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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 31 de dezembro de 2016

Um ano que já nasce velho - Por Rui Fabiano.

Ruy Fabiano.

Um retrato do que foi 2016 e o que aguarda o país em 2017 pode ser extraído de uma advertência feita por uma associação que reúne oficiais da PM e dos Bombeiros do Rio, que pediu o cancelamento do réveillon na orla carioca em face da "possibilidade da ocorrência de manifestações que, pela amplitude e quantidade de pessoas envolvidas, poderão tomar proporções violentas".

Pode ser – e talvez seja – paranoia pura. Mas o simples fato de as tensões da crise não cederem nem à tradicional trégua de fim de ano mostra em que pé as coisas estão. O país entra no ano novo com o mesmo espírito com que deixa o velho: em profundo estresse.

Quanto mais informado se está, menos se arrisca a uma previsão, façanha hoje restrita a pitonisas e pais de santo.

O país tanto pode sair da crise atravessando a pinguela institucional de que fala FHC – isto é, levando Michel Temer, aos trancos e barrancos, até 2018 -, como pode entrar numa zona de turbulência, com desobediência civil, renúncia, greve geral e mais e mais protestos violentos de rua, que podem desaguar tanto em eleições diretas antecipadas como em intervenção militar.

Ninguém arrisca um palpite; no máximo, uma torcida. Os agentes econômicos torcem pela pinguela, que propiciaria um ajuste mínimo na economia antes que o país mergulhe nas incertezas de uma campanha eleitoral. Os políticos estão divididos: a esquerda, banida do poder, quer antecipar as eleições; os demais preferem empurrar com a barriga, muitos temerosos das delações da Lava Jato e ansiosos por manter pelo maior prazo possível o foro privilegiado.

Concretamente, o que se sabe é que, já no primeiro trimestre, as 77 delações da Odebrecht devem chegar ao público. Anunciam-se, pelo que já vazou, devastadoras. Não poupam o presidente da República, seus antecessores e os que pretendem sucedê-lo; e, segundo se diz, alcançam cerca de duas centenas de parlamentares.

Se o TSE cassar a chapa Dilma-Temer, a Constituição manda que o sucessor seja escolhido em eleição indireta pelo Congresso. Mas o Congresso está igualmente contaminado por denúncias, sem qualquer condição moral de eleger quem quer que seja.

Além disso, quais seriam os candidatos? Haveria alguém disposto a um mandato de pouco mais de um ano, representando não o povo, mas um colegiado suspeito, para encarar uma economia moribunda e uma sociedade em estado convulsivo?

Falou-se em FHC, que já afastou a ideia com a veemência de quem, ocotogenário, não pretende comprometer uma biografia cuja marca, afinal, é a recuperação da economia, via Plano Real.

Uma eleição indireta, sem candidatos de peso, por um colegiado sob suspeição, produziria um presidente mais fraco ainda que Temer, mais inabilitado que ele para as reformas que reclamam urgência, no rastro da ruína econômica, social, política e moral deixada pelos quatro governos do PT.

Essa, no entanto, é a solução constitucional. Mudá-la não é tão fácil. Se a votação fosse hoje, não obteria o quórum necessário.

Esse impasse reforça a tese da pinguela, mas também de seu oposto, a intervenção militar. O país, nesses termos, continua mergulhado em total imprevisibilidade e a única bússola disponível é a da Lava Jato, que, no entanto, apena retira peças do tabuleiro de xadrez, sem repô-las. O ano novo, como se vê, já nasce velho.

“Bandeiraço” Imperial da virada do ano




Por sugestão do site Pró Monarquia, da Casa Imperial do Brasil, foi postado no face book daquela instituição uma nota  incentivando todos os monarquistas que forem participar hoje  de comemorações públicas de Ano Novo, nas ruas ou em outros locais que reúnam grande número de pessoas, levem a Bandeira do Império e fotografem.

Será mais uma oportunidade de propagarmos o ideal monárquico, nas ruas e nas redes sociais. E o fato de a Bandeira do Império tremular nas ruas na noite em que se iniciará o ano de 2017 terá um significado especial, pois, é certo, será este um ano em que teremos de tomar decisões inadiáveis quanto ao futuro do nosso País, sobretudo o crescente número de brasileiros que se volta para refletir se  a Monarquia não será a única solução natural para o oceano de problemas nacionais que desaguam no nosso dia-a-dia nesta república caótica e corrupta dos dias atuais.
(Fonte: site Pró Monarquia)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Justiça norte-americana confirma: Lula é o chefe da organização criminosa.

A justiça dos EUA confirma as provas levantadas pela força-tarefa de Curitiba. Ninguém mais pode negar: Lula não é um caso de falta de provas, mas de excesso. Augusto de Franco, no blog Dagobah:

As notícias deste final de 2016 são extremamente desfavoráveis à Lula. Não bastasse ele ter se tornado réu 5 vezes pelas mãos da justiça brasileira, a justiça americana também chegou à conclusão – aquela mesma conclusão tão contestada do Power Point do procurador Deltan Dalagnol – de que ele é o Número 1, ou seja, o chefe da organização criminosa. Não há mais como negar. Não é um caso de falta de provas e sim de excesso.

Se Lula permanecer solto será como aquele banco da piada de Emílio de Menezes, que quebrou por excesso de fundos. Um parêntesis para quem não conhece a anedota. Foi uma blague de Emílio contra uma antipática e volumosa cantora lírica portuguesa que, ao sentar no banco de um dos antigos bondes do Rio de Janeiro, fez sua estrutura de madeira ranger; ao que o poeta disse: “é o primeiro banco que vejo quebrar por excesso de fundos”).

Mas Lula não deve ser preso por vingança. Nem se lhe deve infligir sofrimentos voluntariamente. Nada disso é ético. Nada disso serve à democracia. Ele deve ser preso, simplesmente, porque continua chefiando uma organização criminosa que ainda está longe de ser desbaratada.

É preciso entender que essa organização não é propriamente um arranjo ilegal de dirigentes de empresas e de órgãos do Estado montado para delinquir, roubar, pagar propina, desviar dinheiro público. Esses são apenas alguns meios de que a organização criminosa lançou mão para atingir seus objetivos.

A organização criminosa em questão não é uma associação de bandidos comuns. É uma organização política, de bandidos políticos (que cometem crimes contra a democracia, no Brasil e no exterior). A organização criminosa é a direção do PT (o “partido interno”) sob o controle de Lula e Dirceu.

O objetivo dessa organização política criminosa era tomar o poder a partir do governo para nunca mais sair do governo. Era, em outras palavras, bolivarianizar – embora à brasileira – o nosso regime político, enfreando a democracia. Esse objetivo foi frustrado, mas não porque a organização tivesse sido desfeita. Não foi. Enquanto o PT puder continuar atuando legalmente sob a chefia de Lula, a organização continuará existindo. E delinquindo.

GERALDO ALCKMIN reedita decreto para proibir políticos em administração de estatais.

Em nova versão, governo acrescentou a proibição para dirigentes partidários e parlamentares ocuparem cargos de administração e conselho fiscal nas empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) reeditou nesta sexta-feira, 30, o decreto que regulamenta a Lei das Estatais no governo de São Paulo proibindo que dirigentes partidários e parlamentares ocupem cargos de administração nas empresas. A primeira versão do decreto, da segunda-feira, 26, desconsiderava a proibição de políticos na administração de estatais.

No decreto corrigido e publicado nesta sexta no Diário Oficial do Estado, o governo acrescentou a proibição para dirigentes partidários e parlamentares ocuparem cargos de administração e conselho fiscal nas empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões, conforme orientado pela lei federal sancionada em junho pelo presidente Michel Temer (PMDB).

EU, A GROTA E O CORPO DE MARIA - Por Sálvio Siqueira

No amanhecer do dia 28 de julho de 1938, uma quinta-feira, Maria Bonita deixa a tolda e segue, descendo rumo ao poço do tamanduá localizado no leito do riacho Angico, próximo ao acampamento, distando, mais ou menos, entre 80 e 100 metros. Com ela, ou mesmo na sua frente, segue um cangaceiro chamado Amoroso.

