Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 31 de julho de 2016

Bateu o desânimo no PT: partido já não acredita na volta de Dilma à Presidência

Às vésperas da votação do impeachment, cresce distanciamento entre partido e presidente 
Fonte: O Globo - por Fernanda Krakovics e Jeferson Ribeiro
 A presidente afastada, Dilma Rousseff - André Coelho / Agência O Globo / 3-5-2016
RIO — Com a proximidade da votação final do processo de impeachment, em agosto, cresce o distanciamento entre a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o PT. Com o partido descrente, a resistência à destituição da presidente virou mais um discurso para animar a militância, e tentar conter o desgaste causado pela Operação Lava-Jato, do que uma mobilização para tentar virar votos no Senado que salvem Dilma.

A presidente afastada, por sua vez, tem se mostrado mais preocupada em preservar sua biografia do que em voltar ao poder ou trabalhar pela sobrevivência política do PT. Na última quarta-feira, em entrevista à Rádio Educadora, ela jogou para o partido a responsabilidade pelo pagamento do marqueteiro João Santana, que disse ao juiz Sérgio Moro ter recebido recursos relativos à campanha de Dilma em caixa dois, no exterior.

Lideranças do PT tentaram minimizar a declaração de Dilma, afirmando ser natural que ela procure se eximir da culpa por eventuais irregularidades às vésperas da votação do impeachment. O partido afirma que todas as operações foram feitas dentro da legalidade e que as contas da campanha de 2010, às quais o marqueteiro se referiu, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
— Não tem mobilização. Se ainda tivesse viabilidade, mas não tem — disse um integrante da cúpula do PT.
O partido, no entanto, continua com o discurso do “golpe” e pretende levar esse debate para as eleições municipais.

Desânimo se generaliza
— Não jogamos a toalha, ainda acreditamos. Tem três ou quatro senadores que estão mudando de voto — disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ao discursar, domingo passado, na convenção do PCdoB que oficializou a candidatura de Jandira Feghali à prefeitura do Rio, com o PT de vice na chapa.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-chefe da Casa Civil de Dilma, é apontada como um retrato da deterioração da relação entre a presidente afastada e o PT. Apesar de continuar na linha de frente contra o impeachment, a senadora, nos bastidores, passou a se tornar uma crítica, dizem petistas.
Gleisi ficou magoada, segundo esses petistas, com a bronca que levou de Dilma, junto com outros senadores, em 9 de maio. O grupo foi ao Palácio do Planalto comemorar a anulação, pelo então presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), da tramitação do processo de impeachment. Os senadores foram chamados de “idiotas”, segundo relatos, por acreditarem que aquela manobra se sustentaria.
             

Lula culpa o Brasil - Blog do Ricardo Noblat.


Lula, o santo.

Fingir que não é com ele, mentir para livrar a sua cara e a sua pele são traços impressos na personalidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sempre foi assim. Desde os palanques de São Bernardo do Campo -- quando recitava palavras de ordem óbvias diante da massa e de uma ditadura que lhe era dócil --, até à quase inacreditável petição contra o Estado brasileiro que impetrou, na quinta-feira, junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU. Uma alma narcisa que só pensa em si. Que xinga e elogia, soca e abraça por conveniência e só age na primeira pessoa.

O mesmo Lula que em 1993 escorraçou a Câmara dos Deputados afirmando que ela abrigava “300 picaretas” dedicou loas à Casa, 10 anos depois, ao receber a Suprema Distinção Legislativa: “não existe nada mais nobre que um mandato parlamentar”.

Pouco despois de se eleger em 2002, desfilou de braços dados com José Sarney, a quem já acusara de ser “grileiro”. Adulou Renan Calheiros para ficar em pé durante o processo do mensalão; bajulou Paulo Maluf – que já fora o mal em si – para eleger Fernando Haddad, o prefeito mais impopular que São Paulo já teve.

Algumas lembranças do Lula de ocasião fazem arrepiar até a esquerda cativa que ainda hoje o aplaude. Collor de Mello que o diga. A entrevista ao Bom Dia Brasil, na TV Globo, pouco antes de ser eleito presidente da República pela primeira vez, é simbólica. Ali, elogiou, em alto e bom som, os governos de Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, que “pensavam o Brasil estrategicamente”. E discordou de bate-pronto da afirmativa do entrevistador sobre as altas taxas de inflação que os generais deixaram como herança. “Não é verdade”, assegurou.

Depois de vencer a eleição, Lula soltou ainda mais a verve. Fez do hoje condenado e preso José Dirceu o “capitão do time”, para depois puxar-lhe o tapete. Foi a público, em cadeia de rádio e TV, pedir desculpas pela traição dos seus no escândalo do mensalão, ocorrência que, meses depois, passou a negar peremptoriamente.

Quando se vê sem alternativas, escolhe a categoria de vítima, posando como perseguido da mídia e da elite. A mesma elite que lhe prestou favores pessoais e garantiu os bilhões para custear o sonho da hegemonia petista. Tudo à custa de generosas propinas nos negócios públicos.

Ainda que um pouco chamuscado, livrou-se do mensalão. E, se já podia tudo, Lula acreditou no infinito. Inventou Dilma Rousseff, enfiou-a goela abaixo do PT e dos aliados, provocando uma indigestão que nem todos os bilhões desviados de obras públicas, dos fundos de pensão e do sabe-se lá mais onde, foram suficientes para curar.

Vieram a Lava-Jato, o processo de impeachment de Dilma, a incerteza, o medo da cadeia.

O Lula que agora recorre à ONU não é mais o mesmo. Está fragilíssimo.

Por ironia da história, virou réu em Brasília – não em Curitiba -- quase que simultaneamente à sua tentativa de estender ao mundo a sua versão de mártir.

Mas suas bravatas já não ecoam. O processo que tenta impor em Genebra é um amontoado de mentiras. O cerne da peça -- o juiz Sérgio Moro age arbitrariamente para forçar delações de prisioneiros e não há tribunais para rever as sentenças – desintegrou-se em uma simples nota da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe): “O sistema processual brasileiro garante três instâncias recursais e, até o momento, menos de 4% das decisões do juiz Sérgio Moro foram reformadas”. E a tentativa de dizer que as acusações que pairam sobre si não passam de uma ação articulada de forças conservadoras para impedir a sua candidatura em 2018 beira o ridículo.

O Lula que agora recorre à ONU, seja para criar um fato novo em pré-impeachment ou facilitar uma eventual solicitação de asilo político no futuro, se mostra miúdo, debilitado, anêmico.

Ao acusar a Polícia Federal, a mesma que ele tanto elogiava durante o seu governo, e a Justiça, para a qual ele e sua sucessora indicaram 13 ministros, oito dos onze em atividade na Suprema Corte, Lula enterra-se, definitivamente, na lama.

Sua defesa age como se todas as instituições brasileiras – incluindo a imprensa, é claro -- fossem criminosas. E ele, só ele, inocente. O Lula que agora recorre à ONU é patético.

sábado, 30 de julho de 2016

Lewandowski e Renan jogam impeachment para setembro.


Os presidentes do STF e do Senado empurraram o afastamento definitivo de Dilma para o dia 2 de setembro.

A decisão oficial é de Ricardo Lewandowski, mas foi tomada a partir de acordo com Renan Calheiros, informa O Globo.

Já se esperava a procrastinação.

Mas é impossível não lamentar.

Em VEJA desta semana: Em proposta de delação, Santana relata que Dilma sabia de tudo

Marqueteiro vai contar aos procuradores que petista não só conhecia todas as operações de caixa dois da campanha presidencial como as autorizou
João Santana: o homem que construiu a imagem de Dilma Rousseff agora se prepara para fulminá-la (Rodolfo Buhrer/File Photo/Reuters)
A presidente afastada Dilma Rousseff vem ajustando seu discurso de acordo com o avanço da Lava-Jato. Há cerca de um ano, diante das acusações de que sua campanha recebera doações por fora da construtora UTC, ela afirmou: “Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade (…) porque não houve”. De lá para cá, as negativas da petista ganharam um tom cada vez mais baixo. Há duas semanas, após o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, admitirem ter recebido dinheiro pelo caixa dois na campanha presidencial de 2010, Dilma disse: “Não autorizei pagamento de caixa dois a ninguém. (…) Se houve, não foi com meu conhecimento”. Cinco dias depois, eis que surge outra justificativa: “Minha campanha não tem a menor responsabilidade sobre em que condições pagou-se dívida remanescente da campanha de 2010. (…) Ele (João Santana) tratou essa questão com a tesouraria do PT”. Em pouco tempo, a negativa da existência de dinheiro sujo saltou do “eu não sabia” e pousou no “a culpa é do partido”.

