Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Jogo das celebridades - Por A. Morais.

Nosso grande comandante Dr. José Wilton Menezes, a esposa Amelia e os filhos Yago e Yane.

Representantes dos comerciantes
.
Representantes dos médicos.

A tão anunciada partida  de futebol entre as celebridades  finalmente aconteceu no dia e horário marcados. Quadra super-lotada. João Pedro roeu as unhas que deu na carne de tanto sofrer. Quando o encontrei perguntei: João Pedro como foi o jogo: Ele me olhou meio desconsolado e respondeu: Vô, um fracasso! 5 a 1. 
Não fiz a identificação  dos atletas porque certamente estas fotos irão para os desafios do Blog do Sanharol.

João Dino e Banda - 01 de Fevereiro - Praça da Matriz - Várzea-Alegre

Como parte das festividades de Nossa Senhora das Mercês, co-padroeira da Matriz de São Raimundo Nonato em Várzea-Alegre, se apresentará na Pracinha em frente a matriz, o extraordinario cantor João Dino e sua banda, neste 01 de fevereiro de 2.012. Compareça e prestigie. Leve sua família.


QUEM PEGAR VAI TER. Por Mundim do Vale.


Reprisado para as primas Tereza e Damares Siebra, Primas também do pricipal personagem desse causo.


Meus amigos Alberto Siebra e Luzinete vivem um relacionamento muito amistoso. É o que pode se chamar de total harmonia, mas como todo casal, vez por outra eles teimam. Não que seja preciso recorrer ao supremo tribunal para resolver.
Para mim parece mais com um jogo de pegadinhas de um para o outro. Todas as teimas terminam em amplas risadas.
Certa vez Alberto voltava da farra e já era madrugada, quando aproximou-se da porta viu a esposa já na calçada, que logo foi perguntando:
- Isso é hora para um pai de família chegar em casa?
- E isso é hora para uma mãe de família tá no meio da rua?
Uma semana depois Alberto chegou no mesmo horário e nas mesmas condições, antes que Luzinete falasse ele disse em tom
autoritário:
- Luzinete vá fazer um café pra mim!
- Não tem como fazer.
- Porque não?
- Porque não tem pó e nem açúcar.
- Pois faça assim mesmo. Nem que fique fraco e amargoso.
Em outra ocasião estavam os dois atendendo a clientela do bar, quando Alberto falou:
- Mulher se tirar o juízo de dez criaturas iguais a tu e colocar numa galinha ela ainda vai pô no mato.
Luzinete reagiu dizendo:
E é? Pois se tirar o juízo de dez homens iguais a tu e colocar num porco ele ainda vai comer porcaria
Depois dessa Alberto falou igual a Guido de Zé Inácio:
- Pois fique sabendo que se tirar o juízo de dez jumentos de lote e colocar em mim, nós vamos encher nossa casa de crianças.
- Deus me defenda! Só se tu tiver tudim.
- Pois vamos ser democráticos. A gente dorme juntos e QUEM PEGAR VAI TER.

Aos amigos e familiares - Enviado por Terezinha de Liziuex Siebra



Antigamente, era costume entre as pessoas católicas enviar uma imagem da virgem dentro de uma pequena caixa, que ia seguindo de casa em casa. Todas essas pessoas tinham muito orgulho em receber a imagem em suas casas. Era mesmo uma honra.
Em lembrança deste antigo costume, está sendo enviada hoje para você esta imagem da Virgem Maria, a fim de que ela passe para ajudá-la, caso você aceite.
Se você crê, ou não, será uma prova de amizade fazer seguir a mensagem, a fim de que a Virgem Maria viaje de casa em casa, de lar em lar, de escritório em escritório...Ela ficará bem se chegar no local em que alguém estiver precisando dela e ela possa ajudar...aliviar os problemas... Nossa Santa Mãe percorre o mundo inteiro levando embora nossas preocupações.
Eu a envio a você, mas não a retenha. Ajude a continuar seu caminho, levando o socorro a outras pessoas, pois há muitos que estão precisando dela agora.

Deus - Enviado por Rogeanny Santana.

Deus usa muitas vezes coisas insignificantes para realizar Seus feitos. DEUS formou o corpo do ser humano com todas as suas sofisticações do pó da terra. Corvos foram enviados para preservar a vida do profeta Elias durante a grande fome que se abateu sobre o povo de Israel. JESUS alimenta uma multidão de mais de cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixinhos que pertenciam a um menino.

DEUS usa uma vara para libertar o seu povo da escravidão do Egito. DEUS tinha dado a Moisés a missão de libertar o povo de Israel da escravidão Egípcia. Êxodo 4. E de acordo coma vontade de DEUSa simples vara de um pastor de ovelhas tornou-se o instrumento que punir Faraó e seu povo por manter cativo o povo de DEUS.

Quando DEUS apresentou o seu plano de Libertação a Moisés este achou que era uma missão impossível. Faraó não iria aceitar e o povo não iria acreditar nele. Moisés pensou: “É impossível resolver este problema”. Mas havia um erro de cálculo da parte de Moisés. Ele tão somente viu de um lado a sua fragilidade as suas limitações e do outro lado o Grande Rei Faraó e seu Poderoso Exercito. E desta maneira achou que era impossível resolver a situação do povo de Israel.
Felizmente Moisés errou felizmente ele cometeu um grande equívoco. Moisés omitiu uma figura um fator muito importante nesta situação. Quem Moisés omitiu?

DEUS!

E DEUS os tirou da escravidão egípcia. DEUS realiza coisas sumamente importantes usando para isto meios que aos nossos olhos são insignificantes. Aquele bebê na estrebaria na insignificante cidade de Belém nascido de uma moça pobre enrolado em panos e deitado num cocho de tratar animais... É CRISTO o Senhor o Filho de DEUS o Salvador do mundo! E você também está enfrentando problemas aparentemente impossíveis aos seus olhos?
Experimente colocar DEUS junto com teus problemas! E ELE usará o que for necessário para te abençoar.

Se tiver que usar algo insignificante DEUS usará!

Inspiração - Jose de Moraes Brito

A poesia é um grão tão diminuto
De uma amizade pura e perfeita.
Ou de um amor perfeito, absoluto,
Que nosso coração na terra deita.

Se alguem te compreende, te aceita
Nasce este grão e torne-se bom fruto
Ao orvalho do amor fresco, enxuto
Ao sol de plena paz, bela colheita.

Tirei da terra o joio, a pedra
E na terra agora um broto fértil medra,
Com tanto viço, com beleza tanta.

Mas, se, tão linda, ao vento ele se agita,
Todo o adubo e a agua bendita
Foste tu que puseste nesta planta.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

FRASES IRRETOCÁVEIS.

01 - "Antigamente as mulheres cozinhavam igual à mãe...Hoje, estão bebendo igual ao pai!"

02 - "Antigamente os cartazes nas ruas, com rostos de criminosos, ofereciam recompensas; hoje em dia, pedem votos".

Mentira - A cara do Governo do Cara.



001 - 70% dos projetos de habitação popular não saem do papel - Edna Simão, O Globo

Por trás do recorde de contratações feitas por programas oficiais de habitação popular nos últimos anos há também um expressivo número de obras paralisadas, atrasadas ou que simplesmente não foram iniciadas.

De cada dez contratos firmados na área da habitação pela Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do Ministério das Cidades, envolvendo o repasse de recursos da União para Estados e municípios, pelo menos sete não saíram do papel.

É o que aponta auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU) nos contratos assinados entre 2004 e abril de 2011.

Segundo o levantamento da CGU, até abril do ano passado existiam 4.243 contratos na carteira da SNH, o que corresponde a R$ 12,5 bilhões em investimentos. Deste total, 74% estão apenas na promessa, sendo que uma parcela considerável se refere a contratos antigos.

"Esse fato implica na inexecução das ações do governo e nas sucessivas prorrogações de restos a pagar", destaca o relatório. 

002 - Governo fecha ano sem concluir nenhuma creche - Alana Rizzo , O Estado de São Paulo. Promessa de entregar 6.427 unidades até 2014 está atrasada; de R$ 2,3 bi empenhados, ProInfância só pagou até agora R$ 383 milhões.

Para cumprir uma promessa de campanha feita pela presidente Dilma Rousseff, o Ministério da Educação terá que inaugurar pelo menos 178 creches por mês, ou cinco por dia, até o fim de 2014. Na disputa presidencial de 2010, Dilma afirmou que iria construir 6.427 creches até o fim de seu mandato, mas a promessa está longe de se concretizar.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo ProInfância - que cuida da construção dessas creches - pagou até agora R$ 383 milhões dos R$ 2,3 bilhões empenhados. No primeiro ano de governo, a execução do ProInfância ficou em 16%. Nenhuma obra foi concluída.

