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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 29 de maio de 2010

DAI A IRAN O QUE É DE CÉSAR - POR DR. SAVIO PINHEIRO

Manhã chuvosa em Várzea Alegre. O sol, coberto pelo nevoeiro denso, dava ao dia uma cor melancólica e a intensa umidade do ar mostrava-se através da nossa pele dando-nos uma sensação de desconforto pelo seu aspecto pegajoso. Enfim, o dia tornara-se triste.
Dr. Carlos César Costa, exímio cirurgião do Hospital Regional de Iguatu, que se encontrava em Várzea Alegre nesse dia sombrio contou-nos um caso clínico familiar deveras interessante envolvendo o seu irmão, também médico, Dr. José Iran Costa.
Ao chegar à residência de sua genitora, a agradável e bondosa senhora dona Santinha Bitu, no sítio Baixio do Exu, depara-se com o seu irmão, ídolo e herói deitado em uma frondosa rede branca de varandas largas, totalmente envolto por aquele manto decorativo do nosso artesanato.
- O que houve com ele, minha mãe?
- Está assim há três dias, meu filho. Não come, não bebe e não conversa com ninguém. É uma tristeza, que só vendo. Estou morrendo de pena dele... Até a sua cervejinha está sobrando na geladeira.
Dr. César tentando ajudar o irmão enfermo tenta improvisar um diálogo:
- Iran, o que está havendo? Nossa mãe está preocupada com você, home! Já até comunicou a Agostinho e a Nego de Aninha sobre o seu estado. Não quer se abrir comigo?
Instintivamente, ele abre sutilmente as duas varandas que o encobrem e reverbera:
- O hospital... As promissórias do “Santa Maria”... Todo mundo quer receber... Mas quem tem de pagar tudo é doutor Iran! Nessa hora, num aparece nem um pra ajudar...
- Calma home, tu vai ficar doido por causa de uma besteira dessas! Fique tranquilo, que Cili, minha mulher, vendeu um apartamento em Recife e hoje mesmo eu vou depositar dez mil reais na sua conta, pra você me pagar de dez vezes, sem juros, ta entendendo?
O irreverente Dr. Iran deu calado por resposta e voltou a se cobrir. Dessa vez, com lençol e varandas, deixando no ar uma aura de sofrimento, tristeza e melancolia. Reina um silêncio inquietante.
No dia seguinte, o irmão ainda compadecido com cena tão triste, liga para a sua sofredora mãe, e indaga: - Como está ele?...
Dona Santinha, na sua santa ingenuidade materna, responde prontamente.
- Meu filho, eu acho que o José amanheceu um pouco melhor; pois hoje pela manhã, ele já aceitou tomar um mingauzinho...
Dr. Savio Pinheiro.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

CHICO PARAIBA - Irapuan Costa Junior.

Um texto longo. Recomenda-se a leitura.
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Tenente Ithamar! A Policia do Exército americana veio aqui e prendeu o Chico Paraiba. Dizem que vai ser julgado pela corte marcial.
Quem falava era o sargento Arlindo, encarregado do alojamento de uma companhia do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha, da FEB-Força Expedicionária Brasileira. Estavam próximos à cordilheira dos Apeninos, e era o inverno italiano, no começo de 1945. O Tenente Ithamar, com seu grupo de reconhecimento, estava chegando de uma missão noturna junto às linhas alemãs. Não tinha havido baixas, felizmente. Mas nem por isso o humor do tenente era dos melhores. Para a perigosa missão, em terreno desconhecido, e à noite, só contava com um guia italiano, em quem, aliás, não confiara muito, desde o início. Soldados em combate desenvolvem um sexto sentido, e o seu não falhara. O italiano era um covarde, que os abandonara na escuridão de uma encosta, em meios a restos de neve, quando uma sentinela alemã, percebendo os ruídos do grupo, rolara uma granada morro abaixo. Que felizmente não explodira muito perto. Escafedera-se o carcamano, e os brasileiros não mais haveriam de ouvir falar nele. Também pudera... Se o encontrassem depois daquilo, iriam moê-lo de pancada, no mínimo. O tenente, quando pensava nele, praguejava entre dentes. Sem orientação, tivera que arriscar uma retirada que só era segura morro abaixo. No sopé, sem direção, poderia cair numa trincheira inimiga e seria um desastre. O jeito fora esperar o inicio da manhã e se guiar, mal e mal, pela bússola. Foi o que fez, e conseguiram retornar, embora os alemães, como todos os combatentes veteranos, tendo desenvolvido uma visão mais acurada, os tivessem percebido, e enviado algumas rajadas de metralhadora, quando se deslocavam. Mas nessa altura já estavam fora de alcance. Era, pois, um tenente Ithamar tenso, sujo, com frio, fome e cansaço quem recebia a má notícia.
- O que o Chico fez para ser preso?
- Disse que estava cansado dessa ração americana e queria fazer uma sopa. Deu um tiro de fuzil numa galinha e fez a sopa. O italiano dono da galinha foi no quartel dos americanos e deu queixa. Eles vieram aqui e levaram o Chico. Tentei discutir com eles, mas não adiantou. Disseram que é crime e está previsto nos regulamentos.
- Mas também está nos regulamentos que quem julga nossos soldados somos nós mesmos. Você não disse isso a eles?
-Sim, disse, mas não quiseram ouvir. Eu não sabia o que fazer, eram muitos. Achei melhor esperar o Sr. chegar.
-Você, Arlindo, que fala inglês, venha comigo. Chame o Gaúcho, e pegue o jipe.
-Vamos só nós?
-Não é preciso mais ninguém.
- Vamos desarmados?
-Não, armamento completo.
No trajeto, Ithamar, também paraibano, ia pensando no seu subordinado e conterrâneo. Chico era um cidadão muito popular na tropa. Sem muita instrução, era, contudo um ás na musica nordestina, cantor, tocador de sanfona, dançarino, contador de causos e piadas. Seu sotaque carregado ajudava. Desinibido e folgazão. Sei que conhecem o tipo. Faz sucesso também em política. Chico era, além disso, bom soldado. Fazia-se respeitar no momento do combate.
-Arlindo, por que você não impediu o Chico de fazer essa besteira? Perguntou Ithamar.
-Quando vi, já tinha feito. Disse a ele que ia ter problema, mas ele disse que estávamos numa guerra de matar homens, e que problema ia ter matar uma galinha?
-Bem próprio da simplicidade do Chico, pensou Ithamar, quando já estavam chegando no quartel americano.
- Arlindo, quero que você traduza exatamente o que eu disser, seja lá o que for. Entendido?
- Entendido, meu tenente.
O sentinela americano relutou em levar até o oficial de dia aquele tenente com o fardamento sujo e seus dois acompanhantes, mas não podia fazer diferente.
Foram recebidos por um capitão americano com quase dois metros de altura, bem fardado, saudável, acompanhado de quatro outros yanques, que os olhou com certo enfado.
- Diga a ele que lamento aqui comparecer sem estar devidamente fardado, mas que acabo de chegar de missão recebida do comando conjunto e não tive tempo de me trocar. Arlindo traduziu, e o capitão mudou um pouco sua postura, ao notar o olhar cansado do tenente.
- Ele pergunta em que pode ajudar, meu tenente.
- Venho buscar um soldado meu comandado, indevidamente preso pela Policia do Exercito americana, que segundo ela, cometeu transcrição disciplinar, e a parte correspondente, para que possamos julgá-lo e puni-lo, se for o caso, em corte brasileira, como manda o regulamento.
- Ele diz que o soldado preso já tem processo em andamento, e pode ser julgado pelos americanos, pois o chefe do comando conjunto é americano. Assim, não pode entregá-lo. -traduziu Arlindo a resposta.
- Diga a ele que não sairemos daqui sem meu soldado, pois não aceito a interpretação dele e sou inteiramente responsável por cada um dos meus.
O americano ouviu, esboçou um sorriso, olhou para os outros americanos e perguntou, logo traduzido por Arlindo:
- Só vocês três? E como vocês pensam em levá-lo?
- Arlindo, traduza exatamente, repetiu Ithamar: Eu não disse que iremos levá-lo. Disse que não sairemos daqui sem ele. Isso significa que, se preciso for, combateremos para levá-lo, embora sejamos minoria e provavelmente morramos aqui.
- O americano ouvia com espanto crescente a tradução. Já se preparava para o pior, quando olhou bem no fundo dos olhos do atarracado tenente brasileiro. O que viu lá não foi do seu agrado. Também não foi o que não viu. Não viu medo. Não viu raiva nem hesitação. Viu uma calma determinação que não deixava margem a dúvidas. Viu que a afirmação que ouvira com espanto era a pura expressão da verdade. Prova é que o tenente estava aferrado à sua Thompson, e por certo faria um estrago antes de morrer, se um tiroteio começasse ali. E ele estava diretamente na frente, enquadrado na linha de tiro. Ou então – quem sabe? – sentiu admiração por aquele tenente exausto, que como ele, lutava longe de casa pela liberdade, e não abandonava um dos seus nas mãos de estrangeiros, ainda que aliados.
O silencio era gritante. Dizia muitas coisas. Mas não durou muito, embora parecesse não acabar mais. Um minuto? Menos.
O americano virou-se para um subordinado: - Busque aquele caipira e entregue a eles!
Ninguém falou mais nada. Nem quando Chico, risonho, sem saber da tragédia que quase tinha provocado, entrou na sala.
Ithamar fez a continência de praxe, voltou-se e saiu, com seus soldados e um Chico já tagarelando de alegria. Ouviu o americano falar algo para seus companheiros. Mas nem perguntou a Arlindo o que era. Já não interessava mais. Se tivesse pedido a tradução, seria: “Esses brasileiros são loucos. Morreram às dúzias para tomar o Monte Castelo. Verdadeiros suicidas.”
(Essa crônica é uma homenagem ao Tenente Ithamar Viana da Silva, que recebeu várias condecorações por bravura na Itália. Na volta da guerra, fez o curso de engenharia no IME- Instituto Militar de Engenharia. Reformou-se como coronel, casou-se com uma goiana e aqui constituiu família. Foi professor universitário em Brasília e ocupou, com dedicação e honestidade exemplares, vários cargos públicos em Goiás. Faleceu em 1999).