Em breve, Dilma terá de atualizar a versão. Em sua proposta de delação premiada feita à Procuradoria-Geral da República, João Santana e sua mulher relatam que a presidente afastada não só sabia da existência do caixa dois como aprovou as operações ilegais. Segundo o casal, Dilma conhecia detalhes do custo real da campanha e o valor que era declarado oficialmente. A diferença, de algumas dezenas de milhões de reais, vinha de empresas envolvidas no petrolão. Uma parte dos recursos, oriundos de propinas avalizadas pela petista, foi usada até para pagar despesas pessoais da presidente. Para comprovar as acusações, que constam em mais de dez capítulos chamados de “anexos”, Santana apresentará documentos. Os detalhes do acordo do marqueteiro foram tratados recentemente numa reunião realizada com integrantes da PGR. Quem leu os anexos garante: o mago do marketing petista, que ajudou a construir a imagem de Dilma, está agora armado com provas para fulminá-la.

             

É dada a largada - Por Antônio Morais

Em dois dias teremos definidas as alianças e homologadas as candidaturas pelas convenções partidárias. 

À partir do dia 16 de Agosto será dada uma nova largada. Cada eleição é como uma nova partida de baralho, misturam-se as cartas e começa-se um novo jogo.

Toda eleição  tem sua própria história, e, em nada uma se assemelha a outra. 

A partir de então os caminhos estão abertos, cabe ao eleitor avaliar os candidatos, a história politica das duas últimas décadas, os lados estão bem definidos, as administrações do passado estão bem vivas na mente, só erra quem quiser. 

É fácil observar quem cometeu mais erros do que acertos, quem fez mais mal do que o bem a cidade e ao seu povo. 

Decida-se pela razão e não pela emoção.

Assim espera Várzea-Alegre.


Fiscalização do governo federal aponta falhas no Mais Médicos

Fonte: Folha de S.Paulo, 30-07-2016. 
 Criado para levar médicos a regiões onde há carência de atendimentos, o “Mais Médicos” tem enfrentado problemas em algumas cidades, como a substituição de profissionais efetivos por bolsistas do programa, infraestrutura precária, descumprimento ou falta de controle das cargas horárias e baixa supervisão. As irregularidades foram apontadas em uma série de auditorias feitas nos últimos dois anos pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, antiga CGU (Controladoria-Geral da União), em 150 municípios participantes do programa –ao todo são 4.058 cidades.
A Folha teve acesso aos relatórios individualizados por cidade, que estão sendo compilados para um trabalho de avaliação da iniciativa. Desses, 108 apresentaram algum tipo de problema, como a substituição de médicos que atuavam antes nas unidades de saúde por profissionais do programa –cujo vínculo vale por um a três anos. Em João Pessoa, por exemplo, a análise da folha de ponto de um dos médicos entre julho e dezembro de 2014 apontou que ele descumpriu 81 horas, o equivalente a dez dias de trabalho.
O relatório recomenda que seja pedida a devolução de R$ 3.494,30 referentes às horas não trabalhadas, já que houve pagamento integral da bolsa de R$ 10.482,92. A Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa diz que está tomando as providências administrativas e responderá "a curto prazo" ao governo federal.
ADOÇÃO DE MEDIDAS
O Ministério da Saúde informou que está adotando "as providências necessárias para cumprimento das recomendações" da pasta de Transparência e Fiscalização. A pasta afirma que recebeu os primeiros resultados de 120 auditorias em dezembro e que tem tomado as medidas previstas na lei do programa, como notificações, advertências e orientações. Os demais resultados foram enviados em junho deste ano. "As recomendações estão em análise e as medidas necessárias serão adotadas dentro do prazo estipulado", disse o ministério.
Segundo a pasta, pelas regras do programa, caso seja identificado que o gestor municipal fez substituição de profissionais ou não tomou nenhuma providência para repor a saída de profissionais contratados, as vagas do Mais Médicos são bloqueadas.
COMO FUNCIONA
R$ 10.571 é o valor mensal da bolsa; os cubanos ganham R$ 3.000, o restante é repassado para  Cuba pela Opas.

Notas culturais (por Armando Lopes Rafael)

Livro “Judeus no Ceará”, um valioso resgate
Está tendo boa aceitação e muita repercussão o lançamento do livro Judeus no Ceará, fruto de exaustiva pesquisa do historiador, jornalista e ex-secretário da Cultura do Ceará, Nilton Melo Almeida. Doutor em História Moderna pela Universidade Nova de Lisboa, Nilton Almeida é também Mestre em História social pela Universidade Federal do Ceará.  Nilton Almeida tem ligações com Crato, pois é casado com a jornalista Germana Cabral, filha do radialista, jornalista e memorialista Huberto Cabral.

Sobre o livro
Até o lançamento deste livro, existia a ausência na historiografia local e brasileira da presença de judeus no Ceará, bem como da contribuição deles para o progresso e desenvolvimento do nosso Estado. O livro de Nilton Almeida resgata a vida e obra de Hubert Bloc Boris, nascido na França e que viveu a maior parte da sua vida na região do Cariri. Hubert Bloc Boris era formado em Agronomia e durante décadas administrou a Fazenda Serra Verde, latifúndio de sua família, com cerca de vinte e três mil hectares, na divisa de cinco municípios caririenses (Caririaçu, Crato, Farias Brito, Grangeiro e Várzea Alegre).

Sobre Hubert Bloc Boris
No livro, Nilton Almeida, informa que Hubert chegou ao Cariri entre 1946–1947 fixando residência em Crato onde fez largo círculo de amizades. Foi sócio do Rotary Clube do Crato, e chegou a ser agraciado com o título de "Cidadão Cratense", pela Câmara de Vereadores. Era extremamente social, bem humorado e juntamente com sua esposa, Janine, formava um casal hospitaleiro e de destaque na sociedade cratense. Hubert faleceu em 1985, em Fortaleza, onde se encontra sepultado.

Um cratense se destaca nas letras e pesquisas
O escritor cratense Francisco Augusto de Araújo Lima, autor do livro “Soares e Araújos no Vale do Acaraú”, vem de publicar – pela Expressão Gráfica de Fortaleza – mais uma obra. Aliás, uma mega-obra, em três volumes, contendo 2.300 páginas, com o título: “Siará Grande, uma província portuguesa no Nordeste Oriental brasileiro”. Trata-se de um livro sobre a origem dos cerca de dois portugueses pioneiros que colonizaram os diversos municípios do atual Estado do Ceará. 

Quem é o autor
Francisco Augusto nasceu em Crato. É Engenheiro Agrônomo, formado pela universidade Federal do Ceará. Apaixonado pela genealogia, iniciou suas pesquisas nos anos 80. É sócio correspondente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambucano e membro do Grupo de Genealogia do Ceará. Com muito sacrifício, Francisco Antônio de Araújo Lima montou uma respeitável biblioteca, onde reuniu autores que escreveram sobre o Ceará, nos séculos 19, 20 e 21. Dentre esses, os que pesquisaram sobre genealogia e publicaram seus trabalhos nas revistas do Instituto do Ceará e em Itaytera, órgão oficial do Instituto Cultural do Cariri, que tem sede na cidade natal do escritor, o Crato.

Um padre cratense que marcou a história de Brejo Santo
Padre Francisco Lopes Abath foi vigário da Paróquia de Brejo Santo – no final do século 19 e primeiros anos do século 20 –  e lá deixou sua marca de bom sacerdote. Hoje é nome de uma Escola e uma rua daquela cidade. Morreu com fama de santidade. Em 1925, o Álbum Histórico do Seminário de Crato fez constar a nota abaixo, em homenagem ao Pe. Francisco Abath:

(Texto e postagem de Armando Lopes Rafael)

Lula vira réu por tentar obstruir a Operação Lava Jato

O ex-presidente é acusado de ter feito parte de um esquema arquitetado para comprar o silêncio de um delator


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sentará no banco dos réus pela primeira vez em sua história. O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal que acusa o ex-presidente de comandar um esquema armado para obstruir a Operação Lava-Jato. Em sua última edição, VEJA revelou os detalhes das acusações feitas pelo procurador da República Ivan Cláudio Marx.

As provas apresentadas contra Lula são fartas e consistentes. Ligações telefônicas, extratos bancários e e-mails revelam que o ex-presidente impeliu o ex-senador Delcídio do Amaral a adotar “medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró”, ex-diretor da área internacional da Petrobras. O objetivo era evitar que Cerveró fechasse um acordo de delação premiada, que comprometeria tanto Lula como um dos seus amigos mais próximos,  José Carlos Bumlai.

