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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 30 de abril de 2016

MOLECAGEM (Editorial deste sábado do jornal “Estadão”)

30 Abril 2016 | 03h 00
Na iminência de ser desalojada do Palácio do Planalto, a petista Dilma Rousseff parece disposta a reafirmar, até o último minuto de sua estada no gabinete presidencial, a sesquipedal irresponsabilidade que marcou toda a sua triste trajetória como chefe de governo.

Até aqui, a inconsequência de Dilma podia ser atribuída, com boa vontade, apenas a sua visão apalermada de mundo, que atribui ao Estado o poder infinito de gerar e distribuir riqueza, bastando para isso a vontade “popular”, naturalmente representada pelo lulopetismo. Agora, no entanto, ciente de que não escapará da destituição constitucional, justamente porque violou a Lei de Responsabilidade Fiscal, Dilma resolveu transformar essa irresponsabilidade em arma, com a qual pretende lutar contra o Brasil enquanto ainda dispuser da caneta presidencial.

A presidente prepara um pacote de “bondades”, quase todas eivadas do mesmo espírito populista que tanto mal tem feito ao País. A ideia da petista é obrigar o novo governo, presidido por Michel Temer, a assumir o pesado ônus político de tentar anular algumas dessas decisões, que claramente atentam contra as possibilidades do Orçamento.

Um exemplo é a concessão de um reajuste do Bolsa Família. Articulada pelo chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, a medida deverá ser divulgada por Dilma para celebrar o Dia do Trabalho, amanhã. Não é uma mera “bondade”. Trata-se de uma armadilha para Temer.
O próprio Tesouro avalia que não há nenhuma possibilidade de conceder reajuste para os beneficiários do Bolsa Família sem, com isso, causar ainda mais estragos nas contas públicas. O secretário do Tesouro, Otávio Ladeira de Medeiros, disse que não há “espaço fiscal” – isto é, recursos no Orçamento – para o aumento.

Segundo Medeiros, o Orçamento tem uma margem de R$ 1 bilhão para reajustar o Bolsa Família, mas a extrema penúria das contas da União não permite que se mexa nesse valor enquanto o Congresso não aprovar a nova meta fiscal – o governo quer aval para produzir um déficit de até R$ 96,95 bilhões no ano. Sem essa autorização, e diante da perspectiva de nova queda da receita, a Fazenda reconhece que será necessário fazer um contingenciamento orçamentário ainda maior, o que inviabiliza o reajuste do Bolsa Família.
Essa impossibilidade, aliás, foi prevista pela própria Dilma. Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, nos últimos dias do ano passado, a petista vetou os reajustes de todos os benefícios do Bolsa Família. A previsão era de um aumento de ao menos 16,6%, correspondente ao IPCA acumulado de maio de 2014 – data do último reajuste do Bolsa Família – a novembro de 2015. Ao justificar o veto, Dilma escreveu que “o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários do Bolsa Família”.

Agora, no entanto, Dilma mandou às favas o que havia restado daquela prudência, com o único objetivo de sabotar Michel Temer. Sem ter autorização para mais gastos, o governo terá de fazer novos cortes até o final de maio – quando se espera que o País já esteja sendo governado pelo peemedebista –, e então qualquer liberação de dinheiro adicional para pagar um Bolsa Família reajustado poderia representar o mesmo crime de responsabilidade pelo qual Dilma está sendo acusada.

Atitudes como essa fazem parte de um conjunto de decisões indecentes que Dilma resolveu tomar para travar sua guerra particular contra o País. Sempre sob orientação de Lula, o inventor de postes, Dilma escancarou seu gabinete para os líderes das milícias fantasiadas de “movimentos sociais”, fazendo-lhes todas as vontades e concedendo-lhes benefícios com os quais Temer terá de lidar. Enquanto isso, mandou seus ministros se recusarem a colaborar com os assessores de Temer e reforçou sua campanha internacional para enxovalhar a imagem do Brasil no exterior, caracterizando o País como uma república bananeira. E esse espetáculo grotesco não deve parar por aí.

Eis o tamanho da desfaçatez de Dilma e de Lula. Inimigos da democracia, eles consideram legítimo aprofundar a crise no Brasil se isso contribuir para a aniquilação de seus adversários. Isso não é política. É coisa de moleques.
             

Em VEJA desta semana: Lula sempre ganhou "mensalinho" da OAS, diz empreiteiro

Engenheiro Zuleido Veras, preso em 2007 por pagar propina para obter contratos com o governo, conta que o ex-presidente recebia dinheiro da construtora desde a década de 80 e que cartel de empreiteiras foi montado para eleger Dilma Rousseff


Zuleido Veras: o dinheiro era para garantir “a sobrevivência” de Lula. Em troca, o PT ajudava a empresa(Lucio Tavora/Ag. A Tarde/Estadão Conteúdo)
O engenheiro Zuleido Veras conhece bem o ambiente de promiscuidade que existe entre o mundo político e as empreiteiras de obras públicas. Em 2007, Veras foi preso em uma operação da Polícia Federal, acusado de pagar propina em troca de contratos milionários no governo - um roteiro de corrupção muito similar ao do hoje famoso petrolão. Dono da construtora Gautama, o empreiteiro ficou doze dias na cadeia, respondeu ao processo em liberdade e, neste ano, o Supremo Tribunal Federal considerou nulas as provas contra ele. Na década de 80, antes de abrir o próprio negócio, Veras ocupou durante dez anos um cargo importante na OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de pagamentos de suborno da Petrobras. Trabalhou ao lado de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS e hoje um dos condenados no esquema de fraudes na estatal. Nesse período, Veras testemunhou o início de um relacionamento que pode explicar muito sobre alguns eventos ainda em apuração na Operação Lava-Jato.
Além dos golpes contra a Petrobras, Léo Pinheiro está sendo investigado por ter pago propina a políticos importantes, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suspeito de ter recebido de presente da empreiteira um tríplex numa praia do Guarujá e a reforma de um sítio em Atibaia, ambos no Estado de São Paulo. Em entrevista a VEJA, Zuleido Veras conta que as relações financeiras entre Lula e a OAS reveladas pela Lava-Jato não o surpreenderam: elas existiam desde que o ex-presidente ainda era apenas um político promissor. O empresário afirma que Léo Pinheiro sempre deu dinheiro a Lula para "sua sobrevivência", valores que hoje ficariam entre "30.000, 20.000, 10.000 reais", e também ajudava "por fora" nas campanhas políticas do ex-¬presidente. Em troca, os petistas estendiam a mão aos interesses da OAS. Veras também diz que o petrolão foi criado no governo Lula com a missão de garantir recursos para eleger Dilma.

Geddel diz a aliados: ‘Não votou, a caneta come’ - Por Josias de Souza


Sempre que lhe perguntam sobre a qualidade do ministério do provável governo do PMDB, Geddel Vieira Lima, articulador político de Michel Temer, responde: “Não vamos nos iludir, será o ministério possível.” Em conversa com um amigo, Geddel esmiuçou seu raciocínio: “Teremos uma equipe econômica que inspira confiança, um time palaciano experiente, um chanceler correto e bons nomes para Saúde e Educação. O resto vem com a negociação política.”

No epicentro das articulações, Geddel utiliza nas conversas com os representantes dos partidos uma franqueza desconcertante: “Tenho 30 anos nesse metiê. Sei como funciona. Não haverá renegociação todo dia. Definida a participação de cada um, vocês vão apoiar projetos que o governo enviará ao Congrresso. Não votou, a caneta come! Estamos entendidos?”

Em privado, o próprio Geddel revelou-se incomodado com a dificuldade de associar ideal e prática. Para não ficar “tudo igual”, o futuro ministro se empenhou para atrair os oposicionistas DEM e PSDB. Submetido às tradicionais hesitações do tucanato, Geddel desenvolveu para Aécio Neves, presidente do PSDB, um raciocínio aritmético. “Vocês podem ter os melhores projetos do mundo, mas não conseguiremos aprová-los no Congresso sem o pessoal do PP e do PR.”

As pontas do ministério que se forma sob Temer, um presidente cada vez menos improvável, serão unidas por fios invisíveis. Difícil separar uma parte da outra sem identificar na Esplanada as ressonâncias do fisiologismo que permeia todos os governos desde José Sarney. As legendas mencionadas exalam o cheiro de enxofre do mensalão e do petrolão, escândalos dos quais o PMDB também é sócio.

Nos seus diálogos privados, Geddel gosta de recitar Lula, de quem foi ministro. “O Lula diz que o ideal seria vencer a eleição solito e, depois, governar solito. Mas isso é impossível. Se é assim depois de uma eleição, imagine a situação de um governo que assume por dever constitucional, depois de um impeachment.”