Varzealegria - Por A. Morais



AGORA VOCE PODE COMPRAR SEU ABADÁ SEM SAIR DE CASA.
COMPRE PELA INTERNET NO CARTÃO DE CRÉDITO OU DEBITO E NO BOLETO.
ACESSE JÁ O LINK ABAIXO E CONFIRA.
Concentração: 17:00 hrs -  Desfile: 20:00 horas. Na compra do Abadá você recebe 01 pulseira para beber de graça na concentração do bloco, na praça da Bandeira, no bar de Mouzim.  O Abadá também pode ser adquirido na academia Espaço Wellness(Academia de Samuel) e na System Som(ao lado do Demutran)

O84 - Uma palavra amiga - Por A. Morais

O apostolo Paulo, relatando sua vida, contava como vivia antes de sua conversão, perseguindo os cristaos, mas depois tudo mudou. Em vez de perseguidor, passou a defensor. Descubriu que estava errado e, após, o encontro pessoal com Cristo, começou uma vida nova.
Não é por uma vez que alguem será condenado  por Deus. A vida inteira entra na balança.
A justiça de Deus é diferente da nossa. Contudo, não se deve abusar de sua misericordia, sempre achando desculpas para adiar nossa conversão.  ou nossa indiferença para com as coisas de Deus e da igreja.

Pode acontecer tambem que alguem se perca porque nós cruzamos os braços.
Aquilo que fizemos de bom até hoje já seria o suficiente para termos parte com Deus. É bom cuidar para não partir desta vida com " as mãos vazias" se não...

2.012 - Ano de Eleições - Por A. Morais


Dr. Pedro Satiro e Jose Goçalves homologados na convenção  do PSDB, em 26 de Junho de 1992,  para concorrer  ao pleito de Outubro  do mesmo ano.

Como consequencia natural da eleição de 1988, tivemos em 1992 um embate desejado pelos eleitores de Varzea-Alegre. As duas maiores lideranças do municipio. Dr. Pedro Satiro prefeito por duas vezes e Dr. Iran Costa por uma, ambos com grandes administrações e lideranças incontestaveis. 

Os dois grandes lideres foram colegas de moradia no Recife por 04 anos e socios da Casa de Saude São Raimundo por outros 26 anos, perfazendo-se 30 anos de convivencia pautada pela decencia e civilidade. O prefeito eleito por Dr. Iran Costa já havia voltado ao ninho antigo, confirmando a minha previsão anterior. 

Com um esquema politico poderoso, formado pelo Deputado Otacilio Correia, o candidato Dr. Pedro Satiro, Governador do Estado, prefeito do municipio foi facil  administrar a campanha.  72 horas depois da eleição o resultado oficial. Pedro Satiro se elegia prefeito pela terceira vez com uma maioria  de 1.295 votos. O vice foi José Gonçalves, José Manga Murcha. 

Sem duvida a eleição mais tranquila da historia de nossa terra. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

DATAS COMEMORATIVAS - Por Mundim do Vale.

Treze de maio foi dia
Que o escravo foi libertado
Maio é o mês de Maria
Também do assalariado.
Logo no dia primeiro,
É a vez do brasileiro
Sofrer a decepção.
O infeliz operário,
Tem aumento no salário
Mas não cobre a inflação.

Sexta feira da paixão
É o dia do jejum
Mas no pobre do sertão
Já é uma prática comum.
O sertanejo agregado,
Vive no jejum forçado
Quando perde a sua planta.
Para ficar sem comer,
Não é necessário ser
Uma sexta feira santa.

A sogra não ficou fora
É em abril o seu mês
O goleiro comemora
Também dia vinte e três.
Foi do dito mês de abril,
Que descobriram o Brasil
E nunca mais foi coberto.
No buraco que ficou,
Algum valor que restou
Já tem um destino certo.

Tem o dia da criança
Que sofre para viver,
Tem o dia da poupança
Que ninguém pode fazer.
Tem dia do aposentado,
Bem perto do de finado
Depois do dia do cão.
Falta o dia do vaqueiro,
Do cantador violeiro
Do cambista e o sacristão.

Tem o dia da ciência
E o dia de São José,
Dia da independência
Que ninguém sabe o que é.
O que se vê hoje aqui,
É o F.M.I.
Ditando as regras do jogo.
Se não for pago essa cota,
Do americano agiota
Nós vamos comer é fogo.

Agosto no calendário
Tem onze do advogado,
Treze é meu aniversário
E dia do encarcerado.
Cada um tem sua vez,
Em setembro o doa três
É para a guarda civil.
Mas para ficar bem feito,
Devem marcar pra prefeito
Dia primeiro de abril.

Mundim do Vale.
01-04-2.001

Dedicado a Reginaldo Gilô

sábado, 28 de janeiro de 2012

ESPIRRO MALUCO - Por Mundim do Vale.

Quinta feira, dia 26 de janeiro, eu apanhei o ônibus Parangaba Castelão que estava super. lotado. Consegui botar o pé direito no piso e o esquerdo ficou suspenso. Na altura da U.E.C.E. o motorista deu um freio e eu consegui trocar de pé.

Do meu lado esquerdo uma senhora aborrecida ia todo o tempo reclamando do motorista por conta das freadas bruscas. Do meu lado direito um garoto com o nariz e as sobrancelhas cheias de metais e ainda um cabelo estilo Neymar. O garoto viajava todo o tempo rindo com aquela situação.

De repente me deu uma vontade de espirrar e não deu tempo de tirar o guardanapo do bolso. Aquele espirro se tivesse sido medido pelo pluviômetro de Inacinho era água pra mais de 70 milímetros.

Aquela senhora olhou para mim com uma cara de quem tinha comido maxixe quente e gritou:

- Você não sabe que não pode expirrar no coletivo.

- Sei minha senhora. Mas não foi possível evitar. Me desculpe.

- Mas é falta de educação.

- Eu sei minha senhora. Mas não foi intencional.

- Pois da próxima vez dê seu Jeito. Se vire.

Foi quando eu me dirigi ao motorista:

- Motorista essa senhora tá pedindo para parar o ônibus, que é para eu descer pra espirrar.

Enquanto o motorista e os passageiros davam risadas, o clone do Neymar aproveitou a deixa e gritou:

- Ei Motorista! Se poder parar, eu também quero descer pra cuspir.

SÓ PARA DESOPILAR - Por Vicente Almeida

Andando pelas ruas da cidade, certa vez um crente encontrou um bêbado, e querendo fazer uma pregação de convencimento para ele largar a bebida falou:

- O Sr. sabia que é por sua causa que o Brasil ocupa hoje o segundo lugar do mundo em consumo de álcool?

O bêbado olhou para o crente, franziu o semblante, apontou o dedo em sua direção sem conseguir mantê-lo firme um segundo e atirou:

- Pois eu acho seu crente que a culpa é sua!

Miiinha? Como assim? Interroga o crente sacudido pela surpresa!

E o bêbado do alto da sua filosofia continuou:

- Sim, sua culpa! Tenho feito tudo que posso, ando as quedas por aqui por acolá, para manter esse segundo lugar.

- Há muito tempo já teríamos conquistado o primeiro lugar se vocês bebessem!

Ouvi por aí
Vicente Almeida
28/01/2012

Obs: Em breve retornaremos a este Blog com nossas postagens. Em nossa profissão, o dever primeiro nos intima para maiores tarefas no início de cada ano. Temos saudades do convívio.

Abraços a todos.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cadê a Dilma?

A matéria abaixo foi postada na Coluna Ancelmo Góis, do jornal "O Globo":


NESTE MARACANÃ de ministros, a pobre presidente Dilma até some na paisagem (repare só na foto), no fundo da sala da reunião ministerial de ontem, no Palácio do Planalto. O Brasil tem 38 ministros, uma herança maldita do governo Lula, que se empenhou em acomodar os velhos e os novos parceiros políticos, como os do Maranhão de José Sarney. É claro — como tem dito o empresário Jorge Gerdau, coordenador da Câmara de Gestão, um órgão consultivo para a melhora da eficiência do governo — que é impossível administrar bem com tanta gente. Mas quem dá bola para eficiência na política miúda brasileira? Com todo o respeito

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

GRITAR PALHAÇO

O espetáculo circense marcou a apoteose de um tempo mágico. Bailarinos, trapezistas, malabaristas, ciclistas, atores e palhaços compunham um cenário que configurou o imaginário puro e singelo de um povo. A expectativa naquele grande teatro acionava os milhões de neurônios, em sinapses sucessivas, de nossas mentes.

Circo. Arena circular feita de mastros e panos. De alegria e solidão. De risos e sofrimentos. Um gargalhar extraído do povo por um povo nômade, simples e solitário. Uma felicidade postiça, porém honesta. A mais autêntica representatividade do nosso teatro, do nosso entretenimento, do nosso sonho.

Quando os caminhões se aproximavam, com jaulas trazendo animais exóticos: grandes macacos e leões, e da nossa fauna habitual: cães e cavalos, os nossos corações saltitavam de tanta alegria. Na frente do cortejo, o carro de som, que conduzia palhaços e bailarinos, dava a cor do momento. Mostrava um colorido feito de sonho e realidade.

