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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

QUANDO O FUTEBOL É MISTURA DE JACARÉ COM COBRA D’ÁGUA - Por Wilton Bezerra.


Argel Fucks é um treinador que gosta de trabalhar. Um “workaholic” no futebol brasileiro. Tanto que trabalhou dobrado com o CSA para derrotar o Cruzeiro no Mineirão, beneficiando o seu novo empregador, o Ceará, cuja direção técnica assumiria horas depois.

Só que a vitória nas Alterosas colocou o time alagoano na condição de escapar da degola, e nem assim Argel se tocou de que estava agredindo a ética profissional.

Se é que existe ética nos meios esportivos do Brasil. Sim, porque horas antes do jogo, já havia acertado com o time cearense.

Na outra ponta, Adilson Batista, dispensado pelo Ceará por ser considerado incapaz de salvá-lo da degola, foi contratado pelo Cruzeiro para evitar que a foice da eliminação baixe sobre o pescoço mineiro. Entenderam?

Anos atrás, um treinador chamado Marquinhos Santos, que orientou a Chapecoense nesta temporada, fez o mesmo com o Fortaleza, ao abandonar o barco tricolor há poucos jogos da subida para a série “B”.

O pior é que essa falta de ética não fez sequer cócegas nos dirigentes tricolores e, meses depois, o presidente à época, Jorge Mota, o trouxe de volta. Para fracassar, claro, como castigo.
Os dirigentes, que sempre foram vilões nessa relação com treinadores, e suas dispensas, passam a enfrentar uma reação dos mesmos, à base da falta de ética em doses cavalares.

Quer dizer, agora, vai ser na base do “bateu-levou”, numa luta de dragões das maldades, sem nenhum santo guerreiro.
Para o seu compromisso com o Palmeiras, em São Paulo, o Flamengo teve barrados pelo Ministério Público os 10% de ingressos para sua torcida, contrariando ao que o rubro-negro cumpriu no jogo do Rio.
O Flamengo, detentor da terceira maior torcida em São Paulo, ficou impedido de ter o apoio de seus adeptos, sob a alegativa de que a força militar não garante a segurança no Alianz Parque.
O futebol brasileiro é, ou não é uma mistura de jacaré com cobra d’água ?

Um comentário:

  1. E. E quando a mistura é a administração do clube e a politica, e o deputado ou senador bota o terno e vai para Brasilia pode esperar o fracasso. É segunda divisão do clube, denuncias de corrupção do dirigente. São os Perrelas, os Mirandas e os Sanches e tantos outros enrolados que esquecem por completo o clube e pensam só em si mesmo. Outra mistura que não tem dado certo.

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