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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

CARIRIENSIDADE (por Armando Lopes Rafael)



Homens que fizeram Juazeiro do Norte

     Será lançado neste mês de novembro, no Memorial Pe. Cícero (falta marcar a data e a hora), a 2ª edição do Livro “Gente de Expressão” de Francisco Luiz Soares. Trata-se de uma obra que resgata a participação de alguns cidadãos no crescimento e progresso de Juazeiro do Norte. São biografados homens, residentes em Juazeiro do Norte, que não viveram apenas para si, nem priorizaram ganhar apenas o próprio sustento. Eles prestaram um serviço nobre e desinteressado, contribuindo para a Terra do Padre Cícero chegar ao nível de desenvolvimento que hoje ostenta.

       Dentre esses homens, o autor escreveu sobre os falecidos Padre Cícero Romão Batista, José Geraldo da Cruz, Dorotheu Sobreira da Cruz, Joaquim Cornélio, Raimundo Adjacir Cidrão, Odílio Figueiredo, Edmundo Morais, Felipe Neri, Luciano Theophilo de Melo, Aderson Borges de Carvalho, Antônio Corrêa Celestino, dentre outros.

         No livro é feito ainda o resgate da criação e atuação da Associação Comercial de Juazeiro do Norte.


Chegou a temporada do fim-do-ano trazendo mais flores

       O final do ano está chegando! Esta temporada, na região do Cariri, nos traz a floração dos flamboyants, árvores que os antigos caririenses chamavam “sombrião”. Existem pessoas que não percebem os flamboyants floridos nos campos ou nas cidades. Essas pessoas são muito ocupadas para perder tempo observando a mudança do tempo e a floração das árvores. No entanto, indiferente à reação dessas pessoas, o fim-do-ano está chegando e com ele as flores dos flamboyants, embelezando, ainda, mais a já bonita paisagem do Cariri...



Agostino Balmes Odísio o italiano que embelezou as cidades do Cariri

 Monumento a Cristo Rei, no centro de Crato

    Italiano de nascimento, Agostinho Balmes Odísio foi um escultor e arquiteto que viveu seis anos no Cariri, entre 1934 e 1940. Neste curto espaço de tempo, ele foi autor de bom número de obras de arte implantadas no Cariri, sendo a mais conhecida a Coluna da Hora, com 29 metros de altura, encimada pela estátua do Cristo Redentor, com seis metros — totalizando 35 metros — ainda hoje considerada o ícone da cidade de Crato.


Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero em Juazeiro do Norte

      Agostinho Balmes nasceu em 1881, em Turim, norte da Itália, e formou-se pela Escola de Belas Artes daquela cidade. Na infância, foi aluno da Escola Profissional Domingos Sávio, mantida por São João Bosco. Em 1912, ele esculpiu um busto do Rei da Itália, Vito Emanuel II, conquistando o 1º lugar numa disputa por uma bolsa de estudo em Paris. Na Capital francesa, foi discípulo de August Rodin, considerado, ainda hoje, o maior escultor contemporâneo. Em 1913, com 32 anos de idade, Agostinho Odísio resolveu emigrar para a Argentina, onde residia um irmão dele. Entretanto, por motivos ignorados, desembarcou no Porto de Santos, em São Paulo e permaneceu no Brasil até sua morte.

         Durante 20 anos, produziu dezenas de obras de arte nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 1934, devido a problemas de saúde, foi aconselhado a residir no Nordeste, por causa do clima quente da região. Por acaso, leu na imprensa sobre a morte do Padre Cícero e, vislumbrando oportunidade de negócios – por conta da religiosidade da cidade – veio para Juazeiro do Norte, onde residiu até 1940.

     Agostinho Balmes foi também responsável pelo projeto do Palácio Episcopal de Crato, e da Coluna da Hora, na Praça Padre Cícero, bem como da ampla reforma da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, ambas localizadas  em Juazeiro do Norte. São dele os diversos projetos de reforma de Igrejas e altares do Cariri, com destaque para as fachadas da igrejas-matriz de Milagres e Missão Velha.
 Estátua de Padre Cícero, em frente à capela do Socorro, em Juazeiro do Norte

       Esculpiu aqui vários monumentos. Dentre eles, o de Dom Quintino (na Praça da Sé, em Crato), e o do Padre Cícero (em frente à capela do Socorro, em Juazeiro). Introduziu o uso de mosaico e do marmorite nos pisos das casas do Cariri.

A ideia do Geopark Araripe


    Surgiu da iniciativa do então governador do Ceará, Lúcio Alcântara, (2003-2006), após sugestão do então reitor da Universidade Regional do Cariri, Prof. André Herzog. O professor da URCA, geólogo Alexandre Magno Feitosa Sales foi uma peça fundamental na consolidação da ideia do Geopark Araripe, desde o nascedouro até o reconhecimento pela UNESCO. Para a concretização do Geopark Araripe foi assinado um “Convênio de Cooperação entre a Universidade de Hamburgo (Alemanha) / URCA/ DAAD”, sob a coordenação do Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universidade de Hamburgo.

Como surgiram os “geoparks”

     A ideia surgiu durante a realização da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Meio Ambiente, no Rio de Janeiro no ano de 1992. O megaevento ficou conhecido como a ECO-92. Na ocasião, os temas de proteção e preservação ambiental passaram a ser destaque dentre as principais prioridades da humanidade. Esses temas transformaram-se em palavras de ordem em todos os roteiros de desenvolvimento, por meio de documentos denominados “Agenda 21”.

Sobre o Geopark Araripe

 Geotope da Colina do Horto em Juazeiro do Norte

     Localizado no extremo-sul do Cariri, o Geopark Araripe  é o primeiro parque geológico das Américas reconhecido pela UNESCO. Inicialmente, parte de seu território já constituía a Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe, criada em 1997, e localizada no planalto próximo à divisa dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco.

      O Geopark Araripe é a maior referência turística-ambiental do Cariri e um potencializador do desenvolvimento regional. Ele foi o primeiro do Brasil a fazer parte, da Rede Global de Geoparks credenciados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A área compreendida pelo Geopark Araripe é de aproximadamente 4.000 km², e abrange territórios dos municípios Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

A imensa importância do Geopark Araripe

Sede do Geopark Araripe, na cidade de Crato

     Hoje reconhecido – pela UNESCO – como “Patrimônio da Humanidade”, o Geopark Araripe, abrange a Bacia Sedimentar do Araripe e possui a maior reserva de registros fósseis planeta referentes ao Período Cretáceo Inferior.  Naquele espaço foram achados registros geológicos e paleontológicos inéditos desde os primeiros anos do Século XIX, com registros entre 110 e 70 milhões de anos de existência, em excepcional estado de preservação e diversidade. No Bacia Sedimentar do Araripe está mais de um terço de todos os registros de pterossauros descritos no mundo; mais de 20 ordens diferentes de insetos e a única notação da interação inseto-planta. Há similares destas mesmas espécies no continente Africano, comprovando cientificamente que os continentes um dia foram ligados, ou seja, formavam um só continente. Este chamado pelos cientistas de continente primaz Gondwana.

Ciro Gomes na Folha de São Paulo - Por o Antagonista.


Ciro Gomes, em sua entrevista à Folha de S. Paulo, foi perguntado se votou em Fernando Haddad.

Ele respondeu:

“Vou continuar calado, mas você acha que votei em quem com a minha história? Eles podem inventar o que quiserem. Pega um bosta como esse Leonardo Boff [que criticou Ciro por não declarar voto a Haddad]. Estou com texto dele aqui. Aí porque não atendo o apelo dele, vai pelo lado inverso. Qual a opinião do Boff sobre o mensalão e petrolão? Ou ele achava que o Lula também não sabia da roubalheira da Petrobras? 

O Lula sabia porque eu disse a ele que, na Transpetro, Sérgio Machado estava roubando para Renan Calheiros. O Lula se corrompeu por isso, porque hoje está cercado de bajulador, com todo tipo de condescendências.”