Irapuan Costa Junior

quarta-feira, 26 de maio de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL

ROSIL CAVALCANTI
O menestrel dos Cariris Velhos

Por Zé Nilton

De muitas histórias a região dos Cariris Velhos. Atravessada pela Serra da Borborema há, como aqui, nos Cariris Novos, geografias contrastantes. Ora lugares verdes, pegando a Zona da Mata, ora frio, no cimo dos chapadões. Mas também ambientes de pouca chuva, de quase total estio.

É desses lugares que temos ouvido referências musicais pelas veias poéticas e melódicas de um Marcos Cavalcanti de Albuquerque, o Venâncio, e de seu parceiro, Manoel José do Espírito Santo, o Corumba. É da dupla a regravadísssima - O Último Pau de Arara.

A minha geração cresceu ouvindo esse hino dos retirantes, além de outra música de forte clamor sertanejo – O Meu Cariri, de Rosil Cavalcanti e Dilú Melo. Ambas são da década de 1950.

Rosil de Assis Cavalcanti foi fiel à vida do nordestino e cantou suas tristezas e alegrias. Pintou em Aquerela Sertaneja as agruras desse povo sofrido; mas, desenhou a alegria esboçada no rosto desse mesmo povo na música Festa do Milho.

Começou a sua vida artística nos anos quarenta, quando passou a trabalhar em emissoras de rádio, igualmente a quase todos os grandes músicos e compositores daquela época.

Na Rádio Tabajara, em João Pessoa, nos idos de 1943, formou dupla com Jackson do Pandeiro. A dupla Café com Leite fez muito sucesso e firmou uma grande amizade entre Rosil e Jackson. Aliás, muitas coincidências entre os dois. Ambos casados sem filhos. Ambos morreram dos males do coração no mesmo dia e mês – 10 de julho.

No programa COMPOSITORES DO BRASIL desta quinta feira, um pouco da história e das músicas de Rosil Cavalcanti. Na sequencia:

A FESTA DO MILHO, de Rosil Cavalcanti e Luiz Gonzaga com Luiz Gonzaga
AMIGO VELHO, de Rosil Cavalcanti e Luiz Gonzaga com Luiz Gonzaga
CABO TENÓRIO, de Rosil Cavalcanti com Jackson do Pandeiro
COCO DO NORTE, de Rosil Cavalcanti com Jackson do Pandeiro
FORRO DO ZÉ LAGOA, de Rosil Cavalcanti, com Anastácia
FORRO NA GAFIEIRA, de Rosil Cavalcanti com Fúba de Itaperoá
MEU CARIRI, de Rosil Cavalcanti e Dilú Melo, com Ademilde Fonseca
MOXOTÓ, de Rosil Cavalcanti e Dilú Melo com Jackson do Pandeiro
NA BASE DA CHINELA, de Rosil Cavalcanti e Jackson do Pandeiro com Jackson do Pandeiro
Ô VEIO MACHO, de Rosil Cavalcanti e Luiz Gonzaga com Luiz Gonzaga
QUADRO NEGRO, de Rosil Cavalcanti e Jackson do Pandeiro com Alceu Valença
SAUDADES DE CAMPINA GRANDE, de Rosil Cavalcanti, com Marinês
SEBASTIANA, de Rosil Cavalcanti com Jackson do Pandeiro.

Quem ouvir verá!

PROGRAMA COMPOSITORES DO BRASIL
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Às quintas-feiras, de 14 as 15 h.
Rádio Educadora do Cariri
Apoio Cultural: CCBN-Cariri
Retransmitido pela rádio web: cratinho.blogspot.com

José André - Feliz aniversário.

Parabens - Jose André

Nosso coração está em festa, hoje é seu aniversário e nada é mais importante para nós do que comemorar mais um ano de sua vida. Sabe, não é fácil encontrar as dificuldades do mundo, o mal infelizmente nos persegue, mas graças ao amor tão profundo que nós temos por Deus, nossos dias são abençoados com muita paz e harmonia. Temos muito que agradecer por ter um filho tão maravilhoso e responsável. Nossa vida é iluminada porque você está sempre do nosso lado e apesar de saber que criamos os filhos para o mundo, e que cedo ou tarde eles acabam se afastando, sabemos que nosso lugar está guardado em seu coração.
Parabéns por este dia filho, tenha um aniversário repleto de alegria, pois você merece. Desejamos que todos os seus sonhos possam se realizar e que jamais a tristeza se aproxime de você e se isso acontecer, peça ajuda ao nosso Senhor. Ele nunca nos abandona.
Feliz aniversário na Paz de Deus.
Morais, Mair, Dani, Eudes, Ana Thais, Micaely, Menezes, Ernesto, Ana Claudia, João Pedro, Aluisio, Ana Florença.

terça-feira, 25 de maio de 2010

RAIMUNDO MENEZES - FELIZ ANIVERSARIO.

Parabens pelo aniversario.

Hoje nós todos temos um motivo especial para abraçar você, e te desejar um calendário de sonhos realizados. Parabéns, hoje você tem todo direito de ser feliz, de se sentir feliz. É o seu aniversário. É dia de festa. Que Deus continue te abençoando e dobrando seus dias de vida, com muita saúde. Que esse aniversário, traga novas chances e oportunidades para você crescer espiritualmente, emocionalmente e muito mais. Feliz aniversário, que o céu, te cubra com as bençãos de Deus Pai, e que você continue sendo esse amigo ímpar, esse amigo verdadeiro, essa pessoa maravilhosa que fazemos questão de ter ao nosso lado e chamarmos de amigo. Parabéns, seja feliz, porque você merece, e precisa desta felicidade sempre.
Morais e familia.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mundim do Cariri - Por Mundim do Vale

De Crato pra Juazeiro,
De Juazeiro pra Crato,
Eu tou achando um barato
Minha vida de estradeiro.
Tou bem perto do Granjeiro,
Romoaldo e Murití.
Tem um mês que estou aqui
E vou terminar ficando.
Porque já tão me chamando
De Mundim do Carirí.

Do blog eu fiquei ausente
Porque tou no barro Branco,
Para ser bastante franco
O lugar é bem carente.
O que sobra é o sol quente
O que falta é água fria,
Até mesmo a energia
Ningém sabe o que fazer.
E eu só posso dizer:
- Ôxente. Vixe maria.

No retorno eu vou passar
Na minha terra do arroz,
Comer um baião de dois
E vê Poivinha rimar.
Se magnólia chegar,
Eu vou contar um fuchico
Que aconteceu no Chico.
Foi um causo sem futuro,
Porque tando no escuro
Não é bom cassar pinico.

Dedicado aos amigos do Cariri e do Vale do Machado.

Melhor filé - Por Helder França.

Hoje tive uma surpresa
Que não há em toda parte
Do telefone da mesa
Eu ouvi Jackson Duarte
E fiquei muito contente
Espalhei pra toda gente
O quanto estava feliz
Em ouvir aquela voz
Saber que estava entre nois
O grande amigo que fiz.

E de lá do outro lado
Me falava radiante
Eu estou apaixonado
Eu tenho uma nova amante
Ela é tudo para mim
Estou feliz, até que enfim!
Construindo novos planos
É uma mulher bonita
O nome dela é Rita
E só tem quatorze anos!

Foi aí que mais surpreso
E muito preocupado
A conversa fiquei preso
Ao ver perigo danado
Ver um velho exposto a prova
Amando menina nova
Que pode dar em transtorno
Vi nisso grande perigo
Do meu querido amigo
Ser no mundo mais um corno

Mas pra quem ama com fé
Não se importa com tolice
Dá a volta e cai em pé
E não dá bola a cornice
E adota o velho ditado
Por todo corno citado
Desde o Crato a Caicó
Esse ditado ora digo:
Melhor filé com amigo
Do que comer merda só.

Par Helder França.

Miguel Arraes vai ganhar memorial em Araripe


Fonte: jornal O POVO

Como forma de homenagear o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar, foi lançado no município de Araripe, na região do Cariri, a pedra fundamental do memorial que leva o nome do político que nasceu em Araripe, em 1916, e faleceu em Recife, em 2005.

O evento, aberto com solenidade no Teatro Municipal Miguel Arraes de Alencar e apresentação da banda do Instituto Athos, contou com a participação de prefeitos da região e de Madalena Arraes, viúva de Arraes.

Ela ressaltou o fato do marido ter passado muitos anos no município e de ter adquirido "uma bagagem já intelectual e humana muito grande".

Segundo o prefeito de Araripe, José Humberto Germano Correia, o objetivo do memorial é “eternizar o nome de Arraes” no município. (Colaborou Amaury Alencar)
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Síntese biográfica

Miguel Arraes de Alencar nasceu em 15 de dezembro de 1916, em Araripe, Ceará. Concluiu o curso secundário em 1932, na cidade do Crato. Em seguida, mudou-se para o Recife para dar continuidade aos estudos e seguir carreira profissional, prestando concurso público e tornando-se, em 1933, funcionário do Instituto de Açúcar e do Álcool (IAA).
Estudou na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1937 e continuando a carreira de servidor público. Foi Delegado Regional do IAA, nomeado por Barbosa Lima Sobrinho. Arraes iniciou sua carreira política em 1948, ocupando o cargo de secretário estadual da Fazenda, durante o governo de Barbosa Lima Sobrinho. Em 1950, elegeu-se deputado estadual. Em 1958, conquista novamente uma vaga na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Em 1959, foi secretário da Fazenda no governo de Cid Sampaio e prefeito da cidade do Recife. Em 1962, Arraes foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco, porém não concluiu o mandato sendo deposto pelo Golpe Militar.
Teve passagens por algumas prisões brasileiras, seguindo para a Argélia em 25 de maio de 1965. Após 14 anos de exílio, voltou ao Brasil beneficiado pela anistia. Foi eleito deputado federal em 1982 e, em 1986, elegeu-se mais uma vez governador de Pernambuco. Em 1990, foi novamente deputado federal. Em 1994, voltou ao governo de Pernambuco pela terceira vez. Em 2003, assumiu mais um mandato como deputado federal. Faleceu no Recife, no dia 13 de agosto de 2005, vítima de uma infecção generalizada.
Fonte: site do Governo de Pernambuco

Xecapi do Cearense.

O Seu Antônio, aproveitando a viagem a Fortaleza, foi ao médico fazer um 'xecápi'. Pergunta o médico:
- Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos.
- E eu disse ter 40 anos?
- Quantos anos o senhor tem?
- Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?
- E eu disse que meu pai morreu?
- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?
- O véio tem 81.
- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu?
- Sinto muito. E quantos anos ele tem?
- 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?
- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem.
- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, ele engravidou a moça...
Dominio Publico.

domingo, 23 de maio de 2010

Blog Humor - Enviado por Jose Eudes Mamedio.

