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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pânico no Planalto: dono da UTC vai entregar autoridades

Ricardo Pessoa, próximo a Lula, vai a Brasília fazer sua delação premiada ao Procurador Geral da República

Este final de semana será tenso entre grandes lideranças da república petista. Leiam a reportagem da Veja.com sobre o depoimento de Ricardo Pessoa, marcado para semana que vem:

Apontado como homem-bomba entre os empreiteiros investigados na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, vai prestar depoimentos na próxima semana em Brasília para detalhar o papel de políticos envolvidos no escândalo do petrolão.

Ele assinou um acordo de delação premiada no último dia 13 e citou, entre outros parlamentares, o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão como um dos beneficiários do esquema de fraude em contratos e distribuição de propina envolvendo a Petrobras. De acordo com a coluna Radar on-line, também foi citado o nome de Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. O advogado teria recebido dinheiro para abrir caminhos no TCU nas obras de Angra 3.

Pessoa é apontado pelos investigadores como chefe do “clube do bilhão”, cartel de empreiteiras que combinava preços de licitação e desviava recursos para o pagamento de vantagens indevidas a ex-diretores e parlamentares. A proximidade do empreiteiro com o ex-presidente Lula provoca pânico no Palácio do Planalto, já que o empresário admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência da República.

Some-se a isso os rumores de uma reportagem bomba a ser publicada numa revista semanal nesta madrugada e já podemos imaginar o estado de nervos em que se encontram alguns petistas.

Lá fora não há perdão - Postado Por Antonio Morais

"Atenção! Você está saindo do país do perdão. Se tiver menos de 18 anos saiba que se matar alguém ou vender drogas poderá ser preso, condenado a prisão perpetua ou até a morte".
Se a competente diplomacia brasileira quisesse realmente exercer a sua função de proteger os brasileiros no exterior, deveria exigir que um aviso como o escrito acima fosse colocado em todos os portos e aeroportos internacionais do país. Talvez com isso reduzisse o brutal contingente de brasileiros presos no estrangeiro.

 Só os conhecidos são cerca de quatro mil, mas o Ministério das Relações Exteriores calcula que sejam algumas vezes isso, pois um grande numero de pessoas não comunica a embaixadas e corpos consulares a respeito de suas prisões, por vergonha dos familiares. Dentre os brasileiros presos há condenados á morte e a prisão perpetua.

Esses nossos patrícios, acostumados a nosso magnânimo sistema legal e judiciário, viajam para o exterior sem qualquer noção da falta de generosidade das leis e da justiça dos demais países. Não sabem que alem do Brasil, apenas, Venezuela, Colômbia e Republica do Guiné tiveram uma evolução do Direito Penal que levou ao estabelecimento da maioridade penal apenas aos 18 anos.

Também não sabem que em nenhum outro lugar do mundo se institucionalizou a misericórdia integral, pela qual os criminosos condenados podem cumprir 1,6 a 1,9 de sua pena. Os desenformados viajantes patrícios, habituados ao robusto humanismo de um sistema criminal como o nosso, que leva por exemplo: um ator de TV a matar junto com sua namorada sua colega de novela com 18 tesouradas a cumprir apenas 7 anos de prisão. Um jornalista a assassinar a sua colega com um tiro pelas costas e outro com ela já caída no chão, confessar o crime e permanecer solto a quase 10 anos. Um promotor de justiça a ser condenado por ter matado sua esposa gravida de sete meses e permanecer foragido também a cerca de 10 anos, e outras bonomias repressivas semelhantes, correm o resco de, na desagradável circunstancia de terem que matar alguém no exterior, cumprirem penas terríveis e condenações.
Em Novembro ultimo, um carioca foi condenado a morte na Indonésia por tentar entrar no país com 15 kgs de cocaína escondido no equipamento de vou livre. Em Jacarta um paranaense foi condenado a morte, preso com 6 kgs de cocaína escondido na sua prancha de surf. Em outros países não existem os nossos tão generosos indultos, como o de natal, quando se solta para a bela noite natalina uns tantos facisnoras que fingiram bom comportamento para sair, sendo que a maior parte deles não retorna e as vezes assalta e mata antes de sumir. É claro que este nosso pais do perdão é o paraíso para todos os bandidos do mundo de, Ronald Bigges a Cesare Battiste, como há muito tempo ja se desconfiava.
Assim ter nascido aqui já dá ao cidadão uma sensação genética de perdoado, de anistiado. Mas esse DNA de impunidade levado a terras estrangeiras pode resultar em desastre.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Por que os EUA comandam a operação? - Por Reinaldo Azevedo

Por que o escândalo da Fifa é investigado pelos EUA, mais propriamente pelo FBI, e por que o Departamento de Justiça anuncia que vai pedir a extradição de todos os envolvidos, inclusive estrangeiros? Será aquela velha mania do país de se comportar, segundo seus críticos, como polícia do mundo?

Não!

Ocorre que parte dos crimes, especialmente aqueles relacionados à empresa do brasileiro J. Hawilla, foi cometida nos Estados Unidos. Não por acaso, o dono da Traffic fez o acordo com a Justiça do país, admitindo uma penca de crimes. E foi nos EUA que aceitou pagar uma multa de US$ 151 milhões. Essa foi uma das condições para não ser preso.

As leis americanas conferem ao Departamento de Justiça o poder de pedir a extradição de estrangeiros que cometam crime em solo americano. As propinas aos dirigentes teriam sido pagas por intermédio de bancos dos EUA.

A operação foi realizada numa colaboração das autoridades suíças e americanas, e o pedido de extradição será encaminhado à Suíça — que pode recusá-lo. Dificilmente acontecerá nesse caso, especialmente quando já se tem uma confissão. J. Hawilla entregou o serviço.

Mais: as autoridades americanas contaram também com a colaboração de outro corrupto confesso: o americano Chuck Blazer, que já foi membro do Comitê Executivo da Fifa. Ele colaborava com a investigação e teria feito uma série de gravações que comprometem dirigentes da entidade, evidenciando que os EUA foram usados como teatro de operações dos corruptos.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

LULA FOGE DO PT – PARTIDO ESTA À MÍNGUA EM SÃO PAULO, DIZ A FOLHA EM SEU EDITORIAL


Hortolândia saiu da eleição estadual de 2014 como último bastião do PT em São Paulo e pode chegar ao pleito municipal de 2016 como símbolo da deterioração do partido.

Distante cerca de 110 km da capital, o município de 212 mil habitantes notabilizou-se no ano passado por dar ao petista Alexandre Padilha sua única vitória sobre o governador Geraldo Alckmin (PSDB), 38,6% a 34,9%. As demais 644 cidades paulistas consagraram o tucano, que se reelegeu no primeiro turno com 57,3% dos votos.

Administrada pelo PT desde 2005, Hortolândia agora aparece numa lista de municípios nos quais políticos da legenda negociam migrar para o PSB, comandado em São Paulo pelo vice-governador Márcio França. Prefeitos e vereadores petistas consideram que assim terão mais chances na disputa do ano que vem, dada a crescente rejeição à sigla.

A fim de dissuadir potenciais desertores, dirigentes do PT têm feito viagens a cidades do interior do Estado. Calculam que, confirmadas as defecções, a agremiação terá até 30% menos prefeituras sob seu controle após a disputa municipal de 2016 –são, atualmente, 68 municípios paulistas.

O desânimo, porém, não acomete apenas quadros do partido; também afeta seus militantes. Basta dizer que, na sexta-feira (22), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou seu discurso na abertura do Congresso Estadual do PT em São Paulo para não ser visto diante de plateia reduzida.

lula pt - foto de uarlen valério

No segundo dia do evento, Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência, desabafou: “Nunca vi uma reunião do PT tão esvaziada quanto ontem, quando se anunciava que o Lula viria, e tão esvaziada quanto hoje, quando no passado as pessoas disputavam o crachá para estar aqui”.

No passado, seria preciso acrescentar, o partido não disputara uma eleição presidencial defendendo suas tradicionais bandeiras somente para arriá-las logo após a vitória. Tampouco estivera no centro dos principais escândalos de corrupção da política nacional.

Não admira, portanto, que cada vez menos gente esteja disposta a manter no peito um crachá do PT, ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas que se comprazem com o próprio antipetismo –embora, neste caso, se registrem exageros, como nos episódios em que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi hostilizado.

Se houve práticas corruptas, estas devem ser julgadas e condenadas pelos órgãos competentes; quanto às mentiras, elas já começam a cobrar seu preço em termos de prestígio e popularidade –uma fatura que o PT dificilmente deixará de pagar diante das urnas.
         

terça-feira, 26 de maio de 2015

Dilma e Levy, os coveiros do PT - Por Ricardo Noblat

A levar-se em conta o que o PT fala deles, jamais a presidente Dilma Rousseff e o ministro Joaquim Levy se pareceram tanto.

