Desde 1992 não havia uma piora simultânea da renda e da desigualdade no
país. Recessão e crises política e fiscal colocaram fim a 14 anos
seguidos de melhora na equidade social brasileira
Pela
primeira vez desde 1992, o Brasil registrou uma combinação de queda na
renda e aumento da desigualdade. O cenário atual é reflexo da recessão e
das crises política e fiscal que atingem o país e colocaram fim a 14
anos seguidos de melhora na equidade social brasileira.
Desde 1992,
quando começou a série da chamada Nova Pnad (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios), não havia uma piora simultânea da renda e da
desigualdade no Brasil.Nas crise de 1999 e 2003, por exemplo, houve
quedas significativas na renda dos brasileiros, mas a desigualdade não
aumentou. Em outros períodos, quando houve aumento da desigualdade, a
renda registrou pequenas altas.
O quadro de deterioração tende, no
entanto, a piorar em função do desemprego, da inflação, da queda nos
rendimentos e da crise fiscal. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo,
o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, da FGV-Rio e
ex-ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Especiais da Presidência do
governo Dilma, afirmou que, até 2014, o Brasil apresentava
“surpreendentes” aumento na renda e melhora na desigualdade. “É como se o
brasileiro tivesse agido como um ‘Indiana Jones’ em meio a todas as
adversidades, saltando de empregos formais perdidos para bicos ou para
novos negócios. Mas isso chegou ao limite”, ressaltou.
Dilma produziu 10 milhões de desempregados.
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