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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SURSUN OCULI - JOSE DE MORAES BRITO

De nuvens diversos traços
A procura de destino
Encontraram-se no espaço
Como um bando de meninos

Noto que de dois pedaços
Uma nuvem só se vê
Por que não, num só abraço
Sermos um eu e você?

Mas a pergunta que eu faço
Cá da terra onde estou
Respondes: És um pedaço
De nuvens que já passou.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MOTE CARNAVALESCO - Por Mundim do Vale.

A MEDIDA DE EUFORIA DA NOSSA GENTE
É ASSISTINDO AS ESCOLAS DESFILANDO.

Várzea Alegre adotou regulamento:
Que o domingo a ESURD vai pra rua
Na segunda é a MIS que continua
Dando sequência para o grande evento.
Mas a grande alegria do momento
É o povo nas calçadas esperando
E o apito da escola comandando
A passagem pelo Alto do Tenente.
A MEDIDA DE EUFORIA DA NOSSA GENTE
É ASSISTINDO AS ESCOLAS DESFILANDO.

A escola de samba unidos do Roçado
Mostra história e tradição na avenida,
Pedro Souza e mestre Tim na despedida
Repassaram para os jovens esse legado.
Os garotos receberam de bom grado
E a escola hoje em dia vem contando
Com o apoio da banda Zabumbando
E a direção de Dayse Diniz e Vicente.
A MEDIDA DE EUFORIA DA NOSSA GENTE
É ASSISTINDO AS ESCOLAS DESFILANDO.

A mocidade do Sanharol tem qualidade
Que a muito tempo vem evoluindo,
Neto Aquino e Mazé já estão pedindo
O empenho irrestrito da mocidade.
Os garotos tocam o samba com vontade
Com o público eufórico acompanhando.
E a saudade de Lobão de vez em quando
Representa a batuta de um regente.
A MEDIDA DE EUFORIA DA NOSSA GENTE
É ASSISTINDO AS ESCOLAS DESFILANDO.

Eu não toco em surdo, reco-reco e nem tarol
E nem canto o samba enredo bem cantado,
Mas domingo os meus pés tão no Roçado
E quando for na segunda já estão no Sanharol.
Caia chuva, trovão, corisco ou faça sol
Se houver o desfile eu tou olhando,
Se faltar água gelada eu tou levando
E se tomarem meu lugar eu vou pra frente.
A MEDIDA DE EUFORIA DA NOSSA GENTE
É ASSISTINDO AS ESCOLAS DESFILANDO.

Dedicado aos diretores das duas escolas de Várzea Alegre.
Boa folia para meus conterrâneos.

RETRATO VIVO - POR JOSE DE MORAES BRITO

Gosto de vê-la assim sempre calada,
Como quem antes de falar medita,
Mas nem a orquestração da passarada
Do que sua voz suave é mais bonita.

Quando me olha firme, admirada
E os olhos fulgentes em mim fita mais
Duas estrelas enxerga desgarradas
Duma constelação longe, infinita.

E quando ri, no riso seu existe
Não sei bem que, mas sim que consiste
Numa docilade exclusiva

Eu só não gosto de um que nesta menina
É quando, as vezes, ela se amofina
E, então, destes encantos seus me priva.

Terça - Blog em prosa - Geovane Costa.

Eleitor puxa saco.

Quando disputou a eleição com Lourival Frutuoso em 1972, o ex-prefeito Dr. Hamiltom Correia, diga-se de passagem, um dos maiores administradores de nossa terra.
Dr. Hamiltom realizava um comício no Sítio Varas e dizia para o povo o rol de suas realizações no seu tempo. Construir escolas, estradas, fiz a cadeia, barragem, etc.. E tem mais, foi tudo numa época que as coisas eram muito difíceis, tão difíceis, que nem verba publica tinha!

Luiz de Hervécio, que estava encostado no caminhão que servia de palanque gritou: Não tinha verba mas Dr. Hamilton tirava do bolso e fazia.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PEDIDO DE INFORMAÇÃO.

Sou Rogeanny Marta, estou a procura dos meus avós maternos e familiares, que eram de Várzea-Alegre. Minha avó se chamava  ANA MARIA VIEIRA,  conhecida como SANTANA, ela se casou com JOÃO PEREIRA DE SÁ, mas conhecido como JOÃO TENÓRIO, ele era do estado de Alagoas. Casou-se primeiro como uma senhora chamada Laura e teve 4 filhos ( vicente, Zulmira, Izaura e Fenelão) depois que ficou viúvo, casou-se com minha avó ANA MARIA VIEIRA,  que passou a se chamar ANA MARIA VIERA DE SÁ, tiveram duas filhas e depois foram morar no estado do Maranhão, na cidade de são joão dos Patos, moraram alguns anos, deram suas filhas para um casal criar, e foram embora, minha mãe e tia nunca mais tiveram notícias dela.......Minha tia que se chama  FRANCISCA PEREIRA DE SÁ, é a mais velha disse que lembra que minha avó gostava de falar dos compadres que se chamavam ALZIRA E ZÉ DE CIRILO, minha mãe se chama MARIA SANTANA DE SÁ..........QUERIA MUITO TER NOTÍCIAS DOS MEUS AVÓS OU DA FAMÍLIA......DESDE JÁ AGRADEÇO

025 - Por onde andam?

Dizia o meu saudoso pai que as duas coisas melhores do mundo eram: "namorar e doce de leite". Eu namorei pouco, bem menos do que devia, doce de leite  nunca fui muito chegado. Porém, se tivesse que responder a esta pergunta diria : ouvir uma bela canção e dançar com uma danada um xote destes.


TAPAJÓS E CARAJÁS - FURTO, FURTEI E FURTAREI - JOSE RIBAMAR BESSA FREIRE

DIÁRIO DA AMAZÔNIA - PADRE ANTÔNIO VIEIRA E O PLEBISCITO.

Essa foi a vaia mais estrondosa e demorada de toda a história da Amazônia. Começou no dia 4 de abril de 1654, em São Luís do Maranhão, com a conjugação do verbo furtar, e continuou ressoando em Belém, num auditório da Universidade Federal do Pará, na última quinta-feira, 6 de outubro, quando estudantes hostilizaram dois deputados federais que defendiam a criação dos Estados de Tapajós e Carajás.
A vaia, que atravessou os séculos, só será interrompida no dia 11 de dezembro próximo, quando quase 5 milhões de eleitores paraenses irão às urnas para votar, num plebiscito, se querem ou não a criação dos dois Estados desmembrados do Pará, que ficará reduzido a apenas 17% de seu atual território caso a resposta dos eleitores seja afirmativa.
A proposta de divisão territorial não é nova. Embora o fato não seja ensinado nas escolas, o certo é que Portugal manteve dois estados na América: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada um com governador próprio, leis próprias e seu corpo de funcionários. Somente um ano depois da Independência do Brasil, em agosto de 1823, é que o Grão-Pará aderiu ao estado independente, com ele se unificando.
Pois bem, no século XVII, a proposta era criar mais estados. Os colonos começaram a pressionar o rei de Portugal, D. João IV, para que as capitanias da região norte fossem transformadas em entidades autônomas. O padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal, D. João IV, convenceu o monarca a fazer exatamente o contrário, criando um governo único do Estado do Maranhão e Grão-Pará sediado inicialmente em São Luís e depois em Belém.
Para isso, o missionário jesuíta usou um argumento singular. Ele alegava que se o rei criasse outros estados na Amazônia, teria que nomear mais governadores, o que dificultaria o controle sobre eles. "É mais fácil vigiar um ladrão do que dois", escreveu Vieira em carta ao rei, de 4 de abril de 1654: “Digo, Senhor, que menos mal será um ladrão que dois, e que mais dificultoso será de achar dois homens de bem que um só”.
Num sermão que pregou na sexta-feira santa, já em Lisboa, perante um auditório onde estavam membros da corte, juízes, ministros e conselheiros da Coroa, o padre Vieira, recém-chegado do Maranhão, acusou os governadores, nomeados por três anos, de enriquecerem durante o triênio, juntamente com seus amigos e apaniguados, dizendo que eles conjugavam o verbo furtar em todos os tempos, modos e pessoas. Vale a pena transcrever um trecho do seu sermão:
- “Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos. Esses mesmos modos conjugam por todas as pessoas: porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras quantos para isso têm indústria e consciência”.
Segundo Vieira, os governadores "furtam juntamente por todos os tempos". Roubam no tempo presente , "que é o seu tempo" durante o triênio em que governam, e roubam ainda "no pretérito e no futuro". Roubam no passado perdoando dívidas antigas com o Estado em troca de propinas, "vendendo perdões" e roubam no futuro quando "empenham as rendas e antecipam os contrato, com que tudo, o caído e não caído, lhe vem a cair nas mãos".
O missionário jesuíta, conselheiro e confessor do rei, prosseguiu:
"Finalmente, nos mesmos tempos não lhe escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtavam, furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais se mais houvesse. Em suma, que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar, para furtar. E quando eles têm conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles como se tiveram feito grandes serviços tornam carregados de despojos e ricos; e elas ficam roubadas e consumidas".
Numa atitude audaciosa, Padre Vieira chama o próprio rei às suas responsabilidades, concluindo: "Em qualquer parte do mundo se pode verificar o que Isaías diz dos príncipes de Jerusalém: os teus príncipes são companheiros dos ladrões. E por que? São companheiros dos ladrões, porque os dissimulam; são companheiros dos ladrões, porque os consentem; são companheiros dos ladrões, porque lhes dão os postos e os poderes; são companheiros dos ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente, seus companheiros, porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os mesmos ladrões os levam consigo".
Os dois novos Estados – Carajás e Tapajós – se criados, significam mais governadores, mais deputados, mais juizes, mais tribunais de contas, mais mordomias, mais assaltos aos cofres públicos.
Por isso, o Conselho Indígena dos rios Tapajós e Arapiuns, sediado em Santarém, representando 13 povos de 52 aldeias, se pronunciou criticamente em relação à proposta. Em nota oficial, esclarece:
"Os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores da região nunca estiveram na frente do movimento pela criação do Estado do Tapajós, porque essa não era sua reivindicação e também porque não eram convidados. Esse movimento foi iniciado e liderado nos últimos anos por políticos. E nós temos aprendido que o que é bom para essa gente dificilmente é bom para nós". 
 