Ciro Gomes, em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que foi “miseravelmente traído” por “Lula e seus asseclas”.

“Fomos miseravelmente traídos. Aí, é traição, traição mesmo. Palavra dada e não cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana.

Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro.

Todas as pesquisas, não sou eu quem estou dizendo, dizem isso. O Haddad é uma boa pessoa, mas ele, jamais, se fosse uma pessoa que tivesse mais fibra, deveria ter aceito esse papelão. 

Toda segunda ir lá visitar Lula, rapaz. Quem acha que o povo vai eleger pessoa assim? Lula nunca permitiu nascer ninguém perto dele.”

Várzea Alegre: Por 07 votos contra, 02 abstenções e 04 votos favoráveis, projeto de Título de Cidadão Varzealegrense para Lula foi rejeitado - Por NONATO ALVES.



Por sete votos contra, quatro a favor e duas abstenções, a Câmara de Vereadores rejeitou o projeto do edil Michael Martins (PT), que concederia o Título de Cidadão de Várzea Alegre ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a sessão desta terça-feira (30).

Os edis que se posicionaram contra a matéria, disseram que, embora reconhecessem os feitos do ex-presidente a favor das classes mais pobres durante seus governos, neste momento não se sentiam à vontade para homenageá-lo com a honraria, pelo fato de Lula estar preso por corrupção.

Já os edis que votaram a favor do projeto, disseram levar em conta em sua análise, aquilo que o ex-presidente fez de bom para o povo e não apenas o momento atual.

Michael Martins lamentou a demora na colocação do projeto em pauta por parte da mesa diretora da Casa e reiterou que o resultado da votação desta noite não mudaria em nada sua admiração pelo ex-presidente Lula. 

Parte do público que esteve presente na sessão aplaudiu os vereadores que votaram contra o projeto.

Doação do saldo de campanha - Por Jair Bolsonaro.



Nossa campanha custou cerca de 1.500 milhão, menos que a metade do que foi arrecadado com doações individuais. Pretendo doar o restante para a Santa casa de Juiz de Fora, onde nasci novamente.

Acredito que aqueles que em mim confiaram estarão de acordo.

Jair messias Bolsonaro.


AO VENCEDOR, AS BATATAS - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo TV e Radio Verdes Mares.


O futebol tem suas regras.
Quem não aceitá-las, não joga.
Na política, do mesmo jeito.
Tem de respeitar as regras ou não participa da disputa.
Ganhou, leva.
Nas democracias de verdade funciona assim.
Não tem essa história ultrapassada de ganhar e não assumir.
O passado foi cheio desses sofismas.
Só acrescentaríamos um detalhe nas regras.
Com um recall, quem não cumprisse o prometido seria substituído antes do tempo.
Mas isso é coisa para a calma viciada da utopia.
De autor desconhecido: “Os políticos, como as fraldas, precisam ser trocados de tempos em tempos, pelo mesmo motivo”.
Bola pra frente.
Os homens valem pelo que fazem e não pelo que dizem.
Tem discurso para ganhar e a dura realidade para governar.
Vai-se um "mito" e vem outro.
Deus salve o Brasil.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Alívio, esperanças e vigilância – por Péricles Capanema (*)


No Rio de Janeiro, comemoração da vitória em frente ao condomínio onde reside Bolsonaro 

   Pouco depois das sete horas da noite de domingo, o Brasil tomou conhecimento de que Jair Bolsonaro estava eleito. Apesar do bombardeamento pró-Haddad dos últimos dias da campanha, proveniente de todos os setores da opinião que se publica, a votação consagradora de Bolsonaro evidenciou a exasperação do sentimento antipetista e antilulista (na opinião que não se publica).

     Alívio generalizado – ufa! ¬– a brisa fresca alimentou a esperança de nunca mais termos o pesadelo macabro que assombrou a nação de 2002 a 2016. Contudo, porcentagem considerável, quase 45%, manteve-se chegada ao avantesma, cujo retorno aterroriza a maioria.

    Em linhas muito gerais, de um lado esteve o Brasil que anseia por crescer, produz, aspira a autonomias e liberdades. Passa além das fronteiras agrícolas na busca de espaços novos e ultrapassa limites difíceis na vida pessoal e profissional. Esbanja ânimo, topa enfrentar as agruras da vida, esperançado encara o futuro.

     Convém lembrar rapidamente, é o Brasil que nutre simpatias pelo princípio de subsidiariedade, quer menos Estado e mais protagonismo da sociedade. Nesse lado está também o País apavorado com a desordem, com a violência no campo e na cidade, amigo da família e da disciplina, religioso em sua maioria. É significativo, no geral as grandes cidades votaram mais pró-Bolsonaro que os núcleos do interior. É o Brasil do avanço. No que tem de melhor, mesmo que de forma inexplícita, são setores atraídos pelo crescimento, pela plenitude.

     Vamos ao outro lado. Votou na chapa do PT – PC do B o Brasil que depende do Estado, acostumado ao clientelismo, agarrado a privilégios injustificados, receoso da autonomia e da competição. A esse contingente, somaram-se grupos letrados, enquistados na alta administração (nossa Nomenklatura), no entretenimento, nas redações, na academia, nas sacristias; também em franjas de clubes grã-finos.

    No entretimento, o ambiente contestatário e libertário alimentou os apoios de Fernando Haddad. Nas sacristias, academia e redações, além de tal caldo de cultura, a escravidão a ideais coletivistas e igualitários. Contingente gigantesco que se nutre de mitos, é infecção resistente aos antibióticos da realidade. No que tem de mais preocupante, é sempre leniente com as atrofias pessoal e social, presentes nas soluções totalitárias, por vezes as namora. Como na Venezuela. Representa com autenticidade a vanguarda do atraso, o Brasil do retrocesso.

    De passagem, mais uma vez se revelou atual o livro de Julien Brenda, primeira edição de 1927, La trahison des clercs [A traição dos intelectuais], denúncia aguda da misteriosa propensão que têm os letrados, desde há muito, de se unirem ao que existe de pior na sociedade – cegos e obstinados companheiros de viagem de correntes demolidoras; vão até o precipício e nele pulam, juntamente com os fanáticos da revolução, afundando todos. Foi assim na Revolução Francesa, foi assim na Revolução Comunista, será assim aqui algum dia, se o povo não se vacinar contra os vírus que disseminam.

     Um reparo. O Brasil simples que depende do Estado não é majoritariamente esquerdista. Parte importante dele nem sabe o que é esquerda, precisa sobreviver. Fatia grande dele votou no Andrade por medo do desamparo. Tem condições de ser resgatado do rumo errado. Ajudado com critério, pode tomar rumo certo.

     Acabou a campanha, chegou a hora de pensar feridas, relevar agravos, procurar a reconciliação. Seria bom que assim acontecesse. Receio que, se vier, será superficial. As divisões na sociedade brasileira estão enraizadas. Desmobilização e descuidos serão fatais no lado que venceu as eleições. No mais profundo, uma parte do Brasil optou pelo crescimento, deseja a plenitude. A esperança deita nele suas raízes. Outra parte, infelizmente, favorece o coletivismo, não foge da atrofia. Que Nossa Senhora Aparecida proteja o Brasil.

(*) Péricles Capanema é escritor.

"Vem aí mais um feriado de 15 de novembro" ou "A maldição do frade" (por Armando Lopes Rafael)




   O fato abaixo está narrado no livro “A Maldição do Imperador-Cem anos de República–1889-1989", do advogado e historiador, Francisco Luiz Soares, residente no bairro Muriti, em Crato. O livro foi impresso pela Gráfica Sidil Ltda. Divinópolis-MG

“Um religioso, muito amigo e íntimo de Dom Pedro II, com quem conviveu quase toda a vida, de quem era confidente e conhecedor de todas as suas lutas, dificuldades, angústias e sofrimentos, e que no calor do movimento da expulsão de Dom Pedro II e toda a sua família, vendo a injustiça contra o Imperador sendo praticada, teria dito para que muitos ouvissem:
“Maldito seja o marechal Deodoro e todos os que o acompanharam nesse ato de injustiça, que é a expulsão do mais ilustre brasileiro, Dom Pedro II.
Malditos sejam pelo uso da espada, contra um homem velho, indefeso e doente.
Malditos sejam todos aqueles que ocuparem o cargo de governantes do Brasil sem legitimidade.
Malditos sejam os republicanos!”