Nos EUA, um caririense assume importante função na área de engenharia (postado por Armando Lopes Rafael)

No momento em que nossa Pátria se debate com a maior crise política, ética, moral, econômica e financeira da sua história, a nota abaixo me trouxe grande alegria. Conheço Tarcísio Barreto Celestino e sua família. Fui amigo do seu honrado pai, Antônio Corrêa Celestino. Tudo o que José Roberto (irmão de Tarcísio) escreveu abaixo é fato! Oxalá o exemplo da família Barreto Celestino, tanto no aspecto de honradez e ética, como na competência profissional, sirva de incentivo para a desorientada juventude do nosso País.
Armando Lopes Rafael

"Engenheiro caririense foi eleito presidente do ITA – por José Roberto Barreto Celestino
 Na tarde de ontem na cidade de San Francisco, Califórnia,  com 56 votos dos 57 países aptos ao voto foi eleito Presidente da ITA International Tunnelling and Underground Space Association o engenheiro civil caririense Tarcísio Barreto Celestino. O ITA conta com  71 países membros.
Tarcísio estudou no Ginásio Santo Antônio de Barbalha, de onde foi, a exemplo dos seus irmãos mais velhos, estudar na cidade de  São Paulo. Graduou-se em 1972 em Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e tirou seus diplomas de MSc e Phd em Engenharia Civil pela Universidade da California Berkeley, em 1974.
Em 1975 voltou a trabalhar no seu primeiro emprego, a Themag Engenharia, aonde permanece até hoje como consultor de Mecânica das Rochas, tendo trabalhado nos projetos de fundações das maiores represas do Brasil e de túneis. Foi consultor de vários projetos em diversos países desenvolvidos do mundo. É professor e orientador de doutorado na área de Geotecnia na Universidade de São Paulo, Campus São Carlos.
Nosso pai, Antônio Correia Celestino, era um entusiasta da Nação Brasileira e colocou na cabeça dos filhos de que eles deveriam ser engenheiros porque o Brasil precisava de técnicos. Hoje penso que o meu irmão Tarcísio é esse modelo de técnico que meu pai sonhou..."
(*) José Roberto Barreto Celestino, engenheiro. Empresário e ex-vice-prefeito de Juazeiro do Norte.

Impeachment de ‘presente’ de aniversário? - Por Severino Motta.


Presentão.

Sabem quem faz aniversário de 68 anos no dia 11 de maio, quando o Senado vai votar e afastar Dilma Rousseff do cargo?

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Caberá a ele presidir o processo caso o impeachment seja mesmo aberto. Taí um presente de aniversário que ele nunca irá esquecer.

Sempre que os petralhas se assanham contra o Cunha do PMDB, eu me lembro do Cunha do PT - Por Reinaldo Azevedo.


O Cunha do PT já era réu no mensalão, e, mesmo assim, o PT o fez presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; o Cunha do PMDB, que tem de ser cassado, ao menos foi eleito antes de ser réu

A cada vez que vejo petistas indignados porque Eduardo Cunha segue presidente da Câmara, mesmo sendo réu, eu me lembro de outro Cunha, o João Paulo, ex-deputado do PT. Por quê? Ah, eu explico.

Em 2010, este senhor já era réu do mensalão. Mesmo assim, concorreu de novo à Câmara e se reelegeu deputado. Coube ao PT, em fevereiro de 2011, indicar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Nada menos do que o comandante da comissão encarregada de julgar a constitucionalidade das proposições feitas pelos parlamentares. E quem o PT indicou? Ora, João Paulo Cunha!

Isto mesmo: o PT indicou para a presidência da principal comissão da Câmara um réu!


Cunha tem de sair da Presidência da Casa? Eu acho! Existem elementos de sobra para cassar o seu mandato.

Mas é o PT que opera com um peso e duas medidas. E não custa notar: quando Cunha se fez presidente da Câmara, ainda não era réu. Quem votou nele não estava desafiando as instituições. Quanto o PT indicou Cunha para a presidência da CCJ, estava dando uma banana para o Ministério Público Federal e para o Supremo.

Como sempre faz.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

O frouxo, o mimado e os chorões - Por José Neumanne Pinto


José Neumanne Pinto.

Má educação dos chorões de Dilma não impediu que verdade fosse dita por Janaína e Reale, no Senado, além de Dallagnol, no Paraná

Aprendi desde cedo, ainda na minha infância no sertão do rio do Peixe, nos anos 50, a ser do contra, defeito que seria combatido por sal de frutas Eno, receitava um anúncio de sucesso, publicado nas revistas que meu pai trazia do Rio de Janeiro e de São Paulo em suas viagens de caminhão. 

Hoje cedo, em minha participação de uma hora na Rádio Estadão (FM 92,9), exercitei esse talento para o contraditório com muita insistência, repetindo o que tenho dito e escrito em encontros sociais, palestras e mensagens no computador. Refiro-me à crítica generalizada que tenho ouvido de amigos e plateias e lido no Tweeter (@jose_neumanne) e em e-mails sobre a atuação decepcionante dos deputados federais que autorizaram, por 367 a 146, o Senado a abrir processo de impeachment contra Dilma Rousseff. 

Para isso, não me faltam argumentos fortes, todos solidamente apoiados na vida real. Apesar de a representatividade da Casa ser discutível, no domingo 17 os representantes do povo realmente votaram de acordo com a vontade da maioria, e com alguma folga. 

Agora, aliás, no Senado, a preferência popular pelo impeachment, atestada em pesquisas, como a do Datafolha, coincide com a manifestação da preferência de votos, 61% dos 81 senadores – 50 contra 31. Os discursos são muito similarees aos que me acostumei a ouvir no tempo em que trabalhei no Senado e, mesmo antes, no impeachment de Collor, em 1992, por exemplo. 

Circulam na internet dois exemplos disso: um vídeo da Escolinha do Professor Raimundo em que Chico Anysio ironiza os votos sim dedicados a Deus e à família e o discurso do senador Magno Malta na sessão de ontem da comissão do impeachment. O parlamentar empregou expediente já usado na Câmara, ao citar, ipsis litteris, o voto de Jaques Wagner, ministro da secretaria pessoal da “presidenta”, naquela sessão. Cito-o: “Quero dedicar estas palavras e o meu sim na tarde de hoje a meus pais e meus filhos. 

Esta Casa não lhes negará a esperança de que amanhã o Brasil será outro”. Terminada a leitura, Malta completou magistralmente: “Quando é contra eles não vale, porque eles acham uma vergonha”. Este é o lema do comportamento dúbio em que o PT tem sido pródigo na defesa da manutenção de sua gestão propícia à roubalheira e o foi ontem na, esta sim, vergonhosa sessão da comissão de impeachment do Senado.


Senador Raimundo Lira.

O comportamento da bancada que só esperneia e chora, instalada na primeira fila do auditório, foi execrável e, felizmente, inócuo. Lindbergh Farias exacerbou de sua condição de coronelzinho mimado da truculenta elite rural de meu Estado natal, a Paraíba. Quando era presidente da UNE, durante o governo Itamar Franco, no qual gozava de regalias e privilégios, o então ainda jovem agitador costumava invadir encontros privados do presidente para reclamar benesses com os mesmos altos brados que se acostumou a ouvir dos ancestrais na infância. 

Sempre era seguido pela aflita secretária, que tentava em vão explicar ao chefe que ele não se dignara esperar a audiência acabar, Lindbergh bradava aos quatro ventos: “Porra, Itamar, quando é que vai sair a grana pra reforma da sede da ONU na praia do Flamengo?”. 

Ontem também abriu sua boceta de Pandora de grosserias contra a convidada, Janaína Paschoal, respeitável professora de Direito da Faculdade da USP no Largo de São Francisco. Ao seu lado, outra petista, Fátima Bezerra, aconselhou a autora do pedido de impeachment a voltar para a classe. 

E Romário abusava da malandragem ao perguntar ao presidente da comissão a que horas ele falaria. Tudo isso foi facilitado pelo comportamento pusilânime do também meu conterrâneo Raimundo Lira. Nascido em Cajazeiras, muito perto de minha Uiraúna natal, ele não honrou a frase clássica de nosso colega no Estadão Euclydes da Cunha a respeito da sofrida população do Semiárido: “O sertanejo é antes de tudo um forte”. 

O senador é, antes de tudo, um frouxo. Mas isso não impediu que Janaína brilhasse. E como brilhou! Fugiu da constatação de acerto da máxima de Magno Malta respondendo às tentativas de desqualificar seu trabalho, atribuindo-lhe filiação ao PSDB ou cobrando dela até o fato de haver defendido um procurador que batera na mulher. 

