"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
quinta-feira, 30 de julho de 2009
A teima de padre Vieira com o poeta Zé Limeira - IV
Limeira:
Aquela viagem foi
Um perigo pra criança,
Se fosse um carro de boi
Tinha maior segurança.
Se o jegue desembestasse,
Corresse e não mais parasse
Eu tava sem salvador.
E o infeliz do jumento,
Caia no esquecimento
Do seu irmão escritor.
Padre Vieira:
Pois é. Eu sou escritor,
Sou vigário e jornalista,
Não quis ser agricultor,
Mas meu pai é ruralista.
Conheço esse sertão,
Como a palma dessa mão
Foi aqui que me criei.
Quando me aperta a saudade,
Eu fujo aqui da cidade
E vou para o Cristo Rei.
Limeira:
Você diz que é escritor
Que seu livro tem respaldo,
Pois eu sou um cantador
Como foi Cego Aderaldo.
Posso até ser mentiroso,
Mas se Deus for generoso
Guarda meu lugar no céu.
Eu nunca fiz edição,
Mas a nossa discussão
Vou editar num cordel.
.
Limeira sentiu-se fraco
Tratou de pedir perdão,
Pôs a viola no saco
E fugiu da discussão.
Passou na Carrapateira,
Dizendo: - O Padre Vieira
Acabou a cantoria.
Era eu danado rimando,
E o Padre apenas pregando
Sobre Jesus e Maria.
Enfrentei Sílvio Granjeiro,
Chico Alves e Aderaldo,
Surrei Pinto do Monteiro,
José Gonçalves e Geraldo.
No estado da Paraíba,
Eu açoitei João Furiba
E Inácio da Catingueira.
Mas o Padre sem viola,
Preparou uma mão de sola
Que acabou com Zé Limeira.
Mundim do Vale
A teima de Padre Vieira com o poeta Zé Limeira - III
Eu cantando em Rajalegue
Meu verso sai de primeira,
Nem mesmo o Padre do jegue
Assusta o nêgo Limeira.
Viva o escrivão Dudal,
Viva Zé de Lourival
Viva a folha da urtiga.
Viva o Alto do Tenente,
Viva a Rua São Vicente
Viva o terço da Formiga.
Padre Vieira:
Você agora rimou
Somente com gente boa,
Porém não impressionou
Com essa mistura à toa.
Seu verso não tem valor,
Deixe de ser cantador
E vá amansar jumento.
Não vai haver prejuízo,
O jegue não tem juízo
E você é bem carente
Limeira:
Eu agora tou zangado
Porque o Padre apelou,
Me chamou de abilolado
E abilolado eu não sou.
Comparando Zé Limeira,
Com um lopreu da ribeira
O Padre tá apelando.
Eu não gostei da proposta,
O jegue também não gosta
Mas eu respondo cantando.
Padre Vieira:
Você responde cantando
Sem ter nenhum argumento,
E eu respondo rezando
Pelo novo testamento.
Nós dois somos diferente,
Você é cobra serpente
E eu sou pastor de rebanho.
Só quando Deus nos chamar,
É que nós vamos chegar
Os dois do mesmo tamanho.
Zé Limeira:
Viva compadre e comadre
Viva o novo testamento,
Viva o jumento do Padre
Viva o Padre do jumento.
Viva o Padre Antônio Vieira,
Viva Deus, viva Limeira
Viva o menino Jesus.
Viva o jumento também,
Que se escondeu em Belém
Pra não carregar a cruz.
Padre Vieira:
Poeta você pecou
Quando fez essa mistura,
Porque você colocou
Criador e criatura.
O jegue tem seu valor,
Mas longe do criador
Não faça essa misturada.
Jesus, José e Maria,
Andaram de jegue um dia
Mas a missão foi sagrada
Mundim do vale.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
A teima de Padre Vieira com o poeta Zé Limeira - II
Vá pra sua sacristia
Que eu fico com a viola,
Eu recolho a mixaria
E o Senhor passa a sacola.
Mas pense só um momento,
Tenha cuidado em jumento
Que o bicho é sem futuro.
Tratar dessa criatura,
Tem que ser como a procura
De um pinico no escuro.
Padre Vieira:
Você ofende o jumento
Mas ele é melhor que gente,
Trabalha sem pagamento
E não ingere aguardente.
Não fala da vida alheia,
Mesmo que esteja na peia
Nem comete estelionato.
Não pratica oposição,
Não cobra indenização
Nem freqüenta sindicato.
Limeira:
O Padre tá enganado
Jegue é figura do cão,
Quando ele tá expritado
Não é bom, confiar não.
Se a jumenta escapar,
Ele corre até pegar
Onde quer que ela esteja.
Qualquer barreira ele enfrenta,
Para pegar a jumenta
Entra até na sua igreja.
Padre Vieira:
Eu conheço o animal
E também o ser humano,
O jumento é liberal
E o homem é desumano.
Você com essa viola,
Vive a pedir esmola
Cantando pornografia.
E o jumento relinchando,
Passa a vida trabalhando
Sem saber o que é orgia.
Limeira:
Com esse papo, Seu vigário
Pode até ser deputado,
Mas cuidado no plenário
Prumode não ser cassado.
Não junte jegue com gente,
Porque pode o presidente
Mandar cassar seu direito.
Aí Seu Padre termina,
Vestido nessa batina
Com a cruz de Cristo no peito.
Padre Vieira:
Se essa sua previsão
Vier a surtir efeito,
Eu deixo a legislação
E vou estudar direito.
Quando eu tiver com o canudo,
Garanto fazer de tudo
Pra defender o jumento.
E o poeta imoral,
Enquadro na lei penal
Conforme o meu juramento.