No final da tarde, enquanto os pais esperavam os filhos para o jantar, esses estavam se preparando para serem coadjuvantes do grande espetáculo da vida. O sonho de gritar palhaço era um misto de liberdade, de esperteza e de coragem. Num determinado momento, conseguíamos ser atores, pois participávamos ativamente da representação teatral; independentes, pois trabalhávamos pelo ingresso gratuito no circo; e heróis, porque enfrentávamos, corajosamente, os nossos pais, pois a execução dessa tarefa era proibida, antecipadamente, por eles.

-Hoje tem espetáculo? – Tem sim senhor!

-Às oito horas da noite? – É, si senhor!

- Ô Benedito, bacurau... - Ta no oco do pau!

- Eu vou ali e volto já... - Vou comer maracujá!

- Arrocha! Negrada. – Uh!Uh!Uh!Uh!...

Terminada a maratona, cansados, suados e exaustos, íamos até o interior do circo para recebermos o nosso tão esperado e merecido troféu. Uma marca de tinta a óleo, desenhada na face anterior do antebraço, em forma de X, que garantia o nosso feito heróico e a entrada franca no espetáculo noturno. Porém, pequena minoria daquele grupo sabia que era por pouco tempo aquele inesquecível momento de fama. Que a realidade do sonho não lhe permitiria um final feliz e que, em curtíssimo tempo, viria a já repetitiva e esperada tripla punição.

A primeira era concretizada com a tentativa de entrar em casa sem ser visto, situação que jamais fora possível, pois o pai, agilmente, sempre estava muito bem posicionado para a tradicional sova. A segunda, pior que a surra, era realizada pela figura materna. Um banho com sabão e bucha vegetal. A terceira, pior de todas, mostrava-se com a constatação que a marca no braço havia sumido, e que a concretização do sonho só seria tentada outra vez, com a vinda de um novo circo. Sabe Deus, quando!

Meninos do Sanharol - Por A. Morais

Alpendrada do Sanharol 1995: Da esquerda para direita: Semblante e braço da Dra Ana Micaely, Dona Tonha, Ernesto, José André, Mundinha e Auxiliadora na janela e a Lais de costas.

Meninos do Sanharol.


Década de 60, meados da década de 70 do seculo passado dois produtos eram de difícil aquisição pelo sertanejo: Café e açúcar.
Ao café  misturava-se sementes de manjerioba, arroz e milho para aumentar o rendimento e, o açúcar  geralmente substituia-se por rapadura.
Na casa do Sanharol não tinha no mundo quem conseguisse esconder a lata do açúcar dos meninos, uma penca de nove ao todo.
Um dia o meu pai falou para mamãe: Tonha você não acha que o consumo de açúcar está exagerado não? José! Eu também acho, respondeu-lhe, acontece que não tem no mundo  quem  consiga esconder a lata do açúcar desses meninos. Eles têm faro igual formiga por coisa doce.
Então, do alto de sua sabedoria, meu pai apanhou as duas latas, a do cafe e a do açúcar e  misturou  na proporção exata de levar a chaleira.
Desse dia em diante a lata ficava exposta, em cima da mesa, do fogão, da cristaleira, os "bichim" ficaram com o bico doce. Isso é que foi uma solução  inteligente e sabia.
O fato é que  as merendas eram poucas e os meninos muitos. Um dia mamãe entregou a tapioca de cada um e o André perguntou: mamãe  passaram nata nessa tapióca? Ela respondeu, na sua santa humildade, passei meu filho, você não queria? Ele respondeu: eu quero saber é quem tirou?
Se você nunca comeu uma colherada de açucar escondido não sabe o que perdeu.  
Pra todo problema da vida o meu pai encontrava uma solução igual a do açúcar.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

NO TEMPO DA MINHA INFÂNCIA - Autor desconhecido.

NO TEMPO DA MINHA INFÂNCIA

No tempo da minha infância
Nossa vida era normal
Nunca me foi proibido
Comer açúcar ou sal
Hoje tudo é diferente
Sempre alguém ensina a gente
Que comer tudo faz mal

Bebi leite ao natural
Da minha vaca Quitéria
E nunca fiquei de cama
Com uma doença séria
As crianças de hoje em dia
Não bebem como eu bebia
Pra não pegar bactéria

A barriga da miséria
Tirei com tranquilidade
Do pão com manteiga e queijo
Hoje só resta a saudade
A vida ficou sem graça
Não se pode comer massa
Por causa da obesidade

Eu comi ovo à vontade
Sem ter contra indicação
Pois o tal colesterol
Pra mim nunca foi vilão
Hoje a vida é uma loucura
Dizem que qualquer gordura
Nos mata do coração

Com a modernização
Quase tudo é proibido
Pois sempre tem uma Lei
Que nos deixa reprimido
Fazendo tudo que eu fiz
Hoje me sinto feliz
Só por ter sobrevivido

Eu nunca fui impedido
De poder me divertir
E nas casas dos amigos
Eu entrava sem pedir
Não se temia a galera
E naquele tempo era
Proibido proibir

Vi o meu pai dirigir
Numa total confiança
Sem apoio, sem air-bag
Sem cinto de segurança
E eu no banco de trás
Solto, igualzinho aos demais
Fazia a maior festança

No meu tempo de criança
Por ter sido reprovado
Ninguém ia ao psicólogo
Nem se ficava frustrado
Quando isso acontecia
A gente só repetia
Até que fosse aprovado

Não tinha superdotado
Nem a tal dislexia
E a hiperatividade
É coisa que não se via
Falta de concentração
Se curava com carão
E disso ninguém morria

Nesse tempo se bebia
Água vinda da torneira
De uma fonte natural
Ou até de uma mangueira
E essa água engarrafada
Que diz-se esterilizada
Nunca entrou na nossa feira

Para a gente era besteira
Ter perna ou braço engessado
Ter alguns dentes partidos
Ou um joelho arranhado
Papai guardava veneno
Em um armário pequeno
Sem chave e sem cadeado

Nunca fui envenenado
Com as tintas dos brinquedos
Remédios e detergentes
Se guardavam, sem segredos
E descalço, na areia
Eu joguei bola de meia
Rasgando as pontas dos dedos

Aboli todos os medos
Apostando umas carreiras
Em carros de rolimã
Sem usar cotoveleiras
Pra correr de bicicleta
Nunca usei, feito um atleta,
Capacete e joelheiras

Entre outras brincadeiras
Brinquei de Carrinho de Mão
Estátua, Jogo da Velha
Bola de Gude e Pião
De mocinhos e Cowboys
E até de super-heróis
Que vi na televisão

Eu cantei Cai, Cai Balão,
Palma é palma, Pé é pé
Gata Pintada, Esta Rua
Pai Francisco e De Marré
Também cantei Tororó
Brinquei de Escravos de Jó
E o Sapo não lava o pé

Com anzol e jereré
Muitas vezes fui pescar
E só saía do rio
Pra ir pra casa jantar
Peixe nenhum eu pagava
Mas os banhos que eu tomava
Dão prazer em recordar

Tomava banho de mar
Na estação do verão
Quando papai nos levava
Em cima de um caminhão
Não voltava bronzeado
Mas com o corpo queimado
Parecendo um camarão

Sem ter tanta evolução
O Playstation não havia
E nenhum jogo de vídeo
Naquele tempo existia
Não tinha vídeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia

O meu cachorro comia
O resto do nosso almoço
Não existia ração
Nem brinquedo feito osso
E para as pulgas matar
Nunca vi ninguém botar
Um colar no seu pescoço

E ele achava um colosso
Tomar banho de mangueira
Ou numa água bem fria
Debaixo duma torneira
E a gente fazia farra
Usando sabão em barra
Pra tirar sua sujeira

Fui feliz a vida inteira
Sem usar um celular
De manhã ia pra aula
Mas voltava pra almoçar
Mamãe não se preocupava
Pois sabia que eu chegava
Sem precisar avisar

Comecei a trabalhar
Com oito anos de idade
Pois o meu pai me mostrava
Que pra ter dignidade
O trabalho era importante
Pra não me ver adiante
Ir pra marginalidade

Mas hoje a sociedade
Essa visão não alcança
E proíbe qualquer pai
Dar trabalho a uma criança
Prefere ver nossos filhos
Vivendo fora dos trilhos
Num mundo sem esperança

A vida era bem mais mansa,
Com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
De tudo que a gente fez,
Por isso tenho saudade
E hoje sinto vontade
De ser criança outra vez

Dedicado aos poetas do blog.

Deus nos ouve e nos responde - Enviado por Rogeanny Santana.

Dizem que de tanto chorar as lágrimas secam e de tanto gritar a voz desaparece. Quando nem o choro nem o grito são mais notados como chorar? Como gritar?
O rosto assume aquele ar impassível de túmulo.
Só falta a lápide?
Aqui jaz o desespero.
O salmista porém continua clamando. Pode ser que sua voz esteja um tanto gasta e suas lágrimas comecem a rarear.
Mas ele clama.
Alguém ouve a sua voz.
Alguém lhe responde.
Alguém mostra por ele atenção e solidariedade.
Alguém lhe dá o abraço da proteção e do conforto.
Em nossa angústia clamamos.

