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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 31 de maio de 2018

A quem serve o JC ? - Por JFlávio P. Vieira

De férias, tenho acompanhado de longe as denúncias do Jornal do Cariri contra Dom Gilberto Pastana. Laico, sem muitas convicções religiosas, sinto-me a cavaleiro pra meter minha colher de pau nesse angu. 

Não conheço pessoalmente Dom Gilberto e nem tenho procuração para defendê-lo. Nunca o vi sequer de relance. Ao contrário do seu predecessor, é extremamente discreto e centrado no seu trabalho que envolve atividades pastorais mas, também, administrativas. 

As agressões a ele dirigidas pelo JC me pareceram de uma superficialidade a toda prova. Falam de reunião com a Maçonaria como se ainda estivéssemos na Idade Média. Referem-se a seu desempenho na administração da Diocese como se perfizesse um ilícito. 

Estamos em pleno papado de Francisco que tem lutado justamente contra as forças que pretendem uma igreja medieval, afastada do povo e voltada unicamente para um paraíso celeste, para o recolhimento de óbulos, exploração da fé popular e para alimentar cegamente seus ritos. 

Triste ver o JC, nosso único noticioso de funcionamento mais regular, vestir-se de um jornalismo tão marrom, untado de aleivosias e denúncias vagas, voltado apenas para algumas forças políticas que lhe dão sustentação. 

A quem serve o JC ?

O Antagonista.

“Um contra-ataque pela esquerda”.

A Folha de S. Paulo, em editorial, atacou os petroleiros que fazem uma greve ilegal para salvar o PT e tirar Lula da cadeia. “Filiada à CUT, a Federação Única dos Petroleiros é companheira de viagem do desastre político, econômico e moral dos anos finais da administração petista.

Nesse período, a Petrobras foi saqueada e endividada até quase a ruína por investimentos incompetentes, corrupção e tabelamento de preços, sem que se ouvissem protestos da FUP e da CUT.

Os sindicalistas, ao que parece, buscam se valer do momento de insatisfação popular e debilidade do governo Michel Temer para um contra-ataque pela esquerda.

Em sua estratégia tacanha, mesquinha e adepta de políticas ruinosas que quase derrubaram a maior empresa do país, não temem colaborar de novo para o tumulto econômico e institucional.”

"Uma greve para Lula".


A greve dos petroleiros da CUT foi convocada para tirar Lula da cadeia.

“O acervo de textos e documentos disponíveis no site da FUP revela que a prisão de Lula, em 7 de abril, está na origem da greve de 72 horas deflagrada pela corporação da Petrobras na quarta-feira.

O documento de 14 de abril explica o que foi acertado em Curitiba: ‘Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo, serão realizadas assembleias entre os dias 30/04 e 12/05 para aprovar a greve nacional contra as privatizações do Sistema Petrobrás e retiradas de direitos dos trabalhadores próprios e terceirizados, além da defesa da democracia e contra a prisão política de Lula’.

Em 15 de maio, num manifesto sobre a greve nacional que virá depois da paralisação de advertência, a FUP foi mais explícita. Chegou mesmo a ilustrar o texto com uma foto de Lula. O documento informa que, nas mesmas assembleias em que aprovaram a ‘greve nacional’, os petroleiros endossaram ‘um manifesto público em defesa da soberania, pela democracia e contra a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula'”.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

A prisão da cúpula petista - Por Augusto Nunes.



A coincidência da prisão dos três homens mais importantes do primeiro mandato petista na Presidência dá àquela gestão ares de organização criminosa.

Com a volta do deputado cassado José Dirceu à prisão, agora toda a cúpula do primeiro governo de Lula da Silva, exercido de 2003 a 2006, encontra-se na cadeia. Dirceu, Lula e o ex-ministro Antonio Palocci estão condenados por corrupção. Nada há a celebrar nesse desfecho, a não ser o auspicioso fato de que a Justiça, no Brasil, finalmente alcançou gente tão poderosa e com tanta influência política. 

No mais, é triste que a República tenha sido entregue, por meio de eleições livres, a indivíduos tão acintosamente despreparados para o exercício minimamente ético do poder, gente que agiu à margem da lei de forma sistêmica e profissional, usando como desculpa a fajuta promessa de “justiça social”.

A coincidência - chamemos assim - da prisão dos três homens mais importantes do primeiro mandato petista na Presidência dá àquela gestão ares de organização criminosa - coisa que, aliás, já havia ficado razoavelmente clara, até para o mais inocente observador, desde que estourou o escândalo do Mensalão, em 2005.

Recorde-se que a campanha eleitoral que levou esse pessoal ao poder incluiu ferozes ataques aos políticos governistas de então, comparados, em uma peça publicitária, a ratos que estavam a roer a bandeira do Brasil. A peça, concebida pelo marqueteiro Duda Mendonça, veio acompanhada de um chamamento dramático aos eleitores: “Ou a gente acaba com eles, ou eles acabam com o Brasil. Xô, corrupção. Uma campanha do PT e do povo brasileiro”. 

Como se sabe, Duda Mendonça confessou mais tarde que o PT pagou por esse e outros serviços com transferências milionárias para contas secretas em paraísos fiscais, coisa típica de quem tem muito a esconder. Era apenas um fiapo do Mensalão, que se revelaria um dos maiores escândalos de corrupção da história - só não foi o maior porque, em seguida, viria o Petrolão, que dificilmente será destronado.

O PT nunca admitiu a corrupção de seus próceres. Ao contrário, tratou-os como “guerreiros do povo brasileiro”, como se tudo o que se comprovou a respeito dos crimes por eles cometidos fosse mentira. Segundo os petistas, as evidências colhidas contra Lula, Dirceu, Palocci e tantos outros - nada menos que três ex-tesoureiros do partido foram encarcerados - integram uma imensa conspiração das elites para impedir que os pobres tenham uma vida decente - algo que, conforme o evangelho petista, só é possível com a turma de Lula da Silva no poder.

Se resolvesse seguir à risca seus estatutos, o PT teria de expulsar todos os que foram condenados por receber propinas, casos de Lula da Silva e de seus parceiros. Mas é evidente que essa ameaça não vale o papel em que está escrita. A expulsão está reservada aos que ousam mostrar que o rei Lula está nu, como aconteceu com um dos fundadores do PT, Paulo de Tarso Venceslau, que em 1997 denunciou um esquema de corrupção engendrado por um compadre do demiurgo de Garanhuns em prefeituras administradas por petistas. A Paulo de Tarso foi reservado o estigma dos traidores; já o esquema por ele denunciado revelou-se um aperitivo do que viria a ser o Petrolão.

Do PT não é possível esperar regeneração. Enquanto estiver sob o domínio de Lula da Silva  e nada parece capaz de diminuir esse domínio, nem mesmo sua condição de presidiário -, o partido será a expressão do cinismo dos que se dizem campeões da “ética na política”, mas exercem o poder como se nenhum limite moral lhes dissesse respeito, ademais de se considerarem proprietários do governo, e não inquilinos temporários. É isso o que explica por que razão Lula da Silva, José Dirceu e Antonio Palocci, esteios do primeiro governo petista, estão presos.

Em um país civilizado, não se admite que um grupo político com esse comportamento tão explicitamente criminoso, que fez da corrupção um método de governo, com o objetivo de permanecer para sempre no poder, escape impune. Ainda há um longo caminho a percorrer para que a influência deletéria dessa turma seja inteiramente neutralizada, mas a prisão da poderosa troica petista é um excelente começo.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Vicente Cesário e Antônio André, humor a graça de mãos dadas - Por Antônio Morais.



Quem não conheceu Antônio André do Roçado Dentro ouviu falar dele. Neto de Tônia do Canto e José Alexandre Bezerra de Menezes, um casamento de tia com sobrinho.

Não se sabe, ao certo, se essa sanguinidade afetou a genética, o fato é que Antônio André sofria de demência mental. Homem honrado, muito trabalhador, mas, de tempos em tempos padecia de graves problemas mentais.

