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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 31 de março de 2018

Monarquistas brasileiros aderem aos protestos de rua marcados para a próxima 3ª feira, dia 3


    Na próxima terça-feira, dia 3 de abril, os brasileiros de bem irão novamente às ruas, de norte a sul do Brasil, para manifestar seu repúdio à corrupção generalizada de nossas instituições públicas e para exigir que o Supremo Tribunal Federal, representação máxima do Poder Judiciário em nosso País, cumpra com suas obrigações de forma idônea e honesta, sem favorecer quem quer seja.

    A Casa Imperial do Brasil, através do seu Secretariado, a Pró Monarquia, apóia as manifestações do dia 3, e estará junto ao seu povo nessa nova ocasião em que lutaremos por um Brasil mais justo e próspero para todos os brasileiros. Cabe a nós, monarquistas, mostrar a nossos patrícios que a restauração da Monarquia Constitucional é a solução natural para os problemas que afligem o Brasil; com um Imperador, teremos uma figura acima das querelas partidárias e das paixões políticas, velando sobre o bom funcionamento das instituições e inibindo as más-tendências dos homens e mulheres públicos.

    No início da próxima semana, publicaremos a relação completa de cidades onde serão realizadas as manifestações e dos pontos de encontro dos monarquistas.

     A hora da Monarquia é agora!
Fonte: Facebook "Pró Monarquia"

STF é parte de “corpo em decomposição - Fernando Gabeira.

Em artigo no Globo, Fernando Gabeira diz se sentir como imigrante no Brasil ao assistir a uma sessão do STF.

“O Brasil que habitava desde a redemocratização pelo menos tinha esperanças. O que se vê hoje é o declínio de toda a experiência democrática das três últimas décadas. O sistema político foi engolfado pelos custos de campanha, corrompeu-se e perdeu o contato com a sociedade.

O Supremo mostrou-se uma parte apenas desse corpo em decomposição. Não apenas pelo mérito de sua discussão, mas também pela forma. Quem iria supor que num momento histórico um ministro iria alegar, ao vivo, uma viagem para interromper a decisão? Ou que, também num momento histórico, era necessário respeitar o horário regimental?

Levamos o Brasil mais a sério. É impensável que, numa grande questão nacional, se reunissem por duas horas, fizessem uma hora de lanche e voltassem cansados, sem condições de raciocínio.”

O bilhete de check-in de Marco Aurélio Mello e a alegação de Ricardo Lewandowski de eventual cansaço na sessão de suposto julgamento do HC de Lula são cenas que jamais deixarão de indignar os brasileiros de bem.

Financial Times sobre Lula: é finalmente 'tchau, querido'?



LONDRES - Usando a expressão em português, o site do jornal britânico Financial Times perguntou se finalmente é "tchau, querido" para o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. 

Em sua página na internet, o jornal britânico diz que a verdade tem competido com ficção na política brasileira, mas a primeira saiu vitoriosa, e a potencial desqualificação do ex-metalúrgico para concorrer à eleição presidencial "revela o vácuo de liderança que está no coração da política do País".

Na véspera do dia D para Lula, 500 procuradores e juízes vão ao STF por prisão em segunda instância.

A publicação conta que, na parte real do drama, um ônibus da caravana de Lula foi baleado enquanto o líder populista viajava pelo Sul do Brasil, deixando buracos de bala, mas não vítimas. Ainda não foram identificados culpados no ataque. 

O petista vem como o mais forte esquerdista, com 36% das intenções de voto nas eleições de outubro - o dobro de seu rival mais próximo - e estava em campanha na região em uma última tentativa de aumentar o apoio público antes de um julgamento crítico na próxima semana.

Conforme o FT, Lula já tem "praticamente um pé na cadeia" depois de ser condenado por corrupção por receber favores de uma construtora. De acordo com a lei brasileira, uma vez que uma condenação é confirmada por um tribunal de apelação, um criminoso deve apresentar quaisquer recursos adicionais aos tribunais superiores a partir do "conforto" de sua cela de prisão.

sexta-feira, 30 de março de 2018

SEXTA DE TEXTOS – Sávio Pinheiro


A CEGONHA.

Dedico ao meu irmão Francisco Carlos Pinheiro

Céu claro, sem nuvens, sol em zênite. Pele escaldante, suor em demasia. Mente confusa, porém determinada. Pontuou-se, assim, o cenário daquele longínquo 07 de Junho de 1963. Na calçada alta da casa do seu avô Vicente, atrás da igreja matriz, o pequeno José, de cinco anos de idade, fixava o seu olhar no telhado da casa em frente, pertencente à sua família, enquanto a sua mãe, Maria, sentia fortíssimas contrações sob o olhar astuto da dedicada parteira Elihua.

12h15. Um choro forte de criança e o sorriso franco de um pai demonstravam ao mundo, o nascimento de mais uma criaturinha, que surgira para assegurar a perpetuação da espécie humana determinada por Deus, desde Gênesis. Acabara de nascer o envolvente Francisco.

A data premiada para ser o dia da grande confirmação presencial da chegada da cegonha tornou-se, para aquela criança curiosa, um momento de grande descrença e de enorme frustração. Descrença, por não querer acreditar que aquele nascimento havia consumido a sua esperança de presenciar, in loco, um fato realístico; e frustração, por ter vislumbrado a certeza, cujo mundo que o tinha criado, era fantasioso por fazê-lo acreditar numa pérola inexistente.

A semana de espera a procura de uma verdade, que ele se esquivava em confirmar, mas que a sua curiosidade efervescente o pôs à prova, fê-lo com que se tornasse, instantaneamente, um ser eufórico, intempestivo e descrente. A cara do mundo que ele insistia em acreditar havia se mostrado hipócrita, e acabado, de vez, o semblante inebriante da beleza indecifrável da fantasia.

