas jogadas, foi o mais afetado com essas mudanças.

Outra coisa: times bem orientados passaram a jogar em 30 ou 40 metros. Se nessas medidas chegam a ficar dois times, com a evolução dos sistemas defensivos, desaparece, entre linhas, o espaço para o meia clássico elaborar.

Essa função, vejam só, passou a ser do volante que vem de trás (Caio Alexandre, do Fortaleza, é um), e até mesmo de um zagueiro que tenha bom passe.

De maneira que, dos meias de hoje, exige-se que joguem atacando e defendendo, de área a área.

Para fugir dessa leitura, sistemática e um pouco radical, diríamos que, ainda bem, contamos com craques desafiadores dessa nova ordem do futebol.

Classudos e competentes Arrascaeta, Ganso e Rafael Veiga destróem modernos paradigmas e fazem miséria nos curtos espaços entre as linhas.

Para o nosso raro deleite.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

115 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Coronel Antônio Correia Lima.

Nasceu em 17 de Junho de 1864, casando-se, exatamente, aos 17 anos, em 17 de Junho de 1881. A união durou 58 anos, faleceu em 30 de março de 1939 com 75 anos. 
Um autentico patriarca, menos militarmente, risonho e de humor muito fino, sabia sorrir um riso serio que os seus lábios controlavam, os mesmos lábios que pareciam sempre balbuciar, tão de mansinho.
Sob seus óculos redondos e de aros de ouro, um olho parcialmente fechado, parecia dar-lhe a visão mais perfeita e exata dos homens e das coisas.
Sem ser um letrado, tinha desenvoltura extrema na conversa vulgar ou no externar de seus pontos de vista a governadores e secretários de estado.  
Os governadores João Tomé e Justiniano Serpa adoravam os encontros que, com ele, tinham, claros, quase sempre culminando de pequenas pretensões inocentes:  promoção para um soldado, melhoria de salario para uma professora, ou remoção de um cabo que estava botando as unhas de fora.
Foi prefeito de Várzea-Alegre de 1912  a 1926, quando passou o cargo ao seu Irmão Coronel José Correia Lima, que governou até 1930.  Num segundo mandato, de 1937 a 1939, ano de sua morte, passou o cargo para o seu genro: Vicente Honório de Oliveira. 
Como Borges de Medeiros, no Rio Grande do Sul, foi tudo que quis em Várzea-Alegre.


quarta-feira, 26 de julho de 2023

Crônica para o dia dos avós - Por Pedrinho Sanharol.

São Joaquim e Senhora Santana, avós de Jesus Cristo.

Família, é a principal criação que o Criador criou para a humanidade.

Aos filhos e netos.

"No dia em que nós não pudermos ir até vocês, não se esqueçam de vi até nós.

Se um dia nós não pudermos lembrar os seus nomes, venham nos lembrar quem vocês são.

Se um dia nós não pudermos expressar o nosso orgulho e amor por vocês, apenas sintam que em nossa alma nada disso se perdeu.

Vocês continuam e continuarão sendo a parte mais importante de nossas vidas. 

Lembrem-se sempre de "Maria Santíssima em suas preces, em suas vidas".

Foto de família - Antônio, Nair, filhos, genros, noras e netos.

LOUVORES AO DIA DOS AVÓS - Por Antonio Gonçalo de Sousa.

Avós paternos.

Instituído em 2003, pela Assembleia Portuguesa, em 26 de Julho é comemorado o Dia dos Avós. A data, por decisão do Vaticano, é celebrada mundialmente no Dia de São Joaquim e de Santa Ana, avós de Jesus Cristo. 

Em que pese ainda pouco lembrada, a data começa a despertar atenção. Torçamos para que sirva, não só como apelo comercial, mas também para evocar legados desses personagens tão importantes para sedimentação de valores culturais, cívicos e familiares.

Avós maternos.

Aproveito para externar minha gratidão particular aos meus avós paternos (Antonio Gonçalo Araripe e Maria Aninha de Sousa) e maternos (Raimundo Cesário de Souza e Maria Tereza de Jesus), todos já elevados para o campo celestial.

Considero que deles herdei alguns princípios importantes que me ajudaram muito ao longo do tempo. Gostaria de ter absorvido mais, mas julgo que o pouco que aprendi serviu e serve para me embrenhar pelas curvas e passagens boas da vida. 