O pecuarista contratou um empréstimo de 12 milhões de reais com o banco Schahin para saldar dívidas de campanhas do PT em 2006. Em troca, o grupo Schahin ganhou um contrato bilionário com a diretora comandada por Cerveró. Procurada por Delcidio, a família de Bumlai resolveu ajudar no complô arquitetado contra a Lava-Jato — e desembolsou 250 000 reais para pagar os honorários do advogado Edson Riberio, que defendia o ex-diretor da Petrobras.

De acordo com o MPF, há indícios de que “Lula atuou diretamente com o objetivo de interferir no trabalho do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Ministério da Justiça, seja no âmbito da Justiça de São Paulo, seja do Supremo Tribunal Federal ou mesmo da Procuradoria-Geral da República”.

Além do ex-presidente, também viraram réus: Delcidio do Amaral e seu assessor Diogo Ferreira, José Carlos Bumlai e seu filho Maurício Bumlai, Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves. Lula, segundo os investigadores, ocupou papel central no esquema e dirigiu a atividade criminosa praticada pelo grupo.

Após receber a denúncia apresentada pelo MPF, o juiz Ricardo Leite decidiu: “Pela leitura dos autos, observo a presença dos pressupostos processuais e condições da ação (incluindo a justa causa, evidenciada pelas referências na própria peça acusatória aos elementos probatórios acostados a este feito), e que, a princípio, demonstram lastro probatório mínimo apto a deflagrar a pretensão punitiva proposta em juízo”.
 Fonte: VEJA

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Lula, o fugitivo.


Lula busca refúgio, segundo Merval Pereira:

“Não bastasse a exposição internacional de nossas mazelas proporcionada pela realização da Olimpíada, vem agora o ex-presidente Lula pedir ajuda ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, como se fôssemos um país sem instituições jurídicas independentes, como quaisquer dessas repúblicas de banana em que ele deu pretensas palestras, e onde liderou o lobby em favor de empreiteiras nacionais.

Por feliz coincidência, no mesmo dia em que Lula tenta colocar o país numa situação vexaminosa, mas só conseguiu dar um tiro no próprio pé, uma perícia da Polícia Federal expõe fatos que indicam que o ex-presidente e sua família são os reais proprietários do sítio em Atibaia em que as empreiteiras OAS e Odebrecht fizeram obras orçadas em R$ 1,2 milhão…

O presidente do STF, que pode ser considerado o chefe do Poder Judiciário, tem obrigação de reagir a essa tentativa de desmoralização, mas o atual presidente, Ricardo Lewandowski, não dá sinal de reação”.


Arquiteto da OAS sobre encontro com Lula: Cachaça e 15 cervejas - Por Eduardo Gonçalves.


Mensagens encontradas no celular do arquiteto da OAS  Paulo Gordilho revelam que o encontro que ele teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o então chefe da OAS  Léo Pinheiro no sítio de Atibaia (SP) foi bastante descontraído. “Bebemos eu e ele uma garrafa de cachaça da boa Havana mineira e umas 15 cervejas”, detalhou o arquiteto sobre a reunião a um amigo no WhatsApp. A princípio, o encontro tinha como objetivo “dirimir dúvidas do casal Lula” em relação à reforma que seria feita na cozinha gourmet da chácara.

Pela troca de mensagens, Gordilho não saiu sóbrio do encontro. “Cheguei aqui cambaleando”, comentou ele, já justificando que não estava dirigindo. Em seguida,  afirmou que ficou de se encontrar com dona Marisa Letícia, mulher de Lula, na semana para “tirar umas ideias dela”. “Ele disse: companheiro, a Marisa já gosta se [sic] uma gambiarra”, completou.

Ao falar sobre o encontro que teve com Lula, Gordilho pediu antes de tudo “sigilo absoluto”. Depois, passou a contar animadamente sua história. Explicou que Lula e dona Marisa não estavam se entendendo sobre a reforma e que fora convocado ao sítio porque Léo Pinheiro fez propaganda sua ao homem (no caso, Lula).  “Disse ao homem que eu era o melhor arquiteto e engenheiro da empresa”. “Vixe já to me borrando todo [sic]”, comentou.

As mensagens foram anexadas ao inquérito que tramita contra Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob os cuidados do juiz Sergio Moro. O ex-presidente é investigado pela suspeita de ter recebido presentes das construtoras OAS e Odebrecht em troca de contratos obtidos da Petrobras. As duas empreiteiras realizaram obras no sítio Santa Bárbara, do qual Lula nega ser o proprietário, mas admite ser frequentador assíduo.

Fazendo as contas - Por Antônio Morais


Várzea-Alegre tem 26.983 eleitores habilitados a votar, tem mais de 40.000 habitantes. O prefeito anda disseminando e propalando por onde passa que transferirá 1.500 votos para o seu candidato. Se assim for, o gestor está assinando um atestado de falência política.  

Não acredito que o prefeito entenda que a disposição de voto do eleitor, nesta eleição, seja a mesma de quatro anos atrás e, com 1.500 votos a menos na antiga aliança, somados aos votos da nova esteja constituída uma maioria consistente.  Amadorismo infantil.

De acordo com o que declara o nobre gestor, na minha aritmética 1.500 votos correspondem a 5,55% do eleitorado e a 2,06% da população do município. 

Está o ilustre prefeito a declarar que 94,45% do eleitorado o rejeita e que 97,94% da população o desaprova. Assim sendo estará levando toda essa sua rejeição para a nova aliança.

Noutras plagas o postulante  queria  distância de um apoiador desses. 

Para que serve a honestidade de Dilma e Lula? - Por Josias de Souza


Otávio Azevedo, o delator

Munidos de autocritérios, Dilma e Lula se consideram as pessoas mais probas que já conheceram. Em maio, Dilma discursou: “Falam que eu sou uma pessoa dura. Eu não sou uma pessoa dura não. Eu sou honesta, é diferente!'' Em janeiro, Lula já havia se jactado: “Se tem uma coisa de que me orgulho é que não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu.” O depoimento de Otávio Marques de Azevedo, mandachuva da Andrade Gutierrez, ao juiz Sérgio Moro suscitou uma indagação singela: para que serve a honestidade de Dilma e Lula?

Qualquer pessoa é capaz de testemunhar o conceito extraordinário que faz de si mesma. Nada mais humano. No entanto, com todo o respeito ao direito de Dilma e Lula de se autoelogiar, o que sobra no final é um conjunto de fatos. E os fatos transformam a honestidade presumida da dupla numa ficção que ajuda a explicar a realidade brasileira —uma realidade marcada por governos corruptos presididos por pessoas presunçosas.



Ricardo Berzoini, o desbravador.

Otávio Azevedo repetiu para Moro o que dissera em delação para a força-tarefa da Lava Jato: em 2008, o grão-petista Ricardo Berzoini, então presidente do PT, pediu propina de 1% sobre todas as obras federais tocadas pela Andrade Gutierrez nos govenro petistas —obras do passado, do presente e do futuro. Participaram da conversa Paulo Ferreira, então tesoureiro do PT, e João Vaccari Neto, que assumiria depois a gestão das arcas petistas. Embora considerasse as propinas como mero “custo comercial”, incluído no preço final dos empreendimentos, o executivo da construtora espantou-se.

A propina requisitada por Berzoini deveria incidir sobre “todos os projetos federais que a Andrade estaria executando e que já tinha executado de 2003 [quando Lula assumiu seu primeiro mandato] para a frente”, contou Otávio Azevedo ao juiz da Lava Jato. “Ou seja, projetos inclusive já terminados. E também dos projetos futuros. Eu realmente estranhei demais a colocação. […] Fiquei bastante constrangido pelo pedido de 1% de contribuição. Essa reunião foi […] extremamente desagradável. Foi uma reunião dura.”

Depois de um debate interno, a empreiteira cedeu ao assédio do PT. Excluiu do acerto apenas as obras pretéritas. Manteve os canteiros já abertos e os empreendimentos futuros. O acerto vigorou de 2008 até 2014. Nesse período, a Andrade Gutierrez borrifou na caixa registradora do PT algo como R$ 40 milhões em dinheiro surrupiado do Tesouro Nacional por meio da elevação dos preços das obras. Os pagamentos foram feitos em anos eleitorais e também nos anos em que não houve eleições. Segundo o delator, 99% da grana foi entregue ao partido, não aos comitês de campanha.

