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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 31 de março de 2016

Jucá sinaliza que, se assumir, Temer tem que "governar" com os melhores - Por João valadares

O senador do PMDB foi líder dos governos FHC, Lula e Dilma. E, agora, é um dos principais artífices do rompimento do partido com a petista. Senador do PMDB, Romero Jucá não aceita que se atribua à legenda culpa pelas pedaladas e pela política econômica desastrada da presidente.

Ex-líder dos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que, ao lado vice-presidente da República, Michel Temer, foi um dos principais articuladores do desembarque da legenda, diz que a gestão petista está caindo de podre. Em entrevista ao Correio, evitou ao máximo falar de um eventual governo Temer, mas, nas entrelinhas, deixou evidente que os principais atores políticos do partido já começam a configurar a composição política de um novo mandato. “Eu acho que, se o Temer assumir, teremos mais condições de reconstruir uma base política com outro eixo, que não é o eixo do PT, e fazer uma mudança de rumo para o Brasil, mudança que o PMDB tem condições para fazer”. Perguntado sobre a participação do PSDB e até do PT, Jucá repete o mantra de que “Temer tem que governar com os melhores”.

Assim como outros caciques da legenda, o peemedebista teve o nome envolvido na Operação Lava-Jato. Questionado se um governo Temer também teria a agenda paralisada pela Lava-Jato, o peemedebista diz que não há previsão, mas que é melhor apostar em um novo cenário. Demonstrando certo desconforto, o senador afirma que não se pode usar a situação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já virou réu em processo sobre o esquema de corrupção na Petrobras, para deslegitimar o processo de impeachment. “O PMDB não é Eduardo Cunha”. O senador ressalta que Temer, mesmo tendo assinado créditos suplementares no exercício da Presidência da República, não pode ser responsabilizado pelas pedaladas fiscais. “Vocês me desculpem, mas o Michel Temer não responde por isso”.

Chefe da Força Nacional de Segurança pede demissão e diz que Dilma não tem 'escrúpulos' - ISADORA PERON - O ESTADO DE S.PAULO

Coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a subordinados com críticas ao governo e à presidente; ministério da Justiça afirma que declarações 'podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade administrativa'

BRASÍLIA - Ao pedir demissão do comando da Força Nacional de Segurança de Pública, o coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a subordinados com críticas ao governo e à presidente Dilma Rousseff. 

“Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República".

Sergio Moro foi hábil na resposta ao Supremo - POR MERVAL PEREIRA


O juiz Sérgio Moro foi hábil na sua resposta ao ministro Teori Zavascki. Pediu desculpas pela polêmica que a divulgação causou, mas reafirmou as questões da importância da publicidade e da tentativa de Lula de obstruir a justiça. Por isso, segundo ele, a necessidade da divulgação. 

Não vai ter golpe

A por enquanto incipiente manobra de aliados governistas em torno de um acordo para que a própria presidente Dilma convoque eleição presidencial antecipada a se realizar juntamente com as eleições municipais em outubro deste ano, depende de duas coisas: que o processo de impeachment que já tramita no Congresso seja sustado, e que o vice Michel Temer aceite renunciar também. Como se vê, há na proposta...

"O Brasil não pode ter um quase presidiário como ministro" - Deputado Federal Darcisio Perondi.

Darcísio Perondi é deputado federal eleito pelo PMDB do Rio Grande do Sul. 

O PMDB é um dos partidos que davam sustentação do governo Dilma, mas rompeu na última terça-feira (29), agravando a crise política. 

Perondi, porém, se antecipou a essa decisão e processou o próprio governo para barrar a posse de Lula.

O processo foi aberto na semana passada no Rio Grande do Sul. 

Dias depois, foi transferido para Brasília. Nele, o deputado argumenta que a nomeação "é um desvio de conduta da presidente" e "só tem como finalidade proteger Lula da prisão". 

"O Brasil não pode ter um quase presidiário como ministro", complementou.

Comentário do Blog : De pleno acordo.  A pilantragem, a malandragem e o escarnio do Pajé não podem triunfar. 

Viva a honra e a decência.

Comentário sobre o artigo "O faqueiro de ouro", escrito por Antônio Morais (por Armando Lopes Rafael)

Li, e apreciei muitíssimo, o artigo que o prezado amigo Antônio Morais postou neste Blog sob o título de “O faqueiro de Ouro”. Peço ao leitor que ainda não o leu, que desça um pouco mais neste blog e tome conhecimento do conteúdo daquele artigo. Ele faz corar de vergonha os brasileiros, quando comparamos nossos atuais e desmoralizados  governantes com os dignos governantes da Inglaterra: sua Rainha e seu Primeiro Ministro.
Mas nem sempre o Brasil foi a “Casa de Mãe Joana” que é atualmente. Lembrei-me de uma declaração feita pelo Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, quando ele recordando os tempos imperiais do Brasil afirmou:
 “Mais de cem anos já se passaram, e os contrastes entre o Brasil atual e o Brasil-Império só têm crescido. No tempo do Império havia estabilidade política, administrativa e econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgãos da administração pública e em todas as camadas da população, havia credibilidade do País no exterior. Havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia”.
Palácio Imperial de Petrópolis (residência de verão da Família Imperial Brasileira)
Nada mais daquele feliz cenário da Monarquia existe mais neste nosso infelicitado Brasil republicano caótico dos dias atuais. Talvez seja por isso que uma pesquisa divulgada nesta 5ª feira, 30 de março, pelo Ibope, a avaliação “ótima” ou “boa” do governo da presidente Dilma Rousseff caiu para 10%. Já a avaliação “ruim” ou “péssima” atingiu a casa de 69% segundo o julgamento dos brasileiros. No que diz respeito à maneira de Dilma governar, a taxa ficou estável, com uma desaprovação de 82% dos entrevistados pelo Ibope.
Abaixo o Brasão do Brasil-Império

Dois cenários diametralmente diferentes! A monarquia inglesa próspera, com uma população feliz com a forma de governo que preside sua nação... Um povo que vê o futuro com otimismo. Uma Inglaterra onde os serviços públicos funcionam. Uma Inglaterra sem inflação, sem corrupção, sem violência, sem desemprego... Com políticos respeitados,  que governam com seriedade e responsabilidade aquela nação!
Já o nosso querido e infeliz Brasil republicano está na rabeira dos países mais desmoralizados do mundo. O Brasil atravessa uma grande crise ética, política e econômica sem precedentes na sua história, cuja ressonância atinge todos os setores da vida nacional. Decorrente de desacertos perpetrados pelo Governo Federal, cujos efeitos repercutiram junto aos diversos segmentos da nossa população, essa crise vem ocasionando a falta de credibilidade nas ações governamentais, nos altos índices de desemprego, na depressão econômica, na falta de novos investimentos por parte dos setores produtivos, na ausência de sintonia entre a sociedade e as decisões tomadas por nossas autoridades baseadas na capital da República, dentre outras mazelas. 
Um Brasil rico em recursos naturais, produzindo alimentos, exportando minérios; com um povo pacato e trabalhador, mas um povo exposto à inflação e ao desemprego... Aqui o setor público não oferece aos seus cidadãos segurança, nem saúde, nem educação, nem emprego. 
Inglaterra em alta! O Brasil crescendo igual a rabo de cavalo: prá baixo. Meditemos sobre isso...
(Texto e postagem de Armando Lopes Rafael)

Um faqueiro - Fonte Rádio CBN - 14 de Março de 2016.


Elizabeth II - Rainha da Inglaterra.

Em 1968, em visita ao Brasil, a Rainha da Inglaterra Elizabeth II presenteou  o presidente Costa e Silva com um faqueiro que ficou como propriedade da Republica Federativa do Brasil.

A Policia Federal o encontrou em um cofre no Banco do Brasil, em São Paulo, em nome de Marisa Letícia, esposa do Lula.

Veja as explicações dos advogados e defensores do ex-presidente:


É assim que se joga  uma história, uma biografia  no lixo. Gente sem nenhuma virtude no comando de  uma nação. Vergonha  para o Brasil  perante o mundo. E para completar o aluguel do cofre era pago pela  empreiteira OAS. Pasmem.