Mundim do Vale
terça-feira, 28 de julho de 2009
A teima de Padre Vieira com o poeta Zé Limeira - I
Rimando por este mundo,
Certa vez foi esbarrar
Na terra de São Raimundo.
Com a viola de lado,
Foi cantar lá no mercado
No seu jeitão natural:
Eu rimo filosomia,
Nos quelé da juvenia
Etcetra e coisa e tal.
Padre Vieira chegou
Escorou-se na esquina,
Quando Zé Limeira olhou
Avistou só a batina.
O poeta deu um riso
E rimou de improviso:
Eu tou vendo um movimento.
Se não for um anum preto,
Pendurado num graveto
É o Padre do jumento.
Limeira:
Aqui quem canta é Limeira
Doutor em pidofilia,
Chegou o Padre Vieira
Pra benzer a cantoria.
Não olhe assim desse jeito,
Que o meu verso é perfeito
E a minha rima é completa.
Não precisa acanhamento,
Se o Padre benzeu jumento
Porque não benze um poeta?
Padre Vieira:
Zé Limeira se comporte
Não rime essa Heresia,
O jegue foi o transporte
De Jesus e de Maria.
O jumento é nosso irmão,
Mas você não tem noção
Dessa grande afinidade.
Pode fazer sua rima,
Mas não ofenda a doutrina
Nem agrida santidade.
Limeira:
Se o Senhor Padre Vieira
Quiser um jegue decente,
Vá à serra do Teixeira
Que lhe dou um de presente.
O Padre pode montar,
Mas não é bom açoitar
Nem falar alto com ele.
Jumento é a besta fera,
O bicho não considera
Nem a jumenta mãe dele.
Padre Vieira:
Eu não sou o seu parceiro
Seu poeta sem pudor,
Você é um violeiro
Eu sou um Padre escritor.
Se eu valorizo o jumento,
É porque meu sentimento
Tem o nível humanitário.
Gosto mais do animal,
Do que gente sem moral
Que não respeita vigário.
Mundim do Vale.
Jose Clementino do Nascimento
A morte do compositor José Clementino consternou o Cariri. Ao lado de Luiz Gonzaga, Padre Antônio Vieira e Patativa do Assaré, Zé Clementino fez parte da “Trilogia do Ciclo do Jumento”, um movimento idealizado em Crato, em defesa do jegue. A iniciativa tomou dimensão nacional através da música e da poesia dos quatro defensores do jumento. A campanha ganhou mais intensidade na década de 80, quando os quatro se encontraram na Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato), sob a presidência de Henrique Costa. Padre Vieira chegou ao palanque, onde se encontravam Luiz Gonzaga, Patativa e Zé Clementino, montado num jumento. Ao lembrar este fato, destacacamos que Zé Clementino foi um dos mais vigorosos músicos do Ceará. É o autor de autênticos clássicos da música nordestina, tendo sido interpretado por alguns dos grandes nomes da MPB, dentre os quais o “Rei do Baião” — Luiz Gonzaga. Funcionário público aposentado, Zé Clementino, que já morou em Crato, quando trabalhava no INSS, integrou-se à vida boêmia da Princesa do Cariri, fazendo parcerias com outros artistas. Com o “velho Lua”, o talento de Zé Clementino ganharia destaque nacional, ao passo que, por outro lado, a inventiva produção artística do compositor varzealegrense proporcionaria vitalidade e renovação à obra musical de Luiz Gonzaga. O “batismo” fonográfico da parceria Luiz Gonzaga-Zé Clementino procedeu-se, de certa forma, quando o “Rei do Baião” atravessava um longo período de ostracismo e mesmo de indefinição quanto à continuidade da carreira artística. No seu trabalho anterior, o ilustre “sanfoneiro de Exu” mostrava-se desestimulado e cético quanto aos possíveis rumos de sua até então vitoriosa trajetória musical. Numa de suas canções mais emblemáticas da época, Luiz Gonzaga lamentava: “Pra onde tu vai, Baião? / Eu vou sair por aí / Mas por que, Baião? / Ninguém me quer mais aqui...”. De fato, o Baião, assim como outros ritmos nordestinos, havia perdido o forte apelo comercial que gozara no passado, particularmente em virtude do surgimento de novos movimentos musicais — a Bossa Nova e a Jovem Guarda. Nesse panorama, foi lançado o álbum “Luiz Gonzaga – Óia Eu Aqui de Novo”, o qual continha três canções compostas por Zé Clementino. Uma delas, o “Xote dos Cabeludos”, uma bem humorada crítica à estética ‘hippie’ que conquistava a juventude de todo o mundo, tornou-se uma das músicas mais executadas do país no verão de 68, trazendo o ‘Rei do Baião’ de volta à mídia e despertando o interesse das novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Naquele mesmo ano, Zé Clementino confere uma legítima e emotiva dádiva à sua cidade natal, quando compõe a letra do Hino Oficial de Várzea Alegre. No seu álbum seguinte, Luiz Gonzaga grava “O jumento é nosso irmão”, uma homenagem à luta, encampada pelo Padre Vieira, em prol da preservação da espécie asinina. Em 1976, fazendo proveito do mesmo tema, o Rei do Baião gravaria “Apologia ao jumento”, uma espécie de discurso inflamado em que, com muito bom humor, exalta as benesses do “pobre e castigado” animal. Registra ainda o xote “Capim Novo”, outra canção do compositor varzealegrense, cuja letra sugere uma “discutível” alternativa terapêutica e afrodisíaca para os homens que enfrentam os “percalços” da terceira idade. Em 1978, o Trio Nordestino, na época o campeão em vendagem de discos no segmento de música regional, grava “Chinelo de Rosinha”, uma parceria de Zé Clementino e Paulo César Clementino. Em 1983, o Brasil vê-se tocado pela sensibilidade musical do prodigioso varzealegrense Serginho Piau, que executa a comovente canção “Simplesmente Zé”, de autoria de Zé Clementino, em alguns programas televisivos. Por fim, os anos 90 marcaram o processo de revitalização estética e musical do forró, e o cearense Sirano, um dos mais bem sucedidos artistas do Ceará. Entre as suas músicas estão: “Aí não deixo não”, “Xote dos cabeludos” , “O jumento é nosso irmão”, “Apologia ao jumento”, “Contrastes de Várzea Alegre”, “Capim novo”, “Sou do banco", "Xeêm”, “Chinelo de Rosinha”, “Jeito bom”, “Hino Oficial de Várzea Alegre”, e “Simplesmente Zé”. Ele faleceu vítima de enfarte no Hospital de Várzea Alegre, aos 69 anos de idade. Gravada pelo Trio Nordestino e campeã de vendagem veja a letra de :
Aí não deixo não!