Abusando do direito de espernear e chorar e do nhenhenhém protelatório do encarregado de pôr ordem na sessão, a turma que chora para continuar mamando, graças a Deus, não conseguiu calar Miguel Reale Junior, que nela cunhou a melhor sentença contra a farsa do “impeachment sem crime é golpe”. É esta: “Abaixo a ditadura da propina”. Bingo!


Senador Antônio Anastasia.

A impávida Janaína respondeu à crítica de que incluíra a Lava Jato na denúncia que a Câmara expurgara lembrando que essa exclusão se deveu ao presidente da Casa ao lado, Eduardo Cunha, xingado pelo PT como corrupto, mas protegido quando tentou esconder a própria culpa na “república de Curitiba”. Cássio Cunha Lima, que encerrou a sessão já de madrugada, pontuou muito bem mais essa evidência de crimes seriais do desgoverno e seus poucos, mas ainda barulhentos, aliados. Na rádio lembrei a Emanuel Bomfim, que me acompanhava no estúdio, que a a turminha no chora na teta é proporcional aos gatos pingados instruídos por Guilherme Boulos a queimar pneus velhos na rua e parar o trânsito de grandes cidades. 

Eles, felizmente, não puseram fogo no Brasil, conforme haviam anunciado. Contei também que, no dia da sessão, o procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, deu um banho de retórica didática mostrando como a maior empreiteira de obras do Brasil, a Odebrecht, montou um esquema empresarial para usar bilionárias sobras de superfaturamento para pagar propinas à organização criminosa que agora comete o mais hediondo dos crimes: usar como único argumento na defesa de continuar pilhando o erário o soberano e nobre voto popular. 

Outro destaque do mesmo dia foi o discurso sabujo do prêmio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel no plenário do Senado a favor da tese absurda do golpe dado pelo Congresso, com autorização do Supremo, na indigesta crise patrocinada por nosso ainda insepulto governo zumbi. 

O militante da luta contra ditaduras militares latino-americanos tornou pública a própria falta de civilidade exibindo sua condição de fazer parte da patota do me dá a chupeta pro nenê não chorar, em consonância com Vanessa Graziottin, Gleisi Hofman e José Pimentel, cujas boas maneiras são proporcionais à incapacidade de enxergar o óbvio. 

Para completar minha vontade de contrariar o caradurismo vigente na luta partidária, chamo a atenção do paciente leitor para o cinismo de Fernando Pimentel, amiguinho de Dilma há muito tempo, ao nomear madama Carolina secretária de Estado para livrá-la da agonia do assédio da polícia e da promotoria, órgãos do Estado interessados na participação dela em tenebrosas transações do marido e do amigo do peito Bené, já guardado numa cela. 

Carolina até pode ser bela como Marcela Temer, mas seu comportamento suspeito na megarroubalheira nacional torna impróprio o uso da definição de recatada. Do lar até pode ser! Mas, depois da Operação Acrônimo, o casal que ocupa esse lar não dá os melhores exemplos para as  crianças de Minas e do Brasil. Vade Retro!

Ataque aberto - O fim do governo dos marginais - Por Milton Pires.


"O maior inimigo da autoridade é o desprezo e a maneira mas segura  de solapá-la é o riso".

Hannah Arend.


Como Dilma se prepara para deixar o poder - Por Ricardo Noblat

Tchau Querida.

E o Aero-Lula? O poderoso e confortável avião presidencial, comprado para servir ao primeiro operário a se tornar inquilino do Palácio do Planalto, continuará servindo a Dilma depois que ela se afastar do cargo de servidora pública número um do país por decisão do Senado?

Ou o avião só servirá doravante a Temer, o vice-presidente no exercício da presidência da República até que o Senado julgue Dilma em definitivo?

Além do Palácio da Alvorada, onde além de morar passará a despachar, Dilma terá direito de desfrutar também da Granja do Torto, outro endereço residencial do presidente em Brasília?

E a quantos assessores ela terá direito? Seu salário, já se sabe, será reduzido à metade. E no Palácio do Planalto ela não poderá mais pôr os pés, a não ser se convidada por Temer. Não haverá convite.

Certa de que o Senado, até meados de maio próximo, aceitará julgá-la por crime de responsabilidade, Dilma coleciona dúvidas e prepara desde já a sua mudança.

Começou a transferir do Planalto para o Alvorada caixas e mais caixas de documentos. E pergunta a quem julga bem informado sobre direitos e deveres de uma presidente afastada, mas ainda assim presidente. Alterna momentos de silêncio com momentos de irritação.

Alimenta a esperança que seus principais auxiliares não compartilham: a de que acabará – quem sabe? – absolvida pelo Senado até o fim do ano e devolvida ao poder.

É por isso que já tomou uma série de decisões. Por exemplo: dificultar a transição do seu atual governo para o governo em formação do vice. Nada de facilitar a vida de Temer, pelo contrário. As informações que ele precisa para começar a governar lhe serão negadas.

Ora, pois... Ele que assuma e que mande os novos ministros correrem atrás delas. Dilma não chama Temer de conspirador? Não lhe atribui parte da culpa por sua queda? E então...

Nada de deixar projetos importantes para que Temer possa aproveitá-los. Os projetos de fato importantes serão anunciados por ela no restinho de tempo que lhe sobra como presidente em exercício.

Projetos apenas esboçados, principalmente os que poderiam fazer a felicidade dos chamados movimentos sociais, toda a pressa com eles! A digital de Dilma deve marcá-los, para desprazer do conspirador.

E ela faz questão de empunhar a tocha das Olimpíadas em cerimônia prevista para acontecer no dia 10 de maio. Deverá ser a última do seu período de cinco anos e quase seis meses como presidente da República do Brasil.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Protestos do MTST pró Dilma interrompem rodovias e avenidas em São Paulo


Grupos ligados ao MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto) fazem protestos em vários pontos da capital, na manhã desta quinta-feira (28). Além de protestar por moradias, manifestantes também se posicionam contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e um eventual governo Temer, gritando palavras de ordem contra o vice-presidente e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Os protestos são semelhantes, com manifestantes segurando faixas e ateando fogo em pneus nas vias para impedir o tráfego de veículos. Por volta das 7h, ao menos as rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares estavam bloqueadas. Também há bloqueios na avenida Giovanni Gronchi, na região do Morumbi, e na marginal Tietê.
Fonte: "Folha de S.Paulo", 28-04-2916


Jô Soares - Por Antônio Morais.


Grande palhaço.

Eu já estava habituado a não assistir o programa do  Jô Soares. Não entendo como a maior  rede de televisão de um país entregar  uma hora de seu tempo para tão ordinária criatura.

Ontem,  resolvi assistir a tão  propalada "As meninas do Jô".  O merda só faltou chorar, quando fez comentários em defesa do  José de Abreu e do Chico Buarque, fez  pena e dó.

Chegou a dizer que o governo  não dar dinheiro  a ninguém, o produtor é que   trabalha as empresas e estas é que  fazem  a doação.  O besta pensa que  tem alguém tão besta que não saiba que  o que for doado é descontado dos impostos a pagar.  Quem termina  pagando é o governo que deixa de  arrecadar.;

Um conselho para a Dilma Roussef, aproveite esses  15 dias que lhe restam e  como  existem 12 ministérios vagos, nomeie  Jô Soares, José de Abreu, Chico Buarque,  Caetano Veloso, Wagner Moura, Letícia Sabatela,  Cristiana Lobo, e, não esqueça o  deputado Sílvio Costa, o deputado Ivan Valente, a senadora  Vanessa,  o senador Telmário Mota, pelo esforço  deles merecem ser ministros  por  15 dias.

Faltou um, então, a Dilma procure desfazer a  deselegância do Lula que demitiu por telefone o senador Cristovam Buarque e o nomeie também ele é, e  sempre foi um fiel escudeiro do PT. Não seja ingrata com ele. 

Los três presidentes “bolivarianos” que sofreram impeachment

    A frase de Karl Marx: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa” é uma realidade no Brasil dos dias atuais. Dilma está cada vez mais parecida com Manoel Zelaya, o “maluco do chapéu” de Honduras. Zelaya sofreu processo de impeachment que seguiu rigorosamente a Constituição de seu país e resolveu refugiar-se na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa por 125 dias, num dos episódios mais ridículos e hilariantes já vistos. Vivíamos os tempos de Lula, quando este ainda tinha o respeito da população. Zelaya caiu e a pequena e pobre Honduras soube resistir à pressão da Venezuela, Brasil, Argentina e demais bolivarianos...