Um certo dia, Antônio entrou na barbearia de Vicente Cesário para fazer a barba. O barbeiro colocou a coberta e iniciou o trabalho. 

Um pedreiro que fazia uma reforma nos fundos do prédio chamou Vicente para mostrar um detalhe da reforma, Vicente demorou mais da conta e Antônio André aborrecido limpou o sabão do rosto e arribou, fez bunda de ema com a metade da barba feita e a outra não.

No outro dia, Antônio André se achegou da cadeira do barbeiro e disse - Dá para cortar a outra banda agora?

Vicente Cesário respondeu no ato : dá não, você foi embora ontem sem pagar a parte que eu fiz. Os dois caíram na risada, o serviço foi concluído e pago.
*

Auxiliar enxerga sinais de ‘desânimo’ em Temer - Por Josias de Souza.



Em conversa telefônica com um congressista, na noite desta segunda-feira, auxiliar de Michel Temer disse ter detectado no presidente sinais de “desânimo”. Associou o desalento à longevidade do “caminhonaço”, que entra em seu nono dia. De acordo com o relato, o que mais “entristece” Temer é o efeito corrosivo que a paralisação dos caminhoneiros terá sobre o desempenho da economia em 2018. Impopular e enfraquecido, Temer vinha se escorando nos indicadores econômicos para se autovangloriar e enaltecer o seu governo.

O congressista compartilhou o relato num jantar que ofereceu na noite passada a três colegas. Disse ter ficado preocupado com o que ouviu. Telefonara para o “amigo” do Planalto com o objetivo de pedir que o presidente fosse mais “enérgico” no trato com os caminhoneiros. Sob pena de se “desmoralizar” no Congresso. Em resposta, ouviu o relato sobre a fadiga de materiais que estaria enferrujando o entusiasmo de Michel Temer. ''Vai passar'', disse o auxiliar do presidente

domingo, 27 de maio de 2018

De volta ao começo - POR MERVAL PEREIRA.



O PSDB parece que voltou a fazer política de maneira mais conseqüente. Passada a fase de buscar a qualquer custo apressar o impeachment, agora vai retomar o seu caminho natural.

O rompimento com Eduardo Cunha e a negociação para pontos importantes do ajuste fiscal fazem parte dessa nova postura de oposição consciente. Ser a favor do impeachment da presidente Dilma - e há motivos claros para isso -  não significa que se deva trabalhar para inviabilizar seu governo naquilo que concerne a questões do Estado brasileiro.

Aprovar a DRU (Desvinculação de Receitas da União), instrumento fundamental para o governo ter margem de manobra dentro do Orçamento, e que foi criado pelo próprio PSDB para contornar a rigidez das verbas vinculadas, é perfeitamente aceitável. Aprovar a volta da CPMF, não. 

O PSDB errou muito ao jogar todas as suas fichas no impeachment e, mais que isso, apostar que poderia encontrar atalhos para chegar a ele sem respeitar os prazos, pulando etapas.

Pressionado pelos movimentos de rua, os jovens deputados do PSDB – eles chamam “cabeças negras” contra “cabeças brancas” – foram muito afoitos achando que poderiam apressar o processo de impeachment da presidente Dilma, não entendendo que com isso estavam dando condições ao governo de denunciar um golpe.

Não há golpe por que o instrumento democrático está previsto na Constituição, mas a partir do momento em que se quer encontrar caminhos mais curtos para chegar ao impeachment e para isso se conta com o apoio de um político como o Eduardo Cunha, completamente desacreditado mesmo antes de aparecerem as provas das contas ilegais na Suíça, é claramente um equívoco político.

Estava evidente desde o início que não valia a pena se aproximar tão efusivamente de Cunha, mesmo para alcançar um objetivo político maior, que é o afastamento da presidente Dilma.

Pouparam Eduardo Cunha imaginando que através dele poderiam chegar ao impeachment, e agora entenderam  que ele apenas faz chantagem com o governo e com a oposição para tudo ficar como sempre esteve, enquanto ele tiver esse poder na mão, está garantido.

Até agora, quem se salvou foi só ele, e, em conseqüência, a presidente Dilma. Na sua atuação oposicionista, o PSDB fez um trabalho retórico correto. Não houve uma decisão do governo que merecesse crítica que não recebesse do presidente do partido, senador Aécio Neves, a devida contestação, em notas oficiais, entrevistas coletivas ou discursos no Senado.

A atuação parlamentar do PSDB melhorou muito de intensidade e qualidade neste ano, tanto no Senado quanto na Câmara. Mas errou na questão propositiva. A proposta de governo apresentada pelo PMDB, elaborada pelo Instituto Ulysses Guimarães, é uma peça muito bem feita que deveria ter sido produzida pelo PSDB, que teoricamente tem mais condições estruturais para apresentar à sociedade propostas alternativas, e está na oposição, ao contrário do PMDB, que é governo.

Mas foi o PMDB que saiu na frente, graças a um trabalho coordenado pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães ex-ministro Moreira Franco. A tarefa da oposição é essa, apresentar alternativas ao governo que critica, e não ficar apenas pensando no fim do governo.

No afã de encurtar o mandato de Dilma, o PSDB ajudou a aprovar medidas que são verdadeiras bombas no orçamento do país, medidas que os tucanos não podiam apoiar, como o fim do fator previdenciário. O paradoxo é evidente: enquanto o PSDB apoiou o fim do fator previdenciário, o PMDB em seu documento faz a proposta de idade mínima para aposentadoria.

Todo o conjunto de ações para minar o governo da presidente Dilma acabou minando também a credibilidade do PSDB. Agora, o maior partido da oposição que aparece em todas as pesquisas como o favorito para eleger o próximo presidente da República, tem que refazer seu caminho, começar tudo de novo.  

sábado, 26 de maio de 2018

O INTELECTUAL - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.

O simples fato de escrever já revela uma tendência para que a pessoa desenvolva o seu intelecto.
Expressar uma forma de explicar a vida ou, simplesmente, dissertar sobre o tempo.
O que é o homem, senão duas ou três idéias fixas?
Mais ainda, as convicções que defende.
Imagine o ser humano sem convicção alguma.
O ponto de partida ideal é escrever sobre a própria existência com as experiências e emoções acumuladas.
Afinal, ninguém começa do nada.
Alguns semoventes acham que só os intelectuais devem se expressar.
Amparam-se num aforismo do poeta Mário Quintana, segundo o qual o autodidata é a ignorância por conta própria. Asseguram bovinamente que a frase tem de ser seguida ao pé da letra.
Mesmo não tendo trajetória literária, me considero equipado para abordagens de vários assuntos fora da área esportiva.
Isso parece aborrecer quem se vale da internet apenas para produzir insultos na impossibilidade de elaborar uma mísera frase.
Entende-se como intelectual aquele que tem a capacidade de raciocinar e gerar conhecimento e valor em cima daquilo que vivencia, lê, extrai e emite para os outros começarem a pensar melhor.

Esta definição me basta.

Eleições 2018: candidatos Camilo Santana (PT) e o General Theophilo (PSDB) cumprem agenda no Cariri neste fim de semana

Fonte O POVO, 26-05-2018.
 Presença de lideranças da base e da oposição nos municípios do Cariri neste fim de semana demonstra a força da região no próximo pleito
 General Theophilo também estará hoje no Cariri e amanhã participará da festa de Santo Antônio ALEX GOMES/ ESPECIAL PARA O POVO
    A pouco mais de dois meses do início da campanha eleitoral, as agendas de dois dos pré-candidatos ao Governo do Estado se encontram em municípios da região do Cariri neste fim de semana. Tanto o governador Camilo Santana (PT) quanto o pré-candidato da oposição ao cargo, General Theophilo (PSDB), têm eventos marcados na região a partir de hoje, o que demonstra como a área é estratégica para a definição do próximo pleito.

