"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
sexta-feira, 30 de junho de 2023
O IMBECIL - Por Wilton Bezerra.
quinta-feira, 29 de junho de 2023
092 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Dr. Leandro Correia Lima foi o primeiro filho de Várzea-Alegre a se formar em medicina. Formado na Bahia, turma de 1915, exerceu a clinica, em várias cidades por onde passou, com dignidade e dedicação estremadas.
091 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
090 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Arrozais e planícies verdejantes do Riacho do Machado - Várzea-Alegre - Ceará.
Saudade é o amor que fica. - Postagem do Antônio Morais.
Sociedade "Egocentrista" - Por Antônio Morais.
Nunca ninguém contou - Postagem do Antonio Morais..
quarta-feira, 28 de junho de 2023
213 - O Crato de Antigamente - Postagem do Antônio Morais.
Salvo por ser gentil.
Certo dia, ao término do trabalho, um funcionário de um frigorífico na Noruega foi inspecionar a câmara frigorifica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu, todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia por que ele foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho.
Ele explicou:
Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.
Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando chegou. Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei.
O rapaz foi salvo por ser gentil. Como se, ser gentil fosse tão difícil, não é?
DIGNIDADE NÃO SE VENDE!- Postagem do Antonio Morais,
089 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
segunda-feira, 26 de junho de 2023
088 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Quando os tempos eram outros e os costumes também, quando os objetos de sedução eram "mandar flores e fazer serenatas", o jovem varzealegrense Joaquim de Figueiredo Correia, advogado, depois vice-governador do Ceará e Deputado Estadual e Federal por varias legislaturas fez uma serenata para uma prima filha do português Antônio Ferreira, casado com Matilde Correia, tia de Figueiredo.
Do casal Antônio Ferreira e Matilde nasceram vários filhos, dentre eles o médico José Correia Ferreira, segundo filho de Várzea-Alegre a se formar em medicina, o empresario Raimundo Correia Ferreira, um dos pioneiros do transporte de passageiros no nordeste e o jornalista, apresentador e locutor da BBC de Londres Joaquim Correia Ferreira.
Com a finalidade de fazer uma serenata Joaquim Figueiredo se posicionou a certa distância e quando o sanfoneiro cantou a musica "Patativa" do Vicente Celestino :
CHEGADA AO FUTURO - Wilton Bezerra, comentarista generalista.
A tecnologia que nos domina e envolve manda dizer que já chegamos ao futuro.
Fim de linha da história.
Escritores futuristas encheram o bolso de dinheiro, escrevendo sobre o assunto.
Teríamos chegado ao último terço do campo de jogo?
Sempre soube, dentro da minha pobreza teórica, que o futuro nunca se concretizaria.
Esse é o problema do autodidata: tem pouca teoria com relação à ciência e essência das coisas.
Incrível como acaba ganhando a vida, lidando com palavras. O autodidata é um ignorante monumental.
No duro, acaba sendo um escriba que emenda frases.
Como um ser que pensa, desconfiamos dessa chegada ao futuro.
Uma pausa e voltemos ao título dessa crônica.
E aí? Como ficam os "sonhos com o futuro", se chegamos ao fim da linha?
É preciso observar que há, também, um lado que diz respeito à distopia que gerou a decadência. Como ficamos, nesse ponto negativo?
Não foram poucas as vezes em que se afirmou: "No futuro, tudo estará resolvido"
Se concreta for essa chegada, nossas utopias estarão no brejo, com "bezerro e tudo".
De qualquer maneira, em um último esforço, é bom perguntar às cartas (elas não mentem) se estamos, de fato, assistindo a última onda.
Não custa nada.
Frases para refletir - Postagem do Antônio Morais.
Uma palavra amiga - Por Antônio Morais.
Estadão pede aos ministros do STF para controlarem a atuação de Moraes - O Estadão, Crystian Costa.
Jornal quer o fim dos inquéritos conduzidos pelo juiz e mais vigilância dos membros da Corte sobre o colega de toga.
