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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 30 de abril de 2020

Bolsonaro justifica porque Alexandre Ramagen na direção da Policia federal - Por Antônio Morais.


Vamos a parte do discurso do novo ministro da justiça André Mendonça do governo Bolsonaro : "Cabe a nós sermos livres e de modo especial servos capazes de por o povo em primeiro lugar.
Vossa excelência tem sido há 30 anos um profeta no combate a criminalidade". Serei um servo de vossa excelência!


O que diz Bolsonaro  para justificar o Alexandre Ramagen  na diretoria da Policia Federal : "Ele passou a ser um amigo, toma café junto, na mesa,  com leite condensado".

Boa notícia: Quadro 'Independência ou Morte', de Pedro Américo, chega à fase final de restauro

Fonte: Folha de S.Paulo, 30-04-2020


    A tela "Independência ou Morte", de Pedro Américo, chegou à fase final de restauro, que incluiu reparos na moldura e retoques na pintura. A última etapa, a aplicação do verniz, deve ser feita em 2022, perto da data prevista para a reabertura do Museus do Ipiranga.

   A restauração ficou sob os cuidados de Yara Petrella. Com a pandemia do coronavírus, a restauradora, que pertence ao grupo de risco, foi afastada de suas funções. Com isso, foi criada uma força-tarefa que concluiu o processo. O quadro, de 415 cm por 760 cm, será embalado para que tenha início a reforma do salão em que se encontra. "Independência ou Morte" é maior do que as portas e janelas do local —a tela foi montada originalmente onde está até hoje e nunca foi retirada de lá.

    Localizado no parque da Independência, em São Paulo, o Museu do Ipiranga está fechado para visitação desde 2013, quando foi detectado risco iminente de queda do forro. Ele é um dos museus da Universidade de São Paulo, sendo por isso também uma unidade de pesquisa, no caso, na área de história. As obras para ampliação e reforma do museu começaram só seis anos depois da interdição, no ano passado. O governo de São Paulo captou, via Lei Rouanet, R$ 160 milhões da iniciativa privada para a realização dos trabalhos.

O Imperador Dom Pedro I também foi o criador da Bandeira do Brasil.
Ele escolheu como cores nacionais o verde da Casa de Bragança
(de onde ele era originário)  e o amarelo da Casa de Habsburgo
 (origem da Imperatriz Leopoldina)

Reconstituição mostra verdadeiro rosto do Imperador Dom Pedro I com fratura no nariz


Edison Veiga -  de Milão para a BBC Brasil 

Inédita reconstituição facial mostra homem com nariz deformado em decorrência de suposta fratura não tratada e nunca antes descrita na literatura especializada | Crédito: Cícero Moraes

   A despeito de sua imagem de sedutor e galã, o primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro 1º, não era tão garboso quanto ilustram as pinturas oficiais daquele tempo, que estampam livros escolares e povoam o imaginário do brasileiro. Uma inédita reconstituição facial feita em 3D a partir de fotografia do crânio do monarca mostra um homem com o nariz com uma deformidade em decorrência de uma suposta fratura ocorrida em vida, que não teria sido tratada de maneira adequada e nunca descrita na literatura especializada.

    A reconstrução realista da face do imperador é resultado de um projeto idealizado pelo advogado José Luís Lira, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú, do Ceará. Ele adquiriu os direitos sobre uma fotografia realizada em 2012, quando os restos mortais do imperador foram exumados da cripta localizada no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo, para um estudo científico realizado pela Universidade de São Paulo (USP). Devidamente autorizado pela Casa Imperial do Brasil - cujos representantes, herdeiros de Dom Pedro 1º, zelam por sua memória -, convidou o designer Cícero Moraes para realizar o trabalho de reconstituição.

    As imagens foram encaminhadas ao perito legista Marcos Paulo Salles Machado, chefe do Serviço de Antropologia Forense do Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro e ex-presidente da Associação Brasileira de Antropologia Forense (ABRAF). Sem saber que se tratava do crânio de D. Pedro, ele estimou a idade como sendo de um adulto jovem - o primeiro imperador do Brasil morreu em 1834, pouco antes de completar 36 anos - de origem europeia. E cravou que o mesmo havia sofrido uma fratura no nariz. "O crânio dele tem uma deformação nos ossos nasais que sugere uma lesão, fruto de ação contundente da esquerda para a direita. Ele pode ter batido com o nariz e sofrido uma pequena fratura nessa região", disse o perito, à BBC Brasil.

    De acordo com o escritor e pesquisador Paulo Rezzutti, autor da biografia D. Pedro: a História Não Contada - o Homem Revelado por Cartas e Documentos Inéditos, não há nenhum registro de que o monarca tenha quebrado o nariz em vida. Mas quedas de cavalo eram comuns na vida atribulada do imperador. "Ele teve uma queda feia em 1824. E, alguns anos depois, teve um acidente ainda mais grave de carruagem na Rua do Lavradio, no Rio de Janeiro", pontua o biógrafo.

Jair Bolsonaro se iguala a Dilma e ao Temmer - Por Antônio Morais.


Em meio as acusações e denuncias graves, para livrar a cara do Lula, Dilma Roussef indicou o ex-presidente da republica ministro. De tão vergonhosa decisão, com  gravações e declarações  as mais sinistras o STF anulou a nomeação.


Michel Temmer, enrolado  com  denuncias de corrupção, gravações, e, assessor correndo na rua com uma mala de dinheiro, para ter o apoio do PTB indicou a deputada Cristiane Brasil filha do famigerado Roberto Jefferson que teve também sua nomeação derrubada pelo STF de tão imoral que era.


Agora o Jair Bolsonaro indica o Alexandre Ramagen, o amiguinho dos filhos, com finalidades egocentristas, que tal qual os dois anteriores novamente o STF suspendeu a nomeação.

Os casos se repetem porque os primeiros não servem de exemplo, e, prova que os presidentes são iguais na malandragem e pilantragem, não são dignos e não mereceu a representação que o povo lhe concedeu.

DIGRESSÕES DO SILÊNCIO - Por Wilton Bezerra.

Tenho pensado bastante, nestes dias de pandemônio causado por um vírus covarde, que já devia ter pegado o beco.
Mas, não, ele continua atacando à traição, tal qual um celerado em filmes de mocinho e bandido, nos tempos do Velho Oeste.
Os nossos devaneios, alvíssaras, estão liberados para que nos lembremos dos nossos parentes e amigos vivos e dos que já se foram.
Continuo andando torto no meu lado esquerdo, pelo peso das perdas que carrego no coração. Sem um Drumond, o que seria de nós, simples rábulas da escrita?
Ainda resisto à idéia de que existam no mundo, pessoas sem um único e escasso amigo. Convém, sempre, lembrar que amizade é matéria de salvação.
Infelizmente, a atual situação virótica não nos permite contato mais próximo e fraterno com as pessoas queridas.
Por infelicidade, buscamos os hospitais. E, por felicidade, ainda os encontramos, mesmo que nos limites do atendimento.