No meu livro  "TROPEIRISMO NOSSO" - que escrevi com auxílio do irmão José Gonçalo, reportamos parte dos comportamentos e atitudes dos nossos avós, especialmente do avô paterno, Antonio Gonçalo Araripe, protagonista da estória.

Mas nossos avós maternos também tiveram qualidades e valores particulares merecedores de expressão em veículos literários do gênero. O tempo e o Grande Criador hão de propiciar a hora e meio adequados para tal.

Minha opinião particular e modesta é que ambos os casais, além de humildes e trabalhadores, eram perseverantes e tinham uma boa visão futurista. Prova é que, sem terem obtido nenhuma herança, angariaram créditos, educaram filhos, adquiriram respeito e alguns bens materiais importantes para a época. 

Parabéns aos nossos antepassados.

O rigor do PT com os crimes dos outros - O Antagonista.

O governo anunciou nesta sexta (21) um pacote de medidas relacionadas à segurança pública, batizado pelo Planalto de “Pacote da Democracia”. A lista inclui propostas que visam endurecer punições para quem “atentar” contra o Estado Democrático de Direito. 

Há, por exemplo, um projeto de lei que prevê pena de 20 a 40 anos de cadeia para quem “atentar contra a vida” do presidente e vice-presidente da República; os presidentes de Câmara e Senado; ministros do STF e o procurador-geral da República, se for caracterizado que havia finalidade de alterar a ordem constitucional democrática.

terça-feira, 25 de julho de 2023

114 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Francisco Alves Bitu - Menininho Bitu.

Na eleição municipal de 1954, a ata do resultado final mostra uma curiosidade muito interessante : Dois irmãos se elegeram  vereadores - Francisco Alves Bitu, Menininho Bitu do Sanharol e José Alves Bitu, Dedé Bitu do Umari. 


José Alves Bitu, Dedé Bitu.

Outro fato engraçado, e, não é folclore é que Laura Alves de Menezes, Laura da Formiga  prima de Menininho Bitu prometeu votar para ele, ao mesmo tempo, com o mesmo grau de parentesco, prometeu ao João do Sapo votar para o Joaquim Diniz.

As 10 horas da manha, Laura levava um lero animado com o Menininho Bitu, em frente a loja do Cândido Diniz, Frazo do Garrote viu a traquinagem e foi direto a procura  de João do Sapo para denunciar.

Quando João do Sapo encontrou Laura cobrou : Eu não acredito que você não tenha votado com Joaquim Diniz! 
E Laura respondeu : Frazo já foi te contar, besta, eu votei foi nos dois.
O fato é que, pra sorte da Laura, os dois se elegeram vereadores.



segunda-feira, 24 de julho de 2023

113 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


José Alves Feitosa - Dudau.

Quando instituíram e implantaram  as câmeras de vereadores no Brasil, e, chegou ao conhecimento do Coronel Antônio Correia, com a autoridade de prefeito perguntou a Dudau. - Para que serve a "Caimbra de verador"?  Dudau, respondeu: - para ajudar ao prefeito a administrar a cidade. 

O Coronel completou: ora mas tá, se eu preciso que alguém me digo o que devo fazer? Então, nomeou um agricultor do São Caetano, amigo seu e compadre como presidente. Ao ser avisado da nomeação, o homem, na sua singeleza e humildade, disse: compadre, eu não sei falar, eu só sei aboiar. Como posso ser presidente da "cambra", uma coisa dessas pode dar certo?

Tinha que dar. O Coronel era engenhoso, astucioso, mandava prender um adversário, e, no dia seguinte recomendava a esposa visitar a mulher do preso: Comadre, o que seu marido fez para ser preso? Não sei  dona Maria Vitoria!  Isso é uma injustiça, vou pedir a Antônio para mandar soltar o seu marido. 

No outro dia o preso estava em liberdade.




112 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Da direita para esquerda: Ex-Governador Adauto Bezerra, Zezinho Costa, Deputado Estadual Nilo Sérgio, Governador Virgílio Távora, Deputado Federal Ossian Araripe, Prefeito Pedro Sátiro,  empresário Joaquim Diniz.