062 - Uma palavra amiga - Padre Juca

Quando se ama vale qualquer sacrifício. Busca-se o ideal ou objetivo amado e nada é pesado. Se você amar não vai considerar humilhação ao fazer concessões; não olhará desta forma negativa, mas sim vai levar em conta todas as possibilidades.
Nem sempre a totalidade da culpa está nos outros; meu marido foi o culpado, ela é que arruinou minha vida.
Em vez de buscar a separação, deve-se esgotar todos os recursos para unir. Geralmente, procura-se justificativas para se separar, caso dos desquites, divórcios. Lembra-se dos males feitos, das atitudes erradas do outro , etc, tentando dizer e provar para si que aquilo  -  a separação é o melhor caminho.
Todo mundo sabe que a melhor solução na maioria dos casos é o reencontro, cada um perdendo um pouco. Pena que o orgulho e a teimosia falam mais alto.
Fica-se sem jeito para dar um primeiro passo para reconciliar. Radicaliza-se e se espera que o outro venha pedir perdão: Ele é que errou! Ela é quem começou.

domingo, 27 de novembro de 2011

Menti, menti...Algo ficará -- por Gabriel Ferreira

Quanto se tem falado da maravilha que é o paraíso cubano…

E um dos principais argumentos dos que fazem tal propaganda é que a medicina cubana é modelo para o mundo todo. Quem nunca ouviu falar isso?

Porém, na realidade, as coisas são bem diferentes…

Uma notícia do jornal “Estado de São Paulo”, do dia 12 de novembro de 2011, mostra que o governo brasileiro vai criar uma espécie de cursinho para os “médicos” brasileiros formados em Cuba.

Atualmente os médicos formados no estrangeiro precisam participar de um exame chamado Revalida para poderem trabalhar no Brasil. Mas o processo não é fácil. Basta ver os resultados: este ano dos 677 “médicos” a fazerem o exame, apenas 65 foram aprovados. E, em 2010 apenas 2 foram aprovados dum total de 628 participantes.

Mas o governo anunciou que promoverá uma espécie de curso preparatório para os brasileiros formados em Cuba enfrentarem tal exame (sic!). E ainda há mais…

Além das aulas teóricas e práticas, os formandos vão receber uma bolsa de ajuda de custo no valor de R$ 1.240,00 durante dez meses. E, além dos R$ 2 milhões que serão necessários para as bolsas, serão necessários recursos para o pagamento de 15 professores. Quem vai financiar isso?

Carlos Vital, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, manifestou o desacordo da associação com tal iniciativa e disse: “Não entendo essa lógica de mobilizar uma estrutura pública, com salas e professores, para um grupo pequeno de brasileiros” e ainda mais pagar uma “ajuda de custo”… “Isso é tirar de dentro de casa para se dar o que não tem. Por que esses alunos merecem um privilégio como esse?”

Realmente, contra fatos não há argumentos. Mas o que dirá os propagandistas da tão modelar medicina cubana? Reconhecerão seu erro? Ou simplesmente ignorarão tal fato e continuarão a alardear a “magnífica medicina de Cuba”, fruto do esplêndido regime comunista?

Tais propagandistas têm por lema uma famosa frase do ímpio Voltaire: “Menti, menti… Algo sempre ficará”…

PÉROLAS DE MANOEL CHUDU - Por Mundim do Vale.

Na cidade de Petrolina, Chudu improvisava com seu valoroso colega, quando o Dr. Varela pagou, com um cheque, aquele bonito baião. Chudu referindo-se ao meio do pagamento utilizado pelo doutor, terminou com esse gracejo:


Nós recebemos um vale,

Vindo das mãos de Varela:

Se o vale não tiver fundo,

É igual a uma tigela,

Que os dois não tendo fundo,

Não vale ele nem ela.


Chudu com um determinado companheiro falavam sobe as coisas do sertão. O colega falou do comportamento do touro diante de um perigo:


O touro fica de guarda,

Só rodeando a mlhada:


Chudu sem sair do assunto da vida campesina, mostra esse quadro de exaltação ao amor maternal:


Uma novilha amojada

Ao se apartar do rebanho,

Quando volota é com uma cria

Que é quase do seu tamanho,

Ela é quem lambe o bezerro

Por não saber lhe dar banho.


Dando proseguimento ao tema, o companheiro fala do porte avantajado dos animais de sua terra:


Não exagero o tamanho

Dos bichos do meu sertão;

Existe, lá, cada bode

Maior do que um caminhão,

Que o chifre encosta nas nuvens

E a barba arrasta no chão.


Chudu exalta sem muito exagero, o produto que sua terra cria:


Carneiro no meu sertão,

Na hora que a orelha esquenta:

Dá marrada em baraúna,

Que a casca fica cinzenta...

E sente um gosto de sangue

Chegar-lhe à panta da venta!


Quando enfrentava o nobre Geraldo Amâncio, foi dado o palpitante mote:


QUEM PERDEU MÃE TEM RAZÃO

DE CHORAR PORQUE PERDEU,


Da verve prodigiosa de Chudu, foi tirado um dos quadros mais belos:


Minha mãe que me deu papa,

Deu-me chupeta e consolo,

Deu-me leite e deu-me bolo,

Doce, bolacha e garapa:

Certo dia deu-me um tapa,

Mas depois se arrependeu...

Deu um beijo onde bateu,

Esquecendo a ingratidão:

QUEM PERDEU MÃE TEM RAZÃO

DE CHORAR PORQUE PERDEU!


Dedicado aos poetas e poetisas do Blog do Sanharol.

sábado, 26 de novembro de 2011

AGENDA CULTURAL - Grande Show Musical com Diversos Artistas na Praça da Sé, neste Domingo

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Um ótimo programa para o seu domingo com a família.

Diversos artistas do Cariri estarão se apresentando em um grande show musical na Praça da Sé, em Crato.

O Encerramento da Terceira Guerrilha do Ato Dramático Caririense será feita com muita música de qualidade. Após mais de 15 dias de apresentações de peças teatrais, neste domingo ( 27 ), sob a coordenação do maestro Lifanco, diversos artistas caririenses se apresentarão na Praça da Sé num show dedicado à PAZ.

Dihelson Mendonça e Abidoral Jamacaru estão entre os artistas convidados


O evento tem início às 20:00 e conta com a presença de artistas renomados e de novos talentos do cariri. Nomes como Abidoral Jamacaru, Dihelson Mendonça, Lifanco, Fatinha Gomes, Elisa Moura, Élida Germano, Mônica Moreira, Samara, Grupo Liberdade e Raiz, Grupo Profissionais Liberais, Coral da ponta da serra e Abel Silva, e muitos outros estarão se apresentando, cantando e tocando juntos, numa verdadeira confraternização musical com a participação do público.

SAIBA MAIS

A Terceira Guerrilha do Ato Dramático Caririense é um evento anual coordenado pelo dramaturgo Cacá Araújo, e se constitui na principal e mais legítima vitrine das artes cênicas produzidas no Cariri cearense. O evento é resultante de construção cotidiana que envolve companhias e grupos de teatro, dança, circo e música, movidos pela necessidade de afirmação, respeito, inclusão, valorização e desenvolvimento, em que se destaca a dramaturgia e a encenação caririenses como fortes e significativos elementos identitários do povo nordestino e brasileiro.

O evento tem apoio do BNB, BNDES e Prefeitura Municipal do Crato, e simboliza o esforço em fomentar oportunidades de crescimento profissional, geração de renda e difusão dos símbolos culturais que identificam o povo e sua história.

UM CONTO DE NATAL - Por Vicente Almeida



Um Conto de Natal

Sempre soubemos que guiados por uma estrela, três Magos haviam saído do oriente para visitar Jesus por ocasião do seu nascimento,

Somente agora, dois mil anos depois, nos chega a informação de que havia um quarto Mago, também do oriente, que sozinho partiu para homenagear Jesus em Belém. Seu nome não nos foi revelado.

Mas esse quarto Mago sempre chegava atrasado e não encontrava mais Jesus no lugar informado.

Ficamos sabendo que ele era muito rico e havia comprado muitas pedras preciosas para presentear Jesus. Mas pelo caminho por onde passava, sempre ia se deparando com cenas tristes, eram os pobres e miseráveis que encontrava necessitando de ajuda. E assim ia vendendo suas jóias para socorrer esse povo cheio de necessidades, demorando cada vez mais em sua jornada.

Trinta e três longos anos se passaram sem que ele tivesse a chance de ver Jesus. Após essa longa busca, seu tesouro havia se esgotado, restando-lhe somente uma única pedra preciosa.

Até que um dia, exausto e já próximo a Jerusalém alojou-se em uma pousada para pernoitar. À noitinha, do lado de fora ouviu dolorosos soluços. Levantou-se e foi ver o que acontecia. Viu uma mãe apertando seu filhinho ao peito para aquecê-lo e para que ele lhe sugasse as últimas gotas de leite e não morresse de fome e frio. Ela estava aos prantos, pois há dias nada comia.

O Mago sabedor do fato penalizou-se por demais, e no dia seguinte, vendeu a última pedra preciosa para amparar aquela pobre e desventurada mãe e o seu filho, depois montou em seu camelo e partiu para Jerusalém, pois ficou sabendo que Jesus lá se encontrava.

