Sobre o que escrever e falar, se não sobre o que vimos e vivenciamos em nossa trajetória de vida ?
Quando era mais ignorante em política, não conseguia sacar o que significava a dicotomia esquerda e direita.
Na verdade, não sabia nem o que era dicotomia.
Curioso, consegui entender que ser de esquerda era ter uma posição social contra as desigualdades, as injustiças.
Mais piedoso, para resumir a resenha.
Ser de direita era exatamente o contrário: ter um comportamento conservador e defensor de privilégios de quem tem mais na sacola.
Menos piedoso, para resumir a resenha.
Foi assim que entendi as coisas.
Por não aceitar pau no lombo e resmungar contra situações injustas, sempre me achei escalado pelo lado esquerdo.
Afundei algumas vezes, e paguei por isso, por equívocos de escolha.
Dizia-se: “Quem não é da esquerda, antes dos trinta anos, é porque não tem coração. Quem não é de direita, depois dos trinta anos, é porque não tem cabeça”.
Com o tempo, fui chegando à conclusão de que esse papo furou e tudo virou rótulo.
Além de direita e esquerda, vieram chafurdos como centro, centrão, extrema-esquerda, extrema-direita, lateral-esquerdo, lateral-direito, volante e centroavante.
Tudo transformado numa configuração de time de futebol.
Para não dizer que a organização político-partidária virou uma tremenda esculhambação.
O povo não entende isso, mas ainda guarda uma uma reduzida capacidade de discernir as coisas.
Mesmo diante de dúvidas cruéis.
No Brasil não existe esse negócio de direita, esquerda ou centro. Existe sim um amontoado de políticos desonestos que se juntam para roubar e se manter no puder.
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