   Fernando Lugo, do Paraguai, também foi afastado do poder por um impeachment absolutamente legal. Assim como Zelaya, ele também denunciou o “golpe”, quase convencendo os incautos que de golpe se tratava. Daquela vez quem fez muito barulho foi Dilma, à época uma “gerentona”.  Dilma faz muito zuada, aqui e lá fora, recusando-se a aceitar as regras do País. Organizações com viés nitidamente esquerdista, como a OEA, por sua vez, comportaram-se exatamente da mesma maneira! 

   Agora é a vez do Brasil! Talvez por se tratar do terceiro caso, em curto período de tempo, em que presidentes bolivarianos são afastados do poder por feitos graves em sua administração, reagindo com muita gritaria e nenhuma razão, Dilma não convenceu ninguém. O grande crime do lulopetismo e, portanto, de dona Dilma foi acabar com a Nação, reduzindo o Brasil a frangalhos, para satisfação de seus interesses. Assaltaram a Petrobrás, a Eletrobrás, outras “brás” e ainda quebraram os quatro maiores fundos de pensão, compelindo o povo a saldar os prejuízos.

   Mas o impeachment tem base no desrespeito às normas constitucionais e é insofismável. No caso dos créditos abertos por decretos não numerados (sem autorização legislativa) foi contrariada a determinação de instituir o crédito dentro dos parâmetros fixados na legislação (inclusive metas) vigente no momento de sua criação (Lei de Responsabilidade Fiscal e demais leis pertinentes). Tanto houve desrespeito à meta que vigia à época que no fim do exercício foi necessário modificá-la, com a pretensão – não eficaz nem válida – de restituir legalidade a esses decretos. No caso dos atrasos nos repasses aos bancos federais, por vários meses e em cerca de R$ 50 bilhões, fica evidente que tal atraso não se refere a pagamento de “serviço” – havia contrato, foi pago ou só se pagou o repasse atrasado? –, e sim a empréstimo ilegal tomado à instituição financeira. 

   Simples assim. O resto é conversa para enganar quem não entende da matéria. Ou, pior, não quer entender para não admitir. Um ou outro jornalista estrangeiro comprou sua história de “golpe”, porém a grande maioria viu a “denúncia” de Dilma como mais um daqueles casos bizarros que de vez em quando acontecem por estas bandas. Dilma perde, assim, toda a dignidade. Quanto mais ela faz, mais perto fica de seu afastamento, que se vai tornando mais e mais urgente.
(Texto: Opinião dos Leitores, do Estadão)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

“Lulopetistas” fazem de conta que são sérios para enganar a população – por Armando Lopes Rafael

   
Para quem dedica um mínimo de tempo acompanhando (ou perdendo tempo?) as declarações das lideranças petistas, ainda que não seja uma pessoa inteligente percebe logo a farsa das declarações dos lulopetistas...

     Vejamos en passant as manchetes da grande imprensa de hoje: “Dilma reafirma, na Bahia, que não vai ter golpe”. Todo munda sabe que o magote dominante do poder já sabe que perdeu a parada do impeachment. O objetivo do novo marqueteiro do PT (o marqueteiro-mor João Santana continua preso desde fevereiro na Polícia Federal envolvido nas propinas da Petrobras) é repetir, à exaustão, a palavra de ordem “Não vai ter golpe”. Isso para manter a pouca militância do Partido dos Trabalhadores nas ruas, até pelo menos 2018. Desde as eleições do “estelionato eleitoral” de 2014 a militância do PT só participava de eventos públicos do partido mediante pagamento de R$ 30,00 por cabeça, além da “quentinha” ou do sanduíche de “mortaNdela” (como diz o companheiro Lula da Silva).

      A “Folha de S.Paulo” desta 4ª feira, 27, diz que: “Equipe da Presidente já sabe que o afastamento dela é inevitável e Dilma traçou uma agenda para impedir que Temer “se aproprie” de projetos de seu governo”. Outra expressão surrada, repetida ad nauseam é que “Dilma foi legitimada por mais de 50 milhões de votos (ela teve apenas um pouquinho mais do que Aécio Neves) e que Michel Temer não teve voto nenhum”. Mentira rasteira. Ou alguém esqueceu que na urna eletrônica quando os eleitores de Dilma votavam nela aparecia, logo embaixo da imagem dela, a foto de Michel Temer. Temer também teve mais de 50 milhões de votos...
     Outra verdade escondida pelos lulopetistas: dos quase 54 milhões que votaram em Dilma, se as eleições fossem hoje, cerca de 35 milhões não repetiriam o voto, pois se declaram agora “revoltados com a destruição do Brasil” levada acabo por Lula e pela ex-gerentona”. É só conferir as ultimas pesquisas.

      Mesmo antes de os políticos procurarem a sintonia com o descontentamento do povo (afinal esses políticos não sobreviverão indo contra os seus eleitores), Dilma já não conseguia fazer pronunciamentos nem pela televisão, porque os “panelaços” abafavam o som da TV nas grandes cidades brasileiras. Autocrítica nunca foi o forte da “ex-gerentona”. E na tentativa de escapar do impeachment, ela quer agora antecipar as eleições para outubro, o que não é previsto na Constituição. Isso sim, é golpe! 

      Mas como se dizia no português antigo: “Dilma vai obrar inutilmente...” A edição extra da revista VEJA publicou: “Lula e Dilma Rousseff acreditavam que a imprensa livre e os órgãos de investigação jamais descobririam que eles se mantiveram no poder fraudando eleições, subornando políticos e corrompendo partidos por meio de uma gigantesca estrutura montada dentro do aparelho estatal”.
        Ambos sabem agora que deram com os burros n’agua...

Brasil na encruzilhada da história: Família Imperial Brasileira quer usar divisão do país para restaurar a monarquia

        Dom Bertrand de Orléans e Bragança na avenida Paulista no dia da votação do impeachment   
Fonte: jornal "Folha de S.Paulo" -- Rodrigo Vizeu (Editor-Assistente da seção "Poder")
     Vai achando que é só plebeu que protesta em Copacabana e na Paulista.... Entre a fauna que ganha visibilidade nas manifestações contra Dilma Rousseff, talvez já tenham chamado a atenção do leitor esporádicas bandeiras do Brasil imperial –na qual o globo azul é substituído por brasão e coroa. Portando os estandartes estão os monarquistas brasileiros, que querem aproveitar o clima de uma pátria desunida para propor uma solução que olha para trás: por que não aproveitar para restabelecer o regime deposto por republicanos há 127 anos?

    O monarquismo brasileiro tem à frente os descendentes de dom Pedro 2º, imperador morto no exílio. Sua voz mais ativa hoje é dom Bertrand de Orléans e Bragança, 75, trineto de dom Pedro e segundo na hipotética linha sucessória do trono nacional. Chamado de alteza por assessores, Bertrand toca o movimento devido à saúde debilitada do irmão mais velho, Luiz, 77.  O príncipe nasceu na França –da qual guarda discreto sotaque– e já estreou nos atos de rua, sendo parado para selfies por súditos em potencial. Embora propague o caráter suprapartidário que deve ter o monarca de um renascido império, Bertrand concentra suas críticas no PT, que vê como artífice de um plano para impor o socialismo ao país.

    "Nossa bandeira é verde e amarela e jamais será vermelha", repete incessantemente o príncipe em discursos e pronunciamentos pela internet. Do alto de um carro de som, repudiou "os que têm como intenção implantar na nossa pátria o que fracassou do outro lado da cortina de ferro". Em conversa com a Folha em janeiro, o possível chefe do Poder Moderador disse apoiar os atos de rua, mas distingue "movimentos agitadores pagos, como MST" do "Brasil autêntico, que trabalha e dá certo".
SOLUÇÃO REAL
    É na insatisfação atual que o príncipe vê margem para atrair adeptos à ideia de recolocar os Orléans e Bragança na chefia do Estado. Ele diz que há cada vez mais interessados na causa, promovida on-line e nos protestos, com panfletos que destacam as virtudes da restauração. 

    Ele compara a tensão de eleições presidenciais a uma briga em família, na qual os filhos –no paralelo, os cidadãos– "perdem aquele respeito que têm em relação aos pais" (os políticos). "Ao passo que a monarquia garante unidade, estabilidade e continuidade", explica. "O Brasil está com saudade de um regime que faça à nação o que uma nação deve ser: uma grande família com destino comum a realizar." "Quando brasileiros bradam 'Quero meu Brasil de volta', bradam 'Eu quero o Brasil do Cristo Redentor e de Nossa Senhora Aparecida'", resume.A retórica religiosa –presente, diga-se, desde os imperadores e a princesa Isabel– perpassa o discurso da família, que ainda hoje prepara seus descendentes para reocupar o trono.
          
