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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 4 de abril de 2016

Antônio André e suas loucuras - Por Antônio Morais

Dos casamentos de tios com sobrinhos dos descendentes de José Raimundo do Sanharol tivemos como resultante alguns deficientes mentais. Do Sanharol para o Roçado Dentro são incontáveis os enlaces de tio com sobrinha ou vice versa.

Antônio André foi uma dessas vitimas. Neto de Tonha do Canto e José Alexandre, tia  e sobrinho, sofria das faculdades mentais, numa época em que não existiam  medicamentos ou tratamentos especiais. 

Numa de suas crises maiores a família procurou o meu pai, José André do Sanharol, foto ao lado e, como ele era muito engenhoso decidiu levar o primo  para  o Crato, o único caminho que existia para uma recuperação. 

Alugou a rural do Barroso e seguiu estrada a fora. Mal Antônio André entrou no carro butou uma peia de fumo na boca e danou-se a mascar e cuspi. 

Barroso reclamou: Antônio, amigo velho, cuspa do lado de fora.

Antônio continuou imperturbável, ruminando o seu pedaço de fumo e fazendo ouvido de mercador.

Nova admoestação - amigo deixe de cuspi na minha rural.

Nada.  As cusparadas ainda maiores no piso do infortunado veículo.

De novo - Antônio André, seu "endemoniado", deixe de cuspir na minha rural.

A resposta veio no seu estilo, loucura total:

Eu cuspo, eu cago, eu peido e eu mijo nessa porra,  José de tio Pedro num está pagando.


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