Dilma precisava de um ortodoxo para tocar a economia que ela conduzira tão mal no seu primeiro mandato.

Aconselhado por amigos banqueiros, Levy aceitou o convite de Dilma com a pretensão de salvar o Brasil e enriquecer seu currículo. Agora, o PT vê os dois como seus coveiros.

O partido é mais impiedoso com Levy, um completo estranho no reino da estrela vermelha. Estaria à vontade em um governo emplumado do PSDB.

Dilma está longe de ser uma petista de raiz. Ajudou a fundar o PDT de Leonel Brizola. Ali ficou por 20 anos. Tem 14 anos de filiada ao PT.

Só trocou de partido quando Lula estava prestes a se eleger presidente da República em 2002.

Na semana passada, e pela primeira vez de público, o PT deu sinais do forte incômodo que lhe causa a dobradinha Dilma-Levy.

Dois senadores do partido assinaram um manifesto contra o ajuste fiscal imaginado por Levy e patrocinado com reticências por Dilma.

Um dos senadores, Lindberg Farias (RJ), pediu a cabeça de Levy. Ninguém com mandato tinha agido assim até então.

Ninguém tinha gritado palavras de ordem contra o ministro em reuniões oficiais do PT. Pois na abertura da etapa paulista do V Congresso Nacional do partido a ser realizado em Salvador, em meados de junho próximo, militantes gritaram:

- Ei, Levy, pede pra sair e leva com você o FMI (Fundo Monetário Internacional)".

Não foi o pior – afinal, ninguém controla militantes.

Manifesto da direção do PT paulista disse com toda a crueza: “Nossos sonhos não podem ser delimitados pelas estreitas margens que a equação financeira suporta, nem pelas contingências de governabilidade. (...) Nossa defesa do governo que elegemos não pode nos afastar das ruas e dos movimentos sociais. (...) A agenda do governo nos últimos meses se distancia do que o PT representa”.

Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Dilma, bem que tentou acalmar a militância.

Sugeriu: “Temos que propor que essas correções que estão sendo feitas do ponto de vista fiscal possam permitir que daqui uns poucos meses estejamos com este problema resolvido”.

Poucos meses? Ou Marco Aurélio não sabe o que diz ou preferiu esconder o que sabe.

O PT beneficiou-se da política econômica irresponsável que ajudou Dilma a se reeleger. Que amargue o desgaste de se manter ao lado dela no momento em que Dilma flerta com um futuro menos atroz.

Se tudo der certo, os poucos meses que nos separam da solução do problema fiscal se transformarão em anos. Resta ao PT torcer para que tudo se resolva antes da eleição presidencial de 2018.

Levy está pessimista – e com razão. Ele espera para este ano uma contração de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. Será o pior resultado dos últimos 25 anos.

A inflação deverá bater a casa de 8,26%, bem acima do centro da meta de 4,5%. E, no entanto... O tamanho do ajuste fiscal acabou ficando aquém do que ele considerava necessário.

Foi por isso que faltou ao anúncio do ajuste na sexta-feira. Quis marcar posição.

Levy desconfia que está sendo fritado. Ninguém no governo o defende com convicção nem se associa de verdade ao que ele faz.

O único consolo de Levy é o de poder ir embora se não der mais. Dilma, não pode.

Levy não corre o risco do desemprego. O PT corre o risco de perder o poder.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Lula deu com os burros nagua - Por Reinaldo Azevedo.


E era o Pajé que estava na tribuna.

Manifestação convocada por Lula dá com os burros n’água. Faltou gente, e sobrou truculência. É a morte do demiurgo; é a morte do partido que se queria hegemônico Lula deu com os burros n’água. De novo! Lula se tornou o anti-Midas do PT e da política. A maldição do lendário rei era transformar em ouro tudo aquilo em que tocava. O mau augúrio que acompanha o companheiro-chefe hoje é outro:  tudo aquilo em que ele se mete dá errado, vira zerda. Na minha coluna da Folha de sexta, afirmei que o quase mítico chefe petista está morto. 

Eu me referia, obviamente, à morte não do homem, mas do demiurgo; não do político, daquele chefe que era capaz de encantar e de mesmerizar as multidões.

Um ex-presidente da República, comportando-se de forma notavelmente irresponsável, convocou seu partido a engrossar as manifestações desta terça, lideradas pela CUT, pelo MST e pelos ditos movimentos sociais, contra o Projeto de Lei 4.330, que regulamenta as terceirizações. Lula chamou, Lula convocou, Lula se esgoelou, mas as ruas não compareceram. Em São Paulo, o protesto reuniu, segundo a Polícia Militar, 400 pessoas.

Em Brasília, os truculentos convocados pelo ex-poderoso chefão decidiram fazer um cerco ao Congresso e intimidar a democracia. Entraram em confronto com a Polícia Militar. Um dos manifestantes exibe, quem sabe com o orgulho, o rosto sujo de sangue. Eis Lula na parada.

Escrevi a respeito de sua tática ontem e hoje. O Babalorixá de Banânia quer que Dilma arrende seu governo para o PMDB — ao menos o PMDB que ele tem em mente —, que sele uma espécie de “pax” com o Congresso, e ele,  Lula, quer se encarregar de criar uma suposta nova agenda que chama “progressista”, com os sindicatos, outros partidos de esquerda e movimentos sociais.

Deu errado! Ninguém ouviu o chamado. Como de hábito, o que se viu foi um espetáculo de truculência em Brasília, que só reforça a necessidade de aprovar o Projeto de Lei 4.330. Os únicos que não gostam do seu conteúdo são os sindicalistas, muito especialmente aqueles ligados à CUT, que é, como todo mundo sabe, um dos braços operativos do PT.

Lula, é preciso deixar claro de novo, convocou uma manifestação que hostiliza o próprio governo Dilma. O homem chegou à conclusão de que a única saída para seu partido é se descolar das medidas do Planalto — especialmente as de caráter recessivo —, manter o clima da constante mobilização, mas sem derrubar a presidente. E, para tanto, ele contava com o PMDB: o aliado garantiria a estabilidade política, no limite do possível, para que ele, Lula, liderasse a instabilidade social e preparasse a sua candidatura a 2018.

Naufragou espetacularmente. Para o bem do Brasil. O Projeto de Lei 4.330, na forma original ao menos, é um avanço e moderniza relações trabalhistas que hoje engessam a economia e suprimem empregos, em vez de garanti-los.

Lula, o demiurgo, o mito, reitero, está morto. Da mesma sorte, é defunto o partido que ousou um dia sonhar coma hegemonia política, de sorte que todas as outras legendas fossem seus satélites.

Há um Brasil novo surgindo. Lula e o PT não perceberam. Lula e o PT perderam o bonde. Lula e o PT foram superados pela história. Felizmente!

sábado, 23 de maio de 2015

Os segredos do mensalão, dez anos depois - Veja


A história secreta de como o ex-presidente Lula escapou do escândalo de suborno que levou à prisão congressistas, empresários e toda a cúpula do PT

Na edição de 18 de maio de 2005, VEJA publicou uma reportagem exclusiva sobre um funcionário dos Correios filmado quando embolsava uma propina de 3.000 reais. Era puxado ali o fio da meada do mensalão, o primeiro dos dois esquemas de compra de apoio político engendrados no governo do PT. 

Nos doze meses seguintes, o Congresso esquadrinhou cada peça dessa engrenagem criminosa abastecida com recursos desviados dos cofres públicos. Os resultados produzidos representaram um ponto fora da curva na tradição de impunidade que beneficia os poderosos. Com base em provas colhidas pela CPI dos Correios, três deputados tiveram o mandato cassado, quarenta pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público e 24 condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

A antiga cúpula petista foi sentenciada à prisão. Antes cotado para a sucessão de Lula na Presidência, José Dirceu passou quase um ano atrás das grades numa penitenciária em Brasília. Banqueiros e empresários ainda estão encarcerados. Os criminosos de punho de renda foram finalmente apresentados ao castigo - não sem antes ouvir uma reprimenda moral histórica. "São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, os subversivos da ordem institucional, são delinquentes e marginais da ética do poder", disse o decano do STF, o ministro Celso de Mello.

Hoje, o mensalão ocupa um papel secundário no panteão dos escândalos nacionais. Foi superado, em cifras e ousadia, pelo petrolão, mas alguns de seus pontos ainda precisam ser elucidados. O mais intrigante deles é como o ex-­presidente Lula se livrou da responsabilidade no caso, se era, em última instância, o principal beneficiário dos votos comprados no plenário da Câmara. 

VEJA desta semana desvenda como Lula escapou do risco de ser apontado como o chefe do mensalão e de responder a um processo de impeachment durante a CPI dos Correios. O sucesso da blindagem ao ex-­presidente não decorreu apenas da capacidade de negociação de seus articuladores políticos. O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária. Um empresário amigo foi convocado para pagar a fatura e Valério se recolheu. 