No caminho, de repente teve um sobre salto ao perceber que nada mais possuía para presentear Jesus quando com ele se encontrasse. Então chorou amargamente. Mas resoluto queria vê-lo de qualquer forma, mesmo nada mais tendo para lhe oferecer.

Mas ao chegar em Jerusalém, teve uma notícia muito, muito triste: Jesus, exatamente naquele dia havia sido crucificado, e o mago então chorou em desespero e olhando para os Céus, em soluços exclamou:

-Meu grande e amado DEUS, perdoa-me! Perdi trinta e três anos da minha existência em busca de teu filho, e falhei na missão mais importante da minha vida, pois com toda a riqueza que possuía nunca consegui alcançá-lo em nenhum lugar e quando finalmente o encontrei, estava morto. Não fui capaz de chegar a  tempo para cumprimentá-lo nem tinha mais recursos para salvá-lo.

E ajoelhando-se, dobrou seu corpo, baixou a cabeça até o chão, cerrou os olhos e disse: Pai Celestial! Eis-me aqui, tira a minha vida, pois não sou digno de ti. Não consegui ver teu filho amado, e muito menos ajudá-lo. 

Naquele momento, no seu íntimo ouviu uma vós que dizia:

- "Meu filho, levanta-te e me escuta: Tu me encontraste muito cedo e antes do que imaginas":

- Todos
aqueles que de alguma forma socorreste e amparaste pelo caminho, era a mim que estavas socorrendo e amparando, e todos aqueles dias foram contados como glórias para ti.

- Não percebeste quando em tua jornada paravas para alimentar tantas criancinhas desamparadas e famintas, e elas te agradeciam com um intenso brilho no olhar, e te ofereciam sorrisos de gratidão?

- Você nem notou quando as mães dessas criancinhas te dirigiam secretas orações de agradecimento.

- Não percebeu a gratidão de todos aqueles que socorreste nas estradas desertas da vida, quando lhes providenciaste abrigo e curaste suas feridas!

- Não observaste quantas flores foram semeadas ornamentando o caminho que desenhavas com o teu amor.

- Você estava tão preocupado em fazer o bem, que não via a luz que te acompanhava. Entretanto, todo bem que fizeste aos outros a mim o fizeste.

- Apazigua teu terno coração. Tu me honraste com teu imenso amor. Sempre estive contigo, e em ti habitarei para sempre.

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Faltam trinta dias para mais uma vez celebrarmos o nascimento de Cristo. Estamos abrindo a temporada de mensagens natalinas, e este pequeno conto é o meu presente de Natal  para todos os colaboradores deste Blog.
Tenham um ótimo domingo.
Escrito por Vicente Almeida
26/11/2011

Magnetismo - José de Moraes Brito

Toquei a minha mão na tua mão direita.
Não foi cumprimento a minha intenção.
Faltou em mim a voz, faltou respiração,
Senti a minha alma plena, satisfeita.

Será que esta atitude foi aceita?
Será que, em silencio, dissestes sim ou não?
A meu atrevimento, ousada ação
Será que condenastes, muda, contrafeita....

Tirei a minha mão da tua, de repente
Cortando, entre nós, magoado, esta corrente
Com mais de mil amperes eletrificada.

A minha mão na tua tem milhões de Wats
Desejo que um dia essa corrente notes
E a mim aternamente fiques bem ligada.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

GALERIA DE FOTOS - BLOG DO SANHAROL

A "Galeria de Fotos" do Blog do Sanharol tem se destacado  como a postagem de maior visualização. Diariamente recebemos "Depoimentos Importantes" como este do Dorgival  filho do nobre e  imortal  José Felipe, o afamado.

Segue:
"Gostei muito do blog. Eu sou Dorgival, filho de Zé Felipe. Tenho grata satisfação em rever os amigos da minha época, nos velhos carnavais de Várzea Alegre, como na foto do Carnaval de 1942. Atualmente resido em João Pessoa/PB e pretendo em breve visitar minha terra natal". 
Dorgival.

Comentário do Blog:

Prezado conterrâneo, parente e amigo Dorgival. O seu comentário enobrece grandemente o Blog do Sanharol. Temos como principal meta resgatar a historia de nossa terra, historia essa que passa  pelas proezas do seu querido pai, de saudosa memoria, José Felipe de Sousa. Será motivo de grande alegria e prazer  encontrar o amigo quando de sua  visita.

Paz e bem.

António Morais.

A MULHER MAIS FALADA - Por Mundim do Vale.

Quando a Dra. Auri Moura Costa, primeira juíza do Brasil, foi nomeada para a comarca de Várzea Alegre, o povo da cidade achou esquisito uma mulher juiz. O comentário foi geral, chegou até a constar
nos Contrastes de Várzea Alegre.
Tinha na cidade um cidadão de nome José Sobrinho, que exercia a função de leiloeiro oficial da paróquia e era ainda diretor do grupo de maneiro pau. Grupo esse que chegou a se apresentar à bordo de um navio na cidade de Fortaleza, onde os jornais: O Povo e Correio do Ceará, divulgaram a matéria.
Zé Sobrinho tinha um garoto de dois anos que já chamavam de Aurino, mas que ainda era pagão.
Um dia ele chegou para a esposa e falou:
- Muié, eu vou batizar Aurino, O padim vai ser Zé Joaquim e pra madinha eu vou chamar a juíza.
A mulher descordando deu uma rabissaca e disse:
- Ou Zé! Larga mão de ser besta, tu num tá vendo qui aquela muié num vai querer. Pruquê tu num chama Raimunda Preta, qui pelo meno é da famía.
Zé descordou:

- Não Sinhora, eu vou falar cum ela é agora.
Foi na mala pegou o mesmo cenário que tinha usado em Fortaleza. Próprio para ocasiões especiais:
Uma calça de mescla daquelas que depois de enxuta fica em pé sem ninguém dentro, uma camisa de riscado abotoada até o gogó, um chapéu de massa grande do tipo apara castigos, um par de alpercatas currulepe feitas por José Faustino, e um rosário comprido com uma medalha de São Francisco na ponta.
Chegou na casa da juíza, bateu palmas ela mandou que ele entrasse. Ele entrou tirou o chapéu e foi logo falando

- Bom dia Dona Juíza. Eu vim aqui prumode chamar a sinhora pra ser madinha de Aurino meu. Eu tou chamando pruquê a sinhora é a muié mais falada da Rajalegue.
A juíza perdoou a ingenuidade e ignorância daquele homem rude. Mas a madrinha de Aurino Foi outra.
Naquela época a mulher mais falada da cidade era uma prostituta.


Reprisado para: Tropeiro do Mameluco e João Dino Seresteiro.

059 - Uma palavra amiga - Padre Juca



Por mais que alguém duvide, não se pode negar que as duas maiores forças estão ao alcance de todos: o pensamento positivo e a oração.

O pessimista, em cada fato, em cada coisa, vê somente o lado negativo e aquilo que lhe contraria.
O otmista, porem, de uma coisa triste, sabe tirar duas alegres. A questão é saber viver, a maneira de se enfrentar a vida.
Com Deus sou forte! Quando o ser humano acredita em Deus, ele pode até o que parece impossível.
O que você pensa a respeito disso:  Duas pessoas, ao serem chamadas para fazer o teste de avaliação para conseguir um emprego, foram até o local determinado. Depois de recebidas as explicações, uma delas declarou: É muito difícil! Nem adianta eu tentar que não terei condições de passar. E foi embora.  A outra, mesmo sentindo que seria custoso, ser aprovada, enfrentou a situação, fez o teste e conseguiu o emprego.
A vida está cheia de exemplos como este e outros semelhantes.  Há muita gente que não consegue resolver seus problemas ou ter uma situação melhor porque não enfrenta, não persevera, não quer pagar o preço devido, e aí, realmente, tudo se torna difícil.
Quando agente busca, luta, se esforça, mas não consegue, pelo menos fica com a consciência tranquila e com a sensação gostosa de não se ter sido covarde na vida.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

BUSCA

Nas entranhas dos órgãos genitais
Os gametas se buscam numa ação
Na espera da fertilização,
Que virá através do amor dos pais.

Ao nascer, viram crias naturais
Da matriz, que lhe dá a nutrição
E ao crescer, buscarão na profissão
O furor dos projetos pessoais.

Na loucura estupenda do querer
E na ânsia grandiosa do poder
Eles buscam o domínio e a ambição.

Porém, quando se virem fracassados
Sem a fé e na mira dos pecados
Buscarão, tardiamente, a salvação.

.

Escândalos, demissões, Dilma e a imprensa.


E então? Dilma vai esperar a reforma ministerial de janeiro para se livrar do ministro das Cidades? Ou antecipará sua demissão?

Por que é sempre a imprensa que descobre roubalheiras no governo? Por que o governo não se antecipa e descobre?

Escrevi aqui outro dia que este governo apodreceu. Pois não é que aprodreceu mesmo? E não completou nem um ano... Estou pasmo!

Uma saída para que o ministro das Cidades não tenha que sair logo do governo: diga "Eu te amo, Dilma!" Vai, Negromonte, diz "Eu te amo, Dilma!". Não custa nada. E pode dar certo.

Como são as coisas... A imprensa descobre roubalheiras no governo - o governo, não. Depois o governo diz que a imprensa quer mandar nele. Pode?

Balanço: cinco ministros caíram até aqui por suspeitas de corrupção. Um disse "Eu te amo, Dilma!" - e ficou no cargo. Tem mais um para cair. Portanto: cinco no chão e dois gravemente avariados. Tudo em menos de 11 meses. Que tal? É ou não é um espanto?