O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial neste domingo, 25, no qual pede aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que controlem um de seus colegas, Alexandre de Moraes.
Conforme o texto, membros da Corte chancelaram decisões do juiz do STF. Dessa forma, são responsáveis por suas consequências e têm de impedir eventuais abusos. Além disso, o jornal vê “erros e incompreensões sobre o Direito e as próprias circunstâncias vividas no país” nos inquéritos inconstitucionais conduzidos pelo ministro.
“Afinal, se ao longo do governo Bolsonaro a democracia pareceu estar sob risco, o que poderia justificar medidas excepcionais, hoje não há ameaças que fundamentem decisões desse tipo”, observa o Estadão. “O Supremo não pode ignorar que, agora, a realidade é diferente. Para começar, não estamos mais em ano eleitoral, e, portanto, a legislação específica para o período de campanha, que serviu para fundamentar muitas intervenções do Judiciário, sobretudo nas redes sociais, só fazia sentido no contexto eleitoral, pois era preciso proteger a igualdade de condições entre os candidatos.
Agora, o cenário factual e normativo é outro.
Falsidade - Por Antônio Morais.
087 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
No final da década de 30, início de 40 do século passado, numa época sem estradas e sem transportes ele foi a Bahia e adquiriu na cidade de Jacobina um casal de bovinos da raça zebu para melhorar a genética de seu rebanho, e, consequentemente da região. Batizou a Vaca com o nome de Jacobina em homenagem a cidade de origem e, o touro de Paquete, aí não se sabe explicar a razão ou motivo.
Dizem que com o dinheiro da venda do primeiro filhote ele comprou 23 bezerros dos da região. João do Sapo além do Sanharol era proprietário da Fazenda Pitombeira no município do Assaré. Dizia Dona Soledade, sua esposa, que pra João tudo do Assaré é melhor, de tanto que gostava da propriedade. Ótima para criação de bovinos e ovinos, bem como, para a cultura do algodão.
André Menezes, seu filho, com apenas nove anos de idade, vivia pedindo ao pai para acompanhá-lo nas viagens à Pitombeira. Numa delas João do Sapo o levou. Saiu do Sanharol num burro, no meio de uma carga com os mantimentos necessários para viagem. Um dia e meio em lombo de animais. Por lá João do Sapo conheceu uma vizinha de terra, uma moça com uns 50 anos e, se lembrou do primo legitimo Frazo do Garrote, um solteirão falador da vida alheia que nunca encontrou quem o quisesse e, engenhou na cabeça, a ideia de arrumar um casamento da vizinha com Frazo.
De volta a Várzea-Alegre, foi comunicar ao Frazo do Garrote a oportunidade de sair do caritó e fazer um bom casamento. André Menezes sério e concentrado, apesar de menino, prestava atenção a conversa dos dois primos.
João do Sapo ia passando as informações e Frazo se animando. Dizia: A moça tem mil tarefas de terra, tem cinquenta cabeças de gado, cem cabeças de ovelhas, vinte éguas parideiras, Frazo, num pé e noutro, animado igual pinto em monturo.
Então, André Menezes, completou as informações dizendo: Ei pai, tem Pedro com 14 anos que já serve para botar as vacas no curral!
Essa informação do André botou o negocio a perder, Frazo desistiu do casamento. É que ter Pedro com 14 anos, sem nunca ter casado, era um defeito muito grande para uma moça naqueles tempos.
domingo, 25 de junho de 2023
O encontro dos primos - Por Pedrinho Sanharol.
Ontem, 23 de Junho de 2023 conseguimos realizar uma façanha agradável e prazerosa. Juntamos num só lugar três primos com mais de 200 anos juntos.
Dr. Luciano de Brito Gonçalves, médico com mais de meio século de serviços prestados a população cratense, a maior parte na atenção a comunidade carente, visto que iniciou sua vida profissional cuidando dos "Passarinhos" de Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira. Passarinhos eram aquelas crianças abandonadas e deixadas no "Hospital Infantil" anexo do São Francisco. Dr. Luciano um médico humanista, voluntarioso e solidário.