Lula se livrou da CPI, reelegeu-se em 2006 e foi o efetivo cabo eleitoral de Dilma em 2010. Em 2012, Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada. Já era tarde. Lula não podia mais ser incluído no processo. O empresário cumpre uma pena de 37 anos de prisão. Definitivamente, não fez um bom negócio.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Uma palavra amiga - Padre Juca


Não se desespere ao olhar para o nosso mundo que caminha cada vez mais para o ateísmo, para descrença... Pois a terra quanto mais seca, mais precisa da agua da chuva. Assim também é o coração humano: Quanto mais distante de Deus, mais sente falta dele.
Você pode reparar: Deus se tornou uma necessidade. E por isso as novas seitas que vão surgindo aos montes por aí tem sucesso. O povo procura um sentido, um refugio, um fio de esperança. E o primeiro "mascate" que aparece vende o seu produto facilmente.
O mundo de hoje está cansado de seus pecados, da situação de ódio e violência que ele próprio criou.
Mais cedo ou mais tarde as pessoas ainda vão compreender que, sem Deus, este mundo não terá condições de sobrevivência. O homem, perdendo o senso da fé, perderá também os sentimentos de fraternidade e se auto destruirá.

Disse a verdade - Antonio Morais

Ainda não se proíbe  falar a verdade no Brasil. Lula fala com conhecimento de causa. De quem faz, promove e executa de  forma esmerada. 

Quando chega a eleição é só colocar  milhões na conta  dos  donos das igrejas e dos pastores, um pouco de arroz e feijão na mesa do fiel e  os votos  estão garantidos. 

Renan e Cunha lançam pacote de medidas, mas negam estar contra o governo - PorDANIEL CARVALHO, DAIENE CARDOSO E ISADORA PERON - O ESTADO DE S. PAULO

Principal item é criação de comissão parlamentar para elaborar regras de governança de estatais, além de novas regras fiscais
Brasília - Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentaram nesta quinta-feira, 21, um pacote de medidas fiscais e administrativas. A lista, que inclui a elaboração de uma lei de responsabilidade fiscal para estatais e questões relacionadas ao pacto federativo, foi elaborada em uma reunião dos dois presidentes com líderes de partidos da oposição. No entanto, ambos negaram estar atuando contra o governo.
"Não é contra o governo, não é contra ninguém. Isso é o parlamento legislando aquilo que é da sua competência, procurando preservar os entes federados", disse Cunha. No entanto, ao longo da entrevista, eles mencionaram o "tarifaço" do governo federal e se referiram ao serviço público como sendo de "péssima qualidade".
O pacote de Renan e Cunha é apresentado no momento em que o governo federal trabalha na aprovação de medidas econômicas para promover o chamado ajuste fiscal, entre elas propostas que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. A votação das propostas no Congresso, porém, tem enfrentado resistência de partidos da oposição e mesmo da base aliada.
O principal item da pauta do pacote dos presidentes da Câmara e do Senado é a criação de uma comissão envolvendo deputados e senadores para elaborar, em 30 dias, a lei de responsabilidade fiscal com regras de governança e para indicação de diretores em estatais, inclusive aquelas com capital aberto como Petrobrás e Banco do Brasil. Cunha classificou com "acessória" a contemplação dos fundos de pensão na lei.
"Entendemos que esta é a grande resposta que o Brasil cobra. Este projeto vai dizer tudo o que é preciso dizer do ponto de vista da transparência, da profissionalização, dos investimentos, do planejamento, dos critérios para indicação dos diretores. Acho que este é um grande avanço institucional e o protagonismo do Congresso neste momento está recomendando que façamos isso como prioritário.", afirmou Renan.
Hoje, as estatais têm certa autonomia administrativa e financeira e respondem diretamente ao Executivo. Por isso, o projeto que será gestado no Congresso pode ser visto como uma interferência do Legislativo, o que os presidentes negam.
"O Legislativo tem o poder de fiscalização não só do Orçamento, mas de todos os seus entes. Não fazê-lo pode até significar uma omissão", disse Cunha.
O presidente da Câmara disse que as investigações de casos de corrupção em estatais como a Petrobrás motivaram o estabelecimento da comissão para criar a lei. Renan Calheiros cobrou apoio dos outros Poderes à legislação. "É muito importante que tanto o Executivo quanto o Judiciário façam coro com o Legislativo para que possamos ter essa lei de responsabilidade para melhorar controles, fiscalização e, sobretudo, garantir a transparência do dinheiro público", afirmou.
Outros pontos. Renan e Cunha disseram que a reunião desta quinta-feira foi marcada em função do encontro com governadores de todo o Brasil, realizada um dia antes, no Congresso. Eles trataram o pacote como "saídas para o fortalecimento do federalismo".
Além da criação da comissão para elaborar a lei de responsabilidade fiscal para estatais, há outros pontos no pacote. O Congresso pretende criar um código do usuário dos serviços públicos, alterar a tramitação de Medidas Provisórias, trocar o indexador da dívida de Estados e municípios e elaborar projeto que estabelece responsabilidade para o medidor da tarifa de energia na agricultura. "(Esta) é, sem dúvida, uma resposta do Legislativo para o tarifaço que nós vivemos hoje no Brasil e protege a produtividade da nossa agricultura, que, mais do que nunca, tem sido estratégica para o País", disse Renan.
Sobre a convalidação dos incentivos fiscais, Cunha afirmou aguardar um posicionamento do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), mas não descarta que a decisão final seja tomada pelo Congresso. "Nós esperamos que eles possam chegar a um consenso, se chegar isso facilita o nosso trabalho. Mas, se não chegar, não há dúvida que o Congresso vai arbitrar e tomar seu posicionamento", afirmou Cunha.
Segundo ele, o esperado é que se consiga a unificação das alíquotas, resolvendo problemas antigos de incentivos fiscais e, ao mesmo tempo, modernizando a economia.
Pelo Senado, ficarão responsáveis pelas medidas José Serra (PSDB-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR). Já pela Câmara, serão os deputados Danilo Forte (PMDB-CE) e André Moura (PSC-SE).

Congresso deixa o governo inseguro às vésperas do anúncio da economia a ser feita com o ajuste fiscal - Por Ricardo Noblat

Amanhã, prazo máximo concedido pela lei para que o Orçamento da União seja reapresentado em sua versão final, circulará no início da noite uma edição extra do Diário Oficial com os cortes estipulados pela equipe econômica do governo para atender às necessidades do ajuste das contas públicas.

O anúncio dos cortes estava previsto para hoje. Foi adiado porque aumentou a pressão sobre o governo por um ajuste menos duro. Para se reeleger no ano passado, a presidente Dilma disse que o país ia muito bem e que um ajuste fiscal era dispensável. Uma vez reeleita, passou a admitir que sem ajuste não dá para governar.

A maioria dos governadores reuniu-se, ontem, em Brasília, a convite dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, e reclamou da falta de dinheiro até para pagar despesas obrigatórias. Um grupo de 11 senadores, alguns deles que apoiam o governo, assinou um manifesto contra uma das medidas do ajuste, a 665.

A medida dificulta o acesso do trabalhador às regras do pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial. Foi com medo de uma derrota no Senado que o próprio governo manobrou para que a votação da 665, prevista para ontem, fosse adiada. A princípio a votação deverá ocorrer na próxima semana.

Assim, Dilma e o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, chegaram às vésperas do anúncio dos cortes sem saber o valor da economia a ser feita com base nas medidas do ajuste em tramitação no Congresso. A tendência será aumentar o tamanho dos cortes nos orçamentos dos ministérios, que poderá alcançar de 70 bilhões a 80 bilhões de reais.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Renan e Cunha em ritmo de governo parlamentarista - Por Reinaldo Azevedo

Enquanto os próprios petistas tentam sabotar o esforço fiscal, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, parecem, desta vez às escâncaras, ensaiar uma espécie de governo parlamentar — e tendo, ora vejam, os governadores como interlocutores. A parte manca da equação é uma só: a economia. Mas é também a penúria que faz com que os governadores vejam na dupla interlocutores respeitáveis.

Renan se reuniu com 27 governadores para debater uma tal agenda federativa — projetos que são do interesse de Estados e municípios e que estão emperrados aqui e ali. Ele e Cunha se encontraram depois para tentar definir um cronograma.

Sobrou pancadaria para o governo federal. Em todas as áreas. Ainda que com circunlóquio, o presidente do Senado apontou o estelionato eleitoral: “Aquele Brasil projetado em 2014 não é o Brasil que estamos vivendo hoje. Esse Brasil que nós estamos vivendo hoje precisa, dentre outras coisas, garantir o equilíbrio do pacto federativo. Aquele Brasil era um Brasil para campanha eleitoral”.