Em conversa gravada com a presidente Dilma, Lula falou que ia devolver as tranqueiras para  o Ministério Público Federal  meter no C....  Basta que  devolva o que não lhe pertencem.

Bofetada - Por Antonio Morais


Brasileiro sempre teve a mania de reclamar dos seus governantes. Reclamava dos administradores das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias, dos Governadores Gerais e dos imperadores. Reclamavam dos presidentes da Velha Republica e da Republica Velha, dos militares, de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC, de Lula. Não reclamaram do Tancredo Neves porque morreu antes de tomar posse.

Logo teremos novo presidente, novo governador, outros deputados... Os mesmos, mas o povo vai continuar a reclamar. Sabe por que? Porque o problema não está nos deputados, senadores, presidente, governador, prefeito, funcionário. O problema está naquele que reclama: Você e eu, nós!

O problema está no brasileiro. Afinal, o que se poderia esperar de um povo que sempre dá um jeitinho? O povo que valoriza o esperto e não o sábio? Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro? Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia? Ri quando consegue puxar a TV a cabo do vizinho?

O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama pela sujeira? O que esperar de um povo que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre?

O que dizer de um povo que reclama pra receber do governo livro didático gratuito para o filho e não vê que esse aluno deixa em casa os livros e vai para escola perturbar a aula e prejudicar os que querem realmente estudar e aprender?

O problema do Brasil não são os políticos, são os brasileiros! Os políticos não se elegeram, fomos nós que votamos neles.

Politico não faz concurso, ganha votos: O seu e o meu.

Raimundo Jucá de Brito, Mundoca Jucá - Por Antônio Morais

Foto - Hubert Bloc Boris, sua esposa Janine e o casal Jefferson Albuquerque numa reunião do Rotary  no Crato Tênis Clube.

Seu Hubert era o administrador-proprietário da Fazenda Serra Verde cujo território abrangia cinco municípios da região.

Vamos a historia do Mundoca, fiscal da referida fazenda.

Leia :

Quem viveu em Várzea-Alegre, nas décadas de 60 e 70 do século passado conheceu ou ouviu falar em Raimundo Jucá de Brito, o Mundoca Jucá, fiscal da Fazenda Serra Verde.

Com ele a volta era curta, não tinha quiri quiqui nem menino fazia munganga, escreveu num leu o pau comeu. Era deverasmente temido pra quelas bandas.

Um casal da Serra Verde escolheu Mundoca para padrinho do filho mais velho. Fez também uma promessa com São Francisco do Canindé para curar um "ventre caído", que, no primeiro corte levariam os cabelos do menino pra quela cidade.

O menino estava com 12 anos sem que os pais tivessem condições para fazer a viagem e levar os cabelos como "ex-votos". Por arte do diabo, Mundoca passou na casa dos compadres e vendo o cabelo do afilhado pela cintura, tirou a doze polegadas do quarto e cortou os cabelos pela raiz.

A mãe do menino, observando aquele sacrilégio reagiu assim:

Compadre Mundoca tem umas GAIATEZAS engraçadas.


quarta-feira, 30 de março de 2016

Passaram a mão no nosso Cristo, Jesus! - Por Reinaldo Azevedo

Estava num cofre de Lula. Cofre do Banco do Brasil em nome de Marisa Letícia e Lulinha guardava crucifixo do século XVI que pertence ao Brasil. O Cristo surrupiado: pô, gente, foi parar no cofre sem querer.

Ai, ai… Parece piada, mas não é. Parece bufonaria de quinta categoria, mas é tudo verdade. A coisa é, sob muitos aspectos, inédita. O modelo petista de gestão do estado surpreende pelo tamanho do descalabro, mas também pelos detalhes que exibe, ora patéticos, ora sórdidos, ora gratuitamente abusivos.

Reportagem da revista Época informa que a força-tarefa chegou a um cofre do Banco do Brasil, em São Paulo, que abriga 23 caixas lacradas, com data de 19 de março de 2012. Ali está parte do acervo que Lula levou consigo da Presidência. Muita coisa é presente de chefes de estado em suas viagens mundo afora.

Ocorre que havia um pouco mais do que isso. Eis que, entre os pertences, sob a guarda de Marisa Letícia e Lulinha, também estava um crucifixo entalhado em madeira, datado do século XVI, que pertence ao estado brasileiro. O valor é inestimável.

É uma coisa impressionante mesmo. Lula levou consigo dez contêineres quando deixou a Presidência. Esse material está num depósito em Barueri, e quem pagou a hospedagem foi a OAS: R$ 1,3 milhão. O que realmente tem valor, como joias, adagas e moedas, foi parar no banco. Já tinham dado conta do sumiço do Cristo desde que Lula deixou o poder. Mas ninguém ousava perguntar.

Notem: nas suas viagens quando presidente, certamente Lula ganhou um presente pessoal ou outro. Mas a maioria dos mimos pertence ao estado brasileiro. Os regalos não foram dados ao indivíduo, mas ao chefe de estado. O caso do Cristo é diferente. A obra pertencia ao acervo do país.

Dizer mais o quê? Evidentemente, isso foi tirado do Palácio do Planalto sem que Lula soubesse, né? E sequestraram o Cristo sem querer. É que o Apedeuta já não sabe distinguir o que lhe pertence do que pertence ao Brasil.

Nunca soube!

Desfaçatez e falta de pudor - Por Antônio Morais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma plateia fidelizada. 

Construída e edificada na base de esmolas, propinas, promessas e mentiras. 

Da mesma maneira que ele se dirige a sua plateia de fiéis devotos da seita, tem a cara de pau de se virar para o mundo civilizado, inteligente e competente e afirmar as mesmas insanidades.

Pouco importa que no outro dia a imprensa mundial publique as piores manchetes a seu respeito. 

Falar que tirou 40 milhões da miséria é desconhecer que, hoje em dia,  temos 10 milhões de desempregados no país, é fazer o povo de tolo, mané, idiota e imbecil. 

Sua ultima bravata  tira qualquer um do sério : " Não vai demorar hão de me pedir desculpas".

Sensação no Congresso é de que o governo acabou - POR MERVAL PEREIRA.

PMDB desembarcando do governo, outros partidos vão atrás e está feito o final do governo - que vai tentar um voto aqui outro lá, entregando cargos, mas a sensação no Congresso é de que o governo acabou e tem pouca gente disposta a afundar junto com o PT. 

Lula sem privilégios.

Embora a manifestação do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot sobre a nomeação de Lula para o Gabinete Civil não deva ter repercussão prática, já que existe uma liminar impedindo a posse até que o plenário do STF se pronuncie, seus argumentos no documento de ontem revelam o que deverá ser sua posição em outro processo, este criminal, que poderá gerar um inquérito contra a presidente da República...

terça-feira, 29 de março de 2016

Ministério Público entrega 2 milhões de assinaturas contra a corrupção - Por Renan Ramalho

Membros do Ministério Público Federal realizaram nesta terça-feira (29) a entrega simbólica de 2.028.263 assinaturas de cidadãos que apoiam um pacote de 10 medidas de combate à corrupção propostas pelo órgão.
A lista de apoiadores será levada ao Congresso, onde as propostas já foram apresentadas para serem votadas e aprovadas pelos parlamentares.

O conjunto de propostas foi lançado em março do ano passado e mobilizou procuradores e promotores em palestras e eventos realizados em todo o país para divulgar e pedir adesão às medidas, que incluem alterações legislativas para prevenir, punir e recuperar desvios de dinheiro público.

Em mais de oito meses de coleta de assinaturas, mais de 1.016 entidades – incluindo igrejas, universidades, associações, empresas e ONGs – manifestaram apoio às medidas.

Confira abaixo cada uma das 10 medidas de combate à corrupção:

1. Prevenção à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação
2. Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos
3. Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores
4. Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal
5. Celeridade nas ações de improbidade administrativa
6. Reforma no sistema de prescrição penal
7. Ajustes nas nulidades penais
8. Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do "caixa dois"
9. Prisão preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado
10. Recuperação do lucro derivado do crime

Dilma precisa contar o que faz para dormir ‘bem’ - Por Josias de Souza.