E são tantos os momentos de angústia. Tragédias que observadas nos outros não são tão grandes: rompimento com a pessoa amada, perda do emprego fim de um sonho qualquer. Mas para nós é o fim do mundo nos atiram no desespero e na inércia total.

E o que dizer das tragédias que mesmo para os observadores mais frios e objetivos são consideradas terríveis: desemprego crônico, um casamento desfeito e vários filhos para cuidar incapacidade para o trabalho, doenças que não curam, morte prematura o que fazer? Como enfrentar tanta angústia se não tivermos alguém a nos ouvir com os ouvidos mais abertos do mundo? Como superar tanto sofrimento se não tivermos a certeza absoluta de que um DEUS cheio de Amor vai nos responder? E este DEUS está ao nosso lado à nossa disposição.E ELE faz até mais do que simplesmente nos responder: ELE nos chama nos convida e nos encoraja a clamar por ELE. Não há por que secarem as lágrimas nem emudecer a voz.

DEUS nos ouve e nos responde.

Vingança do Boemio - Humberto de Campos.

O poeta Laurindo Rabelo descurava de tal forma de seu vestuário, que as famílias intimas e que mais o admiravam sentiam constrangimento em convida-lo para as suas festas.
Certa dona de casa, incitada pelos filhos para que o contemplasse com um convite para as suas reuniões mundanas, objetou um dia: Agora, não. Esperem que ele tenha roupa, que eu convido.
Assim que o poeta exibiu um terno novo, a matrona cumpriu o que prometera; mandou-lhe um convite, logo aceito.
O sarau começo, porem, sem o boêmio. Quando já estavam cansados de esperar, bate alguem a porta. Todos correram para receber o retardatario. E foi uma decepção. Quem chegava era um carregador, trazendo em um tabuleiro a roupa nova do poeta, e este bilhete: Aí vai o Laurindo.

Lembro sempre o meu torrão - Por Luiz Lisboa.

Dizer que amo São Paulo
É andar na contra mão
Talvês não tenha razão
E espere acontecer
É fácil de entender
É de casa pru trabalho
Vivo só de quebra galho
Como um burro na carroça
Aqui só não limpei fossa
Lembro sempre o meu torrão
Sei que é minha opinião
Vendo as minhas mãos grossas
Só no meu tempo de roça
Creio eu que ninguém gosta
Só um inocente aposta
Que trabalhar é prazer
Tá cumprindo seu dever
Fica numa correria
Anda Sampa todo dia
Não tem tempo pro lazer
Semana em cima dos trilhos
Não tem tempo para os filhos
Isso é amor pra valer?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

TÁ O FUCIM DO AVÔ GETÚLIO - Por Mundim do Vale.

No ano de 1.957, Vicente Justino ( Cravina ) Botou um leitão no ombro e saiu oferecendo aos nossos conterrâneos em Várzea Alegre. Como não houve nenhum interesse, ele foi até os Patos, jogou o porquinho sobre o balcão da bodega de Raimundo de Fama e gritou:
- Raimundo me compre esse bacurim!
- Não. Quero não!
- Mais ome. Compre o bichim, qui ele tem istora. Ele é neto de Getúlio, aquele poico qui Seu Matia criou injeitado.
- Quero não. Eu num gosto de poico nem de Matia.
- É, mais foi Seu Matia qui butou João Faceiro pra arribar de Raja Alegue, naquele tempo qui ele tava prisiguindo as moça da Vazante.
- Mais isso é coisa do passado, o qui interessa é o futuro.
- É o futuro. Apois iscute essa. Mariinha de Pedo Preto viu a visão do finado Raimundo Costa e escutou quando ele dixe qui vai ter uma maldição no dia 15 de abril de 1.977. A torre da igreja vai cair e São Raimundo vai ficar na dimpidura, cai, num cai. E dixe tombém qui no mermo dia, vai morrer um mói de Raimundo. É; Raimundim Piau, Raimundim de Zezim de Ogenho, Raimundim de Joaquim Francisco, Raimundo de Duval, Raimundo de Gessé, Raimundim de Adélia e Raimundo Queiroz. Só num vai morrer Raimundo de Souzão, pruque se ele for pru inferno, vai querer mandar lá mais do que Satanaz.
- Ontom-se quer dizer qui se a torre da capela de São Francisco cair, vai Morrer: Chico de Ontõe Chico, Chiquim de Ontõe Bento, Chico de Belizaro, Chico neném, Chico de Munda e Chiquim de Pedo belo?
É. Só vai escapar Chico de Mundêro, Pruque num fala da vida Alêa.
- Tu que saber duma coisa Cravina? O passado já passou, o futuro inda tá longe, o qui voga é o presente.
- E o bacurim?
- Tá o fucim do Avô Getúlio.

A visão acertou na queda da torre, mas enganou-se com os mortos, porque naquela data não morreu nenhum Raimundo e nem Francisco. Só quem morreu naquele dia foi o canário de Antônio de Felinto, mas o nome dele era Cauby Peixoto.

Dedicado a conterrãnea Fátima Bezerra.

E haja corrupção... -- por Armando Rafael

Chefe de gabinete do ministro das Cidades é demitido

Fonte: Folha de S.Paulo, 25-01-2012

(Mas, o chefe, o ex-presidente Lula, avisa a deputado do PT que pasta das Cidades não deve ficar com petista. Lula locuta, causa finita est)

LEANDRO COLON
DE BRASÍLIA


O chefe de gabinete do ministro das Cidades, Mário Negromonte, foi demitido nesta quarta-feira. A exoneração de Cássio Peixoto, braço-direito do ministro, foi publicada no "Diário Oficial da União".
A exoneração não foi a pedido de Peixoto, segundo a portaria. A demissão dele ocorre dois dias depois de o jornal “Folha de D.Paulo” revelar sua participação em negociações com um empresário e um lobista interessados num projeto milionário do ministério. A assessoria do Ministério das Cidades foi procurada para se manifestar sobre a demissão, mas ainda não obteve resposta.

A exoneração foi assinada pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que tem a prerrogativa de nomear e exonerar quem ocupa este tipo de cargo. A assessoria da Casa Civil informou que cabe ao ministério a explicação oficial sobre a saída do chefe de gabinete do ministro. No dia 9 de agosto, Peixoto recebeu em seu gabinete o dono da Poliedro Informática, Luiz Carlos Garcia, e o lobista Mauro César dos Santos para discutir o assunto, ligado a uma proposta de informatização da pasta.

O encontro ocorreu depois de três reuniões do empresário e do lobista na casa do deputado João Pizzolatti (PP-SC) sobre o mesmo tema. Negromonte participou de pelo menos uma das reuniões, assim como seu secretário-executivo, Roberto Muniz. Todos os envolvidos negam que as conversas trataram de algum acerto. Na edição de hoje, o jornal “Folha de S.Paulo” mostra que a cúpula do PP negociou, durante as mesmas reuniões, uma manobra que poderia evitar a fiscalização do dinheiro utilizado no projeto. A estratégia discutida seria estabelecer um convênio da pasta com um organismo internacional para levantar recursos externos, que não podem, por exemplo, ser fiscalizados pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Investigação: Auditoria acusa desvio de R$ 312 milhões no Dnocs

Relatório da CGU vê irregularidades em obras e na gestão de pessoal e "possível" favorecimento ao RN

Foto ao lado de Silvana Tarelho (21/10/2009)
O diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes, garantiu que já esclareceu os pontos questionados no relatório à CGU e ao TCU.


Relatório da Controladoria Geral da União (CGU) divulgado ontem apontou irregularidades de R$ 312 milhões em obras e na gestão de pessoal do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), cuja sede é localizada em Fortaleza.

A auditoria foi realizada em 2011, após as contas do Dnocs serem reprovadas por três anos seguidos pela CGU. A controladoria destaca ainda a "concentração significativa" de convênios no Rio Grande do Norte, estado do diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes, e de seu padrinho político, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), líder do partido na Câmara.

(Fonte: Diário do Nordeste, 25-01-2012)

SOU SÓ UM POETA - Por Xico Bizerra.

nunca fui numa escola
não tive facilidade
hoje só sou o que sou
não tenho qualquer vaidade
nunca pensei ser ‘doutô’
a vida mais me ensinou
que os bancos da faculdade              

se eu não leio de ‘carreirinha’
eu não posso reclamar
minha caneta é a enxada
onde aprendo o bê-a-bá
o meu livro é a viola
das ‘conta’ que dão na escola
não sei nem a de somar                    

pós-graduado em carinho
me especializei em beijar                                
de cafuné, meu diploma
sou um mestre no cheirar                  
e quando maior eu quis ser
foi olhando pra você
que aprendi o verbo amar

soletrando, faço a rima
que minha mente arquiteta                              
levar alegria ao povo
sempre foi a minha meta
‘doutô’ eu nunca quis ser                              
não sei ler nem escrever
sei muito mais, sou poeta

O silencio revelador - Por Augusto Nunes.

