Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Em 2022, o Brasil comemorará o bicentenário da nossa Independência



 
   Em 2022, o Brasil comemorará o bicentenário de sua Independência. Até agora não consta a existência de qualquer iniciativa do Executivo, através do Ministério de Turismo e do Congresso Nacional, que importasse em conferir ao dia 7 de setembro de 2022 a importância que mereça ter.

    Em 1922, no governo de Epitácio Pessoa, o nosso país enfrentou inúmeras turbulências. O movimento dos tenentes, que passou à história como sendo “Os dezoito do Forte de Copacabana”, não impediu que a efeméride fosse marcada por acontecimentos de repercussão interna e externa.

    Não menos expressiva foi a Exposição Internacional do Centenário da Independência, que reuniu 14 países, com 6.300 expositores dos três continentes. A exposição foi anunciada com seis anos de antecedência e pregava a necessidade de se festejar este marco glorioso, assegurando-lhe maior relevo.

  
  Coube ao senador Paulo de Frontin a iniciativa de propor ao Congresso Nacional a emissão de cem mil contos para financiar o evento. O acontecimento compreendia as principais atividades brasileiras, como lavoura, pecuária, pesca, indústria fabril e indústria extrativa. Em 1922, os portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral empreenderam a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sendo efusivamente recebidos em sua chegada ao Brasil.

    Estamos a menos de três anos do bicentenário. Cabe uma indagação: se o governo Bolsonaro está realmente empenhado em valorizar o que é nosso, por que não instituir um programa de comemoração do bicentenário?

(Excertos de matéria publicada por Aristoteles Atheniense Advogados)

 Primeiro Imperador do Brasil: Dom Pedro I
Na foto, a verdadeira face de Pedro I, 
reconstituida, cientificamente, por iniciativa do escritor José Luís Lira

Símbolos da decadência da “Ré – pública” brasileira – 1

 Fonte: jornal “O Globo” – por Giselle Ouchana e Leonardo Sodré
No Palácio de São Cristóvão, terreno das antigas Cavalariças Imperiais abriga hoje uma cracolândia
Dependentes químicos se instalaram no terreno das antigas Cavalariças Imperiais, em São Cristóvão /Foto: Domingos Peixoto / O Globo 

RIO — Numa área histórica de São Cristóvão, o terreno das antigas Cavalariças Imperiais, próximo à Quinta da Boa Vista, passou a abrigar dependentes químicos e barracos improvisados. Quem passa pela cracolândia é obrigado a desviar de colchões, sofás, construções de madeira e de plástico. A maior parte da área de 60 mil metros quadrados foi doada no ano passado pela Secretaria de Patrimônio da União ao Museu Nacional, que pretende instalar laboratórios e um centro de visitação no espaço. Os dez mil metros quadrados restantes foram cedidos ao governo estadual, que quer erguer a Casa da Mulher Brasileira, voltada para prestar assistência a vítimas da violência.

Enquanto nada disso sai do papel, pelo menos cinco barracos já foram levantados entre a Avenida Bartolomeu de Gusmão e os muros da estação ferroviária. Anteontem, a equipe do GLOBO flagrou um homem levando um colchão para um dos abrigos improvisados e outro finalizando a construção do que seria um telhado. Os usuários de crack, segundo moradores da região, costumam lavar roupas em uma tubulação que fica acima do Canal do Mangue.

Como era o Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro), onde moraram os dois Imperadores do Brasil e onde nasceram Dom Pedro II e a Princesa Isabel

Como se encontra hoje o Palácio de  São Cristóvão, depois do incêndio de 2018

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Feliz Ano Novo - Por Antônio Morais.


"Os doces liames de família são a candura das afeições que não se esvaem com o tempo". 

"Ninguém sabe quando será o último abraço. Por isso, por precaução ou por amor, abrace sempre como se fosse a última vez".

Feliz ano novo - Saúde, paz e felicidades.

As manobras do PT para manter um STF todinho seu - Por Antônio Morais.


Quando Lula venceu a eleição de 2002, elegeu na sua onda oito senadoras do PT. A primeira PEC apresentada pelo partido relatada  pela senadora Marina Silva  reduzia de 75 para  70 anos a idade de permanência  de ministros nos tribunais  superiores.  

Assim  os "Matozalém" foram abrindo vagas e o Lula e a Dilma preenchendo com gente rigorosamente de sua igualha.

Próximo de Dilma ser "impinchada" nova PEC do PT elevou a idade para os 75 anos como era antes.

Assim  o STF se mantem com raríssimas exceções positivas, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Luiz Roberto Barroso. 

Não carece que nenhum brasileiro faça comentários a respeito  do STF. Nos debates do plenário da corte os próprios ministros declaram ao vivo  para quem quiser ver e ouvir

Mas, com relação a cambada  de  senadoras eleitas em  2002 a pergunta que se faz é onde anda, que fim levou:

Marta Suplicy - São Paulo.

Emilia Fernandes - RG do Sul.

Ideli Salvate - Santa catarina.

Seres Shecharenco - Mato Grosso.

Fátima Cleide - Rondônia.

Heloisa Helena - Alagoas.

Marina Silva  - Acre.

Ana Júlia Garepa -  Pará.

Das qualidades que o PT e Marina Silva não possuem está a sabedoria para reconhecerem que ela não tem a menor condição de ser presidente do Brasil.

Pra tudo há tempo debaixo dos céus - Por Antônio Morais.

Não se desespere.  Pra tudo há tempo debaixo dos céus.  Como dizia Nélson Ned : tudo passará.

A partir de Setembro de 2020,  Dias Toffolli deixará a presidência do STF, vai manobrar noutro lugar. 

Assume o comando da corte o ministro Luiz Fux, que a própria "Lava Jato" declarou - Nesse podemos confiar.

Em Novembro de 2020 Celso de Melo sai definitivamente do STF sem deixar saudades. 

Em 2021 é a vez do Marco Aurélio Melo, o primo do com licença da palavra Collor de Melo  fazer bunda de ema e cair fora. 

Se Bolsonaro pensar mais no Brasil, indicará dois juristas sérios e comprometidos  com a justiça e a lei.  

Comporá uma maioria  em prol do bem. Se pensar no filho Flávio, o que é muito provável,  deixará o STF como Lula deseja, espera e precisa.

Se nada  disso acontecer em 2022 é nossa vez. Com o nosso voto  decidiremos o que é melhor para o Brasil. Né mesmo?

domingo, 29 de dezembro de 2019

39% reprovam o STF - O Antagonista.


Segundo o Datafolha, quatro em cada dez brasileiros avaliam a atuação do STF como pior do que a do governo Jair Bolsonaro.

A pesquisa mostra que 39% dos brasileiros reprovam o trabalho do tribunal — a reprovação do presidente da República é de 36%.

Mera coincidência - Postagem do Antônio Morais.


Lenin.

Usaremos o idiota útil na linha de frente. Incitaremos o ódio entre as classes. Destruiremos a sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem das nossas mesas.

O estado será Deus.

Precisamos odiar. O ódio é a base do comunismo. As crianças devem ser ensinadas a odiar seus pais, se eles não são comunistas.

Governo sem corrupção é um feito - Por José Newmanne Pinto.


O ano de 2019 está terminando e ainda há muitos malfeitores sendo investigados, denunciados e condenados. Mas não há registro de nenhum caso de corrupção na gestão federal. 

Bolsonaro comentou isso sem muita ênfase e seus adversários fazem questão de confundir esse feito realmente notável com noticiário sobre o filho Flávio e o ministro do Turismo. 