Desde que o governo Dilma começou a deslizar para o caos, o país espera por um sinal de que o fim está próximo. O desembarque do PMDB, nesta terça-feira (29), talvez fique, no resumo do ocaso da gestão petista, como uma apoteose às avessas da impotência que desgoverna o Brasil. Convém dizer “talvez” para não correr o risco de carbonizar a língua. A qualquer momento pode surgir uma antiapoteose mais marcante.

A crise se arrasta há tanto tempo que já existe uma coleção de episódios que poderiam funcionar como bons epílogos. Mas quando a coisa parece estar mal, tudo fica muito pior. No instante em que o Planalto assimila a notícia de que o Delcídio foi gravado tentando comprar o silêncio do delator Cerveró, vem a revelação de que o senador também suaria o dedo.

Na hora em que as denúncias do ex-líder do governo ganham as manchetes, fica-se sabendo que o Mercadante foi gravado oferecendo vantagens a Delcídio para que travasse a língua. No momento em que o ministro mais chegado à presidente ofende a inteligência alheia com o lero-lero de que agira por razões humanitárias, a presidente resolve dar um autogolpe, nomeando o Lula para a Casa Civil.

A plateia mal havia digerido a conversão do foro privilegiado em “desaforo privilegiado” e o Sérgio Moro enrolou na garganta de Lula as fitas do grampo em que o morubixaba petista soa fora de si, escancarando o que tem por dentro.

Ainda soava no noticiário o diálogo em que Dilma informa a Lula que está enviando pelo “Messias” o ato de nomeação — para ser usado “em caso de necessidade”— quando sobreveio a liminar do Gilmar Mendes. Nela, o ministro do STF susta o salvo-conduto e devolve Lula à “República de Curitiba”. O juiz Moro não teve nem tempo de saborear o retorno, já que o Teori Zavascki mandou silenciar os grampos até que o Supremo decida o que deve ser feito.

Assim tem sido a rotina de Dilma. Quando conserta a antena do Planalto, estoura a privada do Alvorada. Não passa dia sem que haja um novo problema. Como se não bastasse a divisão interna do PT e todo o resto, o PMDB anuncia que irá para a oposição nesta terça-feira. O PP ameaça desembarcar na sequência. O PR e o PSD também.

Dilma repete aos auxiliares algo que disse na semana passada a jornalistas estrangeiros: “Não sou uma pessoa depressiva. Eu durmo bem à noite”. Não sei quanto a você, mas eu quero uma porção do que Dilma está comendo, bebendo ou inalando, seja o que for. Diante de tudo o que se passa, quero viver no país que embala o sono da presidente da República, seja ele onde for.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Façam sua escolha, senhores! - Por Ricardo Noblat


Se não conseguir abortar o desembarque do PMDB do governo marcado para amanhã, restará a Dilma oferecer os cargos que ficarão vagos a deputados e senadores dispostos a votar contra o impeachment.

Um dos alvos preferenciais de Dilma é o PR do ex-deputado Valdemar Costa Neto, o mensaleiro em prisão domiciliar que jura controlar 40 votos. Dilma precisa de 172 votos na Câmara para ficar no cargo.

Costa Neto é um velho conhecido da presidente. Para garantir o apoio do PR, Dilma já demitiu um ministro de quem gostava e deu a Costa Neto o ministério que ele queria.

Na época, Costa Neto despachava na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele joga duro e cobra caro. Em 2002, por exemplo, cobrou ao PT R$ 6 milhões pelo apoio do seu então partido, o PL, à eleição de Lula. Levou.

O PMDB tem sete ministérios e, no mínimo, 600 cargos no governo. Dilma não poderá dispor de todos eles porque ainda imagina que contará com a ajuda de uma fatia do PMDB na votação do pedido de impeachment.

O fisiologismo puro, descarado, assumido, é a última esperança dela para não ser derrubada. O impeachment entrou no modo arrastão e parece difícil barrá-lo.

Ninguém em torno da presidente acredita que ela completará seu mandato. Ninguém. Nem Lula acredita.

No começo, o governo tratou o impeachment como uma espécie de terceiro turno desejado pela oposição. Depois, como uma chantagem do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Ultimamente, como algo que interessa, sobretudo, ao juiz Sérgio Moro e à sua turma.

Não o reconhece como uma exigência de quase 70% dos brasileiros que desaprovam o desempenho de Dilma e a culpam pelo mar de lama escavado pela Lava-Jato.

A tentativa do governo de desqualificar o impeachment chamando-o de golpe vem sendo repelida por ministros do Supremo Tribunal Federal. O impeachment ganhou o aval da Ordem dos Advogados do Brasil.

O medo costuma ser indutor de soluções. Banqueiros e empresários estão com medo da crise e da falta de iniciativa do governo para superá-la.

Partidos receiam ser varridos do mapa nas eleições de 2018. Os encrencados na Lava-Jato sentem-se desprotegidos e anseiam por um governo que os proteja. E os brasileiros simplesmente temem dias piores.

Salvo o imprevisível, há três cenários possíveis para a superação do impasse em que se encontra o país - e nenhum deles configura golpe contra a democracia.

O primeiro: o impeachment de Dilma pelo Congresso. O segundo: a impugnação da chapa Dilma-Temer se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatar ações que ali tramitam. O terceiro: a permanência de Dilma na presidência.

A aprovação do impeachment depende do voto favorável de 342 deputados de um total de 513, da aceitação pelo Senado do pedido de impeachment e, mais tarde, dos votos de metade mais um dos 81 senadores. Todo esse caminho ou só parte dele deverá ser percorrido até maio.

A impugnação da chapa pelo TSE ficará provavelmente para 2017. Se acontecer, o Congresso elegerá um novo presidente.

Dilma perdeu a chance de sair mediante a realização, este ano, de uma eleição presidencial. Foi aconselhada por amigos a propor isso ao Congresso. Descartou por arrogância e erro de cálculo.

Uma eventual renúncia só serviria para apressar a posse de Temer. Ao completar 50 anos, o PMDB está perto de governar de fato. Dará certo? Bem, o que está aí deu errado.

domingo, 27 de março de 2016

A presidenta(sic) mal informada

A mensagem abaixo bombou na Web. A conferir.
Cara Presidente Dilma,
Senta aqui, querida.
Vamos trocar uma ideia.
Olha, eu entendi que você se sentiu ultrajada com o fato de ter sido flagrada conversando com Lula sobre o estratagema para protegê-lo.
Entendo mesmo.
Mesmo depois do Janot dizer que o grampo não era em você e sim no Lula; mesmo depois de explicarem  que se você não quer ser gravada, deve evitar ligar para investigados, entendo seu ultraje.
Mas, ontem, quando vociferava sobre o ocorrido, você disse:
"...grampeia o Presidente dos Estados Unidos para você ver o que acontece..."
Então.
Aqui você se complicou.
Sério.
É que talvez você não saiba, porque naquela época deveria estar ocupada com outras atividades mais...hmmm..."explosivas", mas os Estados Unidos já tiveram um Presidente grampeado: Richard Nixon.
Entre 1972 e 1974, Nixon comeu o pão que o diabo amassou numa sequência de episódios (muitos envolvendo escutas telefônicas) que revelaram suas evidentes práticas de abuso de poder.
Pegou?
Abuso de poder.
Nada absurdo como nomear um Ministro para protegê-lo da Justiça, porque aí seria demais.
Mas a imprensa marrom e golpista da época provou que ele havia usado o FBI e a CIA para conseguir informações privilegiadas sobre os Democratas. (Falar nisso, é sério que você mandou a ABIN monitorar o Moro?)
O fato é que no caso do Nixon, foi aberto um processo de impeachment e ele acabou renunciando.
Renuncia...Impeachment...
Ring a bell? Hein? Hein?
Enfim.
Então, Presidente, era isso. Me desculpe a pretensão de vir aqui dar conselhos, mas como notei que suas falas nos últimos dias estão mais raivosas, achei que valeria a pena um toque.
Um abraço ...e não me ligue...
 (Postado por Armando Lopes Rafael)

Mala, você sabe o que é? - Por Antônio Morais


Da esquerda para direita: Tim, Matias , Mestre Chagas e Pedro Sousa.