 QUE REI SOU EU?
Na prática, Bertrand propõe um regime "na linha do Segundo Reinado, mas atualizado de acordo com as circunstâncias". A tese de que deve ser um descendente dos imperadores do século 19 a portar a coroa rediviva não é consenso nem entre eles.
Dom João Henrique de Orléans e Bragança, 61, de outro ramo da família, diz que ninguém pode impor isso ao país. Ele, que tem uma pousada em Paraty e é habitué dos protestos da orla carioca, diz ser, mais do que monarquista, parlamentarista. Mas argumenta que o sistema funcionaria melhor com um rei, mais neutro como chefe de Estado do que um presidente.

Apesar de não fazer questão que um dos seus reine, João ressalta: "As famílias reais são educadas desde pequenas com princípios que dizem respeito ao Brasil, às instituições, à democracia, e isso tem um peso público enorme. Ninguém de nós teve funções político-partidárias".  Agora, dá mesmo para sonhar com um retorno do rei –já rejeitado em plebiscito em 1993, quando a monarquia só teve 10% dos votos? 

Mais uma vez, Bertrand busca inspiração no passado. Conta que no fim da União Soviética eram comuns cartazes dos czares e a bandeira imperial entre a multidão. O regime não foi substituído pela volta dos Romanov, mas o príncipe ainda gosta do paralelo. "Os brasileiros começam a se perguntar: 'Valeu a pena a República?".
             
Dom João de Orléans e Braganca nos protestos contra o governo do dia 16 de agosto   

Triste fim! - Por Ricardo Noblat.

Lula e Dilma 

Dilma está entre perder o poder para Michel Temer, caso o Senado aprove o pedido de impeachment, ou perdê-lo para Lula, caso o Senado rejeite o pedido.

Quanto a Lula, ele está entre ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal, caso Dilma sobreviva ao impeachment e ele vire ministro do governo, ou continuar sendo investigado pela Lava-Jato.

Triste fim dos dois, dê no que der.

Paim diz a movimentos sociais que Dilma será afastada - Por Severino Motta

Em reunião com Renan Calheiros (PMDB-AL) e movimentos sociais ligados ao PT, como o MST e o MTST, o senador Paulo Paim (PT-RS) foi sincero com seus interlocutores: 

“A admissibilidade do impeachment está dada, não adianta a gente se enganar”.

O senador aposta suas fichas, agora, numa eventual absolvição de Dilma Rousseff ao final dos até 180 dias que a petista ficará afastada.

Segundo ele, apesar da frágil base não contar com os 28 votos necessários para salvar o mandato, a oposição também não contaria com os 54 para derrubá-la definitivamente.


Lula agora chama seus ex-aliados de ‘quadrilha’ - Por Josias de Souza.


Mal comparando, Lula vive situação análoga à do sujeito que, desabituado de olhar-se no espelho, leva uma eternidade para perceber que a mulher casara-se com ele por dinheiro. Em sua primeira manifestação depois do Waterloo da Câmara, o sábio da tribo do PT declarou que “uma verdadeira quadrilha legislativa”, unida à imprensa e à oposição, “implantou a agenda do caos” no país. O pajé acrescentou que a quadrilha “foi comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, réu em dois processos por corrupção, investigado em quatro inquéritos e apanhado em flagrante ao mentir sobre suas contas escondidas no exterior.”

Lula demorou quase 14 anos para notar que os companheiros do PP, PR, PTB, PMDB e assemelhados coligaram-se com os governos do PT não por amor, mas pelos mensalões e petrolões. Só agora, depois de arrombadas todas as arcas, Lula se deu conta de que seus aliados eram traidores que ainda não tinham reparado na sensualidade do Michel Temer. Mais um pouco e o morubixaba do petismo vai acabar percebendo que o dinheiro da Petrobras só saiu pelo ladrão porque o governo permitiu que o ladrão entrasse no cofre. Sem isso, não haveria Lava Jato nem dinheiro do Eduardo Cunha na Suíça.

Pobre Lula! Sem perceber, tornou-se um típico político brasileiro. Grosso modo falando. Demorou quase 14 anos para reconhecer que “base aliada” era apenas um eufemismo para “quadrilha”. Antes, Lula dizia: “Falem-me de infidelidade que eu puxo logo o talão de cheques.” Agora, com a Lava Jato a aquecer-lhes a nuca, os quadrilheiros exclamam: “Falem-nos de lealdade que puxamos logo o coro do impeachment: 'por minha família…', 'pelos meus filhos…', 'pelo papagaio…'.'' Noutros tempos, Lula exclamava: “falem-me em rebelião que eu puxo logo um bom discurso''. Agora, os aliados exclamam: “Falem-nos em lero-lero que nós puxamos logo um ronco.”

terça-feira, 26 de abril de 2016

Será que ainda haverá tempo para mais canalhices? - Por Antônio Morais.

Alessandro Teixeira, ministro do Turismo, é gaúcho, filiado ao PT e ex-assessor e queridinho da presidente Dilma Roussef. 

Diante  de um governo podre, que onde se aperta sai pus, recheado de escândalos de toda natureza uma sacanagem a mais não pode causar nenhuma admiração. É característica deste governo e seu bando.

Os petista se esmeram em desmoralizar as instituições que ocupam.

Desta feita, o gabinete do Ministério do Turismo, foi usado para um ensaio fotográfico da esposa  do  ministro.

Lembrar que o Rio Grande do Sul já deu ao Brasil Pinheiro Machado, Borges de Medeiros, Leonel de Moura Brizola, Paulo Brossar, Pedro Simon,  é isso cada representação no seu tempo.







Ninguém melhor do que Temer - Por Antônio Morais.

Na linha de sucessão da presidência da republica, a pesar  da descrença do povo nos políticos a melhor opção é  o Temer mesmo.

O Temer andou de mãos dados com os governos do PT e sabe exatamente o que o PT  fez que não deveria ter feito. É só  desfazer e retomar o caminho  correto.

a - Fazer uma auditoria  severa nos bancos oficiais, especialmente  no BNDES, recuperar parte da roubalheira oficializada  na gestão do PT. 

b - Acabar com  as ONGs de apadrinhados que custam caro ao governo e não produzem nada em troca, bem como  deixar de financiar organizações sindicais para obter apoio em troca. Reduzir  a metade o número de  ministérios.

c - Acabar com essa  propaganda  cara, mentirosa e enganosa que apresenta na mídia um pais de fantasias, nuvens e ilusões.

d - Demitir em massa, de uma só vez,  os milhares de apadrinhados espalhados  pelo pais, que nada fazem e recebem gordos salários.

e - Apoiar a Lava Jato e, por meio dela recuperar  parte  dos roubos já declarados e comprovados,  isso já daria um bom alivio ao erário público.

Executivo da OAS se oferece para contar à Lava Jato segredos devastadores sobre Lula - Por Robson Bonin.

Em troca de benefícios legais, Léo Pinheiro promete revelar, em delação premiada, o que viu, ouviu e fez nos anos em que compartilhou da intimidade do ex-presidente

Léo e Lula são bons amigos. Mais do que por amizade, eles se uniram por interesses comuns. Léo era operador da empreiteira OAS em Brasília. Lula era presidente do Brasil e operado pela OAS. 

Na linguagem dos arranjos de poder baseados na troca de favores, operar significa, em bom português, comprar. Agora operador e operado enfrentam circunstâncias amargas. O operador esteve há até pouco tempo preso em uma penitenciária em Curitiba. 

Em prisão domiciliar, continua enterrado até o pescoço em suspeitas de crimes que podem levá-lo a cumprir pena de dezenas de anos de reclusão. O operado está assustado, mas em liberdade. Em breve, Léo, o operador, vai relatar ao Ministério Público Federal os detalhes de sua simbiótica convivência com Lula, o operado. 

Agora o ganho de um significará a ruína do outro. Léo quer se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a delação premiada, para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações sobre a participação de Lula no petrolão, o gigantesco esquema de corrupção armado na Petrobras para financiar o PT e outros partidos da base aliada do governo.

Por meio do mecanismo das delações premiadas de donos e altos executivos de empreiteiras, os procuradores já obtiveram indícios que podem levar à condenação de dois ex-ministros da era lulista, Antonio Palocci e José Dirceu. 

Delatores premiados relataram operações que põem em dúvida até mesmo a santidade dos recursos doados às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e à de Lula em 2006. As informações prestadas permitiram a procuradores e delegados desenhar com precisão inédita na história judicial brasileira o funcionamento do esquema de sangria de dinheiro da Petrobras com o objetivo de financiar a manutenção do grupo político petista no poder.

