Dos casamentos de tios com sobrinhos dos descendentes de José Raimundo do Sanharol tivemos como resultante alguns deficientes mentais. Do Sanharol para o Roçado Dentro são incontáveis os enlaces de tio com sobrinha ou vice versa.
Antônio André foi uma dessas vitimas. Neto de Tonha do Canto e José Alexandre, tia e sobrinho, sofria das faculdades mentais, numa época em que não existiam medicamentos ou tratamentos especiais.
Numa de suas crises maiores a família procurou o meu pai, José André do Sanharol, foto ao lado e, como ele era muito engenhoso decidiu levar o primo para o Crato, o único caminho que existia para uma recuperação.
Alugou a rural do Barroso e seguiu estrada a fora. Mal Antônio André entrou no carro butou uma peia de fumo na boca e danou-se a mascar e cuspi.
Barroso reclamou: Antônio, amigo velho, cuspa do lado de fora.
Antônio continuou imperturbável, ruminando o seu pedaço de fumo e fazendo ouvido de mercador.
Nova admoestação - amigo deixe de cuspi na minha rural.
Nada. As cusparadas ainda maiores no piso do infortunado veículo.
De novo - Antônio André, seu "endemoniado", deixe de cuspir na minha rural.
A resposta veio no seu estilo, loucura total:
Eu cuspo, eu cago, eu peido e eu mijo nessa porra, José de tio Pedro num está pagando.
Não imagine que essa historia seja fantasiosa. É pura verdade.
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