A interrupção da prática corriqueira e rotineira dos desgovernos do PT, seus aliados e até a falsa oposição remunerada do PSDB é, de fato, um dever de ofício dos eleitos para governar, mas tratar esse assunto com desdém também é uma forma de se acumpliciar com os corruptos que passaram o ano inteiro tentando desmantelar e desmoralizar o bem-sucedido combate à corrupção.

DIÁLOGO COM ANO NOVO - Edmilson Alves


O ano de 2019 foi pra mim o mais promissor de minha vida, entretanto, é bom dizer adeus ano velho, embora eu sinta saudade de tudo o que me aconteceu de bom.
Minha saúde é perfeita aos oitenta anos. Memória de criança, coração de menino, febre de juventude de adolescente com juízo de duzentos anos. 
Tornei-me aprendiz do conhecimento, estudando e escrevendo doze horas dia, domingo a domingo. Descobri que tudo é viciante e meu vício foi reciclar meus conhecimentos, aprendendo, novos saberes.
Em 2019, escrevi vinte e nove livros, cuja obra, está sendo publicando na medida de minhas possibilidades. Assim, adeus ano velho que meu diálogo agora é com o novo ano.
Tenho mil planos pra o ano de 2020. A economia em alta, a esperança altaneira, os caminhos da estrada estão indicando o paraíso. 
Mantenho duas redes sociais, LIKINDIN com cerca de cinco mil seguidores, e FACE BOOK com cerca de 1.500 amigos.
Tornei-me escritor e poeta profissional aproveitando a inclinação genética da família de minha mãe e meu querido pai, aperfeiçoando-me com muito estudo, reciclando meus conhecimentos e agregando novo saberes. Recebi a influência de Goethe e Fernando Pessoa, mas, construí meu próprio estilo. Tenho como filhos a minha obra literária, e, produzidos com a reciprocidade do amor, quatro filhos formados e independentes. Duas netas e um bisneto. 
E agora? Fabricar outros filhos em minha idade de oitenta seria até possível, mas, não é aconselhável. Os filhos que já tenho são meus melhores amigos, bem melhores do que EU. Eles me ensinaram a amar, e, aprendi o verbo que estou conjugando quase que corretamente no presente e, quiçá, no futuro. 
O novo ano está começando, e, já estou me despedindo do ano velho em busca de novidades...

sábado, 28 de dezembro de 2019

Programação do velório de Madre Feitosa

Fonte: Site da Diocese de Crato
 
Milhares de pessoas já foram dar o seu último adeus a Madre Feitosa

Dia 27 de dezembro, sexta-feira, Capela Santa Teresa de Jesus:

16h: Saída do corpo da Funerária Anjo da Guarda, em Juazeiro do Norte, para a Capela Santa Teresa de Jesus, Crato, em frente ao Palácio Episcopal;
17h: Eucaristia – Pe. José Vicente;
18h:Terço Mariano – Missão Resgate;
21h: Eucaristia – Pe. Joaquim Ivo;

Dia 28 de dezembro, sábado:

7h: Eucaristia – Pe. Ricardo na Capela Santa Teresa de Jesus –
e translado para o Auditório do Colégio Pequeno Príncipe;

O corpo sairá da Capela Santa Teresa, localizada à rua Dom Quintino, no Centro de Crato. Deve passar pela rua Cel. Antônio Luís (mesma rua do Hospital São Camilo), entrando à direita, à rua 28 de dezembro, até o auditório do Colégio Pequeno Príncipe.

10h: Eucaristia no Auditório – Pe. Adelino;
15h: Terço da Misericórdia;
19h: Eucaristia – Dom Edimilson Neves;

Dia 29 de dezembro, domingo:

9h: Eucaristia de Exéquias na Sé Catedral – Dom Gilberto Pastana de Oliveira
10h: Sepultamento na Capela da Casa de Caridade

Madre Feitosa, uma unanimidade -- por Carlos Rafael Dias (*)


     Uma frase, atribuída ao dramaturgo Nelson Rodrigues, é recorrentemente usada para expressar a necessidade do contraditório nas relações sociais:  toda unanimidade é burra!

     Tido como um dos maiores nomes da crônica brasileira, incluindo aquela inspirada no mais profundo cotidiano urbano, Nelson Rodrigues é muito pouco contestado quando se trata dessas contundentes tiradas. Mas, no objetivo que me leva hoje a escrever, tenho que discordar do genial escritor. Às vezes, a unanimidade é um pertinente qualitativo para se referir a pessoas extraordinariamente belas e boas. É o caso de madre Feitosa, uma unanimidade pela sua irretorquível passagem terrena, espelhada na mais pura e legítima filosofia de vida cristã.

      Tive o privilégio de conviver com a madre e por ela ser ajudado. Recém-casado, recém-formado e desempregado, bati-lhe à porta para entregar um minguado curriculum vitae. Almejava ser professor do colégio por ela fundado e dirigido. Na sua sabedoria e generosidade, madre Feitosa talvez tenha percebido que eu não estava ainda devidamente preparado para assumir o magistério. O contrário talvez tivesse encerrado minha carreira de professor precocemente. Ela não me contratou para o que eu pretendia, mas, lembro bem, o que ela me disse naquela ocasião, com sua voz serena e angelical: “você vai ficar na biblioteca por enquanto, preparando-se para na hora certa ser um bom professor”. O trabalho de bibliotecário era a mais leve das funções do colégio. Passei lá o restante do ano, estudando e preparando-me para o magistério, o qual se tornou realidade logo depois, quando me tornei professor universitário.

     Outra dádiva que dela recebi ocorreu em um dos momentos mais cruciantes da minha vida, quando enviuvei. E vieram na forma de palavras sábias que serviram de bálsamo para a dor e ânimo para reconstruir a vida.

      Tenho diversas outros motivos para devotar-lhe reconhecimento, admiração e gratidão, a exemplo do dia em que, depois de ouvir pacientemente minhas reclamações a respeito dos dissabores de um cargo de confiança que exercia, ouvi dela as palavras que faltavam para que eu tomasse a crucial decisão de não mais assumir tais funções: “tem cargos que são verdadeiras cargas”.

     Hoje madre Feitosa transcendeu, depois de uma longa, profícua e bondosa existência, deixando a humanidade órfã de suas caridades, do seu amor e da sua dedicação incondicional ao próximo. Entretanto, o sentimento que se percebe nos depoimentos e tributos que se multiplicam nos meios de comunicação, não é de tristeza, mas de júbilo, pela certeza de seu súbito regresso ao Supremo.

      Que ela deixará uma lacuna difícil de preencher, não resta dúvida. Mas, essa existência material é transitória e o seu maior desafio é cumprir a missão tão simples e ao mesmo tempo tão complexa de fazer o bem, amando o próximo e contribuindo para tornar o fardo terreno mais leve.

      Madre Feitosa, sempre terna e agora eterna, dobrou esta meta.

(*) Carlos Rafael Dias, professor do Curso de História da URCA e sócio do Instituto Cultural do Cariri

A Centelha -- por J.Flávio Vieira


     Um dia, ouvindo uma saudação minha a um ex-professor, ela confidenciou a amigos que gostaria que fosse  eu o escolhido par saudá-la em alguma solenidade. Achou, em meio a minhas palavras laicas, mas banhadas de poesia, que havia alguma coisa de sagrado nelas, afinal a poesia é sempre  um tipo de  prece, de oração .
O tempo passou, encontramo-nos tantas e tantas vezes, pelas ruelas da vida e, infelizmente, o momento da saudação nunca chegou.
Hoje, ela partiu e as palavras já não ressoam e já não parecem ter força ou sentido.

       A rigor, diante de uma vida tão longa e pródiga, nem deveríamos ter motivos para blues e tristezas, mas para celebração pela dádiva de uma existência tão fulgurante. Nossa madre foi uma criatura ímpar. Profundamente espiritualizada,  dirigiu os destinos de muitas gerações de caririenses, sem ranço, com profunda compreensão dos conflitos de idade, usando sempre o amor como mola mestra do educar.