O vídeo divulgado pela Band no dia em que a execução de Celso Daniel completou dez anos - sem desfecho à vista - escancara em pouco mais de quatro minutos um crime com claríssimas motivações políticas. Ouça o que dizem o promotor designado para o caso e o irmão do morto insepulto sobre a usina de dinheiro sujo, instalada na prefeitura de Santo André, que abasteceu com muitos milhões de reais os cofres do PT. Ouça as acusações explícitas feitas por Bruno Daniel a Gilberto Carvalho, José Dirceu e Miriam Belchior. E tente entender por que a trinca nem contesta as declarações nem aciona judicialmente o declarante.

Se a versão do crime comum não fosse apenas outro embuste, os Altos Companheiros estariam berrando há dez anos que a polícia de Geraldo Alckmin, que governava São Paulo em janeiro de 2002, é tão inepta que, além de não ter garantido a vida do prefeito, não consegue esclarecer o episódio e identificar todos os assassinos.

Em vez disso, Gilberto, Dirceu e Miriam não comentam o episódio sequer para lamentar o trágico destino de Celso Daniel. Eles sabem o que não devem dizer. O silêncio estrepitoso das caixas-pretas é tão revelador quanto a mais minuciosa das confissões.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lembre-se de ser uma benção para os outros - Enviado por Rogeanny Santana.

Certa manhã uma mulher bem-vestida parou em frente de um homem sem teto que olhou para cima lentamente ... e reparou que a mulher que parecia acostumada com as coisas boas da vida. O casaco era novo. Parecia que ela nunca tinha perdido uma refeição em sua vida.
Seu primeiro pensamento foi: "Só quer tirar sarro de mim como tantos outros fizeram ....” Por favor Deixe-me sozinho!” Resmungou o homem... Para sua surpresa a mulher continuou de pé. Ela estava sorrindo seus dentes brancos exibidos em linhas deslumbrantes.

"Você está com fome?"perguntou ela.

"Não" respondeu sarcasticamente. "Acabei de voltar do jantar com o presidente... Agora vá embora." O sorriso da mulher se tornou ainda mais amplo. De repente o homem sentiu uma mão suave debaixo do braço. "O que você está fazendo senhora?"Perguntou o homem irritado. "Disse para deixar-me sozinho!" Neste momento um policial chegou. "Existe algum problema senhora?" Perguntou ele..."Não tem problema aqui Policial”a mulher disse... "Eu só estou tentando ajudá-lo a ficar de pé ...Pode me ajudar?” O policial  coçou a cabeça. "Sim o velho João é um estorvo por aqui há anos. O que você quer com ele?" Perguntou o policial...

"Vê o restaurante ali?"Perguntou ela. "Eu vou dar-lhe algo para comer e tirá-lo do frio por um tempo." "Você senhora está louca?" O homem sem-teto resistiu. "Eu não quero ir para lá!” Então sentiu mãos fortes segurando braços e levantá-lo. "Deixe-me ir eu não fiz nada oficial ..."
"Não vê esta é uma boa oportunidade para você"o oficial sussurrou em seu ouvido. Finalmente e com alguma dificuldade a mulher e o oficial levam João para o restaurante e o sentam em uma mesa em um canto do refeitório. Era quase quatorze horas a maioria das pessoas já tinha comido o almoço e para jantar o grupo ainda não tinha chegado
O gerente do restaurante veio a eles e perguntou. "O que está acontecendo aqui oficial? O que é isso? E este homem está em apuros?" "Esta senhora trouxe-o aqui para comer alguma coisa" respondeu o oficial. "Oh! não não aqui!" o gerente respondeu com raiva. "Ter uma pessoa como essa aqui é ruim para os negócios!”
O velho João sorriu com poucos dentes. "Senhora eu lhe disse. Agora você vai me deixar ir? Eu não queria vir aqui desde o início."A mulher foi até o gerente de lanchonete e sorriu ..."O senhor está familiarizado com Harris & Associates? Empresa que fica a duas ruas daqui?""Claro que eu sei"respondeu o gerente impaciente. "Eles fazem as suas reuniões semanais aqui e jantam no meu restaurante". "E você ganha um monte de dinheiro fornecendo alimentos para essas reuniões semanais?" Perguntou a Sra..."E o que importa para você?” perguntou o gerente impaciente.“Eu senhor sou Penelope Hernandez presidente e proprietária da empresa." disse ela. "Oh desculpe!” disse o gerente... A mulher sorriu de novo... "Eu pensei que isso poderia fazer a diferença no seu tratamento." Ela disse ao policial que se esforçou para conter uma risada. "Gostaria de fazer-nos uma xicara de café ou talvez uma refeição policial?"
"Não obrigado senhora" respondeu esse. "Estou de plantão"."Então talvez uma xicara de café para ir?" disse ela."Sim senhora. Isso seria melhor." respondeu o policial. O gerente do restaurante virou nos calcanhares como se recebesse uma ordem. "Vou trazer o café para o policial imediatamente Senhora"
O policial observou-a de pé. E falou: "Certamente colocou no lugar"disse ele. "Essa não foi minha intenção"disse a Sra. “...Acredite ou não eu tenho uma boa razão para tudo isso." Ela se sentou na mesa em frente ao seu convidado para jantar. Ela olhou para ele ... "João você se lembra de mim?" O velho João olhou para seu rosto com seus olhos remelentos "Eu acho que sim quero dizer acho que é familiar."

"Olha João talvez eu seja um pouco maior mas olha-me bem" disse a Sra. "Talvez eu esteja mais gordinha agora ... mas quando trabalhava aqui há muitos anos atrás eu vim aqui uma vez e por esta mesma porta entrei morrendo de fome e frio." Algumas lágrimas caíram por suas bochechas ..."Senhora?" disse o policial eu não podia acreditar no que estava presenciando mesmo pensando que como uma mulher como esta poderia ter passado fome."Eu tinha acabado de se formar na faculdade em minha cidade natal"disse a mulher... "e vim para a cidade à procura de um emprego mas não consegui encontrar nada...” Com a voz quebrantada a mulher continuou: “Quando eu tinha meus últimos centavos e entreguei meu apartamento andava pelas ruas sem ter onde morar e foi em julho estava frio e quase morrendo de fome quando vi este lugar e entrei pensando numa pequena chance para conseguir algo para comer”. Com lágrimas nos olhos a mulher continuou falando ...“João me recebeu com um sorriso. "

“Agora eu me lembro"disse João. "Eu estava atrás do balcão de serviço. Ela se aproximou e perguntou se poderia trabalhar para comer alguma coisa." "Você me disse que era contra a política da empresa." A mulher continuou... Então você me fez o maior sanduíche de rosbife que já vi... deu-me uma xícara de café e fui para um canto para apreciar a minha refeição. Eu estava com medo que você se metesse em encrencas. Então eu olhei e vi você colocar o valor dos alimentos no caixa. Eu sabia que tudo ficaria bem. "

"Então você começou seu próprio negócio?" O velho disse João. "Sim encontrei um trabalho naquela mesma tarde. Eu trabalhei muito duro e eu subi com a ajuda do meu Deus. Tempos depois eu comecei meu próprio negócio e com Deus ele prosperou .." Ela abriu sua bolsa e tirou um cartão. "Quando terminar aqui eu quero que você faça uma visita ao Sr. Martinez. Ele é o diretor de pessoal da minha empresa e vai encontrar algo para você fazer nela.” Ela sorriu. "Eu poderia até adiantar-lhe algo o suficiente para que você possa comprar algumas roupas e arrumar um lugar para viver até se recuperar. Se você precisar de alguma coisa minha porta está sempre aberta para você João."

Havia lágrimas nos olhos do idoso. "Como eu posso agradece-la” ele perguntou. "Não me agradeça" ela respondeu. "A Deus da-lhe glória. Ele me trouxe para você."
Fora do restauranteo policial e a mulher pararam e antes de ir embora ela disse: "Obrigado por toda sua ajuda!”. Em vez disso o oficial disse: "Obrigado eu que vi um milagre hoje algo que eu nunca vou esquecer. E .... E obrigado pelo café. "...Que Deus te abençoe sempre e não se esqueça que quando jogamos pão sobre as águas você nunca sabe quando ele será devolvido para você... Deus é tão grande que pode cobrir o mundo com amor e tão pequeno para entrar em seu coração.

Quando Deus te leva à beira do precipício confie nele completamente e deixe-se levar. Apenas uma outra coisa vai acontecer ou ele segura quando você cair ou vai te ensinar a voar! Quando Deus fecha portas ninguém pode abrir e quando Deus abre portas ninguém pode fechar...E lembre-se de ser uma bênção para os outros

Flores e serenatas - Por A. Morais.