Todo varzealegrense com idade entre 14 e 16 anos em meados da década de 60 do seculo passado é um eterno devedor de gratidão  e reconhecimento do trabalho do saudoso amigo Pedro Sousa. 

Várzea-Alegre sempre foi muito rica de convívio social.  e,  nem um empreendimento  musical houve sem a colaboração do Pedro Sousa. Nessa época  o Recreio ficava  num espaço aberto atrás da prefeitura. Ali  foram realizadas  grandes eventos sociais. Duvido que os da época, ao lembrar, não sintam saudades.

Por iniciativa de Pedro Sousa foi criado o conjunto musical "Os improvisados". Detalhe: todos os músicos eram  locais.

O prefeito da época, Dr. Pedro Sátiro dava todo apoio, inclusive os instrumentos eram guardados  na parte do primeiro andar  do prédio da prefeitura, local onde eram realizados os ensaios. Vi  o meu amigo e parente Tim, baterista de mão cheia,  treinando as batidas  da musica "Era um Garoto que como eu amava" ... Nessa época  o mundo  vivia o absurdo da guerra do Vietnã.

Mala era a denominação dada ao fato de um rapaz convidar uma  garota para uma dança e ela não aceitar.

Veja no vídeo..



sexta-feira, 25 de março de 2016

É risível... mas é verdade ––Lula tem plano secreto para evitar prisão: pedir asilo à Itália

Ex-presidente e aliados estudam requerer que país europeu o receba como perseguido político. Itália foi escolhida porque sua família tem dupla cidadania
Fonte: revista VEJA desta semana
 GUERRA NA JUSTIÇA - O ex-presidente: sua nomeação para a Casa Civil deflagrou uma guerra na Justiça. Por enquanto, nada de ministério(Ricardo Stuckert/Instituto Lula/VEJA)
Numa crise que já revelou tramas e enredos antes inimagináveis, nada mais parece capaz de provocar surpresa nem espanto - e, no entanto, surpresa e espanto insistem em aparecer. Nos últimos dias, VEJA apurou o fio da meada que leva a um plano secreto destinado a tirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil, caso sua prisão seja decretada. O plano prevê que Lula pediria asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, depois de negociar uma espécie de salvo-conduto no Congresso, que lhe daria permissão para deslocar-se da embaixada até o aeroporto sem ser detido - e, do aeroporto, voaria para o país do asilo. A cronologia do plano, de acordo com os detalhes que VEJA conseguiu levantar, é narrada na reportagem de capa de VEJA desta semana.

quinta-feira, 24 de março de 2016

O governo perderá a batalha do impeachment na comissão da Câmara - Por Ricardo Noblat


Um dos líderes da tropa do governo no Congresso respondeu assim quando lhe perguntei, ontem, se havia alguma chance de o pedido de impeachment da presidente Dilma ser derrotado dentro da Comissão Especial que o examina, formada por 65 deputados de todos os partidos representados na Câmara:

- Esquece. Ali já perdemos. Vamos tentar ganhar quando o relatório da comissão for votado no plenário.

De outro político com largo trânsito no Palácio do Planalto, e com quem Lula costuma se reunir, ouvi que o governo, no momento, não conta com mais de 20 votos na comissão.

Favorável ou contrário ao impeachment, o relatório será votado no plenário da Câmara. Para aprovar o impeachment serão necessários 342 votos de um total de 513.

Com 171 votos, o governo derrota o impeachment. O que não quer dizer que ele precise pôr no plenário 171 deputados que o apoiem. Se os 171 faltarem à votação, por exemplo, é o que bastará para o governo vença.

- Um governo que não disponha de 171 votos em 513 não merece continuar governando – comentou outro dia o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo da presidência da República.

Na manhã de ontem, quando o jornalista Fernando Rodrigues postou em seu blog a lista com os nomes de pelo menos 200 políticos de 34 partidos que teriam recebido dinheiro da construtora Odebrecht, auxiliares de Dilma avaliaram que o fato ajudaria o governo em sua luta contra o impeachment.

Nas redes sociais, deputados do PT, blogs e sites fiéis ao governo, celebraram a divulgação da lista. Afinal, disseram, como um Congresso, atingido por denúncia tão grave, poderia sentir-se autorizado a derrubar a presidente da República?

No início da noite, nem PT nem auxiliares de Dilma pensavam mais assim. Passaram a temer que deputados e senadores citados na lista possam apressar a aprovação do impeachment para se livrar logo de um governo que carece de forças para proteger sequer os seus.

De resto, não se tem certeza da ilegalidade do dinheiro distribuído pela Odebrecht aos políticos. Pode ter sido dinheiro doado legalmente para o financiamento de campanhas. Ou só parte do dinheiro ter saído de caixa dois. A polícia levará muito tempo para investigar cada doação.

O governo seguirá empenhado em salvar Dilma do impeachment usando as únicas armas, de fato, ao seu alcance. A saber: oferta de cargos; promessa de liberação de verbas para a construção de obras nos redutos eleitorais de deputados e senadores; e ações na Justiça.

Sim, e ainda o discurso do golpe, que o governo imagina ser capaz de mobilizar seus adeptos e levá-los para as ruas em sua defesa. Quem sabe o risco de conflitos violentos não possa assustar deputados, senadores e partidos dispostos a aprovar o impeachment?

O Palácio do Planalto virou um palanque para os adversários do impeachment. Não se passa um dia sem que Dilma realize, ali, uma cerimônia que sirva a manifestações contra o golpe que, segundo ela, ameaça a democracia brasileira.

Não importa que até embaixadores estrangeiros tenham transmitido seu espanto com isso em despachos enviados para os seus governos. Não importa que, somente ontem, dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia e Dias Tóffili, tenham declarado que impeachment não é golpe, é instrumento previsto na Constituição.

E não importa também que os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Maurício Macri, da Argentina, tenham dito que a democracia brasileira amadureceu, e que o sistema de leis e as instituições por aqui estão fortalecidos o suficiente para superar eventuais dificuldades.

O impeachment, para o governo, o PT e seus aliados, só deixará de ser golpe se acabar rejeitado pelo Congresso. Quanto ao impeachment de Fernando Collor, cobrado na época pelo PT, esse não foi golpe. Como não foi golpe a iniciativa do PT de pedir o impeachment do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Quem vai coibir excessos de Renan Calheiros? - Por Josias de Souza


O presidente do Senado, Renan Calheiros, tornou-se um personagem sui generis. Heroi da resistência do Planalto, ele diz coisas definitivas sem definir muito bem as coisas.

Na terça-feira, disse que impeachment sem a caracterização de crime de responsabilidade tem outro nome. É golpe?, alguém perguntou. Renan se absteve de responder.

Nesta quarta, disse o conselho Nacional de Justiça deve tomar providências contra “eventuais excessos” cometidos pelo Judiciário. Refere-se a Sérgio Moro? Não, respondeu Renan, esquivando-se de dizer quem cometeu excessos.

Cada vez mais enigmático, o presidente do Senado poderia pelo menos responder à grande dúvida nacional: quem vai tomar providências contra os excessos de Renan, protagonista de nove inquéritos no STF?

Desvendando nossa história: Juazeiro do Norte nasceu da devoção a Nossa Senhora das Dores – por Armando Lopes Rafael

A verdade concisamente
 Podemos afirmar, com toda segurança, que a cidade de Juazeiro do Norte teve início como fruto da devoção a Nossa Senhora das Dores. Embora a maioria das pessoas, por desconhecimento real da história, atribua ao Padre Cícero Romão Batista a fundação de Juazeiro do Norte, renomados historiadores afirmam ter sido o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, um cratense nascido em 1740 no sítio Moquém, o verdadeiro fundador do núcleo primitivo que deu origem a atual cidade.
Amália Xavier de Oliveira, no livro “O Padre Cícero que eu conheci”, esclarece o motivo da construção de uma capela, em 18827, na fazenda de propriedade do Brigadeiro Leandro.