Afora a propina, a Andrade Gutierrez ainda repassava ao PT as doações convencionais de campanha. Somando-se a “verba vinculada'' às obras e os donativos eleitorais, o PT mordeu a empreiteira em R$ 90 milhões durante seis anos. Otávio Azevedo relatou a Sérgio Moro que, em 2014, o apetite dos coletores da campanha de Dilma foi voraz. Eram dois os cobradores mais incisivos: Giles Azevedo, então secretário-executivo do Gabinete Pessoal de Dilma, e Edinho Silva, tesoureiro do comitê de campanha do PT. (vai abaixo, em três partes, o depoimento de Otávio Azevedo. É um excelente passatempo para o final de semana)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

"LULA NÃO TEM GRANDEZA" - Por Carlos Veloso.


Carlos Velloso, ex-presidente do STF, resumiu ao Antagonista o que pensa sobre a presepada internacional de Lula:

"Típico de pessoas que não têm sentido de grandeza e de estadismo e não se preocupam em desmoralizar o seu país em órgãos internacionais."

Velloso avalia que Lula seguiu à risca o conselho que deve ter recebido, ainda em Pernambuco, de "reclamar ao bispo" quando contrariado.

"Ele realmente levou a sério e foi reclamar 'ao bispo'", disse o ex-ministro, ainda sem acreditar na atitude do ex-presidente. "Infelizmente, é de um despreparo sem tamanho. E foi em razão desse despreparo que o país está nesta situação: foram 13 anos de cabeçadas."

Lava-Jato: laudo da PF sobre obras em sítio em Atibaia deixa Lula em situação de extrema dificuldade.


A situação do ex-presidente Lula, agora um decadente lobista-palestrante, está cada vez mais complicada, o que faz com que o petista fique mais próximo da 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Sérgio Moro.

Um laudo da Polícia Federal, divulgado nesta quinta-feira (28), mostra que as obras no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, cuja propriedade é creditada a Lula pelos investigadores, custou R$ 1,2 milhão. A reforma, que contou com ampliação da área construída, foi executada pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, ambas envolvidas no maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, que derreteu os cofres da Petrobras.

Os peritos das PF destacam no laudo vários pontos da obra, mas deram ênfase à reforma da cozinha do sítio, que passou por radical e cara mudança. “A que mais se destaca pelo valor mobilizado foi a instalação da Cozinha Gourmet, em 2014, pelo valor aproximado de R$ 252.000,00, cuja execução foi acompanhada por arquiteto da empreiteira OAS, Sr. Paulo Gordilho, e, segundo sua comunicações, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa”.

No laudo, os peritos afirmam que o proprietário legal do sítio, Fernando Bittar, sócio do filho de Lula, não apresenta rendimento suficiente para comprar o imóvel em questão e muito menos para reformá-lo. De acordo com o documento, o total gasto com o sítio, entre a aquisição do imóvel e a obra, chega a R$ 1,7 milhão, valor incompatível com a renda do suposto proprietário. Contudo, a perícia sugere uma análise contábil mais apurada sobre a evolução patrimonial de Fernando Bittar.

O trabalho pericial reforça a tese dos investigadores, que suspeitam de ocultação de patrimônio por parte do ex-presidente da República. Nesse caso prevalece a questão aritmética, pois o Brasil não é conhecido por ser palco do milagre da multiplicação, assim como empreiteiras investigadas na Lava-Jato não investiriam R$ 1,2 milhão em imóvel de terceiro apenas para agradar Lula e sua turba.

Brasil perdoa quase US$ 900 milhões em dívidas de países africanos - BBC Brasil


A presidente precisava andar  pelo nordeste do Brasil.


Não era necessário ir a Africa.


Onde andam os politicos nordestinos? O que fazem?


Este é o pais sem pobreza.


Deus  apiede-se dos nordestinos.


O governo brasileiro anunciou que vai cancelar ou renegociar cerca de US$ 900 milhões de dolares em dívidas de países africanos, em uma tentativa de estreitar as relações econômicas com o continente.

Entre os 12 países beneficiados estão o Congo-Brazzaville, que tem a maior dívida com o Brasil – cerca de US$ 350 milhões, Tanzânia (US$ 237 milhões) e Zâmbia (US$113 milhões). As transações econômicas entre Brasil e África quintuplicaram na última década, chegando a mais de 26 bilhões no ano passado.

Comentário:

Santa insanidade! Imbecil falta de respeito. Nem parece que o mundo não sabe que os nordestinos consumem água contaminada por dejetos fecais. Este é  o nordeste brasileiro  depois  do Lula e da Dilma.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Escapou da vaia: Dilma diz que não irá à abertura da Olimpíada

Em conversa com internautas, nesta 4ª feira, 27, a presidente afastada repetiu o “bê-á-bá” de sempre: não participará da abertura da Olimpíada no Rio de Janeiro em razão da presença do governo golpista, interino, provisório e ilegítimo, que sem ter dado qualquer contribuição para a realização das Olimpíadas, foi o convidado e estará oficialmente participando da abertura junto com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e o COI (Comitê Olímpico Internacional). Dilma acrescentou: “Portanto, não vejo sentido em estar presente nessa cerimônia e, digo isso, com grande tristeza”.
Na verdade Dilma foi inteligente! Evitou ser vaiada no Estádio do Maracanã.
Na abertura da Copa do Mundo de futebol, em 2014, Dilma também recebeu a maior vaia dos últimos anos no Maracanã. Foto abaixo.

             

Adeus às ilusões – por José Neumanne (*)

Confissão do casal Santana desautoriza a versão de que Dilma é ‘pessoalmente honesta’
Dilma, quem diria, logo dará adeus às ilusões. Nas campanhas eleitorais em que se elegeu e reelegeu graças aos préstimos de João Santana, inventor de patranhas, foi vendida por ele como a “gerentona” mais habilitada a pôr o País nos eixos e guiar a classe operária ao paraíso. Acusada de ter cometido crimes funcionais, o que está para interromper seu mandato, responde pela irresponsabilidade de, por culpa da roubalheira do partido que a adotou, o PT, ter gerado a quebradeira e o desemprego generalizados que condenaram a Nação às piores crises ética, econômica e política da História. E ela ainda se agarra à imagem de ser “pessoalmente honesta”, que começa a desabar.

Por ironia da História, uma grave acusação foi feita por esse gênio da lorota de fancaria, cujo depoimento ao juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato, deu mais uma pista concreta de que, de fato, a campanha dela, que ele criou, produziu e dirigiu, foi financiada por dinheiro roubado, de propina de fornecedores da Petrobrás. A iminente homologação da delação premiada do mágico do marketing, de sua mulher, contadora e sócia, Mônica Moura, e de muitos executivos da empreiteira Odebrecht, entre os quais o presidente, Marcelo, prenuncia o fim do refrão com que Dilma enfrenta o impeachment: não levou vantagem financeira em nada nem tem conta em banco no exterior.

Para convencer policiais, procuradores e juiz, o marqueteiro, chamado de Patinhas na juventude pela fértil originalidade de letrista de música popular, na passagem de sucesso pelo jornalismo e na maturidade de publicitário milionário, decidiu abrir o bico como um “canário” da Máfia da Sicília em Chicago. E o faz de maneira cínica, idêntica à usada para inventar a torpe falsidade de um Brasil irreal de pleno emprego, redução da pobreza crônica e competente e honesta gestão dos recursos públicos. Tudo isso foi pago com o fruto do maior assalto desarmado aos cofres públicos da História, que levou à beira da falência a maior estatal do País.

Joãozinho Patinhas (apelido de João Santana) teve o desplante de confessar ao juiz que mentiu em depoimento anterior, após se entregar desembarcando do Caribe, “para não destruir a Presidência”, uma aparente expressão de lealdade. A histórial, endossada por Mônica Moura, é mais lógica: em 21 de julho, o casal admitiu ter recebido no caixa 2 US$ 4,5 milhões para quitar uma dívida da campanha de Dilma em 2010. Naquela mesma quinta-feira, o engenheiro Zwi Skornicki, tido pela força-tarefa da Lava Jato como operador de propina do esquema da Petrobrás (dito petrolão), contou ao juiz Sergio Moro ter depositado, de 2013 a 2014, em conta do casal no exterior US$ 4,5 milhões para saldar parte de uma dívida que o PT lhe ficou devendo durante a campanha.