Em 1986 o meu amigo Nilo Sérgio Viana Bezerra se elegeu  Deputado Estadual e, Otacílio Correia não conseguiu. Mesmo sem mandato Otacílio estava sempre presente no plenário da assembleia, brincava com um, com outro e era mais querido e respeitado do que muitos parlamentares. 

Nilo Sérgio era líder do PDS, fazia uma oposição severa ao então governador Tasso Jereissati que era amigo de Otacílio.

Um belo dia, o deputado Nilo Sérgio subiu a tribuna e começou um discurso acalorado. Dizia: Governo insensível, desumano, virou as costas para o sertão, o povo de minha terra está morrendo de sede e fome  e, ele  não tem nenhuma sensibilidade com o sofrimento.

Otacílio  sentado nas primeiras cadeiras prestava uma atenção danada no que o deputado Nilo falava. Um caboclo chegou com um copo d'água e colocou  do lado, Nilo Sérgio caiu na besteira de fazer uma pausa e beber uma golada d'água. Otacílio aproveitou o silêncio e gritou a todo pulmão: Isso é que é um deputado mentiroso, a maior safra de arroz da história de Várzea-Alegre foi a desse ano.

O plenário caiu na risada inclusive o Deputado Nilo Sérgio. Eles eram grandes amigos e, na ausência do Otacílio a amizade se transferiu para os filhos e netos.


POSTO DE OBSERVAÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Do posto de observação de minha "bolha", percebo que muitas coisas não estão batendo bem.

Verifico, por exemplo, que o individualismo reinante nos faz desaprender a viver com o outro.

Têm pessoas com náusea da humanidade. Fazem da indiferença uma disciplina. As pessoas moram perto umas das outras e não se veem.

Os velhos valores morrem à míngua, o tempo todo.

Se deixam consumir por saudades que se perderam no túnel do tempo.

Não há a compreensão de que, emocionante ou angustiante, a vida é o que se pode extrair dela.

Cada vez mais, de forma nítida, a hipocrisia continua sendo um dos mais sólidos pilares da vida social.

Observa-se, com tristeza, que as cidades estão muito doentes: em cada esquina, abre-se uma drogaria.

Ao mesmo tempo, se fecham livrarias, ignorando-se que o livro tem poderes curativos. Cura do fígado à alma.

Enfim, direto do periscópio da minha "bolha", encaramos a impotência de não modelarmos nada. Nos adaptamos às circunstâncias, como elas se apresentam.

Compreendem?

Comentário do Antônio Morais:


Como prova de sua observação veja esta foto: Praça Siqueira Campos, em Crato, que o amigo tanto conheceu e conhece.

O flabelar dos leques de seis palmeiras é o que lhe resta para testemunhar a derrubada de outras árvores, a troca do piso e dos bancos que não encontram mais quem os ocupe. 

Não há mais o afeto do flerte, o encanto do trocar de olhares, porque tudo isso desapareceu, está em desuso, fora de moda. Uma pena. Inacreditável ver essa praça assim vazia de gente.

domingo, 23 de julho de 2023

JOSÉ DO VALE ARRAES FEITOSA : 42 ANOS ININTERRUPTOS DE PRÁTICA DOCENTE EM ESCOLAS DO SEMIÁRIDO CEARENSE.

Madele Maria Barros de Oliveira Freire, pedagoga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus Picuí. e-mail: madele.freire@ifpb.edu.br

José Lucínio de Oliveira Freire, professor do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia – IFPB, campus Picuí. e-mail:lucinio@folha.com.br

Luíza Gabriela Barros de Oliveira Freire, graduanda do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, Campina Grande, PB. e-mail: luizagabrielab@live.com

Um professor, por 42 anos ininterruptos, exercendo o seu ofício em escolas do semiárido, tende a deixar um sólido legado a várias gerações. Esse trabalho contextualizou a prática docente de José do Vale Arraes Feitosa e os momentos históricos à época, bem como sua importância para a Educação do Cariri cearense. 

A análise das informações permitiu concluir que, na sua prática docente, o professor mesclou a Linha Pedagógica Tradicional, de Herbart, com a Pedagogia Nova, de Dewey, e a Pedagogia Libertadora, de Paulo Freire.