     Se o fato acima é verídico, eu não sei.
     Mas que dá para desconfiar dessa maldição, lá isso dá!

     Dos 43 presidentes da República, 10 eleitos não cumpriram seus mandatos;  2 presidentes eleitos sofreram impeachment, acusados de corrupção e desvio de conduta (Collor e Dilma); 7 eleitos foram depostos; 1 eleito renunciou; 2 eleitos não tomaram posse por terem falecido; 1 assumiu pela força; 3 vice-presidentes terminaram o mandato de presidentes eleitos; 1 eleito foi impedido de tomar pose; 1 eleito se tornou ditador. Tivemos dois longos períodos ditatoriais, somando 35 anos. E nos últimos 90 anos apenas três presidentes civis, eleitos pelo povo, conseguiram terminar o mandato. Bom lembrar que o ex-Presidente Lula, considerado uma “avassaladora” liderança, nas eleições de 2002 e 2006, está preso, cumprindo pena por corrupção. E o candidato indicado por ele para concorrer às eleições presidenciais de 2018, Fernando Haddad, foi fragorosamente derrotado pelo Capitão Jair Bolsonaro, que sequer fez comícios nos últimos 50 dias da campanha.

      Isso sem falar nas cassações de mandatos, exílios forçados, censura à imprensa, invasões de sindicatos, vários fechamentos do Congresso Nacional, políticos despreparados, demagogos e corruptos... Mas voltando ao início desta postagem: não dá para desconfiar que a maldição pegou.

UM PEN-DRIVE NO CAMINHO DOS ARTISTAS - Por JOÃO DINO SERESTEIRO.

Finalmente a notícia chegou aos ouvidos de “CHICO BOCÃO”. Em meia hora todo o Bairro Mutirão ficou sabendo. 

Não se falava outra coisa: Você foi para a grande festa de reinauguração da Praça Pe. Cícero? Pense numa multidão. Foi lotação. Tinha repórteres de todas as redes de televisões, SITE’s, revistas, jornais, a imprensa toda se fez presente. Com certeza vai ser notícia no mundo todo.

“CHICO BOCÃO” circulou todo o Bairro Mutirão perguntando isso ao povo.

De certa forma ele tem razão, porque todos os políticos têm como principal plataforma de campanha aquela preocupação com a geração de EMPREGO E RENDA para o povo.  

O que se imagina de uma festa de reinauguração de uma grande obra pública, de mais de R$ 6 milhões, sobretudo numa região turística como é o caso de Juazeiro do Norte do Ceará, é uma grande movimentação na cidade.

As lojas que vendem roupas, os postos de combustíveis, os tradicionais mercados de produtos dos nossos artesãos, as visitas aos nossos shopping’s, nossos grandes supermercados, nossa rede de famosos restaurantes, a gastronomia de um modo em geral, os estacionamentos rotativos, o incentivo aos nossos vendedores ambulantes que sobrevivem em função desses eventos sociais e romarias etc.

No dia seguinte “CHICO BOCÃO”, logo cedinho, parou a carroça dele na porta da minha casa, veio me encher a saco: E aí JOÃO DINO, não foi babá Arnon Bezerra para cantar na reinauguração da Praça Pe. Cícero, não?

Eu respondi: fui não Chico. Desde que aquele Vereador Joia disse no microfone do plenário da Câmara que babá Arnon Bezerra não resolve nada, e até enfatizou: “babá mais do que do que eu babei e levei foi pé-na-bunda”, eu desisti de procurar e de sugerir realização de eventos artísticos. Eu vi Arnon em março de 2017.

Mas diga aí, porque você está me perguntando isso? Por acaso não teria outros artistas para você fazer essa pergunta?

A resposta dele: Ah então você não está sabendo não que na reforma da Praça Pe. Cícero demoliram o coreto, e que agora não se usa mais apresentações artísticas ao vivo?

Eu pensei que era mais uma das exageradas “fake news” de “CHICO BOCÃO”, e falei: Chico, você não tem jeito. Você não perde essa mania de falar mal dos gestores públicos. Que conversa é essa Chico?

A resposta dele: Murilo Siqueira falou no jornal que o único som que rolou na festa de reinauguração da Praça Pe. Cícero foi uma seleção de músicas que o Prefeito Arnon Bezerra fez, gravou num PEN-DRIVE, e botou pra tocar numa caixinha de som. 

O público não parava de aplaudir o tempo todo. “Adautinho” dava murros no vento, de tanta felicidade. Se essa moda pega, os artistas do Cariri que tiravam uma casquinha da Prefeitura, estão ferrados.

Bolsonaro é a lápide do sistema que apodreceu - Por Josias de Souza.


A vitória de Jair Bolsonaro consolidou o processo eleitoral de 2018 como uma pequena revolução. Desde a transição da ditadura para a democracia, há 33 anos, não se via um vendaval semelhante na política brasileira. A guinada promovida agora pelo eleitor foi maior do que aquela ocorrida em 2002, quando Lula se tornou presidente da República pela primeira vez.

O triunfo de Bolsonaro se deve menos às qualidades do novo presidente e mais aos defeitos do sistema político que ele confrontou. O sistema partidário apodreceu. 

Bolsonaro é o resultado desse apodrecimento. Em termos partidários, os dois maiores perdedores da temporada foram o PT e, subsidiariamente, o PSDB. Em termos pessoais, o maior derrotado foi Lula.

Ironicamente, Bolsonaro é um personagem do sistema que o eleitor escolheu para dar uma resposta antissistêmica. Sua vitória caiu sobre a estrutura partidária como uma lápide. Para ressuscitar, os partidos terão de se reinventar. 

Quanto a Bolsonaro, ele terá de oferecer resultados práticos rapidamente. Do contrário, o pedaço do eleitorado que enxergou nele uma solução logo começará a vê-lo como uma espécie de São Jorge às avessas, capaz de abandonar o plano de salvar a donzela para se casar com o dragão.


Eu dizia - Por Antônio Morais.


Votei no Luiz Inácio para o seu primeiro mandato. Votei por conta do governo desastrado do Fernando Henrique Cardoso em conluio com o PMDB. 

Quando Lula trouxe a cambada do PMDB para o governo eu disse : 
"Isso não vai dar certo".

Amizades dos tempos dos meus avós, dos meus pais e minhas de 40 anos atrás foram desfeita, perdidas. Lula falava sempre para uma plateia formada por cegos, fanáticos e bajuladores. Fez doutorado em ludibrio, mentiras e enganação. Falando para sua plateia fez mestrado em pilantragem, corrupção e ladroagem. E, eu dizia : 
"isso não vai dar certo".

Começou a não dar certo na eleição para lhe suceder. O candidato natural José Dirceu não pode se candidatar : Estava  na cadeia. Lula seguiu com o encantamento de plateias. Elegeu Dilma duas vezes. Mandou até quando o PMDB resolveu se rebelar e afastou a presidenta do puder.

Estas eleições deixaram claro que eu estava certo quando dizia : 
"Isso não vai dar certo". 

O PT e seus políticos falavam apenas para sua plateia. E, esta não foi suficiente para impedir a maior derrota de um candidato a Presidente da Republica na historia do Brasil. 

O Pajé Lula preso por diversos crimes e denunciado por outros, azeda na cadeia e ficará na galeria de fotos presidenciais como o único  governante  a cumprir  pena  depois que deixou o governo.

Hoje eu digo : "Não deu certo".