Ordenara-se sacerdote, o Pe. Pedro Ribeiro de Carvalho, neto do Brigadeiro (porquanto filho de sua primogênita, Luiza Bezerra de Menezes, e do primeiro marido desta, o Sargento-mor Sebastião de Carvalho de Andrade, natural de Pernambuco). Para que o recém-ordenado padre pudesse celebrar diariamente, sem lhe ser necessário ir a Crato, Barbalha ou Missão Velha, a família combinou com o novel sacerdote a construção de uma capelinha, no ponto principal da fazenda, perto da casa do proprietário, imóvel já existente. (cfe. Amália Xavier de Oliveira). “A capela foi consagrada a Nossa Senhora das Dores, cuja imagem foi trazida de Portugal”. (idem, idem na página 35 da obra citada). Na foto ao lado a imagem primitiva de Nossa Senhora das Dores, adquirida pelo Brigadeiro).

     Deve-se, pois, ao Brigadeiro Leandro a iniciativa da primeira urbanização da localidade – ainda conhecida por Fazenda Tabuleiro Grande – com a edificação da Casa Grande, de uma capela, além de residências para os escravos e agregados da família. A realidade histórica nos mostra: quando o Padre Cícero chegou ao “Joaseiro”, para fixar residência, – somente em 11 de abril de 1872 – como 6º (sexto) capelão, já encontrou um povoado formado em torno da capelinha de Nossa Senhora das Dores. Contava o lugarejo, à época da chegada do Padre Cícero, com 35 residências, quase todas de taipa, espalhadas desordenadamente por duas pequenas ruas, conhecidas por Rua do Brejo e Rua Grande.

      No povoado – à época da chegada do Padre Cícero – residiam cinco famílias, tidas como a elite do vilarejo: Bezerra de Menezes, Sobreira, Landim, Macedo e Gonçalves. É verdade, porém, que o povoado só veio a ter alguma projeção a partir da ação evangelizadora do Padre Cícero. E o vertiginoso crescimento demográfico da localidade só começou em 1889, motivado pela ocorrência dos fatos protagonizados pela Beata Maria de Araújo, que passaram à história como “O Milagre da Hóstia”.

A primitiva imagem da Mãe das Dores
        A imagenzinha de Nossa Senhora das Dores – adquirida pelo Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, em Portugal – foi venerada como padroeira da Fazenda Tabuleiro Grande e, posteriormente, pela povoação do povoado de “Joaseiro”, por cerca de 60 anos. Zélia Pinheiro, escrevendo ¬– no opúsculo Sesquicentenário de Fé – sobre a inauguração, em 19 de agosto de 1884, da nova capela de “Joaseiro”, esta já construída pelo Padre Cícero, em substituição à primitiva, edificada pelo Brigadeiro, narra:
(…) Continuava como Padroeira Nossa Senhora das Dores e fora colocada no Altar a mesma imagem trazida de Portugal para a Capelinha da Fazenda Tabuleiro Grande. Era uma imagem em estilo bizantino, de madeira, muito bem esculpida, tendo setenta e cinco centímetros de tamanho e permaneceu no Altar-Mor até setembro de 1887, quando foi trocada pela imagem que até hoje está lá. (cfe. Zélia Pinheiro na página 26).

     Bom esclarecer que a atual imagem – ora pontificando no altar-mor da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores – foi adquirida pelo Padre Cícero a fim de substituir a primeira imagem, a que tinha sido adquirida pelo Brigadeiro Leandro Bezerra. A atual imagem somente chegou a Juazeiro em 1887, proveniente da França.

    No entanto, a pequena imagem primitiva de Nossa Senhora das Dores, chamada antigamente pelo povo de “Carita”, encontra-se, ainda hoje, em perfeito estado de conservação. Ela, por questão de segurança, é guardada na Casa Paroquial. Geralmente é exposta à veneração dos fiéis em duas grandes procissões anuais: a de 2 de fevereiro (Nossa Senhora das Candeias) e 15 de setembro (Nossa Senhora das Dores).

Bibliografia:
OLIVEIRA, Amália Xavier de. O Padre Cícero que eu conheci: verdadeira história de Juazeiro do Norte. 3ª ed. Recife: Editora Massangana, 1981, 332 p.
PINHEIRO, Zélia. Sesquicentenário da Fé – Juazeiro do Norte – Ceará – 1827 a 1977. Crato (CE), 1977. 50 p.
(*) Armando Lopes Rafael é licenciado em História pela Universidade Regional do Cariri

Tá feia a coisa: Após décadas de avanço, renda cai e desigualdade volta a crescer no Brasil

Fonte: Folha de S.Paulo
Desde 1992 não havia uma piora simultânea da renda e da desigualdade no país. Recessão e crises política e fiscal colocaram fim a 14 anos seguidos de melhora na equidade social brasileira
Pela primeira vez desde 1992, o Brasil registrou uma combinação de queda na renda e aumento da desigualdade. O cenário atual é reflexo da recessão e das crises política e fiscal que atingem o país e colocaram fim a 14 anos seguidos de melhora na equidade social brasileira.
Desde 1992, quando começou a série da chamada Nova Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), não havia uma piora simultânea da renda e da desigualdade no Brasil.Nas crise de 1999 e 2003, por exemplo, houve quedas significativas na renda dos brasileiros, mas a desigualdade não aumentou. Em outros períodos, quando houve aumento da desigualdade, a renda registrou pequenas altas.
O quadro de deterioração tende, no entanto, a piorar em função do desemprego, da inflação, da queda nos rendimentos e da crise fiscal. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, da FGV-Rio e ex-ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Especiais da Presidência do governo Dilma, afirmou que, até 2014, o Brasil apresentava “surpreendentes” aumento na renda e melhora na desigualdade. “É como se o brasileiro tivesse agido como um ‘Indiana Jones’ em meio a todas as adversidades, saltando de empregos formais perdidos para bicos ou para novos negócios. Mas isso chegou ao limite”, ressaltou.

É o mundo todo...Em editorial "The Economist" pede renúncia de Dilma Rousseff

Fonte: “O Estado de S. Paulo” 
 Capa da “Economist” que pede a renúncia de Dilma
A publicação britânica diz que a troca na presidência da República abriria caminho para um "novo começo" no Brasil
Londres - A revista britânica The Economist defende em editorial que é hora de a presidente Dilma Rousseff deixar o cargo. A escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil foi uma "tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça", diz o editorial que será publicado na nova edição que chega às bancas neste fim de semana. Por isso, Dilma está inapta a permanecer na Presidência, argumenta o texto. A publicação diz que a troca na presidência da República abriria caminho para um "novo começo" no Brasil.
"A indicação de Lula parece uma tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça. Mesmo que isso não fosse sua intenção, esse seria o efeito. Esse foi o momento em que a presidente escolheu os limitados interesses da sua tribo política por cima do Estado de Direito", diz o editorial que tem o título "Hora de ir". "Assim, ela tornou-se inapta a permanecer como presidente", cita o editorial que defende que "a presidente manchada deveria renunciar agora".

Ministra Cármen Lúcia : Lava Jato respeita rigorosamente as leis.


A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou na noite desta quarta-feira que não há abuso de poder na Operação Lava Jato. Questionada se há politização nas investigações que revelaram o esquema de corrupção na Petrobras, Cármen Lúcia respondeu: "Não. Estão sendo observadas rigorosamente a Constituição e as leis". A ministra esteve no Rio de Janeiro para receber um prêmio do jornal O Globo.

Cármen Lúcia também declarou que não vê sinais de abuso do Judiciário na Lava Jato. "A atividade do Judiciário é acionada pelos interessados, pelo cidadão. O Poder Judiciário não atua isoladamente, não atua de ofício, como nós dizemos. Atua por provocação. Então, quando se fala em ativismo judicial, é que o Judiciário ultrapassaria [suas atribuições] e não há demonstração nenhuma de que isso esteja acontecendo", afirmou.