Sabe que sinto pena de Dilma? Ela herdou de Lula os ministros que caíram e os que estão pendurados. Não conhecia nenhum deles. Não imaginava que fossem capazes de aprontar tanto. Foi pega de surpresa - essa é que é a verdade. E o pior: por ora não poderá ir se queixar ao chefe enfermo.

Para ser coerente, depois de ter segurado Lupi e assim "provado" que manda no governo e não obedece à imprensa, Dilma está obrigada a segurar também Negromonte, ministro das Cidades. E a rezar para que até a reforma ministerial de janeiro não apereça nenhum outro ministro metido em roubalheira.

No que dá perder a coerência... Ministro suspeito de promover ou fechar os olhos a irregularidades era demitido por Dilma depois de duas ou três semanas de exposição em praça pública. Dilma suspendeu a escrita com Lupi. Aí aparece o ministro das Cidades no meio de uma das maiores safadezas descobertas até hoje. Ficará no governo até a reforma ministerial de janeiro? Será demitido - e Lupi não?

Ricardo Noblat.

Ave, menina - José de Moraes Brito

Ave menina, cheia de graça,
Minha lembrança contigo seja,
Em minha mente sempre se faça
Tua presença tão benfazeja

O ventre teu seja bendito
E seja meu, se tu quiseres
Ser nesta terra e no infinito
Minha mulher, entre as mulheres

Santa menina, filha de Deus
Sejamos nós, dois pecadores...
Que os meus pecados sejam os teus
Vindos dos nossos loucos amores

Agora e sempre e eternamente,
Amemos nós, como ninguém
Morra eu feliz, morras contente,
No mesmo dia e hora.... Amém.

A PROMESSA DE NECO PEREIRA

Li em “Historias que vi, ouvir e contei”, obra literária do Carlos Eduardo Esmeraldo, um relato atribuído ao Neco Pereira. Sustenta a historia que ao sentir falta de Pretinho, um jumentinho de sua propriedade, Neco Pereira fez promessa com meu padrinho Ciço admitindo, em caso de encontrar o animal, vendê-lo, comprar todo o dinheiro de velas e acendê-las de uma só vez no tumulo do santo padre. O jumento apareceu e o Neco, como bom devoto, tratou de cumprir a promessa. Procurou vender em um lote do qual fazia parte um galo. Elevou o preço do galo e abaixou o preço do jumento e só vendia o lote completo. Finalmente conseguiu fazer a venda. Pagou sua promessa conforme planejado sem comprometer-se com a sua consciência e sem ter prejuízo.

Essa historia do Carlos Eduardo Esmeraldo me fez lembrar Raimundo Rosa, um caboclo da Vagea-Alegre que também fez uma promessa com São Francisco. Alcançando-a, doou em ação de graças, uma novilha ao santo. 15 anos mais tarde já eram 10 reses o rebanho e por falta dagua e pasto decidiu fazer a entrega dos animais. O velho Raimundo procurou o Padre local, contou a historia da promessa em detalhes e perguntou se era preciso se deslocar ao Canindé para fazer a entrega. O padre disse que não era necessário viajar tanto. Era a mesma coisa entregar no Canindé, em Várzea-Alegre ou em qualquer outro lugar, o que valia mesmo era a intenção. Raimundo Rosa deu uma cubada no padre e disse: já que é assim eu vou entregar para um que tenho lá em casa. Nada mais justo né seu vigário.

O padre ficou lambendo os beiços e Raimundo foi correndo comunicar a novidade à esposa Generosa devota ardorosa de São Francisco.


Dom Pedro II e o Líbano -- por Lody Brais (*)

A Associação Cultural Brasil-Líbano e a comunidade líbano-brasileira comemoram os 135 anos da visita do imperador dom Pedro II ao Líbano. O monarca lá permaneceu de 11 a 15/11/1876, procedente da Grécia, viajando no navio Aquila Imperial, acompanhado de sua esposa, a imperatriz dona Tereza Christina Maria, e de uma comitiva de aproximadamente 200 pessoas.
Dom Pedro II percorreu o país dos cedros a cavalo, tendo à frente a bandeira verde-amarela do Brasil. De Beirute escreveu ao diplomata francês Joseph de Gobineau, que ficara em Atenas: "A partir de hoje, começa um mundo novo. O Líbano ergue-se diante de mim, com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa".

Grande admirador da cultura árabe, dom Pedro II chegou a estudar a língua com um arabista alemão. No Líbano, o imperador brasileiro encontrou-se com vários intelectuais vinculados às ciências e às artes. Como o gramático Ibrahim al-Yazigi – que lhe ofereceu livros em árabe, com dedicatória, os quais se encontram no Museu Imperial de Petrópolis – e o professor Cornelius Van Dyck, da Universidade Americana de Beirute. Deste último, Pedro II assistiu a uma aula, ao lado de Nami Jafet, um dos pioneiros da emigração libanesa para o Brasil.

Depois de visitar o patriarca da Igreja Maronita, Boulos Mass'ad, em Bkerke, o magnânimo imperador brasileiro dirigiu-se às cidades de Chtaura e Zahle. No dia seguinte, visitou os templos de Baco, Júpiter e Vênus em Baalbek. Durante a viagem, dom Pedro II muito incentivou o fluxo emigratório para o Brasil. Desde então a história da comunidade líbano-brasileira está entrelaçada com o desenvolvimento deste País nos últimos 130 anos.
Não faltam exemplos do elo afetivo entre os dois países. Em 1808, quando dom João VI chegou ao Rio com a família real, o libanês Elias Antônio Lopes ofereceu-lhe sua casa como residência, mais tarde conhecida como Paço de São Cristóvão - onde nasceu dom Pedro II - e, hoje conhecida como Quinta da Boa Vista, onde se encontra o Museu Nacional. Essa história consta nos arquivos da Biblioteca Nacional de Portugal.

Calcula-se que existam atualmente cerca de 8 milhões de libaneses e descendentes destes no Brasil. É o maior número de imigrantes do Líbano no mundo. Sua presença é notável nos diversos setores de atividade: são médicos, artistas, esportistas, intelectuais, empresários, políticos... Todos participando do crescimento do País, lado a lado com brasileiros natos e imigrantes de outras partes do mundo, e assim contribuindo para a formação e o engrandecimento da Nação brasileira.

(*) Lody Brais é presidente da Associação Cultural Brasil-Líbano em São Paulo.
E-mail:brasil.libano@gmail.com

José Serra, um republicano honesto – por Armando Lopes Rafael

Mesmo sendo um republicano convicto, o ex-governador de São Paulo e ex-candidato a presidente do Brasil, José Serra, foi honesto numa análise feita  -- em artigo (“República–de volta para o futuro” ) publicado no jornal O Estado de S.Paulo -- sobre a experiência republicana no nosso país.

Depois de tecer loas à República e criticar alguns aspectos  (poucos) da experiência monárquica  no Brasil, José Serra escreveu  alguns tópicos abaixo reproduzidos:

“É preciso reconhecer que a formação do Estado monárquico teve um papel dinâmico do ponto de vista da formação do País. Permitiu a manutenção da integridade territorial, estruturou a máquina do Estado e lançou os fundamentos da organização nacional. Não foram tarefas fáceis. Algumas delas levaram até a guerras com os países platinos”.

“Esses tempos ecoam na História presente do País. Dos 80 anos pós-República Velha, foram quase 30 de autoritarismo. Parte dos problemas que temos hoje é reflexo da pérfida relação sociedade civil-Estado que herdamos. O fortalecimento crescente do aparelho estatal foi mantendo ou empurrando a sociedade civil para fora da arena política. O Estado ocupou sozinho a esfera pública. Quem nele está tudo pode. Quem está fora, contudo, passou a ser tratado, primeiro, como alienígena, depois, como adversário e, dentro dessa lógica perversa, como alguém a ser destruído - como foi o figurino do último decênio.

“O regime republicano teve enorme dificuldade de conciliar crescimento econômico e a manutenção das liberdades fundamentais do cidadão. E isso acabou marcando a nossa História desde 1930. Só na segunda metade dos anos 1950 e, mais especificamente, nas últimas duas décadas, é que conseguimos compatibilizar economia e política, com a estabilização advinda do Plano Real, a construção de uma rede de proteção social e a defesa permanente do Estado Democrático de Direito.

“Mas o espírito da res publica, que começara a reativar-se nos anos 1990, foi desaparecendo. O sonho dos primeiros republicanos, de um governo do povo e para o povo, acabou sendo substituído, numa curiosa metamorfose, por um governo dos, e para os, setores organizados e simpáticos aos poderosos do momento.

“Nos anos recentes, o patrimonialismo refez-se em duas vertentes: na formação de uma burguesia do capital estatal e na ocupação pura e simples da máquina do Estado. Ocupação voltada para o sistemático desvio de recursos públicos para partidos, pessoas e manipulação eleitoral. E, desde logo, de uma ineficiência wagneriana na organização e no funcionamento do serviço público e, pior ainda, na formulação e execução de um projeto de desenvolvimento nacional.

“Isso significa que algumas das características essenciais de um regime republicano se foram perdendo ao longo do tempo, em nome de um suposto pragmatismo que mal esconde arranjos para proteger interesses patrimonialistas e corporativistas que se estabelecem ao arrepio da maioria do povo brasileiro. Precisamos recuperar o espírito da República para que o Brasil possa avançar. Precisamos caminhar de volta para o futuro”.
                                                                                                                                              

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

021 - Por onde andam?


O Meu Amor, foi gravada por varios interpretes, Alcione, Maria Betania e outros, mas nenhum deles foi tão feliz como o Chico Buarque. As vezes, ouvimos a musica e nos encantamos com  a melodia, o arranjo, o interprete.  O momento e as pessoas tambem a eternizam,  mas neste caso, "O Meu Amor" não podemos  deixar desapercebida a letra. Frases simples que dizem muito. Ouça com atenção e acompanhem com a letra.