      Soube acompanhar os tempos e suas mudanças,  vezes cataclísmicas e estonteantes, sem estardalhaço, com os pés fincados sempre no chão da sua religiosidade, mas com os olhos fitos no futuro.  Lembro que convidado para fazer uma palestra no seu colégio, sobre Gravidez na Adolescência, alguns professores preocuparam-se sobre a necessidade de apresentar imagens anatômicas e meios anticonceptivos, temendo mexer com sua susceptibilidade.

         Madre Feitosa assistiu a toda a apresentação com uma tranquilidade monástica, em nenhum instante demonstrou qualquer excessivo pudor ou mostrou-se incomodada  com as fotografias e as imagens projetadas. Sabia que, no fundo, o amoral reside na alma das pessoas e nas suas disformes relações com o mundo e não em frágeis palavras ou meras ilustrações.

           Sempre imaginei que a possibilidade de melhorarmos o planeta depende do nosso esforço em ampliar o sentido de família. Quando o homem conseguir entender que somos parte de uma imensa parentela, muito além do simples clã sanguíneo, e que nossa casa chama-se Terra, que somos todos irmãos, independentemente de cor, de raça, de reino, de religião, de condição social, a sobrevivência sustentável do planeta estará assegurada. Nossa Madre  não teve filhos biológicos, mas tornou-se uma invejável matrona bíblica, pelo simples fato de adotar  milhares de alunos como rebentos seus.

         Cuidou-os e orientou-os utilizando o mais poderoso instrumento pedagógico: a compreensão substituindo a punição; o diálogo aberto ao invés do autoritarismo; a força do exemplo  antepondo-se ao vazio das palavras. Não bastasse isso, nossa Madre Feitosa fez-se o esteio espiritual de muitos pais e amigos, orientando vidas, mostrando caminhos, confortando e amparando pessoas nas fases mais tenebrosas de suas trajetórias. Próximo dela tínhamos a certeza de que sua espiritualidade fluía das regiões mais abissais da sua alma. Não era um simples verniz, um mero adereço. Era uma pessoa de muitas certezas e poucas dúvidas.  A autoridade saltava do seu sorriso, das suas palavras doces, pausadas e medidas. E foi, certamente, esta centelha interior  que a manteve lépida, atuante, vívida por quase um século.

          Queria ter dito todas estas palavras antes da solenidade final a que todos um dia estaremos sujeitos. Mas teimo em encontrar no meio do desapontamento da perda, motivos de celebração e de regozijo. Turva-me a tristeza da impermanência, mas louvo e congratulo-me com vida por nos ter privilegiado por tanto tempo com sua presença. Destituídos da couraça material, sobrevivemos nas obras que edificamos.

        Alguns esculpem na lâmina das águas, poucos na dureza magmática das rochas. Madre Feitosa burilou almas, lavrou na seara do espírito. Seu sorriso e seu doce continuarão vivos , fulgurantes em todos aqueles que um dia dela se acercaram. A luz com que ela iluminou nossos caminhos era um mero reflexo da centelha do divino que dela se irradiava.

Crato, 28/12/2019

Desfaçatez eleitoreira - Por Antônio Morais.


Bolsonaro, no palanque, dizia que bandido bom era bandido morto. Mentira, na vida real, bandido bom, para o presidente Jair Bolsonaro, é bandido que tem dois juízes diferentes em cada processo, para ter duas vezes ou mais chances de ficar impune.

Juiz de garantias é a confirmação que a luta contra a corrupção nunca foi um objetivo do presidente Bolsonaro, apenas uma desfaçatez eleitoreira que não resistiu a um ano de investigações sobre sua família”. 
Palavras não consertam atitudes. Essa é a grande verdade.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA? - Por Wilton Bezerra.

O tempo passa numa velocidade anormal e desumana, e nos conduz  à digressões sobre o que aconteceu no verão e inverno passados; se é que se torna possível relembrar.
Há uma lenda que diz: “O tempo desconhece o passado, nada sabe sobre o futuro e está condenado a um eterno presente”.
Mas, é sobre o tempo no nosso país que queremos falar nesta croniqueta.
O ano velho dá os seus últimos suspiros e ficamos meio sem graça para batucar as pretinhas sobre o que nos espera em 2020.
Pelejamos para encarar toda essa efervescência festiva de dezembro como apenas uma mudança de folhinha e não conseguimos.
Debelando, em parte, o clima efusivo que nos rodeia somos levados  a digressionar sobre a dura realidade que vivemos, indagando se é possível imaginar um porto seguro para esse país.
O Brasil estacionou na 79ª. posição no IDH (Índice de desenvolvimento humano) , a população continua sem saúde com hospitais onde faltam medicamentos e sobram desculpas, a educação virou piada, a violência que assola o país está bem ali na esquina.

Será que é  possível imaginar numa zona de eterno conflito, como a política, uma proposta de futuro para um país onde o desemprego está matando à pau ?
Nos parece que o primeiro de janeiro não terá a cara de outro dia. Nos restará, como manda a canção, começar tudo de novo.
Há muito tempo, recebíamos como brinde de empresas todo tipo de calendários.
A preferência maior recaia sobre o calendário do coração de Jesus que permitia a retirada diária da folhinha que marcava o dia.
Busquemos um, deve existir por aí, para emblematizar o tempo que se vive no Brasil.
A mudança é apenas de folhinha.

O cariri de Luto, morre Madre Feitosa - Postagem do Antonio Morais.


Lamento informar o falecimento de Madre Feitosa, "um diamante que Nossa Senhora da Paz mandou dos Inhamuns para o Crato".

Deus a tenha na sua glória. Votos de pesar aos parentes e amigos.

A ignorância da maioria dos brasileiros sobre o tema "Monarquia" – por Armando Lopes Rafael


Imperador Dom Pedro I
Fundador do Império do Brasil

   A imensa maioria dos brasileiros não sabe a diferença entre “forma” e “sistema” de governo. Não obstante, um plebiscito -- aqui realizado -- em 1993, quando a população brasileira deveria optar, conscientemente, (o que não aconteceu) por uma nova forma e novo sistema de governo para o Brasil. Prevalece ainda -- após aquele plebiscito --  uma  crassa ignorância, por parte da sociedade brasileira, no tocante a tão relevante matéria. Ignorância mais acentuada, notadamente,  nos ambientes das universidades públicas

     As formas de governo são duas: República e Monarquia.  Essas formas abrigam, quando se trata da República,  dos   dois sistemas: Presidencialismo e Parlamentarismo. Segundo a Doutrina Social da Igreja Católica, ambas as formas são legítimas, desde que atendam ao bem comum. (Será que a atual República vem atendendo ao bem comum da população brasileira?)

     Ao longo da sua existência, o Brasil já foi governado sob as duas formas e os dois sistemas acima citados. Nossa Pátria viveu sob a forma monárquica de governo, desde o seu descobrimento, ou seja, de 1500, até 1889.  O Brasil foi monarquia, durante 389 anos, os quais – na feliz expressão do Prof. Denizard Macedo – vivenciaram “... todo o seu cortejo de princípios, hábitos, usos e costumes, não sendo fácil remover das populações esta herança cultural, tão profundamente enraizada no tempo”.
      
       Após a nossa independência de Portugal, o Brasil continuou sob a forma de governo   monárquico-parlamentarista. E sob ela funcionou (e funcionou muito bem) durante 67 anos, de 1822 a 1889. Somente em 15 de novembro de 1889, foi implantada – por meio de um golpe militar, sem consulta ao povo e sem apoio popular – a atual república presidencialista, ora vigente. Deu no que deu.  