Em matéria de cinismo, marqueteiro e “presidenta” se equivalem. Agora ela recorreu ao estilo de Lula, ao assegurar no Twitter: “Não autorizei pagamento de caixa 2 a ninguém. Se houve pagamento, não foi com meu conhecimento”. Esse argumento é fátuo. O professor José Eduardo Martins Cardozo devia ter-lhe ensinado que, no caso, ela será acusada de ter-se beneficiado do dinheiro ilegal na campanha. À Rádio França Internacional Dilma disse que, feito dois anos após o pleito, o repasse não a atinge, omitindo que a propina pagou dívida contraída para a própria eleição.
(*) José Neumanne é jornalista, poeta e escritor

Temer discute a redução do número de partidos - Josias de Souza

Michel Temer cavou um espaço na sua agenda para discutir a redução do número de partidos políticos no Brasil. Receberá às 17h desta quinta-feira (28) o senador tucano Ricardo Ferraço (ES). Ele apresentou, em coautoria com o colega Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, proposta de emenda constitucional que cria barreiras para o acesso dos partidos às verbas públicas do Fundo Partidário e à vitrine eletrônica da propaganda no rádio e na tevê (íntegra aqui). O texto condiciona a obtenção desses benefícios ao desempenho das legendas nas urnas.

Para ter representação no Congresso, um partido precisaria obter pelo menos 2% dos votos válidos nas eleições de 2018. Exige-se que a votação esteja distribuída em pelo menos 14 Estados. A exigência sobe para 3% dos votos válidos a partir das eleições de 2022. Abaixo desses patamares, a legenda ficaria de fora do Congresso. Sem funcionamento parlamentar, seria excluída também do rateio das verbas do Fundo Partidário e do tempo de rádio e tevê.

Hoje, há no Brasil 35 partidos com autorização do Tribunal Superior Eleitoral para funcionar. Desse total, 28 possuem representação no Congresso. Para 2016, os congressistas aprovaram um Fundo Partidário com anabolizante. Engordou de R$ 311 milhões para R$ 819 milhões. Pelas regras atuais, 5% desse valor são distribuídos em partes iguais para todas as legendas, mesmo as que não têm assento no Congresso. Um acinte. Os outros 95% são rateados entre as siglas na proporção dos votos obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados.

Ferraço estima que a aprovação de sua proposta reduzirá a menos da metade a quantidade de siglas no Congresso —“algo entre 10 e 12 partidos, no máximo”. Crítico da profusão indiscriminada de legendas, Temer é simpático à proposta. O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comprometeu-se com Aécio Neves em apoiar a emenda. Tenta-se obter o mesmo compromisso de Renan Calheiros, mandachuva do Senado.

“O sistema partidário brasileiro faliu, está carcomido e esgotado”, afirma Ferraço. “Temos agora, em 2016, um elemento muito pragmático para estimular a reflexão. Na eleição municipal, os partidos estão proibidos de receber apoio financeiro de empresas. O Fundo Partidário passa a ter uma importância enorme. Do modo como funciona hoje, partido virou um megócio. O sujeito monta um partido e, na sequência, abre uma mesa de negociação para partilhar o Fundo Partidário e vender o tempo de propaganda no rádio e na tevê. Isso é uma esculhambação completa.”

A proposta de emenda constitucional de Ferraço e Aécio mexe em outros dois vespeiros: cria mecanismos que inibem o troca-troca de partidos e proíbe as coligações partidárias em eleições para o Legislativo. Prevê que os políticos que se elegerem a partir das eleições de 2016 e 2018 perderão os respectivos mandatos se trocarem de partido. Políticos que se elegerem por partidos que não consigam superar a cláusula de barreira prevista na proposta poderão trocar de legenda sem sofrer sanções.

Quanto à proibição de coligações partidárias nas eleições legislativas (vereadores, deputados estaduais e federais), a regra só passaria a vigorar a partir do pleito de 2022. As coligações continuariam permitidas nas eleições majoritárias (presidente, governadores, senadores e prefeitos).

A limitação do número de partidos tornou-se um imperativo no Brasil. Em nenhum outro país do mundo políticos e eleitores têm tanta opção partidária. O sujeito pode ser de esquerda, de centro esquerda, de meia esquerda, de um quarto de esquerda, de três quartos de esquerda, de direita responsável, de extrema direita, de direita disfarçada ou de direita da linha Bolsonaro… Não importa a ideologia do cidadão. Ele sempre encontra um partido feito sob medida. Além das 35 legendas existentes, há outras três dezenas aguardam pela emissão da certidão de nascimento na fila do cartório da Justiça Eleitoral.

terça-feira, 26 de julho de 2016

A luz do baile – texto escrito por Monteiro Lobato

Despercebidos de todo passaram-se este mês dois aniversários. A 2 de dezembro nasceu, a 5 de dezembro faleceu D. Pedro II. Quem foi este homem que não deixou lembranças neste país? Apenas um Imperador… Um Imperador que reinou apenas durante 58 anos…
Tirano? Despótico? Equiparável a qualquer facínora coroado? Não.
Apenas a Marco Aurélio.
A velha dinastia bragantina alcançou com ele esse apogeu de valor mental e moral que já brilhou em Roma, na família Antonina, com o advento de Marco Aurélio. Só lá, nesse período feliz da vida romana, é que se nos depara o sósia moral de Pedro II.
A sua função no formar da nacionalidade brasileira não está bem estudada. Era um ponto fixo, era uma coisa séria, um corpo como os há na natureza, dotados de força catalítica.
Agia pela presença.
O fato de existir na cúspide da sociedade um símbolo vivo e ativo da Honestidade, do Equilíbrio, da Moderação, da Honra e do Dever, bastava para inocular no país em formação o vírus das melhores virtudes cívicas...
O juiz era honesto, senão por injunções da própria consciência, pela presença da Honestidade no trono. O político visava o bem público, se não por determinismo de virtudes pessoais, pela influencia catalítica da virtude imperial. As minorias respiravam, a oposição possibilizava-se: o chefe permanente das oposições estava no trono. A justiça era um fato: havia no trono um juiz supremo e incorruptível. O peculatário, o defraudador, o político negocista, o juiz venal, o soldado covarde, o funcionário relapso, o mau cidadão enfim, e mau por força de pendores congeniais, passava, muitas vezes, a vida inteira sem incidir num só deslize. A natureza o propelia ao crime, ao abuso, à extorsão, à violência, à iniquidade – mas sofreava as rédeas aos maus instintos a simples presença da Equidade e da Justiça no trono.
Ignorávamos isso na Monarquia.
Foi preciso que viesse a República, e que alijasse do trono a força catalítica, para patentear-se bem claro o curioso fenômeno.
A mesma gente, o mesmo juiz, o mesmo político, o mesmo soldado, o mesmo funcionário até 15 de novembro honesto, bem intencionado, bravo e cumpridor dos deveres, percebendo, na ausência do imperial freio, ordem de soltura, desaçamaram a alcateia dos maus instintos mantidos em quarentena. Daí, o contraste dia a dia mais frisante entre a vida nacional sob Pedro II e a vida nacional sob qualquer das boas intenções quadrienais, que se revezam na curul republicana.
Pedro II era a luz do baile.
Muita harmonia, respeito às damas, polidez de maneiras, joias de arte sobre os consolos, dando ao conjunto uma impressão genérica de apuradíssima cultura social. Extingue-se a luz. As senhoras sentem-se logo apalpadas, trocam-se tabefes, ouvem-se palavreados de tarimba, desaparecem as joias…
Como, se era a mesma gente!
Sim, era a mesma gente. Mas gente em formação, com virtudes cívicas e morais em início de cristalização.

Ingenuidade - Por Antonio Morais


Dia da criança, 1986, Clube Recreativo de Várzea-Alegre,  Antônio Morais ladeado pelos  amigos João de Dica e as filhas,  Pedro Sousa, as   irmãs Mundinha e Isabel, os filhos  Micaely e Ernesto.

Historia de criança:

Já li diversas historias de crianças. Quanto mais leio mais me convenço da sua ingenualidade. Hoje vou falar de uma experiência vivida em meados da década de 80 do seculo passado. Era costume, vez por outra, desaparecerem animais pequenos: carneiro, bodes, etc, na fazenda Cacimbinha. O encarregado dizia sempre: é a danada da onça da serra do Jiriboé que está matando. Eu acreditava na versão e na historia da onça apresentada pelo encarregado. 

Era costume visitar a fazenda sempre nos dias de sábado ou Domingo, mas um dia, num feriado municipal, me deu a veneta e fui de surpresa. Chegando lá encontrei o maior vazio, silencio incomum, só os meninos brincando na sombra de uma baraúna que ficava em frente á casa. 

Dirigi-me ao filho mais velho de apenas seis anos de idade: Por aqui está tudo bem? Ele respondeu com a maior candura: tá, pai matou um “bodim” e, foi mais mãe vender o couro na rua! 