A Revendedora Avon foi entregar seus produtos a uma cliente. No elevador, entre um andar e outro, sentiu uma necessidade horrível de soltar um PUM. Como estava sozinha, soltou o danado:
- p f f f f f f f ... Que alívio!!!!

Mal terminou, o elevador diminuiu a velocidade e parou num andar. Rapidamente, ela pegou na bolsa o spray Avon "Aroma de PINHO" e borrifou todo o elevador. A porta se abriu e entrou um sujeito, que fez uma cara feia e perguntou: - Que diabo de cheiro é esse? A mulher, com cara de inocência, disse: - Não sei, senhor. Não sinto cheiro algum. Que cheiro o senhor está sentindo?
Ele: - Não sei bem... É como se alguém tivesse cagado numa floresta...

RECEITA DE AMOR - Por Xico Bizerra

Insônia das brabas, olhos teimosos sem querer fechar. Abriu um livro e leu um Poema qualquer, de forma aleatória. Fechou o livro, beijou a mulher e recitou-lhe um verso. Amaram-se. No outro dia, a mulher tomou-lhe das mãos o livro, abriu-o, em uma página qualquer, e leu um Poema, também de forma aleatória. Amaram-se. Toda semana iam à Livraria à busca de novos livros de Poesia. Nas bodas de prata, deram-se, um ao outro, um livro de Poemas. Ficam na cabeceira da cama, ao lado de seus retratos, 25 anos atrás.
Por Xico Bizerra

Censura ao video dos prefeitos - Pisada de bola feia

Assista com atenção o vídeo produzido pela Confederação Nacional dos Municípios no post abaixo. Ele mostra o calvário dos prefeitos para a construção de obras em suas cidades beneficiadas por emendas de parlamentares ao Orçamento da União. Não há nenhuma referência ao governo atual - a nenhum governo. Muito menos a candidatos, pré-candidatos ou aspirantes a candidato. Deveria ter sido exibido durante o debate entre Serra, Dilma e Marina promovido, hoje, pela associação dos prefeitos. Foi vetado por assessores de Dilma. Por que? A crítica, mesmo que genérica, sem um alvo identificado, está interditada? Desde quando? Com base em quê? Certamente não é bom base na Constituição.
A censura ao vídeo fornece uma pista do comportamento de Dilma em relação a qualquer coisa que a incomode? Que ela imagine - e, no caso, sem razão alguma - que poderá prejudicá-la? Não sei se a candidata assistiu ao vídeo. Mas pessoas com autoridade para falarem por ela viram, sim. E o proibiram. O episódio é grave. Deixa mal a candidata. E alimenta preocupações quanto ao seu grau de tolerância em relação a tudo que possa contrariá-la.
Se nada teve a ver com a censura ao vídeo, Dilma deveria dizê-lo com todas as letras. E desautorizar os assessores que se valeram do seu santo nome.

Blog do Noblat

sábado, 22 de maio de 2010

Atitude - Enviado por Rodrigo Bezerra Bitu.

Uma mulher acordou após a quimioterapia , olhou no espelho e percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça..
- Bom, acho que vou trançar meus cabelos hoje. Assim ela fez e teve um dia maravilhoso. No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça. - Hum, acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje. Assim fez e teve um dia magnífico. No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem, hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo. Assim fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss..., hoje não tenho que pentear meu cabelo.

ATITUDE É TUDO!

Ame generosamente. Cuide-se intensamente. Fale com gentileza. E, principalmente, não reclame. Se preocupe em agradecer pelo que você é, e por tudo o que tem. E deixe o restante com Deus!

"Não somos seres terrenais com experiências espirituais, somos seres
espirituais, vivendo uma experiência terrenal"
(Teilhard de Chardin)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vira-latas? Não, pavões - Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Souza


Dizem que foi ingenuidade ou tolice acreditar que o presidente Lula poderia estar no caminho certo ao partir cheio de vento para um acordo no qual acreditava piamente. Eu, pecadora, me confesso. Embora duvidando, por achar que apesar de mascate experiente, Lula ia lidar com mascates milenares e com fanáticos religiosos, sonhei com a possibilidade de que a missão fosse bem sucedida, o que seria muito bom para a Humanidade. Sonhamos o mesmo sonho, Lula e eu, pelo visto.
E o Lula conseguiu aquilo que outros países não conseguiram. O iraniano assinou o documento que ainda não tinha assinado e com todos os pontos que os países do Conselho de Segurança da ONU exigiam. Não cheguei a comemorar. Não deu tempo...
Lula comemorou? Lá em Teerã, sim. Da mesma forma que comemora os gols do Corinthians e com a mesma pose. Mas depois, completamente fora de seu modo de ser, ele fechou a cauda do pavão e não fez nem um daqueles esparrames que costuma fazer, adjetivando o que faz como extraordinário e "nuncaantes". Ficou muito quieto.
Estranhíssimo, não fosse a lambada que levou de Ahmadinejad. Mal Lula deixou Teerã, o iraniano declarou que ia continuar enriquecendo urânio em seu território. O que levou as potências ocidentais a reagir com energia e pouca simpatia, apesar das palavras ocas e amáveis da sra.Clinton, que reconhecia os esforços valorosos da Turquia e do Brasil. Ficaram furiosos, essa é a verdade, por vários motivos, entre os quais o fato do penetra estar querendo ser dono da festa...
O silêncio de Lula continuava. É verdade que ele saiu de Teerã para Madrid. Mas logo que chegou de volta a Brasília, não ter falado em cadeia de Rádio e TV sobre seu grande feito, francamente, não combina com o pavão.
O sonho da cadeira no Conselho de Segurança lhe escapou pelos dedos e ele sabe disso. E dessa vez não tem a quem culpar. Não pode dizer que foi herança maldita do FHC nem nada. Não pode nem culpar Celso Amorim, ele é o chefão.
Mas eu, como cidadã brasileira, posso. O presidente Lula não tem a mesma obrigação que Celso Amorim tem de saber o que se pode e o que não se pode fazer em termos diplomáticos. Amorim não é um novato. E não precisava ter colocado o Brasil (e o Ministério das Relações Exteriores) nessa fria.
O Brasil tornou-se um dos dois fiadores da palavra de Ahmadinejah. Não foi um excesso? Em minha opinião, sim. Além de nos colocar em situação frágil, o papel de protagonista de peso no cenário internacional, que afinal não é um sonho louco, e que era o que me dava certa esperança de que Lula não daria o passo maior do que a perna, já era.
O acordo é um documento com 10 pontos. Só dez. Em linguagem mais simples que um contrato de aluguel de quarto e sala aqui no Rio. O Irã vai cumprir? Não sabemos, ninguém sabe. Mas tenho a impressão que não serão as sanções internacionais que farão aquele país cumprir a palavra dada. Infelizmente.
E nós não somos vira-latas coisa nenhuma... Uma das provas é este texto: só mesmo uma pavoa para escrever sobre assunto tão complexo. Mas hay derecho. Segundo li hoje mesmo, faço parte do povo que dedica 148 dos 365 dias que o ano tem, para sustentar este país lulático. Pelo menos que nos deixem falar!

Relembrando Quintino Cunha – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Eu ainda sou daquele tempo em que andávamos nas velhas “Sopas do Anselmo” pela poeirenta estrada velha do Crato ao Juazeiro. Época em que os mais jovens, quando sentados nos ônibus ou lotações, se levantavam para oferecer o lugar aos mais velhos ou às mulheres. A não observância desse princípio de boa educação era tida como uma grande indelicadeza. Depois, estudando em Salvador, observei uma transição. Em vez de cederem o lugar para senhoras e idosos, os jovens pediam apenas para segurar os embrulhos dos mais velhos e senhoras. O que convenhamos, já era alguma coisa se comparada ao procedimento dos jovens de hoje.

Atualmente, quando estou em Crato, e me desloco de ônibus do São José ao centro da cidade, não vejo os jovens oferecerem seus lugares aos mais velhos, como eu fazia, então. Talvez seja porque meus cabelos teimam em permanecerem castanhos escuros. Graças a isso, conforto-me pensando ser ainda uma criança. Aliás, a cada visita ao Crato, sinto que retorno um pouquinho mais jovem.

Outro dia, numa calçada, vi duas senhoras conversando enquanto caminhavam. Uma delas aparentava mais de 70 anos. Como eu caminhava um pouquinho atrás, sem querer escutei a conversa. A mais velha mostrava-se indignada pelo fato dos jovens não respeitarem os mais velhos. E contava à amiga que, juntamente com o irmão que tem mais de 85 anos, estavam no terminal de ônibus da Praça da Estação, para seguirem até a Parangaba. Quando o ônibus chegou, um grupo de estudantes do Liceu furou a fila e tomou a frente dela e do seu irmão, ocupando todos os assentos do ônibus, sem nenhuma preocupação com o coitado do velhinho, que ia em pé se lastimando das dores nas pernas e na coluna. A essa altura, pedindo desculpas às duas idosas me intrometi na conversa delas:
– O seu irmão deveria ter feito como fez Quintino Cunha há mais de sessenta anos – Disse-lhe eu.
– E o que foi que ele fez? – Indagou a velhinha. Então eu respondi:
– Ele entrou num ônibus lotado e ninguém lhe ofereceu o lugar. Chegou perto de uma mocinha que estava despreocupadamente sentada no banco da frente e lhe disse:
– “Moça, eu vou me sentar no seu colo!”
– “Com essa carinha?” – Indagou a jovem.
– “Não, com a minha bundinha!” Completou o genial Quintino Cunha
As duas senhoras esboçaram um risinho tímido e antes que dissessem qualquer coisa comigo, apressei meu passo e segui em frente. De longe olhei para trás e elas sorriram para mim.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

O Céu precisa de gente como você - Por Renata Bitu

Dedé talvez já estivesse batendo um papo com Deus, e o mesmo dizendo-o: você vai, fará muita gente feliz, deixará marcas profundas, escreverá uma linda historia, servirá de exemplos, dará boas risadas, fará muita gente rir, terá os mais brancos dos cabelos, e meditará inúmeras vezes olhando para o horizonte pegando no seu alvo bigode e talvez se perguntado: Isso é pouco demais pra mim? Ai então eu te chamarei quando de ti precisar e te direi: O CÉU PRECISA DE GENTE COMO VOCÊ.
Por Renata Bitu.

