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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Eu sou admirador de Jair Messias Bolsonaro – escrito e postado por Armando Lopes Rafael

 

   Quando se fala no Presidente Bolsonaro só se escolhem duas opções para julgá-lo: há os que o amam e há os que o odeiam. Sou uma exceção. Não odeio nem amo Bolsonaro. Mas o admiro profundamente. Nunca fui daqueles que gritaram “mito” por onde ele passava. Eu apenas admiro Bolsonaro.

   Ele teve uma longa vida política totalmente limpa. Durante 4 (quatro) anos, nos quais governou o Brasil, seus inimigos e algozes – e a velha mídia decadente e desacreditada – fizeram um verdadeiro “linchamento moral” contra a inquestionável dignidade e honestidade dele.  O normal era chama-lo de “genocida”, “canibal”, “pedófilo” ... Mas metade da população brasileira nunca se deixou conduzir pela maledicência dessa gente. Bolsonaro tem uma vida limpa. É sincero. Leal. Não tem falsidades, nem currículo de chefe de quadrilha, de ter sido condenado por corrupção, de ser um analfabeto formal, mentiroso ou demagogo.

    Como escreveu o jornalista Sérgio Lima: “pode até ter uma boca suja, às vezes, mas as mãos não estão manchadas. E quem disse isso foi o cardeal do mensalão, o implacável ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, que elogiou Bolsonaro. Quem disse isso foi o cardeal do Petrolão, o implacável ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que também o elogiou”. 

   Ontem quando vi a massa ignara festejando, tresloucadamente, a derrota apertada que ele sofreu, veio-me à mente o que está escrito no Evangelho de Mateus 27:21: 

“E Pôncio Pilatos perguntou à multidão: Qual destes dois quereis vós que eu liberte: Jesus Cristo ou Barrabás? E o povo respondeu: Barrabás, o ladrão”. 

        Dois mil anos se passaram e o povo continua escolhendo o mesmo...

A imagem sagrada da Virgem da Penha -- por Armando Lopes Rafael

 

   Desde os primórdios da Igreja Católica, imagens da Santíssima Virgem Maria, esculpidas ou pintadas, são veneradas pelos fiéis. Essas imagens exprimem um modelo perfeito de confiança em Deus. Afinal, Nossa Senhora nos foi dada pelo próprio Deus, como uma Mãe misericordiosa e intercessora dos nossos pedidos junto ao Criador. Ininterruptamente, Maria roga por nós e nos socorre nas nossas necessidades.

   A exemplo de milhares de outras comunidades cristãs, espalhadas pelo mundo, as quais têm a Virgem Maria como padroeira, Crato também surgiu – por volta de 1740 – aureolado como fruto da devoção à Mãe do Cristo Jesus.  Um frade capuchinho, Frei Carlos Maria de Ferrara, construiu uma capelinha de taipa, coberta de palhas, e dedicou-a à Nossa Senhora da Penha. De lá para cá, e lá se vão 282 anos, três imagens da Santíssima Virgem foram veneradas como Padroeira desta cidade. Todas as três encontram-se em excelente estado de conservação. 

   A atual imagem, a que está no altar central da nossa Catedral – chamada pelo povo de Imperatriz e Padroeira de Crato e da Diocese –. foi adquirida pelo primeiro bispo de Crato, Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva.  Aqui, foi recepcionada, pela população da cidade, em 1921. Mons. Rubens Gondim Lóssio escreveu que ela “foi adquirida na Europa”. Entretanto, está gravado na base da estátua: “Luneta de Ouro, Rio, 1920”, comprovando que a imagem foi adquirida através da famosa loja de esculturas religiosas localizada, à época, na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro.

       Sobre essa imagem, esculpida em madeira e medindo cerca de 1,80m., escreveu Monsenhor Rubens:

 “De tamanho bem maior que o natural, em atitude de quem aparece para defender o pastorzinho Simão, prosternado ao lado direito, enquanto o temível crocodilo se arrasta à esquerda, o vulto impressionante tem uma beleza encantadora. Trazida com dificuldades até esta Cidade Episcopal, teve a Imagem festiva recepção, em 1921, quando o povo acorreu ao seu encontro, na estrada do Buriti, onde se congregaram cerca de 32 zabumbas. Todavia, continuou ela guardada, até que, preparada a mentalidade do povo e feita a reforma da Capela-Mor (da catedral) por Dom Francisco de Assis Pires (segundo Bispo de Crato), colocaram-na no altivo e gracioso nicho de onde preside às funções do Culto e aos destinos do Crato. No dia 1º de setembro de 1938, foi-lhe dada a bênção do Ritual e, a partir de então, não tem ela cessado de conceder a todos as maiores graças e as melhores bênçãos”. 

    Em 2006, devido aos trabalhos de conservação efetuados no interior da Catedral a imagem de Nossa Senhora da Penha foi retirada – pela primeira vez – do alto do nicho, no qual estava desde 1938. Esse acontecimento levou muita gente à Catedral, na manhã de uma segunda-feira, 03 de julho daquele ano. Entretanto, após a descida da imagem, uma surpresa: constatou-se a existência de várias rachaduras na escultura. Coube a restauradora italiana Maria Gabriella Federico fazer os trabalhos do restauro. 

    Depois de restaurada, a imagem de Nossa Senhora da Penha voltou ao seu nicho. E lá permanece, onde escuta, todos os dias, as súplicas filiais dos seus devotos, que veem nela uma fonte inesgotável de confiança. Afinal, Ela é a Mãe de Deus e também é a nossa Mãe.    

As besteiras desnecessárias que Bolsonaro fez - Por Antônio Morais.

Por que Bolsonaro perdeu a eleição e os seus partidários se elegeram! Eleito em 2018 apropriando-se do legado da Lava Jato, uma vez eleito, fez tudo o contrário do prometido. 

Destruiu todas as ferramentas de combate a corrupção existentes no pais e destruiu os recursos humanos, os homens de coragem, juiz e promotores destemidos e corajosos. "Não vou permitir que f... a minha família e os meus amigos"! Essa significativa expressão é sua e ficará na história.

Não teve a postura e liturgia do cargo em nenhum momento. Debochou dos doentes da pandemia desnecessariamente, essa pequena diferença de votos na eleição ele perdeu no dia que imitou um paciente sufocado por falta de oxigênio,  quando disse que não era coveiro, quando apresentado o número de mortos  respondeu e daí! 

Quando  nos jardins do "Palácio" mostrava uma caixa de Cloroquina para as emas.

Insultou o judiciário com bravatas bestas e ameaças tolas que sabidamente não estavam ao seu alcance.

Votei pra ele em 2018, mas a partir da posse vinha observando suas bobagens, e desta feita me abstive de votar. 

Na duvida  do que era pior para o Brasil não fui cúmplice do futuro presidente.

Jogou fora um mandato bestamente. 

A agenda oficial diária do presidente Jair Bolsonaro era:

Pela manhã falar muita bobagem!

A tarde negar que falou bobagem!

A noite explicar a bobagem que fez!

Postura e liturgia do cargo zero!

Se prepare - Por Antônio Morais.

Para saber o que Lula vai fazer no Palácio do Planalto, basta ver os abusos cometidos no TCU contra Sérgio Moro e os promotores da Lava Jato: Eles antecipam o revanchismo golpista do futuro governo.

Se o bolsonarismo tirou os quadrilheiros da cadeia, o lulismo promete completar a desforra perseguindo arbitrariamente o pessoalzinho que ousou condenar corruptos e corruptores. 