O Meu Amor - Chico Buarque

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

ESTRELA VESPERTINA - POR JOSÉ DE MORAES BRITO

Os lirios se fecharam, de repente,
Nos roseirais, restaram só espinhos
E cheios de inveja, certamente,
Deixaram de cantar os passarinhos.

Dos rios as águas bravas, qual serpente,
Descendo das encostas, em redemoinhos,
Foram-se quietando, mansamente,
Como, à noite, as rolas buscam os ninhos.

E um bilhão de estrelas pequeninas,
Como se fossem lantejoulas finas,
Do infinito ornamentando o manto.

Se ofuscando todas num segundo,
E só restou pra embelezar o mundo
A doçura infinita de teu pranto.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O DRAMA DE LEONTINA - Por Mundim do Vale.

No ano de 1956, nasceu na cidade de Lardânia, um garoto filho do casal Benedito e Leontina.15 dias depois o pai foi até a paróquia falar com o padre Cazuza para os procedimentos do batizado. O nome do garoto devia ser Érico, chegando na casa paroquial, Benedito esticou o braço para o padre dizendo:
- A bença seu pade!
- Deus lhe abençoe. O que o filho deseja?
- Eu vim aquí prumode maicar o batizado de Ourico meu.
- E quem vai ser o padrinho?
- É o presidente Quende.
- Quem?
- O presidente Quende.
- Você que dizer o presidente dos estados unidos John Kennedy?
- Justamnete é ele mermo.
- Mas meu filho. procure outra pessoa, que aquele homem é muito ocupado e mora muito longe daquí da Lardãnia.
- Mais ele vem, qui quando nasceu Gulora minha. eu chamei João Francisco e ele vei lá da Rajalegue. Adispois quando nasceu Orelo eu chamei Dr. José Flávio e ele vei lá de Matozim.
- Mas aí é outra história. Eu acho muito difícil o presdidente vir.
- Apois faça uma missiva pra ele marcando pro fim do mês qui eu garanto qui ele vem.
O padre cazuza não tendo mais argumentos para fazer com que o seu paroquiano desistisse, resolveu escrever, fez a carta, colocou num envelope com o trimbe da paróquia e enviou para a Casa Branca via consulado.
Se eu disser que a carta chegou lá, vocês nã vão acreditar. Pois ela chegou nas mãos do oficial de gabinete do presidente e foi respondida.
A resposta:
Reverendíssimo Padre Cazuza.
Recebemos o simpático convite do Sr. Benedito. mas em virtude dos inúmeros compromissos do do Sr. Presidente, não será possível agendar o batizado do Érico, para a data marcada. Estamos mandando junto a esssa, uma procuração e um cheque do Banco do Brasil, para o presente e as despezas do batizado.
Gabinete do presidente dos U.S.A.
O batizado foi realizado com o procurador e o érico ficou conhecido na Lardânia, como o afilhado do presidente dos Estados Unidos da América.
Sete anos depois, precisamente no dia 22 de novembro de 1963, O presidente Kennedy foi assassinado na cidade de Dallas capital do Texas.
O padre Cazuza assistindo o noticiário no seu rádio A.B.C. a voz de ouro, ouviu a matéria e quando terminou, mandou o sacristão chamar Benedito com urgência na sua casa.
Benedito chegou foi logo estirando a mão e dizendo:
- A bença Pade cazuza! O Sinhô mandou me chamar?
- Mandei. Eu tenho uma notícia muito triste para lhe dar.
- Apois diga logo ome! Qui num tem nutiça no mundo mais rim do que minha vida não.
- É o seguinte! Houve um atentado lá nos Estados Unidos e o presidente Kennedy foi assassinado.
- ÔXETE OME! Apois eu tem qui avisar a Leontina.
- Tá certo. Mas vá avisar com muito cuidado, assim como quem procura pinico no escuro.
- Benedito saiu correndo, quando chegou em casa não popou a esposa, falou logo de impacto:
- Leontina! Leontina!
- O qui foi ome de Deus?
- Mataro o Quende!
- Mataro quem?
- O Quende. Padim de Ourico.
Leontina chorando falou entre um soluço e outro:
Valha meu padim Ciço Rumão. cuma será qui tá cumade Jaqueline numa hora dessa?


Reprisado para o poeta Cláudio Sousa, que lembrou no seu blog o atentado que vitimou o presidente dos Estados Unidos da América.

Do doutor que não lê a faxineira que gosta de lixo - Augusto Nunes.



Augusto Nunes

Além do brasileiro, o Brasil já inventou o analista de juiz de futebol, o jurado de escola de samba, o despachante, o senador biônico, o flanelinha, o comunista capitalista, o cabo eleitoral de ofício, o guerrilheiro que não sabe atirar e a família Sarney, fora o resto.

Deve achar pouco, sugerem as duas singularidades incorporadas em 2011 ao vastíssimo acervo de assombros. No começo do ano, o País do Carnaval pariu o único doutor do mundo que nunca leu um livro e não sabe escrever. Em seguida, decidiu que Dilma Rousseff seria a primeira faxineira da história que odeia vassoura e gosta de lixo.

Promovida a ministra de Minas e Energia em 2003, Dilma fez mais que conviver anos a fio, sem qualquer vestígio de desconforto, com o lixo amontoado por Lula no primeiro escalão federal. Como atestam três ítens no prontuário, a chefe da Casa Civil fez o que pôde para piorar o que já estava péssimo.

Com o dossiê forjado contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso, Dilma aumentou o lixo.
Com a conversa em que tentou induzir Lina Vieira a indultar a Famiglia Sarney, escondeu o lixo.
E intensificou extraordinariamente a produção de lixo ao transformar em sucessora a melhor amiga Erenice Guerra.

ESPERTEZA MATUTA - Por Vicente Almeida

Conta a história, que esse causo se deu lá pras bandas de Várzea Alegre no tempo do mil réis, no início do século passado, quando o animal de carga era muito valorizado e importante para todos.

Um matuto com sérias dificuldades econômicas, resolveu vender o único bem que possuia: A sua
burrinha. Chamou o seu compadre e lhe ofereceu por mil réis - bastante dinheiro para a época.

O compadre mais arremedeado, comprou e pagou dizendo amanhã eu vem buscar.

E no outro dia cedo chegou na casa do cumpade, e mantiveram o seguinte diálogo:

- Cumpade, vim buscar minha burrinha!

- Cumpade, ela morreu esta noite!

- Antão me devorve o meu dinheiro

- Num posso, já gastei!

- Então quero levar minha burrinha!

- Mais ela tá morta, exclamou o outro!

- Levo assim mermo e vou rifá. Falou sério o comprador. Em seguida pegou uma velha carroça, botou a
burrinha em cima e saiu.

Um mês depois se encontraram.

- Compade e a burrinha?

- Ora botei na rifa. Fiz cem biête dizendo que ela tava no pasto. Vendi noventa e nove biêtes, apurei nove mil e novecentos réis.

Dispois do sorteio fui com o ganhador buscar lá no pasto. Quando chegamo lá foi aquela supresa, ela
tava morta.

- Mas cumpade e num deu uma grande briga não!

- Deu sim, ai eu devorvi os cem réis do biête dele e fui enterrar a burrinha!

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Esta história é verdadeira, pergunte ao Morais e ao Cláudio Sousa que eles confirmam!

Escrita por Vicente Almeida
22/11/2011

020 - Por onde andam?



A Irmã Do Meu Melhor Amigo - Renato e Seus Blue Caps

Não entendo porque tudo se acabou
Eu seria bem feliz ao lado teu
És a única irmã
Do melhor amigo meu

Na primeira vez que fui em sua casa
Era só pra encontrar o seu irmão
Mas os meus olhos te olharam
E gamou meu coração

Fui o seu primeiro namorado
Tive tanto, tanto cuidado
Pra você confiar em mim
Mas você pensou
Que eu fosse, tão ruim

Hoje em sua casa eu não vou mais
Meu caminho tão sozinho, agora eu sigo
Pois até o seu irmão
Não quer mais ser meu amigo

Terça - Blog em Prosa - Geovane Costa.

Certa feita, António Leandro Bezerra foi na Serra do Graviél buscar lenha. Chegando lá começou  a cortar a madeira para trazer num burro. No meio da tarde, já com uma boa quantidade de lenha cortada, resolveu se sentar na sombra de  uma moita de mufumbo para descansar. 

Bebeu água que tinha levado numa cabaça. fez um cigarro de fumo  arapiraca, parecendo um charuto e começou a dar umas baforadas, esquecendo-se do mundo. Com quase uma hora depois, voltou ao serviço, mas perdeu o machado. Procurou, caçou e nada de encontrar. Chegou  em casa sem lenha. Ao contar o acontecido para os familiares Manuel Leandro perguntou: Pai! E,  como foi que o senhor achou o machado.

Meu filho, só teve uma solução: lapiei fogo no monte de lenha, perdi a lenha e o cabo, mas encontrei o machado.

Uma espera - José de Moraes Brito.

Sempre se está esperando:
Espera-se o nascimento de uma criança;
Espera-se que a criança ande,
que a criança fale,
que a criança vá para o jardim;
que faça o ABC;
que faça o primário;
que faça o primeiro grau,
que faça o segundo grau.
que faça a primeira  comunhão,
que faça a crisma,
que faça o vestibular,
que se forme,
que se empregue,
que se case.

Protesto em verso.

Santana do Cariri, por ser final de linha e porque não possuía um bom acesso, por muito tempo, sofreu o isolamento. Sua única casa de pasto era o Café da dona Rosa. Ali, tirando dos clientes urbanos que tomavam um caldo ou cafezinho, somente os mascastes apareciam quando iam na direcção de Dom Leme ou Cancão. Um desses viajantes, na hora de pagar  o repasto, achou que estava sendo explorado e deixou escrito, com um carvão, na porta da casinha, seu protesto em versos:

Cariri de Santana,
Santana do Cariri;
Se o mundo tem cu,
O cu do mundo é aqui!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PRETENSÃO - Por Mundim do Vale.