     Essa será a primeira viagem do tucano pelo Interior após o anúncio oficial da pré-candidatura na última segunda-feira, 21. Acompanhado do padrinho político, o senador Tasso Jereissati, General Theophilo participa hoje de reunião com lideranças de Barbalha, a partir das 18 horas. No mesmo horário, o governador Camilo Santana inaugura Areninha em Juazeiro do Norte, cerca de 18 km de diferença.

      O tucano participa amanhã de manhã dos festejos de Santo Antônio na Igreja Matriz de Barbalha. Camilo não divulgou ainda a agenda de amanhã.

      O deputado federal Capitão Wagner (Pros), que participou ontem de caminhada com o tucano pelas ruas do Centro de Fortaleza, disse que a viagem faz parte do trabalho de apresentação de Theophilo aos eleitores cearenses.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Crônica do fim de semana -- por Armando Lopes Rafael

O colorido tapete formado pelas pétalas dos pés de jambos   

   Antigamente, e lá se vão muitos anos, a Prefeitura Municipal e os habitantes desta cidade plantavam mudas de uma árvore conhecida como jambeiro. Esta árvore frutífera produz um bonito fruto, chamado jambo-rosa. Antecedendo ao fruto, ocorre um período de floração – muito curto, pois dura de sete a quinze dias – do jambeiro, o que acontece duas vezes ao ano.

     Como era bonito percorrer ruas e praças de Crato onde existiam pés de jambeiros!     
     Como era bonito contemplar o tapete formado no chão pela floração daquelas árvores! 
     Esse tapete podia ser visto entre a fase da abertura dos botões e a queda das pétalas não polinizadas, quando a flor solta com o vento mais tênue fiapos de um intenso rosa, colorindo o chão ao seu redor.

       Infelizmente, há muito tempo, a Prefeitura de Crato não promove mais campanhas de arborização neste Mui Nobre e Heráldica Cidade de Frei Carlos Maria de Ferrara. O que nos resta dos jambeiros foi plantada por iniciativa dos habitantes de Crato. Existem muitos deles nos jardins e quintais das residências. No Clube Recreativo Granjeiro também podemos ver belos jambeiros, remanescentes da época que se plantava esta árvore nesta cidade.

          Segundo o jornalista carioca Fred Coelho: “O Jambeiro-vermelho é uma espécie originária da Malásia, país invadido pelos portugueses em 1511. Eles partiram de Goa e conquistaram a região de Malaca, transformando o estado em uma cidade importante para a história da navegação ibérica durante sua fenomenal expansão pelos mares. Ou seja, na mesma época em que pingavam desterrados pela costa de Pindorama, as frotas portuguesas construíam igrejas e fortalezas sob as sombras do Jambeiro-vermelho. (...) Provavelmente o Jambo veio parar entre nós nesse momento de ligação transversal do Brasil com a Malásia, via portugueses e holandeses. Será daí, dessa origem transatlântica, seu cheiro leve de memória do tempo mordido? ”

              Que saudade sinto hoje daqueles tapetes, formados no chão, à sombra dos jambeiros que contribuíam para embelezar a paisagem de Crato...

Comemorações pelo centenário de nascimento de Dom Vicente Matos começarão no próximo 1º de junho


Algumas das instituições e segmentos mais importantes da Região do Cariri – Diocese de Crato/ Prefeitura Municipal de Crato/Câmara de Vereadores de Crato/Universidade Regional do Cariri/Fundação Padre Ibiapina/ Instituto Cultural do Cariri/ Academia de Cordelistas de Crato, Sindicato dos Trabalhadores de Crato/ Seminário São José de Crato, mídia escrita, radiofônica e televisiva, colégios e escolas, dentre outros–  organizaram uma programação de festejos para comemoração do centenário de nascimento de Dom Vicente de Paulo Araújo Matos, terceiro Bispo Diocesano de Crato, a ocorrer no próximo dia 11 de junho de 2018.

URCA poderá conceder, post mortem,  Medalha Martins Filho a Dom Vicente
       A Comissão organizadora dos eventos e festejos – compostas por representantes das instituições acima sugeriu à Universidade Regional do Cariri–URCA, a possibilidade de conceder a Medalha Martins Filho a Dom Vicente de Paulo Araújo Matos (post mortem).
       Para justificar a concessão, a Comissão entregou pedido à URCA onde diz que  bastaria citar que o ensino superior, na cidade de Crato e na Região do Cariri, só se tornou realidade graças ao pioneirismo de Dom Vicente de Paulo Araújo Matos. Com efeito, se temos hoje temos a Universidade Regional do Cariri, devemos reconhecer que esta instituição  adveio da criação do Instituto de Ensino Superior do Cariri, mantenedor da Faculdade de Filosofia de Crato, criada em 1959, por Dom Vicente Matos, e que este Instituto foi o embrião da atual Universidade Regional do Cariri.


Eunício tirou pés da realidade nas asas da FAB - Por Josias de Souza.

Ao retornar às pressas a Brasília, nesta quinta-feira, o presidente do Senado fez em reação às críticas o que deixara de fazer por precaução.

Eunício Oliveira voara para o Ceará, seu Estado, dando de ombros para a crise provocada pela paralisação dos caminhões. 

Ao decolar, não tirou os pés apenas do solo da Capital. Perdeu o contato com a realidade.

Num dia em que até o querosene de aviação estava em falta no aeroporto de Brasília, Eunício deu asas à insensatez a bordo de um jatinho da FAB, com toda a comodidade que o dinheiro público pode custear, mesmo para um milionário como o senador, dono de avião.

Eunício voltou às pressas, pois havia o risco de o Senado ter de realizar nesta sexta-feira uma sessão de emergência. Não foi preciso. 

O Planalto acabou celebrando um armistício para liberar o freio de mão dos caminhões por duas semanas. E o vaivém de Eunício resultou apenas em mais um caso de verba do contribuinte jogada pela janela.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Projeto republicano da Constituição de 1988 caducou, em apenas 30 anos


   Greve dos caminhoneiros. Grandes contingentes das populações das capitais de estado sem transporte público. Alta do dólar. Estatais como os Correios e Petrobrás reconhecem sua impotência e entram na lista das privatizações. Deputados e senadores chegam ao píncaro da falta de credibilidade. Segurança Pública do Rio de Janeiro sob intervenção militar... e tantos outros fatos, atestam a falência da república brasileira.

    Em encontro no Rio de Janeiro, em junho do ano passado, o analista político português radicado no Brasil, o Sr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca iniciou o ciclo de palestras com o tema “Ao cabo de três décadas, o fracasso de um projeto político de Nação”, já demonstrava como a Nova República, resultado da Constituinte de 1987-88, está “velha”, “caduca” mesmo! E que as suas instituições não servem mais à população e seus homens e mulheres públicos vivem completamente descolados da atual realidade dos brasileiros.

    Ao fim de sua palestra, o Sr. Sepúlveda havia exposto de forma clara que apenas o retorno à Monarquia Constitucional, orgânica, em plena conformidade com as tradições e a mentalidade brasileiras, poderá devolver nosso País ao rumo certo, interrompido com o golpe republicano de 15 de novembro de 1889. “A Monarquia cuida do País e do público, com uma sensação de ‘coisa própria’, disse ele. Imaginem uma família bem grande, em que há bens de uns e de outros. O que acontece em uma família bem grande? As pessoas todas cuidam daquelas coisas como se todas fossem delas, quando, muitas vezes, não são... São de um outro irmão, são de um primo... Mas elas têm o senso daquele conjunto. Ora, a República é o que? A República é anônima; a República cuida do público anonimamente; a República assalta o público. Por quê? Porque ela tem uma estrutura de poder totalmente artificial. ”
      Sábia reflexão.
Postado por Armando Lopes Rafael

quarta-feira, 23 de maio de 2018

4ª feira, 30 de maio de 2018: Crato vai coroar imagem histórica de Nossa Senhora da Penha – por Armando Lopes Rafael