Digressionando no silêncio do porão, me fixo num pensamento que traz receita de felicidade. “Para ser feliz, é preciso ignorar a existência”.
Confesso, que a minha porção de massa cinzenta ficou chacoalhada com esse aforismo curto e grosso.
Como ignorar a existência pestilenta que nos rodeia, e conseguir, ainda, obter doses generosas de felicidade?
Fora do isolamento, estamos debaixo de um fogo cruzado, que faz a faixa de Gaza parecer lugar de repouso.
Temos um governo que se enrola todo, mesmo sem ter oposição. Não existe oposição, à vera, quando esta reúne políticos de tristes figuras.
É melhor dar uma parada nos boxes e redimensionar as estratégias do pensamento.
Nelson Piquet, tricampeão de Fórmula Um, disse que Galvão Bueno não entende porra nenhuma de automobilismo. Ói, bichim, ainda vai?
Ah! Ia me esquecendo de falar sobre solidão e saudade, palavras recorrentes nesse clima de desânimo.
A solidão é prima-irmã da saudade. As duas machucam muito o coração da gente.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Alexandre de Moraes suspende nomeação de Ramagem na PF - Por o Antagonista.


O ministro Alexandre de Moraes, do STF, acaba de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.

A decisão é no âmbito de um mandado de segurança impetrado ontem pelo PDT, por meio do qual o partido tenta impedir a posse de Ramagem, que foi marcada pelo Palácio do Planalto para às 15h de hoje.

O partido alega que, ao indicar Ramagem para o posto, Jair Bolsonaro cometeu “abuso de poder”, com o objetivo de controlar a PF.

“A vontade pessoal contida no ato coator [decreto de nomeação] é de, através da pessoa do Litisconsorte [Ramagem], imiscuir-se na atuação da Polícia Federal, sobremodo, a  do exercício exclusivo de função de polícia judiciária da União (CF, art. 144, § 1º, IV), perante esta Corte, inclusive. 

Pretende-se, ao fim, o aparelhamento particular – mais do que político, portanto – de órgão qualificado pela lei como de Estado”, diz a ação do PDT.

Últimas notícias sobre o coronavírus e a crise política no Brasil - Por Merval Pereira.


Brasil ultrapassa a China em mortes pela covid-19 e já é o nono país em total de óbitos no mundo. Bolsonaro reage: “E daí? Lamento". Espanha apresenta plano para a “nova normalidade”. STF autoriza que ministro da educação seja investigado por suposto racismo contra chineses

O Brasil é o 9º país em número de mortes causadas pelo novo coronavírus, à frente da China, com 5.017 óbitos confirmados até a terça-feira. O ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu um “agravamento” na crise. 

Minutos depois, o presidente Jair Bolsonaro se esquivou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". Enquanto o Brasil observa a escalada da pandemia em território nacional? São 71.886 casos de covid-19 registrados, o país se aprofunda na crise política. 

Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal determinou a abertura de inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por suposto crime de racismo contra o povo chinês.

“A obediência cega aos superiores costuma ser conceito mais facilmente encontrado em organizações mafiosas” - Por o Antagonista.


O delegado Jorge Pontes, ex-diretor da Interpol, defende a postura de Sergio Moro na crise que acabou levando à sua demissão na sexta-feira passada.

“Temos de reconhecer que o fato de o presidente da República ser o superior hierárquico do ministro da Justiça não implica que este deva absoluta lealdade àquele, mormente quando requisitado a desvirtuar-se da melhor conduta ética ou de ferir preceitos legais”, diz.

Ele lembra que “recentes ministros da Justiça se comportaram ora como ‘consiglieri’ de organizações criminosas governamentais, ora como dutos para vazamentos entre a Polícia Federal e a Presidência da República”.

“Definitivamente o papel de advogado criminalista do Planalto não era o que a sociedade esperava do Dr Moro, nem tampouco o que ele estaria disposto a realizar quando aceitou o convite para o cargo. Ressaltamos que a obediência cega aos superiores costuma ser conceito mais facilmente encontrado em organizações mafiosas. Não se trata então de negar obediência, mas de recusar enquadrar-se em conduta que tangenciaria a cumplicidade.”

Pontes compara o caso de Moro com o do ex-diretor-geral do FBI James Comey, demitido por Donald Trump por não aceitar submeter-se a diretrizes ilegais do chefe. “O que Comey reitera é que a lealdade à Lei é sempre superior à lealdade a um chefe, principalmente quando este comete ilícitos graves. Não existe, no serviço público, lealdade a chefe desonesto.”

“A lealdade acaba no limite da legalidade. Dr. Sergio Moro não era um simples estafeta para se calar e omitir-se diante de pedidos pouco republicanos do presidente, muito pelo contrário, estava ali para zelar pela legalidade do governo. E não foi à toa que Comey batizou seu livro de ‘A Higher Loyalty’. A ‘lealdade acima’ (do superior hierárquico) é aquela exercida para com a ética, as regras democráticas e a função social de uma instituição como a Polícia Federal, por exemplo.”

O ex-diretor da Interpol conclui sua crítica citando a autobiografia ‘Man of Honor’, do capo italiano Joseph Bonanno. “Friendship, connections, family ties, trust, loyalty, obedience – this was the glue that held us together.”. Em tradução livre, “a argamassa que nos mantinha juntos era a amizade, as conexões, os laços de família, a confiança, a lealdade e a obediência”.

“Há, portanto, motivos de sobra para que busquemos uma lealdade que transcenda as circunstâncias da política e a frieza objetiva da hierarquia.. Quando os espaços estatais são ocupados por quadrilhas, cria-se um abismo entre os interesses do governo de ocasião e os de Estado.”

Bolsonaro sobre o recorde de mortes por Covid-19: ‘E daí?’ - Por o Antagonista.


Jair Bolsonaro foi questionado agora à noite por repórteres, na entrada do Alvorada, sobre o número recorde de mortes por Covid-19 no Brasil, registrado nesta terça-feira.

“E daí"? 
Lamento, quer que eu faça o quê? 
Eu sou Messias, mas não faço milagre, respondeu o presidente.

Como publicamos mais cedo, o país teve 474 mortes registradas hoje - perdeu apenas para os EUA e o Reino Unido no total de óbitos por Covid-19 contabilizados nas últimas 24 horas.

terça-feira, 28 de abril de 2020

A população carcerária ficou feliz - Por Augusto Nunes.