Helder Macário de Brito, agro-pecuarista, politico, ex-prefeito da cidade de Campos Sales, no Ceará e administrador de empresa, responsável pela administração do Hospital Regional Manual de Abreu em décadas do século passado.
Antonio Alves de Morais, bancário aposentado.
O que não faltou foi assunto, dos mais diversos. Lembranças dos tempos da meninice de férias na Fazenda Agua Azul em Campos Sales.
Muito bom encontrar os amigos, parentes e camaradas.
086 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Na década de 70 do século passado, um São João na Cachoeira Dantas tinha todas as razões para ser uma grande festa. Bodas de ouro do casal, 15 anos da filha caçula e casamento da filha do meio.
Perdeu-se a conta do que foi abatido: galinha, porco, bode e carneiro.
Lá pras quatro da manhã quando a rela bucho terminou, Zefinha, a caçula sentiu-se mal. Você sabe como é perigoso comida leve - buchada, fussura, pirão e sarapatel em excesso altas horas da noite.
Resolveram levá-la ao médico. Meio de transporte uma rede num pau de porteira com um caboclo na frente e outro atrás.
No quebrar da barra, de passavam da bodega de Raimundo Sabino ele perguntou:
Quem está doente?
O pai respondeu - minha filha.
E o que foi?
Foi comida!
Raimundo encerrou com outra pergunta : "Pegaro o caba".
sábado, 24 de junho de 2023
085 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Em Novembro de 1788, casa-se Raimundo Duarte Bezerra (Papai Raimundo) com Tereza Maria de Jesus, vindo desse consórcio matrimonial a procriação dos filhos de Várzea Alegre. Tereza Maria de Jesus tinha uma inabalável fé e devoção a são Raimundo Nonato, cuja imagem em pequeno vulto possuía em sua casa num quarto de orações que mandara construir. Nas conversas que mantinha com os de sua família, manifestava sempre o desejo de construir uma capela dedicada a são Raimundo Nonato: “Tenho fé em Deus e em São Raimundo Nonato que ainda edifico nesta terra uma capela, mesmo que pequena, em sua honra”.
Tereza Maria de Jesus não teve a alegria de ver esse seu tão nobre e aspirado desejo realizado, uma vez que, em setembro de 1823, na ocasião em que nascia o seu primeiro netinho, ela, tomando em suas mãos a criança, erguia em tom de agradecimento um caloroso e entusiástico “Viva são Raimundo”, tombando sem vida logo depois. Tereza Maria de Jesus morre repentinamente sem ver o seu sonho concretizado. No entanto, sua família não esqueceria o desejo por ela ardentemente nutrido e confiante ficou a espera de um dia promissor.
Vinte e nove anos depois, em 1852, ordenava-se o Padre José de Pontes Pereira, da família Onofre e Pontes de Assaré, e natural daquele lugar. Estando o Pe. Pontes desocupado, sem ter uma paróquia para curar e, portanto, para desempenhar o ministério sacerdotal do qual acabara de ser investido, aparecendo na cidade de Assaré o Major Joaquim Alves Bezerra, de Várzea Alegre, fez com ele um contrato para celebrar em Várzea Alegre as missas de Natal, Ano Novo e Reis, sendo que havia ali aquele quarto de orações que muito bem se prestaria a esse fim.
Decorrido esse período o Pe. Pontes, após celebrar a ultima missa do contrato, muito satisfeito e imensamente agradado do lugar e mais ainda do povo de comportamento exemplar e fé sincera, embora que sem cultivo, fez ver ao mesmo povo que se prometesse fazer para si uma casa de morada, e edificar também uma capela para são Raimundo Nonato, vinha ser o seu capelão.