Não lamento pelas amizades perdidas, no fundo eu nada perdi, eles nada perderam também.  Confio, desejo e espero que Deus ilumine as mentes e os faça patriotas na defesa dos maiores interesses do Brasil.

BOLSONARO É A VITÓRIA CONTRA O VELHO NA POLÍTICA - Claudio Humberto.

A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) ainda levará ao divã comentaristas e cientistas políticos, inconformados com a própria constatação de que foi a vitória contra a velha política, do tostão contra o milhão, a vitória da “guerra de guerrilha” das mídias digitais contra a mídia tradicional. 

Retirado das ruas pela facada de um ativista de esquerda, Bolsonaro foi eleito presidente sem sair de casa para pedir votos País afora.

CONTRA A DESIGUALDADE.

O PT embolsou mais de R$ 212 milhões do Fundo Eleitoral, enquanto a Justiça Eleitoral disponibilizou apenas R$ 9 milhões para o PSL.

TV PARA QUÊ?
Bolsonaro deu show nas redes sociais, com seus 15,3 milhões de seguidores, tornando inútil o ambicionado tempo de rádio e TV.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Jair Bolsonaro é o 38º Presidente da República??? FAKE NEWS! (por Armando Lopes Rafael)



     A mídia (a mesma que mentiu e caluniou Bolsonaro o tempo todo durante a campanha política ontem encerrada), a começar pela Rede Globo foi a primeira a trombetear: Jair Bolsonaro eleito 38º  Presidente do Brasil. Ledo engano.

       Em 2018, a República Federativa do Brasil (nome que substituiu a antiga denominação oficial dos “Estados Unidos do Brasil”, a qual vigorou de 1889 a 1967) completará 129 anos de sua triste existência, marcada por uma sucessão de fracassos. Segunda a “contabilidade” republicana nesses 129 anos tivemos 33 presidentes. E a lista oficial inclui 2 presidentes que não chegaram a tomar posse: Júlio Prestes e Tancredo Neves. Ora, se incluiu até quem não assumiu o mandato, cometeu uma tremenda injustiça, pois outros brasileiros chegaram a exercer a Presidência da República (seja por meses, semanas ou mesmo dias) e não constaram da lista oficial...

E quem foram esses que assumiram o mandato de Presidente da República e não são citados? Abaixo relaciono os “injustiçados”:

1) Augusto Fragoso
2) Isaias de Noronha
3) Mena Barreto
(Essa “Junta Presidencial” esteve na Presidência da República entre 24 de outubro a 3 de novembro de 1930, antecedendo a posse de Getúlio Vargas como “Chefe do Governo Provisório”, que existiu de 1930 a 1934. Depois, Getúlio Vargas emendou o mandato como “Presidente Constitucional” – ele outorgou uma nova Constituição – de 1934 a 1937 e virou ditador por mais 8 anos, até 1945. Getúlio ficou 15 anos na Presidência e ainda é o mais longevo dos nossos presidentes)

4) José Linhares (cearense de Baturité, que era presidente do Supremo Tribunal Federal e exerceu a Presidência da República após a queda da ditadura Vargas, entre outubro de 1945 a janeiro de 1946).

5) Carlos Luz (era presidente da Câmara dos Deputados e foi investido como Presidente -- de 8 a 11 de novembro de 1955-- em face de um golpe militar que tirou do poder o presidente Café Filho).

6) Nereu Ramos (era presidente do Senado Federal e foi investido como Presidente -- de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956 -- em face de novo golpe militar que derrubou o presidente interino Carlos Luz).

7) Ranieri Mazzilli (como Presidente da Câmara dos Deputados assumiu durante a renúncia de Jânio Quadros 25 de agosto a 7 de setembro de 1961)

8) General Aurélio de Lira Tavares
9) Brigadeiro Márcio de Sousa e Melo
10) Almirante Augusto Rademaker

(os últimos três citados eram os Ministros do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, e assumiram - numa Junta Militar -” o exercício temporário da Presidência da República", para o que não havia qualquer previsão constitucional. Estes ministros militares proibiram o emprego da expressão “Junta Militar”, quando, em 6 de outubro de 1969, declararam "extinto" o mandato do presidente Costa e Silva, que sofrera um AVC e estava impossibilitado de continuar na Presidência. E não deixaram o Vice-Presidente Pedro Aleixo, que era civil, assumir como previa a Constituição em vigor, naquela época).

Como se vê, deixam de incluir na” lista oficial” 10 (dez) brasileiros que efetivamente exerceram a Presidência da República. Com isso o número de Presidentes da República no Brasil sobe para 43. Jair Bolsonaro será, na verdade, o 44º Presidente da República e não o 38º como anunciou a desinformada mídia. O que dá uma média de menos de 3 anos para cada mandato dos nossos Presidentes da República...

E isso, apesar da famigerada “lei da reeleição” ter beneficiado Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vane Rousseff com dois mandatos seguidos... 

Texto e postagem de Armando Lopes Rafael.

domingo, 28 de outubro de 2018

Como a ciência explica o ódio eleitoral - Por Rodrigo da Silva.


Fomos programados para sentir prazer quando alguém repete nossas crenças. Num mundo dividido em bolhas, esse é um belo atalho para o obscurantismo.

As pesquisas de rejeição deixam claro: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad são odiados. Quem vota em um rejeita total e absolutamente o outro. Para entender exatamente por que isso acontece, não tem outro jeito. Precisamos esquecer por alguns instantes os valores e planos de governo de cada um e focar num objeto inquestionavelmente mais complexo: nosso cérebro. E ele traz à tona uma resposta incômoda, a de que somos mais intolerantes do que admitimos.

É o que aponta o neurocientista americano Joshua Greene, de Harvard, em seu livro Tribos Morais – A Tragédia da Moralidade do Senso Comum. Greene defende um pilar da psicologia evolutiva: o de que nosso cérebro não foi projetado para encarar a tarefa de viver em grupos complexos. Nossos instintos não toleram a ideia de conviver com quem pensa de forma distinta – muito menos oposta.

A evolução nos conduziu para a vida tribal. Entenda “tribal” não como algo primitivo, mas como uma família estendida. Fomos programados para conviver em grupos pequenos, com indivíduos que encaram a vida de uma forma parecida com a nossa – que comungam das mesmas crenças, hábitos e valores. Quem não comungasse era um inimigo, um predador humano, alguém pronto para roubar sua comida e matar você ao longo do processo.

Foi dessa forma que organizamos nossa vida coletiva por centenas de milhares de anos. O cérebro criou mecanismos para proteger os laços tribais. Um deles é o “viés de confirmação”. Somos recompensados com pequenas doses de dopamina, o neurotransmissor do prazer, cada vez que ouvimos alguém repetir crenças e valores iguais aos nossos. Isso indica que o sujeito é um membro em potencial da sua família estendida. Alguém que irá lhe proteger.

sábado, 27 de outubro de 2018

PERGUNTAS - Por Wilton Bezerra, Comentarista generalista·

O pior da pergunta deve ser a resposta.

Não é para causar a impressão de ser besta ou irônico, mas, no momento me sinto melhor fazendo perguntas.

Aliás, nunca ruborizei em perguntar sobre o que não entendo.

Acontece que vivemos uma fase muito confusa no Brasil.

Habitamos as imediações do presente com um futuro previsível (ruim) e uma revolta sem rumo.

Quem achar que isso é pouco, levante o braço.

Certa feita, um amigo procurou me explicar as razões da crise que atravessamos.

A mistura de questões econômicas, sociais e ideológicas formaram um confusão danada na minha cabeça.

Como não entendi, ele reagiu: “deixa de ser burro!”
Os “entendidos” e os economistas aprendem uma linguagem para ninguém compreender.
Posso ser burro, mas não é muito não.

Querem ver uma coisa?
Essa questão da internet, que deu voz aos imbecis.
Uma sentença me fez ruminar sobre o assunto: “não se aborreça com o mensageiro quando a mensagem é que incomoda”
Com algumas diferenças, (ou seriam muitas) a internet é um meio de mensagem como o rádio, o jornal e a televisão.