A cegonha, que até então, habitara o seu imaginário como símbolo de uma verdade absoluta, passa a ser, doravante, um simples pássaro, tendo como marca principal a sua característica dócil e protetora, que dedica atenção especial às aves doentes e mais velhas. Num passo de mágica, a enviada de Deus foi rebaixada do cargo de perpetuadora da criação humana para ave comedora de répteis na beira dos pântanos. Que decepção!

Naquele dia, o pequeno José viveu um São Tomé invertido, tendo de Ver para não Crer.

Primeiras ações da Lava Jato no STF serão julgadas neste semestre, diz Fachin.



Processos da Lava Jato começam a ser julgados neste semestre. O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin afirmou ontem (29) que ainda neste semestre deverão ser julgadas as primeiras ações penais originárias na Corte. A informação é do jornal Estadão.

Fachin afirmou que as ações tramitam "à luz das garantias processuais dos direitos fundamentais, mas fazendo a operação ter seu ritmo normal".

quinta-feira, 29 de março de 2018

Tudo passa – Por Armando Lopes Rafael

REPRISE.
No Café Joaquim Patrício, na Rua Bárbara de Alencar, encontrei-me casualmente com Lindemberg de Aquino. Adoentado e meio sumido, reclamei dele pelo fato de que nunca mais ter participado de nenhum evento em Crato, cidade que foi (ainda é) o maior amor de Lindemberg, à qual ele devotou sua juventude, sua inteligência. e muitas lutas em prol do desenvolvimento da “Cidade de Frei Carlos”.

Lindemberg disse-me que, naquele que foi o objetivo maior da sua vida, sofreu desgastes, perdeu amizades e até esqueceu de se preparar para a velhice. Hoje ele sobrevive com pequena pensão do INSS e a constatação de uma verdade: TUDO PASSA.


Isso me fez lembrar de uma história que me foi contada e que compartilho com você, caro leitor.


Havia, certa vez, um rei sábio e bom, que já se encontrava no fim de sua vida e preocupava-se com o legado a deixar para seu herdeiro. Foi então que convocou o seu maior sábio e encomendou-lhe uma frase para gravar em seu anel, uma mensagem que o confortasse nos momentos de glória e de dor extrema, um legado que o fizesse sempre manter a esperança e a humildade. Assim o sábio o fez e entregou ao rei o tal anel com a inscrição que deveria ser passado ao herdeiro como uma relíquia familiar.

Certo dia, pressentindo a chegada da morte, chamou seu único filho, que o sucederia no trono, tirou do dedo o anel e deu-lhe dizendo: - Meu filho, quando fores rei, leva sempre contigo este anel. Nele há uma inscrição. Quando estiveres vivendo situações extremas de glória ou de dor, tira-o e lê o que há nele.

E o rei morreu, e seu filho passou a reinar em seu lugar, sempre usando o anel que o pai lhe deixara. Passado algum tempo, surgiram conflitos com um reino vizinho, que acabaram culminando numa terrível guerra.

O jovem rei, à frente do seu exército partiu para enfrentar o inimigo. No auge da batalha, seus companheiros lutavam bravamente; mortos, feridos, tristeza, dor, o rei lembra-se do anel; tira-o e lê a inscrição:


ISTO TAMBÉM PASSARÁ
E ele continua a luta. Perde batalhas, vence outras tantas, mas ao final, sai vitorioso. Retorna, então, ao seu reino e, coberto de glória, entra em triunfo na cidade. O povo o aclama. Neste momento ele se lembra do seu velho e sábio pai. Tira o anel e lê:


ISTO TAMBÉM PASSARÁ.

O Brasil de hoje não é uma democracia; provavelmente nunca foi –– por José Roberto Guzzo (*)

A verdade é que o atual regime brasileiro não consegue dar ao cidadão nem sequer o direito à própria vida — um mínimo dos mínimos, em qualquer país do mundo
 O povo aprende mesmo? - Congresso Nacional: quase metade dos parlamentares tem algum tipo de problema com a Justiça (Pedro França/Agência Senado)

     O Brasil de hoje não é uma democracia; provavelmente nunca foi. É verdade que nos últimos trinta anos a “sociedade brasileira”, essa espécie de espírito santo que ninguém entende direito o que é, mas parece a responsável por tudo o que acontece no país, tem brincado de imitar Estados Unidos, Europa e outros cantos virtuosos do mundo. A tentativa é copiar os sistemas de governo que existem ali — nos quais as decisões públicas estão sujeitas à igualdade entre os cidadãos, às suas liberdades e à aplicação da mesma lei para todos. Os “brasileiros responsáveis”, assim, fingem que existem aqui “instituições” — uma Constituição com 250 artigos, três poderes separados e independentes uns dos outros, “Corte Suprema”, direitos civis, “agências reguladoras”, Ministério Público e as demais peças do cenário que compõe uma democracia.

    Mas no presente momento nem a imitação temos mais — pelo jeito, os que mandam no Brasil desistiram de continuar com o seu teatro e agora não existe nem a democracia de verdade, que nunca tivemos, nem a democracia falsificada que diziam existir.

     Como pode haver democracia num país em que onze indivíduos que jamais receberam um único voto governam 200 milhões de pessoas? Os ministros do Supremo Tribunal Federal, entre outras manifestações de onipotência, deram a si próprios o poder de estabelecer que um cidadão, por ser do seu agrado político, tem direitos maiores e diferentes que os demais. Fica pior quando se considera que sete desses onze foram nomeados, pelo resto da vida, por uma presidente da República deposta por 70% dos votos do Congresso Nacional e por um presidente hoje condenado a mais de doze anos de cadeia. Mais: seus nomes foram aprovados pelo Senado Federal do Brasil, uma das mais notórias tocas de ladrões existentes no planeta.