De boa vontade o povo acolheu esse altruístico gesto do ilustre levita, uma vez que para ter mão desse fim, ao qual muito se aspirava, não havia sacrifícios a enfrentar, por mais intransponíveis que fossem.
Os Homens influentes da localidade mandaram logo ao Bispo Diocesano de Pernambuco a petição da licença para a construção da capela, visto que no Ceará ainda não existia bispado. O Sr. Bispo respondeu que a licença só seria dada caso o terreno onde a capela seria edificada fosse doado ao Santo. Três filhos de Raimundo Duarte Bezerra (papai Raimundo), e um genro deste, deram então por escritura pública, duzentas “braças” de terra, sendo que a medição desta se faria de duzentas braças de cada canto da capela.
Logo que concedida a licença, se fizeram iniciar os serviços (1854), sendo depois suspensos por causa dos oficiais da obra que não estavam se empenhando. Em 1855, porém, reiniciaram-se os trabalhos com muita intensidade e maior entusiasmo, ficando concluída a capela no ano seguinte, quando com cerimônia ao estilo foi abençoada. O ato solene de benção e inauguração da capela ocorreu no dia 2 de fevereiro de 1856, sendo a cerimônia oficiada pelo Pe. Manoel Caetano, então coadjutor do Icó.
Como prometera, o Pe. Pontes veio para Várzea Alegre e ali permaneceu, na qualidade de capelão, até 11 de maio de 1859, quando vítima do cólera morbus veio a falecer. Conta-se que naquela época todo o interior fora acometido por esse mal, e durante a santa missa, no momento da elevação, o Pe. Pontes oferece sua vida em Holocausto: “Fazei de mim, Senhor, a última vítima, nesta terra, deste terrível mal e poupai esta humilde e sofrida gente”. Segundo o que é atestado, O Pe. Pontes foi a última vítima do cólera a morrer em Várzea Alegre, sendo que poucas horas depois dele, morreu apenas uma menina de nome Bárbara, que já se encontrava em fase terminal. Os restos mortais do Pe. Pontes jazem em Várzea Alegre no local onde encontra-se erigida a capela de Santo Antônio, à entrada da cidade.
Viveu pois plenamente o seu sacerdócio e pastoreio, uma vez que a exemplo do Cristo que faz sua a vida da humanidade e por ela dá a sua, igualmente Padre Pontes, configurado a cristo pelo sacerdócio, fez sua a vida daquela humilde gente desde o momento que mostrando-se não ávido de pretensões carreiristas, ofereceu as primícias do seu ministério sacerdotal aos trabalhos, não menos nobres, de uma capelania numa pequena vila no interior do Ceará. Insigne foi o coroamento do seu breve sacerdócio, onde une o sacrifício da sua vida ao sacrifício redentor de Cristo. A vida do Pe. Pontes encontra na ara o seu clímax. Vida e morte pelo povo e para Deus: Fidelitas Christi, fidelitas sacerdotis. Como colaborador fiel de Cristo, a ele se aplicam as palavras do evangelho de João: “Bonus Pastor animam suam dat pro ovibus suis”.
Sempre será oportuno lembrar que o Pe. Pontes durante aquele pequeno lapso de tempo que permaneceu em Várzea Alegre, fez tudo pelo seu progresso deixando aquela capelania em condições tão favoráveis e promissoras que, sem sacrifício algum, foi em 30 de novembro de 1863 criada a paróquia de Várzea Alegre, por decreto de sua Exma. Revma. Dom Luiz Antônio dos Santos, sob a invocação de São Raimundo Nonato e guarda pastoral do Pe. Benedito de Sousa Rego.
SIMULACRO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Essa seleção brasileira que faz amistosos pelo Mundo é de mentirinha.
Uma espécie de "pega na rua" que a CBF coloca em campo para catar dólares.
Mesmo que arranhe o prestígio já abalado do nosso futebol, o que importa é a grana.
A cartolagem está se lixando para essa história de tradição.
Não se tocam sobre o significado, o simbolismo, os costumes, a ética, a memória, a força dos rituais.