Uma parte da imprensa também vai penar, embora  pouca gente do setor não já seja vendida e não  esteja  com o Lula.

Bem feito - Por Antônio Morais.

ACM Neto, muito bem avaliado nas pesquisas, para não afrontar o Lula fez o que pode para impedir uma candidatura do Sérgio Moro que aparecia com 12% nas pesquisas. 

Se dependesse dele Moro também não tinha sido candidato ao senado pelo Paraná.

Deu errado, entrou água no negócio. O Nanico da Bahia dançou bonito. Tem um velho ditado que diz : Tudo que você fizer para prejudicar os outros volta para você.

O ANO QUE NÃO DEVIA TER TERMINADO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Eu devia ter estacionado em 1962, um ano que não devia ter terminado.

Tinha 14 anos de idade, morava no Crato, o Brasil era bicampeão do Mundo, Garrincha entortava seus marcadores e estava perdidamente apaixonado pelo futebol.

Curiava as rádios Educadora e Araripe, assistia filmes nos cines Cassino e Moderno, comprava, toda segunda-feira, no Café Líder, de seu Orestes, os jornais O Globo e Última Hora.

Afora a música nordestina de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Ary Lobo, Marinês e sua gente, experimentava o som do rock brasileiro de Sérgio Murilo, Carlos Gonzaga, Celly e Tony Campello, bem antes de Roberto Carlos e sua trupe.

A Bossa Nova entrava nos meus ouvidos muito vagamente, reconheço.

O futebol "de campo" do Crato era da melhor qualidade e fazia desfilar Laudemiro, Anduiá, Panquela, Idaril, Bebeto, Binda e outros craques.

Apesar da precariedade das comunicações, aquele 1962 era bom demais.

O Mundo fervilhava de novidades.

A nossa vida era de menino das ruas e dos amigos. De  aluno relapso do Colégio Diocesano.

Das peladas nos campos do Cariri e Sport, das subidas do Lameiro e dos banhos da Nascente.

E com um detalhe: o golpe militar ainda não tinha acontecido.

Era bom. Era bom, demais.

domingo, 30 de outubro de 2022

Crônica do domingo - Por Armando Lopes Rafael.

As duas últimas fotos de Dom Vicente Matos, tiradas no dia que ele deixou a cidade de Crato. 



      O dia era 11 de junho de 1992.

      Naquela data, Dom Vicente de Paulo Araújo Matos completou 74 anos de idade. Há 37 anos residia em Crato. Primeiro, foi Bispo-Auxiliar (de 1955 a 1959). Depois, com a renúncia de Dom Francisco de Assis Pires, Dom Vicente foi  Administrador Diocesano (1959 a 1960) ou Vigário Capitular, como se chamava à época; De 22 de janeiro de 1961 (quando foi nomeado Bispo Diocesano) até 1º de junho de 1992 (quando renunciou ao bispado por problemas de saúde) foi o 3º Bispo de Crato. Depois da renúncia, ainda permaneceu em Crato até 11 de junho do mesmo mês, preparando o transporte dos seus objetos pessoais para levá-los a Fortaleza, onde fixou residência até sua morte, ocorrida em 06 de dezembro de 1998.

      Voltemos à manhã do dia 11 de junho de 1992. No alpendre do antigo Palácio Episcopal, área voltada para o grande quintal (onde hoje se ergue a Cúria Diocesana Bom Pastor), Dom Vicente Matos  (portando a vestimenta episcopal) recebeu poucas pessoas que foram se despedir dele. Depois, subiu pela última vez as escadas que davam ao seu quarto, localizado na parte superior da casa, vestiu um terno simples e iniciou sua viagem para Fortaleza.

        Como era do seu natural, Dom Vicente estava tranquilo, mas emocionado. Nos quase 600 quilômetros, que separam Crato de Fortaleza, ele deve ter rememorado os 37 longos anos vividos no Cariri. Onde continua a ser o maior benfeitor da região. Onde não deu um único passo que não fosse voltado para difundir o bem e a verdade. E onde recebeu muitas calúnias e ingratidões, as quais – por ser uma alma de escol e um homem superior – soube perdoar.

         Deus permitiu que o demônio tentasse joeirar a boa obra de Dom Vicente, igual ao trigo que, para ficar puro, tem de ser joeirado.  O sofrimento que os algozes de Dom Vicente lhe impingiram, serviu para que o terceiro Bispo de Crato se santificasse. E como “O tempo é o Senhor da razão”, hoje está sendo construída a maior avenida de Crato, a qual,  partindo do bairro Mirandão, e terminando no monumento de Nossa Senhora de Fátima, foi denominada oficialmente de Avenida Dom Vicente de Paulo Araújo Matos.

(*) Essas 2 fotos foram feitas pelo Prof. Paulo Tasso Teixeira Mendes, hoje residente em João Pessoa (PB).

Postado por Armando Lopes Rafael

Antonio Aureliano Chaves de Mendonça - Por Antônio Morais


O mais grave não é a censura em si, mas a maneira como é feita. O primeiro cuidado do homem deve ser evitar as censuras do seu próprio. 

Quem não ouve com paciência não decide com precisão. As palavras só nos pertencem  até serem proferidas. A confiança é um tecido que não aceita remendos.

52 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.

CERTAMENTE SEU PROFESSOR DE HISTÓRIA NÃO TE ENSINOU ISSO NA ESCOLA.

Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris. A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel. A família imperial não tinha escravos. 

Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família. D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. 

D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente. A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil. 

D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes. D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga. 

Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época. Na casa de veraneio em Petrópolis, 

Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los. Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista. 

sábado, 29 de outubro de 2022

Sobre o debate - Por Antônio Morais.

Para defender a minha verdade começo por respeitar a verdade alheia.  Sobre o debate é uma vergonha saber que um pais  tão  rico, grande  e bonito como o Brasil será entregue  a  um desses pilantras. Uma lásmita.

Bolsonaro  disse que gostou. Na verdade ele teve um mérito não permitiu  que  Lula  cagasse goma, contasse vantagem e mentisse o tempo todo com o seu discurso piedoso, mentiroso e chorão.

Lula disse que não gostou. É claro que ele não poderia gostar de falar da corrupção dos seus governos mais  sujos do que  poleiro de pato.  

Lula é corajoso, tem a cara de pau, sabe que no Brasil tem muita gente que  vai na sua lábia. Mas quando  falam na corrupção ele se treme  todo e foge, sai de perto. 

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Não fazemos nada - Por Carlos Fernando dos Santos Lima.

Soltam deputados presos, e nós não fazemos nada. Criminalizam policiais, procuradores e juízes que trabalham, e nós não fazemos nada.

Destroem projetos contra a corrupção, e nós não fazemos nada. Abrem inquérito para afastar fiscais que os investigam, e nós não fazemos nada. Por isso unem-se glutões que são, em banquetes noturnos e secretos, rindo de nós.

O próximo passo é tirar milhares de condenados da cadeia. Traficantes, milicianos, corruptos e assaltantes soltos, por acreditarem que não faremos nada.

Ao final, comandados por um desses condenados, tomarão conta definitivamente do pais porque homens de bem definitivamente não fizeram nada, e não terão mais como fazer. 

"PT está preso há 40 anos na mesma pessoa", diz Tarcísio - Por O Antagonista.

 

Tarcísio de Freitas atacou Fernando Haddad ao dizer que a política do PT é velha e está há 40 anos com a mesma pessoa, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato bolsonarista lembrou de todos os petistas que foram presos. 