A tropa foi dividida no Alto das Perdidas pelo comandante João Bezerra, o Aspirante Ferreira de Melo, segue com sua volante, no sentido nordeste daquela posição. Chegando à margem esquerda do riacho, desce a barreira e segue com parte dos homens. O cabo Bertoldo, que fazia parte da sua coluna, permanece na margem, sobre a barreira, com o restante dos volantes. O Aspirante e o Cabo seguem agora rumo ao sul, sempre subindo. Ferreira de Melo, às vezes no leito seco do riacho, às vezes na margem direita, sempre no sentido contrário o caminho das águas, que no tempo das cheias, serve de calha natural rumo ao “Velho Chico”, e seu imediato fazendo o mesmo sentido, só que sobre a barreira esquerda.

O cangaceiro Amoroso, está muito próximo da coluna, tinha ido buscar água no poço do Tamanduá, d’uma moita, de repente, escuta um estampido de uma arma de fogo, tão perto que quase estoura seus ouvidos. O tiro fora disparado pelo soldado Abidon Cosme dos Santos, e o mais incrível é que ele erra o alvo.

Maria, muito próxima do cangaceiro e do poço, escuta o disparo e em seguida, sente uma dor dilacerante na altura da barriga... Cai, ergue-se, dá meia volta e tenta correr no sentido da tolda onde estaria a salvação, onde estava seu amado, seu protetor, o “Capitão Lampião”. Nisso recebe o impacto de mais um projétil em suas costas. Cai novamente, mas não morta, a “Rainha do Cangaço”, agoniza, mas está viva. O tiroteio toma conta do acampamento...


Há duas versões sobre como Maria Gomes de Oliveira, Maria de Déa, a Maria Bonita teria sido morta e decapitada. Dois volantes da coluna do Aspirante Ferreira de Melo, tomam para si, cada qual com sua versão, a responsabilidade da morte da “Rainha do Cangaço”.

Grota do Riacho Angico

São eles, Antônio Honorato e José Panta de Godoy. Honorato, além de dizer que matou Maria, ainda afirma ter sido ele a ter matado Lampião. Panta Godoy relata ter atirado duas vezes em Maria. Uma vez quando ela vinha de frente, e ele estava por detrás de uma pedra, atingindo-a na altura do abdômen, e a outra quando a mesma se levanta e tenta correr na direção onde estava Lampião, e ele a acerta nas costas. Relatos nos dizem que Maria, segundo o próprio soldado Godoy, mesmo com duas balas de fuzil no corpo, ainda estava viva quando o mesmo se aproximou dela estirada no chão. Ainda disse o militar que ela pediu pela vida, mas, ele saca do facão e decepa sua cabeça, cortando seu pescoço. Também há citações por alguns autores de que o corpo da “Rainha do Cangaço” fora profanado mais ainda, pois fora colocado um pedaço de pau em sua vagina.



O aspirante Ferreira de Melo, em entrevista ao jornal Gazeta de Alagoas, edição do dia 14 de dezembro de 1965, disse:

“Maria Bonita, com o fato todo de fora, pronunciava palavras incompreensíveis, arrancadas com esforço de moribundo.”

Quando, naquele local estou, sinto uma energia negativa muito forte e, acredito, que todos que sabem o que ali ocorreu e visitam-no, também a sentem.

Em uma das minhas visitas a grota do riacho Angico, estando, dessa vez, acompanhado pelos amigos, estudiosos do tema, Edinaldo Leite e Gilmar Leite, estávamos estudando o terreno do ataque, onde, provavelmente ocorreram as mortes e decapitações, quando, ao chegar junto a uma pedra, um deles fez uma captura fotográfica sem que percebesse.

Mais tarde, Edinaldo Leite, faz daquela imagem, uma que retrata o que imaginava ter ocorrido, naquela manhã, e em determinado momento. Imaginava o sangue dos corpos seguindo, ou tentando seguir, o caminho que as águas do riacho fizeram por tantos e tantos anos.

“Eita! farra boa siô”: empresa de filho de Lula recebeu R$ 103 milhões segundo laudo da Lava Jato

Fonte: Folha de S.Paulo  – Felipe Bachtold
Lulinha é filho da  "Alma viva mais honesta desse País" (SIC)

Os principais financiadores da empresa Gamecorp, que pertence a um dos filhos do ex-presidente Lula, injetaram na firma ao menos R$ 103 milhões, de acordo com laudo elaborado na Operação Lava Jato. A cervejaria Petrópolis e empresas ligadas à Oi são os principais remetentes desses recursos.
Companhias como a Oi Móvel e a Telemar Internet, ligadas à empresa de telefonia, colocaram um total de R$ 82 milhões na empresa, em valores não corrigidos.
A Oi, que neste ano fez o maior pedido de recuperação judicial do país, já havia investido R$ 5,2 milhões na Gamecorp em 2005, ainda com o nome Telemar. A empresa, responsável pelo canal Play TV, está em nome de Fábio Luís Lula da Silva e dos sócios Kalil Bittar, Fernando Bittar e Leonardo Badra Eid.
A defesa de Lula afirma que a companhia de telefonia é acionista da Gamecorp.
O laudo foi elaborado pela Polícia Federal e não traz conclusões a respeito desses repasses. Está anexado a um dos inquéritos sobre o ex-presidente na Lava Jato.
A análise não especifica as datas de pagamentos. Entre os financiadores, também está o iG, Internet Group do Brasil, que pertenceu à Oi até 2012. A empresa de Fábio Luís foi constituída em 2004.
O aporte de 2005 foi objeto de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, mas o caso acabou arquivado em 2012.
A Oi tinha como uma das controladoras até 2014 a holding da empreiteira Andrade Gutierrez e aparece em outros episódios da Lava Jato.
Uma outra investigação relacionada a Lula, por exemplo, apura a instalação de uma antena da companhia telefônica próxima ao sítio em Atibaia (SP), que tem Fernando Bittar como um dos proprietários.

Os cães que tinham fé

A matéria abaixo foi publicada na Internet há cerca de 20 anos. Mas, talvez, ela seja apropriada à leitura – mesmo de poucos privilegiados – dos tempos de hoje. Nesta quadra de festas que domina nossa sociedade, motivada pelo final de mais um ano, quiçá esta leitura seja oportuna para os dias atuais, onde predominam a indiferença religiosa e o relativismo moral e ético... 

Na noite do último dia de sua visita aos Estados Unidos, em outubro de 1995, o Papa João Paulo II havia programado na sua agenda um encontro com os seminaristas, no Seminário de Santa Maria, em Baltimore. Tinha sido um dia muito cheio, que começou com uma missa no Oriole Park, em Camden Yards; um desfile pelas ruas do centro; uma visita à Basílica da Assunção, a primeira catedral do país; almoço em uma cozinha  administrada pela Associação Catholic Charities; um período de oração na Catedral de Maria Nossa Rainha, ao norte de Baltimore; e, finalmente, uma rápida parada no Seminário de Santa Maria.
A visita seria breve, pois o plano era simplesmente cumprimentar os seminaristas na escadaria do Seminário. Mas o Papa quis conhecer o edifício. Seu plano era primeiro fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento.

Quando seus desejos foram dados a conhecer, a equipe de segurança rapidamente entrou em ação. Eles vasculharam o edifício, prestando muita atenção na capela onde o Papa estaria rezando. Para este fim, cães altamente treinados foram usados para detectar qualquer pessoa que poderia estar presente.

Os cães eram treinados para localizar sobreviventes em edifícios desmoronados após terremotos ou outros desastres. Esses cães, ansiosos, rapidamente vasculharam os salões, escritórios e salas de aula e foram, em seguida, enviados para a capela. Eles percorreram os corredores, passando pelos bancos e, finalmente, chegaram à capela lateral, onde o Santíssimo Sacramento estava presente.

Quando chegaram diante do Sacrário, porém, eles pararam e ficaram olhando fixamente, como procedem quando detectam uma pessoa escondida entre escombros. De olhos fixos no Sacrário, eles cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local. Eles estavam convencidos de que descobriram ALGUÉM lá. Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.
Sabemos, nós os católicos, que eles estavam certos; os cães treinados sentiram verdadeiramente UMA PESSOA viva no sacrário!
(Postado por Armando Lopes Rafael)

Sinceridade matuta - Por Coronel José Ronald Brito.