A perda de valor é irreparável. Já não leva grandes públicos aos estádios, atuando lá fora.
O temor pelas suas camisas definhou. O último "feito" foi tomar quatro gols do Senegal.
Depois de demorado processo de humilhação, um treinador europeu aceitou treiná-la, daqui a um ano.
É o futebol brasileiro sequestrado para fins meramente financeiros.
A crônica esportiva trata apenas de naturalizar tudo isso.
É uma pena.
sexta-feira, 23 de junho de 2023
O COPOM E A TAXA SELIC - Por Antonio Gonçalo.
Os políticos e a mídia, embora entendam pouco ou quase nada de macro-economia, estão sempre tentando opinar (ou acertar) sobre o que deve ser feito para o controle da inflação, câmbio, teto de gastos etc. No rol de culpados, o presidente do BACEN é a "bola da vez" para o governo e seguidores do chefe sabichão que sabe tudo, o Lula!
A decisão do COPOM é colegiada, mas centralizam as críticas negativas no presidente daquele órgão, Roberto Campos Neto que, bem sabemos, se não tivesse o tempo de mandato definido em lei, já teria sido demitido do cargo há muito tempo.
Impressionante a inocência desses críticos! Pois, todo o mercado financeiro, já bem antes da reunião do COPOM, falava que o corte da taxa Selic, se houvesse a curto prazo, ocorreria em agosto próximo. Por que então a surpresa, agora que o índice foi mantido em 13,75%? Sabe-se que pelo menos o ex-ministro Henrique Meireles se manifestou favorável à essa última decisão do Colegiado.
Não dá para entender a surpresa dos que fingem não ter entendido a decisão recente do BACEN, salvo na perspectiva do governo, dos seus seguidores e do velho jornalismo, que sonham com boas novas, desconhecendo a máxima de que "o dever de casa" do tripé macro-econômico deve vir em primeiro lugar.
Aguardemos os resultados dessa peleja, torcendo para que o nosso querido Brasil não fique com sua economia e imagem arranhadas e o povo pagando o pato, como vem acontecendo com alguns países da América Latina, que aderiram a políticas socialistas e tiveram grandes prejuízos sócio-econômicos nos últimos anos.
084 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
quinta-feira, 22 de junho de 2023
083 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais
Estou vendendo pelo mesmo preço que me foi passado, nem mais nem menos.
A pátria lá de nós - Por Batista de Lima.
Parece senso comum que desfile de 7 de Setembro tem que ser feito por militares ou estudantes.
Cada vez menos estudantes estão desfilando. No dia da pátria , a preferência está sendo o desfile na praia, de calção ou biquine, e às vezes futebol.
Porque as pessoas comuns não fazem os seus desfiles patrióticos! Será o desencanto com o comportamento dos nossos políticos!
O desfile poderá ser feito por pessoas comuns com bandeiras do Brasil, de associações, ou time de preferência.
Seria o povo nas ruas com orgulho de brasilidade.
quarta-feira, 21 de junho de 2023
Isolamento obrigatório - Por Antônio Morais.
082 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
II Grande Guerra Mundial - Várzea-Alegre é bombardeada.
Tinham os três um ideal comum – devorar a Europa e os Estados Unidos e, de quebra, as restantes nações do mundo. Tiro, felizmente saiu pela culatra. O tal eixo Roma-Tóquio-Berlim foi partido e esmagado: quatro anos de ferozes combates, mais de 40 milhões de mortos, feridos sem conta, destruições inestimáveis. Pesadelo que viveu toda a humanidade e do qual despertou para dias não menos agitados. O grande historiador Toynbee, examinando os 2.000 anos de Cristo até nós verificou e com tristeza que, nestes dois milênios – apenas 40 anos a humanidade tinha vivido em paz, e, ainda assim, paz relativa. Que esperar deste monstro que se diz feito a semelhança de Deus, descendente do fratricida Caim? Foi mais um pretexto para a defesa dos direitos do homem, o resguardo da democracia, da liberdade.
