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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Arranca-rabo entre Yoko Ono e Maria Bonita - II

Yoko:
Quem você pensa que é
Cangaceirinha atrevida
Pra falar mal do meu Lennon,
Que defendeu sempre a vida,
Você tem é muita inveja
Por ser tão desprotegida.

Maria:
Não me sinto garantida
Nesse mundo injustiçado,
Onde o rico oprime o pobre
Com plano já bem traçado;
Pois se o Lennon quis a paz
Não chegou no meu roçado.

Yoko:
Um planeta abençoado
Foi o que Lennon mais pediu.
Criticando sempre as guerras,
Da violência, fugiu,
Não concretizando o sonho
Do nosso mundo partiu.

Maria:
Sei o quanto ele insistiu
Nessa determinação
E que utilizou o rock
Com bastante precisão
Porém, foi assassinado
Como foi o meu Lampião.

Yoko:
Neste ponto, tens razão,
Ó criatura rural!
Pois a dupla sucumbiu
Na busca de um ideal:
O Lennon buscando o bem
E o teu Lampião, o mal.


Maria:
Se ele usou o seu punhal
Na labuta do cangaço
Foi para fazer justiça
Com fé e sem embaraço
Numa afronta aos coronéis
Que mandavam no pedaço.


Yoko:
Virgem fica sem espaço
Nas andanças do teu bando
Pois o grupo em algazarra
Pela mata ia estuprando
As donzelas mais bonitas:
Era assim, de quando em quando.

Maria:
Já que queres me lembrar
De pendenga sexual
No bando de Liverpool
Tinha um rapaz genial
Que traçava gente moça
Mesmo intelectual.

Dr. Savio Pinheiro.

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