Custodio - Por A. Morais

Custodio resolveu mudar de lugar. Precisava colocar os meninos na escola, se estabelecer no comércio, e, morar numa comunidade que lhe oferecesse melhores condições, precisava sair do atraso. Depois de varias cidades, por fim encontrou uma que tinha boas condições para seu novo estilo de vida. Acompanhado da esposa fez uma enquête do novo lugar para se inteirar dos costumes, da cultura e da verve do seu povo.

Foi informado que tudo ali era facilitado. Até os nomes das pessoas se pronunciavam apenas com as primeiras silabas. Joaquim era Jô, Lucélia era Lú, Bartolomeu era Bá e Juracy era Jú!
Então a esposa Dona Generosa observando a simplificação dos nomes advertiu: Vamos simbora “Custodio”, aqui não vai ser bom pra você!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL

CARTOLA

“O lirismo na melhor tradição
da poesia popular”(José Ramos Tinhorão)

Por Zé Nilton

Muita gente torce o nariz para as predileções musicais do crítico José Ramos Tinhorão. Ele é, diz-se, nacionalista demais, regionalista demais, popular demais quando o assunto é música.

Cá pros meus botões, eu gostava de ver Tinhorão franzir a testa, ficar possesso, furibundo mesmo quando entrava na defesa da Música Popular Brasileira de raiz. E para ele música de raiz é aquela música que nasce do telurismo dos vários brasis. Ele amava Patativa do Assaré.

A meu ver Tinhorão refundou uma escola tipificada numa crítica ácida na defesa da música brasileira seguindo as pegadas de um Ary Barroso, continuada num Flávio Cavalcanti, num Zé Fernandes, numa Aracy de Almeida, para citar alguns que me chegam à memória neste momento.

Não nego uma certa queda por sua posição ideológica de víeis intransigente na defesa da nossa musicalidade diversa. Ou seria melhor dizer: de sua intransigência de víeis ideológico... Para mim dá no mesmo. Certo é que tenho muita confiança em pessoas que aliam teoria e prática como discurso e vivência.

Bem, Tinhorão, ao falar de Cartola, e de tantos outros compositores brasileiros, o faz de forma coerente com sua visão materialista da História, situando o sujeito na sua condição de pertença às diversas classes sociais hierarquizadas no capitalismo.

Sobre Agenor de Oliveira – Cartola – escreveu no encarte da História da Música Popular Brasileira: “Negro, pobre, desprovido de beleza física, educação escolar limitada ao primário e jamais integrado de forma duradoura à estrutura do trabalho (foi aprendiz de tipografia, pedreiro, pintor de paredes, guardador e lavador de carros, vigia de edifícios e contínuo de repartição pública), o compositor do morro de Mangueira parece ter tirado exatamente de todas essas desvantagens o vigor de sua criação”.

E que criação a desse compositor de voz temporã na Música Popular Brasileira!

Sobre Cartola há muita informação nos sites de música, letras e vídeos na grande rede. Vale a pena saber mais sobre esse homem que “cultivou o lirismo na melhor tradição da poesia popular”.

No programa musical desta quinta-feira, na Rádio Educadora do Cariri, de 14 as 15 horas, Compositores do Brasil comentará algumas obras do mestre Cartola, tais como:

DIVINA DAMA, de Cartola com Chico Buarque
O SOL NASCERÁ, de Cartola e Elton Medeiros, com Nara Leão
TIVE, SIM, de Cartola com Ciro Monteiro
TEMPOS IDOS, de Cartola e Carlos Cachaça com Cartola e Odete Amaral
NÃO QUERO MAIS AMAR A NIGUÉM, de Cartola, Carlos Cachaça e Zé da Zilda com Paulinho da Viola
ACONTECE, de Cartola com Gal Costa
QUEM ME VER SORRINDO, de Cartola e Carlos Cachaça com Carlos Cachaça
ALVORADA, de Cartola e Carlos Cachaça com Carlos Cachaça
O MUNDO É UM MOINHO, de Cartola com Cartola
AS ROSAS NÂO FALAM, de Cartola com Cartola
ENSABOA, de Cartola com Cartola e Creusa
AUTONOMIA, de Cartola com Elizeth Cardoso.

Quem ouvir verá!

PROGRAMA COMPOSITORES DO BRASIL
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Rádio Educadora do Cariri – 1020
Quintas-feiras, de 14 às 15 horas
Apoio: Centro Cultural Banco do Nordeste – Cariri
Retransmissão: www.cratinho.blogspot.com

Para reflexão - Enviado por Jose Eudes Mamedio.

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível". A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:- Alguma pergunta?- Tenho sim. -E Beethoven ?- Como? - o encara o diretor confuso.- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio.....O funcionário fala então:- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências'. Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos. Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças. Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível "Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!" Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.""No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito. ..".É bom para refletir e se valorizar! Um bom dia..... insubstituível!!!!!" Uma visão sem ação não passa de um sonho... Ação sem uma visão é só passatempo... Uma visão com ação pode mudar o mundo...
" (Autor Desconhecido)"

A maior paradinha do mundo.

A Fifa anunciou nesta terça-feira que vai restringir a paradinha nas cobranças de penâltis a partir de 1° de junho - uma decisão que já afetará as partidas da Copa do Mundo da África do Sul.
O novo texto afirma que “ameaçar durante a corrida para cobrar um pênalti para confundir um oponente é permitido, mas ameaçar chutar a bola uma vez que o jogador completou a corrida é agora uma infração da lei número 14 e um ato antiesportivo pelo qual o jogador deve ser punido.”

Os jogadores que fizerem a paradinha ilegal devem ser punidos com cartão amarelo, e a cobrança será anulada, se tiver sido convertida.

A Fifa afirmou que vai mostrar vídeos para os árbitros que participarão da Copa do Mundo na África do Sul para esclarecer o que vale ou não com as mudanças.

Por A. Morais

terça-feira, 18 de maio de 2010

MARINA COM FÉ.


Podem anotar. Marina Silva vai surpreender. Com 51 quilos e 52 anos, ela não é nem de longe a figura frágil que aparenta ser. Para começar, sua biografia é um testemunho de superação. Sua decantada fé? Ora, a ciência anda buscando o significado desse valioso sentimento. Que, segundo pesquisadores, trata-se de um combustível poderoso que impulsiona as pessoas para uma vida melhor.
"Mas tem a ver com religiosidade!", dizem. Qual o problema? "Ela (Marina) é conservadora!", gritam. Por acaso Lula não é conservador, principalmente em matéria de religiosidade? E Dilma, será que é ateia? E Serra o que é? Católico ou do candomblé? Ah, a petista e o tucano também podem ser islamitas, kardecistas... Ou agnósticos. Então, tá. Cada pré-candidato com sua religião, seu Deus ou sem ele.
Longe de ser uma fundamentalista ou intolerante, Marina é, sim, uma mulher de fé. E parece-me que esta fé tem a ver com sua energia extraordinária na busca de um aprendizado constante. Que não desperdiça nem desdenha de lições do passado. Até porque ela é formada em História. Mas há quem não consiga ou se recuse, por preconceito, a acompanhar suas idéias avançadas. Há pessoas que nem se dão ao trabalho de perguntar: o que é essa tal sustentabilidade? No seu discurso durante a convenção do Partido Verde, no domingo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o empresário Guilherme Leal (dono da Natura), lançado pré-candidato a vice-presidente da pré-candidata Marina, tinha uma resposta na ponta da língua: "Não se conhece lucro sustentável num modelo econômico predatório." Seja qual for. As crises mundiais comprovam.
O que não quer dizer que sustentabilidade tenha a ver apenas com economia. Tem também com políticas sociais, ambientais, de segurança pública, de cultura. E ética. Como se materializa isso? Vencendo desafios. Uma das bandeiras preferidas da pré-candidata verde: a igualdade de oportunidades para todas as pessoas desenvolverem suas potencialidades. Ela crê no ser humano como um sujeito desejoso de fazer suas próprias escolhas; no momento certo.
Talvez por isso transmita confiança. Que se saiba, não foi pega em mentira. Marina diz muitas coisas boas de se ouvir. Por exemplo, a de que não se faz política por negação. Não tem medo de apontar os acertos dos outros, argumentar e explicar porque os defende. Citando, por coerência, acertos de Fernando Henrique e Lula. Totalmente à vontade.
Em resumo, seu projeto de governo não é de poder pelo poder. Afinal, os governantes são eleitos e pagos para servir ao país. Na proposta de Marina não cabe um líder que queira impor um destino ao povo. Ou se achar o máximo. "Temos que aprender e nos dispor a coautorias, em vez da exclusividade do feito. Essa é a liderança do século XXI."
Ela entende que na pós-modernidade em que vivemos é preciso cada vez mais criatividade. Principalmente na educação. De que forma? Manejando o conhecimento; sem encastelá-lo ou petrificá-lo. Porque tudo neste planeta tem a ver com tudo. Olha a crise econômica europeia mostrando a necessidade de uma política social de terceira geração.
E aqui? Marina deu seu recado de esperança. Com emoção: "Um Brasil mais justo, mais harmônico e sustentável é possível." Haja fé.

Ateneia Feijó é jornalista

DESAFIO

Clic na foto para ampliar.
O desafio desta bela postagem é identificar o cidadão e os filhos. Como dica possa adiantar que um dos filhos não se encontra na foto, exatamente o que, por coincidencia, não se encontra mais em nosso meio, já se encontra com Deus.

Roza Guede tá no Crato - ultima parte - Helder França.


Chegando no seu Almi
Eu vi a coisa bem farta
Avistei logo o Davi
Esse qui faz esta carta
Os freguez de lá são certo
Dotô Zegil, Egberto
Tutita e Ze da Pensão
Seu Almí gostô de mim
Mi apresentô a Bantim
Luciano e Barretão

Cada qual o mais danado
Pegano nos braço meu
Jaquis já tava infezado
Vendo o povo querê eu
No mei daquelas doidice
Chico Pierre me disse
Querendo me convencê
Ele disse, porem báxo:
Rozinha, dêxa esse macho
Qui eu vô viver cum você

Di seu Almi nois saimo
Mais lá ficou tudo im paz
Fumo bebê cum Antoi Primo
No restaurante Argo Mais
Lá tava Cái e Adeço
Dois homi que tem sucesso
Bebeno cum Abé Pinheiro
Jorge Nei sempre filiz
Bebeno cum Antoi Luiz
Bolinha e Quinco Monteiro

Ligeiramente passemo
Preu cunhecê Ciluê
Cuma tava escuriceno
Nois fumo lá pra AABB
Fumo dançá numa festa
Qui o povo chama seresta
Qui é mermo uma animação
Pra nois num ficá impé
Nois sentemo cum Dedé
Lá na mesa do Carlão.