Açude Thomáz Osterne de Alencar - O Umari.

Na localidade do Umari,  perto da Catingueira, entre Ponta da Serra e Boqueirão, em Crato - Ceará, moravam duas descendências muito unidas, amizade essa já selada por um compadrio.

Numa delas existia um menino muito ativo, que as noticias de suas traquinagens já ultrapassavam os limites  do lugarejo.

Certo dia, a comadre querendo ajudar a mãe do diligente, advertindo-a, mais sem querer melindrá-la,

Saiu-se com esta : Comadre, esse seu menino é tão agoniado que não vai servir nem para ser doido!

O MAIOR ANALISTA - Luiz Gonzaga da Silva


Se você notar que seu coração está cheio de impurezas, rancor, às vezes ódio, cobiça, egoísmo, maus pensamentos, idolatria, ofensas, falsidade e até blasfêmia...

Está precisando de um especialista, ou melhor, de um analista, porque você precisa de um desabafo: Deitar e tendo a impressão de que alguém está  ouvindo você. Então você fecha os olhos, deixa a mente no vazio e o seu subconsciente ouve: “Vem! Deite-se no divã ou sofá, que vou escutá-lo e depois darei a minha receita.” “Abra  seu coração! Coloque tudo o que o perturba, o incomoda, o magoa, lhe tira a paz, para fora.” “Liberte-se! Não tenha vergonha de se desnudar diante de MIM. EU sou o analista que pediu. Conheço até a essência do material de que foi criado.”

“EU tenho poder e capacidade de auxiliá-lo para que se liberte da opressão que as impurezas impõem.” “Vou fazer com você uma regressão, não somente até o ventre de sua mãe, mas até o princípio de sua história.” “Pronto! Você viajou muito! Eis o princípio: Observa a paisagem.

Sorri? Está admirado?

Pois isto é apenas uma pequena mostra do que o espera, quando do retorno, após o cumprimento de sua missão. É mais do que o quíntuplo de beleza, do que está diante de você.” “Diga-me agora: É ou não é ilusório, tudo isso que deixou dominar seu coração?”

“Quando retomar o caminho novamente, livre-se de tudo o que avilta e oprime, encha  seu coração de caridade, analise a abrangência do amor, faça-o arraigar-se no peito, deixa-o contaminar todo o seu ser.” “E se nuvens escuras tentarem toldar o sol da sua esperança, lembre-se de MIM e das coisas belas que viu.”

“Se  faltar forças para transpor um obstáculo, ME chame. Olhe bem firme nos MEUS olhos que EU o atenderei e o cumularei de bênçãos.”

“EU sou seu desejo de superação, a sua esperança, o seu escudo. Estou dentro de você”.

Descubra-me!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

“Financial Times” diz que Odebrecht é máquina de suborno brasileira


Londres, 28, 28 - Numa longa reportagem com várias fotos e gráficos, o site do jornal britânico Financial Times–FT trouxe nesta quarta-feira, 28, mais um recorte da corrupção no Brasil. Com o título "Odebrecht: uma máquina de suborno brasileira", a publicação cita que uma multa recorde por pagamentos ilegais levanta esperança de um fim para uma cultura de impunidade no País.

O periódico lembra que a empreiteira foi responsável pela renovação do estádio do Maracanã (Rio de Janeiro) para a Copa 2014, desenvolveu uma das maiores hidrelétricas da África e construiu um porto de US$ 1 bilhão em Cuba. "Mas agora a Odebrecht, o maior grupo de construção da América Latina, corre o risco de ser mais conhecida por criar uma das maiores máquinas de suborno da história corporativa."

O FT cita que, na semana passada, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos descreveu a operação, que canalizou quase US$ 788 milhões para políticos e funcionários de uma dúzia de países, como um "esquema de corrupção e suborno incomparável". A empresa terá agora que pagar uma multa recorde de pelo menos US$ 3,5 bilhões. O escândalo que destruiu a Odebrecht e ameaça derrubar políticos no Brasil teve um início discreto na divisão de operações estruturadas da empresa.

Com trechos de depoimentos da secretária da empresa Maria Tavares, o jornal cita pagamento para políticos e funcionários públicos que se estende de Brasília a Maputo, em Moçambique. A operação, que teve início em 2001, era sofisticada, conforme descreve o Financial Times. Contava com computadores e sistemas de e-mail separados, códigos para beneficiários e, mais tarde, até a compra de um banco, o Antígua, onde os corruptos podiam abrir contas e receber pagamentos diretos.

A publicação dá mais detalhes sobre como as operações ocorriam e comenta que sua existência por tanto tempo e em tantos locais tem abalado a realização de negócios do Brasil. "Jamais o sistema político e econômico foi atingido tão profundamente", disse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ao FT.

A reportagem também salienta que, como muitos pagamentos foram feitos por meio de sistemas bancários legítimos, o escândalo também levanta questões sobre requisitos globais de conformidade, particularmente no mundo em desenvolvimento, onde a Odebrecht pagou dezenas de altos funcionários públicos. Segundo o jornal, o episódio também é uma ameaça para o governo do presidente Michel Temer, que tenta reativar a economia.

O periódico informa aos leitores que depoimentos detalhados foram dados por cerca de 80 executivos da empreiteira, incluindo seu ex-presidente executivo da família fundadora, Marcelo Odebrecht. O conteúdo ainda não foi divulgado. Vazamentos, no entanto, citam implicação de Temer e do PMDB, que negam envolvimento. "A investigação da Odebrecht e uma investigação mais ampla sobre a corrupção por grupos de construção e políticos na estatal Petrobras, conhecida como Lava Jato, estão mudando a cultura da impunidade no Brasil".
O FT traz também um pequeno perfil de Marcelo Odebrecht, neto do alemão Norberto, que fundou a empresa. O grupo, cita a reportagem, emprega 128 mil pessoas de 70 nacionalidades e opera projetos que vão desde portos, barragens, redes de metrô, rodovias e uma base de submarinos nucleares em países como Estados Unidos, Angola e Panamá.

Do seriado “Caos da República”: Lava Jato – Palestras de Lula para cervejaria estão sob investigação


A frase abaixo foi escrita pelo dono da Cervejaria Petrópolis, Walter Faria, no dia 13 de novembro de 2013, em e-mail enviado para Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula. A frase foi esta: “Se o Presidente (Lula) puder falar que: “A cerveja Itaipava por ser 100% brasileira, é sua cerveja preferida” como ele falou na palestra de Atibaia: “Não bebo muita cerveja, mais quando bebo é Itaipava”, seria ideal para nos dar força na chegada da marca (no Estado) da Bahia.”
Ontem, dia 28, as agências de notícias informam que o e-mail acima citado foi apreendido pela Operação Lava Jato e registra “frases de propaganda a ser faladas” por Lula, no evento, a pedido do contratante a título de “palestra”, segundo interpreta a Polícia Federal, no laudo Nº 1.233/2016.

Mas a coisa é mais profunda: A Polícia Federal e o Ministério Público Federal, em Curitiba, investigam se as palestras feitas por Lula ocultaram propinas de empresas que eram beneficiadas por ele, em negócios com o governo, especialmente na Petrobras. Entre 2011 e 2016, a LILS recebeu R$ 28 milhões, revelou quebra de sigilo da empresa. Quase metade disso, pago por empreiteiras acusadas de corrupção - quatro delas com delação premiada, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, UTC e Odebrecht.

Interessante é que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, cujas “palestras” estão sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, é o mesmo que ganhou um elogio do presidente dos EUA, Barack Obama, em 2009.  Ao encontrar o presidente brasileiro durante almoço que fez parte da reunião de líderes do G20 (grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento), em Londres, na Inglaterra, o presidente Obama afirmou que Lula "é o cara" e que o presidente brasileiro é o "político mais popular do mundo".