É verdade. Só não se pode dizer que Renan tenha descoberto isso agora, certo?

Antes, o presidente do Senado já havia cobrado uma ação clara do Executivo na área de segurança pública e anteviu que o Senado pode derrubar as MPs do ajuste fiscal caso Dilma insista em vetar a mudança na aposentadoria aprovada pela Câmara, que, na prática, extinguiu o fator previdenciário.

O presidente do Senado tocou música aos ouvidos dos governadores: “Eu acho que nós precisamos qualificar o ajuste. O ajuste dos governos estaduais é muito mais efetivo do que o ajuste do poder central. E a Federação, ela está distorcida e tem agravado essa distorção”.

Não há um só prefeito e um só governador que não pensem a mesma coisa. Até porque, vocês devem saber, Estados e Municípios estão sujeitos à Lei de Responsabilidade Fiscal; a União não está.

A postura mais dura de Renan contra Dilma tem sido associada ao fato de ele ser hoje um dos investigados da Operação Lava Jato. O que se dá de barato na imprensa é que se trata de uma retaliação. O que ninguém consegue explicar é por que ele retaliaria a presidente por uma decisão que é, afinal de contas, do Ministério Público. A menos que considere que Janot age instrumentalizado pelo Planalto.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Lucro da Petrobras no 1º tri foi inflado por "pedalada contábil"Estatal usou um evento ocorrido no dia 7 de maio, 37 dias depois de encerrado o trimestre, para reduzir as despesas no demonstrativo financeiro, diz jornal

O balanço referente a janeiro e março deste ano foi o primeiro divulgado sob a gestão do presidente da Petrobras, AldemirBendine(Wilton Júnior/Estadão Conteúdo)

A Petrobras usou um artifício contábil para inflar em 1,3 bilhão de reais o lucro da estatal no primeiro trimestre deste ano, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. A companhia incluiu na conta um ganho obtido em evento do dia 7 de maio - 37 dias depois do fim do trimestre -, chegando ao lucro de 5,3 bilhões de reais. Na ocasião, o valor surpreendeu o mercado que esperava um resultado menor.

Especialistas ouvidos pelo jornal afirmaram que a manobra descumpre regras contábeis. "Um evento que ocorre depois do fechamento do balanço deve ser registrado em nota explicativa, mas não deve afetar o balanço", afirmou Eric Barreto, professor do Insper e sócio da M2M Escola de Negócios. Já o professor de finanças Marcos Piellusch classificou a ação como uma "pedalada contábil". "Não poderia ser feito, porque é um fato gerador referente a outro trimestre. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) deve analisar a legalidade da manobra. O caso pede esclarecimento", afirmou.

Na semana passada, a Petrobras informou ter reavaliado o risco de receber um calote de 4,5 bilhões de reais do setor elétrico. As empresas elétricas têm uma dívida com a estatal referente ao fornecimento de gás e combustível para alimentar as usinas térmicas.

A reconsideração de não receber os valores devidos do setor - que são incluídos na demonstração contábil como despesas - ocorreu por causa de um contrato assinado com a Eletrobrás. Nele, a estatal pedia para reverter 1,3 bilhão de reais da dívida oferecendo como garantia créditos do subsídio da conta de luz. Acontece que o contrato foi assinado no dia 7 de maio.

O estrategista chefe da corretora XP Investimentos, Celson Plácido, afirmou que a decisão não é errada, mas diminui a credibilidade da companhia. "A empresa perde confiança. Mexer em provisão de devedores é recorrente no setor bancário, mas não em empresas", disse.

Questionada sobre por que usou um evento de maio para calcular o demonstrativo financeiro relativo ao primeiro trimestre, a Petrobras respondeu que apenas "trabalha para a recuperação da totalidade das dívidas de terceiros". 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Grande verdade - Dr.Caio Lucas.


O homem que esteve à frente desta nação e não teve coragem, nem competência, nem vontade para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança ficaram piores do que nunca.

O homem que mais teve amigos safados e aliados envolvidos, da cueca ao pescoço, em corrupção e roubalheira, gastando com os cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquemas.

O homem que conseguiu inchar o Estado brasileiro e as empresas estatais com tantos e tantos funcionários, tão vagabundos quanto ele, e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que antes.

O homem que tem uma mulher medíocre, inútil, vulgar e gastadeira, que usava, indevidamente e desbragadamente, um cartão corporativo, ao qual ela não tinha direito constitucional, que ia de avião presidencial para São Paulo "fazer escova" no cabelo e retornar a Brasília.

O homem que ajudou seu filho a enriquecer, tornando-o milionário do dia para a noite, sem esforço próprio algum, só às custas de conchavos com empresas interessadas em mamar nas “tetas” do governo. E depois ainda disse para a nação que “esse garoto é um fenômeno”, e lhe concedeu um passaporte diplomático.

O homem que mais viajou inutilmente, quando presidente deste país, comprando um avião caríssimo só para viajar pelo mundo e hospedar-se às custas da nação brasileira nos mais caros hotéis, tão futilmente e às custas dos impostos que extorquiu do povo.

O homem que aceitou passivamente todas as ações e humilhações contra o Brasil e contra os brasileiros diante da Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai.

O homem que, perdulária e irresponsavelmente, e debochando da nossa inteligência, perdoou dívidas de países também corruptos, cujos mandatários são “esquerdistas”, e enviou dinheiro a título de doação para eles, esquecendo-se que no Brasil também temos miseráveis, carentes de bons hospitais, de escolas decentes e de um lugar digno para viver.

O homem que, por tudo isso e mais um elenco de coisas imorais e absurdas, transformou este país num chiqueiro libertino e sem futuro para quem não está no seu "grande esquema".

O homem que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais, FARC'anos etc., negando-se, por exemplo, a extraditar um criminoso vaga-bundo, para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente. Esse homem representa o que mais nos envergonha pelo Mundo afora!!

O homem que transformou corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha.

O homem que transformou o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o Bolsa-Família, com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de bandidos e vagabundos e que manipulam alguns ingênuos e verdadeiros colonos.

Para se justificar a estes novos vagabundos, o homem lhes afirma ser desnecessário ESTUDAR e que, para se "dar bem" neste País, basta ser vagabundo, safado, esquerdista e esperto.

Aliás, neste caso, o homem fez inverter uma das mais importantes Leis da Física, que é a Lei da Atração e repulsão; significa que força de idênticos sinais se repelem e as de sinais contrários se atraem.
Mas esse homem inventou que forças do mesmo sinal se atraem.

Por exemplo: ele (o homem) atrai, para sua base, políticos como JOSÉ SARNEY, COLLOR, RENAN... que ficaram amiguinhos de seus comparsasJOSÉ DIRCEU, GENOÍNO, GUSCHIQUEN, e ainda agregaram o apoio de juristas como LEWANDOVSKI, TOFOLI, etc. ....

É, homem... Você é o cara... É o cara-de-pau mais descarado que o Brasil já conheceu.

É, homem, você é o cara...É o cara que não tem um pingo de vergonha na cara, não tem escrúpulos, é "o cara" mais nocivo que tivemos a infelicidade de ter como presidente do Brasil!
Mas ...como diz o velho ditado popular:

NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE...

Como disse o jornalista Joelmir Beting:

"O PT é de fato um partido interessante: começou com presos políticos e vai acabar com políticos presos."

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Petrobras admite a órgão americano o que Dilma esconde dos brasileiros - Por Reinaldo Azevedo.

Ora vejam que graça! Reportagem de Fernanda Nunes e Mariana Sallowicz, no Estadão de hoje, dá conta de que a Petrobras fornece ao mercado externo — até porque passou a ficar sob estrita vigilância — informações que a presidente Dilma Rousseff sonega aos brasileiros

Em relatório enviado à SEC, a agência reguladora do mercado financeiro nos EUA, a estatal admite que as dificuldades financeiras pelas quais passa podem atrapalhar a exploração e produção do pré-sal. No documento, a estatal lista os obstáculos que terá de enfrentar para cumprir as obrigações com as reservas que já tem no pré-sal e ainda com as que deverá adquirir no futuro.

Pois é… O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, justiça se faça, em seminário recente sobre petróleo nos EUA, já havia afirmado que não vê mal nenhum em entregar áreas do pré-sal a empresas estrangeiras, mesmo sem a participação obrigatória da Petrobras, que, segundo o regime de partilha, tem de ser titular de pelo menos 30% da exploração. Na fórmula do ministro, bastaria à Petrobras ter a licença para recusar a participação.