      Querem piorar ainda um outro tanto? Pois não: o próximo presidente do STF será um ministro que foi reprovado duas vezes seguidas no concurso público para juiz de direito. Quando teve de prestar uma prova destinada a medir seus conhecimentos de direito, o homem foi considerado incapaz de assinar uma sentença de despejo; daqui a mais um tempo vai presidir o mais alto tribunal de Justiça do Brasil. Outro ministro não vê problema nenhum em julgar causas patrocinadas por um escritório de advocacia no qual trabalha a própria mulher. Todos, de uma forma ou de outra, ignoram o que está escrito na Constituição; as leis que valem, para eles, são as leis que acham corretas.    Democracia?

      Democracia certamente não é. A população não percebe isso direito — e a maioria, provavelmente, não ligaria muita coisa se percebesse. Vale o que parece, e não o que é — o que importa é a “percepção”, como se diz. Como escreveu Dostoievski, a melhor maneira de evitar que um presidiário fuja da prisão é convencê-lo de que ele não está preso. No Brasil as pessoas estão mais ou menos convencidas de que existe uma situação democrática por aqui; há muitos defeitos de funcionamento, claro, mas temos um sistema judiciário em funcionamento, o Congresso está aberto e há eleições a cada dois anos, a próxima delas daqui a sete meses. Os analistas políticos garantem que o regime democrático brasileiro “está amadurecendo”. Quanto mais eleições, melhor, porque é votando que “o povo aprende”.

(*) José Roberto Guzzo é jornalista e trabalha para a revista VEJA

Comentários
Armando Rafael escreveu Gostei do artigo. É longo. Se fosse publicado na íntegra pouca gente leria. Mas, é verdade. Democracia é quando todos têm direitos iguais. Isso não acontece aqui. Como disse o autor do artigo:"Não existe democracia quando os governos são escolhidos por um eleitorado que tem um dos piores níveis de educação do mundo".
"Como falar em democracia num país que tem mais de 60.000 assassinatos por ano?"
Quando os Arautos do atraso pedem o fim da intervenção policial no Rio de Janeiro e o fim da Polícia Militar?
"Direitos" só existem no papel. Na alardeada "Constituição Cidadã"...
No Brasil onde impera a demagogia, principalmente a que vem da esquerda troglodita.
Vejamos um trecho deste artigo:
"O brasileiro comum se aposenta com cerca de 1 200 reais por mês, em média, não importando qual tenha sido o seu último salário. O funcionário público, por lei, se aposenta com o salário integral; hoje, na média, o valor está em 7 500 mensais. Os peixes graúdos levam de 50 000 mensais para cima. São cidadãos desiguais e com direitos diferentes"
"É só olhar durante um minuto quem a população do Rio de Janeiro, em eleições livres e populares, escolheu para governar seu estado e sua cidade nos últimos trinta anos. Eis a lista: Leonel Brizola, Anthony Garotinho, a mulher de Anthony Garotinho, Benedita da Silva, Sérgio Cabral (possivelmente o maior ladrão da história da humanidade), Eduardo Paes e, não contente com tudo isso, um indivíduo que se faz chamar de “Pezão”. Assim mesmo: “Pezão”, sem nome nem sobrenome, como jogador de futebol do Olaria de tempos passados. Que território do planeta conseguiria sobreviver à passagem de um bando desses pelo governo e pela tesouraria pública? É óbvio que tais opções, repetidas ao longo de trinta anos, têm consequências práticas. O Rio de Janeiro de hoje, com sua tragédia permanente, é o resultado direto de uma democracia que faliu de ponta a ponta."


Lula virou o principal cabo eleitoral de Bolsonaro - Por Josias de Souza.


De todas as declarações que Jair Bolsonaro costuma fazer, a mais inverídica é justamente a que ele mais repete: “Eu quero Lula em cana”. Em verdade, a prisão de Lula é o que Bolsonaro menos deseja. Condenado e inelegível, Lula radicalizou o discurso, isolando-se à esquerda. Bolsonaro, um ex-capitão do Exército de ideias ultraconservadoras, faz da aversão a Lula sua principal plataforma. Entre um extremo e outro, proliferam as candidaturas que não conseguem empolgar o pedaço do eleitorado que foge do radicalismo.

Por uma conveniência mais penal do que eleitoral, Lula mantém sua candidatura na rua mesmo sabendo que ela deve ser formalmente barrada pela Justiça Eleitoral entre o final de agosto e início de setembro. E Bolsonaro acende uma vela para o Supremo Tribunal Federal, rezando para que a maioria das togas defira em 4 de abril o pedido de Lula para não ser preso. Atrás das grades, Lula poderia apressar o lançamento de Fernando Haddad. E o Plano B do PT esvaziaria 50% da doutrina de Bolsonaro. A outra metade é feita de apelos do tipo “bandido bom é bandido morto.”

Pela lógica, o protagonismo radical de Lula e Bolsonaro diminuiria na proporção direta do crescimento do drama penal de um e da superexposição do outro. A aversão que ambos despertam no pedaço do eleitorado que foge dos extremos faria emergir uma alternativa no mar de candidaturas que ocupam o centro. Mas o centro permanece entre oco e apodrecido. O Supremo concede uma sobrevida a Lula, que impulsiona Bolsonaro. E o envenenamento da atmosfera política brasileira bloqueia qualquer discussão consistente sobre um projeto para o país.


quarta-feira, 28 de março de 2018

A MENTIRA - Por Wilton Bezerra.