O “Mais popular do mundo” Lula nunca foi. Durante algum tempo Lula encantou apenas a massa ignara e os professores das universidades públicas brasileiras.

Bom não esquecer que, neste ano, a Universidade Regional do Cariri–URCA tentou ressuscitar um título de “Doutor Honoris Causa” para Lula. Mas a repercussão junto à opinião pública dessa ressurreição foi tão negativa, e houve tantos protestos (até pela Internet) que a bajulação foi cancelada.

Hoje sobre a Reitoria da URCA só se fala na “ocupação” feita naquela universidade por um magote que “protesta” contra a reforma do ensino médio projetada pelo Governo Federal. Já faz um tempão que a reitoria foi ocupada. E continuará sendo, pois a população é tão indiferente a esta pseudo “ocupação” que se os ocupantes quiserem ficar eternizados por lá, não faça cerimônia. Façam da reitoria sua nova residência. O povo não está nem aí...
(Postado por Armando Lopes Rafael)

Comentários  
Jorge Luís - A ocupação das universidades e  escolas no Brasil  representa muitas coisas, dentre as quais a mais importante é a sinalização de que a educação pública  na República Federativa do Brasil é um fracasso total. Aliás, não unicamente o  fracasso da educação , mas torna visível a  frouxidão do governo e da policia no Brasil. a maioria imensa da população brasileira prega o fim do direito de greves no setor público (EDUCAÇÃO, SAÚDE, POLICIA , ETC.) . Essa falsa “ocupação” mostra que já passou da hora de se lutar por direitos de classe sem prejudicar o direito da sociedade

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Pela Varig - Por Roberto Bulhões



Essa, eu estava na hora em que Luiz Gonzaga chegou ao gabinete do prefeito de Juazeiro do Norte - CE, Manoel Salviano, em 1985.

Dispensando qualquer cerimônia e simples como ele só, entrou acompanhado por alguns funcionários que o admiravam e foi dizendo:

“Prefeito, estou chegando do Rio de Janeiro pela Varig e antes de seguir pro meu Exu, vim lhe fazer um pedido muito importante”.

O prefeito já estava de pé e foi logo abraçando Gonzaga e respondeu imediatamente: “Pode pedir seu Luiz. Um pedido seu aqui na terra do Padre Cícero é uma ordem!”.

Gonzagão foi enfático e praticamente deu um ultimato ao prefeito:

Em nome do povo de Juazeiro e do meu Padim Pade Ciço Romão Batista, faça uma correspondência à Direção da Varig e peça que a Companhia determine aos seus pilotos, que quando vierem para pouso em Juazeiro do Norte, procedam da mesma forma como procedem no Rio de Janeiro! 

Lá, Salviano, eles, os pilotos, fazem questão de anunciar que, do lado tal da aeronave, está o monumento do Cristo Redentor. Por que não fazer o mesmo procedimento em Juazeiro, dizendo que ao lado esquerdo da aeronave está o monumento ao padre Cícero?...

Não deu outra: A solicitação foi feita no mesmo dia, a Varig, através do seu presidente Hélio Smith, que determinou o procedimento.

E, a partir desse dia, em todas as aeronaves, no momento do pouso, os pilotos falavam o jeito que Gonzagão pediu da seguinte forma:

Senhores passageiros, estamos procedendo a um pouso normal, de escala, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. 

Do lado esquerdo da Aeronave os senhores podem observar a magnífica estátua do Padre Cícero Romão Batista, Padroeiro da cidade e de todo o Nordeste!

Sejam bem-vindos e... Viva o Padre Cícero!"

Fonte - Blog Mendes Mendes.

UMA CERCA NO MUNDO DE DEUS - POR LOURDES MORAIS CEZAR.


Parecia uma visão. Uma visão de sonhos!
Aquele cacho de bananas, caído no chão, lhe enchia os olhos. Dava até para sentir o gosto da banana madura na boca!

Mas, uma cerca os separava:de um lado, o menino. Pé no chão, água na boca. Do outro, aquela penca de bananas a lhe chamar. O menino pisava em suas terras, mas as bananas estavam nas terras do tio. Uma vontade louca foi lhe subindo pelo corpo e embaralhando seus pensamentos. Seria necessário apenas um minuto. Em um minuto, poderia pular a cerca e as bananas seriam suas.

A vontade ficou tão grande que ele não via mais nada. Somente o amarelo ouro das bananas brilhando na sua frente. Pois ele foi.pulou rapidinho a cerca e agarrou com as duas mãos o tesouro valioso. Foi aí que escutou, como se estivesse despertando de um lindo sonho: Que é que tu tá fazendo, cabra? Querendo pegar o que não é seu?

Virou  rapidamente a cabeça  e viu os pés do tio bem ao lado da bananeira. Nem teve coragem de levantar a cabeça, saiu em disparada,correndo como nunca e só foi parar quando teve a certeza de que estava seguro.

A vontade de comer foi vencida pelo medo. Medo do tio, e medo que seu pai soubesse, pois aí levaria uma surra das grandes! Mas,o segredo ficou guardado entre os dois. Apenas o sol foi testemunha daquela tarde. Tarde da qual o menino jamais se esqueceu!

Mas, naquele dia, ele, na sua inocência de criança, já sabia uma lição que o tio ainda não aprendera(e que talvez não tenha aprendido nunca): Que, apesar das cercas que existem, nesta vida não somos donos de nada, e nada levaremos dela, além do amor e do bem que fizermos a alguém.

MARIA BONITA! - Por José Mendes Pereira


Por que a Maria Gomes de Oliveira a Maria Bonita tão bonita que era e poderia muito bem ter sido esposa de um homem de posição social, quis fazer parte do cangaço, um movimento social totalmente desastroso que era?

01 - Amor não correspondido? 
02 - Paixão sem esperança? 
03 - Rejeição por parte do Zé de Neném?
04 - Vingança, porque o seu companheiro não lhe via como sendo sua amada esposa?
05 - Exigia liberdade?
06 - Sofrimento?
07 - Ódio acumulado contra o seu companheiro sapateiro?
08 - Queria ser mãe e via a impossibilidade de ser?
09 - Cônjuge sem esperança para o futuro?
10 - Carente de amor?
11 - Seu companheiro não satisfazia as suas necessidades sexuais?
12 - Ilusão pela Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia?
13 - Paixão pelo homem que o viu pela primeira vez e se apaixonou?

Para refletir.


Um senhor de idade foi morar com seu filho, a nora e o netinho de 4 anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão, embaçada, e seus passos, vacilantes.

A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô atrapalhavam na hora de comer. Quando pegava o copo, o leite era derramado na toalha da mesa e o filho e a nora irritavam-se com a bagunça. Então  decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.

Ali, o avô comia sozinho, enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação e, desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida passara a ser servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali, sozinho, às vezes via lágrimas correndo de seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe dirigiam eram admoestações ásperas - especialmente quando deixava um talher ou a comida cair ao chão.

Seu netinho, o menino de 4 anos de idade, assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que ele estava no chão, montando algo com pedaços de madeira, então perguntou delicadamente o que estava fazendo. O menino respondeu, docemente: Estou fazendo uma tigela para você e para a mamãe comerem, quando eu crescer. E continuou trabalhando em sua tigela.

Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que ficaram mudos. Caindo em si, lágrimas começaram a correr de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, o casal sabia o que precisava ser feito: naquela mesma noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias, o velhinho comeu todas as refeições com a família.  E, por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa sujava com o caldo de feijão.

SEM SAÍDA PARA OS DOIS LULINHAS. SITUAÇÃO COMPLICOU DE VEZ



Além de si próprio e da ex-primeira dama sob investigação, Lula tem também dois filhos um tanto encrencados. Os dois Lulinhas são Fabio Luis e Luis Cláudio.

O primeiro, mais velho, apareceu há mais de dez anos no noticiário quando sua empresa, a Gamecorp, foi parcialmente comprada pela Oi (antiga Telemar), em situações um tanto conturbadas, para dizer o mínimo. O caso voltou à tona diante da hipótese de delação premiada do presidente da Andrade Gutierrez – a construtora controla a empresa de telefonia.

