Com a prisão de Paulo Ferreira pela Operação Custo Brasil, reiterada pela Operação Abismo, todos os ocupantes do cargo de tesoureiro do PT nos últimos tempos estão devidamente encaminhados ao ‘xilindró’.
É evidente que tal fato não é uma mera coincidência.
Pelo contrário, não restam mais dúvidas de que o PT instrumentalizou a sigla para arrecadar dinheiro de toda a ordem para financiar suas campanhas políticas e enriquecer os seus dirigentes.
O ex-tesoureiro é suspeito de participar de um esquema com empréstimos consignados que teria desviado mais de R$ 100 milhões do Ministério do Planejamento. A operação também prendeu o ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo (PT-PR).
Ferreira foi o sucessor de Delúbio Soares na tesouraria do PT e antecessor de João Vaccari Neto. Ocupou o cargo entre 2005 e 2010.
Depois de entregar a tesouraria do partido a Vaccari, concorreu a deputado federal, em 2010, em seu estado natal, o Rio Grande do Sul. Ficou como suplente, mas assumiu a cadeira entre 2012 e 2014. Na eleição seguinte, voltou a ser suplente, porém não tomou posse. Nos últimos anos, exerceu cargos de confiança na Câmara ligados ao PT. É casado com a ex-ministra Teresa Campelo.
É mais uma página da obscura trajetória petista que poderá ter novas e significativas revelações, mas que representa sem dúvida a maior traição do partido contra o trabalhador, vez que o PT, de acordo com o que está sendo investigado pelo Operação Custo Brasil, arregimentou um esquema que lesava o trabalhador silenciosamente e diretamente no holerite.
E nesta segunda-feira (4) Paulo Ferreira cai direto no 'abismo'. É mais uma prisão preventiva decretada, desta feita pelo juiz Sérgio Moro.
Menos topetudo que Vaccari, há quem diga que Ferreira não aguenta o tranco. Será o primeiro tesoureiro petista a abrir a boca e entregar a 'cambada'.
Escolhas a capricho. Mesma índole e mesmo caráter.
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