Não, não, aí não deixo não!
Se você beijar aí vai ser grande a confusão.
Eu gosto muito de você e tenho admiração,
Entreguei só pra você meu coração.
Meu benzinho pelo bem do nosso amor,
Eu lhe peço, por favor.
Aí não deixo não!
Leve seus troços, vá deixar noutro lugar
Se você não quer casar
Porque vem com enrolação,
Você bem sabe, estas coisas não aceito,
Isso é falta de respeito
Aí não deixo não.
Se você beijar aí vai ser grande a confusão.
A. Morais
domingo, 26 de julho de 2009
Proximas postagens.
O arranca-rabo entre Yoko Ono e Maria Bonita.
Cabeçuda sem astral
Você só ver violência
Lennon elevou a cabeça
Pela sua inteligência
E pregou a paz no mundo
Com bastante paciência.
Maria
Não venha com eloqüência
Desmerecer o cangaço
Tivemos um ideal
Preenchemos nosso espaço
Também tivemos cabeças
Não víamos um embaraço.
Yoko
No sufoco do mormaço
Da caatinga abandonada
Vi o teu herói nordestino
Ter a cabeça elevada
Não por ter inteligência
Mas por tê-la decepada.
Maria
Fico decepcionada
Pela maneira brutal
Que você retrata o mito
Como de fosse um animal
Porém demonstro a você
Um Lampião imortal.
Yoko:
Eu sou internacional
E devo admitir:
Que o cangaço teve história
Fez o oprimido sair
Clamando por liberdade,
Só desejando ir e vir.
Maria:
Crendo muito no porvir
Sou também universal
Os Beatles fizeram história
Lennon tornou-se imortal
Clamando por liberdade
Pregou o amor fraternal.
Yoko e Maria:
No tablado da vida vai crescer
A esperança do povo em tom de crença
Desistindo, porém, da desavença
Que nutria o cangaço pra valer.
John Lennon lutou pra fortalecer
O seu franco ideal de liberdade.
Lampião trabalhou com crueldade
Pra justiça social crescer valente
Matou cabo, soldado e muita gente
Nessa luta cruel por igualdade.
Dr. Savio Pinheiro.
sábado, 25 de julho de 2009
O arranca-rabo entre Yoko Ono e Maria Bonita - V
Você não sabe a labuta
De vestir-se bem decente
O Lennon, em várias lojas,
Só compra roupa atraente
Diferenciando o ídolo
Do normal de muita gente.
Maria:
O ídolo é quem faz a mente,
Muda o costume do novo,
Porém, Lampião é mito
E o mito quem faz é o povo
Sua roupa não é comprada,
É autêntica como um ovo.
Yoko:
Repita você, de novo,
Que Lampião é o melhor!
Na criação e no canto
O Lennon é muito maior
Na busca da liberdade
A guerra ficou menor.
Maria:
No quanto pior, melhor,
O cangaço teve astral
Na escopeta, na bala,
Nós fizemos tudo igual
Na busca da liberdade
A guerra foi natural.
Yoko:
O Lampião fez por mal
Tantas coisas no sertão:
Capando homens de bem
Roubando feito ladrão
Foi pior que Satanás,
Isso eu não entendo, não!
Maria:
Homem de bom coração
No bom Deus ele acredita
O Lampião tinha a fé
O Lennon tinha a catita
No chão, foi tão conhecido
Quanto Jesus, ele cita.
Yoko:
A sua filha Expedita
Sabe que não foi assim.
Quando falou em Jesus
Não foi querendo ser ruim
Só quis demonstrar prestígio,
Ele confessou a mim.
Maria:
Você foi o estopim
Do sonho que acabou
Manipulou o John Lennon
O seu fã-clube frustrou
Desfez a Beatlemania
Sua mão pequena abalou.
Yoko:
A mão pequena afastou-me
Do sonho bom do meu pai
De tornar-me pianista,
A lembrança não me sai.
Daí, passei a cantar
Pois o sucesso me atrai.
Maria
Tua mão pequena não vai
Dedilhar num recital
Bem diferente de mim
Que tem um par bastante igual
E que com habilidade
Manuseio o meu punhal.
Dr. Savio Pinheiro.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
O Lula a moda Maluf.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 23, ao se referir às mais recentes denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), que "não se pode vender tudo como se fosse um crime de morte". Durante entrevista à Rádio Globo AM, de São Paulo, Lula argumentou que uma coisa é pedir emprego, outra é fazer lobby. "Precisamos saber o tamanho do crime. Uma coisa é você matar, outra é roubar, outra é pedir emprego, outra coisa é relação de influência, outra é lobby", afirmou.