Segundo reportagem da Veja, Lula teria pedido que a Oi/Telemar comprasse 30% da empresa de seu filho e, anos depois, a legislação do setor foi modificada, permitindo uma fusão que beneficiou a empresa de telecomunicações. Depois disso, membros do governo teriam exigido mais ajuda financeira da Andrade Gutierrez.

O outro Lulinha é Luis Claudio, cujas empresas foram alvo de busca e apreensão pela Operação Zelotes, que investiga o escândalo de venda de Medidas Provisórias (MPs são dispositivos legais emitidos pela Presidência da República). Nas investigações, descobriu-se que o outro filho de Lula recebera R$ 2,5 milhões por uma consultoria copiada da Wikipedia – a pedido de empresa investigada pelo esquema.

Como se a situação não estivesse complicada o bastante, agora surge uma carta do lobista Mauro Marcondes Machado, atualmente preso, na qual informava ao presidente da Scania que seria ligado a Lula e integrantes do alto escalão de seu governo. Pois bem: em 2008, o então Ministro do Desenvolvimento levou demanda da Scania a Lula e ela foi atendida, cancelando norma ambiental mais rigorosa. A PF destaca a atuação de Machado na mesma Operação Zelotes.

O CORONEL DOS CORONÉIS - Por Dilton Cândido Santos Maynard

A incrível vida de Delmiro Gouveia, audacioso mártir da indústria nacional.
    
Era um homem temido e extremamente sedutor. Dizem que tinha ímã nos olhos e detestava gente preguiçosa. Quando ia à cidade, vestia-se elegantemente, com direito a bengala e cartola. Estava sempre perfumado. No sertão, manejava com habilidade o chicote e sabia fazer-se respeitar. Em todo o Nordeste, chamavam-no coronel Delmiro Gouveia, ou simplesmente “coronel dos coronéis”.

Em meio à pobreza e ao atraso do sertão, Gouveia criou a usina hidrelétrica Angiquinho, encravada nas paredes de uma cachoeira, para obter eletricidade das águas do Rio São Francisco. Com a energia, impulsionou a Companhia Agro-Fabril Mercantil (CAM), conhecida como Fábrica da Pedra — a primeira a produzir linhas de coser no país.

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia nasceu em 5 de junho de 1863 em Ipu, Ceará. Órfão de pai, mudou-se ainda criança para Recife. Depois de perder a mãe, em 1877, caiu no mundo, dedicando-se a vários ofícios: foi tipógrafo, trabalhou na Brazilian Street Railways Company, virou mascate e chegou a despachante de barcaças no Cais de Ramos. Por fim, ingressou no negócio de peles de bode, carneiro e cabra, criando, em 1896, a Delmiro & Cia. Segundo o escritor Graciliano Ramos (1892-1953), Gouveia “adquiriu tanta habilidade que poderia, segundo afirmam os tabaréus, esfolar uma cabra viva sem que ela percebesse que estava sendo esfolada”.

Atacando ferozmente a concorrência, em pouco tempo o jovem empresário figurava nos jornais como o “Rei das Peles”, tornando-se o único exportador de couros do Nordeste para os Estados Unidos. Os lucros lhe trouxeram uma vida de fausto: sua residência, a Vila Anunciada (assim batizada em homenagem à primeira esposa), foi transformada em um espaço para grandes festas e saraus.

Apesar de não vir de família tradicional e de possuir pouca instrução, Gouveia tornou-se presidente da Associação Comercial de Pernambuco. Seu figurino era elegante: ditou moda com os “colarinhos Delmiro Gouveia”, tinha um apreço todo especial por roupas brancas e perfumes importados. A fama de negociante próspero logo foi acompanhada pela de galanteador que enviava rosas e bilhetinhos apaixonados às amantes.

Delmiro visitou a Exposição Universal de Chicago, em 1893, e voltou de lá com a cabeça cheia de idéias. Provavelmente, a experiência inspirou-lhe a criação do Derby, um mercado com 129 metros de comprimento por 28 de largura, 18 portões, 112 janelas e venezianas, e um restaurante. Funcionavam no Derby 264 boxes, todos com balcões de mármore, onde se vendiam hortaliças e verduras.

Os visitantes que desembarcavam no porto de Recife eram transportados pelo leito do Rio Capibaribe para um hotel construído próximo ao mercado. Mas a grande atração era mesmo a iluminação elétrica, inédita na cidade. O público lotava o mercado para experimentar os carrosséis e divertir-se com as barracas de prendas, o teatro, as regatas, além do velódromo para ciclismo. Para muitos, o Derby foi a versão pioneira de um shopping center no Brasil.

Do prefeito José Coelho Cintra (1843-1939), Delmiro Gouveia obteve isenção de impostos e outros favores, mas os privilégios não foram suficientes para que mantivesse o empreendimento por muito tempo. No dia 2 de janeiro de 1900, o Derby ardeu em chamas. O misterioso incêndio teria sido uma resposta à ousadia do empresário, que eliminava intermediários baixando os preços, e certa vez chegou a atacar a bengaladas o senador Francisco Rosa e Silva (1857-1929), poderoso líder político pernambucano e então vice-presidente da República. Delmiro acabou preso, acusado de ter ordenado o fogaréu para receber o seguro.

Inocentado, passou por uma séria crise conjugal. Para fugir do redemoinho, viajou para a Europa, ficando cerca de um ano longe dos negócios, que iam mal, e do casamento, que desmoronara. Quando, enfim, retornou ao Brasil, estava falido.

Em um ato intempestivo, Gouveia resolveu raptar a menor Carmela Eulina do Amaral Gusmão, por quem se apaixonara. A moça era filha do governador de Pernambuco, Segismundo Gonçalves (1845-1915), importante aliado de Rosa e Silva. Alguns biógrafos sugerem que Eulina (futura mãe de três filhos seus) foi a “vingança de saias” aplicada por Delmiro em Segismundo, pelos ataques aos seus negócios.

Fugindo para Alagoas, Gouveia estabeleceu-se na cidade de Água Branca, onde recebeu apoio das poderosas famílias Torres e Luna e retomou o negócio de peles e couros. Recuperou-se dos prejuízos, e em março de 1903 fixou-se na Vila da Pedra. Próxima ao sítio que comprou na região ficava a cachoeira de Paulo Afonso. O que lhe inspirou um plano ousado: a partir da queda d’água, construir uma hidrelétrica para fornecer energia ao Recife, sua antiga morada, e a outras cidades do Nordeste. Tudo arquitetado, Gouveia associou-se a americanos para viabilizar o projeto. Mas nem tudo saiu como o esperado. O governador Dantas Barreto (1850-1931) teria dito ao negar a concessão: “O negócio é bom. Tão bom que deve esconder alguma velhacaria!” Os americanos pularam fora, mas Gouveia levou a idéia adiante, limitando-a às suas terras.

Enquanto a hidreletricidade era ainda assunto de revistas, Gouveia, de arma em punho, obrigava seus empregados a descer pelo abismo de Paulo Afonso para instalar a usina. A energia obtida moveu a Fábrica da Pedra, que prosperou alavancada pelos tempos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Os carretéis ingleses passaram a sofrer uma inesperada concorrência no mercado nacional, com o rápido crescimento das linhas marca Estrela. No exterior, Gouveia lançou a linha Barrilejo. Sua clientela estrangeira incluía Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Antilhas e Canadá.

O negociante modificou a paisagem do sertão alagoano. A vila pulou de menos de uma dezena para cerca de 250 casas, com uma população de quase cinco mil pessoas. As bebidas alcoólicas foram proibidas — mas isso, evidentemente, não valia para o rei das peles: instalado em um confortável chalé, abastecido de champanhes caros e vinhos de Bordeaux, tornou-se o “senhor da Pedra”. Seus cinco automóveis, os primeiros a cruzar aqueles sertões, assustavam os camponeses. Junto com a indústria, levou para a pequena localidade a máquina de gelo, o telégrafo, o cinema (como ingresso das crianças, cobrava o boletim escolar com boas notas), o carrossel, a tipografia, bandas de música e a jornada de trabalho de oito horas, com folgas aos domingos.