“A gente vê um partido que está preso há 40 anos na mesma pessoa. E quando a gente vai pegar quem fez parte, que foram as lideranças nos últimos anos a gente vai ver lá José Dirceu preso, Vaccari preso, Palocci preso, o próprio candidato a presidente preso“, disse Tarcísio. “Essa é a diferença de uma linha que foi bem sucedida contra uma linha que foi mal sucedida. Por isso que eu acredito, Haddad, na linha do progresso, na linha da prosperidade, linha da livre iniciativa, do trabalho, do capital privado, na linha que vai gerar emprego e renda para as pessoas.”

Fernando Haddad retrucou e disse que não seria correto falar de pessoas que não estão ali para se defender. 

“Eu vou falar um parênteses aqui, eu não quero falar disso, mas a gente está aqui para tratar de propostas não para fazer esse tipo de coisas contra pessoas que não estão aqui para se defender. Mas você também escolheu Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto, você fez as suas escolhas. Vamos com calma aí que você está falando de uma pessoa que tem história e é honrada.“

51 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.

 

Durante uma viagem aos Estados Unidos em 1876, Dom Pedro II passou de trem por território indígena a caminho da cidade de São Francisco. Notou a grande quantidade de tendas e índios a cavalo pelo caminho: “Passei por territórios dos temíveis peles vermelhas, plum-creek, sioux, cheyennes e arapahoes, agressivos e temíveis”. Anotou o Imperador em seu diário.

Para a surpresa de todos a Locomotiva que levava o Ilustre monarca foi forçada a parar no meio do caminho, por um grupo de índios da tribo sioux a cavalo: “invadiram o vagão do trem e o abordaram perguntando se era Dom Pedro II, disse que sim, apertou-lhe a mão e pediram que falasse com o Presidente Grant para pedir o fim da Guerra entre brancos e índios”. 

Logo após isso saíram do vagão.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Senador Sérgio Moro - Por Antônio Morais.

"Moro é uma figura que me causa pena, frase atribuída a Gilmar Mendes, no Antagonista".

Porque Moro iria causar pena? Moro é jovem, independente, corajoso, honesto, conhece o direito prá caramba, nunca teve amigos bandidos, não tem filhos corruptos, meteu na cadeia os maiores empresário da gatunagem do Brasil, os  políticos corruptos mais importantes da pátria, vai viver muito ainda, e, nesse tempo que lhe é devido e lhe resta, a população brasileira há de reconhecer seus méritos e seu valor.

Gilmar Mendes precisa mudar o conceito que faz do Sérgio Moro. Terá que conviver com o Senador da Republica Sérgio Moro pelo tempo que lhe resta como ministro do STF, pois ao completar 75 anos no dia 30 de Dezembro de 2030 sairá de cena, o ministro nomeado de favor pelo presidente mais corrupto da história do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.  

Sérgio Moro terá alguns dias de mandato a mais, deixará de ser senador da Republica Federativa do Brasil em Janeiro de 2031.

Gilmar Mendes deveria ter pena dele mesmo pelo conceito que fizeram a seu respeito o senador Kajuru no senado e os ministro Joaquim Barbosa e Luiz Roberto Barroso no pleno  do Supremo Tribunal Federal.  

50 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.

 


A indiferença com sistema por parte tanto do imperador quanto de sua filha permitiram que a descontente minoria republicana, formada principalmente por oficiais militares insubordinados e fazendeiros insatisfeitos com as medidas abolicionistas, ficasse audaciosa e de olho no centro do poder governamental. 

A abolição total da escravidão em maio de 1888 foi o golpe fatal para o Império do Brasil, a elite econômica e política do país, totalmente dependente da mão de obra cativa, debandou em peso para as facções republicanas e militares. O ano de 1889 seria decisivo.

Em 15 de novembro de 1889, o já conhecido golpe de Estado que instaurou a república destronou D. Pedro, seu governo e seu regime. O exílio e o posterior banimento foram uma humilhação desnecessária e uma afronta a sua dignidade. Ele aguentou estoicamente.

Pedro pode ser considerado um caso raríssimo de um chefe de estado que foi derrubado apesar de ser amado pela maioria esmagadora de seu povo, da admiração e aclamação internacional, de ter sido um instrumento fundamental em avançar grandes reformas sócio-econômicas de cunho liberal, de supervisionar durante um reinado de quase seis décadas uma época de incrível prosperidade e influência, e de ser considerado um governante altamente bem sucedido. 

A revolução republicana que substituiu o império levou a mais de um século de ditaduras e instabilidade política.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Do seriado “Coisas da ré–pública”

 

   Hoje faz 12 anos que o Brasil sofreu uma das maiores humilhações da sua história diplomática. O índio “cocaleiro” Evo Morales (que foi eleito e reeleito, várias vezes, para a presidência da república boliviana), sem nenhum constrangimento e com a omissão e cumplicidade do “presidente-operário” do Brasil, Lula da Silva, invadiu as instalações da Petrobrás em seu país. Apropriou-se do investimento brasileiro, acertado e oficializado em acordos diplomáticos e bilaterais, e – sem nada pagar àquela empresa – se apropriou (roubou, no popular) a refinaria da Petrobrás.

     Vivíamos os tempos do “petrolão”, de triste memória, que nos trouxe prejuízos de bilhões de dólares. A entrega da refinaria da Petrobrás à Bolívia, sem indenização alguma, foi apenas mais um episódio.

         O povo brasileiro não pode se esquecer do que fizeram esses dois pilantras...

terça-feira, 25 de outubro de 2022

49 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.

 

Cansado do reinado e sofrendo de doenças frequentes, o imperador retirou-se cada vez mais dos negócios do governo, frequentemente comportando-se como um espectador. 

Ele aboliu vários rituais relacionados com a Casa Imperial, como por exemplo o beija-mão em 1872 e a Guarda dos Arqueiros em 1877, "a guarda palaciana que trajava uniformes multicoloridos e portava alabardas". O Paço Imperial, onde o governo se reunia, foi praticamente abandonado assim como o Paço de São Cristóvão, agora desprovido de cortesãos. 

O diplomata austríaco, barão Joseph Alexander Hübner resumiu a situação em 1882: “ Encontro o Palácio de São Cristóvão como sempre. É o castelo encantado dos contos de fada. Uma sentinela à porta e fora disso nem viva alma. Erro só pelos corredores que circundam o pátio. Não encontro ninguém, mas ouço o tilintar dos garfos num quarto ao lado onde o Imperador janta só com a Imperatriz sem o seu séquito, que se compõe de uma dama e de um camareiro.” 

A pompa e os ritos foram descartados. Isso fez com que Pedro fosse visto como "um grande cidadão" na imaginação popular, porém ao mesmo tempo sua imagem como monarca, como um símbolo vivo e figura de autoridade, foi diminuída. A sociedade dava grande importância aos cerimoniais e costumes, mas o imperador descartou muito do simbolismo e aura que o sistema imperial possuía.

SOB O SOL DE VERÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Debaixo de uma temperatura canicular, os politicamente incomodados com a polarização vivem os últimos dias do fim dos aperreios.

Ou a continuação deles. Sempre se sabe.

Não deixa de ser uma experiência mental ouvir discursos e debates que dão conta mais de traições do que planos seguros de governar.

Circunstâncias políticas que fazem e desfazem amizades. Trocam chumbo e, depois, se abraçam.

Devem ter chegado à conclusão de que o brasileiro gosta de odiar.

