O dono da UTC, Ricardo Pessoa, fechou nesta quarta-feira, 13, acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele esteve acompanhado de seus advogados em uma reunião com procuradores que atuam na Operação Lava Jato.
O encontro durou em torno de quatro horas, entre o fim da manhã e meio da tarde desta quarta-feira (13). Pessoa é acusado de chefiar o “clube vip” das empreiteiras na formação de um suposto cartel que atuou no esquema que desviou recursos da Petrobrás.
O nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, foi citado por Pessoa a investigadores da Operação Lava Jato. O nome do senador já havia sido mencionado por outros delatores da Lava Jato. Ele é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por ter supostamente solicitado recursos para a campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.
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Os depoimentos de Lobão e de Roseana estão previstos para a próxima semana, na sede da PF em Brasília. Eles deverão esclarecer a investigadores a suposta participação no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Pessoa, considerado chefe do “clube vip” das empreiteiras, está sendo ouvido neste momento na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A viagem do empreiteiro foi autorizada nessa terça pelo juiz Sérgio Moro, que cuida da Lava Jato na 1ª instância. A viagem foi solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Pessoa está prestes a firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Lobão já havia sido citado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato, como beneficiário de R$ 1 milhão. O dinheiro teria sido pedido em 2008.
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