A poesia é um grão tão diminuto
De uma amizade pura e perfeita.
Ou de um amor perfeito, absoluto,
Que nosso coração na terra deita.
Se alguem te compreende, te aceita
Nasce este grão e torne-se bom fruto
Ao orvalho do amor fresco, enxuto
Ao sol de plena paz, bela colheita.
Tirei da terra o joio, a pedra
E na terra agora um broto fértil medra,
Com tanto viço, com beleza tanta.
Mas, se, tão linda, ao vento ele se agita,
Todo o adubo e a agua bendita
Foste tu que puseste nesta planta.
Mais um soneto do Jose Moraes de Brito.
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