Dilma não gostou e o desautorizou. Na semana passada, a governanta reafirmou as qualidades do regime de partilha — que impõe à Petrobras um custo com o qual ela não pode arcar — e a obtusa e contraproducente política de conteúdo nacional na área. E, de quebra, ainda aproveitou para atacar FHC. Ao mercado externo, no entanto, a estatal brasileira tem de dizer a verdade, especialmente nesses tempos em que se transformou num exemplo de tudo o que uma petroleira não pode ser.

No relatório, que é de preenchimento obrigatório, a empresa é explícita: admite que poderá ter problemas de caixa para enfrentar os desembolsos necessários para o pré-sal e antevê dificuldades para se financiar no mercado externo, especialmente se as agências de classificação de risco rebaixarem o seu rating.

O relatório é bastante realista. A estatal admite ainda que terá dificuldades para realinhar a política de preços para compensar as perdas acumuladas entre 2010 e 2014, quando o governo usou os combustíveis para fazer política econômica mixuruca.

E por que a Petrobras conta tudo, assim, de maneira tão clara? Porque, a esta altura, qualquer suspeita de que pode estar tentando dar um truque no mercado lhe seria fatal.

A Petrobras não pode enganar os mercados, mas o governo acha que pode continuar enganando os brasileiros. Vamos ver até quando, Dilma!

Delação de Ricardo Pessoa pode ser a última peça do quebra-cabeça - Por MERVAL PEREIRA

O empresário Ricardo Pessoa já tinha dado mostras de que queria fazer a delação premiada e o que ele tem mandado dizer através de advogados e de documentos que vazou para a imprensa é que está disposto a falar sobre  financiamento da campanha de 2014.

Junto com outras informações, isso forma um quadro muito claro, de que as campanhas do PT de 2010 e 2014 foram financiadas com dinheiro desviado da Petrobras e pode colocar em xeque a chapa da presidente Dilma com a possibilidade de impugnação, com consequências políticas seríssimas.

Mas ficando o caso no Supremo, o processo não terá a celeridade da primeira instância, com o juiz Sergio Moro. No entanto, será um processo político com  muito mais repercussão, em cima da campanha eleitoral da presidente e muda de patamar. Por enquanto, o processo tem políticos envolvidos, mas se entrar a campanha eleitoral da presidente e a possibilidade de impugnação será muito mais relevante e polêmica. 

domingo, 17 de maio de 2015

QUANTO AINDA TEREMOS QUE APRENDER NESTA VIDA? - Por Vicente Almeida

Esta cadelinha nasceu somente com as patas traseiras na véspera do natal de 2002.

Desta forma, não conseguia andar, e foi rejeitado por sua mãe.

Como sempre acontece no reino animal, quando um filhote nasce com deformações físicas, os pais o julgam incapacitados para a vida e o abandonam, então ele morre por não ter quem o alimente. Assim também acontece em algumas das nossas tribos indígenas.

No caso desta cadelinha, abandonada pela mãe, foi também rejeitada pelo seu dono. Ele considerou que como ela jamais poderia andar, não lhe seria útil e deveria sacrificá-la, isto é: "Fazê-la dormir para sempre"....





Pela força que rege os destinos, quando a professora Jude Stringfellow conheceu-a raquítica e subnutrida, ficou penalizada e cheia de amor. 

Pediu para ficar com ela, e passou a alimentá-la como faria uma mãe determinada. Jude estava decidida a salvá-la a qualquer custo, ensiná-la e treiná-la para andar por si só.


Esta opção mudou a vida desses dois seres. A Jude acreditava que só precisava de um pouco de FÉ. Por isso lhe deu o nome de “Faith” (= FÉ).

Iniciou colocando-a numa prancha de skate, para que sentisse o movimento. E para que se levantasse e saltasse apenas nas duas patas, usou como recompensa para atraí-la, manteiga de amendoim


Ao fim de apenas 6 meses,  "FÉ" aprendeu a equilibrar-se nas pernas traseiras, e a saltar para a frente. E assim com mais algum tempo aprendeu a caminhar como nós.

Hoje, aonde quer que  ela vá, é palco de muita atenção, atrai sobre si todos os olhares, e já tornou-se famosa no cenário internacional.




As vezes passeia sozinha

Pousando para fotos
Acompanhando sua mãe adotiva nos passeios
Levando alegria e emoção aos transeuntes
Admiração e supresa para outros
Observando a vida lá fora
Confabulando com um amigo

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Você acha que já viu tudo? Agora veja este vídeo. Você poderá até ver como uma atração, mas na verdade devemos olhar para elas (adotante e adotada) como quem veio para nos proporcionar uma grande lição de vida.


Isto mostra que mesmo sem um corpo perfeito, se pode ter uma alma perfeita. Aliás, em muitos casos no ser humano, a imperfeição do corpo, revela simplesmente a perfeição da alma. Por isto sempre encontramos pessoas imperfeitas fisicamente, que nos dão verdadeiras aulas de amor e gratidão. A isto chamamos FÉ.

No caso desta cadelinha, devemos procurar entender qual a mensagem que Deus quer nos transmitir. Ele sempre fala conosco usando os meios mais próximos da nossa compreensão, nós é que não queremos ver nem ouvir.

Desejo de coração, que esta postagem leve às pessoas, mais uma nova maneira de pensar e ver as criaturas que Deus coloca em nossos caminhos, e possam sentir e agradecer cada novo dia como uma benção, pois sempre encontraremos uma continua manifestação do amor. É só querer ver.
Imagens e vídeo colhidos na internet

Tenha um ótimo domingo.
Texto: Vicente Almeida
12/11/2011

sábado, 16 de maio de 2015

Como a Petrobras foi comandada até quase ser tragada pela roubalheira - Por Ricardo Noblat


Que direção de órgão público ou de empresa estatal ou de repartição do governo resistiria incólume à revelação em detalhes de discussões travadas sob o manto do segredo?

Desconfio que nenhuma. Ou poucas. Talvez resistisse a direção de piedosas e seculares irmandades religiosas. Ou nem essas.

Nada é mais demolidor do que a transparência. Nada resiste à luz inclemente do sol a pino.

É o que prova a série de reportagens de Vinícius Sassine, de O Globo, escritas com base em gravações de reuniões da diretoria da Petrobras ou do Conselho de Administração da empresa.

A mais recente informa sobre a recusa dos principais conselheiros da Petrobras a acatarem pedidos para excluir de futuras licitações a empreiteira Odebrecht, envolvida na roubalheira da Lava-Jato.

Áudio da reunião de 4 de novembro de 2014, obtido pelo GLOBO, mostra que o conselheiro Sérgio Quintella, presidente do comitê de auditoria da Petrobras, afirmou serem “evidentes os indícios de fraude” em contrato de R$ 825,6 milhões da Odebrecht para serviços de segurança em refinarias no exterior.

Conselheiros questionaram a então presidente da estatal, Graça Foster, sobre o fato de a empresa holandesa SBM Offshore ter sido impedida de participar de novas licitações e a Odebrecht, não. A SBM confessou o pagamento de propina a funcionários da estatal.

Resposta enviesada de Graciosa, como Dilma chama Graça:

Existe um processo, eu não sou advogada, peço ajuda aos advogados, existe um processo no Ministério Público decorrente da comissão interna. A Odebrecht tem um diretor com acusações do próprio Ministério Público, e isso está em curso. Por que punimos SBM e não punimos Odebrecht? É uma pergunta que eu não tenho elementos.

Entendeu? Eu, não.

Miriam Belchior, então ministra do Planejmento e membro do Conselho, apressou-se em sair em defesa da Odebrecht:

Uma coisa é a empresa admitir o que fez. A outra é ter indícios e não ter as provas que o Ministério Público está averiguando. Vou adotar a mesma penalidade para situações diferentes? Todo mundo é inocente antes de provas. Esse é um cuidado que a empresa tem de ter, independente de quem está do lado de lá, se é pequena, se é grande. A despeito de indícios fortíssimos, nós não temos provas cabais. Não tenho, graças a Deus, procuração para estar defendendo nenhuma empresa. A gente precisa ser cuidadosa para ter as provas cabais, senão vamos fazer caça às bruxas.

Comovente, não?

Representante dos funcionários no colegiado, o conselheiro Sílvio Sinedino defendeu a exclusão da Odebrecht de novas licitações:

A Petrobras pode se adiantar, sim. “Não vou convidar mais essa empresa, porque ela já quis me passar a perna em US$ 400 milhões”. Quem garante que não vai passar a perna em US$ 1 bilhão? Acho que não devemos convidar mais.

Foi quando Guido Mantega, ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da empresa, pôs um ponto final do debate:

Vamos tocar adiante (a reunião).

Dez dias depois, a Polícia Federal prendeu presidentes, executivos e funcionários de empresas suspeitas de integrar um cartel que fatiou contratos da Petrobras. A Odebrecht está sendo investigada.