É nessa teia finamente tecida pelos procuradores da Operação Lava-Jato que Léo e Lula se encontram. Amigo e confidente de Lula, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de colaboração. 

As conversas estão em curso e o cardápio sobre a mesa. Com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na Petrobras, exatamente como afirmara o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado. O executivo da OAS se dispôs a explicar como o ex-presidente se beneficiou fartamente da farra do dinheiro público roubado da Petrobras.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Anastasia será o relator - Postado por Antônio Morais


O PT pode fazer o que quiser, mas, se as normas forem respeitadas, a definição do relator da comissão do impeachment de Dilma no Senado será por votação, o que deve ocorrer amanhã, quando começarem os trabalhos do colegiado.

Está lá no artigo 45 da Lei nº 10.79/50, que define os crimes de responsabilidade e regula o julgamento deles: "A comissão a que alude o artigo anterior, reunir-se-á dentro de 48 horas e, depois de eleger o seu presidente e relator..."

O PT não tem voto para barrar Anastasia. Nem o impeachment de Dilma.

A hora e a vez de Lula - Por Ricardo Noblat


Na tarde quente do domingo 5 de junho de 2005, um homem de meia idade e uma vidente famosa em São Paulo foram admitidos no apartamento do então presidente Lula, em São Bernardo do Campo.  Lula e a vidente conversaram a sós por vinte minutos. Depois que ela foi embora, Lula contou ao homem sobre o terremoto que ameaçava desestabilizar o seu governo e sobre o que faria para tentar sobreviver.

Há três semanas, o noticiário da imprensa girava em torno de um único assunto: a compra pelo governo de votos de deputados para aprovar projetos do seu interesse. Feita pelo deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB, a denúncia ganhara status de escândalo e estava preste a ser alçada à condição de o maior escândalo de corrupção desde a chegada do PT ao poder.

Para isso, só faltava Jefferson conceder uma entrevista explicando em detalhes tudo o que dissera até ali, e acrescentando novas revelações. Pouco antes da chegada do homem e da vidente ao seu apartamento, Lula ficara sabendo que já não faltava mais nada. Jefferson falara à jornalista Renata Lo Prete, da Folha de S. Paulo. E a entrevista seria publicada no dia seguinte.

Entre outras coisas, Jefferson diria que deputados de partidos aliados do governo recebiam o que chamou de um "mensalão" de R$ 30 mil pago pelo tesoureiro do PT Delúbio Soares. Segundo Jefferson, ele alertara a respeito vários ministros do governo – entre eles, José Dirceu, da Casa Civil, e Antonio Palocci, da Fazenda. E em janeiro último, alertara também o próprio Lula, que chorou.

“A entrevista do Roberto vai virar o país de cabeça para baixo”, comentou Lula com o amigo que o ouvia em silêncio. “Todo mundo vai achar que o governo não se sustentará mais de pé e que talvez nem consiga chegar ao fim. Mas acredite: a montanha vai parir um rato. Pensam que vão me destruir. Pois vou me reeleger e fazer meu sucessor”. 
  
Lula não contou como imaginava sobreviver. Mas como se falasse sozinho, aduziu em voz baixa: “Vou aproveitar para me livrar de Zé Dirceu e até de Palocci”. De Dirceu, Lula se livraria dali a um mês ao forçá-lo a pedir demissão. Dirceu assumiu seu mandato de deputado federal, mas foi cassado. Acabou condenado a sete anos e 11 meses de prisão. Ficou 11 meses preso.

Foi preso novamente pela Lava-Jato no ano passado e virou réu. Quanto a Palocci, Lula livrou-se dele em março de 2006 quando o caseiro Francenildo Costa teve seu sigilo bancário quebrado ilegalmente pelo governo. Francenildo havia flagrado Palocci uma dezena de vezes em uma mansão de Brasília frequentada por prostitutas e lobistas.

O mensalão não foi um escândalo, e o petrolão outro. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, admitiu na semana passada que os dois não passam de uma coisa só – um bilionário esquema de corrupção para sustentar no poder o PT e seus aliados. Lula reelegeu-se, elegeu Dilma e a reelegeu. Mas Dilma está a poucos dias de cair. E ele, Lula...

A Lava-Jato dispõe de indícios e provas suficientes para prender Lula por obstrução da Justiça, ocultação de bens em nomes de terceiros e recebimento de dinheiro por palestras que não fez. Lula só não foi preso ainda porque o Supremo Tribunal Federal avocou a responsabilidade de decidir o futuro dele, uma vez que Dilma o havia nomeado ministro. Em breve, pode mandar prendê-lo. Ou deixar que o juiz Sérgio Moro o faça.


CELSO DE MELLO DEFINE LULA: TORPE, INDIGNO, AUTOCRATA, ARROGANTE E PRIMÁRIO.

Ultimamente anda difícil encontrar o bom e velho Celso de Mello. O Decano do Supremo Tribunal Federal, que sempre pautou sua conduta pela independência, imparcialidade e consistência jurídica, tem votado cada vez mais alinhado à bancada petista liderada pelo presidente Ricardo Lewsandowski. 

Mas hoje, felizmente, pudemos ouvir novamente o velho leão rugindo. Em texto lido com a dureza e serenidade necessárias ao momento, Celso de Mello respondeu às bravatas e ao desrespeito de Lula ao Judiciário.

Ao definir os termos usados por Lula para se referir ao juiz Sérgio Moro e mesmo ao Superior Tribunal de Justiça e ao STF, Mello foi na jugular. "Reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes que não conseguem esconder, até mesmo em razão do primarismo de seu gesto leviano e irresponsável, o temor pela prevalência do império da lei”. 

Não poderia ter sido mais preciso. Lula, um autocrata por natureza, arrogante, torpe e indigno, tem a postura que tem por puro medo da Lei. Esta mesma Lei que, cedo ou tarde, o encaminhará para o único lugar devido aos bandidos: a cadeia.

Aliás, é justamente esta a advertência que Celso de Mello deixa para Lula: Os juízes do Brasil, "não hesitarão, observados os grandes princípios consagrados pelo regime democrático e respeitada a garantia constitucional do devido processo legal, em fazer recair sobre aqueles considerados culpados, em regular processo judicial, todo o peso e toda a autoridade das leis criminais de nosso País!”.

domingo, 24 de abril de 2016

A democracia exige respeito - Por Mary Zaidan


Alívio. Nas Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff poupou o Brasil do vexame da denúncia de um golpe que não é golpe que ela insiste em dizer que é golpe. Foi prudente, comedida e elogiada. Não pelo que falou, mas pelo que não disse. Poucas horas depois, pôs tudo abaixo. Na entrevista à imprensa internacional despejou lamentações contra a “injustiça”, proclamou-se vítima, rogou ao Mercosul e à Unasul punições ao Brasil caso ela seja deposta -- como se os dois organismos fossem de importância crucial para o país – e voltou a decretar a ilegitimidade de seu vice, Michel Temer.

Não parou por aí. Jogou lama nas instituições brasileiras, criticando ministros da Suprema Corte que rechaçam a tese de golpismo, engendrada e propagada pela presidente e pelo PT, e a Câmara dos Deputados, que, por maioria mais do que absoluta, aprovou a admissibilidade do impedimento constitucional contra ela.

Talvez por ter lutado contra uma ditadura para tentar impor outra, Dilma tenha dificuldades para entender o conceito de democracia na sua amplitude. Fala sempre de seus 54 milhões de votos como se eles fossem garantia perene. Na sua tacanhice de visão, democracia se restringe ao ato de votar. Para ela, a vitória no sufrágio condena o eleitor a engolir o escolhido, mesmo que o eleito não seja digno da representação recebida.

Finge desconhecer que a Constituição confere a ela e a seu vice a mesma legitimidade. Goste-se ou não do vice. E que a Carta tem instrumentos – ainda que rígidos – para proteger o eleitor quando o eleito fere os seus preceitos.

Não há dúvidas de que pedaladas e empréstimos não autorizados pelo Parlamento aconteceram. O próprio governo admitiu isso ao pagar os débitos pedalados no ano fiscal seguinte ao crime. Tanto que calca sua defesa na afirmação de que todos os governos anteriores cometeram delitos idênticos. Ainda que fosse verdade, se mantida a premissa de um crime justificar outro, não só a proliferação delituosa seria endêmica como se tornaria impossível qualquer punição em qualquer época. 