HÁ SE EU TIVESSE:

- O conhecimento da genealogia, que tem o Antônio Morais.
- O gosto pela terra, que tem João e Renato Bitu.
- A inteligência, que tem Izabel Vieira.
- O amor por a cidade, que tem Klébia Fiuza, Fideralina, Fátima Bezerra.
- A veia poética. que tem O Sávio Pinheiro.
- O conhecimento de jornalismo, que tem Cláudio Sousa.
- A capacidade literária, que tem Zé Bitu , Linda Lemos e José Valdir.
- O conhecimento jurídico, que tem o Dr. Flavinho Cavalcante.
- O carisma, da Flor do Chico.
- A sensibilidade com as flores, que tem Didí Morais.
- A simpatia que tem, Melyne, Duda João Pedro e Aloísio.
- O gosto pela literatura, que tem Francisco Gonçalves.
- O carinho que tem, pelo sertão o Luís Lisboa.
- A mania de cobrar, que tem o Tropeiro do Mameluco.
- O apetite pela literatura, que tem Israel Batista.
- Uma forma de fazer com que, Vicente Almeida, Dihelson Mendonça, Flor da Serra Verde e Flor das Bravas, fossem conterrâneos nossos. Se eu podesse acumular todas essas qualidades à minha pessoa, gritaria para os quatro cantos do mundo.

SER VARZEALEGRENSE É:
COMPOR O BLOG DO SANHAROL.

VARZEALEGRIA 2012 - A ALEGRIA DO CARNAVAL.

NOTA:


DIA 30 DE DEZEMBRO, LANÇAMENTO DO BLOCO VARZEALEGRIA.
LOCAL: PARQUE DE VAQUEJADA
HORÁRIO:  SERÁ DIVULGADO POSTERIORMENTE.
ATRAÇÕES: SOM DOS PAREDOES ( 3 PAREDÕES ) E BOCA LOKA).
VAI TER DE BOM: FEIJOADA LIBERADA E CACHAÇA LIBERADA E MAIS 10 CAIXAS DE CERVEJA.
ENTRADA: PRE-INSCRIÇÃO DOS ABADAS DO BLOCO VARZEALEGRIA ( R$10,00 )


VAI SER ESTOURO.

IGUAIS - JOSE DE MORAES BRITO

Não sei que à lua cismar
Se a lua não me vê.
É o mesmo que eu me lembrar,
Dia e noite de você.

Mas se ela sem saber
Mesmo assim me alumia,
É como lembrar você,
Dia e noite, noite e dia.

E quando ela se finda,
Não sei onde, nem porque,
Outra luz me resta ainda
A lembranla de você.

domingo, 20 de novembro de 2011

019 - Por onde andam?



Edmilson Fernades Machado, o Alan, nasceu em Ribeirão Preto (SP) no ano de 1962.
José Nascimento Cardoso, o Aladim, nasceu em Visconde do Rio Branco (MG) no ano de 1956.

Formaram a dupla no ano de 1976, durante um concurso musical onde Aladim deu nota zero a Alan num concurso musical. Alan, antes da carreira artistica, foi torneiro mecânico. Aladim teve outras duplas com outros parceiros antes de formar a dupla Alan e Aladim e tocou quatro anos com João Mineiro e Marciano. Alan e Aladim gravaram o seu primeiro LP no ano de 1980, pela gravadora CBS/Sony Music com ajuda de Marciano(João Mineiro e Marciano). Na época a CBS estava investindo na área sertaneja, contudo fecharam seu departamento sertanejo e eles viram-se novamente sem gravadora. Mais uma vez Marciano os apoiou, levando a dupla para a Copacabana onde permaneceram até o último LP. Em seu 1º LP pela nova gravadora fizeram sucesso com a música ´´Parabéns amor``, mesmo assim ficaram quase três anos sem gravar. Gravam mais três álbuns, sendo um no ano de 1987 que vendeu quase um milhão de cópias e os consagrou em todo Brasil, um segundo no ano de 1989 que vendeu 200 mil cópias, cinco meses depois já haviam vendido 500 mil repetindo o sucesso do disco anterior e ainda o último álbum da formação original, que emplacou o sucesso "Remédio ou Veneno", no ano de 1991. Os maiores sucessos de Alan e Aladim foram as músicas ´´Dois Passarinhos e Liguei pra dizer que te amo``.

A morte de Aladim

A formação original terminou infelizmente em 1° de outubro de 1992, quando Aladim faleceu em decorrência de uma corriqueira cirurgia dentária aos 35 anos, a cuja anestesia o organismo do cantor desenvolveu uma alergia que causou uma parada respiratória deixando dois filhos (8 e 2 anos, à época). Este relato foi mostrado em 2006 no SBT Repórter. Boatos dizem, que Aladim foi enterrado vivo.

Novo integrante

Após a morte do parceiro, Alan buscou novas parcerias, formando dupla com Alex em 1993, não obtendo boa aceitação, e também com Nando em 1994, com o qual também gravou um disco, mas não deslanchou. Em 1996, formou novamente a dupla, onde a gravadora Copacabana fez uma seleção para encontrar um substituto que assumisse o nome artístico de Aladim, e o parceiro escolhido desta vez foi com Patrick, um cantor de músicas italianas nas noites de São Paulo, adotando Allan e Alladim. Gravaram 5 álbuns e após 11 anos da formação, se separaram. Recentemente formou dupla com Arnaldo dos Reis, irmão da dupla Gian & Giovani, mantendo o nome Alan e Aladim. Mas não fez o mesmo sucesso como era antes e em 2011 a dupla se desfez novamente.

ASAS CORTADAS - POR JOSÉ DE MORAES BRITO

Se sonho, os meus sonhos são desfeitos,
Como se fossem bolas de sabão;
Se quero, ao querer, escuto "não"!
Pela unida voz dos preconceitos.

Meus cantos escondidos, inaceitos
São presos nos grilhões do coração;
Meus planos estruturo sempre em vão,
Pois caem, ao se verem insatisfeitos.

É assim minha vontade: reprimida;
É assim: angustiada minha vida
É assim  a minha alma: inquieta.

Querendo tudo aquilo que não fiz,
Fazendo aquilo, que eu nunca quis,
Compondo versos, mas sem ser poeta.

ACRÓSTICO PRA JARNINEIRO - Por Mundim do Vale.

J oguei água no canteiro
A goei bem agoado,
R esistindo ao mal olhado
D e um feroz formigueiro.
I solei o campo inteiro
N ão deixei lá predadores
E exegí que as flores
I mplantasse a harmonia
R etocando todo dia
O jardim dos meus amores.

Dedicado as minhas flores do blog.

Jardineiro Mundim do Vale

SAPATO CHIQUE.

Depois que assumiu a prefeitura de Caririaçu, o Sr. Raimundo Caboclo numa das suas viagens a Juazeiro comprou um sapato caríssimo, puro cromo alemão.
Quando mostrou a novidade a mulher, ela deu a maior bronca: Raimundo! Como você vai justificar uma extravagancia destas?
Mulher, vá na sapataria e compre um par para você também, pois eu já sei como justificar! Vou mandar escriturar na verba de "Calçamento".

NO BRASIL É ASSIM.

As mulheres, em reunião mundial, resolveram fazer um complô contra os  homens, e decretaram que, a partir daquela data, não iriam fazer mais  nada   em casa.  Três meses depois, em outra reunião, elas decidiram contar o que tinha  acontecido daquela data em diante.

Primeiro - A francesa:  "Eu quando cheguei em casa fui logo dizendo ao meu marido que a partir  de hoje não faço mais nada aqui em casa. Não cozinho um grão de  arroz..." No 1º dia não vi nada.  No 2º dia não vi nada.  No 3º dia já o vi cozinhando seu arroz, fritando um ovo...e ele está  pensando em abrir uma rotisserrie!

Aí a americana contou:  "Quando cheguei em casa fui logo avisando a novidade. Não lavo mais  uma peça  de roupa. Nem uma cueca..."  No 1º dia não vi nada.  No 2º dia também não vi nada.  No 3º dia já o vi indo para o tanque, lavando suas cuecas... ele já  tem um sócio pra abrir uma lavanderia!  

Por fim, foi a vez da brasileira, Raimundinha, nordestina, ali, do Ceará:  "Chegando em casa já fui logo gritando forte, não faço mais porra  nenhuma  aqui em casa, mas nada mesmo..."  No 1º dia não vi nada.  No 2º dia não vi nada.  No 3º dia continuei não vendo nada.  No 4º dia fui voltando a enxergar, o olho já foi desinchando, e já dava pra ver o vulto dos meninos.

Doença, espetaculo e poder - Reinaldo Azevedo.

É lamentável a espetacularização do câncer, vazada como cenas da vida doméstica, protagonizada por Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT, como demonstrei aqui, não esperou muito tempo e acabou revelando certamente mais do que pretendia o partido. Segundo escreveu no Twitter, Lula fez barba e cabelo e deixou o bigode para as eleições de 2012. É indecente.

Quem é da área sabe que Ricardo Stuckert é profissional dos bons. Era o fotógrafo oficial de Lula quando este era presidente e migrou com ele para o instituto. Já apontei aqui a influência da estética “Benetton”, by Oliviero Toscani, em algumas de suas fotos. Não foi diferente desta vez. O resultado, como peça de propaganda, é competente. Mas é disto que estamos falando: de propaganda. Assim como Toscani expunha um doente de Aids com a família chorando à sua volta para vender camiseta e moletom (ver o post que escrevi ontem sobre a Benetton), Lula usa a sua doença para, como comprova Berzoini, conquistar votos para o seu partido.