Grosseria e desmemória como temas do enredo.

Por que não "subsidiar" a campanha pelo poder com o afago do "inimigo"?

Qual o problema, se degenera?

E daí, se tudo ficar despedaçado sob o ponto de vista moral?

Dignidade passa longe desse terreno. O que vale é capturar o eleitorado.

O importante é que "o Mundo gire e a Lusitana rode”, como se dizia há cem anos atrás.

Fácil de falar, difícil de fazer. Ladainha que não vemos a hora de acabar.

Como disse o comunista Lênin: "Fora do poder tudo é ilusão."

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Não estou entendendo nada - Por Antonio Morais.


O estado de Minas Gerais sempre foi decisivo e muito influente nas eleições para presidente da república, no Brasil.

Políticos locais como Afonso Pena, Benedito Valadares, Milton Campos, Juscelino Kubstchetsk, Gustavo Capanema, José Maria Alckmin, Tancredo Neves, José Aparecido de Oliveira, Magalhães Pinto, Francelino Pereira, José Bonifácio de Andrada, Aureliano Chaves, Itamar Franco e tantos outros.

Estou vendo o Lula andando o estado acompanhado das senhoras Marina Silva e Simone Tebet. Uma do Acre e a outra do Mato Grosso.  Uma se elegeu deputada federal por São Paulo, a outra  sem mandato futuro, acaba de perder a vaga no senado.

De duas uma, ou o mundo politico está virado ou eu  não entendo mais nada.

Nas três últimas décadas - Por Republiqueta de meia pataca.

Nas ultimas três décadas os presidentes da república eleitos pela imensa vontade do povo não mereceram e não merecem o respeito de quem os elegeu. Nenhum deles teve a postura e a liturgia do cargo, nenhum foi honesto e todos se envolveram em lambanças, ladroagens de dinheiro público e desvio de condutas e costumes.

De Fernando Henrique Cardoso ao Jair Bolsonaro, passando  por Lula e Dilma, a história sustenta e mostra a vergonha que representam para o Brasil e para o mundo.

Em se tratando das primeiras damas, Dona Marisa Silva, a Dilma por si e por fim a Michelle Bolsonaro foram e são casos de denuncia pela imprensa,  verdadeiro  escárnio da pátria.

Salva-se com distinção e louvores, pela honradez, decência, caráter, formação superior e o espirito de humanidade Dona Ruth Cardoso.

Ruth Cardoso sim, merece o respeito e admiração dos brasileiros.  

ESQUECIMENTO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Esse causo vem do repertório do poeta Mundim do Vale.

Seu Herculano Honório, de Várzea Alegre, era um homem muito esquecido das coisas.

Saiu para a roça, conduzindo um guarda-chuva, pois estava neblinando.

No caminho, sentiu dor de barriga e desceu uma grota, para fazer o "serviço".

Pendurou o guarda-chuva em uma galha de jurema. Quando terminou, foi vestir a calça e bateu com a cabeça no objeto: "Eita! Esqueceram um guarda chuva aqui. Vou levar pra mim."

No movimento que fez, pisou no "barro" que lhe causou a dor de barriga: "Arre égua! Os ‘cabas’ já cagaram aqui."

Sérgio Moro é mais - Por Antônio Morais.

 

É difícil descobri a corrupção, quando descoberta, é difícil prová-la. Provada, é difícil que o processo não seja anulado. Não anulado, demora mais de década e prescreve. 

Não prescrito a pena é baixa e é indultada no Natal. Se sobra alguma pena e é aplicada a um poderoso, ele adoece e vai pra casa.

Deputado Federal Deltan Dallagnol.

48 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.

Em 1850, a morte prematura do Príncipe Pedro Afonso trouxe um golpe de realidade dura para seu pai, o Imperador D. Pedro II do Brasil. 

Para um homem do século XIX, ou melhor, um monarca do século XIX, era difícil crer numa sucessora mulher. A perda dos dois filhos varões em um curto espaço de tempo, segundo seus biógrafos, resignou Pedro II acerca da continuidade de seu império após sua morte. O fim era inevitável para ele, tanto para sua vida, tanto para o regime o qual encabeçava. Ele amava as filhas, isso é inegável. Isabel, na condição de herdeira, recebeu toda a instrução e educação possível para a época, afim de se preparar para uma sucessão que jamais viria. Uma soberana, apesar de constitucionalmente permitida, era considerada inaceitável tanto para Pedro quanto para aqueles no poder. A questão foi ignorada durante décadas enquanto o país progredia e o imperador mantinha boa saúde.

Em 1864 estoura a Guerra do Paraguai. O maior conflito armado abaixo da linha do Equador naqueles anos, atrás apenas da Guerra da Secessão estadunidense. Em seus 58 anos de reinado, seria o apogeu de sua popularidade e também, o início de seu fim.

A guerra se mostrou longa demais, cara demais e sangrenta demais. A obsessão de Pedro II em liquidar Solano Lopez mesmo depois de dizimado o exército paraguaio e capturada Assunção, legou para ele uma imagem desgastada. A briga que teve com o Duque de Caxias em 1869 deixou claro tudo isso. O saldo do conflito foram mais de 50 mil soldados brasileiros mortos e os custos da guerra foram equivalentes a onze vezes a receita anual do governo. Ainda, surge nesse momento, pela primeira vez em nossa história, a figura do exército como parte ativa da vida pública e o gosto dos militares pela política e pelo poder. Em 1871 surgiria o primeiro partido republicano do Império, bastante insignificante, mas uma semente preocupante quando germinada no seio de uma monarquia.

A partir do final de 1880, cartas entre Pedro e a Condessa de Barral, sua amiga e confidente, revelam um homem que se tornara cansado do mundo e cada vez mais com uma visão alienada e pessimista.

A saúde do Imperador começou a piorar a partir de 1881, D. Pedro contava com apenas 56 anos mas seu envelhecimento era nítido. Ele estava cansado, doente e enfadado e gradualmente começou a se afastar dos assuntos públicos. Mesmo cansado de estar preso a um trono que duvidava que sobrevivesse após sua morte, ele perseverou por responsabilidade e também porque não parecia existir alternativa imediata. Porém, tanto Pedro quanto Isabel eram amados pelo povo, que apoiava o regime. 

Que se preserve - Por Antônio Morais


Um presidente da republica, eleito ou no cargo, não pode e nem deve sair dando entrevistas em toda esquina ou parada qualquer, para repórteres de meia pataca, vendidos e financiados, uns urubus, que não se sabe, ao certo, a serviço de quem estão.

Marque a entrevista, credencie os repórteres e responda as perguntas que convier. Quem fizer o contrário vai se expor, se aborrecer e se ferrar. A mídia brasileira só é conveniente quando o cachê já está acertado.

JK era um homem culto e sábio. Não dava entrevista nem fazia discurso de improviso. A primeira versão sobre um fato de seu governo não era dada  por ele. O seu auxiliar  José Maria Alckmim redigia os discursos,  apresentava a primeira justificativa dos fatos. Depois com a poeira baixa JK dava a versão final.

domingo, 23 de outubro de 2022

CLUBES BUSCAM INVESTIDORES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quando acompanhamos as milionárias e organizadas competições do futebol  europeu, somos tomados por um sentimento de inveja.

Os times são autênticas seleções, estruturados como empresas em máquinas de fazer dinheiro.

Nossos clubes ou uma parte deles entenderam que sonhar com o nível de espetáculo oferecido pelo futebol do Velho Mundo somente transformando as agremiações em sociedades anônimas.