Pode ter Inocência maior.

Netos - Por Rachel de Queiroz.

Netos são como heranças. Você ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso. De repente, lhe caem do céu. O neto é, realmente, o sangue do seu sangue, filho do filho, mesmo. " Os netos são filhos com acuçar".
Cinquenta anos, cinquenta e cinco. Você sente, obscuramente, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe encomda envelhecer, é claro, a velhice tem suas alegrias, as suas compensações. Todos dizem isso, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto, mas acredita. Todavia, obscuramente, sente que, as vezes, lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Do tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que tem sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas criancinhas.
Sem dores, sem choros. Aquela criancinha da qual você morria de saudades, chega. Símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um filho seu que lhe é devolvido. E o que é espantoso é que, todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagancia. Ao contrario causaria espanto, decepção, se você não acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado, no seu coração. Sim tenho certeza de que a vida nos dá netos para nos compensar de todas as perdas trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vem ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. É quando vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre o olho e diz: Vó, que seu coração estala de felicidade, como pão no forno.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Monarquia e república - Por Antônio Morais.


Não é necessário ser um estudioso da história, ser um grande filósofo, ter doutorado e mestrado em sociologia ou outra ciência qualquer, basta ser um mero observador, qualquer leigo percebe as virtudes da Monarquia e os malefícios da república.

Na Monarquia o monarca tem a preocupação de conduzir uma pátria independente, livre de vícios, povo educado, altaneiro, altivo e cristão. Oferecendo-lhe uma boa saúde e segurança, um pais honrado e respeitado no mundo, porque sabe que é esta a verdadeira herança que deixará para os seus filhos. 

Que pai gostaria de deixar uma nação desorganizada, decadente e destroçada, com um povo pobre, endividado e desempregado para o seu filho governar? Que pai gostaria de entregar para o seu filho o Brasil atual? Certamente nenhum.


Na república o puder é transitório, passa, acaba e, assim  quando um pilantra se elege e assume o puder trata de governar em seu favor, de sua família e de seus amigos. É o que se ver, hoje em dia, na republiqueta do Brasil do PT. Todo dia a imprensa divulga escândalos, ladroagens e roubos relacionados presidente, sua família e amigos. 

Os jornais, rádio e televisão já não encontram tempo nem colunas para divulgarem outras noticias que não sejam crimes de lesa pátria. O presidente Luís Inácio, por exemplo, entrou pobre num pais rico e saiu rico de um pais pobre. 

Embora essa tese não possa ser atribuída a todos os presidente, a grande maioria honraram e dignificaram seus mandatos. A desordem, a imoralidade e a pilantragem é exclusividade do PT.

domingo, 24 de julho de 2016

Um legado de Dilma – o demolidor - Editorial do Estadão


“O cinismo e a hipocrisia dos depoimentos prestados em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, pelo marqueteiro oficial trouxe a público aquilo que todo mundo sempre soube e doravante a honesta Dilma não poderá continuar negando… Usou de dinheiro sujo para fraudar a eleição que ganhou de forma desonesta e criminosa”

“Os marqueteiros não deixam dúvidas: a corrupção faz parte do catastrófico legado da petista…

A ironia é irresistível: como é que esse pessoal tem coragem de fazer isso com uma mulher honesta? Essa deve ser a pergunta que estão fazendo os estupefatos brasileiros que tomaram conhecimento da surpreendente revelação de que havia caixa 2 nas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff. É inacreditável, porque Dilma, a honesta, e o PT não se cansam de repetir que todos os recursos financeiros que passam por suas campanhas eleitorais são “recebidos na forma da lei e registrados na Justiça Eleitoral”. Mas a fonte é insuspeita: o marqueteiro João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, que acham tudo isso muito feio, mas confessaram ao juiz Sérgio Moro que tiveram que fazer o que fizeram porque, senão, “vem outro e faz”. Não por coincidência, é assim que pensam também os políticos gananciosos, bem como os maus empresários que antes preferem competir à margem da lei, pelo atalho da corrupção, do que pelo aumento da qualidade e a redução dos custos e dos preços de seus produtos e serviços.

O cinismo e a hipocrisia dos depoimentos prestados em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, pelo marqueteiro oficial das últimas campanhas presidenciais do PT e por sua companheira e cúmplice, ao trazerem a público aquilo que todo mundo sempre soube e doravante a honesta Dilma não poderá continuar negando, evidenciam a completa deterioração dos padrões de moralidade naquilo que a política tem de mais vital: o jogo eleitoral. Não se pode dizer, numa República que teve suas primeiras décadas marcadas pela ampla manipulação do resultado das urnas, que a fraude eleitoral seja uma novidade. Mas há pouco mais de 35 anos entrou em cena um partido que, apresentando-se como dono da verdade e da virtude, logrou tornar-se a mais importante força política graças à anunciada disposição de lutar “contra tudo isso que está aí”.

Pois é exatamente esse, o Partido dos Trabalhadores, que aliado ao que há de pior na vida pública e privada – do coronelismo nordestino ao banditismo sindical e empresarial – cometeu um escandaloso estelionato eleitoral em 2014. Por força do exagero da sede com que foi ao pote, o PT acabou prestando à democracia brasileira o favor de facilitar a tarefa das investigações policiais que lancetaram o tumor da corrupção e deixaram vazar a secreção pútrida das práticas mentirosas e ilegais das campanhas eleitorais.

Se permanecesse fiel a suas promessas de moralizar a política, o PT poderia ter usado o grande poder político de que por algum tempo dispôs para pelo menos minimizar as práticas criminosas que comprometem a lisura das urnas. Em vez disso, as campanhas eleitorais se tornaram cada vez mais caras e contaminadas por práticas ilegais, como admitiu João Santana em seu depoimento ao juiz Moro: “Acho que é preciso rasgar o véu da hipocrisia que cobre as relações políticas eleitorais no Brasil e no mundo”.

Mônica Moura, que era responsável pela administração financeira da dupla, admitiu ter recebido, “como caixa 2, mesmo”, US$ 4,5 milhões relativos à campanha presidencial de 2010. E explicou: “Os partidos não querem declarar o valor real que recebem das empresas e as empresas não querem declarar o quanto doam. Ficamos no meio disso. Não era uma opção minha, mas uma prática não só do PT, mas de todos os partidos”.

O casal tentou fazer crer que não contou nada no interrogatório que se seguiu à prisão, no início do ano, porque tinha a intenção de preservar a imagem de Dilma Rousseff: “Eu achava que isso poderia prejudicar a presidente Dilma”, afirmou o publicitário. “Eu que ajudei, de certa maneira, a eleição dela, não seria a pessoa que iria destruir a presidente.” Mônica Moura acrescentou: “Para ser sincera, eu não quis incriminá-la, porque achava que ia piorar a situação. Queria apenas me poupar de piorar a situação”. Pelo jeito, nenhum dos dois entende que haja agora alguma maneira de impedir que a “situação” de Dilma piore.

Os marqueteiros de Dilma não deixam dúvidas: a corrupção faz parte do catastrófico legado dela.”

A morte de Stalin, a vitória de Deus

O texto abaixo foi extraído do depoimento de Svetlana Aleluievna, filha do ditador Josef Stalin, e consta no livro "Vinte Cartas e um Amigo", transcrito das “Notas e Informações" de "O Estado de São Paulo", de 4 de março de 1973.  Nela, constata-se que Stalin morreu longe da graça de Deus. A vida dele foi a de um ateu e de um propugnador do ateísmo. De um homem que, ainda que se às ocultas acreditasse em Deus, de tal maneira ofendeu o Criador, que é de se presumir que tenha caído no pecado do desespero, ou no pecado da negação da existência de Deus. Confira o texto da filha de Stalin:

“A respiração fazia-se cada vez mais ofegante. Nas últimas doze horas tornou-se claro que a fome de oxigênio crescia. A face escurecia e se alterava gradualmente; seus traços se tornavam irreconhecíveis, os lábios tornavam-se negros. Na última hora, ou nas últimas duas, ele simplesmente se foi sufocando. Agonia espantosa! Um homem era estrangulado sob os olhares de todos.
Em dado momento – não sei se foi realmente assim, ou se assim me pareceu, evidentemente já no último minuto, de repente, ele abriu os olhos e os voltou para todos aqueles que estavam em sua volta. Foi um olhar terrível! Talvez louco, talvez furibundo e cheio de terror, diante da morte e diante dos rostos desconhecidos dos médicos que se inclinavam ante ele.
E o seu olhar passeou sobre todos durante certa fração de minuto. E a esta altura – foi uma coisa incompreensível e horrível, que até hoje não entendo, mas não posso esquecer – a esta altura ele ergueu improvisamente para o alto o braço esquerdo, que não estava paralisado, e com ele apontou para o alto, ou talvez nos ameaçou a todos. O gesto permaneceu incompreensível, mas foi cheio de ameaça e não se sabe a quem se dirigia. No instante seguinte, a alma, feito o último esforço, se destacou do corpo".