O conteúdo das mensagens, imbecis ou não, é o que se constitui no aborrecimento e não o mensageiro.
Pergunto ainda: o revólver, sozinho, é o responsável pelo crime?

Estou perguntando!
Quem souber, levante o braço.

Somos todos irmãos. Somos todos Brasil! – por Eduardo Girão (*)


Fonte: jornal O POVO, 27 de outubro de 2018

     Em cada dificuldade que vivenciamos, temos uma oportunidade de superação, de crescimento. Chance ímpar de reflexão e aprendizado que pode ser ampliada com a percepção do sentimento de nosso semelhante. Estamos todos conectados uns aos outros, somos todos irmãos! É com este olhar que devemos participar deste momento decisivo para o Brasil: com a confiança de que nosso povo, independente de qualquer divergência ideológica, aspira dias melhores.

       Assim que tivermos o resultado da eleição presidencial, precisamos lembrar que somos filhos do mesmo Deus e não podemos deixar qualquer resquício de inimizade entre nós, mesmo que tenhamos sido adversários no campo político. Este período de intensa discussão de ideias, de quebra de paradigmas, de descobrimento de novas visões políticas e morais - tão diferentes das que poderíamos ter - nos abrirá a via abençoada da aproximação, do diálogo, da tolerância e do respeito. 

       Não desperdicemos este momento único! O Brasil não é mais o mesmo, e, com ele, também nós não somos mais aqueles de antes. Pulsa forte o desejo de renovação no âmago de nosso ser. Não somos passivos, estamos nas ruas, colocamos nossa voz nas redes, confiamos que podemos fazer a diferença. E os números atestam isso: no Senado Federal, houve renovação de 85%. Demos muitos passos. Não é preciso ter medo. Gosto sempre de citar o médico Bezerra de Menezes, cearense, grande referência de ética e caridade: "A política, como compreendo, não é uma mera especulação dos homens, é uma religião. 

       A religião da pátria"! Venha o desafio que for, com os sacrifícios e alertas que acompanham, podemos andar altivos sabendo que os bons cidadãos, que são a grande maioria da nossa amada nação, darão o seu brado e erguerão o seu braço forte pela paz, pela vida e pela verdade. Estaremos juntos, pro que der e vier. Vamos unir as mãos e entrelaçar os nossos corações. É chegada a hora. Oremos pela sabedoria e discernimento dos eleitores brasileiros nesta imperdível festa da democracia. Que a vontade popular seja aceita com serenidade por todos e que o novo presidente escolhido ajude a virar, de vez, a triste página da corrupção no solo desta "mãe gentil". Paz e bem, e que vença o Brasil!

(*) Eduardo Girão.  Senador da república eleito pelo PROS .
E-mail: eduardogiraooficial@gmail.com

Lula Lampião contra o Judiciário independente - Por O Antagonista.


O desembargador Fábio Prieto, em artigo para o Estadão, mostra como Lula investiu contra a independência do Poder Judiciário. E o fez citando o cangaceiro Lampião e contrariando  a Constituição, por meio de uma reforma que fortaleceu os sindicalistas de toga e beca.

Leia um trecho:

“No Brasil, a reforma do Judiciário de 2004 foi a aliança parlamentar inaugural entre o patrimonialismo e o populismo autoritário. A definição dos Poderes de Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário -, núcleo central da vida em sociedade, é motivo de discordâncias inconciliáveis, em todos os tempos, em todos os países. Por aqui houve unanimidade entre situação e oposição na aprovação da reforma do Judiciário. Hoje as páginas policiais registram que a explicação pode estar no comércio ecumênico de algumas lideranças parlamentares da situação e da oposição.

Antes de chegar a essa reforma, a primeira do governo Lula, contra o último Poder de Estado ainda livre – isso diz muito sobre o desejo desmedido de “tomada do poder” -, alguns movimentos importantes foram feitos no sistema de Justiça. O governo do presidente Lula criou a Secretaria de Reforma do Judiciário dentro do Poder Executivo, órgão inconstitucional de intervenção desabrida de um Poder de Estado sobre outro.

A investida veio com o famoso discurso presidencial de abril de 2003, de denúncia da caixa-preta do Judiciário, com a citação inspiradora de um cangaceiro: “Como dizia Lampião em 1927, neste país quem tiver 30 contos de réis não vai para a cadeia. Ainda em muitos casos prevalece exatamente isso”.

Ao lado da criação inconstitucional da Secretaria da Reforma do Judiciário, outro movimento importante foi inocular o assembleísmo corporativo-sindical não apenas na Procuradoria-Geral da República, mas também nos cargos estratégicos do Ministério Público Federal, em todo Brasil. Os cargos de liderança pública da Nação – presidente da República, ministros do Supremo Tribunal Federal e procurador-geral da República, entre outros – são submetidos a requisitos estritos, segundo a liturgia cerrada da democracia.

No dia da eleição, o cidadão não pode escrever no voto que seu candidato a presidente da República, para a escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal, deverá exigir condições estranhas ao ritual da Constituição. Muito menos poderá fazê-lo o próprio presidente da República. Trata-se, é elementar, de questão indisponível.

Não obstante, uma entidade de classe privada, a Associação Nacional dos Procuradores da República, resolveu fazer lista tríplice censitária por meio da qual apresentaria três “eleitos” só por seus associados. Em junho de 2003 o presidente lula nomeou procurador-geral da República o “mais votado” na lista tríplice inconstitucional. Em setembro de 2003 o procurador-geral da República baixou uma portaria para regulamentar a “eleição” para os cargos estratégicos da instituição em todo Brasil.

Nos Estados, em sistema de chapas, como nos sindicatos, o procurador-chefe, o procurador eleitoral e o procurador dos Direitos do Cidadão passaram a ser eleitos sem nenhum critério. São três posições estratégicas. A primeira tem o poder administrativo organizacional. A segunda, atribuição sobre a classe política. E a terceira torna viáveis ações relevantes contra o poder econômico.

Assim foi feita a verticalização nacional do poder no Ministério Público Federal, da cúpula, em Brasília, até os cargos estratégicos nos Estados. Contra a Constituição. Contra a lei. Por uma portaria.”

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Processo de beatificação de Menina Benigna avança


Fonte: “Diário do Nordeste”, 26/10/2018 – Por Antônio Rodrigues 


Pessoas se reúnem no local onde a jovem foi atacada e brutalmente assassinada quando defendia sua castidade. Foto: Antônio Rodrigues

Após ter sido aprovada pela Comissão de Teólogos do Vaticano e anunciada na última quarta-feira, a beatificação da "Heroína da Castidade" aguarda agora avaliação dos cardeais da Igreja Católica e a aprovação do Papa Francisco

“Heroína da Castidade”, como é aclamada em Santana do Cariri, Benigna Cardoso da Silva teve sua beatificação aprovada na Comissão de Teólogos da Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano. Depois de cinco anos de estudos sobre sua história e devoção, o processo agora cabe à avaliação da Comissão dos Cardeais e, em seguida, requer a aprovação do Papa Francisco. Nomeada "Serva de Deus" pela Igreja Católica, em 2013, a jovem foi brutalmente morta aos 13 anos de idade, em 1941.

A Diocese do Crato abriu o processo de Benigna em 2011 e, dois anos depois, chegou ao Vaticano. Na fase inicial, os teólogos investigam as virtudes ou o martírio, detalhando as circunstâncias da morte. A comprovação de um milagre, critério necessário para tonar-se beato, é dispensado no segundo cenário. (Os que foram martirizados dispensam milagres prévios) No caso de Menina, ela foi assassinada a golpes de faca por um adolescente que a assediava, depois que recusou a ter relações com ele. Para os populares, "ela deu a vida para não cometer o pecado".