Várias vezes abordamos nesta página o uso da mentira no cotidiano do ser humano.
A constatação cientifica de que o nosso cérebro é preparado para receber falsificações, parece reforçar a noção da inverdade como arma primordial para quem quer se dar bem.
Pois é, os mentirosos se dão melhor. Os objetivos dos mentirosos são alcançados mais rapidamente.
Em se tratando de Brasil, a mentira é bem vinda.O brasileiro foi enganado e está fazendo a maior força para ser enganado, de novo.
Isto é, há um fascínio pela falsificação. Basta ver as escolhas nas enquetes ou pesquisas sobre o mundo político.
Mas, o assunto aqui se refere ao futebol. A Olimpíada realizada no Brasil proporcionou a única medalha de ouro do futebol brasileiro. 
Para começo de conversa a modalidade futebol nunca teve prestígio em torneios olímpicos. Aliás, começa antes que os jogos sejam abertos.
A seleção brasileira teve o direito de usar jogadores como Neymar, Renato Augusto e Gabriel de Jesus. As outras seleções, não.
A campanha foi marcada por resultados apertados diante de seleções medíocres.
Na decisão da medalha de ouro, tivemos a Alemanha com uma formação sub-20.
Jogo duro que terminou empatado em 1 X 1 levando a decisão para cobrança de penalidades. Brasil 5 X 4.
Pronto. A mídia esportiva vendeu a conquista como uma epopéia. Falei na oportunidade que aquilo era migalha para um gigante do futebol.
Os que aceitam a mentira, facilmente, se açularam.
Ontem, o Brasil venceu uma formação mista da Alemanha por 1 X 0. Jogo razoável em alguns momentos, com todo jeito de amistoso.
Nada mais.

Vale a pena ver "O Mecanismo" -- por Elio Gaspari (*)

O seriado disponibilizado pela Netflix conta a história da Operação Lava Jato
    É bom negócio ver “O Mecanismo”, a série de José Padilha na Netflix. Seus oito episódios contam a história da Lava Jato até as vésperas da prisão de Marcelo Odebrecht. Eles giram em torno de dois eixos. 

    O primeiro é uma novela padrão onde há sexo, traições, doenças, rivalidades, muitos palavrões e até mesmo uma menina com deficiência. A quem interessar possa: o agente Ruffo nunca existiu. Pena que ele seja um narrador do tipo “faço sua cabeça”, numa espécie de reencarnação do Capitão Nascimento de “Tropa de elite”. A agente Verena é uma exagerada composição.
   É a segunda história, a da Operação da Lava Jato, que valoriza a série. E é ela que vem provocando a barulheira contra Padilha. A ex-presidente Dilma Rousseff (Janete Ruskov na tela) acusa “O Mecanismo” de duas fraudes. 

    Jogaram para dentro do consulado petista a operação abafa que decapitou as investigações das lavagens de dinheiro do caso Banestado, ocorrido durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. (Há uma referência a “dez anos depois”, mas ela ficou embaralhada.) Noutro lance, puseram na boca de Lula (Higino, igualzinho ao original, graças ao ator Arthur Kohl) a frase “é preciso estancar a sangria”, do senador Romero Jucá. Também não há prova de que  “Higino” tenha pedido a “Janete” para trocar a direção da “Polícia Federativa”. 

     A narrativa do caso será útil para muita gente que perdeu o fio da meada da Lava Jato. Essa é a razão pela qual é melhor ver a série do que não vê-la. A Lava Jato fez um memorável serviço de faxina e hoje parece banalizada, o que é uma pena. O câncer de que fala o agente Ruffo estava lá e ainda está. Entrou areia no mecanismo das empreiteiras, mas ele funciona em outras bocas. 

      Num primeiro momento, Padilha explicou-se: “O Mecanismo” é uma obra-comentário, na abertura de cada capítulo está escrito que os fatos estão  dramatizados. Se a Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema”. 

      Seja lá o que for uma “obra-comentário”, Dilma sabe ler, e essa explicação tem o valor de um balanço de empreiteira. Seria como se o diretor Joe Wright, de “O Destino de Uma Nação”, atribuísse a trapaça que fez com Lord Halifax a uma licença cinematográfica. Num comentário posterior, Padilha disse que expôs a corrupção do PT e do MDB. É verdade, pois o vice de Dilma chama-se “Themes” e foi posto no jogo. O tucano Aécio Neves também está no mecanismo: “Se o ‘Lúcio’ vence a eleição, breca isso na hora”. O procurador-geral Rodrigo Janot ficou por um fio. Padilha pegou pesado ao mostrar os pés dos ministros do Supremo entrando numa sessão enquanto Ruffo fala nas “ratazanas velhas” de Brasília. A dança dos presos comemorando uma decisão do STF também foi forte, mas, como se viu há pouco, o Supremo decide, e réus festejam. 

       Padilha bateu num caso histórico. A série é dele e fez o que bem entendeu, mas a trama novelesca e as catilinárias de “Ruffo” tiraram-no de outro caminho, o de uma série e de um filme recentes. “The Crown” é factualmente impecável e mexeu com os mecanismos da Casa de Windsor. “A guerra secreta” não precisou demonizar Richard Nixon para contar a história da briga do “Washington Post” pela publicação dos “Papéis do Pentágono”. Nos dois casos, não houve novela paralela, pois o recurso não era necessário.

(*) Elio Gaspari opiniao@opovo.com.br Jornalista

terça-feira, 27 de março de 2018

Comentários sobre 2 programas do “Roda Viva” – por Armando Lopes Rafael


1ª entrevista: Ministro Marco Aurélio Mello, do STF
    Em fevereiro de 2017, o programa Roda Viva entrevistou o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal. Durante 90 minutos o que vimos foi o ministro com seu sorriso irônico no canto da boca e com sua “lábia carioca”, prenhe do sotaque artificial, cheio de ginga dos que nascem no Rio de Janeiro. Foi um desastre aquela postura do ministro Marco Aurélio de Melo. Este parecia estar numa sessão de julgamento do STF, com aquele linguajar jurídico,  incompreensível para a maioria do nosso povo.