Governantes devem engavetar ideias que são festejadas pelos inimigos.

Quatro vezes prefeito de Taquaritinga, Adail Nunes da Silva descobriu ao longo da carreira algumas verdades irrevogáveis. Uma delas: antes de anunciar  alguma decisão política, um governante precisa imaginar como seus adversários mais empedernidos vão receber a notícia. 

Se tiver certeza de que ficarão descontentes, deve ir em frente. Se desconfiar que poderão ficar felizes, deve engavetar a ideia.

Outra verdade que meu pai repetia: se um secretário municipal começar a destacar-se pelo bom desempenho, o prefeito não deve perder a chance de elogiá-lo em público — e transformar o elogiado em prova de que sempre soube montar uma boa equipe de governo. 

Hostilizar um aliado com popularidade crescente pode transformá-lo em candidato do partido adversário na eleição seguinte.

Direto ao assunto - Por José Newmanne Pinto.

Bolsonaro se engana com PF.

Tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, demonstraram em seus pronunciamentos de sexta-feira 24 de abril enorme desconhecimento sobre o real funcionamento da Polícia Federal. 
De fato, não se trata de uma instituição republicana, como pregava Márcio Thomaz Bastos, nem uma polícia judiciária com prática ilibada e competente. A facada no presidente quando ainda candidato em Juiz de Fora é um show de irresponsabilidade e incompetência da instituição, seja de Estado ou não, pois não conseguiu evitar o atentado e até hoje, sem base nenhuma em fatos nem na lógica, considera o terrorista que o praticou um doidinho e lobo solitário. 

A culpa é de Valeixo, que Moro encobriu, mas de Bolsonaro também. O advogado do presidente deixou passar o prazo e coonestou a absurda decisão de inimputabilidade pelo juiz de primeiro grau, E os amigões que se fingem de entendidos em segurança pública, como o futuro diretor-geral, Alexandre Ramagem, nunca o aconselharam a substituir o delegado encarregado de inquérito, da confiança pessoal do petista Fernando Pimentel. 
O diretor da Abin é tão incompetente que nem sequer avisou ao chefe que Valeixo não se reuniu com superintendentes da PF na sexta-feira. 
Que mico!



Por que Bolsonaro frita Moro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem três motivos para fritar Moro: Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. E há ainda um quarto, talvez o mais forte de todos: não quer imitar Dilma, que desprezou Eduardo Cunha e dançou, mas Temer que apostou contra Rodrigo Janot contando com a cumplicidade necessária de dois quintos dos votos na Câmara na base do eu sou você amanhã. 
Daí, seus flertes com Roberto Jefferson, em live, Arthur Lira, em selfie, Marcos Pereira, Valdemar Costa Neto, PP de Paulo Maluf com Ciro Nogueira e Gilberto Kassab, do PSD. 
Generais não seguraram Mandetta. Por que o fariam com Moro? Aliás, a frigideira é grande. O chefe da Casa Civil, General Braga Neto, deu o drible da vaca em Paulo Guedes. E Tereza Cristina está vendo sua reputação ser assassinada pelo” gabinete do ódio”.

Generais não seguraram Mandetta. Por que o fariam com Moro? Aliás, a frigideira é grande. O chefe da Casa Civil, General Braga Neto, deu o drible da vaca em Paulo Guedes. E Tereza Cristina está vendo sua reputação ser assassinada pelo” gabinete do ódio”.

“Preocupação de Bolsonaro é usar PF para blindar família e aliados”, diz Kim ao pedir impeachment.


Ao anunciar que o Movimento Brasil Livre vai protocolar o pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, o deputado federal Kim Kataguiri explicou as razões:

“O MBL considera que o presidente Bolsonaro tenha cometido estelionato eleitoral ao prometer o combate à corrupção, ao prometer uma política liberal no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios.”
No entanto, segundo Kataguiri, Bolsonaro sinalizou “que não tem o compromisso com o combate à corrupção, mas tem o compromisso de blindar a própria família, os próprios aliados”.

“O recente episódio com o ministro Sergio Moro demonstra que a preocupação de Jair Bolsonaro com a Polícia Federal é de blindar o próprio filho Carlos Bolsonaro, investigado por coordenar uma rede de notícias falsas e de assassinato de reputação na internet, o filho senador Flávio Bolsonaro, acusado de chefiar um esquema de desvio de dinheiro público por meio do salário de seus assessores, e de também blindar seus aliados e utilizar a Polícia Federal de maneira política, não para atender ao interesse público, mas para atender a interesses pessoais”, disse o deputado.

MANTO PROFANADO - Wilton Bezerra.


Podem me prender, podem me bater, que eu não mudo de opinião: as camisas de clube ou da seleção, jogam sozinhas, quando falta o bom jogador, o hino e até um apoio da torcida.
Vou repetir texto passado e reafirmar que as camisas exaltam, nas grandes vitórias, e consolam, nas derrotas.
Os mais radicais fincaram pé e acham que as camisas não podem mais ser chamadas de manto sagrado, por não serem mais imaculadas, semelhantes, hoje, à vestimenta de piloto de Fórmula Um.
Menos, menos, meus prezados. Vamos botar a bola no chão e organizar a multidão, afinal, o futebol ficou muito caro e precisa do apoio publicitário.
Só que, agora, a parada diz respeito à camisa da seleção brasileira, vestindo uns “Otacílios”, que a usam em manifestações reivindicatórias pela volta da ditadura e aplicação do AI-5, de vergonhosas memórias.
Sim, não passa pela cabeça dos irrefletidos e “desinformados”, que aquele pedaço de pano amarelo é o sudário maior do futebol mundial.
Pois esse “manto sagrado” está sendo profanado.
Navegando entre a ignorância e a burrice (são diferentes), não têm a menor idéia de que as camisas usadas por deuses dos estádios, como Garrincha, Pelé, Didi, Gerson, Nilton Santos, Jairzinho, Tostão, Rivaldo, Rivelino, Carlos Alberto, os dois Ronaldos e tantos outros, não podem vestir o ódio e a estupidez.
A seleção brasileira, como o seu uniforme, é um patrimônio da nossa cultura, um símbolo de felicidade do povo.
Ou será que as camisas que vestem os intolerantes tolos, são as da CBF, entidade que julga ser propriedade sua, a nossa seleção?
Basta observar que, quando precisa de muito dinheiro a “mentora” usa, sem parcimônia, o código de barras do escrete do povo.
Uma poesia bem popular e escrachada sobre o símbolo desrespeitado sugere o seguinte: Vade retro, capiroroto/ vai prá lá, coisas ruins/ larguem a camisa verde amarela/ seus caras de guaxinin.
Versos chulos para adoçar o choro, e não para salgar o pranto.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

"Moro só tem uma saída: cair atirando" - Por diz Merval Pereira.