Para isso, vão até o Oriente Médio em busca de xeiques, príncipes e fundos de investimento para serem os seus donos. Sabe-se de muitas reuniões.

Correm o perigo de se deparar com grana de origem duvidosa, porque se sabe, também, que as máquinas de lavar dinheiro no Mundo estão a pleno vapor.

Mas, vamos lá. Manchester City, New Castle e mais nove clubes têm donos. O PSG da França pertence ao governo do Qatar.

O Qatar, país sede da Copa do Mundo, é um regime feudal, autoritário, governado por uma família tribal, que impõe um sistema social que viola a dignidade das mulheres e dos trabalhadores estrangeiros.

Ah, mas o que importa feudo e outros incômodos a times, muitos deles sucateados, sequiosos pelo dinheiro? Não é mesmo ?

"O dinheiro é facilmente dobrável como dobra facilmente qualquer um". Millôr Fernandes.

sábado, 22 de outubro de 2022

47 - Era do Império, - Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


O dia que tentaram assassinar o D. Pedro II, 15 de Julho de 1889.

O Atentado de Julho foi um atentado sem sucesso contra a vida do imperador brasileiro, Pedro II do Brasil. O atentado ocorreu no dia 15 de julho de 1889, foi realizado na saída do imperador do concerto da violinista Giulietta Dionesi, no Rio de Janeiro. 
Enquanto saía, D. Pedro foi surpreendido por um jovem bem vestido que atirou contra a carruagem do imperador com gritos enaltecendo a república, porém, não conseguiu atingir o monarca brasileiro. O terrorista conseguiu fugir, porém, foi reconhecido e capturado pela polícia. 
O rapaz era Adriano Augusto do Valle, um republicano português.
O imperador, apesar do ocorrido, decidiu não levar o processo adiante, pois o objetivo do imperador era impedir uma grande repercussão do ocorrido e com isto, o movimento republicano ganhar mais moral e destaque, além, de impedir futuros atentados.

"Não existe qualquer convite", diz Bolsonaro sobre ministério para Moro - Por O Antagonista.

Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (21), que “não existe qualquer convite” para Sergio Moro assumir um ministério em um eventual segundo mandato.

A declaração foi dada em entrevista à CNN Brasil. O evento seria o segundo debate presidencial do segundo turno, mas Lula (PT) se ausentou.

“Não existe qualquer convite da minha parte e nem ele de querer voltar a ser ministro de qualquer lugar aqui”, disse Bolsonaro.

Sobre a reaproximação com o ex-ministro, o presidente disse que eles conversaram por telefone e que a iniciativa partiu de um “colega” não-identificado.

Bolsonaro disse que ele e Moro combinaram “deixar de lado qualquer equívoco ou rusgas” para “o bem do Brasil”.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

46 - Era do Império, por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


PEDRO II, o menino abandonado.

As cartas de dom Pedro II a seu pai depois da abdicação dele.

Meu querido pai e senhor. Quando me levantei e não achei Vossa Majestade Imperial e mamãe para lhes beijar a mão, não me podia consolar, nem posso, meu querido papai. Peço a Vossa Majestade Imperial que nunca se esqueça deste filho que sempre há de guardar obediência, respeito e amor ao melhor dos pais tão cedo perdido para seu filho.
Beijo respeitosamente as augustas mãos.

D. Pedro II começou a escrever essa carta originalmente a lápis, depois prosseguiu a tinta, mas chegou só até a palavra "beijar". Como ele explicou posteriormente em uma segunda carta ditada:

"Principiei a escrever a Sua Majestade Imperial pela minha própria letra, mas não pude acabar, entrei a chorar e a tremer-me a mão e não pude acabar. 

Remeto para prova da minha verdade o princípio que tenho feito. Eu todos os dias rogarei ao céu pelo melhor dos pais que, para minha desgraça, tão cedo me faz perder, sempre serei obediente filho e seguirei os ditames de meu Augusto Pai".

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Igreja - Por Dom Henrique Soares.

 

Nunca ame a igreja por causa da igreja. Eu não amo a igreja pela igreja. Se eu a amasse assim, já a teria deixado.

Eu amo a igreja por causa de Cristo, porque ela é de Cristo, Ele a fundou e está presente nela.

Dom Henrique Soares.

“Ele é conhecido como o ministro que mais soltou corruptos no Brasil” - Por o Antagonista.



O general Eduardo José Barbosa, presidente do Clube Militar, disse para o Valor que a fala de Gilmar Mendes sobre os militares é criminosa. E acrescentou: “Ele é conhecido como o ministro que mais soltou corruptos no Brasil”.

Sobre o fato de que um general ocupa o Ministério da Saúde, ele respondeu acusando o STF: “Dos 11 que tem lá, nove nunca foram nem juízes. Gilmar Mendes é um deles. Um, inclusive, era advogado de um partido político”.

Sim, Dias Toffoli foi advogado do PT, mas ele agora defende os interesses de Jair Bolsonaro.

Paidéguas e paiséguas - Por Osvaldo Alves de Sousa.


Meu pai, Jorge Lucas de Sousa, foi um cidadão probo, honrado e trabalhador. Com o suor diário de seu rosto de modesto marceneiro, educou todos os sete filhos, formando a maioria deles.

Foi bondoso e compreensivo, sem deixar de ser rígido na observação de suas ordens,  que eram cumpridas a risca, por todos nós.  O horário de chegada  a casa, a noite, era nove horas. Invariavelmente. Pois bem, certo dia resolvi ultrapassar os limites estabelecidos. Cheguei às dez. Com muita cautela, de mansinho, pude chegar a minha rede, de onde ouvi, minutos depois, a voz do meu pai: Sinhá, nome de minha santa mãe e suprema educadora, Osvaldo já chegou?  Já, respondeu com a doçura de mãe e a grandeza de protetora. 

A experiência do meu pai, entretanto, falou mais alto. O toque da bengala no chão rompia o silencia da noite e fez-me tremer de medo dentro  da rede. Ao aproximar-se, curvou-se de modo a alcançar com as mãos os meus sapatos, e sentenciou: " Chegou agora. Os sapatos estão quentes.

Os apelos de Dona Sinhá, coração de mãe e amor de santa, evitou que naquela noite eu fosse dormir com o couro quente, como os meus calçados.

Nove horas, hoje, é o momento de o jovem sair de casa, para voltar só Deus sabe o dia.

Foi época dos paidéguas. Tempo, agora, dos pais éguas, que somos nós, da geração moderna.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

TRE defere candidatura de Deltan Dallagnol - Por O Antagonista.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deferiu, por unanimidade, a candidatura de Deltan Dallagnol (foto) a deputado federal. Candidato mais votado pelo estado, com 344,9 mil votos, o ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato poderá ser diplomado e tomar posse como parlamentar em fevereiro do ano que vem.

“O TRE-PR fez justiça e confirmou por unanimidade minha candidatura, rechaçando todas as alegações infundadas que fizeram contra mim”, comemorou Deltan nas redes sociais. Os juízes da corte eleitoral estadual rejeitaram os pedidos de impugnação feitos pela coligação do PT e pelo PMN.

Os argumentos de que o ex-procurador estaria inelegível por responder a processo administrativo no Ministério Público, além de ter sido condenado pelo Tribunal de Contras da União (TCU), foram rejeitados pelo TRE paranaense.

Moro provoca Lula com perguntas ainda sem respostas - Redação O Antagonista.

