"In memoria" de José de Pedro André, meu pai, o ultimo a direita - Clic nas fotos para ampliar.
Trabalhadores na colheita do arroz. Os três mais altos estão em cima do "POTE" de arroz como era conhecido a época. Toda essa meninada, hoje em dia, é homem feito. Participavam da festa, embora não trabalhassem.
Adjunto na decada de 1970. Já se via no meio do povo uma garrafina de pinga, embora os adebitos da teimosa fossem poucos aquela epoca. Hoje?
ResponderExcluirDava gosto de se vê
ResponderExcluirUm bando de cabra macho
Cortando cacho por cacho
Cantando Sindô lelê.
Candeiro
Mas, tudo isso acabou-se
ResponderExcluirNão tem mais arroz doce
Nem fazem maneiro pau
Estão cortando pelo tronco
E batendo no girau.
Os três que estão em cima do pote são Paraiba, Davi e Luis de Lixandre, Tio Luis de saudosa memoria.
ResponderExcluirMeu Deus! que saudade,desta tradicianal festa, que era os adjuntos na época; lem-me de ter ido muitos na casa de seu Belizario, lá na Betanha; tinha maneiro pau, e muitas comidas gostosas, e dança até a noitinha.
ResponderExcluirLindo! e comovente resgate, parabéns!
Dava gosto de se vê
ResponderExcluirUm bando de cabra macho,
Cortando cacho por cacho
Cantando sindô lelê.
Ía até Dona tetê,
Ía Expedito Beca,
Que fazía um moqueca
Depois botava no pote.
Se alguém mandar esse mote
Sávio Pinheiro sapeca.
É verdade Maria de Fatima.
ResponderExcluirOs tradicionais adjuntos trazem muita saudade nos dias de hoje. Os velhos tempos eram bem mais humanizados, o coração das pessoas era mais mole e a solidariedade aflorava com bem mais facilidade. Um grande abraço.
Êita como eu achava bom os adjuntos do Açude Velho, do Chico, das Varas..... Uma festa !!!
ResponderExcluirBons tempos!!! Saudades !!!
Nobre primo Morais, você resgatou uma das atividades que mais representa o nosso Município, a apanha de arroz em forma de mutirão “o adjunto”. Essa foto é histórica pelo que ela representa e pelas personagens nela contida como seu pai, Luis de Alexandre e Xandoca. Conheço vários, vou tentar descrevê-los: Primeira foto da direita para a esquerda – 1º Elmano, 2º Zé de seu Antonio Joaquim, 3º Zé do Galo, André irmão de Morais, em cima do pote – Paraíba, Davi e Luis Alexandre – de boné - João de Zé Andre, Nonato de Joaquim André, Raimundo André, Raimundo de João Batista, Chico de Fábio, Antonio de João BATISTA, Vicente de tio Luis, Xandoca e Zé André pai de Morais.
ResponderExcluirSegunda Foto: Da esquerda para a direita – Raimundo de Zé André, Alexandre de Xandoca, Basílio de Mute, Zé de Bilica, Raimundo de João Batista, André irmão de Morais, Elmano, Pedim de Antonio de Zé Joaquim, Antonio de João Batista, Vicente de FILIPE, Zé de Antonio de José Joaquim, Izidro, Nonato de Joaquim André e o famoso Zé do Galo.
Sabemos que a foto é uma imagem congelada, mas ela é muito representativa. Olhando para essa foto me vem uma recordação muito grande de um período bom que na atualidade não existe mais. Vêm àquela lembrança dos meninos carregando as moquecas de arroz para formação do pote, os Joaquins da Unha de gato catando os benditos e músicas em louvor da fartura do alimento precioso dado por Deus. Morais, sou muito sincero com aquilo que escrevo, não suportei tanta emoção e só tive uma solução foi chorar lembrando-se do passado bom que não existe mais.