A fábrica possuía uma vila operária, onde Delmiro impôs normas rigorosas aos moradores. Havia horário para fechar as portas, vistoria da higiene nas casas e multas para quem cuspisse no chão. Das moças, o cearense exigia vestidos abaixo dos joelhos e cabelos arrumados. Os filhos dos empregados eram obrigados a estudar — se faltassem, os pais recebiam duras advertências. Todos deveriam andar sempre asseados. Arno Pearse, observador estrangeiro, registrou que os operários iam para o trabalho “mais bem vestidos do que o europeu médio no domingo”.

Quando dispunha de tempo, Gouveia fiscalizava pessoalmente o funcionamento de tudo. O perfume forte denunciava sua presença, deixando os empregados em pânico. Deslizes freqüentemente levavam os infratores aos troncos das baraúnas próximas à fábrica. Há relatos de empregados que “fizeram mal” a alguma trabalhadora, e após um dia amarrados na árvore, aceitaram o “conselho” do coronel e se casaram, apadrinhados pelo próprio. Talvez por isso, Mário de Andrade (1893-1945) tenha escrito que “Macunaíma (...) pensou em morar na cidade da Pedra com o enérgico Delmiro Gouveia, porém lhe faltou ânimo. Para viver lá, assim como tinha vivido era impossível”.

Mas se em muitos despertavam temor, as atitudes enérgicas do empresário eram, para outros, simplesmente inaceitáveis. Fosse por desavenças pessoais, fosse por interesses comerciais contrariados, a pele de Delmiro Gouveia estava a prêmio. Aos 54 anos, era um cabra marcado para morrer. E driblar este destino foi um golpe que o magnata não soube dar. “Foi covardemente assassinado a tiros de rifle o grande industrial Delmiro Gouveia, uma das existências mais úteis e laboriosas do Brasil atual”, alardeou a Revista da Semana. Os três tiros foram disparados quando o empresário lia jornal na varanda de seu chalé, no dia 17 de outubro de 1917. Em sua homenagem, a revista lembrava que ele “foi estabelecer-se próximo à cachoeira de Paulo Afonso, criando a Vila da Pedra, hoje em dia transformada pela sua energia ciclópica num dos mais importantes centros rurais e industriais do país, numa verdadeira civilização encravada dentro da barbárie do sertão nordestino”.

De Mário de Andrade, o acontecimento mereceu o seguinte comentário: “Teve o fim que merecia: assassinaram-no. Nós não podíamos suportar esse farol que feria os nossos olhos gestadores de ilusões, a cidade da Pedra nas Alagoas”.

Em seu testamento, Delmiro deixou uma fortuna calculada em quatro mil contos de réis. E exigiu: “Quero que meu corpo seja inumado em cova rasa, sendo meu enterro feito sem pompa alguma e dispenso também todos os sufrágios e quaisquer outras solenidades”. Assim foi feito. A banda local acompanhou o féretro, mas, além disso, nada mais houve.

Foram presos dois suspeitos, que confessaram um crime que não cometeram após muita tortura. Ao que tudo indica, a ordem partiu de coronéis da região. O processo-crime, revisto anos depois, está repleto de falhas e, para alguns, é um belo exemplar de erro jurídico.

No ar, ficou a suspeita de que o assassinato fora encomendado pela Machine Cottons, grupo inglês que fez uma férrea campanha para adquirir a Fábrica da Pedra e retomar o monopólio no negócio de linhas, perdido durante a Primeira Guerra. Delmiro negou-se a vender a companhia. Anos após a sua morte, o trust finalmente comprou a fábrica. Os novos donos chocaram a população da Pedra: várias máquinas da CAM foram quebradas e jogadas no leito do Rio São Francisco.

Delmiro Gouveia virou mito. O homem um dia acusado de velhacaria tornou-se um mártir da indústria nacional, vítima do “atraso” sertanejo e da pressão do capital estrangeiro. Embora exista mais de uma dezena de biografias dele, como num romance policial sua vida tem lacunas intrigantes. Ainda assim, exposições, histórias em quadrinhos, filmes, ruas, avenidas e até a Vila da Pedra, hoje uma cidade, levam seu nome. Imponente entre as rochas, Angiquinho lembra as mudanças ocorridas no sertão. Projetada sobre ela, a sombra do coronel dos coronéis ainda passeia impetuosa.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O Cartão de Natal do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança (por Armando Lopes Rafael)

Todos os anos o Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, envia aos seus amigos e admiradores um bonito Cartão de Natal. Os temas escolhidos, para a impressão desses cartões do Príncipe, são sempre dentro da doutrina católica aliada a um resgate de episódios da história do Brasil.
Em 2016, Dom Luiz dissertou sobre São Pedro de Alcântara, o Padroeiro principal do Brasil. Hoje, poucas pessoas sabem que, logo após a Independência, o Imperador Dom Pedro I pediu ao Papa daquela época que decretasse como Padroeiro da nossa pátria o santo franciscano São Pedro de Alcântara. E isso, embora ele, o Imperador Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, em sua vinda de São Paulo para o Rio, logo após o 7 de Setembro de 1822.
Com o golpe militar que implantou a República no Brasil, São Pedro de Alcântara foi discretamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos imperadores e, além disso, mostrava o quanto havia de positiva ligação entre o Império e a religião católica.
Abaixo, fotos do Cartão de Natal de Dom Luiz de Orleans e Bragança, neste 2016:

Associações otimistas com aprovação da vaquejada - Postagem do Antônio Morais


O principal trunfo de quem apoia a vaquejada se chama Gilmar Mendes. Associações que defendem a vaquejada encerram o ano otimistas com as chances de aprovação da PEC 50/2016, PEC 270/16 e do PLS 377/2016, que regulamentam a prática em definitivo.

Elas torcem para que o Legislativo dê um jeito na restrição que o STF impôs à vaquejada no Ceará. Aproveitando que nem dentro da Corte há consenso acerca do assunto, as associação contam com um ministro para ajudar na tarefa. 

Gilmar Mendes já criticou publicamente a decisão ao comparar o veto à vaquejada com o apoio de seus colegas ao aborto.

A mais grave acusação contra Luiz Inácio Lula da Silva.

A delação premiada de Marcelo Odebrecht é estarrecedora, extremamente detalhada e de uma impressionante coerência lógica e factual.

Todos os pagamentos feitos a Lula, com o dinheiro roubado da Petrobras, são descritos pelo delator.

Os repasses eram realizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Construtora Odebrecht, na conta denominada ‘amigo’.

O Instituto Lula, notoriamente um participe do esquema, vem fazendo uma desesperada defesa do ex-presidente e, em sua mais recente intervenção, avança irresponsavelmente contra os procuradores americanos: ‘uma mentira será sempre uma mentira, seja em português ou em inglês’, assevera a nota da arapuca montada por Lula.

Todavia, o incomparável site ‘O Antagonista’ faz uma importante revelação. A acusação mais grave contra Lula: Ele montou junto com a Odebrecht e as demais empreiteiras do cartel ‘o maior esquema de suborno da História’.


Meu coração endureceu - Por Antônio Morais.


Lula, o Pajé a razão do seu choro.

Desde que o Lula, esse bandido pilantra, saiu de Jato, cidade em cidade, estado a estado país a fora, fazendo crê que no Brasil não havia podre, o meu coração endureceu. 

Com aquela varinha da fantasia, da ilusão, da mentira Lula, o gabola acima de Deus exterminou a pobreza no Brasil. Ninguém gosta de ser pobre, se alguém lhe diz que você não é pobre você acredita e pensa que não é.

Pois bem, ontem eu vi num desses Jornais da Televisão, que  divulga  o que lhe pagam para divulgar mostrando uma senhora de idade chorando porque noutros tempos ela comprava com o seu próprio salário sestas de natal e oferecia aos mais carentes. Hoje, Natal de 2016 ela se encontrava numa fila, no Rio de Janeiro, esperando receber uma sesta de natal para ela porque não lhe pagaram o salario devido, trabalhado. 