       Um dos entrevistadores do ministro foi o jornalista José Nêumanne Pinto. Este “encurralou” Sua Excelência, Marco Aurélio Mello, mostrando que o Supremo Tribunal Federal tem sido uma instituição ineficaz e sem respaldo junto à opinião pública brasileira. O STF nunca (repito, nunca) condenou um único indiciado na Operação Lava Jato. Foi num momento infeliz que o ministro Marco Aurélio teve a ideia de perguntar a José Nêumanne Pinto:
– “Você não acredita na Suprema Corte do seu país? ”.
A resposta de Nêumanne veio clara, de forma sincera e serena:
– “Não”, disse o jornalista. “Eu não acredito. ”.
José Nêumanne Pinto externou o sentimento da imensa maioria da população brasileira.

2ª entrevista: Juiz Sérgio Moro
     Na última 2ª feira, 26 de março, o programa Roda Viva entrevistou o Juiz Sérgio Moro. Diferente do que aconteceu com o ministro Marco Aurélio, Sérgio Moro foi tratado pela bancada de entrevistadores como uma pessoa respeitável, de credibilidade, sensata e serena. E assim decorreu todo o programa. Equilibrado, seguro de si, Sérgio Moro não deixou de responder nenhuma pergunta. E fê-lo de forma sincera, com competência, esbanjando conhecimentos jurídicos. Moro falou do panorama das investigações, de suas perspectivas em relação ao combate à corrupção e, indiretamente, dos processos do ex-presidente Lula. Parecia estar em paz com a consciência do dever cumprido.

    Essa entrevista tem sido o assunto mais comentado nesta 3ª feira, em todo o Brasil. De Norte a Sul e de Leste a Oeste.   Moro disse torcer para que o Supremo Tribunal Federal (STF) “tome a melhor decisão” no caso das condenações impostas aos réus da Lava Jato.   O magistrado defendeu que, caso o Supremo Tribunal Federal continue a insistir em não punir os réus da Lava Jato já condenados em primeira e segunda instância, os brasileiros devem cobrar dos seus candidatos a possibilidade de reinstituir a prisão provisória por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC).

     Milhões de brasileiros foram dormir tranquilos, pois a imensa maioria da população está afinada com o combate à corrupção que vem sendo feita por muitos políticos desta República. Não é exagero dizer que Sérgio Moro é o herói dessas pessoas honestas e bem-intencionadas deste país continental....

segunda-feira, 26 de março de 2018

General Mourão critica Supremo Tribunal Federal-STF por dar salvo-conduto a Lula

Fonte:jornal "O Estado de S.Paulo"
'Fica claro que os que possuem 'pertences' jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público', disse em sua rede social

    O general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão criticou, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o dia 4 de abril, quando a Corte vai analisar o mérito do habeas corpus pedido por seus defensores. O militar afirmou que se sentiu “envergonhado” pelo que chamou de "covardia moral" do ministros do Supremo.

    "Sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada - destinada a enganar o homem comum -, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem 'pertences' jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público. Fica o alerta de soldado, cuidado com a cólera das legiões!!!!".

      Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no sábado, 24, ele afirmou que o país vive um momento crítico e que a Justiça deveria ser um dos pilares para solucionar os problemas brasileiros, "ou vamos viver o caos". "O Judiciário tem que exercer sua responsabilidade ou vão fazer justiça com as próprias mãos", afirmou. "Os presídios estão cheios de presos pobres e os de colarinho branco soltos, com o Judiciário sentado em cima dos processos".

    O general se aposentou no mês passado. Na cerimônia de despedida, ele fez críticas à intervenção no Rio e à classe política. Ele também anunciou apoio à candidatura à Presidência do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). A reportagem tentou contato com o STF, mas até a conclusão desta edição não houve retorno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Denise Luna)

domingo, 25 de março de 2018

Eleitores de Bolsonaro dizem por que votam nele: Mais segurança e menos “privilégios para minorias”

 O jornal "Folha de S.Paulo" convidou oito moradores de São Paulo, incluindo manicure, sociólogo, desempregado e coronel da reserva, para falarem sobre por que votarão no presidenciável do PSL em outubro.

Excertos da matéria de “Folha de S.Paulo”, 25-03-2018 – Por Anna Virginia Balloussier
        A Folha convidou oito moradores de São Paulo, da manicure do Itaim Paulista à doutoranda do Itaim Bibi, para falarem sobre por que votarão no presidenciável do PSL  em outubro. O parlamentar é o segundo pré-candidato mais bem posicionado em pesquisa Datafolha de janeiro e assume a cabeceira num cenário em que Lula (PT) está fora do jogo.
Por que Bolsonaro?
     Caçula da mesa, Lucas votará pela primeira vez para presidente (no pleito de estreia, em 2016, optou pelo tucano João Doria para prefeito, mas se arrependeu). “Política é ajuda à população. Nele [Bolsonaro] ainda há um pouco disso. Ainda vê a luz no fim do túnel”, diz o jovem, que trabalhou numa ótica após terminar o ensino médio e hoje distribui currículos.

     Sua mãe, Priscila, já ajudou a eleger Lula —e Tiririca para deputado, “por ser povão que nem a gente”. O que busca, diz, “é uma pessoa que se importe com o povo brasileiro”. Bolsonaro, para a manicure que estuda pedagogia, é esse cara. 