Para uma pessoa que sabe interpretar essas cenas com os olhos da fé, uma só coisa constata como epílogo: a vitória de Deus!
Fonte: Revista “Catolicismo”.

Balaio de gato - Por Antônio Morais


Na minha modesta avaliação está muito cedo para se fazer um diagnóstico da situação politica. Acho prematuro, carece que esperemos  as definições das alianças. Não passa de adivinhação prever qualquer previsão com esse  balaio de gato, esse samba do crioulo doido que se transformou  a politica local.

Há poucos dias, um  conhecedor profundo da atividade previu que teríamos varias candidaturas em virtude da abertura partidária vigente. Fiz um comentário  contrariando esse raciocínio porque conheço o sistema de barganhas. Tudo indica que estamos caminhando  para  duas candidaturas.

Não sou politico,  não sou filiado a nenhum partido, nunca tive predileção por líder algum, sempre procurei o que é melhor para a cidade. Por sorte nunca votei em quem perdeu. Votei errado mais de uma vez inclusive da última.

Cidade pequena existem dois lados, que como a água e o óleo não se misturam. Peço permissão para contar uma historinha da eleição de 1976. Os candidatos - Dr. Pedro Sátiro e José Carlos de Alencar. 

Dr. Pedro, medico, ex-prefeito, experiente e empreendedor. José Carlos de Alencar, um agricultor  honrado, honesto, trabalhador, más, fazendo-se um comparativo para o exercício de prefeito há de se convir que  a diferença estava as vistas. Porém,  não foi fácil vencer, foi uma eleição trabalhosa e muito cara. 

Sabe porque, porque nossa gente tem lado independente de quem seja o candidato. José  Bastião do Sanharol falou para Dr. Pedro : Compadre, eu queria muito votar com você, mas, Raimundo Pretinho vota eu não voto. O Lado de José Bastião era o que Raimundo Pretinho não estivesse. Entendeu?

80% do eleitorado se coloca nessa faixa, os 20% restantes é quem decide, acompanha a grana, quem souber  aplicar melhor leva. 

sábado, 23 de julho de 2016

Mentira tem perna curta - Por Edison Vicentini Barroso, magistrado e cidadão brasileiro.

Lula fez escola, na qual Dilma Rousseff realizou curso intensivo. Mestre em negar algo saber, quando conveniente, ao que parece, a aluna querida lhe seguiu os passos.  

Dilma sempre negou recebimento de caixa dois, a chamada propina. Segundo ela, o dinheiro injetado em suas campanhas presidenciais foi inteiramente limpo. Como o professor, notabilizou-se por se dizer honesta – nada havendo a comprometê-la.  

Há fato novo. O publicitário João Santana e a mulher, Mônica Moura, ele na condição de marqueteiro das campanhas de Dilma, admitiram ao juiz federal Sergio Moro recebimento de dinheiro de caixa dois para a campanha eleitoral de 2010, num total de 4,5 milhões de dólares – cerca de 15 milhões de reais. 

Era dívida de serviço prestado. Cobrado, o PT não pagou. Em 2013, o então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, lhes disse que a quitaria. Orientou Mônica a procurar Zwi Skornicki, que tinha negócios com a Petrobras e os pagaria. 

Ficou acertado que o débito seria saldado em dez parcelas, em conta não declarada no exterior – nove pagas. Há perspectiva de que Santana e a mulher façam acordo de delação premiada. 

Num primeiro momento, a assessoria de Dilma disse que não comentaria os depoimentos. Depois, ela afirmou não ter autorizado pagamento de caixa dois a ninguém. Se pago, o foi sem seu conhecimento – afiançou. 

Ninguém é tolo, o suficiente, para continuar caindo no conto do vigário. Sobretudo, depois do que se viu no Brasil. As ações do PT, Lula e Dilma não convencem da dita inocência nem a um colegial. Há limites para tudo. Até mesmo para a surrada artimanha de a tudo negar, contra todas as evidências. 

Aqui se fala em tendência, pois se está no Brasil. Pelo andar da carruagem, uma vez definitivamente afastada do cargo de presidente da República (caso o permitam os senhores senadores), perdido o foro privilegiado que ora a protege, Dilma tende a ver-se em palpos de aranha perante a Justiça aplicável a todos nós – simples mortais.  

Merecidamente, terá saído pela porta dos fundos da história recente do Brasil e haverá de entrar, possivelmente pela porta da frente, numa penitenciária – para prestar contas devidas de suas ações indevidas. Os crimes não são poucos, e não só aqueles mote do impeachment, pois existem os comuns, previstos no Código Penal brasileiro. Quiçá, seguirá seu mestre, ou por ele será seguida – aqui, a ordem dos fatores não altera o produto! 

Mentira jamais compensa, por ter perna curta. E chega o dia em que o mentiroso se enrola nas próprias pernas, pagando tributo ao rabo preso que ostenta – e sempre procurou ocultar. Pois, como já disse alguém que sabe da arte da dignidade de Vida, nada há que sempre permaneça oculto  se não venha a revelar.

Se a justiça divina não falha, a dos homens também não deve falhar – dando a cada um o merecido. E tempo há de vir, e não tarda, em que Lula e Dilma, professor e aluna, deixarão vazia a cátedra da estratégia escapista, do nada sei, para se encontrarem diante da inescapável verdade de si mesmos, não mais despercebidos da multidão de testemunhas que os cercam – então, sem o ar professoral do culto à ilusão, pressionados pela mão forte duma Justiça que não mais lhes admita o recurso à enganação. 

Aos poucos, a verdade aparece, qual sol refletido na imensidão, a revelar ao Brasil e aos brasileiros a face desnuda de pseudo-heróis. Hoje, sob a luz da verdade a lhos mostrar quais de fato o são – dignos, quando muito, de compaixão. 

Lula e Dilma são autores de mentiras que trouxeram dor e desilusão, desgraça duma Nação. Mentiras feitas verdades, como recurso à estagnação. Ora substituídas pelas verdades que acalentam o coração, de pernas longas e fortes, quais promessas de redenção.  

O Brasil não quer mais saber de Dilma. Muito menos de Lula e do PT. Deu-se conta, enfim, de que mentira tem perna curta e só lho bota a perder! 

Breves notas - Postado por Antônio Morais


01 - A saída da Odebrecht - O Estadão:

Um dos três delatores ligados ao ‘banco da propina da Odebrecht’, o empresário Luiz Augusto França, afirmou que executivos da empreiteira sugeriram que, por causa das investigações da Operação Lava Jato, ele e seus sócios Vinícius Borin e Marco Bilinski saíssem do Brasil rumo a países que não tivessem Cooperação Internacional. 

Luiz Augusto França disse à força-tarefa da Lava Jato que a conversa começou com Fernando Migliaccio e continuou com Felipe Montoro, executivos da empreiteira."

Como não definir a Odebrecht uma organização criminosa?


02 - João Santana construiu e destruiu Dilma - POR MERVAL PEREIRA.

A declaração de João Santana, ao confessar ter recebido depósito de 4,5 milhões em conta no exterior na campanha de Dilma Rousseff de 2010, de que mentiu para não destruir a presidente foi a pior acusação que ela poderia ter recebido. 

Não adianta querer desmentir nem dizer que não deu autorização, porque ela é responsável pela campanha. O marqueteiro quis dizer que construiu artificialmente a eleição  e que se dissesse a verdade iria destruir a presidente.   

Em relação à campanha de 2014, Mônica Moura disse que vai falar sobre ela, mas em outro processo. Já está tudo muito evidente para se ficar discutindo sobre isso.


O lulopetismo colhe o que plantou – por Sílvio Natal (*)

E continua a “saga” de petistas às voltas com a Justiça. O Ministério Público Federal vem de apresentar denúncia contra o ex-presidente Lula, o ex-senador pelo PT Delcídio Amaral, o pecuarista José Carlos Bumlai e outros três da corriola, todos acusados de tentar atrapalhar a Operação Lava Jato. Caso seja aceita na Justiça Federal, Lula virará réu e ficará ainda mais enrolado do que já está. Em outro “front”, o casal de marqueteiros do PT João Santana-Mônica Moura, após confessar ter mentido em depoimento sobre a origem de suas receitas, admitiu ter recebido US$ 4,5 milhões numa conta na Suíça, pagos via caixa 2 da campanha de Dilma Rousseff, em 2010. 