Além da extensa documentação que a equipe diocesana já entregou na Sede da Igreja Católica, o Vaticano solicitou, em 2016, depoimentos de pessoas que viveram entre as décadas de 1940 a 1980, relatando graças alcançadas e sobre a consciência popular do martírio de Benigna.

"Um processo muito rápido. Acreditamos que a beatificação pode sair logo", conta o padre Paulo Lemos, pároco da Igreja Matriz de Santana do Cariri. A beatificação é o primeiro passo para a canonização, processo pelo qual a Igreja reconhece oficialmente a fama e o testemunho de santidade de alguém que viveu e morreu, marcado pelas virtudes cristãs.

Aprovação

Com a aprovação da Comissão dos Teólogos, a fase mais longa do processo foi encerrada. Assim, resta aos bispos discutirem a aprovação da beatificação da jovem. O resultado deve ser divulgado entre oito meses e um ano. Caso o parecer seja favorável, Benigna se tornará a primeira beata cearense. No entanto, em Santana do Cariri, ela já é aclamada como santa popular em romaria que acontece há 15 anos. Na última quarta-feira (24), cerca de 30 mil pessoas participaram do evento.
A Romaria de Benigna, este ano, celebrou os 90 anos de nascimento da menina e 77 anos de seu martírio. "Desde 1941, ela já tinha uma fama de santidade. Isso foi crescendo com as primeiras romarias em 2003 e 2004. De 2013 para cá, a presença de visitantes tem aumentado consideravelmente", acredita Ypsilon Félix, um dos organizadores do evento.

O evento reuniu fiéis de todo o Cariri e de outros estados, além de 60 padres. "Em um dia, Santana do Cariri recebe mais pessoas que o Museu de Paleontologia em um ano".

POEMA PARA ISABELE - Por Edmilson Alves


Conheci minha sobrinha ISABELE, quando ela tinha dois anos. Seu pai, meu irmão, acabara de falecer. Ela foi morar com os avós, meus pais. Mas, sua mãe, de forma legítima, tirou ISABELE de meus pais, e a educou longe da gente. 

O tempo passa, e, passando o tempo, jamais vi ISABELE. A internet é um novo mundo, repleto de mistérios. Quando as redes sociais são bem utilizadas, descobrem-se amigos, parentes, ainda vivos, ou, mortos. Já aconteceu comigo, várias, vezes. 

Uns já não vivem, mudou-se para pátria dos BEM AVENTURADOS. Outros, não os vemos, faz sessenta anos, e, reapareceram! Reconstruímos legitimas amizades.

No caso de ISABELE não foi diferente. Ela surgiu igual à estória do Pequeno Príncipe, dialogo da raposa: aproximou-se devagar. Devagarinho, meio desconfiada e falou – oi tio.

Naquele momento, juro que chorei. Chorei de emoção! “A impressão que tive foi de que, o seu pai, meu saudoso irmão, já falecido, acenava pra mim dizendo: ‘OBRIGADO IRMÃO”!

Diz um provérbio chinês: ”Quando os olhos não estão bloqueados, o resultado é a visão. Quando a mente não está bloqueada, o resultado é a sabedoria e quando o espírito não está bloqueado, resulta o amor, sem complicação”. 

Hoje aos 78 anos, continuo chorão. Aprendendo a viver, vivendo um minuto por vez, dando risadas de mim mesmo. Sou imperfeito porque ninguém é perfeito. Vivo renunciando à teimosia de ser intransigente! 

O jardim da vida deve ser um poema de amor. Não tenho pudor para me aproximar de quem é triste, falando até bobagens, falando sinceramente sobre meus sentimentos, principalmente, quando imagino que meu saudoso irmão estava me agradecendo!

FALTAM 287 MIL EMPREGOS PARA TEMER ZERAR A CONTA - Cláudio Humberto.



O presidente Michel Temer pretende entregar o governo, em 1º janeiro, com o Brasil com mais empregos do que encontrou, ao assumir. 

Mas não muito. O País acumulou 719.089 postos de trabalho entre janeiro e outubro de 2018. Mas, para “zerar a conta”, o mercado precisa gerar outros 287.210 empregos até o fim do ano, a fim de compensar os 1.006.299 de postos perdidos entre maio de 2016 e dezembro de 2017.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Caririensidade (por Armando Lopes Rafael)


História do Cariri: Dona Matildes, a inimiga que protegeu Bárbara de Alencar

 Casa de Dona Bárbara de Alencar, localizada na praça da Sé, em Crato . O imóvel foi destruído para dar lugar ao atual prédio da Coletoria de Rendas da Secretaria da Fazenda do Ceará

   O episódio que, de forma resumida, relato abaixo está – com mais detalhes – nas páginas 70 e 71 do livro “As Quatro Sergipanas”, do sacerdote e historiador Mons. Francisco Holanda Montenegro.
     Dona Bárbara de Alencar tinha com Dona Matildes Telles, esposa do Capitão Manoel Joaquim Telles e mãe do Juiz Ordinário de Crato, este destituído do cargo pelos membros da família Alencar, líderes da Revolução Pernambucana de 1817, no Cariri cearense – uma intriga e rivalidades antigas por causa de política. Não se entendiam, não se cumprimentavam e nem se falavam.

       Rechaçada a Revolução, pelo Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, os filhos de Dona Bárbara foram presos e ela escondeu-se dos inimigos pensando escapar da prisão.  Na madrugada de 21 de maio de 1817, Dona Bárbara encontrava-se escondida nas imediações do Sítio Pau Seco, propriedade sua, onde passou o dia oculta num canavial. À noite saiu do esconderijo, e tendo perdido a esperança de ver voltar seu fiel escravo, o negro Barnabé, seguiu vagando sem destino pelas matas que existiam à época em torno da Vila Real do Crato. Na sua andança veio parar no Sítio Miranda, mais precisamente nos fundos da casa de sua inimiga, Dona Matildes. Soube que estava ali porque viu uma escrava da casa apanhando água. A escrava reconheceu Dona Bárbara e foi avisar a sua patroa.

           Dona Bárbara apresentou-se a Dona Matildes. Esta última, com o coração aberto a tantos sofrimentos porque passava a família Alencar, abraçou a sua inimiga com lágrimas de ternura e num gesto magnânimo de generosidade, respeito e fidalguia levou-a para abriga-la na sua casa. Fez mais Dona Matildes. Mandou chamar seu filho, o Juiz Ordinário do Crato, que tinha sido readmitido no cargo, e disse a ele:

– Mande queimar todos os papéis e atas arquivados pelos contrarrevolucionários que comprometam Dona Bárbara e seus filhos

     Tempos depois, o futuro Senador e Presidente da Província do Ceará, José Martiniano de Alencar, filho de Dona Bárbara, preso nos cárceres do litoral teria afirmado: “Sem provas nós não poderíamos ser licitamente condenados à morte”.

A Chapada do Araripe é um mundo

        O texto abaixo abre o site do Geopark Araripe:
      “A Chapada do Araripe é uma grande muralha que divide os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Em seu entorno há inúmeras fontes de água, graças às rochas que a formam, e que têm uma função similar à de uma esponja. Com água farta, está sempre verde, mesmo em tempos de seca persistente. Com um bioma predominante de caatinga, e áreas de cerradão e mata atlântica, possui como símbolo uma espécie endêmica de pássaro (só encontrada por lá), o pequeno Soldadinho do Araripe, com sua crista vermelha que parece um quepe”.

Flores da Chapada do Araripe

     A arquiteta Maria Elisa Costa – filha do urbanista Lúcio Costa, que ajudou a planejar Brasília – era amiga da ex-reitora da URCA, Violeta Arraes. Esta convidou Elisa para projetar os jardins da reitoria da Universidade Regional do Cariri, em Crato. Ainda hoje Elisa guarda boas recordações do trabalho que fez aqui. Entrevistada pela revista Veja, Elisa declarou: "Descobri um Brasil que o litoral não conhece. Quem imaginaria, por exemplo, que há tantas flores no Crato?".  
   