A história da educação no Brasil é pródiga em avanços e retrocessos. No período político entre o início do Estado Novo (1937) e a denominada Nova República (1989) ocorreram muitas reformas educacionais e o desenvolvimento de várias correntes pedagógicas.

Na Constituição brasileira de 1937, a política educacional se caracterizava pela centralização autoritária e pela preocupação em equacionar as questões da relação trabalho-escola. 

Para Vieira (2007), é clara a concepção da educação pública como aquela destinada aos que não podiam arcar com os custos do ensino privado. 

O velho preconceito contra o ensino público, presente desde as origens de nossa história, permaneceu arraigado no pensamento do legislador estado-novista. 

Sendo o ensino vocacional e profissional a prioridade, nesse período é flagrante a omissão com relação às demais modalidades de ensino. A concepção da política educacional no Estado Novo estava inteiramente orientada para o ensino profissional, para onde seriam dirigidas as reformas encaminhadas por Gustavo Capanema.

De acordo com Bello (2001), no estado-novista o ensino ficou composto por cinco anos de curso primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, na modalidade clássico ou científico. O ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de preparatório para o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formação geral. 

Apesar dessa divisão do ensino secundário, entre clássico e científico, a predominância recaiu sobre o científico, reunindo cerca de 90% dos alunos do colegial.

Com base nessa ideologia e prática educacional, deu-se a formação escolar de José do Vale Arraes Feitosa, quando, segundo Feitosa (2003), fora apresentado pelo cônego Manoel Feitosa ao Seminário São José de Crato, em 1936, para concluir os cursos primário e ginasial. 

Em 1942, como ex-seminarista, José do Vale foi indicado pelo monsenhor Pedro Rocha para auxiliar o padre Francisco de Holanda Montenegro, no então Ginásio do Crato.

José do Vale Arraes Feitosa foi um professor que exerceu o seu mister, de 1947 a 1989, nas mais tradicionais instituições de ensino médio do município do Crato, encravado no centro socioeconômico e político do Vale do Cariri cearense: Colégio Diocesano do Crato (escola privada pertencente à Igreja Católica), Colégio Estadual Wilson Gonçalves (escola pública) e Colégio Agrícola do Crato (hoje, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crato). 

Começou a sua prática docente já sob os auspícios doutrinários da Constituição de 1946, concluindo-a já sob a égide da Constituição Federal de 1988, que prescrevia o início de um debate propriamente pedagógico, visando-se, entre outras metas, recuperar a escola pública, aviltada e empobrecida nos períodos precedentes.

Casamentos castros - Por Pedrinho Sanharol.


Foto  do ilustre professor José Bezerra de Brito, Zuza Bezerra.

Retornando de uma viagem ao Icó, O Major Eufrásio Alves de Brito de passagem por Várzea-Alegre hospedou-se na casa de José Raimundo Duarte, no sitio Sanharol.

Vendo aquela fartura de filhos, 24 rapazes e moças dos dois casamentos, sugeriu : ´Nós devíamos casa um desses seus filho com  uma de minhas filhas.

Logo saiu uma caravana em lombo de animais de Várzea-Alegre com destino  a Malhada, em Crato, onde  morava o Major Eufrásio.  

Chegaram adiantado da noite as jovens moças já estavam recolhidas nos seus aposentos. Ao amanhecer o dia, fizeram no final do terreiro um pequeno fogo para esquentar as mãos. 

Quando se abriu uma janela e três jovens senhorinhas apareceram. O caseiro olhou para Vicente Alves Bezerra e disse : "O besta aí, não sabe qual é a dele". 

Assim se casaram em 09 de Novembro de 1876 Vicente Alves Bezerra com Isabel Pereira de Brito, são os pais de Zuza Bezerra, uma das maiores inteligências do Crato e região.

O casamento foi celebrado no sitio Malhada de propriedade do pai da noiva, Major Eufrásio Alves de Brito, oficiado pelo Padre  Vicente Ferrer Pontes Pereira.

Praça Siqueira Campos - Por Antônio Morais.


Praça Siqueira Campos. A pracinha de muitos encantos e sonhos de uma juventude que ainda tem, na maturidade, a capacidade de sentir saudades. 