Há bem pouco tempo, o jeito mais romântico de tocar o coração de alguem era  fazendo uma Serenata e enviando flores.
Hoje está em desuso, especialmente a serenata. As flores  ainda  são enviadas notadamente  pelos  mais românticos que viveram  aquela fase da qual me refiro.
Final dos anos 60 inicio de 70 do seculo passado, no período de ferias escolares, era costume  jovens de outras cidades passarem em Várzea-Alegre. Com o aumento  da oferta os rapazes locais eram  encostados e as meninas passavam a cortejá e dar uma  atenção toda especial  aos que vinham de fora. Passadas as ferias  tudo voltava  ao normal e os rapazes iam a forra. Mas tanto uns como outros tinham como objeto de sedução a musica de boa qualidade e o romantismo das flores, embora flores fossem difíceis de se encontrar naqueles tempos, não existiam os roseirais de hoje.
Uma jovem de Crato, chega a cidade  com  encanto e beleza raras. Um colega do Ginásio é tocado e,  começa a  programar uma  serenata para a noite  do sábado para o Domingo. 
A moça estava em casa da família de uma colega de colégio. Tinha que programar-se para não dar nada errado. Pesquisou-se a  musica de sua predileção. Procurou-se saber se o dono da casa  era valente, se tinha revolver, e, se tinha se estava com ou sem balas. Todos os detalhes foram levantados  com bastante atenção. 
Tudo pronto,  aguardou-se a hora. Pra controlar a ansiedade preparou-se um esquenta  no Bar do Nego de Aninha, três lapadas de pinga com tira gosto de cajarana. E, por fim, a cidade dormiu no silencio da noite, e, partiu-se para a execução do plano de conquista. 
O que o amigo não esperava era a sacanagem de um  dos colegas.  Soube-se que a musica era Renuncia do Nelson Gonçalves, mas trocou-se o disco pelo do Coronel Ludgero e quando  colocou-se na velha vitrola de pilhas o amigo apaixonado  levantou todo volume, e, pra sua surpresa Ludgero gritou retumbante: "cortaram o rabo de quem? Eu não quero pagamento, eu quero é outro rabo no Jumento".
Pense num sururu, num cu de boi grande. O namoro acabou antes de começar, a vitrola quebrou-se  na confusão, o disco  não se sabe onde foi parar e, foi fogo pra segurar o homem. 
O fato é que eu não devia está contando esta historia. Hoje em dia, esse meu colega é medico em Várzea-Alegre, especialista em problemas do coração. Vai que  nas minhas estripulias eu acabe tendo um treco e  me veja  frente a frente com ele e, ele resolva fazer vingança. Tô lascado. 
Veja e ouça a musica escolhida a epoca com Nelson Gonçalves de Tim Maia.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O DICUMÊ DOS INLEITOR - Por Mundim do Vale.

Na campanha de 1.962, onde eram candidatos a prefeito pelo P.S.D. o Sr. Acelino Leandro e pela U. D. N. o Sr. Josué Diniz. O empresário Otacílio Correia, cunhado de Acelino Leandro veio a Várzea Alegre para ajudar na campanha. Ocupou a difícil função de tesoureiro para controlar os gastos e as explorações.
Faltando três dias para a eleição Otacílio estava sentado no comitê, quando chegou um candidato a vereador pelo distrito de Fortuna ( Hoje Ibicatu ) O candidato mais mala do que Marcos Valério disse que precisava falar com Otacílio. Fatico Fiusa mandou que ele entrasse e o candidato foi logo falando:
- Seu Otacílio! Eu vim aqui pidir um dinheiro o Sinhor, prumode eu comprar seis boi pra dá dicumer os nosso inleitor da Furtuna e do Guarani. Otacílio apanhado de surpresa pensou um pouco e falou:
- Mas candidato! Seis bois abatidos daria para alimentar os eleitores de todo o município.
- Mais sabe cuma é, né Seu Otacílio? Os inleitor quando vem é trazendo os fi tudim.
- Mas não dá certo não meu amigo, tá surgindo a febre aftosa no gado e se os eleitores morrerem, vai eu, você e Acelino pra cadeia.
- Apois ontonse o Sinhor me dá o dinheiro qui eu compro vinte poico e faço o armoço pra eles.
- Porco também não! Os porcos de Várzea Alegre estão Com caroços e se os eleitores endoidecerem, nós também vamos presos.
- Apois ramo fazer disso. Decar o dinheiro qui eu compro cem bode e encho o bucho deles.
- Pior ainda. Na carne de criação tem um componente que deixa as pessoas com a memória fraca durante uma semana. E se isto acontecer eles podem votar nos adversários e não se elege nem você e nem Acelino.
- Apois ramo fazer assim. O Sinhor arruma o dinheiro qui eu compro duzentas galinha a Suarim e dou o dicumer dos inleitor.
- Você tá ficando maluco candidato? Se você matar essas galinhas, quando for depois das eleições o nosso eleitorado morre de fome sem ter nem o ovo do indez pra comer.
- Ontonse o qui é qui eu faço prus inleitor cumer no dia da inleição?
- Faça o seguinte: - Você diz a eles que se alimentem da mesma coisa que ele comem nos outros dias, que depois da vitória, nós vamos fazer uma grande festa lá no distrito e eles vão comer à vontade.
Depois desta o candidato foi embora sem levar nem uma avoante, Acelino tirou exatos sessenta e cinco votos no distrito o que correspondia a metade do eleitorado. Perdeu a eleição com uma margem tão pequena, que os votos que o candidato aliado prometia talvez fizesse a difrença.
Depois do resultado, nos comentários pós-eleição Otacílio falou:- Acelino! todo o teu eleitorado da Fortuna poderia ser alimentado, Apenas com preá e o prestígio aquele nosso candidato de lá hoje deve está mais baixo do que confissão de quenga.

Dedicado as primas:
Tereza Siebra e Stephani Siebra

Menininha - Vinicius de Morais e Toquinho.

O QUE É AMOR? Esta foi uma pesquisa séria feita por profissionais de educação e psicologia com um grupo de crianças de 4 a 8 anos. 

Respostas: 

01 - AMOR É QUANDO ALGUÉM TE MAGOA, E VOCÊ, MESMO MUITO MAGOADO, NÃO GRITA, PORQUE SABE QUE ISSO FERE SEUS SENTIMENTOS“ 

MATHEW, 6 ANOS 

02 - "QUANDO MINHA AVÓ PEGOU ARTRITE, ELA NÃO PODIA SE DEBRUÇAR PARA PINTAR AS UNHAS DOS DEDOS DO PÉ. MEU AVÔ, DESDE ENTÃO, PINTA AS UNHA PARA ELA. MESMO QUANDO ELE TEM ARTRITE" 

REBECCA, 8 ANOS 

03 - "AMOR É QUANDO UMA MENINA COLOCA PERFUME E O MENINO COLOCA LOÇÃO PÓS-BARBA, E ELES SAEM JUNTOS E SE CHEIRAM“.

 KARL, 5 ANOS 

04 - "EU SEI QUE MINHA IRMÃ MAIS VELHA ME AMA, PORQUE ELA ME DÁ TODAS AS SUAS ROUPAS VELHAS E TEM QUE SAIR PARA COMPRAR OUTRAS".

 LAUREN, 4 ANOS 

05 - "AMOR É COMO UMA VELHINHA E UM VELHINHO QUE AINDA SÃO MUITO AMIGOS, MESMO CONHECENDO HÁ MUITO TEMPO".

 TOMMY, 6 ANOS 

06 - "QUANDO ALGUÉM TE AMA, A FORMA DE FALAR SEU NOME É DIFERENTE“.

 BILLY, 4 ANOs. 

07 - "AMOR É QUANDO VOCÊ SAI PARA COMER E OFERECE SUAS BATATINHAS FRITAS, SEM ESPERAR QUE A OUTRA PESSOA TE OFERECA AS BATATINHAS DELA“.

CHRISSY, 6 ANOS.

08 - "AMOR É O QUE ESTÁ COM A GENTE NO NATAL, QUANDO VOCÊ PÁRA DE ABRIR OS PRESENTES E O ESCUTA".

 BOBBY, 5 ANOS 

09 - "SE VOCÊ QUER APRENDER A AMAR MELHOR, VOCÊ DEVE COMEÇAR COM UM AMIGO QUE VOCÊ NÃO GOSTA“.

 NIKKA 6 ANOS. 

10 - "QUANDO VOCÊ FALA PARA ALGUÉM ALGO RUIM SOBRE VOCÊ MESMO E SENTE MEDO QUE ESSA PESSOA NÃO VENHA A TE AMAR POR CAUSA DISSO, AÍ VOCÊ SE SURPREENDE, JÁ QUE NÃO SÓ CONTINUAM TE AMANDO, COMO AGORA TE AMAM MAIS AINDA“.

SAMANTHA, 7 ANOS.