Ailto tava melado
Mais im boas condiçoes
Cum seu Deusdet sentado
Lá cum o gerente Norões
E Carlão, já mei bebaço
Mandô pará um pedaço
Mode Dedé decramar
E ao pueta ele pede
Pá decramá Roza Guede
Pra mode eu iscutá.

Nunca mais qui hove carma
Ôto fogo se acendeu
O povo bateno parma
Pra seu Dedé e pra eu
Qui Crube istraordinaro
É o crube dos bancaro
Lá tem tudo que se qué
Nem dinheiro eu vi nas meza
Pois eles paga as despezas
É assinando uns papé

Ganhei de Nezim Patriço
Uma jaca preu levá
O Jaquis nem gostô disso
Num sei nem sivá buscá
Mode num dá in cacete
Adispois mando um biete
Quando Chico vin pur cá
Pidindo pá seu Nezim
Qui muito gostou de mim
Prele mermo i mi dexá

Pai, aqui tudo é beleza
Amigo tem de montão
Num sube o qui foi tristeza
Na festa da ispuzição
Dancei, bibi e brinquei
Pur esses mei eu errei
Mais isso é naturá
Se bota o barco pá frente
Sô muié independente
Dexe quem quizé falá.

Sexta-feira vô mimbora
Já cansei de passiá
E só mi resta eu agora
Umas lembrança levá
Pra Chico, Creusa e Vicente
Eu levo rôpa, somente
Pra mãe eu levo um colá
E pru senhor nun menti
Talvez vá levando aqui
Um neto prá pai criá.

Helder França.

domingo, 16 de maio de 2010

VARZEA-ALEGRE - Por A. Morais

Arrozais do Vale do Machado - Postagem dedicada a todos os varzealegrenses. Pra matar a saudade.
-
Várzea-Alegre bota um amor n’agente,
Que agente chora quando vai se retirar,
Eu só não choro porque o povo diz oxente!
Será que êle bota, ao menos, até lá,
E assim sigo meu caminho pelo mundo,
Mas, com fé em São Raimundo,
Eu vou e torno a voltar.

Antonio Morais.

sábado, 15 de maio de 2010

Igreja desembarca do PT - Ruy Fabiano.

Na origem do PT, no início da década dos 80 do século passado, há a convergência inédita de três segmentos da sociedade: sindicalistas da indústria automobilística, esquerda acadêmica e comunidades eclesiais de base, representando a ala progressista da Igreja Católica.
A articulação entre eles permitiu que o partido, mais que qualquer outro, antes ou depois, se enraizasse na sociedade, expandisse seus tentáculos e produzisse uma militância ativa e disciplinada, que nenhum outro até hoje logrou constituir.
O projeto de cada um desses segmentos era – e é – distinto. A uni-los, havia a luta comum contra a ditadura. Associaram-se à frente democrática, então comandada pelo PMDB de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, sem se permitir grande proximidade.
Derrubada a ditadura, mantiveram distância dos sucessivos governos, tornando-os alvo de críticas sistemáticas.
Passou a uni-los a questão social, cada qual focando-a a seu modo, sem conflitos que ameaçassem a convergência. Os sindicalistas tinham – e têm – visão utilitária, pragmática. Lutam por conquistas trabalhistas concretas, nos termos do sindicalismo de resultados, inicialmente criticado por Lula – e hoje marca das três centrais que dominam o setor.
Já a esquerda acadêmica e o clero progressista conferem tom ideológico à questão social, que compatibilizaram sem dificuldades com o discurso sindical. Lula mesmo já disse mais de uma vez que “nunca fui de esquerda; fui torneiro-mecânico”. Mas tem ciência de que a aliança de seu partido é pela esquerda.
Essa aliança manteve-se até aqui sem maiores conflitos. Eis, porém, que o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) promove a primeira cisão grave – aparentemente incontornável – nesse pacto partidário. A Igreja Católica está desembarcando dele. Caminhou lado a lado com a esquerda acadêmica até que a agenda de ambos – humanismo x religião - entrou em conflito.
Enquanto os uniam causas institucionais (fim da ditadura) e questões sociais (capitalismo x socialismo), foi possível conciliá-las. Quando, porém, a agenda da esquerda passa a incluir questões comportamentais de vanguarda, que põem em xeque a moral cristã – aborto, casamento e adoção de crianças por casais gays, proibição de símbolos religiosos em locais públicos -, o convívio chegou ao limite.
O enunciado da ruptura foi dado na 48ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), esta semana, em Brasília. Os bispos deixaram de lado suas diferenças ideológicas – os progressistas, que compatibilizam cristianismo e marxismo, e os ortodoxos, que consideram os dois credos incompatíveis – e desancaram em uníssono o PNDH 3.
O governo já recuou em diversos pontos da questão: suprimiu a liberação do aborto, a proibição de símbolos religiosos, mas não as cláusulas que se referem aos gays, cujas conquistas foram alvo de foram condenação veemente por parte dos bispos, que reiteraram proibição a que ingressem na Igreja.
Como coroamento desse processo, a Assembléia produziu um manifesto em que recomenda aos fiéis que votem em "pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana.
Embora o manifesto não faça menção explícita ao PNDH 3, o cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer cuidou de fazê-lo, ao declarar que, naquele decreto, "além da descriminalização do aborto, há outras distorções inaceitáveis, como a união, dita casamento, de pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por pessoas unidas por relação homoafetiva e a proibição de símbolos religiosos”.
Será possível desfazer o impasse e conciliar as agendas? Pior: será possível dissociar Dilma Roussef do PNDH? Na quarta-feira, em Porto Alegre, ela declarou que "estive presente em cada programa do governo". De fato, o PNDH foi concebido e executado na Casa Civil da Presidência da República.

Ruy Fabiano é jornalista.

"Dilma mentiu: eu sou o autor do Luz para todos" - Deputado João Almeida


O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA), foto acima, declarou-se surpreso com a afirmação da petista Dilma Roussef no programa do partido veiculado na televisão, quando afirmou que o "Luz para Todos" foi de sua autoria.
"Isto é uma mentira, pois o programa é de minha iniciativa! Não foi proposto pelo Governo de Lula, como querem passar para a população. E foi aprovado por unanimidade pela Câmara dos Deputados e pelo Senado", alertou Almeida.
João Almeida relembra que, em 2003, o Governo Lula enviou ao Congresso Nacional Medida Provisória (MP 127/2003) que tratava apenas da criação de um Programa Emergencial e Excepcional de Apoio às Concessionárias de Serviços Públicos de Distribuição de Energia Elétrica.
"A MP era somente para dar uma compensação às companhias distribuidoras de energia elétrica, por um aumento que não fora concedido pelo Governo para evitar que a inflação crescesse", explica Almeida.
O deputado baiano foi designado relator. Como possuía todos os estudos anteriores relativos à criação do programa "Luz no Campo" (dezembro de 1999, ainda no Governo FHC), entrou em contato com as lideranças do PT para promover a universalização do fornecimento de energia elétrica a todos os brasileiros.
Foi desta forma que nasceu o "Luz Para Todos", construído naquele momento pelo relator. "Eu incluí nessa MP a legislação básica para a construção do programa ‘Luz Para Todos’", lembra Almeida. A lei foi aprovada por unanimidade e o deputado não fez qualquer alarido disso à época.
"Na elaboração da lei do ‘Luz Para Todos’, tomei o cuidado essencial de evitar a manipulação política. De que forma? Garantindo um sistema de atendimento às comunidades baseado no custo por família, atendendo primeiro aos que podem ser atendidos com custo mais baixo, depois aos de custo mais alto, por fim chegando até aos mais distantes", completa o líder tucano.
A ex-ministra não foi a primeira a mentir sobre a autoria do projeto, acentua o deputado baiano. "Tenho uma surpresa muito grande quando aparece ou outro deputado, e agora a ex-ministra de Lula, dizendo que levou o ‘Luz Para Todos’ para aqui, ou que outro levou o Luz Para Todos para lá. Mentem todos!! Ninguém leva o ‘Luz Para Todos’ para qualquer lugar!! Quem diz onde o programa vai acontecer é o computador, que lista as comunidades a serem atendidas em cada momento, considerando o menor custo por unidade beneficiada", diz.
O sucesso do programa "Luz Para Todos", enfatiza João Almeida, "é a lei que criou este fundo, pois quem sustenta o programa não é o orçamento da União".
Este é o fundamento básico da proposta original do deputado. "Há muita gente se beneficiando dos resultados eleitorais desse programa sem dizer verdadeiramente a autoria. Cada cidadão brasileiro que paga a taxa acima da taxa social está pagando um pouquinho mais para garantir o Programa Luz para Todos", finaliza João Almeida.

Fonte Ricardo Noblat.

Roza Guede tá no Crato - Segunda parte - José Helder França


Pai, aqui é um paraizo
Cuma o Crato nunca vi
É um eterno surriso
Qui nunca para de ri
Logo qui aqui cheguei
Seu Dedé eu logo achei
Ele veve im toda parte
E purali, nesses mei
Eu logo simpatizei
Um tá de Jaquis Duarte

Seu Dedé mi apresentô
E fez recomendação
O Jaquis de mim gostô
Nois fiquemo cuma irmão
Sempre cum ele é que fico
Ele é um bancario rico
Separado da muié
Anda todo prefumado
Pissui um carro zerado
E é dono de dois moté

Mi levou lá no Grangêro
Ô coisa linda, meu pai
Lá cuns otô cumpanhêro
Jaquis foi jogá barái
Era mermo uma aligria
Somente Jaquis batia
Documeço inté o fim
Seu Siebra no azá
Dizia pra Valdemá
Só quem num perde é Dezim

Nenen chorando seu pranto:
Fui armado i num bati
Muitas vez trocô de canto
Cum Siebra e Vanduí
E Jaquis sempre batendo
Os bolsos de ficha inchando
Era uma coisa danada
E a turma se irritava
Quando ele as fichas arrastava
Dizendo assim: fui sem nada”

Quando foi di madrugada
Pru Pau do Guarda descemo
Foi pirão, foi carne assada
E muitas coisas comemo
Já quage di menhazinha
Chegô por lá Correinha
Um cantadô que tem voz
Discançô do violão
Depois qui comeu pírão
Tocô no pife pra nois

Cuma nois tava cansado
Tratemo de dá no pé
Fumo drumi um bocado
Na cama lá do Moté
O quarto é cheio de figura
Tem uns butão de friura
E muito espei ispaiado
Tem bãe fri e tem bãe quente
E a gente drome contente
Uvindo um radio ligado.