   Em 2014, há quatro anos, a emoção tomou conta dos milhares de pessoas presentes à Praça da Sé, quando o cardeal Dom João Braz de Aviz coroou, em nome do Papa Francisco, a imagem histórica da Virgem da Penha (Foto Patrícia Silva)
    É uma tradição centenária. Este ano será repetida pela 118 (centésima décima oitava) vez. Na Catedral de Nossa Senhora da Penha, à noite, a imagem da Virgem Maria será coroada como Rainha e Padroeira dos cratenses. A tradição de coroar a imagem da Virgem Maria foi introduzida na Cidade de Frei Carlos, em 1900, pelo então vigário Padre Quintino Rodrigues, depois primeiro bispo de Crato.
    Segundo Olga Gomes de Paiva, ex-Chefe da Divisão Técnica do Iphan-Ceará: "A Coroação de Nossa Senhora, na Catedral de Crato, é uma das mais belas celebrações católicas no Ceará! A participação das crianças, com suas famílias, é a constatação do repasse de importante tradição cultural que, sem nenhuma dúvida, representa o fortalecimento dos laços familiares, nos quais se destaca o respeito pela figura materna e o enaltecimento para nós, mães de família. O patrimônio imaterial do Cariri não poderia ser mais bem representado do que nessa solenidade de coroação da Virgem Maria na cidade de Crato!". 

Em 2018
      Este ano a temática da coroação está dentro das comemorações  pelos 250 anos de criação da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, fato acontecido em 1768. No próximo dia 30 de maio a imagem a ser coroada é a histórica escultura de Nossa Senhora da Penha, que chegou a Crato em 1745, antes que esta cidade tivesse sua primeira paróquia. A solenidade promete muitas surpresas para a massa humana de católicos que acorrerão à Praça da Sé para o evento.

ONU rejeita pedido de medidas cautelares de Lula para ser solto



Fonte: Estadão
    Genebra - O Comitê de Direitos Humanos da ONU rejeitou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja solto no Brasil, como parte de medidas cautelares solicitadas por seus advogados. O caso nas Nações Unidas, porém, não está encerrado e uma avaliação completa de sua situação, iniciada desde meados de 2016, continua a ser realizada.O governo brasileiro terá mais seis meses para responder a uma série de perguntas formuladas pela ONU. Mas uma decisão, segundo a entidade, ficará apenas para 2019."O Comitê de Direitos Humanos não concederá medidas cautelares no caso de Lula da Silva", declarou a porta-voz de Direitos Humanos da ONU, Julia Gronnevet.

     Uma resposta positiva por parte da ONU significaria, na avaliação da entidade, apertar o botão de "pausa" num processo em andamento para que eventuais violações de direitos humanos fossem avaliadas. Nesse caso, os riscos de um dano irreparável não foram constatados. A queixa de Lula foi levada ao Comitê de Direitos Humanos Nações Unidas em julho de 2016, pelo advogado Geoffrey Robertson. A denúncia central era de que Moro estaria sendo parcial no julgamento do ex-presidente. Em outubro daquele ano, as equipes legais da ONU aceitaram dar início ao exame.

Eleição

Mesmo sem atender ao pedido dos advogados de Lula, a ONU continua a avaliar o caso e juntar em um mesmo processo a questão da admissibilidade e seu mérito. Mas alerta que dificilmente teria uma posição final antes de 2019, depois, portanto, das eleições presidenciais.

Sobre a "resistência monárquica" no Cariri (2ª Parte) -- por Armando Lopes Rafael (*)

“Nós somos monarquistas, 
não apenas porque a Monarquia é mais bonita, 
porque a Monarquia é mais eficiente, 
mas, sobretudo, porque a Monarquia
 é o regime que melhor corresponde 
à boa ordem posta por Deus na Criação.
Dom Bertrand de Orleans e Bragança 
 (Príncipe Imperial do Brasil)

    A priori, cumpre esclarecer que o renascimento do ideal monárquico, no Brasil, não se restringe apenas ao Cariri cearense. Ele está se espalhando por todos os quadrantes desta nação continental.

      Observa-se, e isso está nas mídias e redes sociais, que, no Brasil, voltou-se a reviver, e agora com maior intensidade – principalmente entre os jovens – um anseio, melhor dizendo, uma difusão de um ideal, buscando o retorno à forma de governo, inopinadamente interrompida há 128 anos, quando a nossa Pátria – que era uma grande família com um destino comum e bem definido a cumprir – respirava o ar de uma honrada e respeitada monarquia. O próprio descalabro republicano atual – com os sucessivos escândalos divulgados diariamente nas mídias, contribui para que o povo – sempre perspicaz e observador – faça suas análises e tire suas conclusões.

    Continuam, portanto, bem atuais as palavras proferidas, anos atrás, pelo renomado Prof. Sidney Silveira, num desses muitos “encontros monárquicos” que vêm sendo realizados neste nosso Brasil continental. Afirmou ele:
“A vanguarda, hoje, é ser ‘reacionário’; é olhar para o passado, com a coragem de afirmar valores que não são os que, hoje, contemporaneamente, predominam ”.

     Em plena segunda década do século XXI, em meio à saudade de quando, no nosso país, as coisas davam certo, paira no ar uma pergunta que não quer calar: Valeu a pena o Brasil ter sido transformado numa República?

   A verdade é que o brasileiro comum está cansado dessa instabilidade política que tomou conta do nosso país; está saturado com os sucessivos escândalos e decepções vindas das atuais lideranças políticas e administrativas; está perplexo (para usar um termo suave) com essa crise permanente causada pelos partidos políticos e por parte dos nossos homens públicos; pessoas sem credibilidade e que não representam a maioria da população brasileira.

      Eu, pessoalmente, ao longo dos anos, tive muitas provas de que a causa da restauração da Monarquia no Brasil carrega dentro de si o bem. E quando uma causa carrega a razão, ela tem Deus como advogado. Força humana nenhuma destrói uma causa, quando ela está com a razão. Já quando uma causa não carrega dentro de si uma razão, Deus a vê como juiz, e o maligno a serve como advogado.

     O bem sempre vence o mal. O mal, durante algum tempo, pode até dar a impressão de que foi vencedor. Mas, repito, o bem sempre vence o mal. E um dia, infelizmente não sabemos quando, a causa pela restauração da forma de governo monárquico no Brasil será vitoriosa.

(*) Armando Lopes Rafael, historiador. Sócio do Instituto Cultural do Cariri (ocupa a cadeira José Denizard Macêdo de Alcântara) e Membro Correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA).

Chegada do 1º tucano à gaiola qualifica a faxina - Por Josias de Souza.

Ao encaminhar Eduardo Azeredo para o xadrez, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais qualificou a faxina, tornando-a menos seletiva. A cúpula miliciana do PT, incluindo Lula, foi encarcerada. A falange do (P)MDB está representada no xadrez por presidiários do porte de Eduardo Cunha, Sérgio Cabral e Geddel Vieira Lima. Até corruptores da estirpe de Marcelo Odebrecht já amargaram sua cota de cana. Faltava um tucano na gaiola. A prisão de Azeredo chega bem e vem tarde. Representa pouco se for considerado tudo o que já se descobriu sobre os seres da sua espécie. Mas já é um bom começo —sobretudo porque o PSDB vai preso junto com seu protegido.

O feitiço dos tucanos acabou enfeitiçando o ninho. Em 2005, quando se revelou que o mensalão petista tinha um DNA tucano, o PSDB meteu o malho na tesouraria petista ''não contabilizada'' de Delúbio Soares e passou a mão no bico de Eduardo Azeredo, que tivera a caixa de campanha anabolizada pelas mágicas do mesmo operador: Marcos Valério. Azeredo servira-se dos truques financeiros de Valério na sua malograda campanha à reeleição para o governo mineiro, em 1998. Ao livrar o filiado ilustre das labaredas de um processo ético-disciplinar, o PSDB pulou na fogueira.