Comentario do Blog: O Lula aderiu de vez ao Maluf. Lembram do “estupre, mas não mate”! Que bafafá deu na época. O Brasil hoje é outro. É o Brasil do PT. Como diz o Cara: Roubar pode, matar não. Só se necessario for como em Santo Andre e Campinas.
O Arranca-rabo entre Yoco Ono e Maria Bonita - IV
A mídia lhe dá prazer,
Vejo bem em seu olhar,
Pois falas com emoção
Ao, este tema, abordar
A política te fascina
Você não pode negar.
Maria:
Insisto em acreditar
Que um dia vencerei,
Pois com a vida cangaceira
Jamais edificarei;
Porém, temo que este sonho
Eu jamais construirei.
Yoko:
O sonho é o nosso rei
É o nosso grande acalanto
Você sonha em ser livre
Eu já sonho com o canto
O canto da paz fraterna
Para mascarar o pranto.
Maria:
Na realidade eu me espanto
E o meu sonho de desfaz;
Não acredito em mais nada
Tenho esperança fugaz
E o seu John Lennon querido
Nunca foi um bom rapaz.
Yoko:
Você nunca terá paz
Com amargura tamanha.
Mesmo você bem trajada
E com toda essa artimanha
Nesse modelo esquisito
Até parece uma estranha.
Maria:
A minha grande façanha
No sertão ou na cidade
É trabalhar bem o couro
Com enorme variedade
Bordar, cozer e cerzir
Dá-me enorme vaidade.
Yoko:
Com toda cumplicidade
Quero aqui me permitir
Dizer que o John Lennon tinha
Nobre gosto no vestir
E sendo ele bem vaidoso
Sempre soube construir.
Maria:
Eu venho aqui garantir
Que o Virgulino disputa:
Em moda, ele é mais esperto
Que qualquer filho da puta,
Desculpe o atrevimento
Mas você não me recruta.
Dr. savio Pinheiro.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Eu já tou aposentado.
O Arranca-rabo entre Yoco Ono e Maria Bonita - III
Não compare o bem com o mal
Catitinha do sertão
O John Lennon tinha estampa
Era um tipo bonitão
Tinha os seus cabelos longos
E artefato na visão.
Maria:
Parece é com Lampião
A sua descrição veemente
Pois Virgulino ostentava
Sua fama de valente
Com uns óculos redondinhos
E cabeleira decente.
Yoko:
Tu tens fama de valente
E és bastante atrevida
Em comparar o teu marido,
Semelhança merecida,
Porém, a mente, do meu
Tem pureza garantida.
Maria:
Não se faça de vencida
Japonesa alvoroçada.
Tu mandas no teu marido
E ele só tem fachada;
Os ingleses que o digam
Sua cobra disfarçada.
Yoko:
A nossa rainha amada
Deu-lhe um título de valor
Membro do Império Britânico
Foi cedido a primor
Devido a sua importância
O chamaram de senhor.
Maria:
Ele viveu o esplendor
Na certa, bem merecido;
Todavia, Lampião
Não ficaria esquecido;
O título de Capitão,
Deu-lhe as tropas, do partido.
Yoko:
O governo ressentido
Com o Carlos Prestes em ação
Cedeu-lhe a nobre patente,
Mas não deu de coração,
E jogo de interesse
Para mim não vale, não!
Maria:
O jogo da sedução
Habita todo Poder.
A rainha Elisabeth
Também quis enaltecer
Os interesses do Reino
E a todos favorecer.
Dr. Savio Pinheiro.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Arranca-rabo entre Yoko Ono e Maria Bonita - II
Quem você pensa que é
Cangaceirinha atrevida
Pra falar mal do meu Lennon,
Que defendeu sempre a vida,
Você tem é muita inveja
Por ser tão desprotegida.
Maria:
Não me sinto garantida
Nesse mundo injustiçado,
Onde o rico oprime o pobre
Com plano já bem traçado;
Pois se o Lennon quis a paz
Não chegou no meu roçado.
Yoko:
Um planeta abençoado
Foi o que Lennon mais pediu.
Criticando sempre as guerras,
Da violência, fugiu,
Não concretizando o sonho
Do nosso mundo partiu.
Maria:
Sei o quanto ele insistiu
Nessa determinação
E que utilizou o rock
Com bastante precisão
Porém, foi assassinado
Como foi o meu Lampião.
Yoko:
Neste ponto, tens razão,
Ó criatura rural!
Pois a dupla sucumbiu
Na busca de um ideal:
O Lennon buscando o bem
E o teu Lampião, o mal.
Maria:
Se ele usou o seu punhal
Na labuta do cangaço
Foi para fazer justiça
Com fé e sem embaraço
Numa afronta aos coronéis
Que mandavam no pedaço.
Yoko:
Virgem fica sem espaço
Nas andanças do teu bando
Pois o grupo em algazarra
Pela mata ia estuprando
As donzelas mais bonitas:
Era assim, de quando em quando.
Maria:
Já que queres me lembrar
De pendenga sexual
No bando de Liverpool
Tinha um rapaz genial
Que traçava gente moça
Mesmo intelectual.
Dr. Savio Pinheiro.
terça-feira, 21 de julho de 2009
171 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Fátima Bezerra Bezerra.
Comentário do Blog do Antonio Morais.:
Mister se faz tomar medidas para que o Cruzeiro não caia no esquecimento como ocorreu com o que existia atrás da capela de Santo Antônio onde foi sepultado o primeiro capelão de Várzea-Alegre Padre José Pontes Pereira.
É necessário que se resgate a história do Cruzeiro, a sua origem, para que se transforme em ponto de visitação publica.