A monarquia brasileira foi o período áureo da nossa história

      O atual Chefe da Casa Imperial Brasileira, Príncipe Dom Luiz de Orleans de Bragança, sintetizou – em 1989 – muito bem o que foi o vasto e grandioso Império do Brasil. Disse ele. “Cem anos já se passaram, e os contrastes entre o Brasil atual e o Brasil Império só têm crescido. No tempo do Império, havia estabilidade política, administrativa e econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgãos da administração pública e em todas as camadas da população; havia credibilidade do País no exterior; havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia”. 

   O Império Brasileiro era tão democrático, estável e respeitoso para com os seus cidadãos que o então presidente da Venezuela,  Rojas Paul, ao saber do golpe militar de 15 de novembro de 1889, no Brasil, declarou: “Foi-se a única República (“Res publica” , ou seja “coisa pública”) que funcionava no Hemisfério Sul.”

   Nos reinados de Dom Pedro I e de Dom Pedro II, o Brasil passou por um grande surto de progresso. No tempo do Império, o Brasil tinha uma moeda estável e forte (o “Real”) que correspondia a 0,9 (nove décimos) de grama de ouro, e era equivalente ao dólar e à libra esterlina. No período monárquico, o nosso Parlamento era comparado com o da Inglaterra. E a diplomacia brasileira era uma das mais importantes do mundo de então. Diversas vezes, o Imperador Dom Pedro II foi chamado para ser o árbitro de questões envolvendo a Itália, França e Alemanha.      Sob a monarquia, o Brasil possuía a segunda Marinha de Guerra do mundo. E foi o primeiro país do continente americano a implantar a novidade dos Correios e Telégrafos.

   Tivemos, sob a monarquia, uma inflação média anual de apenas 1,58%. A título de ilustração, transcrevemos o que publicou o jornal “O Globo”, edição  de 14.11.2011 (sob a manchete: “O país que domou a inflação de 13,3 trilhões por cento”): “13 trilhões e 342 bilhões por cento (13.342.346.717.617,70%) foi a inflação acumulada, pela República Brasileira, nos 15 anos que antecederam o Plano Real, em 1994” (grifo nosso).

    Em 130 anos, sob a nova forma de governo de  República, o Brasil já teve 9 moedas, algumas que não duraram nem 1 ano de existência. Fato inédito na história dos povos. Aliás, numa dessas mudanças, o “Real” voltou a ser o nome de nossa moeda, a partir de  1994...

Bandeira Imperial Brasileira, criada por Dom Pedro I.
O verde representa a  cor da Casa dos Bragança, de Dom Pedro I,
O amarelo representa a cor da Casa dos Habsburgo,
 de onde procedia a Imperatriz Leopoldina.

“Moro sai derrotado politicamente, mas fortalecido popularmente” - Por Merval Pereira.


Merval Pereira, em O Globo, trata do pacote anticrime sancionado por Jair Bolsonaro com alguns “jabutis” como o juiz de garantias.

“Foi a mais grave derrota do ministro Sérgio Moro, mas foi mais que isso. Foi a  confirmação de que a luta contra a corrupção nunca foi um objetivo do presidente Bolsonaro, apenas uma desfaçatez eleitoreira que não resistiu a um ano de investigações sobre sua família”, diz o colunista.

E mais:

“Não é de hoje que a classe política, aliada a empresários e outros agentes privados, tentam minar a Lava Jato, assim como aconteceu na Itália das Mãos Limpas. Depois de anos de tentativas, foi justamente num governo supostamente alinhado ao combate à corrupção, tanto que convidou o símbolo desse combate, o juiz Sérgio Moro, para seu ministro da Justiça, que as medidas de cerceamento foram aprovadas, com o aval de Bolsonaro. 

A forte reação da opinião pública, inclusive dos bolsonaristas arrependidos, mostra que o mandato do presidente já não corresponde, nesse aspecto vital, à expectativa majoritária. Moro sai derrotado politicamente, mas fortalecido popularmente. 

Essa lacuna entre um e outro deve ter consequências políticas que afetarão a disputa presidencial de 2022.”

Um acessorio curioso - Por Antônio Morais.


Um varzealegrense que mora em São Bernardo do Campo-São Paulo e que não revelo o nome nem sob tortura, mandou noticias para sua mãe, em Várzea-Alegre. Junto com a missiva alguns contos de réis e uma passagem da Viação Expresso Real Caririense, sem baldeação, para passar o natal e o ano novo na terra dos bandeirantes.

Na noite que antecedeu a viagem foi uma comédia, com a ansiedade própria de quem vai viajar, não dormiu um pingo.

Na bagagem havia de tudo : Uma garrafa de manteiga da terra, um queijo de coalho, um litro de mel de abelha, cinco preás salgados, uma dúzia de avoantes, e, pasmem, um saco plástico com 05 sabugos.

Indagada a cerca da utilidade de tão curioso acessório, foi taxativa para a neta Belisária : Eu morro e não me acostumo com esse "tá de papé higieni", o bom do sabugo são as muitas serventias : limpa, coça e penteia.

EUROPA, AMERICA DO SUL E O ABISMO NO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra.

Num dos seus apreciados aforimos, Joham Cruyff, os dos maiores jogadores do mundo, projetista ao lado de Rinus Michels do magnífico estilo de jogo do Barcelona, afirmou que nunca viu saco de dinheiro jogar.
Sua afirmativa, em parte, tem razão e pode ser ancorada no que se assistiu no Flamengo X Liverpool.
O time inglês custa cinco vezes mais do que o brasileiro, entanto, as sobras que apresentou no jogo não mostraram diferenças alarmantes.
Claro, estamos falando de apenas um jogo e um resultado, insuficientes para avaliações de maior profundidade, embora reconheçamos o tamanho do abismo entre o futebol europeu e sulamericano.
E aí onde entra a história do saco de dinheiro, como alavanca para uma posição mil vezes vantajosa do futebol europeu.

É bom que se diga o seguinte: o esporte mais popular do mundo nunca foi tão rico como hoje na Europa, e demandou tempo e extraordinárias mudanças para alcançar o atual patamar.
Basta dizer que o Flamengo, campeão do mundo de 1981, seria impossível nos dias de hoje.
Júnior, Andrade, Adilio, Zico, Tita, Nunes e, quase o time inteiro, estariam jogando nas grandes equipes do velho continente.
Ainda foi possível a São Paulo, Internacional e Corinthians levantar a taça em anos seguintes, mas logo depois os times europeus iniciaram uma escalada impressionante de poder através de suas milionárias competições.
Clubes se transformaram em indústrias de entretenimento e corporações financeiras impressionantes,  e compraram o espetáculo-futebol do mundo.
Nas disputas de mundiais diante de Barcelona e Real Madrid, Santos, River Plate e Flamengo foram derrotados e humilhados.
O futebol sulamericano, impossibilitado de vender o espetáculo, passou a negociar os seus principais artistas, definhou e passou a ser desinteressante no resto do planeta.
Não passa de um fornecedor de pé de obra.
O Liverpool é uma seleção multiracial formada por jogadores de vários países, incluindo  o Brasil, e dirigida por um treinador alemão.
Em entrevista logo após a derrota para o Liverpool, o presidente do Flamengo Rodolfo Landim declarou; “Flamengo terá que participar da elite européia de algum jeito”.
Concordamos plenamente, desde que esse “algum jeito” inclua uma revolução no futebol do Brasil.
A estruturação empresarial e jurídica que permita investimentos aliada à formação de uma liga de clubes, seria um bom começo.
Se não for assim, nunca chegará nem perto.
Não acham  ?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Brasil: a república que não deu certo -- por Armando Lopes Rafael

“(Você) Já parou para pensar por que o país do futuro permanece no futuro? Parece que o Brasil nunca realmente anda pra frente. Sempre que dá um passo adiante, tem-se a sensação de que mais adiante o país dará dois passos atrás. Temos tudo para dar certo: talentos, conhecimento, apesar da educação ser uma porcaria, criatividade de monte, bens naturais… mas, por que o país não anda?” – Ronaldo Faria Lima


     
    Entra ano e sai ano. Daqui a cinco dias começa 2020. E a população sente na pele esta dura realidade: a atual república presidencialista brasileira, foi- nos enfiada goela abaixo, em 15 de novembro de 1889. No dia seguinte ao golpe militar, o jornalista republicano Aristides Lobo escreveu num jornal: “Os brasileiros não compreenderam e assistiram bestializados à Proclamação da República, pensando que era uma parada militar”.   A atual República foi marcada, na maior parte da sua existência, ou seja, nos últimos 130 anos, por crises políticas, golpes, conspirações, deposições de presidente e por dois longos períodos ditatoriais (1930-1945 e 1964–1984).