A pracinha do Cassino, do Café Líder,  da Sorveteria do Bantim. Esta pracinha castigada pelo tempo, pelas modelações e reformas impostas pelos gestores aí está na foto. Bonita, sem encanto, sem aconchego, sem gente.

O flabelar dos leques de seis palmeiras é o que lhe resta para testemunhar a derrubada de outras árvores, a troca do piso e dos bancos que não encontram quem os ocupe. 

Não há mais o afeto do flerte, o encanto do trocar de olhares, porque tudo isso desapareceu, está em desuso, fora de moda. Uma pena.

sábado, 22 de julho de 2023

Rebuscando o tempo - Por Antônio Morais.


Colégio São Raimundo, 1965, seleção de Futsal. 
Treinador Serrinha, Tibúrcio de Souzinha, Raimundo de Borginho, Viturino de Fatico.
Agachados : Professor Tibúrcio, Zezé Salviano, José Haroldo.


Treinador : Chico Progresso : Zé Bobô, Raimundo Nonato Bitu e Zé Leandro.
Agachados : Zé Bitu, Tarcísio e João Piau.

Crato, quem te viu, que te ver - Por Antônio Morais.


Uma "croniqueta" do Antônio Morais  publicada no  Blog do Crato no dia  18 de Junho de 2012.

Quem conhece a história do Crato sabe que, hoje em dia, nossa gente é passiva, acomodada e bastante desunida. A Exposição e o Parque eram patrimônio do município. Um prefeito, na década de 80 do século passado, resolveu transferir o Parque  para o Estado alegando os custos de manutenção, visto que a utilização do mesmo  ocorria  por apenas uma semana ao ano.
A população cordata não reagiu a tempo. Daí por diante se assistiu alguns absurdos: Chegou-se ao ponto, de 20 anos mais tarde, o mesmo prefeito que transferiu o patrimônio para o Estado, no seu segundo mandato, ser impedido pela Policia Militar de ingressar no parque com os seus amigos pelo simples motivo de não apoiar politicamente o candidato oficial do governo.
Mais uma vez, o povo não reagiu. Embarcou de mala e cuia na candidatura oficial, e, o prefeito provou do seu próprio veneno.

Assim segue o Crato cada vez mais obediente e menos altaneiro.

111 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Menandro e Dona Rosária moravam no sítio Riacho do Meio - Várzea-Alegre. Casados há mais de setentanos. Menandro foi internado com grave enfermidade. Vieram os filhos, netos e bisnetos de todos os cantos do mundo. 
O médico recomendou que os parentes levassem-no para a sua casa, para cumprir seu último desejo: O de morrer em casa, ao lado de seus entes queridos.
Menandro foi para o quarto e as visitas foram se revezando para consolar e dar conforto em seu derradeiro momento.
De repente o Menandro sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha. Era a Rosária tirando da cuscuzeira um pão de arroz com amendoim. 
Os olhos brilharam e ele se reanimou. Então, pediu ao bisneto que estava ao lado da cama com ele: "Filho, vai na cozinha e pede um pedaço daquele pão de arroz pra teu bisavô".
O guri foi e voltou muito rápido. 'E o pão de arroz?' - Perguntou Menandro. 
"A vó disse que não"! 
'Mas, que pouca miséria, que velha sovina desgraçada! 
O que ela falou?
"A vó disse que o pão de arroz é para o pessoal que vem para o velório".

Mais um contraste - Por Antônio Morais.


Sou natural de Várzea-Alegre. Ali nasci no primeiro ano da década de 50 do século passado. Há 50 anos moro no Crato de onde não pretendo sair.
O único vínculo que nunca cortei com Várzea-Alegre foi o domicílio eleitoral. Votei a primeira vez na eleição que elegeu Lourival Frutuoso de Oliveira prefeito. De lá até a última eleição municipal votei sempre em quem venceu a eleição.
Como observador da política local gostaria de perguntar aos historiadores, aos cientistas políticos ou a quem interessar possa porque Várzea-Alegre  é considerada a cidade  mais petista do Ceará, foi a única cidade onde o Lula venceu Fernando Collor de Melo, e, nunca votou no PT para o executivo local. 
O mandonismo do PSD da família Correia terminou com José de Ginú em 1962,  assumindo na qualidade de vice com a renúncia do titular Dr. Dário Batista Moreno. 