11 - "HÁ DOIS TIPOS DE AMOR, O NOSSO AMOR E O AMOR DE DEUS, MAS O AMOR DE DEUS JUNTA OS DOIS“.

 JENNY, 4 ANOS 

12 - "AMOR É QUANDO MAMÃE VÊ O PAPAI SUADO E MAL CHEIROSO E AINDA FALA QUE ELE É MAIS BONITO QUE O ROBERT REDFORD“.

 CHRIS, 8 ANOS. 

13 - "DURANTE MINHA APRESENTACÃO DE PIANO, EU VI MEU PAI NA PLATÉIA ME ACENANDO E SORRINDO. ERA A ÚNICA PESSOA FAZENDO ISSO E EU NÃO SENTIA MEDO“.

CINDY, 8 ANOS 

14 - "AMOR É QUANDO VOCÊ FALA PARA UM GAROTO QUE LINDA CAMISA ELE ESTÁ VESTINDO E ELE A VESTE TODO DIA ".

 NOELLE, 7 ANOS 

15 - "NÃO DEVERÍAMOS DIZER EU TE AMO A NÃO SER QUANDO REALMENTE O SINTAMOS. E SE SENTIMOS, ENTÃO DEVERÍAMOS EXPRESSÁ-LO MUITAS VEZES. AS PESSOAS ESQUECEM DE DIZÊ-LO“.

 JESSICA, 8 ANOS

16 - "AMOR É SE ABRAÇAR, AMOR É SE BEIJAR, AMOR É DIZER NÃO“.

 PATTY, 8 ANOS

17 - "AMOR É QUANDO SEU CACHORRO LAMBE SUA CARA, MESMO DEPOIS QUE VOCÊ DEIXA ELE SOZINHO O DIA INTEIRO“.

 MARY ANN, 4 ANOS 

18 - "QUANDO VOCÊ AMA ALGUÉM, SEUS OLHOS SOBEM E DESCEM E PEQUENAS ESTRELAS SAEM DE VOCÊ“.

KAREN, 7 ANOS 

19 - "DEUS PODERIA TER DITO PALAVRAS MÁGICAS PARA QUE OS PREGOS CAÍSSEM DO CRUCIFIXO, MAS ELE NÃO DISSE ISSO. ISSO É AMOR“.

MAX, 5 ANOS


Velho Guerreiro - Por A. Morais


Santuário do Hospital em Barbalha.

O nosso prezado colaborador, parente e amigo Mundim do Vale esteve por estes dias  em Barbalha. Acompanhava o seu querido pai Pedro Alves de Morais em procedimentos médicos hospitalares. O nosso velho e querido amigo Pedro foi transferido para Casa de Saúde  César Cals em Fortaleza onde completa a bateria de exames.  Nossas orações para  um breve  restabelecimento de sua saúde. 

A VISÃO DE VERÍSSIMO SOBRE O BBB.

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. 
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB  é a pura e suprema banalização do sexo. 

Luís Fernando Veríssimo
É cronista e escritor brasileiro

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB  é a realidade em busca do IBOPE.  

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. 

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. 

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados. 
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia. 

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). 

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo. 

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. 

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores) 

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade. 

2.012 - Ano de Eleições - Por A. Morais


Governador em exercicio Adauto Bezerra, prefeito Dr. Jose Iran Costa e Dr. Irapuan Costa.

Não é preciso ser politico ou fazer parte do meio para entender, basta ser um  observador da historia para saber que a politica  é a arte  de somar. Soma-se um daqui, outro dali e quando se constitui uma maioria se vence. 

Acontece que  o politico nunca se dar por satisfeito, quer sempre mais e, diante desta sua voracidade  e ganancia  de grandeza compromete a administração e sacrifica a propria sobrevivencia politica em busca de mais apoios. Diante disso, os oportunistas se organizam em torno do "levar vantagem". Todo tipo de  artificio é usado para  uma coapitação.  O prefeito  chega a botar a corda no proprio pescoço para atender e não perder e, ganhar apoio.

Falo com conhecimento de causa. Um dos maiores lideres de nossa terra, Dr. Jose Iran Costa esperou 20 anos a oportunidade para se eleger prefeito, fez uma  grande administração e, no desejo  de se fortalecer politicamente, chegou a ponto de lançar para seu sucessor um tradicional adversario politico seu, em toda a historia  de nossa cidade. Como amigo e correligionario, eu o advertir a época. A maior parte das reuniões foi em nossa casa do Crato. Disse ao Dr. Iran - não faça isto,  isto é um suicidio, voce vai acabar com a sua vida politica. Voce elege qualquer um que apresentar, eleja um amigo seu. 

Dito e feito. Poucos  mezes  depois de eleito e da posse  foi traido de forma absolutamente deselegante. Varzea-Alegre é hoje um grande exemplo  de adesismo  interesseiro, que, com certeza, levará o proximo gestor a ter grandes dificuldades em acomodar, aglutinar e atender os grupos organizados com fins de explorar e tirar proveito do erário publico.

A verdade, as vezes é dura, mas deve ser dita para que, acima de tudo, seja observada e venha servir de exemplo. Pior do que perder no voto é perder depois da posse com a traição do eleito. Em 1988, se elegeram João Alves de Lima e Francisco Bitu Costa, Tercio Costa, prefeito e vice respectivamente. Para um mandato de 04 anos, vincendo em Dezembro de 1992.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Empresario varzealegrense se destaca em premiação estadual.


O empresário varzealegrense, Giovanni Teixeira Leandro, teve a sua empresa GG dos Santos ME (Free Cell), sediada em Fortaleza, destacada entre as dez empresas optantes do Simples Nacional premiada pelo Governo do Estado com o Prêmio Contribuintes. A Free Cell ficou em quarto lugar.

O Prêmio Contribuintes foi criado pelo Governo do Estado em parceria com o Sistema Verdes Mares de Comunicação há cinco anos como forma de reconhecer e incentivar os empresários cearenses que cumprem corretamente com o pagamento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A empresa do jovem Giovanni Leandro, enquadrada na categoria Simples Nacional, e mais nove empresas premiadas na mesma categoria são vistas pelo governo como empresas geradoras de trabalho e renda e que merecem esse incentivo.

O amor de Deus - Enviado por Rogeanny Santana.


Um dia todo mundo tem que atravessar seus desertos. Momentos onde a solidão se faz tão presente que parece ter um corpo. A dor faz o tempo ficar lento demora doe tudo parece parar. É neste  momento que o ser humano descobre o que são fardos. Os fortes encontram a escada que os fará subir os fracos se perdem em lamentações saem buscando os culpados…

Aí está a diferença entre passar pelo deserto  e o permanecer nele. Os que resistem os que persistem racionam a água caminham um pouco mais dão um passo além das forças. Os que desanimam bebem toda a água do cantil esperam pelo milagre que não virá pois todo milagre é fruto de uma ação positiva. Se hoje você está atravessando o seu deserto seja ele o mais seco do mundo não importa em algum canto dele você encontrará um oásis.

Na nossa vida oásis são os amigos que não nos abandonam são aquelas pessoas desconhecidas que se preocupam com o próximo é a fé que todos nós temos e renova a esperança. Mantenha a racionalidade e uma certeza: você vai atravessá-lo! Não desista de nada não desista de você! A poeira vai abaixar a tempestade vai passar e depois de tudo o sol vai brilhar por você.

A esperança é essa brisa que sopra seus cabelos e a força que nos empurra para a vitória é o amor de Deus que nunca nos abandona.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Velhos Carnavais - Por A. Morais

Dedicado aos amigos Cláudio Sousa, Sávio Pinheiro e Dr. Rolim.

Diferentemente dos dias atuais, os carnavais  das décadas de 70 e 80 do seculo passado não tinham  a barulheira dos balacubacos  de hoje em dia. A diversão e alegria era acrescida de belas musicas que  agradavam ao ouvido e marcavam as pessoas pela beleza de suas letras para o resto da vida. No final de baile,  cansado e cheio de bebidas,  nada melhor do que amanhecer  com Evaldo Gouveia e Jair Amorim " Bloco Solidão". Quantas amizades? Quantos namoros iniciados? Quantos terminados? Quantos continuados? Quantos casamentos em consequência? E, quantos desfeitos também! Isso era musica.

Juliana Printes - Bloco Solidão.


Troféu Algemas de Ouro - 2.011.


O Troféu Algemas de Ouro de 2011 "consagrou" o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), e a deputada Jaqueline Roriz (PMN). Os foliões que compareceram ao tradicional Clube dos Democráticos, na Lapa, para participar do 'Baile do Pega Ladrão!', realizado na madrugada desta sexta-feira, 20, no Rio, foi a entrega do vaiaram entusiasticamente os vencedores da votação realizada no Facebook, que teve sete mil eleitores.  