Mais lá num drumi um pingo
Só de prazer i aligria
No ôto dia, domingo
Fumo pru bar do Garcia
É um barzim bem bunito
É lá que o grande Idelito
Dá iniço a maratona
Tomando uisqui cum soda
Num cansa de tocá moda
Naquela bela sanfona

Felipe, Italo Gui
Cõa e Ontoi da Dotora
Luis Mané tambem vi
Nesta festa incantadora
Daqueles aí, eu penso,
Qui o miozin é Hortenço
Qui bebe cum educação
Seu Garcia tem pogresso
Mas porem todo sucesso
Tá no caldo de feijão

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Blog Humor - Sutileza Mineira.

O cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a ausência do cumpadi e resolveu fazer uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa...
Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar a sós....Falaram sobre o tempo.... - Será qui chove? - Pois é..... Ficô um grande silêncio...... Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo: - Cumadi....qui qui ocê acha: namoremo ou tomemo um café? - Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....
Entonce a cumadre convidou: ramo brincar de esconde esconde? Eu me escondo e ocê me procura, se ôce achar eu nois namora, se ocê num achar eu tou detraz da porta.

Frases interessantes!..

"O homem é um ser tão dependente que até pra ser corno e viúvo precisa da ajuda da mulher".
(Principe Charles)

Educação e respeito - retorno imediato - Por Iris Pereira.

Em cidades como Camboriú - Santa Catarina, vivi um exemplo que gostaria de transportar para as demais cidades do Brasil, principalmente esta que moro e adotei como minha cidade predileta, Ribeirão Preto-São Paulo. Lá o cidadão tem respeito por seus vizinhos, não deixa seu lixo na calçada nem o entulho jogado pela rua. Todas as calçadas tem uma decoração de jardins deixando, no entanto, o espaço livre para os pedestres. Em frente aos comércios são deixados bonitos bancos ou cadeiras para serem usados a vontade, isto sem correr o risco de serem por ladrões levados. A cidade é tão limpa que se por acaso alguém deixar um papel cair, você sente o impulso de logo pegá-lo, é questão de educação, você fica acostumado. A cidade cheira bem, nem sei explicar direito, não é só o visual que é bonito, tudo naquela cidade é belo por natureza, e a educação é a mais destacada por todos visitantes. Olhem só que maravilha! Nas avenidas você anda com liberdade, sem medo de ser atropelado, colocou o pé na faixa branca, pode atravessar sem correria, todos os veículos param esperando todos atravessarem.
Isto é educação e respeito que com certeza retorno terão, pois todos que forem visitar Canboriú, satisfação terão em divulgar o que sentiu ao está diante de tanta gentileza e toda divulgação só trará mais turista para maior renda econômica e assim cada vez melhor tratar os que forem passear naquela linda, limpa e acolhedora cidade.
Eu destaco também a atenção especial dos empregados no comércio em geral. Aprendi com isto que perder alguns segundos sendo gentil, educado e calmo, não nos trazem prejuízos.
Íris Pereira

Estrada de Santa Fé - Crato - Pronunciamento Deputado Vasques Landim

O Deputado José Vasques Landim reinvindicou da tribuna da Assembléia Legislativa do Ceará, a intervenção do Governo do Estado no sentido de em parceria com a Prefeitura Municipal do Crato resolver definitivamente o problema que se arrasta ao longo do tempo, causando transtornos aos que dependem da estrada que liga o Crato ao distrito de Santa Fé.

Conforme acrescentou o parlamentar aquela via tem importância fundamental, na integração do Distrito com toda Região do Cariri. O distrito é populoso, os estudantes dependem de transporte escolar, e nas condições que se encontra está praticamente inviável trafegar por está via. Entendimentos entre o prefeito e o governador estão em andamento, sendo necessário que todos que conhecem aquele realidade se integrem a essa causa. Muitas já foram as promessas e até o momento nada de concreto. Acreditamos que com as incursões de todas as lideranças do Crato e do cariri poderemos tornar esse sonho em algo real.

O custo dessa obra é alto e o município não dispõe de condições financeiras para arcar sozinho com tamanho empreendimento. Por isso é imprescindível a participação do Governo do Estado. E para isso o envolvimento de todos. Vamos ficar vigilantes e cobrando com insistência por essa causa mais que justa da comunidade da Santa Fé.

Assembleia Legislativa do Ceará.
Deputado Vasques Landim.

Roza Guede tá no Crato - Jose Helder França


Eu cancei de ficá presa
Nos mato sem diversão
Sem puder ver as beleza
Da festa da ispuzição
Ontonce dixe: meu pai
Dessa vez a casa cai
Vai haver ispaiafato
Acabe, pai, cum orgúio
Pruque eu agora em júio
Vô passiar la no Crato

O veio dixe: minha fia
Os tempos tão tão mudado
Cada noite e cada dia
Parece mais um inferno
As nutiça qui se tem
É que ninguem faz o bem
O qui ixiste é matrato
Todo respeito acabosse
Nun quiria que tu fosse
Rozinha, nunca no Crato

Mais agora já mintendo
Já posso fazer meus prano
O sinhor tá sisquecendo
Que eu tenho dezoito anos?
E eu vejo o povo falando
Qui dezoito compretando
Agente é maioridade
E é purisso que digo
Nem que se zangue comigo
Vou passiar na cidade

Quero ver a ispuzição
As venda de animá
Quero ver as diversão
Qui o povo diz qui tem lá
Quero oiá os carrocé
Os cavalin cuma é
E o som dos arto-falante
Me assubi nos avião
Dar vorta nos minhocão
Rodar na roda gigante.

Cumê saco de pipoca
E chupá os picolé
Cumê inté tapioca
Se puracaso tivé
Quero vê os cantadô
E os ôto imboladô
Qui sempre faz desafio
Vê o concuço das vaca
Sentada lá nas barracas
Comendo bolo de mio.

Apois se é isso que quer
Viagem, vá cum coidado
Percure lá seu Dedé
Qui é home muito falado
E ele pur gentileza
Pode assumi as dispeza
Qui adispois eu vou pagá
Ele é um home dereito
Vai tratá tu com respeito
E tudo vai lhe mostrá

Viajei no ôto dia
Mi sintindo bem filiz
Provei de toda alegria
E lá fiz tudo que quiz
O pueta seu Dedé
Home de força e de fé
Mi arrecebeu cum amô
E em poucas horas somente
Eu cunheci muita gente
Qui ele mi apresentô

Só dispois de uma sumana
Foi que de pai mialembrei
Fiz uma carta bacana
E lá pra casa mandei
Foi uma carta comprida
Cum as letras bem iscrevida
Qui seu Davi fez pra mim
Tudo que eu ia dizendo
Seu Davi ia iscrevendo
A carta foi mermo assim:

Helder França

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Roza Guede tá no Crato - Helder França.

Nos proximos tres dias postarei o poema "Roza Guede tá no Crato". O poema conta a historia do passeio de Roza Guede ao Crato. Os lugares, os amigos e em fim uma verdadeira caminhado pelo passado na historia do Crato. Voce não pode deixar de rever o poema do Dedé de Zeba.
Abraços.

DECIMA CANCELA - 2000 A 2009 - Dr. Savio Pinheiro


No ano dois mil,
Divulga um CD
Onde o público crê
E não faz suspense.
CD “Patativa”
É outra vitória:
“Coleção Memória
Do Povo Cearense”.

Com o seu um metro e meio
De breve estatura
Teve boa cultura
Sob o seu chapéu.
Gilmar de Carvalho
Já leu, escreveu
E há muito o entendeu,
Como um ser do céu.

O Tadeu Feitosa
Disse sem ter medo,
Sem pedir segredo
Com classe narrou.
Mostrou um poeta
De capacidade
E muito à vontade
O prefaciou.

Em dois mil e dois,
Em um triste dia
A Pneumonia
Pousa em seu pulmão.
Em oito de julho,
Sentindo agonia,
Com Septicemia
Não vive mais, não!

O poeta do povo
De mente parada
Faz última voada
Pra se eternizar.
Voa Patativa
Do seu mausoléu
Direto pra o céu
Com o seu cantar.

Em dois mil e cinco,
Em outra homenagem,
Mantém a boa imagem
No SBPC.
Em nobre Salão
Este, Especial,
Já é imortal
Confirme você.

Em dois mil e sete,
A “Ave Poesia”
Em sã sintonia
Com a população
Faz do Rosembeg
Um bom cineasta
Ao honrar a pasta
Da animação.

A Secretaria
“SECULT” vai avante
E faz-se atuante
Recriando o mito.
Grupo de parceiros
Com muita decência,
Ação e paciência
Faz tudo bonito.

Grandiosa jornada
Em um caminhão
Conduz a emoção
E a obra completa.
Quase cem cidades
E os grandes amigos
Estão convencidos
Do grande poeta.

Festa centenária
Move o escritor
E o pesquisador
Com garra estridente.
Pesquisam, publicam
Fazem homenagens
Deixando as mensagens
De um homem valente.

Na Câmara e Senado,
Em jornal escrito
Discurso erudito
É quase rotina.
Na imprensa elevada
O que se cativa
É que o Patativa
Revive e ilumina.

No interior
Da nossa nação
Festas de São João
Cumprem grande meta.
No Ceará Fashion
E em outros eventos
Revêem momentos
Do grande poeta.

A sua família
Muito envaidecida
Fez-se comovida
Ao reconhecer,
Que a terra natal
E a raça Brasil
Traçaram o perfil
De tão grande ser.

O Sávio Pinheiro
Criou este canto
Revendo o encanto
Do canto de cá.
Poeta BC Neto
Volveu o encanto
E andou canto a canto
Do seu Ceará.