De lá pra cá tivemos :

Josué Alves Diniz - UDN.
Dr. Pedro Sátiro - UDN.
Antonio Afonso Diniz - ARENA.
Lourival Frutuoso de Oliveira - ARENA.
Dr. Pedro Sátiro - PDS.
Dr.Iram Costa - PFL.
João Francisco - PP.
Pedro Sátiro - PSDB.
João Eufrásio - PP
José Helder - PMDB.

Se não me derem os argumentos que me convençam vou atribuir o fato a mais um contraste : "O povo é petista, mas, não vota  no PT".

"Croniqueta" - Por Antonio Morais


Comece a familiarizar-se desde já com o otimismo e você sentirá tudo diferente. Viver não é difícil, o que acontece é que muita gente não sabe viver.

Poucas pessoas sabem do seu infinito potencial. Utilize o que existe de bom dentro de você e tudo de bom na vida lhe acontecerá. Dê um passo para frente e não um para frente e dois para trás.

Não deixe que as oportunidades escapem. Não se deve destruir o que sobra, mas sim, construir o que falta.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

O vaqueiro Zé de Tereza - Postagem de Antônio Morais.


Nos idos de quarenta, quando o bolero estava na linha de frente de quaisquer musicas, em Crato - CE, uma cantora de Recife foi convidada para fazer uma apresentação, num cinema, antes do horário do filme.
Zé de Teresa, um vaqueiro de um grande fazendeiro que viera trazer um gado para o matadouro achou de ir, pela primeira vez, assistir os facínios da sétima arte. Terminada uma apresentação intocável, a plateia vibrando fazia o seu aplauso e pedia outras musicas :
Uns gritavam : Pecadora...
Outros : Ingrata...
E ainda : Mulher infiel...

Ora, Zé ouvindo aquele berreiro, sem entender de nada, entrou na bagunça, e gritou bem alto, como se estivesse dentro do curral, lutando com as vacas: Quenga! Fela da puta.

110 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Quando você encontrar alguém da sua época e achá-lo muito velho e acabado, é bom correr pro espelho e fazer uma autocrítica. A idade passa para todos.

Eu estava, em Fortaleza, sentada na sala de espera, para a minha primeira consulta com uma nova médica, quando observei o seu diploma pendurado na parede. 

Ao ler o nome, de repente, eu me recordei. "Era uma baixinha, toda redondinha, uma carinha bonita, com dois olhos pretos e grandes, morena clara, cabelos negros e lisos, quadris relativamente largos, cintura fina, tendo os braços e pernas roliças e muito bem feitos".
 
Era da minha classe do Colegial Estadual Wilson Gonçalves, uns 50 anos atrás, e eu me perguntava se poderia ser a mesma moça por quem eu tinha uma queda de asa à época?

Quando entrei no consultório, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Esta senhora de cabelos grisalhos, quase calva, e o rosto marcado, profundamente enrugado, era demasiadamente velha para ter sido a minha colega do colégio.

Quê que é isso? Depois que ela me examinou, perguntei-lhe se ela tinha sido do Colégio Estadual. Sim, respondeu-me. Quando terminei o cientifico,  em Dezembro de 1971. 

Mas, porquê a pergunta? 
Eh, bem. você era da minha classe!

Aí, então, aquela velha horrível, um tremendo bagaço, me perguntou: O Senhor era professor de quê mesmo?



Para chamar a atenção da mulher - Postagem do Antônio Morais.


Um casal do sitio Pai Mané, no distrito de Ponta da Serra, em Crato, que não revelo o nome nem  sob tortura vivia a turras. Por nada era uma arenga sem fim.
O marido vaidoso comprou um sapato novo na "Loja Asteca' para chamar a atenção da mulher. Chega em casa e fica andando pra lá e pra cá e nada da mulher perceber sua nova aquisição.

Por fim, ele resolve tirar toda roupa, e, completamente nu, aparece novamente andando pra lá e pra cá. 
A mulher finalmente pergunta: Ficou doido? 
O que você faz andando pra lá e pra cá, com essa coisa pendurada à mostra? 

O marido aproveita a oportunidade e responde: É que está olhando para o meu sapato novo.
E mulher retruca: E, por que você não comprou um chapéu?