"Morista", o colunista do Globo afirma que Sergio Moro não deve permanecer no governo para não se desmoralizar de vez

O jornalista Merval Pereira, apoiador do ministro Sergio Moro, diz que ele deve cair atirando do ministério da Justiça. "Se Moro aceitar a saída de Maurício Valeixo, mesmo que indique o novo diretor-geral da PF, estará desmoralizado. 

Caso tenha que pedir demissão, só tem uma saída política: cair atirando, para manter sua popularidade e, sobretudo, sua credibilidade. Se sair e se retirar para um magistério no exterior, por exemplo, terá feito um mau negócio ao trocar o papel de juiz da Lava-Jato pelo Ministério da Justiça", diz ele, em sua coluna.

Bolsonaro quer derrubar Valeixo para tentar controlar seus investigações sobre seus filhos, especialmente a que atinge o 'gabinete do ódio', comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro.


Os frutos do “Socialismo do Século XXI”: por que falta gasolina na Venezuela, país com a maior reserva de petróleo do mundo?


Por que falta gasolina na Venezuela, um país com mais petróleo que Arábia Saudita? Filas e medo crescem no país que já teve a gasolina mais barata do mundo e onde encher o tanque custava menos de um centavo de dólar

 Filas quilométricas, que duram o dia todo, em busca de alimentos, os quais, às vezes nem chegam 

Durante as últimas semanas circularam pela mídia mundial e redes sociais vários vídeos com filas quilométricas nos postos de gasolina na Venezuela. As imagens revelam a crise de abastecimento de combustível que toma conta do país desde o início de abril. À primeira vista, a situação choca com o fato de que esse país tem a maior reserva de petróleo do mundo, certificada em 302,8 bilhões de barris. No estado de Miranda, onde está localizado o Distrito Capital e a cidade de Caracas, o governo local determinou um rodízio de veículos para fazer as filas no posto de gasolina. Os carros de serviços essenciais tem prioridade na hora de abastecer.

Cena comum nos supermercados de Caracas, capital da Venezuela

A crise na Venezuela parece longe de seu fim. Hiperinflação, escassez de alimentos, caos social e moral, sem falar de  mortes de civis em protestos, fuga em massa, entre outras mazelas, ocupam o noticiário sobre o país, que já teve a maior renda per capita da América Latina. Vinte e dois anos depois de Hugo Chávez ser eleito presidente, o resultado das suas políticas socialistas é o colapso econômico do país. A comida desapareceu dos supermercados, o que forçou a população a comer cachorros, pombas, gatos e animais nos zoológicos (até mesmo os burros que outrora infestavam as estradas do estado de Falcón desapareceram; alguns foram comidos, outros morreram de fome). Uma recente pesquisa relatou que nada menos que 78% da população do país diz "sentir fome constantemente e não ter o que comer.


Fonte: Agências de Notícias

Noticias de o Antagonista - Postagem do Antônio Morais.


“Resta ao STF não amarelar diante da pressão de Bolsonaro”.

“Moro cai de pé”, diz Fernando Gabeira.
“Mas para que sua trajetória política tenha viabilidade, será necessário se distinguir de Bolsonaro, algo que não fez quando esteve no governo. O tom de seu discurso de saída é um indício de que compreendeu isto. Pelo menos se distanciou da visão atrasada de submeter o trabalho da PF aos desígnios de um presidente. O que é no fundo um crime de responsabilidade.

Moro indicou claramente que Bolsonaro teme o inquérito no Supremo. Resta agora ao STF assumir seu papel institucional e não amarelar diante da pressão de Bolsonaro.”


MBL vai ao Supremo contra nomeações de Jorginho e Ramagem.

O MBL prepara duas ações para tentar impedir as nomeações de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal e de Jorge Oliveira como ministro da Justiça e da Segurança Pública.
A alegação é de desvio de finalidade, como no caso da tentativa de nomeação de Lula por Dilma.


Apóstolo Jefferson.

Roberto Jefferson comanda a tropa de choque de Jair Bolsonaro.

Em mensagem publicada nas redes sociais, ele disse:
“Se o pau cantar, essa base do Bolsonaro é muito mais forte que esse grupo de fora da lei que cerca o Lula e essa esquerdalha bagunceira no Brasil. 

Você tem aí os evangélicos, os pastores, você pega a rede social e são os homens que começam o discurso falando em Deus.”


A PF de Pernambuco

Sergio Moro disse que Jair Bolsonaro fazia pressão para trocar o superintendente da PF em Pernambuco.
A Folha de S. Paulo explicou o motivo:
“O Planalto tem sido cobrado pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), sobre ações da polícia contra ele e familiares.
Bezerra é investigado por desvio de dinheiro público no Nordeste.”

OLHA O TEMPO - Por Wilton Bezerra.


Pelos nossos parcos dizeres e saberes ficamos a repetir, à sorrelfa, temas, frases e palavras sobre o tempo.
Fazer o quê?
“Impossivel avaliar o presente e projetar o futuro, sem os parâmetros do passado”.
Não parece, mas a frase é minha mesmo.
Quero adiantar que fiquem à vontade: só leiam esta croniqueta se esse assunto interessar.
Sendo assim, lá vai: Olha o tempo! É assim que os nossos vibrantes narradores esportivos anunciam, pelo rádio, o tempo de jogo das partidas de futebol.
A seguir, emendam com o placar da contenda, avisando sobre o tempo, implacável, que resta em busca de uma vitória, ou mesmo para evitar uma derrota.
Mas, é aquela história: para se alcançar o pretendido na vida, o tempo é imprescindível. As coisas levam tempo, e o tempo leva muitas coisas.
O tempo varre até a nossa memória. É hábito recorrente falar sobre o tempo em nossas existências, partindo-se das idades.
Idade de ouro, meia idade e “melhor idade”. Esse último estágio de vida é considerado, para os inconformados, como o melhor período para morrer.
Com o corpo e a mente, corroídos pelo tempo, qual a graça de continuar ocupando espaço, sem usufruir dos prazeres da vida?
Já outra vertente, acha que as coisas não são bem assim e que o melhor tempo de vida é aquele que nos é dado para viver.
Os mais abespinhados raciocinam que o tempo é muito escroto, por nos ignorar em sua ação arbitrária – age sem nossa autorização.
Há uma lenda que diz:
O tempo não sabe nada do passado
Desconhece o futuro.
E está condenado a um eterno presente
Me agrada particularmente o que escreveu o poeta:
Existe entre o homem e o tempo,

contradições colossais.
O homem diz e não faz
O tempo faz e não diz.
O homem traz e não leva
O tempo leva e não traz.

domingo, 26 de abril de 2020

“Deixar o governo era a única atitude eticamente aceitável” - Por Rosângela Moro.