Mas é fato que as pedaladas não são as responsáveis pelo repúdio popular a Dilma e ao PT. Ainda que sejam definidas como crime de responsabilidade previsto na Constituição, elas estão longe de ser compreendidas pela maioria. Mas, assim como a sonegação fiscal, um crime dito menor, acabou com o lendário Al Capone, elas têm a capacidade de banir Dilma, o PT, Lula e todo rastro de imoralidades que eles patrocinaram.

O brado contra o golpe fictício e a vitimização acabaram se tornando os únicos e derradeiros tiros. Só que além dos públicos cativos eles não atingiram outros alvos. Na mídia internacional, onde Dilma imaginou ter fôlego para a sua pregação contra o “golpe”, pouco conseguiu arregimentar fora do eixo bolivariano. 

No máximo, Dilma colheu a defesa de eleições gerais na The Economist. Não por se renderem à sedução da presidente vítima, mas por entenderem que nem Dilma nem ninguém na linha de sucessão direta – Temer, Eduardo Cunha (que a revista inglesa desconhece estar legalmente impedido de assumir a Presidência da República por ser réu no STF), Renan Calheiros e outras dezenas de parlamentares – teriam ficha limpa para assumir o poder.

A prestigiada revista semanal inglesa acerta na sintonia com a demanda popular, mas erra na viabilidade, inclusive constitucional, da execução de um pleito extra.

O fora tudo é agradável e simpático de ser defendido. Parece ser a solução para todas as coisas. Mas não é. Muito menos está no escopo político de quem defende eleições já. No projeto protocolado na semana passada no Senado, a proposta de novo pleito se restringe a presidente e vice para um mandato tampão de dois anos. Não inclui os demais – nem deputados nem senadores, que não emprestariam dois terços de maioria para votar contra si.

Ou seja, cada defensor da ideia malandra de diretas já, da dona da Rede, Marina Silva, ao PT, Lula e Dilma, sabe da impossibilidade da tese.

Eleições extraordinárias têm ritos a serem seguidos. O esforço de animar a galera com elas quando se sabem improváveis é tão danoso quanto o engodo da pregação do golpe. Ambos os discursos tentam ludibriar o público. Pior: o fazem em nome da democracia, enxovalhando-a.

Diferenças - Por Antônio Morais


Este é o senhor Magalhães Pinto. Como politico mineiro foi tudo que quis. Governador, deputado federal, presidente da câmara e senador. 

Como  empresário foi banqueiro, dono do  Banco Nacional, o Banco do Guarda-Chuva. Uma  filha dos Magalhães Pinto é casada com um filho de Fernando Henrique Cardoso.



Portanto, no inicio  do governo FHC  os seus netos tinham um grande banco, o Banco Nacional, que foi liquidado extra-judicialmente,  e,  no fim  do  governo os seus netos não tinham mais um banco.

Os petistas não comentam nem reconhecem este fato porque teriam que justificarem as fortunas  adquiridas pelos gatunos filhos de Lula. 

A historia não  perdoa, é sempre o melhor  juiz.
  

PRESIDENTE DO PTB DIZ QUE DILMA É 'A MATRIARCA DE UMA QUADRILHA DE BANDIDOS NO GOVERNO'.

Roberto Jefferson em entrevista ao jornal O Povo, critica postura omissa de Dilma e diz que ela é cercada de bandidos no governo. Jefferson disse que Dilma é a matriarca da quadrilha.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson concedeu entrevista ao jornal O Povo, no último dia 17, onde teceu críticas ao governo Dilma Rousseff e fez algumas considerações sobre a atual crise que o país atravessa. 

Após ser reconduzido ao posto da presidência do PTB, o ex-parlamentar, que foi condenado pela participação no esquema do mensalão, considerou que a presidente não possui nenhum envolvimento com algum esquema de corrupção. Entretanto, a mesma acercou-se de pessoas com conduta muito duvidosa. 

Roberto Jefferson aproveitou a entrevista para expor as suas opiniões sobre o que pensa a respeito de todo o processo de impeachment que o país começa a atravessar atualmente. 

O ex-deputado fez críticas ao atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha, embora reconheça que o parlamentar carioca esteja conduzindo o processo com toda a legitimidade. 

Com relação ao vice, Michel Temer, Jefferson afirmou que o mesmo é tão competente que foi escolhido pela própria cúpula do PT para vice de Dilma.

Rui Barbosa, esse desconhecido

Se a Monarquia é um sonho, República é um pesadelo...


    Essa foi a obra da República nos últimos anos –     RUI BARBOSA (*)

    "A falta de justiça, Senhores Senadores, é o grande mal de nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo o nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.
    A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta dos homens, os auxílios, os capitais.
    A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação. Insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
    De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...
    Essa foi a obra da república nos últimos anos... No outro regime (monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre – as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam a que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais.
    Na república os tarados são os tarudos. Na república todos os grupos se alhearam do movimento dos partidos, da ação dos Governos, da prática das instituições. Contentamo-nos hoje com as fórmulas e aparências, porque estas mesmo vão se dissipando pouco a pouco, delas quase nada nos restando.
    Apenas temos os nomes, apenas temos a reminiscência, apenas temos a fantasmagoría de uma coisa que existiu, de uma coisa que se deseja ver reerguida, mas que, na realidade, se foi inteiramente.
    E nessa destruição geral das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruina da justiça, colaborada pela ação dos homens públicos, pelo interesse dos nossos partidos, pela influência constante dos nossos Governos. E nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando se aponta um crime que envolve um nome poderoso, apontado, indicado, que todos conhecem..."

(*) Trecho do discurso: 'Requerimento de Informações sobre o Caso do Satélite – II', no Senado Federal. Obras Completas – Vol. XLI – 1914 – Tomo III – pp. 86/87. Rui Barbosa foi um político, diplomata, advogado e jurista brasileiro. Representou o Brasil na Conferência de Haia. Membro e fundador da Academia Brasileira de Letras foi seu presidente entre 1908 e 1919.

(Pesquisa e postagem: Armando Lopes Rafael)
             

Unasul não cai na conversa de Dilma. Entidade que reúne países da América do Sul rejeita armação de Marco Aurélio Garcia - Por Reinaldo Azevedo.


E o PT quebrou  a cara. 

A Unasul não endossou a moção que Marco Aurélio Garcia tramou nos bastidores, condenando o processo de impeachment no Brasil. 

Na reunião de ministros das Relações Exteriores neste sábado, em Quito, não houve consenso a respeito. Paraguai, Colômbia, Argentina, Peru e Chile não caíram na conversa. 

Pois é… Era de se esperar que os respectivos governos dos três primeiros países resistissem, já que mais identificados com o campo liberal. 

A má notícia adicional para Dilma é que nem os presidentes Michelle Bachelet (Chile) e Ollanta Humala (Peru) cederam à conversa mole.

Insisto: Dilma tem de ser responsabilizada por sair mundo afora difamando as instituições do país.



DILMA PERDEU AS CONDIÇÕES POLÍTICAS DE GOVERNAR, DIZ LÍDER DO PMDB, SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA DEFENDE O IMPEACHMENT.


O líder do PMDB e o mais provável futuro presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), avalia que a presidente Dilma perdeu totalmente as condições políticas de governar o Brasil, e isso será fundamental na sua destituição. 

Eunício afirmou a esta coluna que apoia o afastamento de Dilma e que recomendará sua bancada a votar pelo impeachment. O senador não tem dúvidas de que a presidente será mesmo demitida. A informação é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

Eunício vê razões suficientes para impeachment, mas para ele decisivo é o fato de o futuro do País não passar pela permanência de Dilma.

O líder do PMDB acha estável a maioria favorável ao impeachment dos membros da comissão do Senado. E prevê a votação até o dia 12.

Além de liderar o PMDB, Eunício Oliveira tem crescente influência entre os colegas e é apontado o favorito na sucessão de Renan Calheiros.

O apoio de Renan Calheiros a Dilma, no Senado, perde importância a cada dia, nestes últimos meses como presidente da Casa.



sábado, 23 de abril de 2016

Há 10 anos, a ex-petista Heloísa Helena alertava o Brasil sobre o PT.

Em 2006, a então candidata à presidência, Heloísa Helena, fez severas acusações contra o ex-presidente Lula. 

Suas palavras circularam na internet por meio da transcrição de uma matéria do portal Terra:

A candidata do Psol à Presidência, Heloísa Helena, afirmou hoje que "o presidente e seu adversário Luiz Inácio Lula Silva (PT) chefia uma quadrilha de “gangsters” capaz de “roubar, matar, caluniar e liquidar com qualquer um que ameace seu projeto de poder”.

“Eu sei o que eles são capazes de fazer”, afirmou a senadora. As informações são da rádio CBN.