109 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Padre José Ferreira Lobo - Vigário de 1.928 a 1.932. Paroquia de São Raimundo Nonato - Várzea-Alegre - Ceará.


Igreja demolida - Foto de 30 de Agosto de 1.918. Festa do padroeiro São Raimundo Nonato.

A cidade crescia e, com ela, sua fé, sua crença. A igreja matriz existente, aquele templo modesto, em cujo frontispício se havia gravado a data de 1.904, ia passar por seria reforma, tornar-se mais amplo e mais imponente.
Foi sempre e em qualquer lugar a igreja a edificação mais suntuosa, sua torre o ponto mais elevado e dominante. Assim devia ser entre nós. E, assim, se fez. Foi  na gestão do Padre José Ferreira Lobo, em 1.928. O povo se mobilizou, na sua totalidade, para consecução do trabalho, que era obra de todos.
Sem os atropelos que sempre surgem, nesses movimentos, sem o formigamento desbaratado e improdutivo de operários sem conta, os trabalhos progrediam em ritmo certo, segundo cronograma traçado. Trabalho comum, nem por isto, merecedor de menos cuidados e atenções. Os adjuntos ou mutirões eram determinado o dia para cada sitio.
No dia do Sanharol, José Alves Bezerra, José de Chiquinho, casado com Raimunda da Santana do Sanharol, contou para os  amigos Pedro André, Antônio de Pedrinho e Antônio do Sanharol um sonho que tivera no qual a torre da igreja caía em sua direção e, enquanto ele fugia a torre seguia em perseguição. Antônio do Sanharol  foi bem claro: José eu fosse você não ia ao adjunto.
Era um primeiro de Março, Sábado. Não sendo supersticioso, apanhou seu chapéu e suas ferramentas e saiu. Trabalhou por toda manha em cima da parede derrubando tijolos, quando sentiu sede, tranquilamente, desceu e foi até a casa paroquial. No seu lugar, no mesmo serviço, ficou o seu cunhado Joaquim Alves Bezerra, Salgueiro.
Ao voltar, sem que o cunhado o houvesse visto, derrubou este um tijolo que o atingiu na cabeça, matando-o no mesmo instante. Toda Várzea-Alegre tomou conhecimento, compungida, de fato e, muitos ainda comentam.

Lembrando a tragédia, associo o episodio que fulminou nossa já conhecida Tereza Maria de Jesus: Tomando nos braços o neto recém-nascido, ergueu-o num "Viva  São Raimundo" e tombou sem vida.  Modalidades diversas de chamar seus eleitos, os escolhidos de São Raimundo Nonato.



quinta-feira, 20 de julho de 2023

TRADIÇÕES CULINÁRIAS DO NORDESTE - Antônio Gonçalo de Sousa.

Passamos por um período em que as tradições culinárias afloram em todo Brasil, especialmente no Nordeste. 

Estamos no fim dos Festejos Juninos, quando as receitas de comidas típicas e iguarias surgem, como que para  coroar os altares e palcos das danças e costumes dos povos da região.

Nessa época, os nossos "bairrismos" de sabores e receitas são aguçados por um sentimento de propriedade, onde a tendência é acharmos que as iguarias da nossa terra eram ou são mais apetitosas e genuínas que as demais.

Ficamos até enciumados, quando encontramos algo no mercado ameaçando superar nossos sabores antigos. Há uma tendência em acharmos que nem se aproximam das texturas, dos cheiros e paladares daqueles que nossas mães faziam.

Lembro que a linguiça, como quase tudo que minha mãe fazia, era boa, mas tinha um detalhe particular, que era a nossa participação no preparo da iguaria. Era ela que decidia toda receita, a escolha e quantidade dos ingredientes, as vasilhas para manuseio de cada componente e o modo de conservá-la.

Na prática, o tamanho dos gomos de carne e toucinho; a pimenta bem pilada; o alho socado, o volume de sal e alguns ingredientes, eram de responsabilidade do conjunto de irmãos, sempre dispostos a ajudar. 

Sentíamo-nos mais ou menos envolvidos e apegados ao trabalho de cada receita, à proporção que a iguaria nos apimentava o paladar e deixava-nos com "água na boca".

Tempo bom.