Esse causo vem do repertório do poeta Mundim do Vale.
Seu Herculano Honório, de Várzea Alegre, era um homem muito esquecido das coisas.
Saiu para a roça, conduzindo um guarda-chuva, pois estava neblinando.
No caminho, sentiu dor de barriga e desceu uma grota, para fazer o "serviço".
Pendurou o guarda-chuva em uma galha de jurema. Quando terminou, foi vestir a calça e bateu com a cabeça no objeto: "Eita! Esqueceram um guarda chuva aqui. Vou levar pra mim."
No movimento que fez, pisou no "barro" que lhe causou a dor de barriga: "Arre égua! Os ‘cabas’ já cagaram aqui."
E por falar em esquecimento, eu comecei a trabalhar com 13 anos como balconista na Lola de Tecidos Santa Inês dos meus estimados amigos José Rolim e Yaci, em Várzea-Alegre. Certa feita, num dia de feira entrou o freguês dos lados do sitio Monte Alegre, da família "Manasseis" interessado em adquiri um chapéu de massa.
ResponderExcluirDerrubei do balcão pra mais de 50 caixas com chapéus das marcas Cury, Prada, Ramenzone etc. O caboclo botou um na cabeça, e continuou vendo os demais. Determinada hora resolveu ir embora e sem que eu observasse levou o chapéu que estava na cabeça. José Rolim mandou que eu o seguisse e pedisse para ele retornar a loja. Quando o homem voltou José Rolim perguntou : resolveu levar esse aí!
O homem se tremeu todo e respondeu : desculpe, é que eu esqueci. José Rolim encerrou a conversa dizendo : Quando a gente esquece a gente faz é deixar.
De fato. ESQUECIMENTO para levar o que é dos outros
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