   Pela relação oficial do Governo Federal já tivemos 43 presidentes da República. Na verdade foram mais. Na lista não consta duas juntas militares, presidentes que assumiram no lugar dos que foram depostos, etc. Mas vá lá. Dos 43 Presidentes da República,  apenas 12 eleitos cumpriram seus mandatos; 02 sofreram impeachment (Collor de Melo e Dilma Rousseff); 7 eleitos foram depostos; 1 eleito renunciou; 1 assumiu pela força. Tivemos 2 juntas militares no lugar de um presidente; 4 vice-presidentes que terminaram o mandato de presidentes eleitos (os dois últimos foram Itamar Franco e Michel Temer); 1 eleito e impedido de tomar posse; 5 interinos, 5 presidentes em regime de exceção; 1 eleito se tornou ditador.  Nos últimos 65 anos apenas 3 presidentes civis – eleitos diretamente pelo povo – terminaram seus mandatos (Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva).

       Ao longo da fase republicana no Brasil, tivemos 12 estados de sítio (suspensão das garantias constitucionais), 17 atos institucionais (que permitem ao governante da vez violar a Constituição), seis dissoluções forçadas do Congresso, 9 golpes de estado e 6 Constituições. A atual Constituição foi promulgada, há apenas 30 anos. Também ocorreram censuras à imprensa e aos meios de comunicação, com o fechamento de jornais.

    Dói dizê-lo: O povo não confia mais nas instituições, nos políticos e nos poderes constituídos desta república. Os níveis de corrupção são alarmantes. A Transparência Internacional deu nota 3,8 ao Brasil, no ano 2011. Trata-se de uma escala de 0 a 10, sendo 10 o valor atribuído ao país percebido como menos corrupto. O Brasil é um país de analfabetos funcionais e ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados no exame internacional, o PISA. Em artigo, o Prof. Cesar S. Santos afirmou: “A República apresenta um saldo extremamente negativo. Devemos discutir outras possibilidades de regime político, pois uma conclusão se impõe: a República faliu e ameaça levar consigo o que resta dos valores e das forças positivas da nação brasileira” .

Turismo no Cariri será valorizado no próximo ano


Fonte: Diário do Nordeste, 26-12-2019

"Soldadinho do Araripe" -- ave símbolo do Cariri

O Cariri, no Sul do Estado, é uma região marcada pela rica herança cultural, herdeira das tradições de povos indígenas que ali habitaram, sobretudo os índios Kariris. “Com a miscigenação de vários povos (indígenas, europeus e africanos) e o isolamento relativo do Cariri em relação a grandes cidades brasileiras, criou-se uma identidade cultural distinta, com danças e canções folclóricas típicas e expressões religiosas e artísticas peculiares. O Cariri se tornou conhecido como um 'caldeirão cultural' que mantém vivas as tradições de seus ancestrais”, descreve a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Além disso, a região conserva um dos maiores depósitos de fósseis do Cretáceo Inferior (entre 90 e 150 milhões de anos atrás) no Brasil e no mundo. Por esse motivo, a Unesco escolheu Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri para abrigar o Geoparque Araripe, evidenciando a importância da região para a história da humanidade. O Cariri ainda abriga o município de Assaré, onde nasceu e viveu o poeta Patativa do Assaré.

Cultura e ecoturismo

E é neste “caldeirão” que você também encontra atrativos diversos com opções de turismo religioso (ligado sobretudo à figura do Padre Cícero), geoturismo, vivências de treaking, trilhas, visitas a balneários, museus, prédios antigos, observação de pássaros – como o Soldadinho do Araripe, espécie endêmica da região –, além de experiências com artistas, artesãos e mestres da cultura local, a exemplo de Espedito Seleiro e dos Irmãos Aniceto. Com toda essa riqueza histórica e cultural, a região também é a segunda com mais oferta de serviços turísticos do Estado, atrás apenas de Fortaleza, pontua Édio Callou, Analista e Gestor do Projeto de Turismo do Cariri no Sebrae Ceará.
E é buscando aproveitar todo este potencial, que o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), juntamente com o Sebrae-CE e a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), estão trabalhando na estruturação da Rota Turística do Cariri. A expectativa da Setur é que o novo roteiro seja lançado ainda este ano e que já no próximo ano possa ser apresentado e comercializado em eventos de turismo internacionais.

Novos atrativos

Além dos atrativos já conhecidos, Édio Callou lembra que nos últimos anos o Cariri vem ganhando novos produtos turísticos, como o teleférico do Caldas, ainda em fase de testes, que deve transportar 600 pessoas por hora na subida da Chapada do Araripe. “Ele  deve ser um grande atrativo para a região e tem previsão de inauguração para o início de 2020”, frisa o gestor. Outra novidade nesse aspecto, aponta Édio Callou, é um trabalho do Serviço Social do Comércio (Sesc) em parceria com a Fundação Casa Grande (Nova Olinda) para criar um circuito de museus orgânicos. “São pequenos museus em salas nas próprias casas dos mestres da cultura. Museus distribuídos em torno da Chapada do Araripe, compondo uma rede de museus orgânicos”, explica o profissional do Sebrae.

Natal de refugiados venezuelanos em Fortaleza: "Aqui tem brisa e as pessoas são muito boas".

Fonte: jornal  “O Povo”, 26-12-2019 – Por Henrique Araújo

Natal dos Venezuelanos.(Foto: Thais Mesquita/O POVO) 

Oscar Rafael e Luís Enrique chegaram de Caracas em Fortaleza há mais de um mês. Na cidade, estranharam duas coisas: o mar não tinha (mau) cheiro, e o quilo do arroz não custava metade de um salário mínimo (como acontece na Venezuela). Na última terça-feira, véspera de Natal, as duas famílias de estrangeiros, que somam 13 pessoas ao todo, haviam preparado um bolo de chocolate. Era o primeiro em quase uma década. Longe de casa, num país estranho e sem dominar o português, estavam felizes.

"Aqui tem brisa e as pessoas são muito boas", sintetiza Enrique, um administrador que trabalhava na maior estatal venezuelana até o mês passado, quando deixou a terra natal para trás depois de perder o emprego na escalada da crise, responsável por expulsar milhares de conterrâneos em meio à escassez de itens básicos, como água e remédios. Ao lado dos três filhos e da esposa, viajou com o grupo de Oscar, um colega de profissão que também resolveu desfazer-se de tudo para tentar a sorte no Brasil. Casa, móveis e roupas foram vendidos às pressas a quem o procurasse. Não trouxe nada consigo.