ResponderExcluirDos adjuntos eu gostava mesmo era da comida! Mas, das debulhas de feijão... Lençol branco estendido sobre a sala vinham chegando o pessoal para a festa, uma verdadeira fulia. Ir a Uma debulha era ir a uma festa. Os Casais chegavam cedo para arranjarem um local mais tranquilo e namorarem à luz clara e limpa da lua, sentindo a suavidade da brisa da noite rossarem suas peles trazendo a paz do sertão... Se as moriçocas atacassem havia uma solução bem natural: Esterco de gado. Olhar apaixonado para a namorada e dedo ágil na vagem! Quantos casais não se encontraram nesses eventos!
ResponderExcluirFrancisco, lembro-me bem dos adjuntos de arroz de lá de nois que nem o MUNDIM fala, nunca fui pra roça, mas as dibuia de fejão meu fi, aí eu fui muntas...
ResponderExcluirHomem de chapéu de palha
ResponderExcluirDe roupa de algodão
Muitos com o pé no chão
Pra começar a batalha
Pois na roça se trabalha
Com calça "pega-marreca"
Camisa manga comprida
Pois pra se cuidar da lida
Se vai logo de magote
Se alguém mandar esse mote
Sávio Pinheiro sapeca.
Claude - Flor da Serra Verde
Artemisia
ResponderExcluirAs arupembas, cuias e bacias eram reservadas aos casais. Olho no olho, cochicho ao pé do ouvido, pé roçando pé, mão roçando mão e os casais aos poucos iam chegando! As festas juninas também era outro belo acontecimento. Todo ano eu fazia novos padrinhos, madrinhas, primos e primas de São João. "Oi prima Artemisia tudo bem!" "Tudo bem primo Chico e D. Mariêta vai bem..." Ainda tenho padrinhos madrinhas primos e primas de São João. E os considero!
Havia os compadres e comadres também.
ResponderExcluirAté casamento em noite de São João! Pode um negocio desse!rsrsrs
ê moraes, nessa época eu não era nem nascido...MASOUVI MUITO OS MAIS VELHOS CONTANDO A HISTÓRIA E FICAVA IMAGINANDO...
ResponderExcluireu me lembro bem de um dos últimos que "ti josé" fez de um plantio naquelas lagoas por trás do "posto esso"...na época de bater o arroz "no cacete" lembro que cheguei a ajudar...o arroz ficava depositado naque corredor grande da casa de teus pais... mas ainda era muito pequeno e acho que o que eu batia num dia num dava prá fazer "UMA TORRADA"...
dos que aparecem na fotografia, se num me engano, tá vc, raimundo, helmano e ti josé...os demais não reconheço...
E A MENINADA TOCANDO "COÃ"?Hoje em dia os arrozais já não dão nem "cana" prá se fazer uma "coã"...
ResponderExcluirSó depois de ler o comentário de João Bitu (João de Cotinha) e de rever as fotos é que fui conseguir associar as figuras...e o joão tem razão: ao ver a foto passa um filme na cabeça do sujeito, e como dizia xandoca "vai dando um intalo" que o único remédio é deixar a lágrima escorrer.
de fato pensei que fosse vc e não andré, visto que andré não era muito CHEGADO NA ROÇA...não considerei que os adjuntos se tratavam de uma festa e não de um trabalho...rs.
PRÁ VC TER UMA IDÉIA DE QUANTO TEMPO FAZ QUE FOI TIRADA ESSA FOTO, BASTA OBSERVAR QUE HELMANO DE MARIA DE "INAÇO" AINDA ERA CRIANÇA...
João Bitu.
ResponderExcluirVoce fala com propriedade de quem conhece. Suas indicações estão certas. Numa das fotos o meu pai está virado para os da Unha de Gato cantando uma Toada. Os do Sanharol herdaram dos adjunto a fartura. Ainda hoje quando se juntam tres ou quatro matam logo um carneiro. Obrigado João por testemunhar a historia.