Sérgio Moro (União Brasil, foto) foi ao Twitter na noite de ontem para lembrar de perguntas que não têm sido respondidas por Lula (PT) e integrantes de sua campanha. O ex-juiz, que foi eleito senador pelo Paraná e declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, escreveu:

“24 horas depois do debate de ontem, ainda não sabemos:

– Por que os Governos Lula/Alckmin não isolaram os líderes do PCC em presídios federais?

– Por que Lula nomeou e manteve por 8 anos Diretores corruptos na Petrobras?

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Venda do patrimônio de São Raimundo - Por Antônio Morais.

Em 1921, na gestão do Padre José Alves de Lima, foi vendido todo patrimônio de São Raimundo inclusive a Lagoa ao comerciante Dirceu de Carvalho Pimpim. Este fato causou a maior revolta entre os paroquianos surgindo então o primeiro foco de protestantes na cidade. 

As famílias Gino, Aniceto e Camilo da Vacaria, e Souza da Varzinha. O grande poeta Manuel Antonio da Varzinha fez um verso entitulado "Verso da venda do Patrimônio de São Raimundo". 

São 30 estrofes criticando a decisão do Padre Lima. Por pouco estes versos não se perderam na vala do esquecimento. 

O Blog do Antonio Morais salvou-os.


Leitores eu vou contar

Como anda o nosso mundo

Conto o primeiro capitulo

E depois conto o segundo

É coisa que intimida

Nunca visto em nossa vida

Foi questão com São Raimundo


Nosso mundo está perdido

Valei-me meu Santo António

Se assim acontecer

Fica o lugar tristonho

O tempo tudo descobre

São Raimundo fica pobre

Se vender o patrimônio


Nosso mundo está perdido

Só por causa do dinheiro

Os homens que se ordenam

São os mais interesseiros

Já querem tomar a pulso

Querem deixar sem recurso

Nosso santo padroeiro


Devemos viver a calma

Não se envolver na questão

Porque somos inocentes

Não sabem quem tem razão

Mesmo estamos ex-comungado

E pode ficar arriscado

Para nossa salvação


É certo que não faz medo

Esta triste excomunhão

Porque Deus só quer do homem

É um firme coração

Isto é palavra a toa

Que o padre amaldiçoa

E Jesus nos manda o perdão


Deus deixou padre no mundo

Para reger a doutrina

Ser zelador da igreja

Com a santa lei divina

Mas os padres do presente

Cada qual é mais valente

Com palavra libertina


O pobre tudo agüenta

O rico não se sujeita

E por esta causa e outra

Vivemos nesta peleja

A igreja não merece

Mas se o padre quisesse

Fazia a coisa direita


O povo que não entende

Calunia o pessoal

Diz que em Várzea-Alegre

Padre vem e se dar mal

Executemos a questão

Para ver quem tem razão

De onde vem o sinal


Deus deixou padre no mundo

Para reger a igreja

Deus não deixou ordem em padre

Para lutar com peleja

E depois se zangar

Subir para o altar

E falar tudo que deseja


É certo que protestante

Nesta terra ainda não tem

Por causa destes abusos

Aparecem mais de cem

E se o orgulho aumentar

E alguém quiser virar

Chame que viro também


Deus deixou padre no mundo

Para absolver pecado

Mas por causa do dinheiro

Fez o povo excomungado

Veja quanto é valoroso

O nosso Deus poderoso

Vive sempre ao nosso lado


Leitores devem lembrar

Daquele verso terceiro

Que diz que neste mundo

Só quem vale é o dinheiro

Veja como acontece

Até o padre se esquece

Do nosso Deus verdadeiro


Pergunto ao nosso Deus

Porque foi esta questão

Respondeu-me Jesus

De todo meu coração

O padre falou em negocio

O prefeito disse não posso

Daí veio a maldição


Castigue quem merecer

A defesa é natural

Não faço nada por mal

Vós me queira defender

É que nosso padroeiro

Não precisa de dinheiro

Não precisava vender


Ó Virgem da Conceição

Meu Jesus sacramentado

Proteja minha inocência

Se nisso estiver culpado

Valei-me a providencia

Proteja minha inocência

Se eu estiver errado


Eu habito em Santo António

Não me cabia este artigo

Apenas fiz este verso

A pedido de um amigo

Vou dar meu nome completo

Eu me chamo Felisberto

Da Costa Sousa Perigo


Manuel António de Souza

Sitio Varzinha - Várzea-Alegre

Quem do PT está na 'lista de Bolsonaro' - Claudio Dantas.

Durante o debate presidencial na Band ontem, Jair Bolsonaro puxou do bolso uma lista que teria o nome de 13 parlamentares petistas supostamente beneficiados com recursos do chamado ‘orçamento secreto’. 

Ele disse: “Eu tenho aqui uma lista preliminar: 13 deputados do PT que receberam recurso desse tal orçamento secreto. Eu jamais daria dinheiro para essa turma toda aqui se não tivesse votado comigo, né?.”

O Antagonista obteve cópia da relação dos nomes compilados e levantou os ofícios com os pedidos de verba orçamentária feito pelos parlamentares.

Constam lá os deputados: 

Gastão Vieira, 

Zé Carlos, 

Paulo Guedes, 

Reginaldo Lopes, 

Padre João, 

Patrus Ananias, 

Joseildo Ramos, 

Afonso Florence, 

José Airton Cirilo 

Zé Neto, além de Nelson Pellegrino — que virou conselheiro do TCM. 

Também os senadores: 

Fabiano Contarato, 

Humberto Costa, 

Rogério Carvalho.

A maioria dos ofícios encaminhados à Codevasf e ao Ministério do Desenvolvimento Regional diz respeito a ‘emendas extras’, negociadas pelas lideranças partidárias com os presidentes do Senado e da Câmara quando da liberação de créditos suplementares. 

Ao todo, eles solicitaram cerca de R$ 70 milhões, via “termo de execução descentralizada”, nos anos de 2019 e 2020. 

Nem todos foram atendidos.

45 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.



Em 1971, seus restos mortais foram trazidos para o Brasil e enterrados em Petrópolis. Cinquenta anos após a sua morte, em abril de 1971, os restos mortais da princesa Isabel e também os do seu marido, Conde d'Eu, foram trazidos para o Brasil. 

Na cidade do Rio de Janeiro, eles receberam honras de chefes de Estado e ficaram expostos na Igreja do Rosário, na rua Uruguaiana.

Depois, no dia 13 de maio do mesmo ano de 1971, em comemorações à Lei Áurea, os caixões seguiram para a cidade de Petrópolis, seio da tradição do Império brasileiro, e foram enterrados na catedral da cidade.

O desespero de Simone Tebet - Por Antônio Morais.

Simone Tebet perdeu a boquinha de senadora para a Teresa Cristina em Mato Grosso do Sul e, sem nenhuma opção politica se agarra como única esperança na campanha de Lula em busca de um ministério ou coisa que o valha.

No seu estado vai ser complicado nas próximas eleições. O quadro por lá é totalmente desfavorável.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

44 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


A Princesa Isabel do Brasil junto de seu marido, Gastão de Orleans, o Conde D'Eu, em momentos distintos da vida, durante a juventude e a velhice. Isabel e Gastão ficaram juntos por 57 anos.

Diferentemente de outras Casas Reais, Pedro II autorizou que suas filhas pudessem escolher e conhecer previamente seus candidatos a marido, afim de evitar o trauma que carregava desde seu próprio casamento, quando casou-se a distância com a Princesa das Duas- Sicílias.