Dr. Savio Pinheiro
Fim.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

COMPOSITORES DO BRASIL

“Felicidade afogada morreu
A esperança foi fundo e voltou
Foi ao fundo e voltou
Foi ao fundo e ficou”
(Lamento, samba de 1958)

ASSIS VALENTE

Por Zé Nilton

Baiano do campo da Pólvora, Salvador, Assis Valente é considerado um clássico na Música Popular Brasileira. Inspiradíssimo, fez canções que encantaram os grandes cantores e cantoras do rádio na década de 1940. Uma delas, Carmem Miranda, que também foi sua paixão secreta, dizem, gravou muitas músicas suas.

Seu começo nas lides musicais data da década de 1930, mais precisamente em 1932, quando conhece o exímio sambista (e mais tarde pintor primitivo) Heitor dos Prazeres. Impressionado com a facilidade de Assis fazer versos, Heitor encoraja-o a compor sambas.

De saída Assis Valente mostra sua verve satírica e, como naqueles tempos era “elegante” falar francês ou usar termos franceses (essa influência observava-se também nas artes, particularmente na literatura), Assis parte para a crítica a esse maneirismo e compõe um clássico da MPB chamado “Tem francesa no morro”, gravado por Araci Cortes.

Assis Valente deixou sua marca na panteão da Música Popular Brasileira pela expressividade de suas composições ora de alegria ora de tristeza. Isto reflete uma inseparável angústia que o fez tirar a vida depois de três tentativas.

Tinha a obstinação dos suicidas que foi potencializada pelo esquecimento popular de que muitos dos grandes compositores padeceram.

Num texto escrito para a coleção da Música Popular Brasileira é narrado assim o fim de sua vida:

“Sozinho, separado da mulher desde 1942, amargurado pelo esquecimento popular, Assis mergulha cada vez mais num poço de angústia.

Por fim, o menino que sempre viveu em Assis junta os cacos de sua vida: passa pela SBACEM (órgão arrecadador de direitos autorais), telefona ao editor Vitale, dá instruções para seu laboratório e vai para a praia do Russel. Perto de um parque infantil, ingere uma garrafa de guaraná com formicida. Eram 6 horas da tarde do dia 10 de março de 1958”.

A homenagem do programa COMPOSITORES DO BRASIL desta quinta-feira a Assis Valente. Vamos comentar algumas de suas composições, como:

ESTE SAMBA FOI FEITO PRA VOCÊ, de Assis Valente com Mário Reis o conjunto Diabos Do Céu.
UVA DE CAMINHÃO, de Assis Valente com Carmem Miranda.
FEZ BOBAGEM, de Assis Valente com Aracy de Almeida.
ALEGRIA, de Assis Valente e Durval Maia, com Tadeu Franco.
TEM FRANCESA NO MORRO, de Assis Valente com Aracy Cortes
CAI, CAI, BALÃO, de Assis Valente, com Francisco Alves e Aurora Miranda.
BOAS FESTAS (Papai Noel), de Assis Valente com Hebe Camargo e Os 4 amigos.
CAMISA LISTADA, de Assis Valente com Carmem Miranda.
BRASIL PANDEIRO, de Assis Valente com o conjunto Anjos do Inferno.
BONECA DE PANO, e Assis Valente com Os Demônios da Garoa.
E O MUNDO NÃO SE ACABOU, de Assis Valente com Carmem Miranda
MARIA BOA, de Assis Valente com Maria Alcina.

Quem ouvir verá !

COMPOSITORES DO BRASIL
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Rádio Educadora do Cariri – 1020
Quintas-feiras, de 14 às 13 horas
Apoio: Centro Cultural Banco do Nordeste – Cariri
Retransmissão: www.cratinho.blogspot.com

Marina Silva retorna ao senado para votar ficha limpa.

“A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência, disse nesta quarta-feira, 12, em seu Twitter, que pretende retornar ao Senado para participar das votações do ‘Ficha Limpa’, projeto de lei que proíbe a candidatura de políticos condenados pela Justiça.

“O projeto Ficha Limpa, que havia sido protelado, foi aprovado na Câmara. Agora vai para o Senado e estarei lá para votar”, escreveu Marina no microblog. A senadora está nesta quarta-feira em Natal, no Rio Grande do Norte, onde concedeu entrevistas para rádios locais.

Marina se licenciou do Senado no dia 29 de abril, para se dedicar à campanha eleitoral . Na ocasião, ela indicou através de nota que estava “consciente de que poderá retornar à Casa, a qualquer momento, antes da data estabelecida, se isso for importante para a defesa dos interesses nacionais”. O anuncio do licenciamento também foi realizado através do Twitter.

O projeto de lei “Ficha Limpa”, aprovado nesta terça-feira, 11, pela Câmara dos Deputados, ainda precisa passar pelo crivo do Senado. A proposta de iniciativa popular prevê a inelegibilidade de políticos condenados por órgãos colegiados por oito anos, depois de cumprida a pena estabelecida pela Justiça. O projeto, porém, dificilmente terá validade nas eleições de outubro.”

(Agência Estado)

Blog Humor - Nudez Mineira.

Dois cumpades de Varginha tavam bem sossegadim fumano cigarrim de paia e proseano....... Cunversa vai, cunversa vem, eis que a certa artura um deles pergunta pro outro:
- Cumpadre, u quê quiocê acha desse negoço de nudez?
No que o outro respondeu: - Acho bão, sô!
O outro ficou assim, pensativo, meditativo...e perguntou de novo:
- Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?
E o outro:
- Uai! É mió nudês do que nunosso, né mermo?

Enviado por Jose Eudes Mamedio.

NONA CANCELA - 1990 a 1999 - Por Dr. Savio Pinheiro

No ano noventa,
Num outro momento,
Teve mega evento
Muito especial.
Com Geraldo Amâncio
E um bardo Batista
O Otacílio, artista,
Fez um recital.

Em noventa e um,
Produz coletânea
De turma espontânea
Da sua região.
O livro Balceiro,
Por ele lançado,
Foi organizado
Com dedicação.

Em noventa e três,
Fez verso atual
Em trama global
Nome: Renascer.
O ator Jackson Antunes
Mostrou sua rima
E nesta rotina
Falou com prazer.

Caixa de Cordel
Com treze folhetos
De muitos Sextetos
Trouxeram lazer.
Setor acadêmico,
Que pesquisa fez,
Mostrou de uma vez
O seu parecer.

Em noventa e quatro,
No Jô onze e meia
Ele se nomeia
Improvisador.
Grande Patativa
De chapéu decente
E óculos à frente
Dá um show de valor.

Outro lançamento
Compõe os seus planos:
“Oitenta e Cinco Anos
De Luz e Poesia”.
O disco é lançado
Numa boa ação
Com aceitação
E sem fantasia.

Neste mesmo ano,
Morre sua Belinha
A única que tinha
Todo o seu amor.
Lá no Paraíso
Aguarda o marido
Tendo, ela, partido
Com todo o louvor.

Em noventa e cinco,
Um bravo escritor
Demonstra o valor
Deste grande artista.
Dezenas de páginas
Promovem o poeta
De forma concreta
E bem realista.

O Plácido Cidade
Nuvens lançou
E Patativou
Sua dissertação.
Falou do “Universo
Ser Tão Fascinante”
E anunciante
Da libertação.

Em noventa e nove,
Na sua Assaré
Foi erguido com fé
Um Memorial.
Ponto de cultura
Em sua memória,
Que honra a história
De um imortal.

O poeta BC
Cria na UECE
Projeto que tece
Nota de valor.
Poeta Patativa
Há muito merece
Até que acontece
Ser ele um Doutor.

Doutor Honoris Causa
Ele foi bastante
Sem ter um instante
De frágil valor.
Na URCA e UFC,
Em nosso país,
Sorbonne em Paris
Foi merecedor.

Por Savio Pinheiro

SERRA E A VIDENTE - Enviado por imail

A vidente se concentra, fecha os olhos e fala:- Vejo que o senhor passando em uma avenida bem larga, em um carro aberto, e há uma multidão acenando. O candidato SERRA sorri e pergunta:- Essa multidão está feliz? - Sim, feliz como nunca!- E eles estão correndo atrás do carro?- Sim, por toda a volta do carro. Os batedores estão tendo dificuldades em abrir caminho.- Eles carregam bandeiras?- Sim, bandeiras do PSDB, do PFL e do PPS, e faixas com palavras de esperança e de um futuro em breve melhor.- Eles gritam, cantam?- Gritam frases de esperança: "Agora sim!!! Agora vai melhorar!!!"- E eu, como estou reagindo?- Não dá pra ver.- E por que não?- Porque o caixão está lacrado.


terça-feira, 11 de maio de 2010

Sobre prêmios concedidos a presidentes de repúblicas – por Armando Lopes Rafael

Quando Barack Obama foi agraciado – ano passado – com o Prêmio Nobel da Paz, (segundo o comitê desse Nobel o prêmio fora concedido a Obama “por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos” (sic), o presidente dos EUA teve a humildade de dizer:
– “Para ser honesto, eu não sinto que mereço estar ao lado das pessoas que já ganharam esse prêmio e que me serviram de inspiração. Eu aceitarei esse prêmio com um pedido de ação para os problemas que enfrentamos no século 21”.
O sentimento de Obama foi o mesmo de toda a população mundial.

Aqui, no Pa-tro-pi, diferente é a reação sobre a série de reportagens e prêmios fajutas concedidos ao presidente Lula.
Parece até o “Programa do Chacrinha”, ressuscitado, ao vivo e em cores.
- Ele merece, ele merece...
E os(as) “luletes” vão ao delírio.

Como bem escreveu Fábio Campana devemos todos cantar esta musiquinha dos anos 70:
“Eu te amo meu Brasil, eu te amo,
meu coração é verde, amarelo, azul anil...
eu te amo meu Brasil, eu te amo,
ninguém segura a juventude do Brasil”...

Afinal, o Brasil é o melhor lugar do mundo para se viver!