Os tucanos cometeram o mesmo erro que apontavam nos petistas. Trataram com consideração quem merecia punição. Hoje, sabe-se porque agiram assim: não havia inocentes na legenda, apenas culpados e cúmplices. Como sucede em todas as agremiações partidárias, ninguém ignora os crimes cometidos ao redor nos verões passados. Azeredo renunciou ao mandato de deputado para fugir da condenação no Supremo. E nenhum correligionário se animou a representar contra ele no Conselho de Ética da legenda. Azeredo foi condenado a mais de 20 anos de cana na primeira instância. E nada.

Ex-presidente nacional do PSDB, Azeredo chega à condição de corrupto com sentença de segunda instância e ainda mantém intacto seu assento na Executiva Nacional da legenda. Como o partido não foi capaz de mostrar aos transgressores a saída de incêndio, acumulou-se entulho na entrada. O réu Aécio Neves coleciona uma ação penal e oito inquéritos. A Odebrecht enfiou R$ 23 milhões numa caixa eleitoral de José Serra, com escala na Suíça. A mesma empreiteira empurrou R$ 10,3 milhões nas arcas eleitorais clandestinas do hoje presidenciável Geraldo Alckmin. Tudo isso sem uma delação do operador Paulo Preto.

Os tucanos, como os petistas, perderam todas as oportunidades que a história lhes ofereceu para demonstrar que possuem uma noção qualquer de ética. Os PT continuará afirmando que o PSDB protege os seus corruptos. E vice-versa. A má notícia é que os dois partidos têm razão. A boa notícia é que a Lava Jato transformou a blindagem num péssimo negócio. Espalhando-se a faxina, qualifica-se a própria democracia.

terça-feira, 22 de maio de 2018

ONU rejeita pedido de Lula contra prisão - Por Jamil Chade.


GENEBRA – O Comitê de Direitos Humanos da ONU rejeitou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que sua prisão fosse evitada, como parte de medidas cautelares solicitadas por seus advogados.

A queixa que teve seu início em 2016 nas Nações Unidas não está encerrada. O governo brasileiro terá mais seis meses para responder a uma série de perguntas formuladas pela ONU e uma decisão final, segundo a entidade, ficará apenas para 2019. Mas, num primeiro momento, o apelo do ex-presidente não foi atendido.

“O Comitê de Direitos Humanos não concederá medidas cautelares no caso de Lula da Silva”, declarou a porta-voz de Direitos Humanos da ONU, Julia Gronnevet.

“Baseada na informação que recebeu, o Comitê não pode concluir que existe um risco de um dano irreparável nesse momento”, declarou a ONU em um comunicado, que insiste que não avaliou a substância ainda da queixa original da defesa de Lula.

Tanto a Bandeira, com suas cores verde-amarela, como o Hino Nacional do Brasil são heranças do Imperador Dom Pedro I – por Armando Lopes Rafael


    Dentro de menos de um mês, por ocasião da Copa Mundial de Futebol, a população brasileira divulgará as cores verde-amarela da nossa bandeira. Também o Hino Nacional voltará a ser ouvido com mais intensidade, estimulando – via futebol – o pouco que resta do patriotismo do povo brasileiro. Poucos sabem que devemos esses dois símbolos pátrios à iniciativa do herói da nossa independência: o Imperador Dom Pedro I. Aos fatos.

       A Bandeira do Brasil Império foi criada e oficializada através do Decreto de 18 de setembro de 1822. Foi desenhada por Jean-Baptiste Debret. Era composta de um retângulo verde e um losango amarelo, cores escolhidas por Dom Pedro I, para lembrar o verde da Casa de Bragança (origem do nosso primeiro Imperador) e o amarelo da Casa Real dos Habsburgos, de onde provinha a nossa primeira Imperatriz, Dona Leopoldina. Ou seja, não tem nada a ver com essa mentira republicana de que o “verde significa nossas matas” e o “amarelo do nosso ouro”, como nos ensinaram (e continuam a ensinar) enganosamente nas escolas.

     Também o nosso Hino Nacional (igualmente oriundo dos tempos imperiais) o mesmo que é ouvido, com todo respeito, por milhões de brasileiros, remonta ao Primeiro Reinado de Dom Pedro I.  Na Monarquia, o Hino Nacional Brasileiro era executado sem ter ainda uma letra. Conhecida apenas como “Marcha Imperial”, foi muito tocada nos campos de batalhas da Guerra do Paraguai. Depois desse conflito foi popularizada na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Com o advento do golpe militar que implantou a “República dos Estados Unidos do Brazil” (para quem não sabe: este era o nome oficial do Brasil após o golpe militar que empurrou goela a baixo da população esta república fracassada, em 15 de novembro de 1889). E este nome que prevaleceu até 1967, quando uma das constituições republicanas crismou o país de "República Federativa do Brasil". 

        No chamado “Governo Provisório” – dirigido pelo Marechal Deodoro da Fonseca – foi instituído um concurso para a adoção de um novo hino nacional para o Brasil. A ordem era (tentar) apagar tudo que restasse do Brasil-Império. Viviam-se os novos tempos republicanos, diziam. E a propaganda oficial anunciava que tudo estava melhorando: que a pobreza vinha caindo; que a população estava comendo três refeições por dia; que agora havia justiça social...
        Quantas vezes, nos últimos 128 anos, assistimos a esse filme...

        Pois bem, na noite de 20 de janeiro de 1890, o Teatro Lírico do Rio de Janeiro estava superlotado, reunindo as mais destacadas personalidades da então capital brasileira, para conhecer o novo Hino Nacional. No camarote de honra, o velho Marechal Deodoro, àquela época já bastante decepcionado com alguns “companheiros” do golpe militar de 15 de novembro de 1889. O hino que obteve o primeiro lugar no concurso foi composto pelo maestro Leopoldo Miguez, com letra de Medeiros e Albuquerque. Na verdade, tratava-se até de uma bonita peça (hoje chamada de “Hino da República”), e que começa com o refrão: “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”.

        Ao final da execução do novo hino, o Marechal Deodoro bateu com a mão sobre o balcão do camarote e impôs:
        – Prefiro o velho!
        Foi quando ficou preservada para as gerações vindouras, a bela “Marcha Imperial”, o atual Hino Nacional Brasileiro, cujos primeiros acordes (“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante”) nos enchem de orgulho e nos faz reviver o pouco do patriotismo que ainda resta à alardeada “brava gente brasileira”...

Texto e postagem de Armando Lopes Rafael

As ideias do economista Paulo Guedes em 35 ‘pérolas’.

Confira uma seleção de frases 'matadoras' do liberal que poderá ser o ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro, provável candidato à presidência em 2018, caso ele vença a eleição

A afirmação do deputado Jair Bolsonaro, provável candidato à presidência em 2018, de que Paulo Guedes poderá ser seu ministro da Fazenda se ele vencer as eleições de 2018, colocou o economista sob os holofotes.

Presidente do conselho de administração e estrategista da Bozano Investimentos, do empresário Júlio Bozano, com Ph.D. na Universidade de Chicago, Guedes é um dos mais aguerridos defensores do liberalismo no País e um dos maiores críticos dos governos social-democratas do PSDB, do PT e do PMDB, que comandaram o Brasil desde a redemocratização, em meados dos anos 1980.

Para conhecer melhor suas ideias, confira a seguir 35 frases de Guedes, selecionadas de entrevistas que realizei com ele e de artigos que ele escreveu nos últimos anos.


1. “A morte da velha política em 2017, sob a guilhotina da Lava-Jato, é o nosso mais importante episódio de aperfeiçoamento institucional desde a redemocratização e a convocação da Assembleia Constituinte.”

2. “A morte da Velha Política agora em 2017 marca o fim de uma era, e as campanhas eleitorais em 2018 serão o anúncio do nascimento da Nova Política.”

3. “A Nova República morreu, porque manteve o Antigo Regime. Não fez a reforma da estrutura de Estado brasileiro.”

4. “O aperfeiçoamento das instituições de uma democracia emergente é hoje mais importante do que as obsoletas disputas ideológicas entre ‘esquerda’ e ‘direita’, conservadores e progressistas, liberais e socialistas.”