Sou autor no Blog do Crato, Blog do Juazeiro e no Cariricult e estou disposto a participar da divulgação do empreendimento.
Dr. João Passarinho.
Arranca-raba entre Yoko Ono e Maria Bonita - I
No mundo, ao qual habitamos,
As injustiças imperam
As guerras se multiplicam
As vidas se desoneram
E sem justiça social
Os povos se desesperam.
No século, que se passou
Houve muita tirania,
Assisti guerras horrendas,
Multidões em agonia,
Porém, a paz almejada
Não saiu da fantasia.
O tempo assim vai passando...
A esperança também!
A insegurança aumentando
Não tem pena de ninguém
E a tão sonhada igualdade
Voa alto... Muito além!
Nesse cenário esquisito
Observo sempre, atento,
O pensamento reinante
Do povo em movimento
E um caso interessante
Narro aqui, nesse momento.
Certo dia de domingo,
Num plantão no hospital,
Atendi a um paciente,
Que em sua casa passou mal,
Tendo um quadro de delírio
Quase sobre natural.
Narrativa de valor
Chamou a todos à atenção:
Um homem muito educado
De bem traçada feição
Após grande bebedeira
Pôs a mente em confusão.
Um episódio delirante
Após parar de beber
Fez-lhe bastante agitado
Sem vontade de viver
Porém, ao ser medicado
Filosofou com prazer:
Eu sempre fui defensor
Da justiça social
Eterno incentivador
Da concórdia universal,
Daí, nutrir grande crença
De ver a paz mundial.
Enquanto o homem sonhava
O seu olhar foi pro teto
Vislumbrou grandes besouros
Sob a laje de concreto
E delirando, de fato,
Foi falando bem direto:
Silêncio! Peço silêncio!
Pois assisto a uma visão:
Vejo uma mulher brigando
Xingando uma outra, então,
É a esposa de John Lennon
Com a mulher de Lampião
Dr. Savio Pinheiro.
Politicas Publicas Equivocadas.
Ricardo Brant.
Assaltos por Estado.
Ô meu rei... Isso é um assalto... Levanta os braços, mas não se avexe não... Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado...Vai passando a grana, bem de vagarinho...Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado. Não esquenta, meu irmãozinho. Vou deixar teus documentos na encruzilhada.
Assalto mineiro:
Assaltante carioca:
Aí, perdeu, mermão... Seguiiiinnte, bicho tu te fu. Isso é um assalto.. Passa a grana e levanta os braços rapá...Não fica de caô que eu te passo o cerol... Vai andando e se olhar pra trás vira presunto.
Assalto paulista:
Pôrra, meu... Isso é um assalto, meu. Alevanta os braços, meu. passa a grana logo, meu. Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Corintians, meu. Pô, se manda, meu
Assalto gaucho:
Oh! gurí, ficas atento Báh, isso é um assalto...Levanta os braços e te aquieta, tchê ! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas prá cá ! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.
Assalto cearense:
Ei Macho, isso é um assalto! Deixe de marmota, arriba os braços, não se bula nem faça munganga. Bora logo abestado, me dê logo a céda que eu sei que tu tá estribado. E num bote boneco não, senão eu papoco uma mãozada no teu pé-do-ouvido! Arriégua, só isso! Penseeeee num fi-duma-égua liso! Agora vai, vai, vai timboooora carniça. Pega o beco, pega o beco!
Assalto em Brasilia:
Brasileiros e brasileiras!
Estou aqui no horário nobre da TV para dizer que não sou comum, o Cara foi quem falou. Venho praticando meus atos há mais de 60 anos, nunca foi tão fácil, e não vai ser agora que o Cara liberou geral que vou parar. Não se afregelem. Aguentem caladinhos. Oh nós in vocês!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Poema para quem não tem medo de Chorar - A Morte de Nanã - Patativa do Assaré.
Abraços,
Dihelson Mendonça
A Burrinha Gasolina.
A cidade Várzea Alegre,
De Bidinho e Clementino,
Palco de boas histórias
Que desenham o seu destino
Apresenta pra vocês
A ação de um cretino.
Este fato aconteceu
Com um garoto adolescente
Fedelho muito precoce,
Namorador pertinente,
Sem mesmo entender a vida
Imaginou fazer gente.
Numa noite de domingo
Teve idéia original:
Vou roubar a namorada
E levá-la ao matagal
Imitando a natureza
Como faz todo animal.
Da forma que imaginou
Ele o fez com esperteza
Combinou com a amada
Com muita delicadeza
Se o seu pai achar ruim
Seguirei pra Fortaleza!
Como tinham combinado
O plano idealizou
Com cavalo bem selado
Seu amor nele montou
Cavalgando sobre a serra
Bom lugar ele encontrou.
O pai da jovem donzela
Amalucado ficou.
Sem saber onde encontrar,
Onde o casal pernoitou,
Ficou tão atarantado
Que o dia se findou.
Segundo dia de luta
A procura do impostor
O pai sem se orientar
Procura um vereador,
Este não ajuda em nada
Aumentando a sua dor.
No terceiro dia, então,
Refletindo, ao natural,
Procura a delegacia
Presta queixa, coisa e tal,
Conversa com o delegado
Confundindo o seu astral.
Delegado Antônio Costa
Sente-se na obrigação
Sendo padrinho da moça
Tinha que dar atenção
Pergunta do ocorrido,
Como foi a relação.
Compadre Chico, me diga,
O que foi que sucedeu?
Conte-me bem detalhado
Como o fato aconteceu.
Quero saber os detalhes,
Que você entristeceu.
Meu compadre Antônio Costa
Quero saber do senhor:
Já deu tempo desse traste
Deflorar a minha flor?