O momento é de muita recordação. Esse era apenas um mini adjunto, pois José André pai de Morais costuma botar adjuntos de 100 a 140 pessoas. O dia era de festa com a banda de música, banda Ca basal, a turma que cantava o sindolêlê, manero pau e outras. Na verdade uma cultura tradicional gerada na tão dita terra do arroz. Quantas saudades sentimos desse cidadão que só pregou o bem, José André, um verdadeiro líder nato de nossa comunidade, sempre buscou atrações artísticas com vista a animar o povo do Sanharol e localidades circunvizinhas.
ResponderExcluirFrancisco e Artemisia.
ResponderExcluirÉ verdade, nas dibuas de feijão a participação das moças era muito grande. Aqueles encontros deram origem a muitos casamentos felizes e abençoados. Obrigado pelos comentarios.
TOM
ResponderExcluirEita, amigo. Aqueles tempos deixaram saudades. Eu acho que voce devia ser do tempo de Raimundo, Alexandre, Ze do Galo, Cicero de tio Joaquim, Helmano. Eu Lembro do Adjunto da Lagoa de Manuel do Sapo, atras do Posto Esso. Eu sou padrinho de Helmano e sei dezenas de historias dele. Vou escolher uma para contar nestes dias, embora corra o risco dele não me toimar mais a benção. hahahaha
Claude.
ResponderExcluirMuito bom seu verso. O Mote está lançado. Aguardemos a manifestação do Savio.
Catei arroz com quiser
ResponderExcluirJuntando na minha mão
Metade caia no chão
Alguém chamava Zé André
Este ainda tá de pé
Mas vi ele na caneca
Tava ele com Zé Beca
Querendo subi no pote
Se algué mandar esse mote
Savio Pinheiro sapeca.
kkk
ResponderExcluirNão moraes, eu sou da turma mais nova...de junior e demá de picoroto, ciço de liando e "saruê" de batista...nilto e "rapão" da caiana...roberto de zé preto da mata, paulo e juciê de zé cabôco...pedim de "tomazinho", fernando de toim....celso de miúda e "antoim cesar" cesar de "ontoim de sôta"...zé e dida de terêta, junior de oriel, vilmar de seu raimundo e HELMANO...
ALIÁS, EU ACHO QUE HELMANO FEZ PARTE DA INFÂNCIA ATÉ DE "PAPAI RAIMUNDO"...RS.
MAS TIVE A OPORTUNIDADE DE JOGAR "DOURADO" MAIS TI JOSÉ, ZELIM, ANTONHO ANDRÉ DOS GROSSOS E TIJOAQUIM...BIRIBA MAIS RAIMUNDO BITU E SUECA MAIS FELIPE E TEREZINHA...KK...FOI AÍ QUE ESCUTEI PARTE DAS HISTÓRIAS DOS ADJUNTOS E CENTENAS MAIS...
AH! PEGUEI MUITO PREÁ DE FOJO E CREIO QUE TENHA PEGO AS ÚLTIMAS JURITIS E "TRÊS POTES" DE ARAPUCA DO BAIXIO DO GRAVIÉ DE RAIMUNDO MENEZES
Oi "Primo Francisco", cultura é tudo isso! É baião de dois em panela de barro feito em fogão de lenha servido com colher de pau.
ResponderExcluirSomos um povo muito culto!
Abraços da "Prima Flor"
Artemisia.
ResponderExcluirQuem visita o blog pela primeira vez deve pensar: Vôti! nesse blog só tem velho! Mas, se ele se embrenhar nas postagens mais antigas verá que tudo isso é o resgate da nossa história, é o jeito de ser varzealegrense.
Quando eu era adolescente
ResponderExcluirNas apanhas do José
Ia armado de quicé
Para um trabalho atraente.
Eu era tão inocente,
Que nem usava cueca.
Porém a minha moqueca
Saltava feito caçote
Se alguém mandar esse mote
Mundim do Vale sapeca.
ê Morais nesse o nosso querido Pai quebrou o pote,eram 120 homens trabalhando a comida levaram na roça foi uma festa e tanto.
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