Divulgação
Os políticos premiados no 'Baile Pega Ladrão!'
Foram entregues as algemas de ouro, prata e bronze, respectivamente, a Sarney, que teve 59,5% dos votos, a Dirceu, com 18,8%, e à deputada Jaqueline Roriz, com 8,4%, filmada recebendo dinheiro de propina e que foi absolvida pela Câmara dos Deputados no ano passado.

O baile foi animado pelo conjunto vocal Anjos da Lua, de Eduardo Gallotti, que apresentou repertório inspirado na corrupção e na impunidade napolítica brasileira, como 'Se gritar pega ladão!', de Bezerra da Silva; 'Pecado Capital', de Paulinho da Viola; 'Lama', de Mauro Duarte; 'Homenagemao malandro', de Chico Buarque; 'Saco de feijão', de Francisco Santana; e 'Onde está a honestidade?', de Noel Rosa.

O 'Baile do Pega Ladrão!' e o 'Troféu Algemas de Ouro', foram organizados pelo Movimento 31 de Julho, que tem realizado atos contra acorrupção nos últimos meses. As iniciativas contaram com apoio de diversos movimentos do Rio e de outras cidades do País.

A proposta dos organizadores é manter a mobilização contra a corrupção e a impunidade mesmo neste período de festas e férias. O Movimento 31 de Julho planeja realizar um show na Zona Sul do Rio, depois do Carnaval, com a participação de artistas que apóiam a causa do combate à corrupção e à impunidade.

A agenda política dos grupos contra a corrupção inclui a realização de atos pela aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais desteano, pela agilização do julgamento do Mensalão pelo STF, em solidariedade à ministra Eliana Calmon (CNJ) e em apoio à liberdade de imprensa.

083 - Uma palavra amiga - Por Padre Juca.

Contaram-me, certa vez, uma estorinha que vale a pena transcrever aqui: Algumas pessoas foram visitar uma fazenda no interior e depararam com um fato curioso: Uma criança conseguia carregar  em  seus pequenos braços um carneiro já bem crescido. E tentaram fazer o mesmo, mas não conseguiram. O carneiro era muito pesado e desajeitado para ser carregado. Aí, então, quiseram saber qual era o segredo, como podia uma criança carregar um carneiro tão grande em seus braços, e os pais da criança contaram: Desde que o carneirinho nasceu, todos os dias, ela o colocava  nos seus braços e ia passear. Agora, que o carneiro está crescido, ela não sente dificuldades em carrega-lo, pois está acostumada com o peso.
Interessante, não acha?
Assim também acontece em nossa vida, se enfrentarmos cada dia os problemas que temos, quando aparecerem os mais difíceis e penosos, estaremos preparados para soluciona-los. Quem está acostumado a enfrentar os pequenos obstáculos não fugirá nem se intimidará diante dos grandes.

Guardas da Higiene - Por A. Morais



Dedicado ao colaborador  Danúbio Bezerra.

Há  poucos dias, fizemos varias postagens e comentários a respeito  dos cuidados e atenção com a higiene  nas praças de alimentação. Pois bem, em Várzea-Alegre, no sitio Varzinha Dona Raimunda não tinha lá esses cuidados todos. Se você não conhece: arroz mexido  é uma especiaria cujos ingredientes são arroz e leite.  Mexe-se  até virar papa no papeiro. Uma irmã de Dona Raimunda chegando na casa da mesma se deparou com uma porção de arroz mexido,  num prato, em cima do fogão. Não contendo sua curiosidade perguntou: Mana, de quem é este almoço?  Ela respondeu: neguinha num é as besteiras de Zunda,  só porque  encontro um carrapato na comida não quiz.. Zunda era o filho mais velho de Dona Raimunda.

Outra vez, os guardas  sanitários chegando  na casa de dona Raimundo bateram palmas e ouviram da mesma: Quem é lá? Os guardas da saudê! O que vocês querem? Queremos vê como anda a higiene da casa! Carece não. Minha irmã Maria não come nada, e, se não come não caga. Zunda é muito trabalhador, vive na roça, caga por lá. E eu quando cago  embrulho num jornal e atiro em cima da casa. 

Permissão concedida para a inspeção, encontraram uma alpargata de  currulepe dentro do pote da agua de beber perdida a mais de seis meses.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Saudação a Babinski - Por Yvi Russell


Luiz Carlos Correia Diniz e Babinski.

Moro perto de Chicago. Sou nativa da Itália e por trés anos morei em São Paulo. Naquele tempo, provalvemente 1969,  Babinski era meu ensinante de gravura. Eu gostaria poder renovar contato com ele.  Sempre lembro o que ele me diz, ao ver minhas gravuras feitas na universidade alguns anos depois. "Yvi, você deve continuar a gravar, este é o seu caminho."

Depois muitos anos, recomecei a gravar em serio. Meu trabalho já ganhou alguns prêmios locais.  Gostaria muito poder agradecer ao meu professor Babinski via email ou com uma carta.

Eu vi o seu blog sobre a exposição de Babinski. Espero que o senhor me pode ajudar restabelecer contato com "meu professor".

Obrigada! (sorry about meu portugues deteriorado)

Yvi Russell

Festa de São Sebastião - Por A. Morais

Deputado Otacílio e Familiares.

Nas décadas de 50, 60 e 70 do seculo passado uma das maiores festas religiosas de Várzea-Alegre era a de São Sebastião  no sitio Boa Vista.  Alem das novenas, quermerces  e um grande leilão de encerramento com fins de arrecadar fundos para a administração  da capela local. 

Encerrado o leilão  a festa continuava com um grande baile dançante sob os acordes de Matias Sousa, do irmão Pedro ou Chico de Amadeu. Num destes anos  de eleição, o leilão teve  o comparecimento de caravanas  de políticos. A rentabilidade do leilão estava assegurada. Bastava colocar um copo com cerveja  na mão do pregoeiro Oliveira Sátiro e  era  arrematado por  um bom valor. 

Chico Inácio, o encarregado da festa,  não continha sua alegria na expectativa de bom resultado. O pau da bandeira era um bambu, uma taboca como se conhece por essas bandas. Media quase vinte metros a altura. Chico Inácio não contendo sua emoção, perguntou para o Deputado Otacílio Correia: Deputado, você já viu uma taboca desse tamanho? Otacílio respondeu no ato: já,. vi sim. Qual, retrucou Chico Inácio. A resposta  não tardou: A que você vai dar nesse santo. Todos caíram na risada, inclusive o Chico.

SEXTA DE TEXTOS - Sávio Pinheiro

PANOS QUENTES

- Eu não sei ser fingida, não, Dona Mundinha! Com ela, eu não falo mais. Nem que a vaca tussa! – Esperneia-se Maria do Socorro, após descobrir que o seu marido, Zé Tramela, andava de namorico com a sua melhor amiga.

Maria do Socorro é uma dessas pessoas, que nasceu para servir ao próximo melhor que a si mesma. Uma mulher boníssima, que apesar do seu minguado salário, nunca deixou de ofertar, a sua amiga Cremilda, pequenos presentes, como sabonetes, xampus e desodorantes. Entendia a amizade como algo que estava acima de tudo e de todos e compreendia a necessidade alheia como um monge budista. Enfim, uma pessoa altamente compassiva.

O marido, um namorador de primeira grandeza. Saía com todas. Assim o fazia, por se achar no direito de fazê-lo. Por ser do sexo masculino. Certa vez, pagou uma consulta médica, para que o esculápio explicasse à sua consorte, que era normal o homem ter mais de uma mulher. Falou firme e piscou para o profissional, que o ouviu desapontado.

Maria do Socorro, mesmo sabendo das aventuras amorosas do marido, não conseguia abandoná-lo. Não sei se por acreditar naquela sua necessidade frenética por mulheres ou por amá-lo em demasia. A verdade, é que o suportava e conseguia dividir o mesmo teto e a mesma cama com aquele pegador profissional.

Porém, dessa vez, o caso passou do limite. Estava passeando, ela, num fim de tarde, com o seu filhinho de colo, próximo a bodega de Zé Facebook, quando, quase sem querer, ouviu uma voz afirmar um caso amoroso de seu marido com a sua inseparável amiga Cremilda. Um frio lhe subiu pelas costas parecendo “um ramo de congestão no sangue, que quando dá, arrepia do dedão do pé até o couro do saco”, como dizia seu Mané rezador. Os seus olhos se esbugalharam tentando saltar das órbitas. A sua respiração, ofegante, deixou-lhe cansada e sem atitude, naquele momento de tanta dor e sofrimento. Manteve-se estática. De repente, no auge de seu desespero, dirige-se aos frequentadores daquele movimentado ponto e grita alto e em bom tom, num ato impensado e desconexo:

- E Zé foi ficar logo com aquela fingida... Com a minha melhor amiga... Tão amiga, que eu emprestava até os meus forros a ela, quando vinham seus tempos! – Falou com tanta ira, que não chegou, sequer, a ouvir a piada do bêbado, que se deliciava com a sua inusitada reação.

- Mas ele perseguiu, foi só o seu cheirinho...