Aqui, passaram por Pacaraima, Boa Vista, Belém e São Luís, antes de finalmente assentarem pouso na capital cearense. Dois fatores foram decisivos para que resolvessem estender a rede e a permanência. "Os cearenses nos tratam mais como brasileiros do que como uma pessoa estrangeira", conta Oscar. "Sabem que não falamos muito português, mas nos ajudam." Enrique tem um motivo mais urgente, todavia. "Uma das coisas que nos fizeram vir pra cá foi a saúde do meu filho. Ele é epiléptico, e o medicamento que ele toma não havia na Venezuela", justifica. "A cada dois ou três meses, eu precisava viajar até a Colômbia. E aqui tem de tudo. Ele está tomando medicamento que consegui no posto. Já estamos vendo até um neurologista pra ele."

"Esta é como nossa casa agora", interrompe Oscar, pai de Isabella, de 11 anos. O venezuelano emociona-se ao contar que, antes de chegarem a Fortaleza, a menina nunca tinha comido maçã. "Aqui as frutas são baratas", surpreende-se. E repete, os olhos molhados: "As pessoas são muito boas. Sinto muita falta de quem ficou lá, mas estamos contentes". Entre eles, a saudade se mata todo dia um pouco, recorrendo sobretudo ao Whatsapp, por onde enviam e recebem mensagens de vídeo e áudio em que ouvem uns aos outros falarem de mundos diferentes.

Assim, têm notícias dos pais e irmãos. Com a ajuda de amigos da igreja no Brasil, conseguiram um lugar para ficar. Um galpão em Caucaia, na região metropolitana, onde se dividem nas tarefas do dia a dia. Pergunto como tem sido a vida naquele espaço. "Como somos 13 pessoas, temos apenas 13 pratos, 13 colheres, 13 copos. É simples a divisão. É matemática: cada um cuida do seu", relata Oscar.

No dia em que os visitamos, o pequeno Pedro, de 8 anos, enxaguava a louça depois do almoço. Na cozinha, as esposas comiam, caladas. Os dois adolescentes assistiam TV numa área. Um dia antes, haviam reunido o que restara de dinheiro e montado uma árvore de Natal, que esperavam para iluminar durante a noite. Ainda não tinham se acostumado com a energia elétrica. "Eletricidade, água, isso quase nunca há na Venezuela. Só num dia, a energia vai e vem quase cinco vezes", conta Enrique. Alheio na terra nova, Oscar diz que aprendeu à força a conjugar uma esperança rala. "A condição do nosso país mudou muito. Há 15 anos, nosso soldo era de mais ou menos 2 mil dólares. Hoje, são 4 por mês. Não se pode morar com quatro dólares por mês", fala. Mas o venezuelano não se abate: "Se você muda para um país onde você pode vestir e comer três vezes ao dia, você vive bem. E ainda temos a brisa".

A volta dos que não foram - Por José Nêumanne Pinto.


Velhos fantasmas de corrupção do passado voltam ao debate em buscas e apreensões no escritório de Bastos, morto há dois anos, e no computador de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez

A Antônio Palocci, o autor da Carta dos Brasileiros, que tornou viável a aprovação da classe média, assustada com a possibilidade da ascensão ao poder na República do ex-líder sindicalista Lula, é atribuído um aviso de que não se devem deixar no caminho cadáveres insepultos. A metáfora dizia respeito ao abandono, no campo de batalha da política, de antigos companheiros que tombaram a serviço da causa socialista e por amor ao chefe. O próprio ex-ministro da Fazenda do avisado e ex-chefe da Casa Civil de seu poste, Dilma Rousseff, encarregou-se agora de exumar vampiros de um passado que já se pensava enterrado. De sua delação premiada, recusada pelo Ministério Público Federal, mas feita à Polícia Federal, emergem ainda os miasmas da Operação Castelo de Areia. E também o lixão secreto da guerra suja na privatização da telefonia.


A compra do voto do então presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), César Asfor Rocha, para livrar a Camargo Corrêa, delatada pelo ex-prefeito de Ribeirão Preto, provocou recentemente estardalhaço no noticiário e no confronto político cada vez mais polarizado. O chefão petista, tido como eventual concorrente (contra o então chefe da Casa Civil, José Dirceu) à sucessão do padim de Caetés, entregou na delação a peça que faltava no quebra-cabeças do desmanche. Ele contou aos agentes da lei que o advogado Márcio Thomaz Bastos, que fora advogado de Lula na Justiça Militar à época da ditadura, e ministro da Justiça em seu primeiro mandato presidencial, cuidou de planejar e organizar o desmonte. O primeiro passo foi prometer a Asfor a vaga do paulista Eros Grau no Supremo Tribunal Federal (STF), doce sonho de todas as estações dos causídicos do País, em particular de quem chega à cúpula dos tribunais de altíssimo coturno. Mas José Dirceu ganhou a preferência da presidente Dilma Rousseff, sugerindo para o lugar o carioca Luiz Fux, que para obter o galardão teria, segundo consta, prometido “matar no peito” na hora de julgar a companheirada no mais que momentoso, a época, processo do mensalão.

Escolhido o advogado e juiz no Estado do Rio para a ambicionada vaga, teria cabido, segundo Palocci, ao maquiavélico Bastos a entrega de um polpudo prêmio de compensação. Teria sido paga a Asfor a bolada nada modesta de R$ 5 milhões. Assim a  Castelo de Areia foi anulada e o maior escândalo de corrupção mundial só foi investigado porque saiu de São Paulo, onde Márcio Thomaz Bastos tinha muita ingerência sobre os juízes, com promessas de promoções, e agora passou para o Estado do Paraná.

Graças à força-tarefa do Ministério Público de Curitiba e ao ministro da Justiça e da Segurança Pública de Bolsonaro, o ex-juiz paranaense Sergio Moro, fora de São Paulo,  sede das maiores empreiteiras corrupteiras, a Lava Jato tem sido sucesso no combate à corrupção. Antecipei essa história toda no Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado de segunda a sexta-feira das 7h30 às 8 horas, em meu canal com vídeos diários de YouTube e em artigos semanais aqui, no Blog do Nêumanne, e quinzenais na página de Opinião do Estado.

Esse item da delação do guerrilheiro e sanitarista provocou a deflagração da Operação Appius, que encarregou a PF de fazer busca e apreensão no escritório do hoje aposentado Asfor. A busca foi feita, a investigação corre em segredo de justiça. E das pistas de provas que dela emergirem dependem o sono e a paz do autor do voto que encerrou a operação contra a empreiteira Camargo Corrêa a partir da chicana da inadmissibilidade de provas obtidas de uma denúncia anônima. E mais, essa investigação atual é o início da Lava Toga, que mira a compra de sentenças e vai pegar magistrados e advogados satélites que atuavam para Márcio Thomaz Bastos. A conclusão a que se chega nos corredores da polícia e da Justiça é que a morte do advogado paulista que impediu a Castelo de Areia, se não tornou possível, no mínimo, facilitou o mensalão e, mais recentemente, o petrolão, investigado desde 2014 pela Lava Jato.

Aliás, a atuação de Márcio Thomaz Bastos já me chamava a atenção desde antes, muito antes da operação citada acima. Em meu livro O Que Sei de Lula, editado pela Topbooks, do Rio de Janeiro, em 2011, o capítulo 11 (Polícia Pública, Interesses Privados) já relatava casos e fatos suficientes para demonstrar a mentira da PF, dita republicana, sob a liderança do então ministro da Justiça. Por conta dessa farsa, diga-se de passagem, a PF sempre teve sua imagem, nos dois desgovernos Lula, comparada com a dos Intocáveis dos tempos da Lei Seca em Chicago. Na verdade, seus agentes perseguiram implacavelmente o que aparecia à superfície como sendo negociantes ambiciosos, empresários acusados de sonegação e parlamentares oposicionistas que tiveram a má sorte de entrar na linha de tiro da chefia do governo. Mas, apesar de sua natureza o exigir, nunca foi propriamente um  exemplo de disciplina no serviço público.