Impeachment - A ministra minimizou as declarações da presidente Dilma Rousseff, que chamou o processo de impeachment que corre contra ela de tentativa de "golpe". "Não acredito que a presidente tenha falado que impeachment é golpe. Impeachment é um instituto previsto constitucionalmente. O que não pode acontecer de jeito nenhum é impeachment nem ou qualquer tipo de processo político-penal ou penal sem observar as regras constitucionais", afirmou.

Cármen Lúcia disse que entendeu as palavras da petista como um "alerta" de que a Constituição tem de ser respeitada. "Acredito que ela [Dilma] esteja exercendo, primeiro, a liberdade de expressão. Segundo, apenas um alerta no sentido de que é preciso que se observem as leis da República e isso com certeza, em um estado democrático, está sendo observado", afirmou.

OAB protocola pedido de impeachment de Dilma na segunda-feira - Por Severino Motta


A OAB vai protocolar na próxima segunda-feira (28) seu pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O documento será assinado pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia, e, para evitar Eduardo Cunha, será entregue no protocolo da Câmara.

A peça será praticamente o voto vencedor que decidiu pelo impeachment no Conselho Federal da Ordem e trará como motivos para o impedimento, além das pedaladas, a renúncia fiscal concedida à FIFA e a nomeação de Lula à Casa Civil.

Temer aborta golpe de Lula e Renan para beneficiar Dilma - Por Ricardo Noblat.


No meio da tarde de ontem, Lula reuniu-se com Renan Calheiros, presidente do Senado, e o ex-senador José Sarney para aquela que seria, caso fosse bem sucedida, uma manobra capaz de abortar a queda da presidente Dilma – ou de pelo menos frear a celeridade do processo de impeachment que ora tramita na Câmara dos Deputados.

Em nome de Dilma, Lula fez um apelo a Renan e a Sarney para que o PMDB adiasse a reunião do diretório nacional do partido marcada para a próxima terça-feira, dia 29. Por folgada maioria, o diretório deverá decidir pelo desembarque do PMDB do governo, onde ele detém o controle de sete ministérios e ocupa centenas de cargos.

Renan foi embora da reunião disposto a fazer o que Lula lhe pediu. Sarney, nem disse sim a Lula, nem não. De volta ao Senado, Renan afirmou em entrevista que para haver impeachment deveria existir antes crime de responsabilidade cometido pela presidente. Do contrário, completou, o impeachment deveria ter outro nome.

Não disse qual nome seria. Mas horas antes, em comício promovido no Palácio do Planalto, Dilma dissera que impeachment sem crime não passa de golpe contra a democracia. Renan acionou os ministros do PMDB, e logo todos eles, que abominam a ideia de o partido abandonar o governo porque abominam perder seus cargos, começaram a se mexer.

Gastaram o resto da tarde telefonando para deputados com a notícia de que a reunião do diretório nacional poderia ser adiada. E depois das 19h, foram em bloco recepcionar na Base Aérea de Brasília o vice-presidente da República Michel Temer, que ali chegava de volta de São Paulo. Os sete pediram a Temer a transferência da reunião para o dia 14 de abril.

Por que essa data? Porque Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, antecipou que a votação final do impeachment poderá se dar no domingo dia 17 de abril. Assim, mesmo que o diretório nacional decidisse pelo desembarque do partido do governo no dia 14, não haveria tempo hábil para que isso acontecesse antes do dia 17.

Uma coisa seria o PMDB romper com o governo apenas às vésperas da votação do impeachment. Outra bem diferente será romper na próxima terça-feira. Rompimento tão antecipado dará tempo para que outros partidos que apoiam o governo igualmente o abandonem. É tudo o que o governo teme. É tudo o que está preste a ocorrer.

Temer nada respondeu aos ministros na Base Aérea de Brasília. Foi direto para o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. Reunido em seguida com seus principais conselheiros e um grupo de vinte e poucos deputados, resolveu manter a data marcada da reunião do diretório nacional do PMDB. Alegou que não faria sentido adiá-la.

Fez mais: cancelou uma viagem a Portugal para participar de um seminário jurídico na Universidade de Lisboa. Ele faria uma palestra no dia 29, justamente o dia da reunião do diretório nacional. E só amanheceria em Brasília no dia seguinte. Quem presidiria a reunião seria o senador Romero Jucá (RO), vice-presidente do partido. Temer quer ficar por perto.

1914, Sedição de Juazeiro - Por Antônio Morais


Fazenda Sanharol.

Durante a "Sedição de Juazeiro", em 1914, o Cariri ficou assolado por hordas de jagunços, que se aproveitando do momento, assaltavam, roubavam e extorquiam, principalmente se o alvo fosse cratense.

Gabriel de Morais Rego, reuniu toda família, inclusive a do seu genro Macário Vieira de Brito e fugindo daquela situação, homiziaram-se em Várzea-Alegre na casa de irmão Pedro Alves de Morais,  Fazenda Sanharol.

Ao cair de uma tarde, estavam conversando no alpendre, quando um destes bandos itinerantes, aproximou-se e um dos membros que parecia ser o chefe perguntou:

O cidadão sabe onde posso encontrar Macário Vieira de Brito?

E seu Pedro, um pouco nervoso, por não denunciar: Não, nunca ouvir falar neste homem!

Aí, no meio da quadrilha, alguém que conhecia o cratense, falou: Como não conhece? Você não está conversando ao lado dele!

Receberam algum dinheiro e rumaram em direção de Lavras da Mangabeira.

A Petrobras, o Pré-sal e Lula - Por Antônio Morais.

Há alguns anos o presidente Luiz Lula da Silva  fez  uma campanha publicitaria para informar aos brasileiros a autosuficiencia do pais em petroleo. 

No contar vantagem e na cagação de goma Lula apresentava aos brasileiros o seu mundo de ilusões, nuvens e fantasias.

Ontem, o balanço da Petrobras informou um prejuízo de 35 bilhões e um endividamento da empresa de 500  bilhões.

Na época do anuncio  da camada do Pré-sal eu fiz um comentário : dizia - Antes da camada do Pré-sal tem a camada de lama. Dito e feito. 

Não era papel da empresa financiar partidos políticos para dar sustentação ao governo. Não era papel da empresa  contratar sindicalistas, formar  conselhos e pagar altos salários a grupo  de amigos do governo. 

Mas, como a única coisa que o Lula sabe fazer é corromper vendidos,  mesmo impedido de  assumir o ministério a presidente já transferiu  40 bilhões de reais para sua futura pasta.

Má gestão, corrupção  e nada mais.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Desempregado - Postagem do Antônio Morais


Um desempregado pede um emprego de desentupidor de banheiro na Microsoft. O diretor dos recursos humanos convoca-o para uma entrevista e uma prova pratica com o desentupidor ultra moderno. No final das provas lhe diz: Você está contratado, me dê o seu e-mail e te mando o formulário para preencher, e data e a hora que você terá que se apresentar para trabalhar.

O homem desesperado, responde que não tem computador, e portanto  não tem e-mail. O DRH lhe diz então que lamenta muito, mas se não tem e-mail, isso significa que virtualmente não existe e como não existe, não pode conseguir o emprego.

O homem sai, desesperado, sem saber o que fazer. Com apenas 12 dólares no bolso decide então ir ao super mercado e comprar uma caixa de 10 quilos de morango . Vendeu os morangos, de porta em porta, e, em menos de duas horas conseguiu duplicar o seu capital. Repetiu umas três vezes a operação e regressou para casa com 60 dólares. Deu-se então conta que  poderia sobreviver desta maneira. Passou a sair de casa mais cedo e a regressar mais tarde e assim triplicou  ou quadruplicou o seu dinheiro diariamente.

Pouco tempo depois, comprou um carrinho que depois trocou por  um caminhão e mais tarde se viu dono de uma pequena frota de entrega de mercadorias. Anos depois, o homem agora é proprietário de uma das maiores redes de distribuição  de alimentos do país.