5.“A grande sociedade aberta está além da direita e da esquerda. Quem estiver preocupado com isso ainda está saindo da Revolução Francesa no século XVIII. Aliás, esquerda naquela época eram os liberais. Se eu vivesse naquela época, estaria lá, com o Tocqueville, lutando contra a Velha Ordem.”

6. “Mesmo candidatos do “centro” cujas biografias resistam às investigações terão poucas chances de derrotar nas urnas os ‘outsiders’ de um degenerado sistema político”

7. “Se as candidaturas à “esquerda” e à “direita” têm limites naturais de representatividade, e portanto de crescimento, e a maioria dos eleitores de centro será disputada com vantagem por “outsiders” diante dos candidatos convencionais, torna-se bastante provável a vitória eleitoral desses “outsiders” em 2018, não apenas para a Presidência da República, mas também para governadores e para uma avassaladora renovação parlamentar, como ‘nunca antes na História deste país.’”

8. “Os corruptos destroem muito mais do que escolas, hospitais e outros serviços essenciais não prestados pelos recursos que desviaram. Destroem também a crença da população nas instituições das modernas democracias liberais.”

9. “A classe política não representa mais o povo, e sim seus próprios interesses. E os empresários não criam mais riqueza, apenas dela se apropriam em negociatas com o poder político.”

10. “O político que enriqueceu na vida pública e o empresário que tem muito poder político são aberrações de um capitalismo de Estado que degenerou para um capitalismo de quadrilha.”

11. “Não me sensibiliza dizer que a Lava Jato destruiu 300 mil empregos no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Eu pago dois anos de crise para ter um país decente.”

12. “A concentração de poder político e recursos financeiros no governo federal explica muito de nossa degeneração sistêmica”

13.  “A ‘direita’ brasileira afundou com a redemocratização por estar associada ao autoritarismo político e à insensibilidade social do regime militar. A ‘esquerda’ brasileira afunda agora com a morte da velha política por estar associada à roubalheira, ao colapso do crescimento econômico e à insegurança nas ruas de uma decrépita Nova República.”

14. “O baixo crescimento e a corrupção sistêmica marcaram a transição do capitalismo de Estado do regime militar para um capitalismo de quadrilhas sob a obsoleta e despreparada social-democracia”

15. “O PT, o PMDB e o PSDB são partidos social-democratas que dirigem há mais de três décadas a política e a economia brasileiras, desde o nascimento da Nova República, em 1985, aos dias de hoje, em que se anuncia a morte da Velha Política. Devem explicar a degeneração de nossas práticas políticas e o medíocre desempenho econômico no período.”

16. “Os partidos social-democratas, que desde a redemocratização moldaram a Velha Política, estão feridos de morte pela corrupção, pelo baixo crescimento e pela insegurança nas ruas. O PMDB, o PSDB e o PT se revezaram no desfrute de um disfuncional aparelho de Estado com o mesmo apetite pelo poder, a mesma inapetência por reformas e a desfaçatez dos papas renascentistas.”

17. “O coração do problema do Brasil está no gasto público. Só que não existe capacidade de formulação suficiente no governo para tornar isso politicamente interessante, economicamente potente.”

18. “A Dilma foi um dos mais importantes fatores de destruição do tripé macroeconômico, baseado no câmbio livre e nas metas de inflação e fiscal. Ela participou do início, do meio e do fim do crime do desequilíbrio fiscal.”

19. “O programa de uma campanha presidencial para as eleições de 2018 terá de enfrentar os temas que descredenciaram candidatos e partidos da Velha Política. O enigma que devorou a classe política e degenerou a democracia emergente é que o governo gasta muito e gasta mal.”

20. “O caminho para a recuperação da dinâmica de crescimento econômico e a regeneração da classe política passa pelo aperfeiçoamento das instituições republicanas e pelo aprofundamento das reformas.”

21. “Políticas econômicas ineptas, como os esforços de estabilização sem a mudança do regime fiscal, derrubaram o crescimento do país, enquanto alianças políticas espúrias pela ocupação de um obsoleto aparelho de Estado promoviam a roubalheira sistêmica. Precisamos agora superar a farsa política das repetidas disputas entre correntes da mesma social-democracia.”

22. “Em 30 anos, a social-democracia, hegemônica, dominante politicamente desde meados dos anos 1980, não conseguiu fazer o que tinha de ser feito. A esquerda não tem coragem de enfrentar corretamente, tecnicamente, o problema. O que eles sabem fazer? Aumentar gastos até serem chamados à realidade.”

23. “Um erro fundamental da social-democracia em suas mais de três décadas governando o país foi a ininterrupta expansão dos gastos públicos sob todas as formas, dos meritórios programas sociais de transferência de renda inerentes a uma democracia emergente aos reprováveis subsídios a grandes empresas agora configurados como práticas de um capitalismo de quadrilhas.”

24. “Essa incapacidade de controlar gastos e de promover reformas trouxe como subproduto uma tragédia de dimensões épicas: os esforços de estabilização sem apoio da política fiscal elevaram as taxas de juros por décadas, causando um endividamento interno em bola de neve.”

25. “Acelerar as reformas, particularmente a do Estado, é o caminho para asfixiar a corrupção e recuperar nossa dinâmica de crescimento.”

26. “Se eu tivesse que fazer uma única mudança seria a reforma da Previdência, porque o déficit sobe de R$ 50 bilhões para R$ 80 bilhões num ano, para R$ 130 bilhões no outro, é uma bola de neve que vai explodir o Brasil inteiro.”

27. “Além de melhorar a qualidade de suas políticas públicas, o País precisa fazer uma reforma fiscal e previdenciária. Temos que baixar impostos e principalmente, descentralizar os recursos para Estados e municípios.”

28. “O Brasil é o paraíso dos rentistas e dos empresários escolhidos e o inferno dos trabalhadores, dos empreendedores e dos empresários que acreditam numa economia de mercado. É uma associação entre criaturas do pântano político e de piratas privados.”

29. “Prefiro 30 milhões de empregos porque baixaram os encargos trabalhistas do que ganhar alguns empregos porque meia dúzia de empreiteiras estava corrompendo o governo. Isso não é nem capitalismo de Estado, que é quando as práticas morais são sérias, é capitalismo de quadrilha.”

30. “Na selva do dirigismo de quadrilhas, evoluem há décadas as criaturas do pântano — os piratas privados, os servidores públicos desonestos e os políticos corruptos.”

31. “Depois de 40 anos de expansão de gasto público, não posso dizer que o teto de gasto público não é algo excelente. Ter um teto de gastos para os próximos vinte anos é excepcional. É a primeira vez que alguém fala em corte de gastos desde o Tancredo.”

32. “As forças da modernização, que se organizam em torno de novos eixos, exigem do Estado o cumprimento de suas funções clássicas de segurança e Justiça, assim como uma eficiente execução de suas modernas atribuições na construção de redes de proteção social, focalizadas nos pobres e operadas de forma descentralizada por Estados e municípios. A democracia emergente precisa de mais recursos para prefeitos e governadores, e menos de dez ministros em Brasília.”

33. “As classes médias das economias ocidentais tiveram seus ganhos salariais travados ao longo das últimas décadas pelo mergulho de bilhões de eurasianos que escaparam da miséria socialista nos mercados globais de trabalho.”

34. “A prosperidade dos trabalhadores depende do aumento de sua produtividade, o que exige permanente acumulação de capital e incessantes investimentos em educação.”

35. “A educação é libertadora e transforma vidas… É o maior fator de criação de riqueza.”

Até o PT sabe.


Gleisi Hoffmann explicou recentemente, em encontro do PT, um dos motivos pelos quais tratar agora de um substituto para Lula na corrida presidencial é assunto proibido no partido.

Anunciar um eventual vice, disse, faria com que seu nome fosse desde já incluído nas pesquisas de opinião. Consequentemente, ele partiria de um patamar baixo de aprovação e isso poderia fazer com que o eleitor deixasse de se empolgar com a campanha do PT e migrasse para candidatos de outras siglas. 