     Ela se diz perturbada por políticos que oferecem cestas básicas “e outras lembrancinhas” em troca de voto. “Muitos amigos têm o mesmo pensamento: votar no Bolsonaro para ter mudança, não para ter esses presentinhos.”
    Militar da reserva e deputado desde 1991, Jair Messias Bolsonaro “responde a demandas reais de pessoas reais”. Vem do sociólogo Thiago Santos, 32, a resposta que melhor sintetiza o sentimento dos oito eleitores do presidenciável que a Folha reuniu em sua Redação, em 14 de março, a fim de entender o que os leva a vê-lo como o mais bem qualificado para ocupar o Palácio do Planalto em 2019.

     “Enquanto  jornalistas e intelectuais estão preocupados com banheiro unissex, ele está falando dos 60 mil assassinatos que acontecem todo ano no Brasil, falando desse massacre da classe trabalhadora”, afirma Santos, que vem de uma família de Guaianases, periferia paulistana. Se compartilham o gosto pelo homem que veem como predestinado a “dar um jeito no Brasil”, os perfis são distintos: da manicure Priscila Medeiros, 37, e o filho Lucas, 19, ambos desempregados e moradores de Itaim Paulista (zona leste de São Paulo), à ex-coordenadora do Endireita Brasil, movimento direitista, Patrícia Bueno, 37, residente de outro Itaim, o Bibi, bairro nobre da cidade (veja acima os outros componentes do grupo). Três deles contam ter votado no PT em algum momento. “Tenho vergonha”, diz o diretor administrativo Raphael Daniele, 34, “ex-militar e membro da Congregação Cristã”.

      Nilson Franco, 48, é coronel do Exército na reserva e conta ter conhecido Bolsonaro pessoalmente. Aposta em sua honestidade. “Em 2002, eu brigava com você se falasse mal de Lula.” Elenca escândalos como o do pasta rosa para explicar seu desgosto com a era FHC. E hoje, o que mudou? Nada, diz. “Tem que dar um basta. Para Aécio [Neves, PSDB], R$ 2 milhões [de suposta propina]. [Antonio] Palocci [PT] são milhões e milhões. Você desanima de ser honesto. O policial ganha R$ 3.000, R$ 4.000 para levar tiro.”
  
    A birra com o populismo também está no discurso do filho. “No Nordeste, como o PT se alastrou tanto? Ia com a necessidade do povo”, diz Lucas. “Há uma semana, o que foi mais passado pela Globo? A operação [no pé do Neymar]. Se [a mídia] continuar priorizando informações banais, deixando de lado infraestrutura, médico...”

“Antes, se você falava em Bolsonaro, era exótico”, diz Thiago. “Agora, parentes que nunca tiveram contato com política falam naturalmente, mandam vídeos do Bolso.”

     Patrícia, que está terminando um doutorado em ciências sociais, diz que “desde 1988 a gente tem só esquerda no Brasil, a direita foi massacrada. Claro que FHC é esquerda”. Faltava, portanto, “um político que realmente respondesse a nós”, alguém que impedisse aqueles que “queriam causar revolução na sociedade e precisavam destruir o que pra mim é mais sagrado, a questão da própria família”, diz a filha de imigrantes que fugiram da União Soviética em 1921 (“minha família tinha militares, pessoas ligadas à propriedade de terra”, conta).

     Maria Cristina Szabo, 55, trabalha “em formação de imagem política” e se candidatou, em 2016 e sem sucesso, a vereadora de Santana de Parnaíba pelo DEM. Mãe de policial civil, diz que “votará em Bolsonaro porque o que está aí a gente já tem certeza que não deu certo, até pela questão da segurança. Rio é uma vergonha nacional e internacional”.

sábado, 24 de março de 2018

Uma reflexão para o domingo

A ajuda financeira e moral que a Família Imperial Brasileira prestava aos pobres e necessitados no Rio de Janeiro (*)
Dom Pedro II e  o pintor Almeida Júnior –  A Família Imperial e sua longa tradição de ajudar talentos, os humildes e desamparados. 

Publicado na “Revista da Semana”, do Rio de Janeiro, número especial, de 28 de novembro de 1925.
    Quatro dias após a proclamação da República, a legislação brasileira recebia o seguinte decreto:
“Considerando que o senhor D. Pedro II pensionava de seu bolso a necessitados e enfermos, viúvas e órfãos, para muitos dos quais esse subsídio se tornava o único meio de subsistência e educação; Considerando que seria crueldade envolver na queda da monarquia o infortúnio de tantos desvalidos;
Considerando a inconveniência de amargurar com esses sofrimentos imerecidos a fundação da República;
Resolve o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil:
Artigo 1° — Os necessitados, enfermos, viúvas e órfãos, pensionados pelo Imperador deposto continuarão a perceber o mesmo subsídio, enquanto durar a respeito de cada um a indigência, a moléstia, a viuvez ou a menoridade em que hoje se acharem.
Artigo 2° — Para cumprimento dessa disposição se organizará, segundo a escrituração da ex-mordomia da casa imperial, uma lista discriminada quanto à situação de cada indivíduo ou à quota que lhe couber.
Artigo 3° — Revogam-se as disposições em contrário.

Sala das sessões do Governo Provisório, em 19 de novembro de 1889. — Manuel Deodoro da Fonseca — Aristides da Silveira Lobo — Rui Barbosa — Manuel Ferraz de Campos Sales — Quintino Bocaiuva — Benjamim Constant Botelho de Magalhães — Eduardo Wandenkolk”.

***   ***   ***
Observação de um republicano  perplexo:
— Não precisava ter colocado no túmulo de Pedro II (situado na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis) o epitáfio que  lá existe. Sim, bastaria ter colocado  a seguinte inscrição:  "Pedro II, o Pobre". E, abaixo, tivesse gravado,  na pedra de mármore, esse decreto do Governo Provisório. Governo que  implantou a República no Brasil,  através do golpe militar de 15 de novembro de 1889, e  expulsando do solo brasileiro sua honrada Família Imperial.