Profissionais da fotografia teriam muito a falar a respeito — necessitando de um tantinho de coragem, claro, para enfrentar a patrulha. Um resultado como o divulgado requer ajuste de luz, muitas dezenas de fotografia, até que se escolham “aquelas”. Há tudo nas imagens divulgadas, menos aquilo que se tentou vender ao público: o flagrante e a espontaneidade. Aqueles olhares para o nada — para o futuro da humanidade? — resultam de muitos cliques.

E agora falarei com a “autoridade” de que tem barba, muuuita barba, mais do que eu gostaria. Aquilo é uma cena preparada. O casal atua como modelo — ele, no seu papel predileto: Lula; ela, no dela: mulher de Lula. Por que afirmo isso? A parte mais chata da barba (além do pescoço; por que barba no pescoço, meu Deus?) fica ali na fronteira do lábio inferior, área já raspada e escanhoada, como se nota. O mesmo se pode dizer da papada. Tudo lisinho. E há a questão óbvia: a assessoria de Lula deslocou Stuckert até a casa do ex-presidente, mas não teve o bom senso de chamar uma profissional para lhe raspar cabeça e barba, operação que sempre comporta algum risco? Tenham paciência.

Fico cá pensando nos muitos candidatos a hagiógrafos de Lula, que exaltaram, nos primeiros dias da doença, como é mesmo?, a sua “transparência”, como se esta já não tivesse sido turvada quando gravou um vídeo, tendo o mesmo Stuckert por trás da câmera, marcando um encontro com os “eleitores” em algum palanque. Não sou assim tão inocente, não é? Lula é o homem público mais em evidência do país. É admirado por milhões de pessoas. É natural que haja curiosidade sobre a sua saúde e que muitos torçam para que seja bem-sucedido em seu tratamento. Assim, é aceitável que se divulguem imagens suas e que estas sejam selecionadas e tal.

Mas vamos devagar! É preciso haver algum decoro nisso! Lembrei aqui outro dia que Lula chorou copiosamente diante da Câmera de Duda Mendonça na campanha eleitoral de 2002 ao falar da primeira mulher, morta no parto, e do filho natimorto. Elaborava uma narrativa muito distinta de entrevista que havia concedido anos antes à revista Playboy sobre o mesmo assunto. Diante daquele espetáculo patético em 2002, lembro-me de ter escrito um texto no extinto site Primeira Leitura cujo título era: “Ele não tem limites”. Tudo bem pensado, espetacularizar a própria doença para obter benefícios políticos para o seu partido não é, assim, o seu auge. Chegou mais longe com a mulher e o filho mortos.

Não, senhores hagiógrafos! Isso não é transparência, mas obscurantismo. E explico por quê. Lula torna o processo político refém de sua biografia — ou melhor: o processo político se deixa capturar por suas lendas pessoais. Na Presidência, suas batatadas não podiam ser criticadas sem que pesasse a sombra do preconceito. Agora, quando ele faz óbvia exploração política de sua doença, considera-se de mau gosto apontá-lo. É preciso que Ricardo Berzoini o faça. Até a recomendação,  em tom de ironia, para que vá se tratar no SUS, ainda que a tanto ele não esteja obrigado, é tomada como grave ofensa, “baixaria”, um verdadeiro vilipêndio!

O processo político trata Lula como expressão do sagrado. Já ele próprio nunca se importou em ser bastante profano, como se vê mais uma vez.

sábado, 19 de novembro de 2011

Trocando o pronome.

Numa cidade do cariri, o prefeito se envolveu numa confusão de rua e foi acertado com algumas bordoadas dadas pela policia.

No dia seguinte, em um comicio e ainda apresentando alguns hematomas, esculhambava a Força Policial: Policia arbitraria e sem preparo; vou tirar a farda de meia duzia desses samangos, porque bateram "neu". Aí, um assessor que estava perto do palanque, tentou corrigi-lo:

Sr. Prefeito, "Neu" não! Em mim.

E ele não entendendo bem a mensagem, sapecou:

Tá aqui outro que apanhou tambem.

018 - Por onde andam?



Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941), mais conhecido como Roberto Carlos, é um cantor e compositor brasileiro. Ele foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, liderando o primeiro grande movimento de rock feito no Brasil. Além dos discos, estrelou um programa na TV Record, chamado Jovem Guarda (que batizou esse movimento de rock), e filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora". Atualmente continua se apresentando com freqüência e produz anualmente um especial que vai ao ar na semana do Natal pela Rede Globo, mesma época em que costumavam ser lançados seus discos anuais.
Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos -, incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Fez milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores do mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Sua popularidade o tornou conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei. Em 2010, durante premiação no Radio City Music Hall, em Nova Iorque, o então presidente da Sony Music, Richard Sanders, intitulou-o Rei da Música Latina.

Blog humor - Por que parei de beber?

Fui a uma festa de despedida de solteiro em uma chácara aqui perto da cidade. A galera toda lá. Muita cerveja, uísque, vinho. A noite prometia. Muitas gatinhas. Galera animada.

Saí de lá nem sei que horas. Travado! Voltando pela rodovia, avistei algo que se tornou o terror dos festeiros...Uma blitz!!!

Comecei a rezar para tudo quanto era santo. Mas... fui sorteado. Quando parei, quase atropelei o guarda. Tava ruim. O guarda pediu para eu descer do carro. Quase não consegui.

Aí o pesadelo aumentou. Ouvi o que qualquer bêbado teme: Vamos fazer o teste do bafômetro! Tô lascado! Pensei. Quando, ao que parece, os santos resolveram me atender. Um caminhão bate na outra pista e espalha toda a sua carga...

Os guardas imediatamente me dizem: Vá embora, vamos socorrer aquele acidente!!! e saíram em disparada a pé.

Eu, mais que depressa (ou pelo menos tentando)e completamente atordoado, entrei no carro e fui embora. Feliz da vida. Hoje é meu dia de sorte, pensei.

Cheguei em casa, guardei o carro e, após agradecer aos santos pelo meu dia de sorte, fui dormir.

Tava feliz.

Logo ao deitar, minha mãe que estava aguardando a minha chegada, foi me perguntando: Filho, de quem é aquela viatura da polícia Rodoviária Federal estacionada dentro da nossa garagem?

Alguém ainda lembra? Hoje é o Dia da Bandeira – por Armando Lopes Rafael

Comemoramos neste  19 de novembro o Dia da Bandeira. A data foi oficializada  por meio do decreto lei número 4, em homenagem a este símbolo máximo da Pátria, consoante o artigo 13, parágrafo 19, da Constituição brasileira.
A Bandeira Nacional é símbolo inalterável, de acordo com o artigo 1º, I, da Lei nº 5.700, de 1º de dezembro de 1971, acrescida das modificações introduzidas pela Lei nº 8.421 de 11 de maio de 1992.

Muito bonita a atual bandeira do Brasil!
O que poucos sabem é que, após o golpe militar de 15 de novembro de 1889, que instaurou a República foi criada uma nova bandeira para os "Estados Unidos do Brasil". (Este o novo nome do Brasil, que vigorou até 1967, quando o então presidente, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, mudou a denominação para "República Federativa do Brasil").

Voltemos à primeira bandeira republicana. Esta, se constituía numa imitação barata da norte-americana. Era composta de listas horizontais verdes e amarelas, e um quadrado azul – na parte esquerda de cima – com estrelas brancas a representar os Estados, antigas Províncias. (veja ao lado direito a primeira bandeira republicana que só durou 4 dias, de 15 a 19 de novembro de 1889).

A população carioca reagiu de maneira tão negativa à primeira bandeira republicana,  que as novas autoridades republicanas, após quatro dias, voltaram atrás. Resolveram manter a bandeira do Império do Brasil, substituindo apenas o belíssimo escudo imperial por uma esfera azul, cortada ao meio por um faixa branca,  com a frase positivista Ordem e Progresso, na cor verde.
Quanto à bandeira do Império,  ela  foi criada por inspiração do Imperador Dom Pedro I. Este escolheu o verde (cor da Casa Real dos Bragança) e o amarelo (cor da Casa dos Habsburgo, da Imperatriz Leopoldina). Coube ao pintor Debret fazer o desenho da bela bandeira verde-ouro, que continua a ser o nosso maior símbolo pátrio, apesar das modificações republicanas, acima citadas. (veja a Bandeira do Império ao lado esquerdo)

Existem  regras oficiais para a bandeira nacional. Por exemplo:  quando o tecido  fica velho, ou quando o pavilhão está rasgado, deve ser imediatamente substituída por uma bandeira nova. Quando várias bandeiras são hasteadas,  a brasileira deve ser a primeira a chegar ao topo do mastro e a última a descer. O hasteamento deve ser feito às 8 horas e o arreamento às 18 horas, por causa da claridade do dia. Somente no dia 19 de novembro, dia da Bandeira, há um horário determinado para o hasteamento: é  às 12 horas.

Mas será que as novas gerações têm interesse em saber disso?

EU É QUE TE PERGUNTO!

O meu amigo Lourival Luciano, jardinense radicado em Crato, me convidou para conhecer sua fazenda  no município serrano de Jardim. Saímos do Crato as 06 horas da manha e por volta das 08 horas estávamos no local. 

Lourival passou a mostrar sua bela fazenda, muito bem estruturada,  as pastagens, estábulos e  o gado de primeira linha. O tempo passava e não se via nenhuma diligencia para o lado da cozinha. É que o Lourival tinha a intenção de retornar ao Crato antes do almoço. Pretendia tomar umas geladas num barzinho suspeito de cujo os tira gostos feitos pela dona ele gostava muito. 