Pois cabra ruim, há três dias,
Deu uma de sedutor.
Compadre e amigo Chico
Eu não sou nenhum vidente.
Mas, grande interesse tenho
De dizer-lhe honestamente:
Se eles são joviais
O caso é muito evidente.
Quando eu muito cavalgava
E cumpria a minha sina
Gostava de passear
Na burrinha Gasolina,
Que faceira desfilava
Com trejeitos de menina.
Com a sua filha não sei,
Se algo de ruim encerra.
Porém, a minha burrinha,
Que comigo escorrega
Eu a comia três vezes
Só na descida da serra!
Dr. Jose Sávio Pinheiro.
domingo, 19 de julho de 2009
Tó - indo e voltando.
sábado, 18 de julho de 2009
No prejuizo.
Desde 15 de Julho que estamos em Crato. Semana de Exposição e festas. E eu no prejuízo. Pense numa taboca danada! Todo dia a mesma conversinha, o mesmo cochichado e a mesma desculpa: tem muita poeira, o sol está quente e eu ficando em casa. De fininho iam saindo um por um, e eu ficando. A sorte é que vovô também ficava e me fazia rir com suas mungangas e companhia. Tem nada não a minha vez vai chegar e eu desconto.
Carta aberta - Senador Pedro Simon.
Coisa do Divino.
Os espiritos de porco.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Dona Romana faz 100 anos.
17/07/09 - Várzea Alegre - Maria Romana Ferreira de Sousa, filha de Raimunda Ferreira de Sousa e Romão Ferreira de Sousa, nasceu no dia 9 de julho de 1909, em Várzea Alegre. Casou-se em 31 de julho de 1930, com Raimundo Bernardino de Sousa. Tiveram cinco filhos, mas só está vivo Francisco Jacinto de Sousa, todos os filhos receberam o nome de Francisco pela devoção que ela tinha ao santo. Foi cantora sacra da igreja durante setenta anos. Iniciou aos quatorze anos e a primeira missa cantada foi na Capela de Santo Antônio, celebrada pelo padre José Otávio. Neste dia 9, completou 100 anos de existência, lúcida, espirituosa e ainda com muita devoção a São Raimundo Nonato. O Blog do Sanharol não poderia deixar de se congratular, juntamente com a irmandade religiosa, a lembrança, a afirmação e a luta desta figura de mulher, por este acontecimento, como marco da presença da mulher no registro da história de Várzea Alegre. A missa em ação de graças foi celebrada domingo, dia 12, às 16h, em sua residência, à rua José Alves Feitosa.
Casa com goteiras.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Exposição do Crato.
Venha a exposição do Crato,
Que os Bancos asseguram seu contrato!
Venha a exposição do Crato
Que os bancos asseguram seu contrato.
Se você é um famoso pecuarista,
Não precisa de avalista
Que seu negocio é exato.
E com ajuda dos bancos oficiais
Você compra os animais
Pago o dinheiro no trato.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Feliz aniversario.
Neste dia especial, queremos lhe desejar:
Que você tenha saúde!
Que você tenha sucesso!
Que esta data se repita por muitos anos.
Que você seja feliz hoje e sempre.
Parabéns por você ser tão especial.
Parabéns pelo seu aniversario.
Seus avós, pais, tios e primos e amigos.
A Ingenuidade de criança.
Ô mãe, você pode me explicar
Se é mesmo com certeza
O pão que chega na mesa
É Deus que manda deixar?
É meu filho é verdade
Deus aos homens tem amor
Ele é quem nos dá a vida,
A comida e a bebida
Quem traz é Nosso Senhor.
O brinquedim mamãezinha
Quem traz é Papai Noel?
É isso mesmo filhinho
Pra meu filhim ser bonzinho,
Obediente e fiel.
E as roupinhas mamãezinha
Também é ele quem traz?
É não meu filhinho entenda,
A gente compra a fazenda
E a costureira faz.
Mamãe e a nenenzinha
É Deus que manda pra gente?
Meu filho me deixe em paz
É a cegonha que traz
Você está sendo imprudente.
A criança se afastou
Fazendo ponderação:
Papai Noel traz brinquedo
Papai do céu traz o pão.
Virou-se pra mãe e disse:
Mãezinha uma explicação!
Desculpe eu ser imprudente,
E o papaizinho da gente
Não serve pra nada não?
Alberto Porfirio.
Enviado por Mundim do Vale.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Pau do Guarda.
Bar da Macaca.
domingo, 12 de julho de 2009
Parabens, Pedro Piau, Deus lhe faça feliz.
Habeas Pinho.
O instrumento do crime, que se arrola
Neste processo de contravenção.
Não é faca, revolver nem pistola,
É simplesmente, Doutor, um violão.
Um violão, Doutor, que na verdade,
Não matou nem feriu um cidadão,
Feriu, sim, a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade,
Ao crime ele nunca se mistura,
Inexiste entre eles afinidade.
O Violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida,
Que cantam as mágoas e que povoam a vida,
Sufocando suas próprias dores.
O Violão é musica e é canção,
É sentimento de musica e de alegria,
É pureza e néctar que extasia,
É adorno espiritual do coração.
Seu viver, como o nosso, é transitório
Porem seu destino se perpetua,
Ele nasceu para cantar na rua,
E não para ser arquivo de cartório.
Mande soltá-lo pelo amor da noite.
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite,
De suas cordas leves e sonoras.
Libere o violão Dr. Juiz,
Em nome da justiça e do direito,
É crime, porventura, o infeliz
Cantar as mágoas que lhe encheu o peito?
Será crime, e, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua o desgraçado,
Deixando ali as suas dores?
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento,
Juntando esta petição aos autos nós pedimos
E pedimos também deferimento.