O meu coração endurecido não se apiedou dela, não chorou por ela, que continue votando  nas Rosinhas, nos Garotinhos, no Sérgio Cabral, nas Jandira, Beneditas, Lindbergs, no Pajé Luís Inácio, na Dilma  e por fim num tal de Pezão, que eu nem sei se isso é nome de gente. 

Meu coração endureceu porque a responsabilidade do seu choro não é minha, é dela.

A MORTE DA GALINHA - Por João Neto - Recife – PE

Quando eu fazia faculdade de Engenharia Civil, conheci um cidadão do Crato - Ceará (não lembro o nome dele agora, mas o apelidávamos de "Ceará").

Ele me contou que um tio dele comprou uma fazenda que era de Luiz Gonzaga, e Gonzagão vendeu com tudo que tinha dentro: algumas cabeças de gado, algumas aves, etc.

No meio dessas aves, havia uma galinha, pela qual, segundo o "Ceará", Gonzaga tinha grande estima!

O interessante é o seguinte: no dia 02 de agosto, de 1989 (data da morte de Luiz Gonzaga) essa galinha amanheceu morta, sem vestígio algum da "causa-mortis".

"Tadinha", - dizia sempre o bom "Ceará" -, "a bichinha morreu foi de tristeza mesmo, sêo moço!

E essa vida, sem Gonzagão, por acaso, vale a pena?..."Pior é que a galinha estava certa!

Curiosidade do Blog Mendes  e Mendes.

2016 vai invadir 2017 - Por Chico Alencar

Até a cronologia anda meio abilolada. 2016 vai acabando e no mundo todo as pessoas de bem desejam um Ano Novo melhor, trocando generosas aspirações. Mas... todas temem que algumas tragédias e problemas do ano que finda voltem a acontecer! A esperança é uma plantinha que morre à míngua? Aliás, o mesmo Mario Quintana, sempre mordaz, dizia que “esperança é um urubu pintado de verde”.

Não exageremos no ceticismo. Tudo tem, pelo menos, dois lados. E o que dá pra rir dá pra chorar.

No ano que chega, os grandes corruptos estarão expostos, envergonhando de vez altos empresários, quase toda a elite política e desarrumando agora o governo temerário, pois o do PT (seu aliado de outrora) já foi.

Muitos até então “intocáveis” ficarão vulneráveis. Isso tem um lado positivo: o capitalismo de compadrio e a política do tráfico de influência, do toma lá dá cá, estão com os dias contados no Brasil. O sentimento antipolítica vai crescer, o que é péssimo. Mas expressa a negação da forma demagógica e mercantil de se fazer política no Brasil.

O desemprego continuará elevado, e isso não tem qualquer aspecto positivo: “sem o seu trabalho, o homem não tem honra, e sem a sua honra se morre, se mata: não dá pra ser feliz”, cantou o saudoso Gonzaguinha. Arranco positividade, mesmo no plano da utopia: quem sabe a gana de lucros das empresas diminui e elas demitem menos, para evitar convulsão social?

O capital financeiro continuará por cima, mas nesse ano de 2016 até os lucros dos grandes bancos reduziram um pouco, em relação a 2015. Que em 2017 caiam mais, nesse país que emenda a Constituição para limitar investimentos sociais mas não corta um centavo dos gastos financeiros, com juros (sempre estratosféricos) e amortização da dívida pública.

A violência, tanto física e direta, contra a vida e o patrimônio, como a cultural, do preconceito, do racismo, da homofobia, prosseguirá, mas o clamor contra ela também não cessará: a cada ponto um contraponto.

Um “ajuste” de precarização de direitos seguirá sendo tentado pelo governo, mas a resistência será grande. 2017 se anuncia como um ano de grandes mobilizações populares, e não haverá repressão policial que contenha o clamor justo das ruas.

O Brasil seguirá socialmente desigual, com sua renda per capita sendo a metade da que há na Grécia, um país com problemas semelhantes aos nossos. A quebradeira de estados e municípios será notícia, e drama para servidores públicos sem salários e povo sem os serviços de que necessita. Mas disso tudo emergirá um novo modelo de gestão, transparente, participativo e que fechará as torneiras da corrupção.

As festas desse fim de ano serão austeras, o que faz valorizar mais a presença do que os presentes. E as dificuldades de 2017 serão, para a cidadania,um desafio: só a luta muda a vida!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Conta revelada choca o país.

Odebrecht explicou como atuou para financiar Lula na política.

Marcelo Odebrecht confessou à justiça brasileira e aos investigadores do processo Lava Jato como atuou para financiar e ajudar Lula da Silva para se manter relevante e com influência na política brasileira. Tal como informa o site da “Folha de S.Paulo”, o empresário explicou que, através de uma conta secreta aberta em nome do petista pela construtura, um terreno em São Paulo iria ser comprado, tendo como principal objetivo abrigar a sede do Instituto Lula. De relembrar de que essa alegada aquisição por parte de Lula é questão central em uma das muitas acusações que estão sendo feito contra o ex-Presidente.

Depois de ter garantido que estava arrependido por muitas das coisas que acabou fazendo como herdeiro da empresa “Odebrecht”, Marcelo Odebrecht decidiu assinar um acordo com a justiça brasileira para que, em troca das suas informações e testemunhos, pudesse ver sua pena reduzida. Por isso mesmo, os relatos do empresário, sobretudo relacionados com Dilma Rousseff e Lula da Silva, estão causando muito impacto na sociedade brasileira.

Após ter informado os investigadores da Lava Jato de que o único crime que Dilma cometeu nesses anos foi de saber das ilegalidades e de não as comunicar, Odebrecht foi agora mais longe no caso de Lula da Silva, garantindo que sua empresa agiu para beneficiar claramente o ex-Presidente com seus projetos na política brasileira. O empresário explicou que até tinha sido criada uma conta, alegadamente movimentada pelo ex-ministro Antonio Palocci, para que o dinheiro desviado das obras das empresas estatais e do Governo ajudassem, por exemplo, na aquisição do terreno para o Instituto de Lula, como garante o site da “Folha de S.Paulo”.

Nas redes sociais, a revelação dessa conta secreta, alegadamente com dinheiro público desviado, está chocando e revoltando muitos brasileiros, que pedem para que os responsáveis do processo Lava Jato, sobretudo Sérgio Moro, sejam muito rápidos com o seu trabalho de investigação para que o ex-Presidente possa pagar pelos seus alegados crimes. A “Folha de S.Paulo” tentou ainda obter uma resposta do Instituto de Lula, que apenas disse que esse terreno foi obtido pelo empresário e não pelo Instituto ou então o próprio Lula.

São Paulo: um prefeito irresponsável - Ricardo Noblat.

A grossura pessoal, a completa falta de educação urbana e a incapacidade de pensar coletivamente levou a grande maioria dos motoristas de São Paulo a detestar Fernando Haddad. Entre outras coisas, por ele ter determinado a redução do limite de velocidade em algumas avenidas.

Para quem não se lembra, até Lula (sujeito bancado durante anos pela “elite branca” que fingia combater) chegou a debochar dessas medidas de Haddad, em discurso na campanha de 2016. Mas, agora, o prefeito eleito de São Paulo promete levar à prática o retrocesso que Lula queria: os carros voltarão a correr mais naquelas avenidas paulistanas.

Ao fazer isso, o tal do João Dória vai decididamente na contramão do padrão que se vai estabelecendo atualmente nas democracias mais ricas e avançadas do mundo. Como nos casos de Londres, cujo limite de velocidade chega a ser de 32 km, e de Nova York, onde, na maior parte das vias, o limite é de 40 km. Tudo em nome do bem-estar da população.

Quanto mais alta a velocidade, maior o número de “acidentes”, claro. Só idiotas (de direita ou de esquerda) não querem ver isso. E escrevo a palavra “acidente” entre aspas, por uma razão óbvia. Os estudiosos da vida urbana sabem que a maioria das merdas que são feitas no trânsito brasileiro não cabem na definição de “acidente”.

É óbvio. Olhem no dicionário: “acidente” significa acontecimento casual, fortuito, inesperado. Algo que, por sua imprevisibilidade, somos obrigados a creditar na conta do acaso. Ser atingido por um raio, por exemplo, é um acidente.