Era sábado, dia de feira, as ruas se encheram de gente quando o bi-motor deu a primeira passada pela cidade a uns 500 metros de altura. Depois da queda do pacote, serenados os ânimos, cadê um herói para ir ver o que estava no tal embrulho? Quem era besta de ir pegar um quilo de TNT? Foi então que surgiu Miguel do Padre, preto velho conhecido como a maior e mais perito tirador e fazedor de goteiras daquelas altas cumieiras. Com a leveza de pluma e o macio andar de gato, foi lá em cima, apanhou, tranquilamente, a bolinha e com ela, debaixo do braço, desceu. Acompanhava o remédio um bilhete, em que eu explicava ser o Tenente Uruguai, bom amigo e grande piloto, o nosso colaborador solicito.
Dr. José Ferreira.
Moro diz que não vai fazer “nada ofensivo” na sabatina de Zanin - Redação O Antagonista.
Em entrevista ao 'Estadão', o senador afirmou que não irá entrar em embates com o indicado de Lula para uma vaga no STF.
O senador Sergio Moro (União-PR, foto) afirmou que não irá entrar em embates com o advogado Cristiano Zanin, que será sabatinado nesta quarta-feira (21) pela CCJ do Senado.
Em entrevista ao Estadão, o ex-juiz da Lava Jato disse que não fará “nada ofensivo”.
A VENDA DOS ARTISTAS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Acredito mais que o futebol, no Brasil, surgiu das peladas da molecada descalça das ruas, calçadas e campinhos esburacados.
A matriz do nosso talento, da memória corporal para jogar bonito, diferente e com habilidade, apesar do chão.
Para o peladeiro, todo tipo de campo é oficial.
Mas, gostaríamos de ter uma resposta para uma pergunta que nos é feita constantemente.
Os complexos esportivos administrados pelas prefeituras, as organizadas escolinhas e as peneiradas, conseguem atender às demandas, como os antigos terrenos baldios que se prestavam para a prática do futebol?
Confesso que não tenho uma resposta para isso, apesar de observar que o futebol brasileiro continua a fornecer pé de obra altamente qualificado para o Mundo.
O que não deve ser levado em conta como riqueza e, sim, como sinônimo de pobreza, por não reunir condições de manter no País craques de enorme valor.
Vendemos o artista. Não vendemos o espetáculo.
081 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
Uma das coisas que eu estranho em Várzea-Alegre é o fato de um primo legitimo passar por outro e não cumprimentá-lo. Não por falta de consideração, civilidade ou lhaneza no trato, mas porque não conhece a genealogia da própria família. Todo aquele que tem mais de sessentanos nos costados sabe que na sua origem, dificilmente se encontrava alguém que não fizesse parte da mesma descendência ou ascendência.
terça-feira, 20 de junho de 2023
A caminho de um Brasil sem povo - J. R. Guzzo.
Juntos, o STF e o Poder Executivo governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos
O Brasil, dia após dia, está se transformando num país soviético. Com o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e as facções que dão suporte ao presidente da República, o Brasil, cada vez mais, só tem governo — não tem população.
Como na Rússia comunista, e em todos os regimes que surgiram à sua semelhança, de Cuba à China, o país está a caminho de ficar sem instituições; elas não foram eliminadas oficialmente, mas cada vez valem menos. Os cargos públicos que têm influência real na máquina do Estado vão sendo ocupados, a cada escolha, por aliados que o consórcio impõe.
Na prática, há um regime de partido único, a sociedade Lula-STF — os outros partidos fazem alguns ruídos, mas não conseguem controlar nem uma CPI que eles mesmos propõem, e podem ser multados em R$ 22 milhões se apresentarem uma petição à Justiça suprema. Há um Congresso Nacional; na Rússia soviética também havia. Mas as leis aprovadas pelos deputados são simplesmente anuladas pelo STF, na hora em que ele quer, e seja o assunto que for. É o que está acontecendo com a lei sobre terras indígenas, aprovada na Câmara por 283 votos a 155, mas a caminho de ser declarada nula pelos ministros — como a Lei nº 14.950, sobre o mesmo assunto.