Ronaldo Cunha Lima - Advogado
Despacho do Juiz.
O Juiz Arthur Moura, sem perder o ponto, deu a sentença no mesmo tom:
Para que eu não carregue remorso no coração,
Determino que seja entregue ao seu dono,
Desde logo, o malfadado violão.
Recebo a petição escrita em verso,
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no cartório, um violão.
Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo, que há de belo no universo.
Que seja o sol, ainda que a desoras,
E volte a rua, em vida transviada
Num esbanjar de lágrimas sonoras.
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de lua, plena madrugada,
Venha tocar a porta do Juiz.
Dr. Arthur Moura – Juiz de Direito.
sábado, 11 de julho de 2009
Terra disso e daquilo!
Na distribuição de títulos por localidades, Várzea-Alegre atribui alguns de acordo com a característica da gente de cada lugar. Terra da vantagem, terra da ignorância, terra da mentira etc. Assim é que o Sitio Chico é considerado a terra da “besteira”. Um de seus habitantes famosos colaborou para o merecimento da honraria.
Certa vez, Joaquim Vieira foi a Casa de Saúde São Raimundo receitar um filho e depois da consulta o Dr. Pedro orientou e recomendou a internação. O paciente estava sentindo febre e o medico achou interessante internar para melhor acompanhamento e observação. Joaquim concordou e depois de atender aos procedimentos normais foi a Radio Cultura colocar um aviso para família no sitio Chico comunicando a internação e sua permanência na cidade até a alta medica do filho. A atendente escreveu o aviso, conforme seu desejo, recebeu o pagamento e Joaquim Vieira procurou saber o horário que o aviso ia ser lido. As quatro horas da tarde, respondeu a atendente. Joaquim voltou a pé ao Sitio Chico e saiu de casa em casa dizendo: as quatro horas ligue o radio que vai sair o aviso!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Há muito falta respeito com a Nação.
Dilma, a mãe do PAC
Quando vi Dilma Roussef
Sair na televisão,
Com o rosto renovado
Após uma operação.
Senti que o poder transforma:
Avestruz vira pavão.
De repente ela virou,
Namorada do Brasil:
Os políticos, quando a vêem,
Começam a soltar psiu,
Pensando em 2010,
E em bilhões que ela pariu.
A mulher que era emburrada,
Anda agora sorridente
Acenando para o povo,
Alegre mostrando o dente.
E os baba-ovos gritando:
É Dilma pra presidente!
Mas eu sei que o olho grande
Está mesmo é nos bilhões,
Que Lula botou no PAC
Pensando nas eleições,
E mandou Dilma gastar
Sobretudo nos grotões.
Senadores garanhões
Sedutores de donzelas,
E deputados gulosos
Caçadores de gazelas
Enjoaram das modelos
Só querem casar com ela.
Também quero uma lasquinha,
Um pedaço de poder,
Quero olhar nos olhos dela
E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela
Mulher nenhuma há de ser.
Eu já vi um deputado
Dizendo no Cariri
Que Dilma é linda e charmosa,
Igual não existe aqui,
E, e é capaz de ser mais bela
Que a Angelina Jolie,
Diz que pisa devagar,
Que tem jeito angelical
Nunca gritou com ninguém
Nem fez assédio moral,
Nem correu atrás de gente
Com um pedaço de pau...
Dilma super poderosa:
8 bilhões pra gastar
Do jeito que ela quiser,
Da forma que ela mandar!
(Sem contar com o milhão
Do cofre do Adhemar.)
Estou com ela e não abro:
Viro abridor de cancela
Topo matar jararaca
Apago fogo em goela
Para no ano vindouro...
Fazer...um PAC com ela".
Miguelzim de Princesa.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Sarney e os amiguinhos do PT.
A bancada do PT no Senado decidiu nesta quarta-feira, 8, manter o pedido de licença temporária do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A decisão contraria pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a senadores petistas. O presidente queria o apoio do partido a Sarney por avaliar que a renúncia do peemedebista seria a pior solução. Os senadores concordam e não vão abandonar o senador, mas defendem que o afastamento é necessário até que as responsabilidades pelas irregularidades - atos secretos e envolvimento do neto em contratos de crédito consignado na Casa - sejam apuradas e os responsáveis, punidos. Em nota aprovada durante reunião que terminou nesta tarde, os senadores petistas afirmam que, durante toda a discussão sobre a crise no Senado, sugeriram que, "num gesto de grandeza e de garantia à credibilidade das investigações", Sarney se licenciasse temporariamente do cargo. Admitem, no entanto, que a licença é uma decisão a ser tomada somente pelo senador.
Nota do Blog: Neste episodio o PT mostrou bem a cara e foi deprimente. Pela manha negava apoio ao Sarney, ao meio dia apoiava para agradar ao Lula, a tarde ameaçava retirar o apoio e como aquilo nagua, terminou por não tomar nem uma nem outra posição. Pena que os paus mandados levem juntos senadores como Aluisio Mercadante e o babaca Suplicy. Talvez por esta razão o partido acabou em São Paulo. Não tem nome a candidato e està importando Ciro Gomes do Ceara para tanto.
A. Morais
Eu pensava que era o Jornal Nacional.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Cariri cangaço.
A. Morais
Inutilidade.
A ministra reconhece erro.
O ouro da Fortuna.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Reflexão.
Antes da posse:
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que.
Não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que.
A honestidade e a transparencia são fundamentais.
Para alcançar nossos ideias.
Mostraremos que é grande estupidez, crer que.
As mafias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem duvida que.
A justiça social será alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que.
Se possa governar com as marcas da velha politica.
Quando assumirmos faremos tudo para que.