A advogada Rosângela Moro comentou no Instagram a saída de Sergio Moro do governo.

“Dias de reflexão…. Eu lamento que, em meio a uma gigante pandemia, o foco tenha sido desvirtuado, porque acredito que a vida precisa estar acima de tudo. Sou cidadã e, ao mesmo tempo, esposa de uma pessoa que lutou fortemente contra a corrupção sob a máxima: a lei é para todos, em defesa do estado de direito.
A Lava Jato é uma conquista da sociedade brasileira.
Também somos uma família que sempre, com muita fé em Deus, defendeu valores de ética e verdade.
Nunca ofendi qualquer autoridade do país, mesmo quando discordava.
Nunca insultei ou ofendi qualquer condenado quando meu marido era juiz. Atos têm consequências e cada um responde pelos seus.
Viveremos tempos difíceis, certamente, com a propagação de ofensas e inverdades, sejam por parte de robôs ou de pessoas que discordam dos nossos valores. Mas sigo confiante de que fazer a coisa certa é sempre o caminho necessário.
Eu não poderia esperar outra atitude do meu marido; deixar o governo era a única eticamente aceitável.
Eu agradeço a todos os amigos reais e virtuais pelas mensagens de apoio e solidariedade, além das flores, dos mimos, e das orações. Família e amigos são nossas fortalezas.
Usem máscaras e se protejam. Não podemos sair iguais dessa pandemia. Precisamos nos transformar em pessoas melhores.
E eu espero o bem de todos os brasileiros. Nós aqui, ficaremos bem.”

A saída de Moro do Ministério da Justiça e a crise no governo Bolsonaro - Por Augusto Nunes,


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, 24. Em seu pronunciamento de despedida, ele disse que avisou o presidente Jair Bolsonaro que a interferência no comando da Polícia Federal seria política e que o problema não é “alguém que entra, mas quem entra”. 

Ele lembrou também que o presidente lhe deu carta branca quando ele decidiu deixar de ser juiz da Operação Lava-Jato, – foi magistrado por 22 anos – para assumir o posto. “Quando fui convidado para ser ministro, em 1º de novembro, tivemos uma conversa sobre combate à corrupção e ao crime organizado. Foi dada carta branca para nomear pessoas para todos esses órgãos, incluindo a Polícia Federal”, disse.

Dora Kramer afirma que nunca viu nada parecido e avalia que Moro saiu atirando com muita força em Jair Bolsonaro, especialmente ao falar em mentira cometida pelo governo quando disse que diretor-geral da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo, teria pedido exoneração. Moro também reclamou de uma interferência explícita de Bolsonaro no comando da Polícia Federal.

Ricardo Noblat espera também uma reação da Polícia Federal sobre a tentativa de Jair Bolsonaro de tomar o comando da corporação. Ele acredita que Moro entregou elementos suficientes para uma eventual aceitação de um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.

Augusto Nunes afirma que a decisão de Bolsonaro foi suicida e dificilmente haverá uma saída para o presidente.

Noticias de "O Antagonista" - Postagem do Antônio Morais.


“Uma linha intransponível”.

“A decisão de sair do governo caso o presidente insistisse em interferir na Polícia Federal já estava tomada por Moro desde o fim de semana”, diz Renato Onofre.
“O ex-ministro da Justiça já havia avisado assessores e subordinados próximos, entre eles o próprio Maurício Valeixo, então diretor-geral da PF, que a interferência no órgão era uma linha intransponível e não aceitaria que o presidente a cruzasse.”
Maurício Valeixo poderá confirmar isso no inquérito do STF, assim como todos aqueles que testemunharam as manobras de Jair Bolsonaro.


Tarde demais?
“Com o governo esfarelando”, diz Eliane Cantanhêde, “um militar de alta patente define o clima: ‘muita tristeza’.
Junto com o governo, esfarelam-se os sonhos de por ordem na bagunça, combater com Moro a corrupção e o crime organizado, recuperar com Guedes a economia, os empregos e a esperança. Seria impossível com um tenente rechaçado, depois um parlamentar inútil. Mas só agora eles admitem. Talvez, tarde demais para descolar as Forças Armadas do desastre”.
Sim, talvez.
Mas ainda há uma brecha: recolher os farelos com o general Hamilton Mourão e entregar um país menos bagunçado em 2022.


Só a ORCRIM comemora.
Uma pesquisa encomendada pelo Estadão mostrou que 77% dos brasileiros avaliaram de maneira negativa a demissão de Sergio Moro.
E mais:
“Entre os que se declararam eleitores de Jair Bolsonaro, a desaprovação chegou a 81%, apenas 16% nesse grupo disseram aprovar a saída de Moro.”
Só a ORCRIM tem motivos para festejar a demissão de Sergio Moro e o aparelhamento da PF.

sábado, 25 de abril de 2020

MAIS CÔMICO, POUCO TRÁGICO - Por Wilton Bezerra.

Imploro, se possível de joelhos, que não levem essa prosa como uma narrativa de objetivos políticos.
Parei de escrever sobre esse Fla X Flu em que se transformou a política brasileira nos dias atuais.
Saquei a tempo que a insensatez, de todos os lados, estava ferindo de morte a verdade das coisas.
Sofrendo do mal da desilusão, resolvi dar um basta, recolhi as armas para uso futuro, quando o clima deixar de ser insalubre.
Esquerda, direita, centro isso e aquilo, tudo passou a ser para mim um tremendo simulacro.
Chega, estou fora, não me interessa mais! Mas, tem uma coisa engraçada que tem me divertido nos últimos dias: as entrevistas diárias do presidente
Bolsonaro, diante de uma platéia formada pela “claque do cercadinho”. Não quero, insisto, falar a respeito do governo, em seus erros e acertos. Nem, tampouco, da postura inadequada ou não do presidente.