Somente em 29 de dezembro do ano passado, a Petrobras excluiu a Odebrecht e mais 22 fornecedoras de futuras licitações. A Odebrecht tem R$ 17 bilhões em contratos com a Petrobras.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Lula não irá longe com esse discurso - Por Ricardo Noblat

Lula criticando Dilma... Nem isso é novo. Quanto mais fala, mais Lula deixa claro que seu discurso envelheceu. Ele já não surpreende quem o acompanha há bastante tempo. Limita-se a repetir argumentos que já usou em situações parecidas.

Na última terça-feira, em encontro com metalúrgicos do Sindicato do ABC, Lula afirmou que a "corrupção não é inerente a um partido". Foi o que ele também disse quando estourou o escândalo do mensalão.

Lula criticou o doleiro Alberto Youssef, que fechou acordo de delação premiada com a Justiça para contar o que sabe sobre o escândalo na Petrobras.

- Qualquer um pode falar qualquer coisa? Contando mentira? Até quando? Só o PT recebeu propina? E o PSDB? – perguntou Lula.

Foi assim que ele reagiu quando o mensalão ameaçou derrubar seu governo. Ao perguntar se apenas o PT recebeu propina, Lula admite indiretamente que o PT, sim, recebeu propina.

E neste momento resvalou para o mais descarado absurdo, oferecido à plateia como se verdade fosse:

- Quem criou mensalão foi o governo FHC, quando estabeleceu a reeleição.

Uma coisa nada tem a ver com a outra.

Acusou-se o governo FHC de ter comprado votos para aprovar a reeleição de presidente, governadores e prefeitos. Isso jamais restou comprovado pela Justiça. Mas ela comprovou a existência do mensalão. E condenou os mensaleiros.

No encontro com os metalúrgicos, que durou cerca de duas horas, para variar Lula baixou o sarrafo no governo Dilma por ter conduzido mal a aprovação pelo Congresso do ajuste fiscal.

Lula criticando Dilma... Nem isso é novo.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

José Dirceu, à espera de nova prisão - Por Ricardo Noblat

A eventual prisão de José Dirceu seria também mais um passo a ser dado por Moro na direção de Lula

Em prisão domiciliar depois de ter ficado preso por pouco mais de um ano na Penitenciária da Papuda, em Brasília, José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, apontado pela Justiça como o cabeça do esquema do mensalão, corre o risco de ser preso novamente – desta vez por ordem do juiz Sérgio Moro, do Paraná, que investiga a corrupção na Petrobras.

Moro pediu à construtora OAS documentos que comprovassem seus negócios com a JD Consultoria, empresa de José Dirceu. A OAS negou-se a fornecê-los. Alegou que eles poderiam ser usados pelo juiz para decretar a prisão de alguns dos seus executivos. Citou em defesa de sua posição decisões da Justiça de Portugal e da Alemanha, que aqui não são válidas.

Mais de uma vez, o ex-ministro se ofereceu para dar explicações a Moro sobre os serviços prestados à OAS. O juiz não respondeu às ofertas. Advogados que acompanham a evolução da chamada Operação Lava-Jato alertaram José Dirceu para a possibilidade de ela ser preso de uma hora para a outra. Vários deles acham que Moro atravessa um momento de fraqueza à frente da Lava-Jato.

O Supremo Tribunal Federal soltou executivos de empresas que eram mantidos presos em Curitiba. E como quis vender caro a delegação premiada que interessava a Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, Moro acabou vendo Pessoa acertar a delação com Rodrigo Janot, Procurador Geral da República.

- Moro cobrou de Ricardo Pessoa mais revelações do que ele gostaria de fazer. Janot cobrou menos e levou – explica um dos advogados.

A eventual prisão de José Dirceu seria também mais um passo a ser dado por Moro na direção de Lula. O juiz suspeita que Lula está por trás do que aconteceu na Petrobras.

Lula ainda não recebeu o recado de que já está morto e assombra o país como alma penada - Por Reinaldo Azevedo.


Lula é, em suma, e aqui já se disse, o cadáver adiado que procria.

Mas somos, os jornalistas, obrigados a falar dele, não é? Afinal, está por aí, se movimentando, tentando tirar o nariz fora d’água, sobreviver à sua triste decadência, incapaz de ser generoso com a própria história, com a própria biografia. Poderia, de fato, como prometeu, ter se retirado de cena quando estava no auge. Poucos se atreveriam — porque este é um país que gosta de alimentar mitos — a pôr o dedo na ferida, a apontar que as dificuldades pelas quais passamos agora tiveram origem, sim, no governo do companheiro, especialmente nos quatro anos finais.

Ocorre que Lula não é generoso consigo mesmo porque não consegue ser generoso com os outros. A glória de mandar e a vã cobiça sempre vêm primeiro. E eis que o vemos desesperado, mexendo-se como mosca presa numa teia de aranha, para tornar viável a sua candidatura à Presidência em 2018.

Na terça-feira à noite, lá estava Lula a descer o porrete em Dilma num encontro fechado com jovens sindicalistas, depois de ter dado algumas bordoadas na imprensa, que, segundo disse, dá crédito à palavra de bandidos. Os bandidos, no caso, são aqueles que, até outro dia, operavam em favor do seu partido, no esquema criminoso montado na Petrobras. Agora, o Apedeuta anuncia que vai sair país afora arregimentando as esquerdas e os movimentos sociais em defesa do PT.

Nesta quarta, Lula participou de um seminário no instituto que leva o seu nome, promovido em parceria com a tal Unasul (União das Nações Sul-Americanas), aquela estrovenga que ele criou em companhia de Hugo Chávez. E lá estava ele com a ladainha bolorenta da necessidade de integração dos países do continente, oferecendo como exemplo de ação virtuosa, santo Deus!, a construção do porto de Mariel, em Cuba, que teve financiamento secreto do BNDES.

Para o chefão petista, que deveria receber um raio fulminante enviado por Nelson Rodrigues lá do outro mundo, é o “complexo de vira-lata de parte da classe política que faz privilegiar acordos comerciais com Estados Unidos, em vez de América Latina e África”. Este senhor diz tal barbaridade quando, já está demonstrado, o Mercosul se transformou num dos fatores de atraso do Brasil.

Já disse aqui há algum tempo e volto a fazê-lo: Lula não está a criar uma só facilidade a Dilma Rousseff. Ao contrário. Na véspera da votação da MP 665, o horário político do PT, de que ele foi a estrela, quase pôs tudo a perder. O homem acusou o Congresso de atuar contra os trabalhadores, e, por muito pouco, a emenda não foi rejeitada. Agora, às vésperas da votação da MP 664, ele volta a fazer agitação sindical e proselitismo rombudo. Assim, a sua sucessora é obrigada a enfrentar, de um lado, a pressão dos “companheiros” — a CUT conseguiu liminar do STF para ocupar as galerias do Senado —  e, de outro, de partidos da base dispostos a arrancar mais alguns nacos de poder.

É evidente que Lula tem consciência de que a sua ação é desestabilizadora. Mas ele só sabe jogar assim. Que coisa impressionante! Todos conhecem o mito da alma penada. Em essência, ela é o quê? É o vagar de alguém que já morreu, mas que ainda não sabe; é o perambular de um ente que não aceita o lugar que lhe está reservado na terra dos mortos.

Lula é essa alma penada na política brasileira. Mas custa caro!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Lobão é citado por empreiteiro em delação premiada


O dono da UTC, Ricardo Pessoa, fechou nesta quarta-feira, 13, acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele esteve acompanhado de seus advogados em uma reunião com procuradores que atuam na Operação Lava Jato.
O encontro durou em torno de quatro horas, entre o fim da manhã e meio da tarde desta quarta-feira (13). Pessoa é acusado de chefiar o “clube vip” das empreiteiras na formação de um suposto cartel que atuou no esquema que desviou recursos da Petrobrás.
O nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, foi citado por Pessoa a investigadores da Operação Lava Jato. O nome do senador já havia sido mencionado por outros delatores da Lava Jato. Ele é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por ter supostamente solicitado recursos para a campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.
VEJA O PEDIDO DE RODRIGO JANOT PARA RICARDO PESSOA IR A BRASÍLIA
Os depoimentos de Lobão e de Roseana estão previstos para a próxima semana, na sede da PF em Brasília. Eles deverão esclarecer a investigadores a suposta participação no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Pessoa, considerado chefe do “clube vip” das empreiteiras, está sendo ouvido neste momento na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A viagem do empreiteiro foi autorizada nessa terça pelo juiz Sérgio Moro, que cuida da Lava Jato na 1ª instância. A viagem foi solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Pessoa está prestes a firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Lobão já havia sido citado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato, como beneficiário de R$ 1 milhão. O dinheiro teria sido pedido em 2008.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Desgastado, o PT culpa Dilma - Por Ricardo Noblat


Sabe por que a presidente Dilma Rousseff não apareceu no programa de propaganda eleitoral do PT no rádio e na televisão, na semana passada? Porque ninguém a convidou.