(*) Fonte: Site Monarquia Brasileira. Postagem: https://quintoimperiobrasil.wordpress.com/2017/04/15/pequenas-historias-da-familia-imperial-parte-ii/

sexta-feira, 23 de março de 2018

O que esperar do STF, nada - Por Antônio Morais.



De José Sarney pra cá os principais criminosos do Brasil são os ex-presidentes da republica e o atual. Não há um que não tenha  problemas com a justiça. Não há também nenhum juiz na corte que não tenha sido indicado por um deles.  As decisões  dos juizes pertencem aos seus amos. Lula se atreveu a falar para Dilma - "Temos uma suprema corte totalmente acovardada".

A começar pelo velho de muleta, não sei porque razão tratado carinhosamente de "decano", uma nulidade cuja definição de "Juiz de merda" foi  dada pelo ex-ministro da justiça Saulo Ramos. 

Dele até o último, não há dignidade nem  caráter, amparam, protegem bandidos que roubam  o erário público  as vistas de quem queira  ver.  

"Coisas da Ré Pública": Palácio Guanabara, confiscado pelos golpistas republicanos, poderá ser devolvido aos herdeiros da Princesa Isabel


     É a mais antiga pendência judicial do Brasil. O atual Palácio Guanabara -- o qual, na época do Império era chamado de "Paço Isabel" --, foi construído com recursos particulares do casal Conde D’Eu–Princesa Isabel, a Redentora. 
    O imóvel foi ocupado por tropas militares (no governo Floriano Peixoto) na noite do dia 23 de maio de 1894, quase cinco anos depois do golpe de estado que instaurou a República no Brasil. Os legítimos donos nunca receberam do Estado brasileiro nenhuma indenização.A legítima proprietária recorreu à Justiça Republicana para reaver a posse do imóvel. Mas o litígio sem fim que se arrasta no Judiciário desde 1895.

      O Palácio foi adquirido, em 1865, pela Princesa Imperial do Brasil, Dona Isabel de Bragança, a Redentora, e seu esposo, o Príncipe Dom Gastão de Orleans, o Conde d’Eu, com os 300 contos de réis do dote da Princesa Imperial, condicionados pelo pacto antenupcial do Casal à compra de uma residência, e com economias particulares do Conde d’Eu.

       O Paço Isabel se tornou, portanto, a residência oficial da Princesa Imperial na Corte, embora fosse sua propriedade particular (regida em caráter extraordinário pelo regime dos morgadios), tendo o Casal e seus três filhos lá residido até 15 de novembro de 1889.

        Com o golpe militar de 1889 e o exílio da Família Imperial, todos os bens do Imperador Dom Pedro II sofreram ameaça de confisco, e assim foram confiscados ou tiveram sua venda forçada a preços vis. No entanto, os Palácios de suas filhas, as Princesas Dona Isabel e Dona Leopoldina (este último regido por um regime jurídico diverso do de sua irmã), não foram confiscados até 1891, quando se editou o decreto nº 447/1891.

        Após diversas tentativas, em que não logrou êxito na execução do decreto, finalmente a ditadura do Marechal Floriano Peixoto o invadiu às 21 horas de 23 de maio de 1894, e saqueou o que lá encontrou. Após o Governo Federal ignorar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o decreto nº 447/1891 não tinha o condão de executar tal confisco, a Princesa Dona Isabel – àquela altura, já Chefe da Casa Imperial do Brasil, considerada por muitos como Imperatriz em exílio – e o Conde d'Eu ingressaram com ação possessória, em 1895: assim se deu o início ao processo mais antigo, ainda em curso no Judiciário Brasileiro.

      Após muitos anos e “aventuras”, espera-se que o caso do Palácio Guanabara seja julgado pelo Superior Tribunal de Justiça-STJ, ainda neste semestre – embora penda de Recurso Extraordinário oferecido ao Supremo Tribunal Federal-TF.

        Esperamos que, enfim, seja  sanada essa injustiça secular, como tantas outras, originadas com a implantação da República, através do golpe de 15 de novembro de 1889.

(Baseado em postagem feita no facebook Pró Monarquia)

quinta-feira, 22 de março de 2018

Vergonha nordestina - Por Antônio Morais.



De uma vez só, Pernambuco elegeu o Presidente da República e o presidente da Câmara Federal - Lula da Silva e Severino Cavalcante.  

Eleitos por caridade, pela emoção e penúria de serem nordestinos, pobres e analfabetos. Não deu outra coisa. Em poucos dias o Severino estava recebendo mensalinho  do  arrendatário  do refeitório da câmara, 

Foi cassado o mandato com distinção e louvor. O Pajé Lula da Silva tinha a caneta e o diário oficial nas mãos e se sustentou, por um tempo, é claro.

Hoje vive uma situação inusitada. Endeusados por poucos e condenado pela justiça. 

Tenho a mais absoluta certeza que quando dizia "isso não vai dar certo" eu estava com a razão. Os petistas que  encontravam nos crimes alheios a justificativas para os crimes seus quebraram a cara. 

Dois erros  nunca darão um acerto. Era isso o que dizia.

O Antagonista.


“Vossa excelência nos envergonha”

Disparou Luís Roberto Barroso a Gilmar Mendes.

Barroso disse ainda que, sozinho, Gilmar desmoraliza o tribunal, não tem patriotismo e tem sempre um interesse que não é o da Justiça.

Comentário do Blog.

O ministro Luiz Roberto Barroso repete o que já foi dito  pelo ministro Joaquim Barbosa a respeito do Ministro Gilmar Mendes.