Agora, com a Operação Appius, a Justiça Federal em São Paulo decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal do antigo escritório de advocacia do ex-ministro da Justiça do governo petista, eminência parda do ex-cliente Lula e que morreu em 20 de novembro de 2014, tendo então sua banca encerradas as atividades logo depois. A devassa nos dados do escritório de Thomaz Bastos foi decretada pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ou seja, a caixa de Pandora do Judiciário foi aberta. Como diria minha piedosa avó paterna, dona Nanita Germano, Deus tomará conta. E viva Moro!

  Outra indiscrição do figurão do PT que comandou a campanha da primeira eleição do poste de Lula movimentou as tropas de caça-fantasmas do combate à corrupção. O caso antecede a entrega da faixa de presidente da República de Fernando Henrique Cardoso a Lula. A estatal Telebrás foi dividida entre consórcios de grandes grupos empresariais nacionais associados a telefônicas estrangeiras.

O decreto-lei vigente quando Lula assumiu a Presidência da República não permitia que a Telemar comprasse a Brasil Telecom, as quais atuavam em áreas diferentes,  porque assim definia o Plano Geral de Outorga (PGO) – Decreto Lei 2.534, de 1998. Para a Oi comprar a Telemar era preciso que a Anatel alterasse seu texto. O primeiro passo do desgoverno petista foi a Oi, com o apoio do Lula, aparelhar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para doar a parte do leão às controladoras brasileiras do consórcio, à empreiteira Andrade Gutierrez, de seu amigo Sérgio Andrade, e à La Fonte, de outro amigo, Carlinhos Jereissati, irmão de seu desafeto político Tasso Jereissati. Essa história pode ser recontada agora também graças à delação premiada de Palocci.

A 69.ª fase da Operação Lava Jato, Mapa da Mina, pegou Lula, Lulinha, Gamecorp, sítio em Atibaia e  Oi/Telemar, resultado de uma maracutaia das maiores do desgoverno de Lula e do PT. Foi a chamada supertele verde-amarela, uma das campeãs nacionais, como o petista queria, mas em calote e propina. A megaempresa quebrou em 2016, com uma dívida de R$ 65 bilhões, e deu um calote de R$ 15 bilhões no BNDES.

A Oi/Telemar só virou a supertele verde-amarela pretendida porque o então presidente mudou a lei do PGO em 2008. Com o documento que batizei de Lei Telezoca, lembrando a intervenção do ditador Getúlio Vargas, em 1943, para garantir o pátrio poder de seu às vezes amigo, às vezes inimigo Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello.

Em abril de 2008, a Oi comunicou a trapaça da compra da Brasil Telecom por R$ 5,8 bilhões, operação que para ser concluída dependia da alteração do texto do PGO. Em janeiro de 2008 o então presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, escreveu um e-mail contendo a minuta do decreto que alteraria a lei. Em março, Lula designou Zunga, amigo de Lulinha e do citado Otávio Azevedo, para o Conselho Consultivo da Anatel. Em setembro, o então presidente nomeou Emilia Maria Silva Ribeiro, amiga de Otávio Azevedo, José Sarney e Renan Calheiros, para o Conselho Diretor da Anatel. Em outubro, a Anatel aprovou a alteração no Plano de Outorga, como queriam Otavio Azevedo e Pedro Jereissati. Ou seja, esta é a volta dos que não foram neste país desgovernado e furtado.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Crediamigo do BNB para a Caixa? -- Por Egídio Serpa



Fonte: "Diário do Nordeste"

Que planos tem o governo do presidente Bolsonaro para o Banco do Nordeste? Esta pergunta não tem resposta, por enquanto. Mas ela é motivada por informações procedentes de Brasília, segundo as quais o Ministério da Economia deseja transferir do BNB para a Caixa Econômica Federal toda a carteira do Crediamigo - maior programa latino-americano de financiamento de mini e micro empreendedores.

A justificativa é esta: "A Caixa tem agências em quase todos os municípios brasileiros, e essa capilaridade precisa de ser melhor aproveitada pelo maior banco social do País", como explicou uma fonte da CEF. Bem, tirar o Crediamigo do BNB será jogar gasolina na fogueira da política nordestina. Pior: será comprar uma briga com toda a bancada federal da região, algo que certamente Bolsonaro não desejará. O bom senso sugere: Presidente, deixe o Crediamigo e seu sucesso onde eles estão.

A origem da Catedral de Crato – por Armando Lopes Rafael


Sacrário da capela do Santíssimo Sacramento
da Catedral de Crato. Uma obra artística!
Foto de Armando Rafael

     O templo dedicado a Nossa Senhora da Penha, sede da cátedra (cadeira) do Bispo de Crato, é o edifício mais importante para a memória da região do Cariri. A atual catedral de Crato remonta a uma humilde capelinha de taipa, coberta de palha, construída – por volta de 1740 – pelo capuchinho italiano, frei Carlos Maria de Ferrara. Este frade foi o fundador do aldeamento da Missão do Miranda, núcleo inicial da atual cidade de Crato, criado para abrigar e prestar assistência religiosa às populações indígenas que viviam espalhadas ao norte da Chapada do Araripe.

    A notícia mais antiga, até agora conhecida, sobre as atividades pastorais de frei Carlos Maria de Ferrara, em Crato, tem a data 30 de julho de 1741. O historiador Padre Antônio Gomes de Araújo localizou essa ocorrência num livro de registro de batizado e casamento, pertencente à Paróquia de Icó, da qual era integrante a Missão do Miranda:

“Aos 30 dias do mês de julho 1741, de licença do Revmo. Cura Diogo Freire de Magalhães, na Igreja da Missão do Miranda, batizou frei Carlos Maria de Ferrara a Apolinário, filho de Matias Lopes de Sousa e de sua mulher Maria Lopes. Foram padrinhos: Manoel Pereira e sua irmã Inácia de Sousa, filhos de Antônio Pereira -- todos moradores nesta freguesia – João Saraiva de Araújo, Cura de Icó”.  Livro de Registro de Batizados e Casamentos, Paróquia de Icó. 1741-1783, fls. 2.

Pequena imagem da Mãe do Belo Amor, 
venerada, desde 1740,
na primitiva capelinha dedicada à Virgem 
da Penha por frei Carlos Maria de Ferrara

  Em janeiro de 1745, conforme pesquisa do historiador Antônio Bezerra, foi colocada numa das paredes da, então, capelinha de Nossa Senhora da Penha uma pedra com inscrição. Tratava-se do registro da consagração e dedicação do pequeno e humilde templo, início da atual catedral de Crato. A inscrição foi feita por frei Carlos Maria de Ferrara, e nela constava que a capelinha fora consagrada a Deus Uno e Trino e, de modo especial, a Nossa Senhora da Penha e a São Fidelis de Sigmaringa, este último considerado o co-padroeiro de Crato. Abaixo, o texto constante da inscrição rupestre, infelizmente desaparecida:

Uni Deo et Trino
Deiparae Virgini
Vulgo – a Penha
S Fideli mission.º S.P.N. Fran, ci Capuccinor.m
Protomartyri de Propaganda Fide
Sacellum hoc
Zelo, humilitate labore
D. D.
Sup. Ejusdem Sancti.i Consocy F.F.
Kalendis January
Anno Salutis  MDCCXLV.


   Com o passar dos anos, diversas construções e reformas foram agregadas à capelinha construída por frei Carlos Maria de Ferrara, que resultaram no atual edifício da Sé de Crato. Este templo foi igreja-matriz, entre 1768 e 1914, ano em que foi elevado à dignidade de Catedral pela mesma bula de Ereção Canônica da Diocese de Crato, datada de 20 de outubro de 1914.