A maior parte da imprensa se dedica à adoração de Lula, do seu governo e do ministro Alexandre de Moraes. Funciona, na vida real, como um grande Pravda, escrito e falado em português — e muitas vezes em mau português.
Ainda falta um bom caminho para chegar lá, e a República Soviética do Brasil, pelo menos por enquanto, está se limitando a eliminar a liberdade política. (Na Rússia comunista, por exemplo, não havia, nem há, Parada Gay; também era preciso passaporte interno para ir de uma cidade à outra, e a lista telefônica de Moscou era segredo de Estado, entre outras curiosidades que só o comunismo foi capaz de criar.)
Mas é exatamente para lá, um regime totalitário mais ao estilo do século 21 e fabricado basicamente com peças de produção nacional, que o país está indo. Faça uma pergunta simples: quem vai impedir, se são o STF e o Sistema “L” que escrevem as leis e decidem o que é legal e o que é ilegal?
Não vão ser, com certeza, as Forças Armadas, que de cinco em cinco minutos declaram-se a favor da “legalidade”, ou seja, do que o consórcio STF-Lula diz que é a legalidade.
De mais a mais, os comandantes militares estão a favor desse partido único que hoje governa o país; entregaram para a polícia, trancados em ônibus, os cidadãos que protestavam contra o resultado das eleições, em manifestação legítima, em frente ao QG do Exército em Brasília. Não será o Judiciário, que é apenas uma grande repartição pública comandada pelo STF. Não será, obviamente, o Congresso, que não existe mais como força política efetiva. Não serão os 150 milhões de brasileiros que estão ocupados o dia inteiro com a sua sobrevivência física, e não têm tempo para tratar de política.
Em suma: não é ninguém.
080 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.
PEDRO SALVIANO DE MACEDO.
A última moagem do Engenho Taquari - Por Batista de Lima.
Depois de oito décadas de funcionamento, fechou suas portas o engenho Taquari. No local do canavial os animais se alimentam dos últimos pâmpanos que teimam em sobreviver à morte sobre o massapê massacrado pelo peso da modernidade encangada na globalização.
"Navegante" o "Rapé" , "Chuvisco" e Surubim", aquele quarteto de bois que arrastaram o engenho nos seus tempos áureos, hoje debatem-se e esperneiam no céu dos bois mansos.
O engenho fechou porque ninguém quer mais rapadura.
COM OS MEUS BOTÕES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Ouço cochichos no meu ouvido: "Vai, Wilton, escreve sobre qualquer coisa. É preciso entrar em cadeia com as pessoas".
São os meus botões, com os quais, muitas vezes, não concordo: "Ataca de besteiras. Tem uma indústria esperando coisas "fora da curva", para formar ‘conteúdos’. Coloca nas redes e espera o resultado".
Mais ainda, para arejar a mente: "Estamos na era do pós-moderno, espetacularização das coisas e dos cliques que rendem. O que é dito e escrito precisa ser interessante. Tem que se habilitar, comentarista".
E é verdade. Coluna de frivolidades é o que faz sucesso, comove a ralé,
sensibiliza os medíocres diante de uma poluição de significados.
Agora, lascou: significados poluidores (boas palavras).
Quem disse que eu tenho jeito para isso?
Minhas crônicas, causos e assertivas, boas ou ruins, vão parar na edição de um livro.
Se disparo a escrever bobagens que se transformam em "conteúdos", como não ter vergonha disso, depois ?
Não há necessidade de se rebaixar tanto, para se comunicar com o leitor.
Ou será que estou totalmente enganado? Mais por fora do que mão de afogado?
A realidade dá conta de uma "era de cliques", área mais selvagem para o jornalismo de hoje.
Vou tentar apurar minhas perplexidades. Depois, eu volto.