Ao chegarmos no local,  Lourival se abancou numa mesa e logo foi cercado por algumas morenas. A musica do Moacir Franco se intercalava com  Agnaldo Temoteo e o Lourival se abotoou com uma delas e saiu dançando no salão  que parecia um gavião peneirador. 

Eu observava todo aquele movimento, achando bastante sem graça, porem  permaneci, nunca fui amigo de meio de caminho. Lá pras duas horas da tarde, no auge da animação, uma filha do Lourival  passou próximo  daquela casa de diversão e viu o carro do pai. 

Parou o veiculo e se aproximou do local como quem  toma chegada para matar passarinho. Quando viu o pai naquela cena de felicidade perguntou: Papai o que é que o Senhor está fazendo aqui? Lourival do alto de sua sabedoria respondeu com outra pergunta: Minha filha, eu é que te pergunto o que tu  fazes aqui! 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Calçada da fama - Dilma, comece a governar - Jose Hildeberto Jamacaru Aquino.

O mais grave é que mesmo diante das evidências a Dilma ainda o mantém [Lupi] no cargo. Estaria esperando a anuência do Lula? Dizem-na rígida, mas não é o que se demonstra.

De iniciativa própria um a um vão se afastando por serem irrecorríveis e desmoralizantes as evidências.

Urge uma reforma ministerial ampla, geral e irrestrita priorizando a capacidade técnica ou continuaremos a assistir esse trágico espetáculo de desonra que nos assalta a cada mês, semana, dia.

Dilma, Excelentíssima Presidente, comece a governar, assuma as rédeas e não fique só a criar bolsas e mais bolsas nesse assistencialismo inócuo e prejudicial, que foi dado continuidade em seu mandato mesmo porque as cifras apresentadas pelo seu governo e do seu antecessor não correspondem a verdade.

Continuamos miseráveis tanto quanto eramos antes. O resto é ilusão e armadilha como é o caso do famigerado empréstimo consignado que só escravizou os que a ele recorreram.

CAMINHO PARA O CÉU - Por Mundim do Vale.


Meu conterrâneo Zé de Dudal, passou uma temporada em Fortaleza, onde igressou numa entidade evangélica, que tinha o slogan; CAMINHO PARA O CÉU.
Zé ganhou férias do trabalho e veio passear em Várzea Alegre, pregando a sua nova religião, Nas suas pregações ele sempre usava o slogan; CAMINHO PARA O CÉU. Depois de 15 dias, Zé desandou e começou a beber cachaça, jogar baralho e frequentar o frejo,um dia lá, ele arrumou uma encrenca com duas quengas e dois gigolôs. Desceram os quatro do Ingém Véi abaixo trocando tabefes e falando palavrões, que essa página não suporta. A confusão foi terminar na bodega de Vicente Totô. Naquele momento a polícia interfiriu e prendeu os cinco.
No dia seguinte estávam Tóia, Arrozo e Zé Rodrigues comentando o assunto na calçada da bodega do Senhor José Bitu, quando o proprietário falou:
- Meninos. Se José de Dudal continuar com esse comportamento, ele vai ensinar é O CAMINHO PARA O INFERNO.

FRASE DO DIA.

"Lupi é um escroque, frio e calculista, cínico. Fica se escondendo na barra da saia da Dilma ao tentar misturar as denúncias contra ele com o governo."
Senadora Kátia Abreu (PSD-TO)

NESTE NOVO DIA

Prometa a si mesmo:

ser tão forte que nada perturbe a paz de sua mente.

Falar de felicidade, saúde e prosperidade a cada pessoa que conhecer.

Fazer sentir aos seus amigos que há algo de valor neles.

Ver o lado brilhante de cada coisa e conseguir otimismo por meio dele.

Pensar somente o melhor, trabalhar somente pelo melhor.

Ser tão entusiasta, pelo êxito dos demais como por seu próprio.

Esquecer os erros do passado e insistir para conseguir grandes realizações no futuro.

Exibir um aspecto atraente em todo o tempo. Dar tanto tempo ao seu melhoramento pessoal que não sobre tempo para criticar os outros.

Ser demasiado grande para preocupar-se, demasiado nobre para irar-se, demasiado feliz para permitir a presença de problemas que perturbem a SUA FÉ.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Blog do Sanharol - Vizualizações.

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Crise moral -- por Roberto Abdenur (*)

(Transcrito de "O Estado de S.Paulo")
As notícias sucedem-se dia a dia. É ministro que cai após acusações de corrupção em sua pasta. É deputado que acusa os colegas de venderem emendas. É detento que consegue regalias na prisão por meio de facilidades concedidas por algum carcereiro. É obra concluída com base em documentos de autorização forjados. É estabelecimento comercial que consegue alvará por meio de propina.

A esta altura os cidadãos brasileiros se perguntam como pode um país se desenvolver com base na tão disseminada cultura das transgressões. Isso mesmo, cultura das transgressões - expressão, que, no nosso entender, designa de forma clara o conjunto de ideias e atitudes que não respeitam a ética, pondo o interesse pessoal acima do interesse coletivo e das leis.

Se queremos mudar essa cultura, precisamos todos entender que o único caminho para chegarmos a um Brasil desenvolvido econômica e socialmente é o do respeito às leis, não corrompendo nem sendo corrompido, pagando impostos e combatendo a pirataria, a falsificação e o contrabando. Para começar, precisamos exigir de nossos governantes que ajam sempre dentro dos padrões éticos. E - por que não dizer? - dos mais elevados padrões éticos. Afinal, a corrupção instalada na base da sociedade é mais fácil de ser combatida do que a corrupção que permeia esferas elevadas de poder.

Já passamos por momentos históricos em que parecia que os brasileiros iam perceber o prejuízo generalizado que a corrupção causa. Chegamos até a aprovar o impeachment de um presidente da República, numa onda de civismo que parecia estar nos levando a uma nova nação, de cidadãos conscientes e éticos. Mas, quase 20 anos depois do impeachment, pouco mudou.

O historiador José Murilo de Carvalho, professor titular de História do Brasil da UFRJ, distingue bem o medo e o respeito à lei. Só uma sociedade que tenha respeito às suas leis pode alçar-se a um patamar destacado de desenvolvimento. Enquanto a lei só for cumprida por medo, sem que os valores que a nortearam sejam compreendidos pela população, não conseguiremos modificar a cultura de leniência e até conivência com as transgressões.

Estudos e pesquisas mostram que os sonegadores recorrem ao argumento de que não adianta pagar impostos se as autoridades responsáveis por lhes dar o destino previsto acabam por desviá-los. Ou seja, se não há confiança em que os recursos serão aplicados para o bem geral - na saúde, na educação, na infraestrutura, na habitação -, por que ser um cidadão ético?

Sempre insistimos em que uma coisa não depende da outra. Se formos esperar o modelo ideal de governante, não construiremos nada. Temos de pagar os impostos previstos em lei e exigir que eles sejam aplicados onde devem. E é isso o que estamos fazendo agora: exigimos que os governantes brasileiros se imbuam de seu dever maior como cidadãos e deem o exemplo de boa conduta a toda a população.

Há tempos dizemos que a crise no Brasil não é econômica. É social, não há dúvida. Mas, mais do que tudo, é uma crise moral. Chegamos a um ponto em que empresários comentam que as regras do jogo são essas mesmo e que sem "molhar a mão" de quem concede licenças e autorizações nada se consegue. Na medida em que a iniciativa privada acaba por se mancomunar com as autoridades de várias instâncias, fica difícil desatar o nó da corrupção.

Isso se aplica a negociações entre poderosos e entre pequenos. Grandes conglomerados de empresas acabam se enredando em ligações perigosas com quem tem o poder de autorizar obras e empreendimentos, de conceder licenças ou autorizações. Da mesma forma, e seguindo o mesmo rito, ela se dá entre um fiscal municipal e um camelô. Não é de hoje que, nas ruas do centro de grandes cidades, um veículo de fiscalização passa devagar, anunciando-se ostensivamente para que os camelôs tenham tempo de recolher sua mercadoria irregular. É o fiscal fingindo que fiscaliza.

Por isso não só políticos e administradores em geral, como fiscais e gestores do que deveria ser a coisa pública, têm sido alvo de denúncias de corrupção. As discussões chegaram ao Poder Judiciário, que, por definição, deveria estar acima e à distância de qualquer suspeita de irregularidade ou malversação. As divergências entre a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, e alguns integrantes do Judiciário são impensáveis em qualquer país que preze a imaculabilidade de seus juízes.

Com um PIB de R$ 3,6 trilhões, o Brasil deveria ter um atendimento à saúde decente, uma educação pública exemplar, aeroportos à altura dos eventos internacionais previstos para os próximos anos, sem falar em ferrovias e rodovias - estas mostram como parcerias podem ter bons resultados, já que as rodovias concedidas à iniciativa privada são as melhores do País.

A corrupção não deve ser tolerada em nenhum nível. Se ela chega a dimensões tão escancaradas quanto hoje no País, é impossível calar. É impossível aceitar esse fingir que as leis são cumpridas, pois isso envenena as entranhas da sociedade e provoca, lentamente, sua destruição.

A esperança de mudar essa cultura vem com a estabilidade da economia (após 17 anos de Plano Real), o respeito às regras democráticas e a ascensão da classe C. Não poderia haver melhor momento para o Brasil fazer uma profunda análise comportamental e mudar sua cultura no que diz respeito a transgressões. É o momento de incentivar campanhas para que esqueçamos, de uma vez por todas, que no passado alguns de nós valorizavam a Lei de Gerson, pensando em tirar vantagem de tudo.

É o momento histórico de construir uma sociedade em que o caminho seja impérvio para a corrupção. É o momento perfeito para pensarmos coletivamente em como construir uma sociedade da qual todos nos possamos orgulhar.