    Informamos que o Guia de Plantas da Floresta Nacional (Flona) do Araripe-Apodi está disponível no site do The Field Museum, de Chicago (EUA). O endereço virtual hospeda guias de plantas, animais, algas, fungos e liquens de várias regiões do mundo.

A foto acima, com flores da Chapada do Araripe foi feita por Dihelson Mendonça.
Flor do maracujá. Foto de Jackson Bantim


Um valoroso caririense: Huberto Cabral

      As cidades são feitas primeiramente pelas pessoas. Pois seus moradores falam mais à alma do que os prédios e os cartões-postais. Uma das pessoas mais presentes na vida da cidade de Crato é o radialista, jornalista, memorialista e historiador Francisco Huberto Esmeraldo Cabral. Desde 1947, quando tinha dez anos idade, Cabral começou a participar dos acontecimentos da cidade natal, um dos enlevos da sua vida.

     Na sua trajetória profissional, Huberto Cabral exerceu inúmeros cargos, dentre eles o de Assessor de Imprensa da Prefeitura de Crato, Câmara de Vereadores e Assessor de Comunicação no início da Universidade Regional do Cariri. Ao longo da sua existência ele tem sido animador e organizador de inúmeras promoções de caráter cultural que se realizam em Crato desde o início da década 50 do século passado.

       Huberto Cabral sempre participou ativamente da organização da “ExpoCrato” o maior evento econômico-social do interior nordestino. São milhares as crônicas escritas e divulgadas por ele através dos meios de comunicação, as quais – se reunidas e publicadas – constituiriam o resgate das efemérides históricas, políticas e educacionais de Crato e do Cariri. Desde 1958 contribui com o Departamento de Jornalismo da Rádio Educadora do Cariri, hoje de forma voluntária e abnegada para difundir o Crato e o Cariri.

        Huberto Cabral é, merecidamente, mercê de seus dotes de espírito e prestimosidade uma biblioteca ambulante ou um professor sem cátedra da história do Sul do Ceará.  Atualmente, aos 81 anos de existência, contrariando uma tendência natural de que – com o avanço da idade ocorre um arrefecimento de ânimo, força ou disposição do ser humano ao trabalho – Huberto Cabral continua firme no seu “sacerdócio” cotidiano de prestar serviços à comunidade caririense. Serviço de boa qualidade, sem preocupação de colher louros, a não ser aqueles que venham beneficiar a todos incondicionalmente. Por essa história de vida, totalmente devotada à causa pública e ao progresso material e intelectual de nossa região, Huberto Cabral é merecedor de todo o nosso respeito e gratidão.


Avança causa de beatificação de Benigna

     As ruas de Santana do Cariri foram tomadas, no último dia 24 de outubro de 2018, por uma multidão calculada em 30 mil pessoas, que reverenciou a memória da Serva de Deus Benigna Cardoso da Silva. A solenidade foi presidida pelo Bispo Diocesano de Crato, Dom Gilberto Pastana de Oliveira. Este, anunciou ao povo que a Comissão de Teólogos do Vaticano aprovou o processo de pedido de beatificação de Benigna Cardoso da Silva.

    Agora a próxima etapa é a avaliação dos Cardeais componentes da Congregação para a Causa dos Santos, cujo resultado será levado ao Papa. Este dará a palavra final para a beatificação de Benigna, filha de Santana da Cariri e primeira cearense com chance de galgar os altares da Igreja Católica.

      Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928, em  Santana do Cariri. Foi assassinada em 24 de outubro de 1941,  na mesma cidade,  ao defender-se do assédio sexual por parte de um jovem da mesma idade, que, enfurecido, golpeou-a com um facão. Desde então, a menina Benigna se  tornou alvo de devoção por parte da população caririense  que a considera uma “mártir da castidade”.

         Em 2011, a Diocese do Crato deu início ao seu processo de beatificação. Em 2013, a causa foi aceita pela Congregação para a Causa dos Santos, e Benigna foi declarada Serva de Deus. Agora em 2018, o processo de beatificação de Benigna foi aprovada pela Congregação para a Causa dos Santos, do Vaticano.

 O mais antigo engraxate de Crato

     Seu nome completo é Francisco das Chagas Amorim Damasceno. Mas se procurarem este nome na Praça Siqueira Campos, centro de Crato ninguém saberá informar. Já “Chaguinha”, o engraxate, não só é muito conhecido, como é figura popular na Cidade de Frei Carlos, onde nasceu e exerce sua profissão há cerca de 70 anos. 

     Um dos grandes presidentes da República brasileira – o visionário e injustiçado Juscelino Kubitschek – também foi engraxate, na sua infância pobre em Diamantina (Minas Gerais) sua cidade natal. Já o “Chaguinha de Crato” tem, o orgulho de ter lustrado os sapatos do Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, quando este era ainda General, Comandante da 10ª Região Militar, com sede em Fortaleza,  e veio a Crato, pela primeira vez, em 1953. 

       Castello Branco foi, posteriormente, Presidente do Brasil, ou seja, foi Chefe de Estado e Chefe de Governo desta república, entre 1964 e 1967.

Presidente do Ibope: só "tsunami" evita vitória de Bolsonaro

Só um 'tsunami' poderia fazer Jair Bolsonaro (PSL) não ser eleito presidente da República no próximo domingo, 28, nas palavras do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro

Fonte: Site Terra/Daniel Weterman

Só um "tsunami" poderia fazer Jair Bolsonaro (PSL) não ser eleito presidente da República no próximo domingo, 28, nas palavras do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Em entrevista ao Broadcast Político/Estadão, ele afirma que o cenário aponta hoje para a vitória do candidato do PSL na disputa contra Fernando Haddad (PT) nas eleições 2018. "A grande dúvida, como não haverá debate na TV e os fatos são esses que estão acontecendo, é qual vai ser a diferença (para Haddad)", diz Montenegro.


  Multidão reunida na avenida Paulista em manifestação a favor de Bolsonaro, no último domingo
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

Na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na última terça-feira, 22, Bolsonaro apareceu com 57% das intenções de voto contra 43% de Fernando Haddad (PT), em um cálculo que considera apenas os votos válidos. A diferença entre os dois é de 14 pontos, conforme o levantamento.

A vantagem do vencedor dependerá da acomodação final de votos dos eleitores que hoje se dizem indecisos e das abstenções, afirma Montenegro. "As abstenções podem correr de uma forma homogênea ou ficarem maiores em determinadas regiões", aponta. No levantamento divulgado pelo instituto no último dia 23, 3% dos eleitores se dizem indecisos ou não responderam ao questionamento sobre intenção de voto.

Baixezas e vilanias do PT - Por O Antagonista.



O Estadão, em editorial, lamentou as “baixezas” e “vilanias” da campanha eleitoral, sobretudo por parte dos petistas:

“Faltando menos de dez dias para o segundo turno, o eleitor teve de assistir a um baixo golpe publicitário. Um vídeo antigo, gravado meses atrás, em que Eduardo Bolsonaro fazia molecagem com o STF, foi transformado em prova de uma suposta conspiração antidemocrática. Em vez de tratarem o episódio por seu valor real – um travesso fazendo graça com o que não entende e, principalmente, bancando ter um poder que nunca teve e jamais terá, autoridades caíram na farsa eleitoral e vieram a público proclamar inflamadas defesas do Poder Judiciário, como se a Suprema Corte estivesse sob ameaça. Deram importância e valor à irresponsabilidade do filho de um candidato, como se ele fosse o delfim de França.

O eleitor viu também o candidato do PT, Fernando Haddad, repassar notícia falsa, porque a suposta informação desmerecia o seu oponente. Sem nenhuma checagem dos fatos, o poste de Lula acusou o general Hamilton Mourão de ter sido torturador durante o regime militar. Confrontado com a verdade, Haddad nem pediu desculpas. Pôs a responsabilidade pelo que disse em outros – “eu dei ao público uma informação que recebi de fonte relevante”, como se mentira vinda de mentiroso verdade fosse.