Ao chegar, diante de um pequeno ajuntamento de apoio, onde também se esgueiram jornalistas, o presidente vai logo dizendo que “não tem pergunta e quem fala sou eu”. Mais inusitado, impossível.
No discurso feito, o presidente é, algumas vezes, interrompido, quando alguém grita: “Estadista” !
Quando fala sobre demissões, a claque reverbera: “Com a caneta BIC”!
A temperatura esquenta quando alguém cita a Globo e jornais que o presidente detesta.
Aí, Bolsonaro se irrita, tal qual o aquele sujeito que “pega corda” com apelido e desce o malho.
O brasileiro adora se divertir, “dando corda” nos que se incomodam com isso.
Sem chance, no entanto, falar que isso representa uma censura à imprensa ou posição velada contrária à liberdade de expressão.
Bolsonaro continua dizendo o que quer (inadequadamente ou não, problema dele) e a imprensa segue desenvolvendo o seu trabalho.
Cortem essa, de cerceamento ditatorial. Nos EUA, o Trump desfia um rosário impressionante de mentiras e tolices, e a democracia segue lépida e fagueira com a imprensa cumprindo o seu papel.
Juazeiro do Norte teve, na década de 50, um prefeito carismático, valente e que “pegava corda”, quando algo lhe desagradava: Dr. Conserva Feitosa”.
Na inauguração de um motor para ampliar a iluminação da cidade (a luz de Paulo Afonso não existia), Dr. Feitosa ordenava, em voz alta, para ser ouvido pela multidão:“Vira o motor”!
Queria, naturalmente, que o motor fosse ligado. Só que a distinta platéia, para parecer simpática e agradecida ao prefeito, respondia: “Viva o Dr.”!
Isso se repetiu tanto, que Dr. Feitosa, “pegando corda” e puto com aquilo, esbravejou: “Liguem essa porra”!
No caso da “claque do cercadinho”, mais parece o exército de Brancaleone, apupado por onde passava. Em Brasilia, invertem-se as coisas, sendo alvos de troça aqueles que incomodam o seu governante.
Acho divertido, num cenário de chatices. Só isso.

SABEMOS QUE GOVERNAR O BRASIL NÃO É FÁCIL - Por Antônio Gonçalo.


Com todo respeito ao Moro, pelo seu trabalho como Juíz, especialmente na Operação Lava-jato, ficou algo no ar além da demissão do Diretor da PF,  para justificar seu pedido de  saída do Ministério da Justiça. 
Deixando de de lado a forma pitoresca como apresentou sua decisão à população, julgo que só o tempo irá esclarecer esses e outros episódios da política e dos meandros dos três poderes no Brasil. Afinal, quem mais dificultou e ameaçou o trabalho do Moro, quando Magistrado e como Ministro, foram o STF e o Congresso Nacional. 
No entanto, no seu pronunciamento de despedida e de justificativa da saída do cargo, relacionou apenas fatos subjetivos relacionados às querelas relacionadas com a problemática do Poder Executivo, o que, de certa forma, deixa uma lacuna para que a população entenda, de imediato, o que realmente aconteceu.
E pode ser que, levando em conta a diversidade de distúrbios acontecidos ultimamente no Brasil, um ato como o que ora está sendo produzido, faça parte de uma estratégia de representação política futura e, nesse caso, só especialistas no assunto poderão tentar nos explicar por que é tão difícil governar esse país de forma honesta.

Moro detona Bolsonaro - Por José Newmanne Pinto.


Antes de pedir demissão do Ministério de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, fez um relato completo e circunstanciado de uma ciranda de crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro. 
A começar pela demissão do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pomo da discórdia, em que o incauto cometeu crimes de responsabilidade e falsidade ideológica.

Ao pedir demissão do Ministério da Justiça e da Segurança Pública a Jair Bolsonaro, o ex-juiz Sérgio Moro delatou o ex-chefe, que cometeu infrações ao Código Penal e crimes de responsabilidade ao mentir sobre motivo da demissão do delegado da PF Maurício Valeixo : a pedido. 

E também ao usar assinatura do próprio Moro, que ficou sabendo da decisão ao lê-la no Diário Oficial. A hora é agora: ou Maia põe em votação pedido de impeachment do presidente ou o Pais será submetido a autogolpe que o capitão de gravata quer dar.

A “maldição” da República – por Armando Lopes Rafael


Há quase dois anos publiquei – em 7 de junho de 2018 – com o título acima este artiguete. Depois da decepção que as pessoas de bem do Brasil sofreram ontem, 24 de abril de 2020, com o episódio da renúncia do Ministro Sérgio Moro, vi que este escrito permanece atualíssimo. Leia e confira.


   Cenário triste e lamentável, este atualmente vivido pela republiqueta brasileira... Cenário de crises: moral, ética, política, econômica, a desaguar na crise de representatividade da atual disputa pelo poder. Compreendo quem diz “não vou votar em ninguém”. Este ano quem quiser votar terá de escolher “o menos pior”.

     A decepção com a classe política é grande! E, pior ainda, ninguém sabe quem vai ganhar o pleito para a Presidência da República. Parece até maldição. Entra Presidente, sai Presidente e nenhum é alvo – não diria de orgulho, pois já é querer demais para tempos tão caóticos como os atuais, mas, digamos, pelo menos de um mínimo de respeito, da parte do sofrido e decepcionado povo brasileiro.

        Razão teve um dos presidentes desta república (e eles são, por baixo, quarenta e dois (42), em 129 anos desde Deodoro da Fonseca), no caso o General Figueiredo (que governou o país entre 1979 a 1984), ao afirmar: “O Brasil não merece os políticos que tem”. Isso foi dito há quase 40 anos, quando não tinha vindo, ainda, à tona escândalos de corrupção (considerados os maiores na história da humanidade), institucionalizados pelos governos do PT (Lula/Dilma) – como o  “mensalão”, o “petrolão”, a roubalheira nas estatais e nos fundos de pensão, dentre outros, os quais desaguaram na Operação Lava Jato.
          Se o fato abaixo é verídico, eu não sei. Mas consta no livro “A Maldição do Imperador-Cem anos de República–1889-1989", do advogado e historiador - residente no bairro Muriti, em Crato, Francisco Luiz Soares, impresso pela Gráfica Sidil Ltda. Divinópolis-MG, 2000, página 364). A conferir:

 “Um religioso, muito amigo e íntimo de Dom Pedro II, com quem conviveu quase toda a vida, de quem era confidente e conhecedor de todas as suas lutas, dificuldades, angústias e sofrimentos, e que no calor do movimento da expulsão de Dom Pedro II e toda a sua família, vendo a injustiça contra o Imperador sendo praticada, teria dito para que muitos ouvissem:
“Maldito seja o Marechal Deodoro e todos os que o acompanharam nesse ato de injustiça, que é a expulsão do mais ilustre brasileiro, Dom Pedro II. Malditos sejam pelo uso da espada, contra um homem velho, indefeso e doente. Malditos sejam todos aqueles que ocuparem o cargo de governantes do Brasil sem legitimidade. Malditos sejam os republicanos!”.
      