   A partir desta data, a igreja-matriz de Crato passou a ser a Sé, a Igreja do Bispo, sede da sua cátedra (cadeira), lugar-sinal de comunhão e da unidade da Diocese e também da comunhão com a Igreja Universal. A catedral é a Igreja-Mãe de uma diocese. A de Crato possui um rico patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso.

Pesquisa feita por Armando Lopes Rafael

Mensagem de Natal do Chefe da Casa Imperial do Brasil



Porém o anjo disse-lhes: “Não temais, porque eis que vos anuncio uma boa nova, que será de grande alegria para todo o povo: Nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2,10-11).

Meus muito caros brasileiros,
Mais um ano chega ao fim e, como de costume, dirijo-me a meus compatriotas por ocasião do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

2019 foi ano felizmente marcado pela afirmação de boas tendências, tradições e valores que, a prevalecerem, farão o Brasil retomar as vias luminosas traçadas pela Divina Providência, de modo a ser, verdadeiramente e sempre mais, a Terra de Santa Cruz.
É com o coração cheio de alegria e renovada esperança que assisto as fileiras monarquistas engrossarem, sobretudo pela adesão dos mais jovens, e as ruas, “do Oiapoque ao Chuí”, acolherem com naturalidade, quando não com aplausos, a bandeira do Império com o Verde dos Bragança e o Amarelo dos Habsburgo.

Reflexo disso são os numerosos Encontros Monárquicos realizados em grandes capitais bem como em cidades menores, com a presença do Príncipe Imperial Dom Bertrand, do Príncipe Dom Antonio e de outros irmãos meus, e as manifestações à imprensa de meu jovem sobrinho o Príncipe Dom Rafael, com positiva e carinhosa repercussão. Assim, é com tranquilidade que vejo assegurada a sucessão dinástica, na certeza de que a Família Imperial perenizará sua missão de servir à Pátria.
O tema "Monarquia" está cada vez mais presente no panorama brasileiro. E com muita razão. Um regime que prima pela concórdia e pela convivência fraterna, tão afeitos ao temperamento nacional, há de atuar como um verdadeiro bálsamo sobre as divisões tipicamente republicanas infligidas ao nosso povo. Afinal, somos todos parte de uma grande família com um destino comum a realizar.

Diante do Presépio, rogo, pois, à Sagrada Família ― Jesus, Maria e José ― que abençoe o Brasil e guie nosso povo rumo à restauração de uma sociedade autenticamente monárquica, atendendo aos anelos de grandeza cristã que palpitam em nossos corações.

Com estes sentimentos e com esta prece, desejo a todos os brasileiros, de modo particular aos monarquistas e amigos da Família Imperial, um Santo Natal e um abençoado Ano Novo de 2020.

São Paulo, 24 dezembro de 2019.

Dom Luiz de Orleans e Bragança
Chefe da Casa Imperial do Brasil

Sergio Moro é eleito uma das 50 personalidades da década pelo jornal 'Financial Times' - Por G1


O ministro da Justiça, Sérgio Moro, participou de uma apresentação sobre o Banco Nacional de Perfis Genéticos — Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, foi eleito uma das 50 pessoas que marcaram a década pelo jornal "Financial Times". A publicação divulgou a lista nesta terça-feira (24), e justificou a escolha pela liderança do então juiz na Lava Jato, operação que teve desdobramentos inclusive em outros países da América Latina.

"De sua posição como juiz em uma cidade brasileira, Sérgio Moro liderou uma investigação sobre a corrupção que sacudiu o establishment político da América Latina", diz o jornal.

"A investigação sobre pagamentos de propina do grupo da construção Odebrecht levou à prisão do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e indiciou outros quatro ex-ou então presidentes do Peru — um deles se matou com um tiro antes que a polícia pudesse prendê-lo", afirma a "Financial Times".

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Árvore do Coração - Postagem do Antônio Morais.


Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela puder pendurar, em vez de enfeites, os nomes de todos os meus amigos. Os antigos, os mais recentes, aqueles que vejo cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados, os que às vezes ficam esquecidos, os constantes e os intermitentes. 

Os das horas difíceis e os das horas alegres. Os que sem querer eu magoei ou sem querer me magoaram. Aqueles que conheço profundamente e aqueles a quem conheço apenas a aparência. Os nomes de todos os amigos que já passaram por minha vida.

Uma árvore com raízes muito profundas para que os nomes nunca mais sejam arrancados, com raízes extensas para que novos nomes vindo de todas as partes venham com sabor muito agradável para que nossa amizade seja um alento de repouso nas lutas da vida. 

Que essa árvore seja cultivada no coração de cada ser humano, amigo ou não. Que esse sentimento permaneça vivo em cada dia do ano que se inicia, para que juntos possamos sentir o verdadeira e leal fraternidade. E jamais esqueçamos que nessa árvore cultivada em nossos corações, está nosso maior e melhor amigo.

O aniversariante.

Jesus Cristo. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Justiça nomeada de favor e de encomenda - Postagem do Antônio Morais.



"Bom Juiz é aquele que me dar razão. Essa é a democracia implantada nos governos do PT no Brasil. Alguns juízes são absolutamente incorruptíveis, ninguém consegue induzi-los a fazer justiça.

Como disse um juiz da Suprema Corte, frente a frente, para o outro colega : "Vossa Excelência tem sempre por trás algum interesse que não é o da justiça".  Ministro Luiz Roberto Barroso para  o ministro Gilmar Mendes.

"Quando a politica penetra pela porta da frente dos tribunais e justiça sai pela porta dos fundos". E quando o dinheiro entra?

domingo, 22 de dezembro de 2019

Prece Junto ao Presépio -- por Plinio Corrêa de Oliveira



    Aqui está, Senhor Jesus, mais um filho da Igreja militante trazido pela graça que vossa celeste Mãe, por suas preces, obteve de Vós. Eis este batalhador, ajoelhado diante de Vós, antes de tudo para Vos agradecer. 

    Agradeço-Vos a vida que me destes, o momento em que insuflastes minha alma, o plano eterno que tínheis a respeito de mim, por onde deveria haver nos desígnios de Deus alguém que, dentro da coleção dos homens, haveria de ocupar este lugar, mínimo que fosse, no enorme mosaico de criaturas humanas destinadas a subir ao Céu. 

    Agradeço-Vos por terdes posto uma luta no meu caminho, para que eu pudesse ser herói, e a força que me destes para rezar, resistir e espancar o demônio.

    Agradeço-Vos todos os anos de minha vida passados na vossa graça e aqueles em que, embora não transcorridos na vossa graça, Vós os encerrastes e, abandonando o caminho da desgraça, retornei à vossa amizade.
    Agradeço-Vos tudo quanto fiz de difícil para combater os meus defeitos, por não Vos terdes impacientado comigo, e por haverdes me conservado vivo para que eu ainda tivesse tempo de corrigir-me antes de morrer.

    E se um pedido quero Vos fazer neste Natal, Senhor Jesus, ei-lo, adaptando um pouco o versículo de um Salmo que diz “Não tireis a minha vida na metade dos meus dias” (Sl 101, 25): Não me tireis os dias na metade da minha obra, e concedei-me que meus olhos não se cerrem pela morte, não falte o vigor a meus músculos, minha alma não perca a sua força e agilidade, antes que eu tenha, para a vossa honra, vencido todos os meus defeitos, galgado todas as alturas interiores que me designastes para galgar, e no vosso campo de batalha tenha prestado a Vós, por feitos heroicos, toda a glória que esperáveis de mim quando me criastes. Assim seja.