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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Em VEJA desta semana: a retrospectiva de 2016, ou: "Nunca antes na história deste País"

A retrospectiva de VEJA traz em sua capa uma paródia do quadro ‘Guernica’, de Picasso, povoada pelos personagens mais marcantes do ano, que retrata o drama da cidade bombardeada durante a Guerra Civil Espanhola.
Em vez de cavalos, touros e mulheres chorosas em meio a um sofrimento excruciante, a ilustração de VEJA traz o fim fulminante de Dilma Rousseff, o triunfo assustador de Donald Trump, a ascensão de Michel Temer, o desespero incontido de Eduardo Cunha, Luiz Inácio Lula da Silva e Anthony Garotinho – e uma lágrima no rosto de todos os que morreram no ano.
2016 teve de tudo nunca antes visto neste país: numa única semana dois ex-governadores do Rio de Janeiro foram presos (Garotinho e Sérgio Cabral), Estados ricos como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul quebraram que não conseguem sequer pagar os salários dos servidores; O antigo poderoso PT só conseguiu eleger um prefeito de capital: o do Rio Branco, no Acre; A Câmara Federal foi invadida e os invasores pediam a volta da ditadura militar...

2016: o ano do ‘nunca antes na história desse país’
Quando iniciava seus discursos de autopromoção, o ex-presidente Lula costumava usar o bordão “nunca antes da história desse país”. A frase foi lembrada diversas vezes neste ano pelos brasileiros – agora, com tom pejorativo. Não foram poucas as vezes em 2016 que os brasileiros se surpreenderam (quase sempre, negativamente) com os fatos políticos.
Em março, foi a primeira vez que o Brasil teve um ex-presidente que se tornou ministro, em uma clara manobra para tirar o petista das mãos do juiz federal Sergio Moro (VEJA.com/VEJA/VEJA)
Em 4 de março, a Polícia Federal deflagrou a 24ª da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, que teve como alvo Luiz Inácio Lula da Silva. Essa foi a primeira vez que um ex-presidente foi conduzido, de forma coercitiva, para prestar esclarecimentos. As investigações giraram em torno do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que segundo a PF era usado por Lula e por seus familiares. A PF suspeita que o ex-presidente tenha recebido vantagens indevidas das empreiteiras envolvidas no petrolão durante seu mandato na forma de obras do imóvel.

2016: o povo foi às ruas
 O protesto convocado para o dia 13 de março pedindo o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff bateu um recorde: em São Paulo, o ato superou o comício pelas Diretas-Já, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Cerca de 500.000 pessoas se reuniram na Avenida Paulista, mais do que o dobro do maior ato anterior, convocado em 15 de março de 2015, que reuniu 210.000 manifestantes.

2016: Três presidentes foram afastados
 O Brasil já havia passado, em 1992, pelo afastamento de um presidente da República, com o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello. Neste ano, porém, algo inédito aconteceu: além do impedimento de Dilma, também teve o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da presidência da Câmara dos Deputados, em maio; e, mesmo que por apenas um dia, o de Renan Calheiros (PMDB-AL), do Senado Federal.

2016: O ano da Lava Jato 
A Operação Lava Jato pisou no acelerador em 2016. Foi neste ano que a investigação do maior escândalo de corrupção da história do país chegou a seu recorde em número de etapas: 16. Em 2014, quando a operação nasceu, foram sete fases; em 2015, ano em que ganhou corpo, foram 14.

Depois de levar operadores financeiros, lobistas, ex-diretores da Petrobras, empreiteiros e alguns ex-parlamentares à cadeia nos dois últimos anos, a Lava Jato avançou sobre peixes grandes da classe política em 2016.

Alguns dos protagonistas das 45 prisões temporárias e 25 prisões preventivas na operação em 2016 foram, nesta ordem, João Santana, marqueteiro das últimas três campanhas presidenciais do PT, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, o ex-senador Gim Argello, os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Foi em 2016 que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu virem à tona e se avolumarem evidências de suas lucrativas e fraternas relações com empreiteiras e seus donos. Lula foi uma das 103 pessoas conduzidas coercitivamente a depor diante dos procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal neste ano e se despede de 2016 respondendo a três ações penais.
             

Um comentário:

  1. Já não falta mais nada. Provas, testemunhos e tudo em fim. O mundo hoje considera Lula o maior ladrão do mundo. Pena que o brasileiro, a maior vitima dele ainda se engane e o defenda.

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