            Pois é. Verídico ou não, a república e os republicanos nos legaram a situação do Brasil atual. Pelos frutos se conhecem as árvores, disse Nosso Senhor Jesus Cristo.



Depoimento do Deputado Luiz P. O. Bragança - Postagem do Antônio Morais.


Lamento a saída do ministro Sérgio Moro, que cumpriu o seu papel com o país. Continuo na missão para a qual fui eleito, defender reformas que combatam a corrupção, o totalitarismo e o comunismo.

Sou leal a estas causas e valorizo quem esteja na mesma missão. 


sexta-feira, 24 de abril de 2020

Generais manifestam preocupação com futuro do governo - Por o Antagonista.


O clima está mais para velório. Paulo Guedes  deve está sentindo que será o próximo. Foi o único que não bateu palmas. Nunca vi  gente mais  falso, covarde e mentiroso do que Bolsonaro.  Uma pena que  esses militares sejam  cúmplices  dele  na defesa dos filhos  corruptos e bandidos.

Apesar da tentativa de demonstração de apoio a Jair Bolsonaro, com a presença no pronunciamento feito após a demissão de Sergio Moro, os ministros-generais manifestaram preocupação a colegas de farda, relata O Globo.

Eles falaram de um sentimento de “perda” e de “forte preocupação” com o futuro do governo de agora em diante. A mensagem foi vocalizada especialmente por Augusto Heleno, o ministro-chefe do GSI.

Antes da demissão de Moro nesta sexta (24), o chefe do GSI já havia feito movimentos para que o ex-juiz não deixasse o governo, com a interpretação de que a gestão Bolsonaro acabaria se isso ocorresse.

Heleno, Braga Netto (Casa Civil) e  Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) ouviram de generais que estão no governo ou na ativa que a continuidade de apoio a Bolsonaro dependerá da permanência do trio.

“Quem tem medo de uma polícia técnica e independente é bandido!” - Senador Alexandre Vieira.


O senador Alessandro Vieira publicou no Twitter: “Quem tem medo de uma polícia técnica e independente é bandido! 

Estamos acompanhando com atenção e repudiamos mais esse ataque à Polícia Federal, instituição que é motivo de orgulho para os brasileiros e pilar no necessário combate à corrupção.”

Moro tem provas documentais contra Bolsonaro - O Antagonista.


As acusações de Sergio Moro contra Jair Bolsonaro estão respaldadas em provas documentais, dizem Andreza Matais e Fausto Macedo no Estadão. O Antagonista confirma que há mensagens de WhatsApp do presidente ao então ministro da Justiça.

Interlocutores do ex-ministro da Justiça relataram que ele e o presidente tiveram inúmeras conversas, pessoais e de governo –especialmente pelo WhatsApp, canal usado por Bolsonaro para dar ordens aos subordinados.

Essas fontes observaram que Moro tem uma experiência de 22 anos como juiz criminal e sabe, como poucos, que não se acusa alguém sem provas concretas.

Santos Cruz em defesa de Sergio Moro - Por O Antagonista.


O general Santos Cruz elogia Sergio Moro. E defende “PF autônoma e sem interferência política nas investigações”.
Disse - Dr Sérgio Moro, exemplo de liderança, dignidade,  firmeza e proteção da lei e das instituições. 
A PF autônoma e sem interferência política nas investigações. Uma referência de pessoa e de profissional para o Brasil.

Moro não dura no ministério - Por José Newmanne Pinto.


A quinta-feira 23 foi sacudida com uma bomba atômica no noticiário político. A Folha de S.Paulo publicou que Bolsonaro avisou a Moro que demitiria seu homem de confiança, Maurício Valeixo, da diretoria da Polícia Federal e o ministro pediu demissão. 

Aí, como soi acontecer na República de Vivendas da Barra, a turma do deixa disso entrou em ação e o assunto ficou em suspensão. 

Mas a velha lógica não dá ao ex-juiz da Lava Jato vida longa no governo. Pesam contra o diretor da PF suas atuações no inquérito sobre Flávio na Alerj e agora Eduardo na CPI das fake news. 

Além de querer ter alguém de confiança para evitar envolvimento no comício a favor da intervenção militar no domingo, todos os votos que o presidente está tentando conquistar para evitar os dois quintos que o livrariam da abertura de processos de impeachment têm muitas mágoas do herói popular do combate à corrupção.

24 de abril, dia de São Fidelis de Sigmaringa-- o co-padroeiro de Crato (por Armando Lopes Rafael)


Com as igrejas católicas fechadas, os fiéis cratenses não poderão, sequer,no dia de hoje  assistir a uma missa na festa de São Fidelis.
   Todo mundo sabe que Nossa Senhora da Penha é a padroeira principal da cidade de Crato. Poucos, no entanto, sabem que Crato também tem um co-padroeiro. Trata-se de São Fidelis de Sigmaringa. Este, antes de adotar este nome – ao se tornar franciscano – era conhecido advogado civilmente por Marcos Rey.

   Segundo seu biografo Afonso Souza: “Inteligente e aplicado, Marcos Rey fez com sucesso seus estudos na católica Universidade de Friburgo, na Suíça. De elevada estatura, bela presença, semblante sério e sereno, Marcos era respeitado pelos professores e admirado pelos condiscípulos que, por sua ciência e virtude cognominaram-no de o Filósofo Cristão”. São Fidelis de Sigmaringa foi escolhido pelo fundador de Crato– Frei Carlos Maria de Ferrara– há 280 anos – como co-padroeiro da primitiva capelinha de taipa, coberta de palha, erguida em 1740 no centro da então Missão do Miranda, embrião da atual cidade de Crato.
À esquerda A Mãe do Belo Amor, primeira devoção mariana do sul do Ceará. À direita, São Fidelis de Sigmaringa, co-padroeiro de Crato (Vitral da Capela do Santíssimo da Catedral de Crato)

   Ainda segundo o seu biografo: “Como em tudo brilhante, em breve adquiriu fama e clientela. O Dr. Marcos Rey, no entanto, preferia as causas dos pobres às dos ricos, para poder defendê-los gratuitamente. Em suas defesas, jamais utilizou recurso algum que pudesse tisnar a honra da parte contrária”. Entretanto, Marcos Rey decepcionou-se com a advocacia e decidiu a abandoná-la, ingressando na Ordem Franciscana. Percorreu a Espanha, França, Itália convertendo multidões e passou a ser perseguido pelos radicais protestantes.