Agora leiam o texto de Fábio Campana:

“-Vai transar? O governo dá camisinha!
-Já transou? O governo dá a pílula do dia seguinte!
-Engravidou? O governo dá o salário–maternidade e ainda 180 dias sem fazer nada!
-O filho cresceu? O governo dá a Bolsa Família!
-Tá desempregado? O governo dá Bolsa Desemprego
-Vai prestar vestibular? O governo dá a Bolsa Cota!
-Cometeu crime e foi preso? O governo dá auxílio reclusão R$ 752,35 para a família do bandido e R$ ZERO para a família da vítima!
Tem mais: na cadeia, constantemente visitada pelos "grupos de defesa dos direitos humanos", os bandidos têm direito a 4 refeições dia, médico, dentista, psicólogo, encontro íntimo e direito a queimar colchão, pago com o dinheiro do povo!
-Usou droga ou foi na zona e pegou AIDS? O governo dá coquetel importado, enquanto para os velhinhos e crianças não tem nem aspirina nos Postos de Saúde.
-Não tem terra? O governo dá o Bolsa Invasão!
E agora, para fins eleitoreiros, o Governo vai anunciar modificações no Bolsa Família acrescentando uma ajuda para sepultamento dos beneficiários quando estes morrerem. É o “Bolsa Funeral".
Agora, experimente TRABALHAR pra ver o que é que te acontece! Você vai se matar para pagar impostos; vai quebrar; vai deixar seu nome sujo na praça e vai ser lembrado pela família e pelos amigos como um INCOMPETENTE!
Esta a realidade nua e crua.
E o governo não tem aí... "

OITAVA CANCELA - 1980 a 1989 - Dr. Savio Pinheiro

No ano de oitenta,
No disco “Orós”
Juntaram os nós
No bom Ceará.
O Raimundo Fagner
Musicou ao vê-la:
“A Vaca Estrela
E o Boi Fubá”.

Em oitenta e quatro,
Outro cineasta
De cultura vasta
Roda a fita aqui.
O Jéfferson Albuquerque
Cria um filme novo:
E “Um Poeta do Povo”
Faz com o Cariry.

Numa faculdade
Esta, Federal,
Num bom recital
Tornou-se o maior.
Um documentário
Por leigos, foi feito,
E de tão perfeito
Tornou-se melhor.

Em oitenta e cinco,
O poeta foi achado
E reencontrado
Só por telefone.
Fazer “Seca D´água”
Foi tiro certeiro
Deu-se por inteiro
Honrando o seu nome.

O Chico Buarque,
Milton Nascimento
Naquele momento
Mostraram valor.
O Raimundo Fagner
Aqui do Nordeste
Fez um grande teste
Pra suprir a dor.

Em oitenta e oito,
“Ispinho e Fulô”
Dá o seu alô
Com força total.
E, ele, tão contente
Dos versos, gostava,
E se comportava
Muito natural.

Neste mesmo ano,
Fez ele um transplante
Mudando o semblante
E o jeito de ver.
Campinas, São Paulo
Deu-lhe outra visão
E vendo o clarão
Voltou a viver.

Em oitenta e nove,
Mostra mais um disco
E igual a um corisco
Faz “Anos de Luz”.
Seus oitenta anos
Aos céus, agradece,
Rezando uma prece
Ao senhor Jesus.

“Canto Nordestino”
Foi canto guerreiro
Leal, verdadeiro,
Que ele fez aqui.
No Memorial
Da América Latina
Com Fagner alucina
O povo dali.

Muitas homenagens
Levaram beleza
E em Fortaleza
Fez-se cidadão.
Homem da Cultura,
E amigo sem falha,
Ganhou a Medalha
Da Abolição.

Foi enredo da Escola
“Prova de Fogo”
Entrando no jogo
Do bom carnaval.
Feroz Patativa
Fez momento histórico
Num carro alegórico
Num Crato atual.

Dr. Savio Pinheiro

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Gabinete do Ciro Gomes é exonerado - Blog do Noblat

A Câmara dos Deputados decidiu exonerar na tarde de hoje todo o gabinete do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Alegando interesses particulares, o parlamentar se licenciou por um mês, desde 29 de abril.
A administração a Casa considerou que, sem o deputado para ocupar o gabinete, não há razão para o pagamento de seus funcionários. A licença de 30 dias não dá direito de convocar suplente.
O gabinete tem direito a uma verba de R$ 60 mil por mês para contratação de secretários parlamentares. O de Ciro é composto por 11 funcionários. Neste período, os recursos não serão repassados.
Como não há uma norma que regulamente a exoneração de funcionários em caso de licença parlamentar, Ciro pode, a qualquer momento, reverter a situação.

Fred Raposo e Severino Mota.

SETIMA CANCELA - 1970 a 1979 - Por Dr. Savio Pinheiro

Sai “Novos Poemas”
Assim, “Comentados”,
E já publicados
No ano de setenta.
Figueiredo Filho
Faz de Patativa
A voz mais ativa
E lhe complementa.

Figueira Sampaio
Bom anfitrião
Faz publicação
Sem nada esconder.
No seu “ABC
Do Folclore”, ostenta,
E o alimenta
Ao vê-lo crescer.

No ano, sete dois,
O Fagner fascina
Com a música Sina
Num poema seu.
A bela poesia
De, tão bela, ostenta
E já os alimenta
O que Deus lhes deu.

Em setenta e três,
Sofre um acidente,
Que o deixa doente
Sem poder andar.
Foi no meio urbano
Já em Fortaleza,
Que teve a tristeza
De se atropelar.

Pela UFC
Faz-se reeditar
Um novo exemplar
Neste mesmo tempo.
Carvalho de Brito
É republicado
E Antônio é citado
Sem ter contratempo.

A Editora “Vozes”
Lançou “Cante Lá
Que Eu Canto Cá”
Em todo o Brasil.
Foi em sete, oito,
Que eu vi publicado
Com muito cuidado
Livro nota mil.

Pela Anistia,
Com Darcy Ribeiro,
Recitou ligeiro
Poema valente.
Teotônio Vilela
Emocionado
Ficou deslumbrado
Ao ver tanta gente.

A lição do pinto
Fez-me comovido
Pois no meu ouvido
Ordenou-me, vá!
Pra o Brasil crescer
E ir para frente
É pro presidente
Ter Diretas, já!

Tico, tico o pinto
Faz ovo romper
E já aparecer
Para a criação.
O povo também
Precisa lutar
Para ver chegar
A libertação.

Nos anos setenta,
Quase no final,
Um esquerdo jornal
Publica o poeta,
Que em Miracapillo,
Um padre esquerdista,
Inspirou o artista
De forma concreta.

Em setenta e nove,
O SBPC
Dá-lhe com prazer
Um grande presente.
“Canções e Poemas”
Num disco é gravado
E valorizado
Dá vez ao repente.

Neste mesmo ano,
Estreou no cinema
E em mata Jurema
Rosemberg andou.
Fez com Super Oito
Um feito bonito
Levando ao infinito
O declamador.

Dr. Savio Pinheiro

A promessa de Boca de Fogo - Por Giovani Costa

Nos anos 50, Luiz Inácio, o popular Boca-de-Fogo, ficou bem doente. Todos pensavam que o homem iria morrer daquela vez. Como naquele tempo, por aqui, a medicina não existia, causou estranhesa quando ele ficou bom sem nenhum tratamento.
Um dia Nazaré, filha dele perguntou como ele tinha se curado, Tio Luiz explicou-lhe que tinha feito uma promessa com São Francisco para ir de Varzea-Alegre até o Canindé de joelhos.
Passado um tempo, Nazaré, que era muito religiosa, cobrou do pai o pagamento da promessa, achando que era possivel ele ir de joelhos num carro. Aí Luiz Inácio, disse á filha Nazaré: Francisco fez isso comigo de bom que ele é, mas ele sabia que eu não ia pagar.
Por Giovani Costa.

domingo, 9 de maio de 2010

Duas mulheres, duas mães! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Hoje, este domingo é denominado dia das mães. Mas eu considero como dia das mães todos os dias do ano, dos séculos e séculos sem fim, amém! Porém, ao despertar, lembrei-me de duas mães especiais: a minha mãe e a mãe dos meus três filhos. Através delas, nesse dia, rendo minhas homenagens a todas as mães do mundo.

A minha mãe se estivesse viva, completaria em breve 110 anos! Isto mesmo! Ela nasceu em 1900, ainda no século XIX, numa época em que as mulheres do Crato pouco ou quase nada estudavam. Ela possuía apenas o curso primário incompleto, mas para mim, jamais vi uma pessoa tão sábia. Fui o seu décimo sexto filho, dos quais, seis já haviam morrido ainda crianças.

Fui educado por minha mãe com muito amor e pequenas doses de provérbios, preciosos conselhos, que ainda hoje norteiam minha vida. “O mato tem olho e as paredes têm ouvidos.”; “Casa teu filho, com a filha do teu vizinho”; “Ver, ouvir e calar: vida tranqüila tu terás!” Repetia isto várias vezes quando tive de ir estudar em Salvador, onde residiria com uma tia.

Jamais a minha mãe me surrou como era a pedagogia dos pais de então. Quando fazia alguma traquinagem digna de uma boa surra, ela nos dirigia um olhar diferente que penetrava em nossa alma e doía mais que mil chicotadas. Mas aquele olhar ficou guardado na minha memória para sempre...

Foi através da minha mãe que, pela primeira vez na minha vida, ouvi falar de Jesus. E enquanto eu brincava, ela se sentava por perto e contava tantas histórias sobre Ele, que quando eu fui ler os Evangelhos, já os conhecia por completo, pela voz da minha mãe.

A outra mãe a quem também dirijo esta homenagem é Magali, a mãe dos meus filhos. Minha fiel companheira há mais de trinta e sete anos, soube também distribuir amor, educar e formar nossos três filhos, que hoje são para nós dois, motivo de muito orgulho.
Meiga, suave, delicada, todos que conhecem Magali notam que ela é possuidora de uma educação que foi forjada no berço familiar e irradia isso para todos que dela se aproximam.

Estas duas mulheres são para mim modelo de mães. Ah! Como seria maravilhoso se todos os filhos honrassem suas mães em todos os dias da vida!

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Presente Raro - Por A. Morais

Recebi um presente precioso do Mundim do Vale. Trata-se de um exemplar do livro de Jose Helder França, grande escritor conhecido e muito querido por todos do cariri.
Postei inicialmente a historia da vontade que tinha Roza Guede de passeiar no Crato. Nos próximos dias estarei postando a historia do passeio de Roza, só conseguido depois de alcançar a maioridade. O passeio contado por Dedé é uma comedia, descrita com perfeição. Fala dos lugares e dos personagens conhecidos da cidade com um humor agradável que deixar todos presos a historia.
Não percam a historia de Rosa Guede em sua aventura na Exposição do Crato. A partir de terça-feira no Blog do Sanharol.