Reforçando o já conhecido coro, em estreita conexão com a cela número um de Curitiba, a petista disse que o partido ‘não pode tergiversar’ sobre a candidatura de Lula.”

Trocando em miúdos, ninguém, nem mesmo a insana Gleisi, acredita na possibilidade de Lula ser candidato.

Manter o nome de Lula serve, na realidade, para continuar a ter espaço na mídia.

Venezuela: a radiografia da fraude e do voto tutelado - POR MÍRIAM LEITÃO.

Dessa vez ficou clara a dinâmica usada pelo regime chavista para fraudar o processo eleitoral. 

Os enviados brasileiros foram muito felizes em descrever a rotina da fraude, que vai além da manipulação da contagem dos votos. 

Para o conselho eleitoral da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro foi reeleito no domingo.

Há muito tempo se sabe que o chavismo frauda as eleições, manipula as instituições, controla o conselho que fiscaliza a eleição. 

Agora, a cobertura dos correspondentes lá na Venezuela descreve as cenas. O eleitor que depende dos programas sociais tinha que votar e se apresentar a um posto da milícia bolivariana para comprovar que votou. 

Assim, além de garantir a permanência no programa, ganhava o equivalente a US$ 8, o que é muito dinheiro por lá. É a compra oficial de voto. 

Há ainda a modalidade de votação assistida. O eleitor é acompanhado por um miliciano que indica como ele deve votar. 

Os venezuelanos contaram à reportagem que não podem correr o risco de perder a “Carteira da Pátria”, que garante uma quota de alimentos. O voto por lá é absolutamente controlado.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Pedro Alves de Brito - Por Antônio Morais

Clique na foto para ampliar..

Da esquerda para direita:
O de chapéu motorista de Pedro Brito.
Pedro Brito, de gravata.
Madrinha Mundinha.
Escolástica.
Madrinha Zefa.
Expedito Bezerra de Brito.
Bonifácio e Luiz de Joaquim André, Pedrinho e Zacarias de Chico André.

Na verdade já se falou muito neste blog sobre Pedro Alves de Brito. Sabemos ser neto de Joaquim Alves de Morais e Teresa Anacleta de Meneses, que eram os pais de Leonarda Bezerra de Brito sua mãe. Tinha três irmãs casadas com primos em Várzea-Alegre, Bilinha com Jose Alves Feitosa Bitu, há poucos dias postagens uma bela foto da família, Sandola com Jose Raimundo de Menezes, o conhecido Zé Raimundo do Canto e Milinda com Cazuzinha Mendes do Iputi. Pedro Alves de Brito era casado com Laura Morais e Silva da Lagoa do Arroz. Foi político no Crato, desempenhando com ética, moral e honradez mandatos de vereador por varias legislaturas.

Duas ou três vezes ao ano Pedro Brito visitava os seus primos de Várzea-Alegre. Eram dezenas. Como a família era muito grande encontravam-se uns de posses, abastados e outros desprovidos de quaisquer valores materiais. Para Pedro Alves de Brito todos tinham o mesmo valor, e por essa razão recebiam dele a mesma consideração. Nesta visita a casa do Sanharol Pedro Brito fez-se acompanhar de Expedito Bezerra de Brito, filho do professor Zuza Bizerra de quem era primo legitimo. O Conhecido Expedito da Casa Tamoio.

PSDB lança general contra reeleição de petista no Ceará

Candidatura de Guilherme Theophilo será apresentada na tarde desta segunda-feira; no outro lado, Camilo Santana, do PT, deve ter do MDB a Ciro Gomes

Fonte: VEJA  – por Guilherme Venaglia
 General Guilherme Theophilo (Raimundo Valentim/TJ-AM/Flickr)
O PSDB lança, nesta segunda-feira, a pré-candidatura do general da reserva Guilherme Theophilo ao Governo do Ceará.. O militar entra no pleito para liderar a oposição ao atual governador, Camilo Santana (PT), que é pré-candidato à reeleição. A candidatura de Theophilo será apresentada em um anúncio marcado para hoje as 16h. O principal artífice do lançamento do militar é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Em torno de Camilo, uma ampla aliança que vai do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), ao pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes/ Eunício e o irmão de Ciro, o ex-governador Cid Gomes (PDT), devem ser os dois nomes ao Senado da chapa.
Em um estado atingido pela disputa de facções criminosas, como mostrou reportagem de VEJA em fevereiro deste ano,  o foco do General Theophilo é a segurança pública e o combate ao tráfico. Durante o ápice da crise no estado, o governador Camilo Santana chegou a, diversas vezes, imputar a responsabilidade do problema para o governo Federal, argumentando ser o Ceará vítima de um descontrole da segurança em outras regiões do país.

Ingratidão é o preço do favor não merecido - Por Antônio Morais.


José de Pedro André, meu pai, o último a direita, disse um dia que as duas coisas mais bonitas do mundo eram uma banda de música tocando um dobrado  e o baixio do Machado amarelo de arroz. Ele reuniu num adjunto em 1967 o prefeito da cidade, Pedro Sátiro, que chegou acompanhado do vigário José Otávio,  do Juiz Dr. Vasco Santiago e do promotor de justiça Aírton Castelo Banco.

Ele gostava de reunir gente, tinha muitos amigos e levou a roça 120 homens, sem nada lhe cobrarem, para colher, num só dia, o produto de sua lavoura de arroz.

Dava gosto de se vê,
Um bando da cabra macho,
Cortando cacho por cacho,
Cantando sindô lelê.

Enviei a foto de outro evento para Luiz Lisboa e eis que foi comentada nos termos seguir pelo senhor Erivan Alves.

Muito sofrimento, também! Produzia-se "muito", mas já de cara deixava-se 20% da produção para os "SUPOSTOS" proprietários das terras, que "FAZIAM O FAVOR" de deixarem os "TRABALHADORES SEM TERRA" produzirem. Eram 20% da produção bruta que ficavam "com o patrão" e isso sem que eles dessem UMA semente de arroz para o plantio! Verdadeiro regime de "escravidão".  A festa era bonita, verdade, mas o que sobrava ao agricultor eram só as mãos cheias de calo, o rosto queimado do sol e, invariavelmente, a humilhação do "dono da terra".

Antônio Morais - Desagravo.
Fui eu quem enviou esta foto para o Luiz Lisboa. O adjunto era de José André, meu pai, a localidade era Lagoa do Ronca que pertencia ao senhor João do Sapo. 

Devo informar ao Erivan Alves que o meu pai nunca foi escravo de quem quer que seja e, que João do Sapo nunca escravizou ninguém. 

"A ingratidão é o preço do favor não merecido". Fica a pergunta para o Erivan : O teu avô foi escravizado?  Eu sempre entendi que havia uma grande amizade  entre a família dele e a de Joaquim Diniz proprietário das terras em que ele sempre trabalhou..

É bom respeitar a história.

Por que há uma resistência monárquica no Cariri? (1ª Parte) – por Armando Lopes Rafael (*)


No último 15 de novembro, aniversário do golpe militar que implantou a república no Brasil, monarquistas caririenses fizeram carreata de protesto, com encerramento junto à estátua do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte.

     Pessoas perguntam a razão desse crescimento de monarquistas – principalmente entre os jovens –  nos dias atuais, aqui no Cariri. Os alienígenas são os que mais ficam intrigados com esta realidade da caririensidade.  Nascidos noutras regiões deste país continental, para cá esses alienígenas se transportaram, mas resistem em se adaptar à nossa realidade O etnocentrismo continua presidindo suas ações e reações.