    Foi à sombra do castelo de Sigmaringa, às margens do Rio Danúbio, na Alemanha, que Fei Fidelis encontrou refúgio, quando perseguido. Mas no dia 24 de abril de 1622, após celebrar uma missa, de volta ao castelo, caiu nas mãos de soldados protestantes que o assassinaram. Foi beatificado em 1729, e canonizado 17 anos depois. O Vaticano o escolheu como o Protomártir da Sagrada Congregação da Propaganda Fidei.

RECEIO DAS NOVIDADES EM TEMPOS ANALÓGICOS - Por Wilton Bezerra.


A gente, quando tem uma origem de “beradêro” (matuto), se espanta com as coisas novas e fica com receios ao se aproximarem.
Quando a imagem da televisão chegou ao Cariri, no final dos anos 1960, fui convidado por um companheiro de rádio que possuía aparelho de TV, para assistir, ao vivo, o jogo Paraguai e Brasil, direto de Assunção, pelas eliminatórias da Copa de 1970.
Como o sinal televisivo chegava por meio da CITELC (depois Teleceará e, posteriormente, Telemar), em caráter experimental, imaginei que se tratava de uma pegadinha, termo esse que não era usado naquela época.
Quando me deparei com a imagem do jogo, nítida, em preto e branco, da TV Ceará, pertencente aos Diários Associados e que retransmitia jogos da TV Tupi, foi como uma epifania.
Placar de 3 X 0 para o Brasil, sem maiores dificuldades, com a nossa seleção comandada por João Saldanha, que seria substituído por Zagalo para a Copa do Mundo de 1970, no México.
Em nossa ingenuidade de imberbes 22 anos, dizíamos, de bestas que éramos, o seguinte: “No México, por ser mais distante, a imagem da transmissão não será igual e, provavelmente, estará “chuviscada”.
Vê se pode, um negócio desse?
Quando Brasil x Tchecoslováquia se perfilaram para execução dos hinos nacionais, fiquei sem acreditar, diante das imagens ao vivo, tomado por uma emoção inexplicável.
Foi outro arrebatamento naquele instante glorioso. Já como profissional de rádio experimentado, muito tempo depois, jogos televisionados se apresentaram para mim, à princípio, como uma ameaça ao futebol Brasil afora.
Imaginava que os mais importantes jogos dos campeonatos, carioca e paulista, seriam páreos desleais, na preferência do torcedor, para os confrontos estaduais.
Como as transmissões de jogos ao vivo pela TV eram raras, essas coberturas mais freqüentes, imaginava preocupado que teríamos uma desmistificação de clubes e jogadores, num futebol mais acompanhado pelo rádio, até então.
Corríamos o perigo da banalização. O tempo e as mudanças extraordinárias das coisas, quando começamos a sair da era analógica das comunicações, dissiparam os meus receios.
Hoje, damos de cara com TV e futebol caminhando juntos, gerando receitas, sem as quais essa paixão mundial não teria como subsistir.
Em função dessa pandemia miserável, que atinge a tudo e a todos, com o barco do futebol fazendo água, federações e dirigentes de clubes se apressam em fazer a bola rolar, com televisamento de jogos realizados de portões fechados.
Recebem as cotas da televisão e perdem a renda das bilheterias. E claro, obedecendo às restrições sanitaristas impostas pela saúde pública.
São tempos em que a primazia da imagem aparece como solução para que a roda da economia volte a girar no futebol.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

A república é uma festa. E nós pagamos caro por ela – por Bruno Garschagen



Palácio do Planalto

Num país Monárquico, parlamentar e rico como a Inglaterra, o primeiro-ministro não mora num palácio, mas no terceiro piso de uma casa no centro de Londres, a 10 Downing Street onde também funciona o seu escritório e a sede do governo. Num país republicano, presidencialista e não-rico como o Brasil, o presidente da República tem dois palácios à disposição: um para morar ( Palácio da Alvorada, residência oficial) outro para trabalhar outro ( Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo Federal). Existe ainda uma terceira opção: a Granja do Torto, onde morou o General João Figueiredo durante os 6 (seis) anos em que foi Presidente da República.

Num país Monárquico, parlamentar e rico como a Inglaterra, o primeiro-ministro não tem funcionários para lhe fazer café nem cafuné. Num país republicano, presidencialista e não-rico como o Brasil, Dilma Rousseff, presidente que sofreu impeachment tinha  no Palácio da Alvorada 30 funcionários e servidores à sua disposição e gastava R$ 62 mil por mês apenas com despesas de alimentação. Dilma Rousseff achava pouco; Lula concordava com ela e um dia disse: “A Dilma vai terminar comendo em marmitex”.
Uma das várias salas do Palácio do Planalto

(O ex-presidente Lula, tem uma pensão vitalícia até o dia que morrer dentro da lei.  Hoje ele custa hoje mais de   R$ 40 mil reais por mês aos cofres públicos (e ainda tem direito a oito assessores e a dois veículos oficiais com motoristas). Antes de ser afastada da presidência pelo impeachment, as despesas de Dilma (só dela, não do seu governo) eram praticamente o dobro dos gastos da rainha Elizabeth II e da família real. Lula e Dilma não devem nem saber quanto custa um marmitex. E nós pagamos a conta.

Num país Monárquico, parlamentar e rico como a Inglaterra, quando o governo comete erros e coloca o país em apuros, o gabinete é demitido, o parlamento é dissolvido e são convocadas novas eleições. Resolve-se o problema político para não criar outros problemas ou aprofundar os já existentes.
Num país republicano, presidencialista e não-rico como o Brasil, uma presidente como Dilma pode passar mais de cinco anos destruindo o país e só será afastada se cometer crime de responsabilidade. E se o Congresso considerá-lo como tal. Mas aparelhar o governo, colocar o Estado a serviço do PT e destroçar a economia, isto pode. E sem chance de ser destituída (o).

Deve ser mesmo muito difícil viver numa Monarquia.
Palácio da Alvorada

(Este artigo foi publicado foi publicado em 2018
no site: https://monarquiaconstitucional.jusbrasil.com.br/artigos/370191065/a-republica-e-uma-festa-e-nos-pagamos-caro-por-ela)

Pátria companheira - Por Antônio Morais.

É muito triste viver em um pais cujo escândalos atribuídos ao presidente são cumprimentar pessoas, tomar refrigerante na padaria e ir a farmácia.


Bom mesmo era quando o presidente desviava bilhões dos cofres públicos, comprava parlamentares, fraudava licitações, lavava dinheiro e ocultava patrimônio.

Hoje o PT entrou no STF contra o uso da Cloroquina : "Amados miseráveis e admiráveis companheiros de estimação. Não façam uso da Cloroquina nem por decreto de Bolsonaro. Morrei sofrendo por amor a mim".
Lularápio.