Sérgio Moro não é um Joaquim Barbosa - Por Antônio Morais.

Vejo muita gente condenando o senador Sergio Moro pelo apoio a Bolsonaro. Joaquim Barbosa prendeu toda trupe do entorno do Lula no episódio do mensalão. José Genoino, presidente do PT, José Dirceu ministro da casa civil, João Vacari Neto, Delúbio Soares e outros tesoureiros do PT, vários políticos do partido e coligados. Diretores da petrobrás. 

Ninguém mais do que Joaquim Barbosa conhece Lula, o PT e a turma do mensalão. Vi com a cara de pau, fazer um video pedindo votos para o chefe da organização criminosa não tem explicação. 

Do mesmo modo, Sérgio Moro condenou dezenas de empresários, políticos de vários partidos e por fim o Lula, que teve suas condenações confirmadas e aumentadas pelos tribunais superiores.

Seria uma incoerência não reconhecer, como reconhece que o adversário do Brasil, do Bolsonaro e do  próprio Senador Moro é o Lula. 

MIGUEL, O PROFETA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Juazeiro do Norte, a exemplo de outras cidades do interior, teve, em certa época, uma considerável fauna de tipos pitorescos e sem juízo.

Miguel morava no bairro São Miguel e partia para o centro da cidade nas primeiras horas do dia.

Estatura mediana, magro e barbudo, andava sempre com uma cruz nas mãos. Usava vestimenta branca, de tecido grosso. A camisa tinha quatro bolsos.

A calça era regulada por um cordão de São Francisco, arrochando a cintura.

A cada dia, levava uma mensagem nova para a plateia que o escutava. Uns, achavam que era louco e lhe davam alguns trocados. Outros, tratamento dispensado aos profetas.

Constava de seus discursos uma "performance", como a de rodopiar, fazendo seguir um longo assovio, cruz na mão, apontando para alguma direção.

Foi o que fez, certo dia, apontando a cruz na direção da agência do INSS, na rua Santa Luzia, proferindo a frase: "Aqui, é uma organização desorganizada !"

Como quase em frente estava uma agência lotérica, virou a cruz em sua direção e disse no mesmo tom: "Aqui, é uma desorganização organizada!"

Os que o cercavam viram sentido em suas palavras.

É para isso que servem os profetas das ruas.

43 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


Morreu no exílio, em 1921, no Castelo d'Eu, em Paris. Como dito, após a Proclamação da República, a princesa Isabel e toda a família real exilaram-se na França. 

Os últimos dias da princesa foram passados no Castelo d'Eu, em Paris. Ela faleceu em 14 de novembro de 1921. Esses últimos dias foram dedicados à família e obras de caridade da Igreja Católica. Seu marido morreu um ano depois.

Nêumanne Pinto estreia em O Antagonista - Por O Antagonista

Jornalista, poeta e escritor, José Nêumanne Pinto estreia hoje como articulista de O Antagonista, agregando experiência e sensibilidade a um jornalismo combativo e independente. Ganham o site e seus leitores, ávidos informação de qualidade.

Em seu primeiro artigo, Nêumanne discute a efetividade (e moralidade) de programas de transferência de renda, que se tornaram pilar da política social de Lula e Jair Bolsonaro.

Lares de brasileiros de todas as classes de renda tiveram na manhã de sexta-feira 14 de outubro de 2022, uma imagem comum, mas significativa, do dito andar de baixo de nossa sociedade. 

A programação da televisão, repleta de ficção de alta qualidade, musicais aplaudidos no mundo inteiro, e que dedica parte de sua “grade” de programas ao noticiário por força da lei, não pôde esconder flagrantes da dura, feia e fedida realidade do chamado andar de baixo dessa pátria, que muita gente desqualificada diz amar. 

Mas, na prática, é amada de verdade por esta, já que ela mesma não ama seus filhos desprezados, maltratados e desprovidos de praticamente tudo, os chamados pobres de Cristo e deserdados dessa geniosa genitora.

domingo, 16 de outubro de 2022

Gratidão e respeito - Por Antônio Morais.

Vi de Várzea-Alegre para o Crato muito jovem. Aqui fiz o tiro de guerra, fixei residência, estudei, casei, construir família, tive filhos, obtive vitórias, enfrentei adversidades e exerci minha vida profissional.

Duas personalidades prestimosas de Crato foram muito importante em minha vida. Sou um eterno devedor de suas participações na minha vida.

01 - Monsenhor Raimundo Augusto de Araújo Lima, foto como presidente do Banco do Cariri S/A me admitiu ao quadro funcional onde desempenhei todas as funções na agência do Crato. De escriturário a tesoureiro, gerente e superintendente.

Foi Monsenhor Raimundo Augusto quem celebrou o meu casamento e batisou os meus filhos. Monsenhor Raimundo Augusto, um grande amigo, um extraordinário religioso, mestre no ensino da "Doutrina Cristã".

02 - Dr. Eldon Gutemberg Cariri, profissional da medicina, com especialidade em pediatria, ginecologia e obstetrícia, amigo de brandura ímpar, cuidou dos pré-natais dos meus filhos com toda lhaneza, atenção e esmerada responsabilidade. 

Homem honrado, inteligente, dedicado que traduzia muita confiança aos seus pacientes.

Dr. Eldon foi aquele que teve verdadeira e perfeita caridade, que em nada se buscou a si mesmo, que de ninguém teve inveja  e que procurou sobre todas as coisas ter alegria e felicidade em Deus.

Uma história dele que gosto de lembrar sempre : Estávamos eu, minha esposa e outros casais na ante-sala de seu consultório quando ele entrou, cumprimentou a todos e a todas com a gentileza peculiar. 

Do meu lado uma senhora, talvez no oitavo mês, segurava entre os dedos um cigarro aceso as baforadas.

Dr. Eldon se aproximou e lhe disse : "Não faça isso não, você está se envenenando e prejudicando o seu bebê. Se não puder fazer por você faça por ele que é indefeso".

Educadamente, foi com sua delicada mão e retirou o cigarro de entre os dedos daquela senhora, apagou e jogou no lixeiro".

Foto - Dr. Eldon Gutemberg Cariri e sua filha médica Ana Amélia Cariri - Esse sorriso do Dr. Eldon caracterizava sua personalidade de paz completa, harmonia interior e muita confiança em si e em Deus.

sábado, 15 de outubro de 2022

42 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


A princesa Isabel rejeitou a proposta de retomar o trono por meio de uma Guerra Civil. Após o golpe militar que destronou D. Pedro II, em 15 de novembro de 1889, muitos movimentos que exigiam a restauração da monarquia apareceram no Brasil. 

Alguns deles misturados a outras reivindicações, como foi o caso das duas Revoltas da Armada, ocorridas no início dos anos 1890. Nesse contexto, a princesa Isabel, que estava exilada com a família em Paris, estaria cotada para assumir o trono, já que seu pai morrera na mesma cidade em 1891.

No entanto, Isabel preferiu evitar derramamento de sangue e resignou-se a não mais pretender ser imperatriz do Brasil, como fica claro em um bilhete endereçado ao seu último chefe de gabinete, da Terceira Regência, João Alfredo: ''Meu pai, com seu prestígio, teria provavelmente recusado a guerra civil como um meio de retornar à pátria... lamento tudo quanto possa armar irmãos contra irmãos... É assim que tudo se perde e que nós nos perdemos. O senhor conhece meus sentimentos de católica e brasileira."