     Desde o século XIX, pessoas de diversas camadas sociais do Vale do Cariri, este localizado no Sul do Ceará, tiveram a visão de defender uma forma de governo que se coadunasse com a mentalidade e anseios, tanto de parte da elite, como da maioria da população (chamada à época de “povinho”, denominação hoje rebatizada grosseiramente -- pela esquerda festiva -- de “povão). Essa visão de vida teve seu apogeu entre 1822 e 1889, época que nossa pátria era o Império do Brasil. E era respaldada pela mais antiga forma de governo que a humanidade conheceu: a Monarquia. Um regime orgânico, atrelado ao Direito Natural,  ainda hoje em vigor em vários países considerados como dos mais organizados do globo -- o chamado Primeiro Mundo -- aqueles que atendem satisfatoriamente ao bem comum.

    Este anseio e aspirações monárquicas prosseguiram no Cariri cearense, mesmo após o golpe militar que implantou a forma de governo republicana no Brasil. Naquele golpe, feito sem a participação do povo do Rio de Janeiro, por uma minoria militar e por fanáticos da seita Positivista, foi rasgada a Constituição do Império do Brasil (justamente a que mais durou (foram 65 anos dentro do império da lei) já que nestes 128 anos republicanos tivemos 6 (seis) constituições. E já estão pregando a convocação de mais uma, que seria a 8ª (oitava). Monarquistas caririenses, no entanto,  mantiveram acesa uma chama (e não somente   “um reflexo saudoso” de um passado que deu certo). Essa resistência monárquica tornou-se a bem dizer, um estado de espírito de pessoas da elite e do povo. Não se deve confundir o povo com a massa.

        Bem definiu o Papa Pio XII quando escreveu em meados do século XX: "Povo e multidão amorfa ou, como se costuma dizer, massa, são dois conceitos diversos. O povo vive e move-se por vida própria; a massa é em si mesma inerte e não pode mover-se senão por um elemento extrínseco. O povo vive da plenitude da vida dos homens que o compõem, cada um dos quais -- na sua própria situação e do modo que lhe é próprio -- é uma pessoa cônscia de suas próprias responsabilidades e de suas próprias convicções. A massa, pelo contrário, espera o impulso que lhe vem de fora, fácil joguete nas mãos de quem quer que lhe explore os instintos e as impressões, pronta a seguir, sucessivamente, hoje esta, amanhã aquela bandeira".
          Como as palavras de Pio XII são atuais na república brasileira... Voltaremos a falar sobre esta tradição monárquica,  latente e  mantida pelo povo do Cariri, em próximo artigo.
   

(*) Armando Lopes Rafael é historiador. Sócio do Instituto Cultural do Cariri (ocupante da Cadeira José Denizard Macedo de Alcântara) e Membro-Correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA).

A candidatura de Lula não será barrada “de ofício” - O Antagonista.


Cármen Lúcia disse na Bandeirantes que o TSE não pode barrar antecipadamente a candidatura de Lula: “O Judiciário não age de ofício, age mediante provocação”.

Ao mesmo tempo, ela repetiu que o presidiário é inelegível, por causa da Lei da Ficha Limpa: “Isso foi aplicado desde 2012. Eu não noto nenhuma mudança de jurisprudência no TSE. E o Supremo voltou a este assunto, este ano, e reiterou a jurisprudência e a aplicação da jurisprudência num caso de relatoria do ministro Fux, atual presidente do TSE.”

domingo, 20 de maio de 2018

Joesley explode Dilma. “Ex-Presidenta” negociou a propina pessoalmente”.


Reportagem da revista Veja desta semana detalha as novas revelações feitas pelo delator Joesley Batista, acionista da JBS. 

Em depoimentos prestados à Polícia Federal para explicar capítulos de seu acordo de colaboração, o empresário conta que a ex-presidente Dilma Rousseff dispensou intermediários ao tratar de propinas. Algo que nem o seu antecessor Lula, preso por corrupção e lavagem de dinheiro, fez. 

Joesley revelou aos investigadores que Dilma lhe pediu, dentro do Palácio do Planalto, uma doação ao ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel durante a campanha do petista ao governo de Minas Gerais em 2014. 

Como a iniciativa partiu da então presidente, o empresário explicou que a ajuda financeira seria descontada de uma conta de propina abastecida com de 150 milhões de dólares, que era mantida no exterior e seria destinada a Dilma e Lula. Após a contribuição para Pimentel, o saldo ficaria zerado, alertou Joesley. Dilma deu o o.k. A JBS liberou, então, 30 milhões de reais.

Uma questão de Estado - Por Augusto Nunes.


O eleitor brasileiro tem de estar ciente de que a reforma da Previdência não é uma questão de escolha circunstancial. Todos devem saber que, sem essa reforma, as contas públicas estarão condenadas ao colapso irreversível, com impacto negativo profundo, e por gerações, na capacidade do País de se desenvolver. Se houvesse essa consciência coletiva, os candidatos a presidente da República que ousassem questionar a pertinência e a urgência dessa reforma, como fazem os irresponsáveis populistas de sempre, seriam impiedosamente punidos nas urnas. Não se trata, portanto, de um tema meramente eleitoral, sujeito aos solavancos das pesquisas de intenção de voto. A reforma da Previdência é uma questão de Estado, acima de considerações políticas paroquiais e imediatistas.

Provavelmente foi essa ponderação que o presidente Michel Temer teve em vista quando disse ao Estado, em entrevista recente, que se dispõe a tratar com seu sucessor eleito uma forma de colocar a reforma da Previdência em votação antes da posse do novo governo. “Estou disposto a fazer um acordo com o futuro presidente, porque ainda dá tempo de aprovar a reforma da Previdência neste ano, em outubro, novembro e dezembro.” A intenção é permitir que o próximo governo já comece sem a penosa tarefa de ter de se dedicar à aprovação de uma reforma tão bombardeada pelas ruidosas corporações habituadas a parasitar o Estado.

Não é demais lembrar que havia total condição de aprovar essa reforma no ano passado, mas o esforço do governo foi sabotado pelas denúncias de corrupção oferecidas pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Temer. As denúncias não tinham fundamento e acabaram derrubadas no Congresso, mas foram suficientes para minar a capacidade de negociação política do governo.

Assim, mesmo fazendo uma administração que recuperou a racionalidade na gestão das contas públicas, reduziu os juros, derrubou a inflação, aprovou uma importante reforma trabalhista e impôs um necessário teto para os gastos públicos, o governo enfrenta imensa impopularidade ainda como consequência daquelas denúncias ineptas, e tal situação reduziu o cacife de Temer para continuar a implementação de sua agenda reformista.

Diante disso, o presidente parece apostar que será possível aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano se houver apoio firme do presidente eleito, munido da natural legitimidade que cerca o vencedor do pleito.

O presidente eleito, seja ele quem for, deveria ter total interesse nessa proposta. O que Temer está oferecendo é um esforço conjunto para realizar agora uma reforma que, de um jeito ou de outro, terá de ser feita, pois sem ela inviabilizam-se todos os demais projetos de governo. Não haverá recursos para investimentos nem para programas sociais, e a máquina administrativa, que já funciona mal, corre sério risco de parar.

Portanto, de nada valerão as propostas do candidato vencedor da eleição se não houver as condições objetivas para implementá-las, e essas condições passam necessariamente pela adequação da Previdência à realidade. Logo, o interesse em aprovar a reforma não deveria ser deste ou daquele partido ou político, pois quem quer que se diga capaz de garantir a governabilidade sem interromper a sangria do sistema previdenciário estará simplesmente mentindo.

Farão bem, portanto, os candidatos que desde já aceitarem a oferta do presidente Temer, dispondo-se a negociar um esforço concentrado logo depois da eleição para mobilizar as forças políticas responsáveis e aprovar a reforma da Previdência. Mais do que nunca, é preciso superar as eventuais divergências políticas e compreender que, sem essa reforma, ficam interditadas, por irrealizáveis, todas as demais iniciativas do futuro governo.

Quem perderá com isso não será este ou aquele partido; será o País, cujo futuro presidente, por melhor e mais legítimo que seja, não conseguirá administrar senão tendo em perspectiva o curtíssimo prazo – da mão para a boca. Já a retomada do pleno desenvolvimento, esta ficará para o Dia de São Nunca.