Pensou então no futuro da família, e decidiu fazer um seguro de vida. Chamou um corretor, escolheu um plano seguro e quando terminou a conversa, o corretor lhe pediu o e-mail para lhe enviar a proposta. O homem então lhe disse que não tinha e-mail. Mas o senhor é uma raridade diz o corretor. Não tem e-mail e conseguiu construir este império. Imagine só o que poderia ser se tivesse um e-mail! 

O homem reflete e responde: Seria um desentupidor de banheiro da Microsoft.

Coisas da "ré-pública" -- Generosidade sem limites: após usar sítio de amigos, Lula tem viagem de jatinho paga por ex-ministro

Fonte: a partir de informações da Folha de S.Paulo
Brasília (DF) – A generosidade dos amigos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece não ter limites. Desta vez, o petista teve a sua viagem até Brasília na última terça-feira (15/03), para sua posse como ministro da Casa Civil, paga por Walfrido dos Mares Guia, ministro do Turismo à época em que Lula foi presidente. O ex-ministro disse a interlocutores que doará ao Instituto Lula a quantia correspondente ao frete do jatinho Cessna prefixo LFT. Walfrido dos Mares Guia também costuma emprestar o seu próprio jatinho, um Cessna Citation CJ3, ao ex-presidente petista. Em reportagem publicada nesta terça-feira (22) pelo jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro afirmou que empresta a aeronave a Lula na “forma de gentileza e amizade”. Ele também se irritou com os questionamentos do jornal.

“Nas vezes em que ele [Lula] anda no meu avião, eu cedo. O avião é meu. Empresto para quem desejo”, disse. Vale destacar que o preço de uma viagem de São Paulo a Brasília, ida e volta, em uma aeronave similar à usada por Lula, custa entre R$ 33,3 mil e R$ 42 mil, conforme apurou a Folha. Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), o ex-presidente Lula usa a generosidade dos seus amigos para tentar explicar os questionamentos da Justiça e todas as suspeitas ao seu redor, desde as viagens em jatinhos até a suposta ocultação de propriedades como o sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá.

“Vejo tudo isso como mais uma imoralidade desse governo, especialmente do ex-presidente. Ele usa o jatinho dos amigos, mas confunde tudo. Confunde o que é público e o que é privado, confunde o que é governo e o que é partido. Não é de se surpreender. É mais uma imoralidade que se soma às ilegalidades já cometidas”, avaliou. No caso do sítio em Atibaia, interior de São Paulo, reformado pela construtora Odebrecht, Lula alegou que a propriedade pertencia a dois amigos, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sendo usada por ele e sua família apenas para lazer nos finais de semana. Ainda assim, os investigadores da Polícia Federal encontraram em buscas diversos indícios de que a propriedade realmente pertenceria a Lula, entre eles objetos pessoais da família, um contrato não assinado de compra e venda da propriedade e até mesmo recibos da reforma realizada.

Favores de empreiteiras
O deputado Marco Tebaldi destacou ainda que a generosidade demonstrada pelos amigos do ex-presidente Lula não explica os favores concedidos ao petista por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Isso porque, além da reforma do sítio em Atibaia que foi conduzida pela Odebrecht, a construtora OAS também arcou com uma reforma completa do tríplex no Guarujá, incluindo móveis e eletrodomésticos. A família de Lula diz que acabou desistindo da compra do apartamento. “A Polícia Federal já comprovou que o sítio é dele [de Lula], não tem mais o que discutir. O tríplex também. Tudo isso já virou até piada nas redes sociais. Até os filhos dele já começaram a usar essa desculpa, ‘não é meu, é de amigos meus’. Já virou brincadeira, de tão ridícula que é essa justificativa. O que ele tem a explicar agora são os favores dessas construtoras, que fizeram reformas no sítio e no tríplex”, completou o parlamentar.

Procura-se quem tenha coragem de dizer a Dilma que ela já perdeu - Por Ricardo Noblat


Não, nem Lula teve ainda essa coragem. Ele tem dito a Dilma que a situação é muito ruim, mas que se todos se empenharem, dará, sim, para arquivar na Câmara dos Deputados o pedido de impeachment.

Lula diz isso só por ouvir dizer. Ele mesmo, com o título de ministro suspenso, e medo de ser preso pelo juiz Sérgio Moro, está mais preocupado com seu destino do que com o destino de Dilma.

Na semana passada, quando telefonou para o vice-presidente Michel Temer e perguntou se ainda havia na casa dele uma cachacinha gostosa para os dois tomarem juntos, Lula parecia animado. Não está mais.

Temer concordou em recebê-lo. Mas no dia seguinte, cancelou o encontro depois que Dilma convidou o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) para ser ministro da Secretaria da Aviação Civil. Lopes aceitou o convite.

A recente convenção nacional do PMDB aprovou resolução proibindo seus filiados de assumirem cargos no governo até que se decida se o partido romperá com Dilma. A decisão será tomada na próxima terça-feira.

Lula tem tentado remarcar seu encontro com Temer, mas o vice-presidente passou à clandestinidade. Sabe-se que estaria em São Paulo, embora amigos dele informem que Temer voou para Lisboa.

A caça de Lula a Temer, e a de Dilma também, é uma demonstração convincente de que Lula, Dilma e o governo estão totalmente perdidos, sem encontrar saídas para a situação que enfrentam.

Quando se cobra que apontem saídas, apontam as óbvias que, a essa altura, se revelam ineficientes. Por que imaginar que uma conversa com Temer poderia manter o PMDB no governo?

Ora, Temer será o maior beneficiário do impeachment de Dilma. E, por mais que negue, está tomando com discrição as providências necessárias para governar em breve.

Dilma contou aos seus ministros de confiança que conversará com cada um dos 65 deputados que integram a Comissão Especial do Impeachment. Ela, que nunca gostou de conversar com políticos, dirá o quê para eles?

Mais: acenará com o quê para eles? Liberação de emendas ao Orçamento para beneficiar os redutos eleitorais dos deputados? Não funcionará. Falta dinheiro ao governo para tal.

Cargos no governo a serem preenchidos por indicação dos deputados? Mas logo num governo que pode estar a poucos meses do seu fim? E quem, no momento, quer correr esse risco? Vai que Moro fica sabendo...

Dilma – quem sabe? – poderá apelar para o patriotismo dos deputados e prometer para breve o anúncio de importantes medidas que debelarão a crise econômica e, por tabela, a política.

Quem acreditará? De resto, tudo o que Dilma possa oferecer, Temer também poderá, e em dobro. E com uma vantagem: ele tem pinta de futuro. Dilma, de passado. E de um passado triste.

No entorno da presidente, não existe um só auxiliar que acredite na salvação dela. Todos já jogaram a toalha. E todos torcem para que ela renuncie, abreviando sua agonia e a do país.

O Beato José Lourenço - Por Antônio Morais

Beato José Lourenço.

A ideia do Padre Cicero era encaminhar para lá os trabalhadores que chegavam a Juazeiro sem emprego na lavoura.

Apesar de ser um terreno tido como improdutivo, em pouco tempo, graças ao trabalho coletivo, Baixa Danta transformou-se num pomar, com milhares de laranjeiras, mangueiras, jaqueiras, limeiras, coqueiros, limoeiros, abacateiros, mamoeiros e cafeeiros ao lado de uma boa e bem cuidada cultura de algodão, cereais de outras diferentes qualidades de plantas e hortaliças. Lá chegou a juntar um batalhão de 2.000 pessoas. 

Em 1914, Juazeiro do Norte virou palco de uma batalha entre tropas enviadas pelo governador Franco Rabelo e jagunços liderados por Floro Bartolomeu. O conflito ficou conhecido como Sedição de Juazeiro ou guerra de 1914.

Padre Cicero, aliado de Floro Bartolomeu convocou seus fiéis para a defesa de Juazeiro. José Lourenço não se envolveu diretamente nos combates, mas forneceu alimentos aos que lutavam em nome de Floro Bartolomeu e  Padre Cicero.