Famílias Vieira e Correia, humor, graça e alegria de mãos dadas - Por Dr. José Flávio Vieira.

Celebração das bodas de ouro e prata dos casais Vicente Vieira da Costa e Senhorinha Batista Vieira e José Odimar Correia e dona Balbina Vieira. Oficiada pelo Padre Antônio Batista Vieira, filho do primeiro casal e irmão da esposa do segundo.

Sempre confiei na ficção como a fórmula de um escritor se aproximar mais da realidade. Talvez, por isso mesmo, utilizo a memorialística como um simples arcabouço para as histórias e , a partir daí, vou colocando penduricalhos e adereços para torná-las mais interessantes e palatáveis. No fundo, este é sempre o artifício de quem se envolve com arte: procurar ângulos inusitados para dali flertar o universo. Muitas vezes é preciso colocar filtros, óculos de degrau, para abrir o leque de possibilidades dos objetos observados. Vi críticas de amigos sobre a minha predileção por histórias bem humoradas, alegres e divertidas, cheias de nonsense. Para tantos, perco, com elas, a profundidade da existência e a possibilidade de mergulhar nas camadas mais abissais da alma humana. Com o bom humor, na visão mais crítica dos especialistas, fico apenas no Termoclina, na camada mais superficial dos oceanos,  incapaz de observar a vida em toda a sua espessura. Por outro lado, imagino, que tendo optado por fitar o Plâncton, bebo mais da sua bioluminescência, plaino ao doce sabor mutante das vagas e do vento  e firmo-me no local onde a vida se encontra mais presente e pulsante.

Claro que esta preferência não foi uma escolha pura e simples. Meu lado paterno é varzealegrense, um lugar onde o riso faz parte indissociável das pessoas. Impossível encontrar  amigos e parentes sem que, imediatamente, o foco  da conversa  não salte para as presepadas, as potocas e histórias irreverentes dos conterrâneos. Convivi com meu avô, meus tios, primos, todos com a verve na ponta da língua, prontos para jogar uma “puia”,  a qualquer instante. Meu pai e meus tios, como uma Sherazade, contavam e recontavam histórias incontáveis, todas cheias de picardia e irreverência. Intimamente temiam a chegada do Sultão do Tempo com o seu apagador imperdoável. Nascido no Crato, convivi, de perto, com inúmeros outros presepeiros, figuras míticas que preenchiam nossos livros de mitologia, com as histórias mais engraçadas e estapafúrdias: Chico Soares, Padre Verdeixa, Melito, Asa Branca, Félix Cândido, Zé de Matos e muitos, muitos outros.  Sem o talento de criar e recriar contos, lendas e fábulas e sem a capacidade teatral dos meus parentes de encená-los nas suas apresentações, resolvi escrever, com a certeza , meio inglória – ledo engano!- de que teriam, assim, alguma permanência.  Perdoe-me assim, tendo optado pelo plâncton, alguma superficialidade na minha escrita, os textos são mais claros, menos tendentes ao sombrio e aos mistérios indevassáveis da existência. Não mergulhando profundamente, talvez temendo a asfixia, não os trarei, com certeza, nenhuma grande revelação digna de uma Fossa das Marianas, mas já ficarei feliz e realizado se os proporcionar alguma alegria, alguma felicidade e os afastar das perspectivas sempre mais tenebrosas das regiões mais abissais dos oceanos, com seus monstros desconhecidos e bizarros.

Tenho alguma dificuldade em falar dos meus parentes mais próximos, talvez porque, de alguma maneira, a impossibilidade de tê-los perto, fisicamente, já me amargure a alma. Ontem, um parente, em um telefonema, me lembrou de um tio e uma tia queridos. E decidi recontar a história divertida que ele guardou carinhosamente. Tio Zé Odimar casara com uma irmã de meu pai, tia Balbina e sempre morou em Várzea Alegre. Foi, por um tempo, dono de um pequeno ônibus que fazia a linha para o Crato. Depois tornou-se funcionário público,  trabalhando na Coletoria daquela cidade. A tia foi professora, cuidava de uma récua de filhos, alguns deles ainda residentes em Várzea Alegre. Nas férias, de meio e fim de ano, juntavam-se  todos netos, no sítio de meu avô, Lagoa dos Órfãos, ali pertinho. Chegavam dezenas de meninos e meninas , com uma vitalidade incrível, própria da idade, mais parecendo uma peste de gafanhotos. Só regras militares para controlar um batalhão daqueles. As leis eram executadas por uma outra tia, à época ainda residente com meus avós, e que tinha que fazer cumprir as determinações a força de cipó de marmeleiro. Os netos foram assim criados quase que como irmãos, dividindo as alegrias da vida no sítio, nas férias, com as penitências pelos castigos cometidos.

O tio Zé Odimar tinha como uma das suas iguarias preferidas, um pirão de Mocotó   que era preparado diligentemente por tia Balbina e que finalizava, sempre, com um toque de Chef. Ela, com um martelo, batia na ponta do osso para sacar de dentro o tutano que seria servido como cobertura do pirão. Prato impensável nos dias de hoje, depois que um sacana achou de descobrir um tal de colesterol. Ao menos duas ou três vezes por semana, o tio se regalava com aquele prato que dava sustança e tinha fama de levantar  até velho na missa de sétimo dia. Um dia, no entanto, aconteceu um pequeno acidente. Tia Balbina quando martelava o osso em busca de extirpar o tutano, o martelo resvalou e foi de encontro ao dedão da mão esquerda. A tia fez uma careta danada, o dedo inchou de imediato como se tivesse levado ferrão de marimbondo de chapéu. Com o passar dos dias, a coisa piorou pois “afuleimou” e virou um panarício, fazendo com que a tia sofresse por mais de quinze dias até que o bicho veio a furo,  às custas de muita compressa  de água quente e pomada de basilicão. Depois do sofrimento, tia Balbina disse ao marido que continuaria fazendo o pirão, com a mesma diligência, mas nunca mais teria coragem de bater o tutano. O tio Zé Odimar, que presenciara o sofrimento da esposa, acatou de bom grado a decisão: não havia problema. Quando fosse dia de pirão e já estivesse pronto, mandasse avisá-lo na Coletoria que ele viria imediatamente e providenciaria a extração do tutano. Só não demorasse muito pra não esfriar. Pirão, café e mulher, só prestam quentes, vaticinou do alto dos seus sessentinha.

Na outra semana, pirão quente, a tia pediu ao filho, Aldenízio, um menino danado, de uns dez anos para que fosse de bicicleta até ao trabalho do pai e o convocasse imediatamente para  vir finalizar o prato principal da casa. Aldenízio saiu disparado e, quando chegou na pracinha defronte da Coletoria,  Zé Odimar vinha saindo para o almoço, acompanhado do prefeito da cidade e de um fiscal de rendas que havia chegado de Fortaleza. Ante a praça apinhada de gente Aldenízio gritou, do lado de cá,  a plenos pulmões:

--- Pai, pai ! Mamãe disse que tu fosse agora mesmo pra casa ! Ela disse que já tá quente ! Disse que tá na hora de fazer...

Aí fez o gesto dúbio para os que não tinham acompanhado os últimos,  acontecimentos, simulando quem tira tutano, batendo a palma da mão direita contra a mão esquerda fechada: top, top, top...

Na praça foi um quiririquiqui danado. O fiscal de rendas quis saber imediatamente, a receita daquela iguaria que parecia ter poderes afrodisíacos invejáveis, levando até a urgências de escandelos em plena luz do dia.