Outro caso de baixaria na campanha eleitoral ocorreu em Porto Alegre. Há duas semanas, uma jovem afirmou ter sido agredida por três homens, que teriam marcado em sua pele a suástica nazista. O caso teve grande repercussão, pois a agressão teria sido motivada pelo fato de a jovem portar um adesivo de uma bandeira do arco-íris com a inscrição ‘Ele Não’, em referência ao candidato Jair Bolsonaro. Agora, a Polícia Civil afirma se tratar de um caso de autolesão.”


COISAS NOSSAS - Por Wilton Bezerra.

Eu gostaria que alguém me explicasse o que vem a ser, mesmo, esse tal de apoio critico a um candidato.

Seria um bate e assopra ou, como disse um articulista, fumar sem tragar?

Jaboticaba só existe no Brasil. Por não aceitar entrar num corredor polonês, disse, em crônica passada, da minha decisão de não votar.

Se a maioria entendeu, uma minoria teve reação bovina. E falam em democracia.

Resolvendo comparecer à cabine de votação, a minha decisão seria reconhecida como voto crítico?

Coisas nossas.
Outra coisa muito nossa: o eleitor brasileiro pode não saber escolher bem o seu candidato a qualquer cargo político, por desinteresse ou desinformação, mas tem discernimento para decidir sobre o que ele não quer.

Interessante.
Por que os nosso magistrados, diante da compulsão de soltar presos de Gilmar Mendes et Caterva, não reagem às criticas, até entre eles, como no caso do filho de Bolsonaro?

Ah! No caso do deputado por São Paulo, a fala foi mais grave.

Entendo.
Getúlio Vargas, depois de ter sido por oito anos um ditador odiado, que censurou e prendeu, cinco anos depois voltou nos braços do povo, em eleições democráticas.

E as manifestações que pedem a volta da ditadura que escureceu o Brasil por 21 anos?
Coisas feias e nossas.

O árbitro de vídeo, apoio eletrônico aos juízes do futebol, não está dando muito certo por aqui.
Será que é porque estão deixando que a máquina interprete no lugar do apitador?
Em uma canção de muito sucesso, o maranhense Zeca Baleiro, dizia: “Eu não sei dizer, o que quer dizer e o que vou dizer”.

Diante dessas coisas nossas, se ele não sabe, eu sei muito menos.

E como disse numa crônica Antônio Maria, os sábios e médicos deveriam aconselhar para que a humanidade bebesse o mais possível.
Somente assim, poderíamos achar a vida mais divertida.

No Brasil, está muito chata.

25 de outubro: Dia Santo Antonio Galvão, o Primeiro Santo nascido no Brasil


   O primeiro santo nascido no Brasil, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido como São Frei Galvão é comemorado no dia 25 de outubro. Nasceu no dia 10 de maio de 1739 em Guaratinguetá – SP, em uma numerosa família que possuía muitas posses. Posses essas que abandonou para tornar-se religioso.

    Entrou no convento dos filhos de São Francisco no Rio de Janeiro aos 16 anos. Em 1762 foi admitido à ordenação sacerdotal, foi então enviado para o Convento de São Francisco, em São Paulo, para os estudos de filosofia e teologia.

    Frei Galvão fundou em 1774 o conhecido Convento da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição, e em 1811 o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba (SP). Já com a saúde debilidade, Frei Galvão passou a residir no convento da Luz até 1822, quando veio a falecer no dia 23 de dezembro.

     São João Paulo II o beatificou 25 de outubro de 1998 e Bento XVI o canonizou em 11 de maio de 2007. Sobre a fama de santidade de Frei Galvão, a Irmã Célia Cadorin, postuladora da sua causa de canonização, ressalta que não faltaram as provas e documentos. “O processo inteiro comportou quase 10 mil páginas, contendo um relato sintético de mais de 8 mil graças alcançadas”. Entre as numerosas graças recebidas pela intercessão de Frei Galvão destacam-se, pela simplicidade e pela maravilhosa confiança na Mãe de Deus que encerram, as pílulas miraculosas.

Cabo eleitoral de Bolsonaro, Lula lava as mãos - Por Josias de Souza.



Veio à luz uma nova carta atribuída a Lula. Nela, o presidiário petista revela-se desnorteado: “Fico pensando, todos os dias: por que tanto ódio contra o PT?'' Prestes a entrar para a história como principal cabo eleitoral de Bolsonaro, Lula escreve como se não tivesse nada a ver com o que chama de “aventura fascista”. Ainda não se deu conta de que nada, no seu caso, tornou-se uma palavra que ultrapassa tudo.

Lula acha que fez muito bem ao país e à sua gente. “Tenho consciência de que fizemos o melhor para o Brasil e para o nosso povo.” Ainda não enxergou no espelho um culpado pelo antipetismo que impulsiona Bolsonaro. Lula avalia que o fato de ter sido tão extraordinário “contrariou interesses poderosos dentro e fora do país.” Os contrariados “tentam destruir nossa imagem, reescrever a história, apagar a memória do povo”, queixou-se.

Para o missivista de Curitiba, o impeachment de Dilma foi culpa do alheio. “Juntaram todas as forças da imprensa, com a Rede Globo à frente, e de setores parciais do Judiciário, para associar o PT à corrupção. Foram horas e horas no Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobras e no país teria sido inventada por nós.” Não ocorreu a Lula a hipótese de o PT ter sido associado à corrupção pelo excesso de roubo.

Condenado em primeiro e segunda instância, Lula já teve pedidos de liberdade negados pelo STJ e também pelo STF. Pesquisa do Data folha constatou que 59% dos brasileiros acham que o pajé do PT deve permanecer preso —51% na tranca da Polícia Federal, 8% em prisão domiciliar. Mas o DataLula, movido por autocritérios, chegou conclusões diferentes: “Todos sabem que fui condenado injustamente, num processo arbitrário e sem provas, porque seria eleito presidente do Brasil no primeiro turno.”

Lula precisa encontrar o sósia que transformou o antipetismo numa força política imbatível na temporada eleitoral de 2018. Está entendido que alguém muito parecido com o líder máximo do PT plantou nos seus dois mandatos as raízes do mensalão e do petrolão. É evidente que um sósia de Lula privatizou a Petrobras, entregando-a ao conluio que reuniu burocratas políticos e empreiteiros numa pilhagem jamais vista.

Não há dúvida: um impostor vendeu Dilma ao eleitorado como supergerente impecável. É óbvio que o embusteiro, fazendo-se passar por Lula, aceitou que empreiteiras financiassem com verbas sujas seus pequenos confortos —o tríplex na praia, a reforma no sítio.

A tese da existência de um sósia de Lula é, por ora, a mais confortável para o petismo. A alternativa seria admitir que tudo o que está na cara não passa de uma conspiração da lei das probabilidades contra um inocente. Um inocente que, tendo se convertido injustamente em cabo eleitoral de Bolsonaro, lava as mãos. E tenta sumir com o sabonete.

“Por que tanto ódio contra o PT?”, pergunta Lula aos seus botões, que não respondem, pois desenvolveram uma ojeriza por petistas. “Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto”, sugere o presidiário, recusando-se a ver os detalhes: as divergências que elevaram a rejeição ao PT já não comportam a partícula “se”. Elas existem e são profundas. Hospedeiro da revolta, Bolsonaro dá de ombros para o debate. Ainda assim, um pedaço do eleitorado se dispõe a votar nele.

Ora, a exemplo de Haddad, o capitão chegou ao segundo round pelo voto. E as pesquisas indicam que é pelas urnas que a “aventura fascista” pode ser alçada ao Planalto no domingo. Se quiser, Lula pode continuar tentado ajustar os fatos à sua filosofia de para-choque de caminhão. Mas o melhor seria localizar rapidamente o sósia que deixou o PT sem para-choque e sem nexo. Cartas escritas com o propósito de fazer a plateia de boba já não encontram material.