Mas ser atropelado por um automóvel que fura um sinal vermelho a 80 km/h, não – é uma ocorrência perfeitamente previsível. Nada tem de verdadeiramente acidental. Um motorista que faz isso está muito mais próximo da figura do crime premeditado do que da natureza do acidente.

Aumentar a velocidade das Marginais paulistanas não implica, portanto, simplesmente concorrer para aumentar o número “acidentes”. Mas, isto sim, incrementar a estatística de fatos absolutamente previsíveis e esperados, aumentando o número de mortes e aleijões na população paulistana.

Ou seja: em vez de zelar pela gente da cidade, Dória vai aumentar a dose de risco na vida de todos. É o contrário total do que qualquer prefeito sério deveria fazer. E Dória terá de ser responsabilizado por isso.

Não sei se será possível responsabilizá-lo juridicamente pelos crimes que serão cometidos. Mas moralmente, não tenho dúvida: ele está responsabilizado desde já.

A maneira de dizer as coisas - Postagem do Antonio Morais.


Certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.

Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.

"Que desgraça, senhor!", exclamou o sábio. "Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!"

"Mas que insolente!", gritou o sultão. "Como se atreve a dizer tal coisa?!"

Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas.

Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho.

O outro sábio chegou e disse:

"Senhor, uma grande felicidade vos está reservada! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!”

A fisionomia do sultão se iluminou, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.

Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou ao sábio:

“Como é possível”? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega!!! No entanto, ele levou chicotadas, e você, moedas de ouro!"

Respondeu, então, o sábio:

"Lembre-se sempre, amigo, tudo depende da maneira de dizer as coisas...” 

Esse é um dos desafios em nossos relacionamentos.

Desafio para as lideranças, para os educadores, para todos nós: a maneira de dizer as coisas, porque as palavras têm força, têm poder.

Elas podem gerar felicidade ou desgraça, moedas de ouro ou chicotadas, paz ou guerra.

A verdade deve ser dita, mas a forma como é feita pode fazer toda a diferença.

Que aprendamos a pronunciar palavras que elevam que tocam no coração, que transformam e que possibilitam uma convivência melhor nas famílias, nos grupos de amigos e nas equipes de trabalho!

Desconheço o Autor

Em férias, blog busca uma saída pós-Odebrecht - Por Josias de Souza.


Pegou muito mal. Não foi um sujeito qualquer. Foi o nosso presidente, o próprio Emílio Odebrecht, quem disse. Em autodelação à Lava Jato, ele contou que vinha governando o Brasil há décadas. Mantinha todos os pró-homens da República na folha do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. A revelação expôs a incompetência da imprensa. E o blog, que sempre imaginou que as ordens partissem do Palácio do Planalto, decidiu fazer uma reciclagem.

Em férias a partir desta segunda-feira (26/12), o repórter se dedicará nas próximas duas semanas a sondar o abismo, que é o outro nome do Brasil pós-Odebrecht. Para evitar novos erros, convém responder rapidamente a grande indagação: o que será do país sem o Departamento de Propinas da Odebrecht? Em meio a tanta esculhambação, é preciso reconhecer que a única coisa que funcionava bem no Brasil era o Departamento de Operações Estruturadas. O grande erro foi a tentativa de dissimulação.

Se a Odebrecht tivesse se apropriado abertamente do governo, não estaria agora sendo acusada pela força-tarefa da Lava Jato de comprar o governo dos outros. Um governo escancaradamente da Odebrecht substituiria o regime constitucional brasileiro com muitas vantagens. Os políticos teriam que justificar o dinheiro recebido batendo o ponto. Os congressistas precisariam molhar a camisa de segunda a sábado, em horário comercial. Exatamente como a peãozada nos canteiros de obras, em meio à lama e ao movimento de máquinas pesadas.

As obras seriam todas da Odebrecht. A exclusividade eliminaria o inconveniente da formação de carteis. E haveria um surto de moralidade no país. A democracia estaria preservada. A cada quatro anos uma subsidiária diferente da Odebrecht assumiria o poder. A Construtora Odebrecht seria substituída pela Odebrecht Energia, que seria sucedida pela Brasken, que daria lugar à Odebrecht Óleo e Gás… A auto-alternância no poder causaria inveja no resto do mundo. E a Odebrecht não precisaria mais comprar políticos da oposição, já que se oporia a si mesma.

Durante as férias, o repórter pretende reunir elementos capazes de demonstrar que a alternativa ao abismo talvez seja converter a nação brasileira, oficialmente, numa imensa Odebrecht. Se o Departamento de Operações Estruturadas fez e desfez por tanto tempo, alguma coisa há de ter feito —ou desfeito— de bom para os políticos. E poderia fazer o mesmo pelo povo brasileiro.

Bem verdade que haveria o inconveniente de ter que revogar a República. Mas quem conseguiu implantar uma cleptocracia com tanta facilidade não teria dificuldade para comprar um projeto de lei restaurando a monarquia no Brasil. Marcelo Odebrecht, o príncipe herdeiro, está na cadeia. Entretanto, se o ministro Teori Zavascki homologar o acordo de delação premiada, a cana será revogada no final de 2017. Aguardem. O blog volta em duas semanas com a solução para livrar o Brasil do abismo a partir de 2018.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Velhos escritos confrontados com a realidade de hoje, ou: “Nas voltas que o mundo dá, um dia urubu pensa que é sabiá” – por Armando Lopes Rafael


Faz 10 anos que escrevi e foi publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, edição  de 12-12-2006, seção “Painel do Leitor”, o comentário abaixo.
"Fiel a seus princípios democráticos, Lula divulgou nota oficial sobre a morte de Pinochet na qual declara que o governo de 17 anos do general chileno "foi uma longa noite, em que as luzes da democracia desapareceram, apagadas por golpes autoritários". Louvo a coerência do presidente brasileiro. E tenho certeza de que outro ditador, o de Cuba, Fidel Castro, que está com um "pé na cova", quando morrer, receberá o mesmo tratamento do presidente Lula. Afinal, Castro, há mais de 48 anos comanda um governo genocida, que passará à história como a mais longa e sanguinária ditadura do continente americano.  ARMANDO LOPES RAFAEL” 
Ironia à parte, dez anos depois, o agora desacreditado político brasileiro, participou (ao lado do seu “poste” Dilma Rousseff) da cerimônia de “enterramento” (?), das cinzas do ditador cubano Fidel Castro, no último dia 04 do corrente mês, na ilha-prisão. Naquela ocasião, Lula declarou à imprensa:
"Estou triste porque se foi o maior homem do século 20. Quando soube da notícia, a maneira que encontrei de expressar meus pêsames foi escrever na parede 'Viva Fidel'", contou Lula, referindo-se a uma cena que divulgou nas redes sociais, em que aparece em frente à inscrição mencionada, em seu sítio, no estado de São Paulo.
Incoerente e  demagogo, o ex-presidente Lula que já foi reconhecido como o “cara” por Obama, hoje se transformou num político desacreditado, que contabiliza várias acusações de recebimento de propinas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, durante (e após) os seus dois governos.
             

Lampião e a patente - Por Dario Maia Coimbra.



Pedro Albuquerque Uchôa, Inspetor Agrícola do Ministério da Agricultura, se encontrava em Juazeiro quando da visita de Lampião a essa cidade. Virgulino Ferreira da Silva, ao solicitar a patente de Capitão, em cumprimento a promessa de Dr. Floro Bartolomeu da Costa, quando do convite por este formulado a Lampião, a que viesse se juntar ao seu grupo para combater a Coluna Prestes, 

Padre Cicero pediu ao Dr. Pedro Uchôa que redigisse o documento da concessão, visto que ele era a única autoridade civil existente em Juazeiro e presente naquela ocasião.

Regressando a Fortaleza, Dr. Pedro Uchôa é interpelado pelos amigos, que queriam explicações quanto ao fato de ele haver dado a patente de Capitão a Lampião. Uchôa, perguntaram-lhe: por que você deu a patente de Capitão ao Rei do Cangaço? 

Porque ele não pediu a de Coronel!