É claro que mesmo assim poderia ter aparecido – bastava que pedisse. Mas ela não pediu – ou por medo de aparecer ou porque simplesmente não pediu.

Se você frequenta rodas de petistas ilustres ou não, e se desfruta da confiança deles absoluta ou relativa, inevitavelmente você os ouvirá falando mal de Dilma.

Há um fosso cada vez mais profundo separando petistas de Dilma. Separando Lula de Dilma.

Eles se queixam de que Dilma despreza conselhos por mais sábios que sejam. E quando concorda em segui-los, só o faz muito tarde.

Dilma é acusada de dilapidar o patrimônio político e eleitoral de Lula. De quase inviabilizar a pretensão dele de ser candidato a presidente em 2018.

Admitem que possa estar próximo o fim de mais um ciclo político – dessa vez o do PT. E Dilma já começou a ser responsabilizada por isso.

sábado, 9 de maio de 2015

Empreiteiro diz que doou a Dilma por temer represália Por FLÁVIO FERREIRA

O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, disse a procuradores da Operação Lava Jato que doou R$ 7,5 milhões à campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras se não ajudasse o PT.

Segundo Pessoa, a contribuição da empresa foi tratada diretamente com o tesoureiro da campanha de Dilma, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva.

Preso desde novembro do ano passado e hoje em regime de prisão domiciliar, o empresário negocia desde janeiro com o Ministério Público Federal um acordo para colaborar com as investigações em troca de uma pena reduzida.

Nos contatos com os procuradores e no documento em que indicou as revelações que está disposto a fazer caso feche o acordo, Pessoa descreveu de forma vaga sua conversa com Edinho, mas afirmou que havia vinculação entre as doações eleitorais e seus negócios na Petrobras.

O empreiteiro contou ter se reunido com Edinho a pedido do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado como o principal operador do partido no esquema de corrupção descoberto na Petrobras e hoje preso em Curitiba.

As doações à campanha de Dilma foram feitas legalmente. Segundo os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram três: duas em agosto e outra em outubro de 2014, dias antes do segundo turno da eleição.

Se Pessoa fechar o acordo de delação premiada com os procuradores, ele terá então que fornecer provas e detalhar suas denúncias em depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal.

Em janeiro, Pessoa já havia indicado sua disposição de falar sobre a campanha de Dilma Rousseff em documento escrito na cadeia e publicado pela revista "Veja". "Edinho Silva está preocupadíssimo", escreveu o empresário.

CAIXA DOIS

Pessoa também afirmou aos procuradores que fez contribuições clandestinas para a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006, e a do prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, em 2012.

O empreiteiro disse que deu R$ 2,4 milhões à campanha de Lula, via caixa dois. O dinheiro teria sido trazido do exterior por um fornecedor de um consórcio formado pela UTC com as empresas Queiroz Galvão e Iesa e entregue em espécie no comitê petista.

Pessoa afirmou também que, a pedido de Vaccari, pagou outros R$ 2,4 milhões para quitar dívida que a campanha de Haddad teria deixado com uma gráfica em 2012. O doleiro Alberto Youssef, outro operador do esquema de corrupção na Petrobras, teria viabilizado o pagamento.

Segundo o empreiteiro, o valor foi descontado de uma espécie de conta corrente que ele diz ter mantido com Vaccari para controlar o pagamento de propinas associadas a seus contratos na Petrobras.

Pessoa também promete revelar às autoridades detalhes sobre seus negócios com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que hoje cumpre prisão domiciliar por seu envolvimento com o mensalão.

O empreiteiro, que pagou R$ 3,1 milhões à empresa de consultoria de Dirceu entre 2012 e 2014, diz que o contratou para prospectar negócios no Peru, mas afirmou aos procuradores que a maior parte dos repasses foi feita após a prisão do ex-ministro, para atender a um pedido de ajuda financeira da sua família, em razão de sua influência no PT.

OUTRO LADO

O PT rejeitou as acusações do empresário Ricardo Pessoa e afirmou em nota que todas as doações à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014 foram feitas de acordo com a legislação eleitoral.

O partido ressaltou que as contas da campanha de Dilma foram aprovadas por unanimidade na Justiça Eleitoral.

A assessoria do ministro Edinho Silva, chefe da Secretaria de Comunicação Social, que foi o tesoureiro da campanha presidenical, informou que a nota do PT deveria ser considerada sua reposta às alegações do empreiteiro.

A Presidência da República e a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram que não fariam comentários sobre o assunto.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que as doações à sua campanha foram todas feitas de acordo com a lei, e que as dívidas foram absorvidas e quitadas posteriormente pelo PT.

O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, disse que ele só captou doações legais para o partido e não participou do esquema de corrupção descoberto na Petrobras.

O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval, informou que seu contrato de consultoria com a UTC tinha como objetivo prospectar negócios no Peru, sem qualquer relação com a Petrobras.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Lula disse a Mujica, ex-presidente do Uruguai, que o mensalão foi a única forma que havia de governar o Brasil - Por Ricardo Noblat

Surgiu uma testemunha preciosa de que Lula sabia da existência do mensalão, o pagamento de propina para que deputados votassem na Câmara como ele queria. E que se valeu do mensalão para governar.

Em livro lançado esta semana sobre o seu governo de cinco anos, José Mujica, o popular ex-presidente do Uruguai, revela a confissão que ouviu de Lula em Brasília, no início de 2010.

Segundo Cristina Tardáguila, repórter de O Globo, Lula disse a Mujica:

- Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens.

Para logo emendar:

- Essa [referindo-se ao mensalão] era a única forma de governar o Brasil.

O ex-vice-presidente uruguaio Danilo Astori, que viajara a Brasília com Mujica, também ouviu a confissão de Lula.

O livro tem como título “Uma ovelha negra no poder”. Foi escrito pelos jornalistas uruguaios Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, que convivem com Mujica há 17 anos.

- Quando ele assumiu a Presidência, no dia 1º de março de 2010, começamos a fazer registros oficiais da Presidência e combinamos que só publicaríamos esse material depois que ele deixasse o cargo. Todas as conversas estão gravadas – adianta Danza.

- Lula não é um corrupto como (Fernando) Collor de Mello e outros ex-presidentes brasileiros - comentou Mujica com os jornalistas em uma das cem horas de entrevistas que lhes concedeu. “Mas viveu esse episódio (do mensalão) com angústia e um pouco de culpa”.

Mujica e Lula eram tão próximos que o uruguaio “soube que Dilma seria a candidata (à Presidência) muito antes que isso se tornasse público”, registra o livro. E também que, depois, Lula apoiaria sua reeleição.

- (Mujica) entendeu perfeitamente essa jogada - escreveram os jornalistas. “Lula preferia ser o poder nas sombras e, depois do mensalão, não ficar exposto demais”.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

PT tenta dar um truque na votação do ajuste fiscal, Cunha percebe, contra-ataca, e companheiros ficam pendurados na brocha - Por Reinaldo Azevedo.

Sabem por que o PT odeia tanto o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e se esforça para destruí-lo? Porque o presidente da Câmara não cai em nenhum dos truques do partido. É bem verdade que alguns estão manjados demais, mas não é menos verdade que muitos se deixariam enredar. A que me refiro? Cunha adiou a votação da primeira MP do ajuste fiscal, a 665, para esta quarta. Por quê? Por causa da molecagem dos petistas. Explico.

O PT — principal partido da base, legenda a que pertence a presidente da República, que considera o ajuste fiscal peça basilar de sua gestão — decidiu fazer beicinho. Parte considerável de seus parlamentares não quer arcar com o ônus das Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem, respectivamente, privilégios previdenciários e relativos ao seguro-desemprego e abono salarial.

A bancada do partido se reuniu. O governo precisou montar uma força-tarefa para convencer os companheiros, como se estivesse se mobilizando para convencer um partido de oposição. Michel Temer (PMDB), vice-presidente da República e coordenador político, comandava o encontro. Nada de obter consenso. Temer, então, falou com a presidente Dilma, que mandou pra lá os ministros petistas Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicação), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Pepe Vargas (Direitos Humanos).

Muito bem. Os ministros conversaram, conversaram e conversaram. E a maioria do PT, então, decidiu apoiar o pacote fiscal. Pois é… Ocorre que, espertamente, os petistas não fecharam questão. Logo, cada um votaria como bem quisesse. No fim das contas, a responsabilidade por aprovar as MPs recairia sobre os ombros dos demais partidos que apoiam o governo.

Ao saber que os “companheiros” não haviam fechado questão, Cunha adiou a votação. E ironizou: “Não queremos tirar dinheiro de ninguém. Cabe ao governo discutir isso com sua base. Vamos ver se o PT vai para a base”.