Segundo Mônica, os depósitos foram feitos pelo doleiro Zwi Skornicki, indicado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, este também preso e já condenado a 15 anos de reclusão na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Contra todas as evidências, Dilma continua (ou continuava?) se dizendo muito “honesta” e jura que sempre fez tudo dentro da lei. Em São Paulo, o Ministério Público Estadual acaba de distribuir uma ação civil pública contra o prefeito Fernando Haddad (PT) por ter o alcaide consignado informação errada em sua agenda oficial com o único propósito de fazer uma “pegadinha” (!) com o comentarista Marco Antônio Villa, crítico de sua administração. 

O promotor de Justiça Nelson Sampaio de Andrade pede, na Justiça paulista, ressarcimento por prejuízos ao erário, a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos de Haddad por até cinco anos. Está ruço para o partido que um dia chegou a convencer os brasileiros de que, com ele, a esperança haveria de vencer o medo. 

(*) SILVIO NATAL – e-mail: silvionatal49@gmail.com

"Herança maldita": Petrobras aprova venda do controle da BR Distribuidora

Fonte: VEJA on line
Novo modelo prevê que o comprador seja majoritário no capital votante, mas que a petroleira mantenha a maioria do capital total
 Mudança no modelo de venda ocorreu depois de a Petrobras concluir que as três propostas que já havia recebido não atendiam a seus objetivos (Leo Correa/AP)
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta sexta-feira uma reformulação na busca de sócio para a BR Distribuidora, com o qual irá compartilhar o controle, como forma de facilitar a venda da distribuidora de combustíveis.
No modelo de venda, haverá uma estrutura societária que envolverá as classes de ações ordinárias e preferenciais, de forma que a Petrobras fique majoritária no capital total, mas com uma participação de 49% no capital votante.
A mudança acontece após a Petrobras concluir que as três propostas pela subsidiária não atendiam aos objetivos da empresa. Com isso, decidiu encerrar o processo competitivo que estava em curso e iniciar uma nova modalidade de venda.
O novo modelo de venda, segundo a companhia informou em comunicado, busca maximizar o valor do negócio de distribuição de combustíveis, atender os objetivos estratégicos da Petrobras e manter a operação integrada na cadeia do petróleo.
“Será condição para a conclusão da transação que questões estratégicas para a Petrobras estejam adequadamente refletidas na estrutura da parceria”, disse a empresa no comunicado.
O Conselho de Administração da empresa também aprovou uma reavaliação do projeto Comperj e da Refinaria Abreu e Lima.
(Com Reuters)

Em VEJA desta semana: É o fim! Dilma, sobre o impeachment: ‘Quero acabar logo com essa agonia’

A presidente afastada reconhece que não há mais nenhuma chance de retornar ao cargo e quer que o processo de impeachment termine logo
Por Daniel Pereira Laryssa Borges 
CLIMA DESFAVORÁVEL - O desabafo de Dilma Rousseff foi relatado pelo senador Renan Calheiros (Adriano Machado/Reuters)
Na terça-feira passada, Michel Temer ofereceu um jantar no Palácio do Jaburu aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia. Não havia uma pauta específica. O objetivo do presidente interino era mostrar à imprensa uma situação de harmonia entre os chefes do Executivo e do Legislativo, para contrastar com o clima beligerante no governo da presidente afastada Dilma Rousseff. Tudo correu conforme o planejado, com uma revelação inesperada. Renan Calheiros disse a Temer que a petista jogou a toalha e admitiu não ter mais chances de impedir a aprovação do impeachment no Senado. Segundo o relato do senador, Dilma desabafou nos seguintes termos: “Quero acabar logo com essa agonia”.

Calheiros é a expressão mais viva do que se pode chamar de “político de Brasília”. Isso significa que está sempre ao lado do poder. Há poucos meses, estava empenhado em desalojar Temer da poderosa presidência do PMDB e, se possível, deixá-lo distante da rampa do Palácio do Planalto. Foi um dos generais da batalha de Dilma para barrar o impeachment. Sendo um “político de Brasília”, Calheiros é um termômetro quase infalível para detectar a temperatura do poder. Se conversa em tom de confidência com Temer, por quem nunca nutriu grande simpatia, é sinal de que tem certeza de que Dilma não conseguirá recuperar o mandato.

A percepção do senador, no entanto, não é propriamente um privilégio. É difícil encontrar em Brasília, mesmo dentro do PT, alguém que acredite na volta de Dilma ao Palácio do Planalto, ainda que as pesquisas de opinião mostrem que mais de 60% do eleitorado prefere a convocação de novas eleições. A questão central é que Michel Temer, em apenas dois meses de interinidade, conseguiu plantar um clima de estabilidade na política e na economia, que favorece sua permanência no poder. Pelas contas do senador Romero Jucá (PMDB-RR), demitido do Planejamento por conspirar contra a Lava-Jato, 61 dos 81 senadores votarão a favor do impeachment. Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, aposta que o número pode chegar a 63 senadores, incluindo Calheiros.

É tamanha a confiança que Geddel Vieira Lima, o ministro encarregado de negociar com o Congresso, tirará nos próximos dias uma semana de férias. “A fatura está liquidada”, reza o mantra da hora no PMDB. Temer, por via das dúvidas, não descuida de usar a máquina pública para sacramentar sua vitória. De olho nas ruas, sancionou reajustes salariais para servidores públicos e anunciou a ampliação dos financiamentos da Caixa Econômica Federal para a compra de imóveis. Num aceno aos congressistas, vetou novos cortes no Orçamento da União e determinou que sejam nomeadas imediatamente as pessoas indicadas por deputados e senadores de sua base de apoio para ocupar cargos públicos. Na quarta-feira, o ministro Geddel Vieira Lima recebeu Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão do impeachment na Câmara, para sacramentar a distribuição de cargos federais em Goiás entre os parlamentares do estado.
Colaborou Marcelo Sakate
             

Dilma, tão honesta quanto Lula - Ricardo Noblat


A presidente Dilma Rousseff empenhou-se em seus cinco anos e poucos meses de governo em se distinguir de Lula em pelo menos uma coisa: ela sempre foi honesta. Nunca disse que Lula fora desonesto. Mas reafirmou sua honestidade todas as vezes que a de Lula foi posta em dúvida.

Pois bem: o depoimento ao juiz Sérgio Moro do marqueteiro da segunda campanha de Lula à presidência da República e das duas campanhas de Dilma, João Santana Filho, mostrou que a honestidade de Dilma em nada fica a dever à honestidade de Lula.

O que disse Lula quando perguntando sobre o mensalão em 2005? Que ele não sabia, não sabia mesmo que uma “sofisticada organização criminosa que tentou se apoderar do aparelho do Estado” pagava a deputados federais para que votassem como mandava o governo.

João Santana Filho, tão logo foi preso pela Lava-Jato, negou que tivesse recebido dinheiro no exterior pela campanha de Dilma em 2010. Atribuiu o que recebera a campanhas que fizera em outros países. Anteontem, finalmente, confessou que mentira. E que recebera dinheiro, sim.

Como Dilma reagiu? Primeiro, calou-se. Obrigada a comentar a comentar a confissão do marqueteiro, afirmou desconhecer que despesas de sua campanha haviam sido pagas no exterior. Não, nunca soubera. Certamente fora tão enganada como Lula no caso do mensalão.

Lula nomeou para Petrobras executivos que depois saquearam a empresa, pagaram propinas a políticos de vários partidos e desviaram dinheiro para o PT. Ele já disse que nada teve a ver com isso, que as nomeações se deveram a indicações feitas por partidos. É inocente, puro.

Se Lula nada teve a ver com isso, muito menos Dilma, como ela sempre fez questão de repetir. Os nomeados por Lula administraram a Petrobras enquanto Dilma foi ministra das Minas e Energia, presidente do Conselho de Administração da empresa e depois presidente da República.

Difícil acreditar que tivemos dois presidentes seguidos que ignoravam completamente que se passava ao seu redor. Que jamais ouviram falar em pagamentos ilegais feitos no exterior ao responsável por suas campanhas. Tampouco ouviram falar do assalto à Petrobras.

A ser verdade o que disseram deveriam ser punidos por improbidade administrativa, irresponsabilidade e desleixo. Somente crianças e índios são inimputáveis. Presidente da República não é.