J. R. Guzzo : Suelto

A seguir, algumas perguntas de possível interesse para os leitores. Nenhuma delas será respondida, nunca, mas perguntar a gente sempre pode:

• Quais e quantos juízes, em qualquer país democrático do mundo, já foram presos até hoje por “gravar” conversas de presidentes da República? Dilma Rousseff acaba de comunicar que no mundo civilizado esse tipo de juiz vai para a cadeia. Solicita-se, para o esclarecimento geral, uma lista de nomes de juízes presos por este delito – se possível, acompanhada de datas e dos países em que tais prisões foram feitas.

• O ex-presidente Lula disse, no comício de sexta-feira à noite em São Paulo, que os brasileiros que se manifestaram no dia 13 de março, e quem mais está contra o governo, fazem compras em Miami; como o dólar está caro, acabam comprando menos, e é por isso que ele, Dilma e o PT são tão criticados. Já “nós”, disse Lula, “compramos na 25 de Março”. Pergunta-se: “nós” quem? Lula poderia apontar, entre os objetos que tem no sítio de Atibaia, quantos foram comprados na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo? Cozinha Kitchen’s, por exemplo: dá para comprar na 25?

• A linha de telefone celular contendo a conversa na qual Dilma diz a Lula que está enviando a ele o “termo de posse”, para usar “em caso de necessidade”, pertence a Dilma Rousseff? Pertence a Lula, que já informou que não tem nenhum aparelho celular? Pertence ao sistema de comunicações do Palácio do Planalto, a algum escritório do PT ou ao Instituto Lula? Pertence à sua empresa de palestras, a seus advogados, seus familiares, seus colegas de partido ou seus amigos?

• Qual artigo, parágrafo, alínea ou inciso de lei o juiz Sergio Moro desrespeitou nos dois anos inteiros de investigações da Operação Lava Jato? Por que durante esse tempo todo nenhum magistrado que está acima dele no sistema judiciário brasileiro considerou Moro culpado de alguma transgressão?

• O ex-presidente Lula afirmou que os mais altos tribunais da justiça nacional estão “totalmente acovardados” no presente momento. Dilma concorda com essa opinião?

• Em outra área de indagações, que poderia se estender ao infinito, o público pagador é informado que a ex-ministra Ideli Salvatti, amiga-símbolo dos governos de Lula e de Dilma, foi nomeada, por indicação da República Federativa do Brasil, para o cargo de “Assessora de Acessos a Direitos e Equidades” na Organização dos Estados Americanos, em Washington. O que faz, na sua jornada de trabalho, uma “assessora de acessos?” Pergunta-se ainda quais as qualificações técnicas de seu marido para exercer, também por indicação do governo do Brasil, o cargo de “Ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa” da mesma OEA (seu salário é de 7400 dólares por mês).

terça-feira, 22 de março de 2016

Nomeação de Lula vira imbróglio jurídico - Por Vera Magalhães.


Como se não tivessem problemas graves, e em série, para tratar, Dilma Rousseff e Lula resolveram se unir em sociedade em mais um imbróglio, que vai ganhando contornos de impasse jurídico.

A nomeação de Lula para a Casa Civil, que sempre foi uma jogada duvidosa para lhe dar foro privilegiado e alijar a presidente do poder, agora está travada.

Gilmar Mendes concedeu uma liminar sustando a posse e devolvendo Lula aos desígnios de Sergio Moro. Feito isso, foi viajar e só volta em 2 de abril.

O Supremo Tribunal Federal não realiza sessões nesta semana.

No afã de resolver o impasse e assegurar sua posse, Lula impetrou um habeas corpus no Supremo. O primeiro relator sorteado, Luiz Fachin, se disse impedido.

A nova relatora será Rosa Weber, exposta na semana passada ao palavrório de Lula ao telefone. Numa conversa de boteco com Jaques Wagner, Lula sugere que Dilma intervenha junto á ministra para que ela julgue recurso do ex-presidente. E diz que já que muito homem não tem saco para enfrentar a Lava-jato, quem sabe uma mulher tenha.

Rosa diz que nunca foi procurada pelo Palácio. Mas é inegável que a ministra se viu constrangida pela evidente falta de cerimônia de Lula em sugerir intromissão em outro Poder. Resta saber como ela vai decidir, já que há jurisprudência no STF contra revogar liminar de um outro ministro por meio de HC.

Diante de tudo isso, o mais provável é que o pleno do STF só se reúna para analisar definitivamente a questão de Lula ministro após o dia 2. Até lá, tudo pode acontecer.

Falta de rumo da oposição é ainda mais surpreendente que a ruína do governo - Por Antônio Morais


Senador Aécio Neves - Quer a anulação  da chapa  Dilma/Temer pelo TSE  para concorrer a novas eleições.


Senador José Serra - Quer o afastamento  da Dilma para ser ministro  do Temer.


Governador Geraldo Alckimin - Quer o governo  se desgastando para facilitar as eleições em 2018.

Texto do Josias de Sousa.

O governo e seus símbolos estão submetidos a uma atmosfera apocalíptica. Além de reprovar Dilma (69%), a maioria dos brasileiros deseja o seu impeachment (68%) ou a sua renúncia (65%). Para piorar, mais da metade do eleitorado (57%) afirma que jamais votaria em Lula. Diante de um quadro assim, seria razoável que a oposição vivesse um momento áureo. Mas sucede o oposto. O Data folha informa que Aécio Neves encolhe e Marina Silva não consegue crescer.

Alvo de quatro ações de cassação na Justiça Eleitoral, Dilma pode ter o mandato passado na lâmina. Se isso acontecer ainda neste ano de 2016, haverá nova eleição. Hoje, informa o Data folha, Marina (21%), Aécio (19%) e Lula (17%) estão embolados nas três primeiras colocações. Em pesquisa realizada há 20 dias, Aécio ostentava 24%. Despencou cinco pontos. Marina ficou do mesmo tamanho.

Poder-se-ia repetir a velha cantilena segundo a qual a oposição não dispõe de projeto. Mas na verdade o problema é ainda mais grave. Em meio a um cenário de borrasca moral e desespero econômico, os antagonistas do governo não conseguem oferecer esperança.

Não é só: o grão-tucano Aécio, que esteve na bica de derrotar Dilma em 2014, prepara-se para escalar o monturo da Lava Jato na condição de investigado. O delator Delcídio Amaral acusou-o de receber verbas sujas desviadas da estatal elétrica Furnas, num caso mal investigado que se arrasta desde 2005. Aécio diz que a denúncia é “mentirosa” e “requentada.” A Procuradoria da República quer tirar a prova dos nove num inquérito.

Além da hipótese de cassação pela Justiça Eleitoral, Dilma corre o risco de ser impedida pelo Congresso. Nessa hipótese, assume o cargo o vice-presidente Michel Temer, também citado na delação de Delcídio como patrono da nomeação de um petrogatuno.

Pois bem, apenas 16% dos brasileiros acreditam na capacidade de Temer de entregar um governo ótimo ou bom. Na opinião de 35% dos entrevistados, um governo Temer seria ruim ou péssimo. A plateia tem fundadas razões para levar o pé atrás. Temer preside o PMDB, uma legenda que, entre outros azares, inclui o réu Eduardo Cunha é o investigado Renan Calheiros, alvo de meia dúzia de inquéritos no STF.

Ludibriada em 2014 pela marquetagem petista de João Santana, a plateia não parece disposta a fazer papel de boba novamente. Daí o receio de que Temer vire uma espécie de São Jorge que, enviado para salvar donzela, acaba se casando com o dragão.

O Brasil não é novato em matéria de impeachment. Já arrancou da Presidência Fernando Collor, o notório. Naquela ocasião, todos os partidos políticos com alguma relevância juntaram-se ao redor do então vice-presidente Itamar Franco —todos, salco o PT. Deu no Plano Real, que rendeu dois mandatos presidenciais a Fernando Henrique Cardoso.

Hoje, vista de longe, Brasília parece mais uma comédia mal escrita, sem direção, com atores fora de suas marcas, escalados às pressas para substituir o espetáculo anterior, que talvez saia de cartaz porque o público já não suporta o elenco que está em cena. A política nunca esteve tão por baixo.