Na mosca!

José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara, fez uma declaração realmente estupefaciente. Disse que são necessárias “novas rodadas de negociações”. Ah, entendi… O partido da presidente precisa ser convencido a votar na proposta que a presidente considera essencial…

A propósito: sabem quem estava na reunião da bancada do PT? Vagner de Freitas, presidente da CUT. Vale dizer: a petezada se reunia para rejeitar as MPs.

Ora, Dilma que se entenda com a bancada de seu partido, não é mesmo? O que não pode é ficar irritada com Cunha.

CUNHA DÁ UM XEQUE-MATE EM LULA – Por Reinaldo Azevedo.

Babalorixá vai à TV e faz firula como no tempo em que tomava Black Label na Fiesp e pinga com os operários. E se dá mal!

Luiz Inácio Lula da Silva, sim, ele mesmo!, acaba de criar, com a sua fala irresponsável no horário político do PT um problemão para a presidente Dilma. E já tomou um contra-ataque. Não tem jeito: os “companheiros” não perceberam que não ditam mais a pauta. O que aconteceu?

Na televisão, Lula afirmou que o Congresso estava retirando direitos dos trabalhadores. Em suma: em vez de se pronunciar como um homem das instituições, resolveu falar como chefe de facção, tentando jogar a população contra o Parlamento. Sim, Lula se referia principalmente ao projeto das terceirizações, mas foi ambíguo o bastante para colocar todo o Legislativo na mira.

Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB na Câmara, aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa, anunciou em seguida que seu partido não aceita mais votar nesta quarta a MP 665. E não o fará enquanto o PT não definir a sua posição, não fechar questão em favor do pacote fiscal e não parar de tentar jogar a população contra o Congresso.

Xeque-mate!

Picciani foi irônico. Afirmou que o seu partido se deixava, então, convencer por Lula, obedecendo a sua orientação. Já foi o tempo em que o PT votava uma coisa no Congresso e dizia outra para o distinto público. Aliás, essa é uma prática antiga de Lula, desde quando era sindicalista.

Quando chefiava o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e negociava com o então Grupo 14 da Fiesp, lá no fim dos anos 70 e início dos anos 80, fechava acordo com os empresários, em reuniões regadas a Black Label, mas fazia discurso radical para as massas, segurando a greve por mais algum tempo, até começar a recuar e aprovar a proposta que havia sido negociada com o copo. Depois comemorava com a pobrada com uma pinguinha.

Nessa brincadeira, muita gente perdeu o emprego, enquanto Lula pavimentava seu caminho para a Presidência da República.

Agora, há um Cunha no meio do caminho. No meio do caminho, há um Cunha. A única esperança mesmo dos companheiros é que Rodrigo Janot consiga quebrar as pernas do presidente da Câmara. Para isso, no entanto, precisará contar com os votos do Supremo. Vamos ver.

Cunha anunciou que a sessão que vai discutir a MP 665 começará ao meio-dia desta quarta, que será quente. O PT, em suma, vai ter de decidir se pertence à base ou não. O deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) fez a ironia final: “Lula acaba de enterrar o ajuste fiscal. Se o ex-presidente Lula é contra retirar direitos dos trabalhadores, quem somos nós, simples deputados, para contrariar o líder?”

Governo Dilma amarga um dia infernal - Por Ricardo Noblat

Foi ontem o pior dos dias até agora do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Está bem, exagero. Certamente foi um dos piores dias.

O que o governo amargou em menos de 12 horas:

1. Foi adiado o início da votação das Medidas Provisórias 665 e 665 do ajuste fiscal;

2. O PMDB anunciou que não tem mais compromisso de aprovar o ajuste devido à posição do PT;

3. Por sua vez, o PT recusou-se a garantir os votos dos seus 64 deputados para aprovação do ajuste;

4. A Câmara aprovou em definitivo a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da Bengala, que aumenta a idade limite da aposentadoria compulsória de 70 para 75 anos no caso de ministros de tribunais superiores. Com isso, Dilma perderá a chance de indicar cinco novos ministros do Supremo Tribunal Federal e, pelo menos, mais 15 de outros tribunais;

5. Um ruidoso panelaço recepcionou em 18 capitais o programa de propaganda eleitoral do PT no rádio e na televisão;

6. Na CPI da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da empresa, disse que dinheiro da corrupção alimentou a campanha de Dilma em 2010. Apontou a política do governo de defasagem do preço dos derivados como principal responsável pelo prejuízo de R$ 60 bilhões da Petrobras;

7. Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, revelou que foi convidado para o cargo pelo então presidente Lula e sua ministra das Minas e Energia, Dilma. Negou que o PMDB tivesse tido algo a ver com isso;

8. Este ano, , segundo admitiu a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), cerca de 35 mil a 40 mil empregos serão extintos na indústria automobilística, que atravessa uma de suas piores crises.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

PSB-PPS: o alvo é o PT - Por Eliane Cantanhêde

A fusão do PSB com o PPS é mais um torpedo contra o PT e os planos lulistas de eternização no poder. O resultado será um novo partido de centro-esquerda, provavelmente preservando o "socialista" na sigla, para se contrapor à hegemonia de décadas do PT na esquerda e se tornar uma opção para os milhões de órfãos do petismo.
O primeiro ataque frontal será na eleição municipal de 2016, quando PSB e PPS, já recriados sob uma nova sigla, pretendem lançar a senadora Marta Suplicy contra a reeleição do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Marta não só é hoje a principal ameaça a Haddad, como encarna o racha petista na capital onde o partido de Lula enfrenta seus piores índices de rejeição e as manifestações mais impressionantes. Vai ser PT contra PT, mas Marta tem como ampliar horizontes e aliados, enquanto Haddad estreita os seus.
O PPS, herdeiro direto do velho PCB, o "Partidão", é uma das principais siglas de oposição ao Planalto e ao PT e tem caminhado lado a lado com o PSDB nas últimas eleições presidenciais e na rotina do Congresso. Seu eterno presidente, Roberto Freire, e seu líder na Câmara, Rubens Bueno, são ácidos adversários do governo e críticos da presidente Dilma Rousseff.
Já o PSB debate-se internamente entre ser ou não ser governo e tenta equilibrar-se como "independente", uma saída capaz de acomodar suas crises existenciais, agravadas pelo trauma da morte de Eduardo Campos em 2014. Hoje, o PSB é uma sigla em busca de uma liderança. Além de perder Campos, o partido nunca teve Marina Silva, que se filiou a ele para materializar a aliança do PSB com a Rede - agora em fase final para se viabilizar na Justiça, apesar da força em contrário do Planalto.
A expectativa, portanto, é de grandes embates do PSB com o PPS antes da fusão, inclusive sobre a sigla a ser adotada - a mais provável é PSB40 -, mas a grande aposta imediata dos dois parceiros é Marta, que vem de 33 anos de PT, não tem papas na língua, representa o principal Estado e a principal capital do País. Pode se tornar o eixo da resistência crescente ao PT e atrair as forças paulistas de oposição, inclusive o PSDB.
Assim como Marina, Marta não é só uma ameaça, mas uma dupla ameaça ao PT, num momento de grande fragilidade do partido, atingido por mensalão, petrolão, o desastre do primeiro mandato de Dilma e a crise de identidade do partido diante da guinada na economia e no discurso nesse início de segundo mandato.
Com a saída de Marina, o PT perdeu um dos seus quadros mais simbólicos e ganhou uma adversária robusta o suficiente para angariar 20 milhões de votos ao enfrentar o velho partido em eleições presidenciais. Com a de Marta, repete-se a sina. O PT perde um grande nome nacional e ganha uma ameaça assustadora à sua permanência na Prefeitura de São Paulo, já em risco com o mau desempenho de Haddad nas pesquisas e a oposição crescente ao partido.
Nesse clima, os ventos soprariam a favor do PSDB, mas não há um nome óbvio no partido para entrar no vácuo. Se perderem no 1.º turno, os tucanos podem ficar na opção Marta versus Haddad. Adivinha com quem vão ficar? Marta, além de ex-PT, estará concorrendo pelo PPS, velho aliado, e pelo PSB, parceiro em 2014.
E assim vão se formando os movimentos políticos e emergindo as dissidências típicas de regimes que começam a entrar no seu ocaso e de governos que vão perdendo o controle e a capacidade de conduzir o processo político. Nesse sentido, não é exagero comparar o governo Dilma Rousseff com o do último general presidente, João Figueiredo. Seria uma inverdade histórica e uma injustiça imperdoável comparar Dilma com Figueiredo e o PT das lutas populares com o PDS do apoio à ditadura. Mas que há coincidências no processo de fragilização política, sem dúvida há. A saída de Marta e a fusão PSB-PPS são uma confirmação viva disso.