Se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que.
Nossa crianças morram de fome.
Cumpriremos nossas propostas mesmo que.
Os ricursos economicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que.
Compreendam que.
Somos uma nova politica.
Depois da posse:
Basta ler o mesmo texto de baixo para cima.
A. Morais
A partilha do reinado.
O Sr. Abel era um vendedor de lenhas lá de Várzea Alegre. Certo dia ele chegou na barbearia de Vicente Cesário e começou a conversar: Onte de tarde eu tava tirando lenha na serra do Gravié e achei um reinado encantado. Quando eu desencantei o reinado era tanto do ouro, tanto do luxo e a princesa a coisa mais linda do mundo me deu logo um beijo. Depois me chamou para tomar banho na fonte, me amostrou logo o castelo, as armas, os súditos e me apresentou o rei e rainha. Ela disse ainda que toda aquela riqueza era minha. Abidom que estava sentado na ponta do banco levantou-se e foi logo gritando: Êpa! Num venha por aí não. Aquele reinado eu achei premêro. Derna a sumana passada eu desencantei ele, quando eu tava tirando pau prumode fazer tamanco, num venha querer tomar meu reinado não, qui se não, num vai dar certo. Vicente Cesário vendo o clima tenso resolveu mediar à situação: Calma pessoal, calma. O Senhor rei mandou dizer que o reinado é dos dois. Abel fica com o castelo real, a metade do ouro e a metade das armas. Abidom fica com o castelo do bosque e a outra metade do ouro e das armas. Ele mandou dizer ainda que como não pode dividir a princesa, vai mandá-la para a Europa para estudar e ser freira. Vocês estão de acordo? Os dois responderam ao mesmo tempo: Nós tamo. Nesse exato momento chegou Valeriano que foi falando já bastante zangado: E eu? Vou ficar deserdado? No ano passado quando eu tava pescando corró no riacho da Charneca, eu achei tombem um castelo lá. Vicente Cesário notando que a situação poderia piorar fez outra intervenção: Calma Valeriano. Você também é herdeiro, como você mesmo disse o castelo fica na Charneca e não pertence ao reinado do Gravié, aquele castelo era somente para hospedar a família real e os amigos do rei quando iam cassar avoantes e pescar corró. O Sr . Rei mandou dizer que você pode tomar posse dele. Ficando assim acordado os três saíram para a bodega de Afonso Carlos onde tomaram uns goles comentando a herança real. Nisso chegou Anchieta que também era desprovido de juízo e falou em tom de revolta: Mais é muito engraçado mesmo! Eu que passei seis anos sendo o bobo da corte daquele reinado, fiquei sem nada. Eu esperava que o Sr. rei me desse pelo menos a camareira real, pra eu ir brincar de toca com ela lá no Ronca.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
PT - Um retrato na parede.
Dra Dilma.
Gastos correntes.
Observador arguto da cena nacional, o economista Rogério Werneck, foto, professor titular do Departamento de Economia da PUC-Rio, é um crítico da política fiscal do governo Lula, marcada pela expansão dos gastos correntes. "Não há a menor dúvida de que a política fiscal em curso e a exacerbação do seu pior lado, no calor da campanha eleitoral de 2010, vão dar lugar a uma configuração de contas públicas delicada no próximo mandato presidencial", diz Werneck em entrevista ao GLOBO publicada na edição deste domingo do jornal. Preocupado com o que chama de desmanche do arcabouço institucional que pautou a política econômica nas últimas décadas, Werneck alerta para o risco de o país desperdiçar o que conquistou a duras penas: a estabilidade fiscal e a credibilidade dos mercados para enfrentar crises como a atual.
sábado, 4 de julho de 2009
Ainda temos força politica?
Familias e suas origens - V
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Lula impoe ao PT apoio a Sarney.
Falta ainda a conversa oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas o acerto entre o PT, o PMDB e o Palácio do Planalto está feito. Sarney permanecerá no cargo. Ao final de um dia marcado por protestos de petistas que se viam forçados a apoiar o peemedebista, o que prevaleceu foi a "ordem unida" disparada pelo Planalto, que priorizou as negociações com o PMDB em torno de uma aliança para a disputa presidencial de 2010.Sarney vive um momento delicado - o PSDB encaminhou denúncia ao Conselho de Ética da Casa, o PSOL protocolou representação na Mesa Diretora e o DEM, um de seus principais aliados, cobra seu afastamento. O motivo é uma série de irregularidades que começou a vir à tona em 10 de junho, quando o Estado revelou que o Senado utilizava atos secretos para criar cargos e nomear parentes de políticos, alguns do próprio Sarney. Um mordomo de sua filha, a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA, era pago pelo Senado e José Adriano Cordeiro Sarney, seu neto, opera crédito consignado na Casa.Ontem, da tribuna do Senado, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), deixou claro que, entre a licença de Sarney e a governabilidade, fica com a segunda opção. O encontro com Lula foi adiado para hoje por iniciativa do próprio presidente, em conversa telefônica com Sarney na manhã de ontem. Assim como dissera aos petistas que o visitaram na véspera, o senador afirmou a Lula que só ficaria no cargo se tivesse o PT a seu lado.
O senador Mercadante não vê que em São Paulo o PT chegou ao fim. Não tem um nome a apresentar como candidato. Tanto é que estão importando o Ciro Gomes do Ceara para ser o candidato, logo Ciro que sempre fez grandes elogios ao PT e ao Lula. Veja alguns deles: Quer tocar fogo no Brasil? Vote no Lula! Fortaleza é um puteiro a céu aberto, Duda Mendonça vende até um tolete de cocô, referencia a Luiziane Lins – prefeita de Fortaleza.