O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, 24. Em seu pronunciamento de despedida, ele disse que avisou o presidente Jair Bolsonaro que a interferência no comando da Polícia Federal seria política e que o problema não é “alguém que entra, mas quem entra”.
Ele lembrou também que o presidente lhe deu carta branca quando ele decidiu deixar de ser juiz da Operação Lava-Jato, – foi magistrado por 22 anos – para assumir o posto. “Quando fui convidado para ser ministro, em 1º de novembro, tivemos uma conversa sobre combate à corrupção e ao crime organizado. Foi dada carta branca para nomear pessoas para todos esses órgãos, incluindo a Polícia Federal”, disse.
Dora Kramer afirma que nunca viu nada parecido e avalia que Moro saiu atirando com muita força em Jair Bolsonaro, especialmente ao falar em mentira cometida pelo governo quando disse que diretor-geral da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo, teria pedido exoneração. Moro também reclamou de uma interferência explícita de Bolsonaro no comando da Polícia Federal.
Ricardo Noblat espera também uma reação da Polícia Federal sobre a tentativa de Jair Bolsonaro de tomar o comando da corporação. Ele acredita que Moro entregou elementos suficientes para uma eventual aceitação de um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.
Augusto Nunes afirma que a decisão de Bolsonaro foi suicida e dificilmente haverá uma saída para o presidente.
A grande diferença entre Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro é que Moro não mente e tem provas do que fala, já começou a mostrar. Bolsonaro é falso, covarde e mentiroso.
ResponderExcluirQuando Bolsonaro diz que não deu carta branca ao ex-Juiz de Curitiba tem um vídeo do dia da escolha dizendo o contrário.
Quando diz que o Sergio Moro tentou barganhar a vaga do STF tem a mensagem da deputada Carla Zambelli, sua aliada de primeira hora, fazendo a oferta e Moro respondendo "que não está a venda". Outra mentira.
Bolsonaro confirma no seu pronunciamento : "Eu preciso receber relatórios diários para tomar posições de governo". Quem deixou de ver e ouvir?
Todo empenho do Bolsonaro está em defender os filhos bandidos e criminosos do alcance da justiça. O pior é ver um bando de generais cúmplice de um criminoso.
Segundo pesquisa do Estadão 81% dos bolsonaristas são contra a demissão do Sergio Moro.
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