O portal Terra procurou a assessoria de imprensa da campanha de Lula, que rebateu a crítica dizendo ser uma “atitude destemperada” da candidata, que demonstra seu “desequilíbrio” com a queda nas pesquisas de intenção de voto. 

A assessoria informou ainda que o departamento jurídico do comitê vai procurar as “medidas cabíveis” neste caso. Heloísa Helena declarou ainda que gostaria de enfrentar o presidente num debate. 

Crônica do fim-de-semana: O aniversário da Rainha (por Armando Lopes Rafael)

Celebrou-se, na última 5ª feira, 21 de abril, o 90º aniversário da Rainha Elizabeth II. Em nossa época tão pobre de símbolos, a monarquia é um alento para as almas elevadas e nos faz recordar de outros tempos e…, por assim dizer, ter “saudades do futuro”. Ou seja, de épocas melhores… Em homenagem à Soberana do Reino Unido, segue comentário escrito pelo  Sr. Heitor-Serdieu Buchaul:

“Dignidade! É a palavra que melhor sintetiza esta foto da Rainha Elizabeth II com seus bisnetos por ocasião das comemorações de seu nonagésimo aniversário! Mesmo sabendo que ela é uma Rainha protestante de um País liberal, o que está representado nesta foto não é nem o protestantismo nem o liberalismo, mas os restos da Civilização Cristã, austera, hierárquica e sacral, anti-liberal e anti-igualitária! E este fato já é o suficiente para que uma alma católica, conservadora e tradicional admire e queira conservar esta família em seu poder e dignidade!”

E agora escrevo eu:

Imaginar que o Brasil poderia ainda viver numa monarquia, como a Inglaterra! Comparar a dignidade que havia no Brasil Imperial com o descalabro e caos desta  República de hoje. Bem lembrou dom Luiz de Orleans e Bragança, atual herdeito do Trono e Chefe da Casa Imperial Brasileira:

“Mais de cem anos já se passaram, e os contrastes entre o Brasil atual e o Brasil-Império só têm crescido. No tempo do Império havia estabilidade política, administrativa e econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgãos da administração pública e em todas as camadas da população, havia credibilidade do País no exterior. Havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia”.
(Postado por Armando Lopes Rafael)
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Petistas se surpreendem com desânimo de Lula - Por Josias de Souza.


Petistas que privam do convívio com Lula se dizem preocupados com o desânimo do cacique petista. Receiam que, na guerra contra o impeachment, ele não se animará a quebrar lanças no Senado como fez na Câmara. 

Cristalizou-se a impressão de que não é mais possível reverter a tendência a favor do afastamento de Dilma —inicialmente por até seis meses.

Avalia-se que o desprezo com que Dilma tratou os congressistas nos seus quase seis anos de mandato produziu feridas que não podem ser curadas em poucos dias. 

O abatimento de Lula foi potencializado pela decisão do STF de adiar por tempo indeterminado o julgamento da legalidade de sua nomeação para a chefia da Casa Civil.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Em VEJA da próxima semana: Lula, o mito estraçalhado -- Por: Francisco Weffort( *)

A trajetória de Lula o levou da posição de “sindicalista combativo”, por meio da qual se projetou no país, a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem, no passado, representou uma esperança de grande parte do povo brasileiro
“O cara”, de que falou Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...(Ilustração Alphadog/VEJA)

Luiz Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do caminho. Mesmo ele é capaz de perceber que está acabando o terreno à sua frente. Antes do petista, tivemos casos semelhantes desses meteoros da política que vêm não se sabe de onde, passam por grandes êxitos, alcançam rapidamente o topo e depois caem miseravelmente. Já nos esquecemos de Jânio Quadros? Lula é diferente de Jânio em um ponto: veio de mais baixo na escala social e conseguiu uma influência mais organizada e duradoura na política do país. Dilma Rousseff, embora pareça um meteoro, não é propriamente um caso político. O fato de ela ter chegado à Presidência da República foi apenas um enorme erro de Lula cometido em um dos seus acessos de personalismo. Erro, aliás, que o empurra com mais rapidez para o fim. "O cara", de que falou Barack Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...
Há algum tempo, muitos gostavam de ver em Lula um "filho do Brasil". Era o seu primeiro mandato, quando se pensava que surgia no país uma "nova classe média". Com a crise dos dias atuais, essa "nova classe" provavelmente desapareceu. Outra das veleidades grandiosas do petista, já no fim do seu governo, foi um suposto plano para terminar com a fome no mundo. Também naqueles tempos, alguns imaginavam que o Brasil avançava para uma posição internacional de grande prestígio.
Muitos desses sonhos deram em nada, mas, para o bem e para o mal, Lula foi um filho do Brasil. Aliás, também o foram os milhares, milhões de jovens fruto do "milagre econômico" dos anos Médici, assim como, antes deles, os filhos da democracia e do crescimento dos anos JK, ou, se quiserem, algumas décadas mais atrás, da expansão aluvional das cidades que assinala o nosso desenvolvimento social desde os anos 1930. No Brasil, temos a obsessão permanente do progresso, assim como uma certa vacilação, também permanente em nosso imaginário, entre a ditadura e a democracia. Lula foi uma variante desse estilo brasileiro de vida. Queria resolver as coisas, sempre que possível, com "jeitinho", ao mesmo tempo que sonhava com as benesses do "Primeiro Mundo" e da modernidade.
Na política brasileira, porque vinha de baixo, o petista tinha traços peculiares que se revelam em sua busca de reconhecimento como indivíduo. Nesse aspecto está o seu compromisso com a democracia, aliás muito aplaudido no início de sua vida como político. O sindicato foi seu primeiro degrau e, mais adiante, uma das raízes de seus problemas. É que, a partir desse ponto, Lula passou a buscar seu lugar como cidadão numa instituição aninhada nos amplos regaços do Estado. Ele começou em uma estrutura às vezes repressiva e muitas vezes permissiva, que dependia, sobretudo, como continua dependendo, dos recursos criados pelo Estado por meio do "imposto sindical". A permissividade maior vinha do fato de que tais recursos não passavam, e ainda não passam, pelo controle dos tribunais de contas.
O maior talento pessoal de Lula foi sair do anonimato, diferenciando-se dos parceiros de sua geração. No sindicalismo, falou sempre contra o "imposto". E talvez por isso mesmo tenha logrado tanto prestígio como sindicalista combativo e independente que não precisou fazer nada de concreto a respeito. Na época das lutas pelas eleições diretas e pelo fim do autoritarismo reinante sob o Ato Institucional nº 5, dizia que "o AI-5 dos trabalhadores é a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT". Mas em seu governo não só manteve o imposto e as leis sindicais corporativistas como foi além, generalizando para a CUT e demais centrais sindicais os benefícios do imposto.
O que tem sido chamado, em certos meios, de "carisma" de Lula foi sua habilidade de sentir o seu público. Chamar essa "empatia", uma qualidade que qualquer político tem, em grau maior ou menor - e que, aliás, sempre faltou a Dilma -, de "carisma" é uma impropriedade terminológica. Em sociologia, o fenômeno do "carisma" pertence ao universo das grandes religiões, raríssimo no mundo político, e, quando ocorre, é sempre muito desastroso. Os fascistas de Mussolini diziam que "il Duce non può errare" ("o Duce não pode errar"), para exaltar uma suposta sabedoria intrínseca ao ditador. Não era muito diferente das fórmulas típicas do "culto da personalidade" de raiz stalinista. Embora tais fórmulas estejam superadas na esquerda há tempos, os mais ingênuos entre os militantes do PT ainda se deixam levar por coisas parecidas. Consta que, no mundo de desilusões e confusões do "mensalão", um intelectual petista teria dito: "Quando Lula fala, tudo se esclarece". Não ajudou muito...
Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das expressões da complexa integração das massas populares à democracia moderna no Brasil. É da natureza da democracia moderna que incorpore, integre a classe trabalhadora. No Brasil, como em muitos países, isso sempre se fez por meio de caminhos acidentados, entre os quais o corporativismo criado em 1943, no fim da ditadura getuliana, e mantido pela democracia de 1946, como por todos os interregnos democráticos que tivemos desde então. O corporativismo se estende também às camadas empresariais, assim como a diversos órgãos de atividade administrativa do Estado brasileiro. Favoreceu a promiscuidade entre interesses privados e interesses públicos e certa medida de corrupção que, de origem muito antiga, mudou de escala nos tempos mais recentes com o crescimento industrial e a internacionalização da economia brasileira. Nessa mudança dos tempos, Lula passou de "sindicalista combativo" a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem foi no passado uma esperança de grande parte do povo brasileiro.
(*)Por: Francisco Weffort,  Professor emérito do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Cultura (de 1995 a 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso). Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT)