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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 24 de maio de 2018

Projeto republicano da Constituição de 1988 caducou, em apenas 30 anos


   Greve dos caminhoneiros. Grandes contingentes das populações das capitais de estado sem transporte público. Alta do dólar. Estatais como os Correios e Petrobrás reconhecem sua impotência e entram na lista das privatizações. Deputados e senadores chegam ao píncaro da falta de credibilidade. Segurança Pública do Rio de Janeiro sob intervenção militar... e tantos outros fatos, atestam a falência da república brasileira.

    Em encontro no Rio de Janeiro, em junho do ano passado, o analista político português radicado no Brasil, o Sr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca iniciou o ciclo de palestras com o tema “Ao cabo de três décadas, o fracasso de um projeto político de Nação”, já demonstrava como a Nova República, resultado da Constituinte de 1987-88, está “velha”, “caduca” mesmo! E que as suas instituições não servem mais à população e seus homens e mulheres públicos vivem completamente descolados da atual realidade dos brasileiros.

    Ao fim de sua palestra, o Sr. Sepúlveda havia exposto de forma clara que apenas o retorno à Monarquia Constitucional, orgânica, em plena conformidade com as tradições e a mentalidade brasileiras, poderá devolver nosso País ao rumo certo, interrompido com o golpe republicano de 15 de novembro de 1889. “A Monarquia cuida do País e do público, com uma sensação de ‘coisa própria’, disse ele. Imaginem uma família bem grande, em que há bens de uns e de outros. O que acontece em uma família bem grande? As pessoas todas cuidam daquelas coisas como se todas fossem delas, quando, muitas vezes, não são... São de um outro irmão, são de um primo... Mas elas têm o senso daquele conjunto. Ora, a República é o que? A República é anônima; a República cuida do público anonimamente; a República assalta o público. Por quê? Porque ela tem uma estrutura de poder totalmente artificial. ”
      Sábia reflexão.
Postado por Armando Lopes Rafael

Um comentário:

  1. Caducou porque foi mal feita. E, já emendaram diversas vezes e cada dia fica mais deficitária. Não é possível construir uma constituição e emendá-la com legisladores desonestos, analfabetos e bandidos. É desse tipo de gente que se constitui o legislativo das ultimas décadas.

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