Quem tem a ventura ou a desventura de conhecer a história  dos cinco últimos Presidentes da Republica sabe da sintonia que existe entre  os presidentes  e os ministros indicados por eles.

Todos os ex-presidentes e o a atual são criminosos denunciados no STF, mas cada um tem um representante na Suprema Corte, um ministro em sua defesa e amparo. 

Ex-presidente José Sarney, o ministro Celso de Melo, 
Ex-presidente Collor de Melo,  o primo ministro  Marco Aurélio Melo, 
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ministro Gilmar Mendes, sem qualificação.
Ex-presidente Lula, ministros Dias Toffoli e Lewandosk,  do nível do Gilmar Mendes.
Ex-presidente Dilma Roussef, ministra Rosa Weber, 
E o Temer está  unido  aos demais porque a união faz a força. É um por todos e todos por um. Livres ou na cadeia. O STF  envergonha o judiciário Brasileiro pelo Balaio de gato que se transformou.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Adiada a realização do 1º Encontro Monárquico do Cariri

    A Casa Imperial do Brasil acaba de comunicar que, devido à problema de saúde do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, o 1º Encontro Monárquico Conservador do Cariri, que seria realizado no próximo sábado, 24 de março, em Juazeiro do Norte, teve de ser adiado para nova data a ser posteriormente marcada.
     Dom Bertrand foi acometido de problemas pulmonares e seus médicos exigiram repouso absoluto para recuperação da sua saúde. Oportunamente será divulgada a nova data da realização do evento.

Dom Bertrand de Orleans e Brgança (ao centro de terno azul) em recente ato cívico realizado no centro de São Paulo
Repercussão na imprensa

Hoje, o “Diário do Nordeste” publicou o artigo abaixo, da lavra de Armando Lopes Rafael, na página “Opinião” daquele prestigioso jornal:

Cariri Monárquico
Armando Lopes Rafael
       Historiador
   
      Decepcionados com os descalabros da atual República, grupos de brasileiros, defensores da forma de governo monárquica – com participação majoritária de jovens –  se organizam para a difusão das vantagens da Monarquia. No sul do Ceará não é diferente. Em Juazeiro do Norte será realizado, no próximo dia 24 de março, o 1º encontro Monárquico Conservador do Cariri.
    O evento, que terá como convidado de honra o príncipe Dom Bertrand de Orleans, representando a Família Imperial Brasileira, será realizado no Iu-á Hotel. Constará de palestras sobre o atual quadro sócio-político brasileiro, englobando questões históricas e econômicas, abertas a qualquer pessoa, monarquista ou não.
      A bem dizer, ninguém em sã consciência pode afirmar que a República deu certo na nossa pátria. Implantada em 15 de novembro de 1889, sem nenhuma participação popular, a cada dia novos segmentos sociais acham que a monarquia resolveria os atuais problemas do Brasil. E aos surpresos com o crescimento, entre nós, das ideias conservadoras, integrantes da Juventude Monárquica do Cariri esclarecem que ser conservador não é ser retrógrado.
      Acreditam esses jovens que as tradições podem conviver com a modernidade. Como ocorre em países desenvolvidos a exemplo da Inglaterra, Canadá, Austrália, Suécia, Noruega, Holanda, Japão, Dinamarca, Bélgica, Espanha, dentre outros. Por isso, no 1º Encontro Monárquico Conservador do Cariri todas as questões serão debatidas. Independente das opções políticas dos participantes, sejam monarquistas ou republicanos; conservadores ou não.
       Os monarquistas caririenses não abrem mão, no entanto, dos direitos naturais, como a família, a livre iniciativa, a propriedade privada e o princípio da subsidiariedade. Reconhecem que, apesar dos desacertos governamentais, no período republicano houve avanços, no Brasil, como no agronegócio. Mas, hoje, a nação está sangrando em meio à maior crise moral, política e administrativa da sua existência. A solução? O retorno aos valores imperecíveis da Monarquia.

terça-feira, 20 de março de 2018

GOSTAR E CONHECER - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.


Estou cada vez mais convencido de que o apreciador de futebol deve procurar conhecê-lo em maior profundidade.
Se aprofundar na matéria é uma obrigação profissional para qualquer cronista.
Já o torcedor não gosta de muitas perorações e almeja o resultado.
Tenho observado muita gente falando de futebol sem abordar o jogo.
Um contrassenso.
Assim, procedem para mascarar o que não dominam do assunto.
Ou por outra, substituir a discussão sobre novas sistematizações de jogo pelo ufanismo do futebol aqui praticado, refratário às mudanças dos últimos tempos.
O tempo do “jogar e deixar jogar” sumiu há bastante tempo em função dos espaços suprimidos dentro das quatro linhas.
As retrancas saíram de moda para ceder lugar às modernas posturas defensivas.
E tudo continua mudando.
Tite tem localizado suas observações sobre a forma de jogar do Manchester City, dirigido por Guardiola.
Do tique-taque do Barcelona, o time inglês guarda pouca coisa.
Guardiola continua inovando ao juntar conceitos.
Entenderam?
Mas, há quem prefira visões ultrapassadas ao julgar que os novos estilos que envolvem tática, espaço e rapidez representam uma maldição para o futebol bonito.
Em certo momento, aceitei a tese de que a ditadura do futebol coletivo mataria o individualismo.
Os espetáculos do futebol das ligas européias me fizeram mudar o olhar.
O contexto atual mostra uma mistura de intensidade, com individualidade e ação coletiva.
A atualização, através do selecionado que Tite comanda, é uma oportunidade.
Por parte dos clubes continuamos bem atrasados.
Os comentaristas podem muito bem deixar de lado assuntos irrelevantes e abordar o jogo em si.
Quem gosta do futebol precisa fazer isso.

Rede Globo - Por Antônio Morais.



O puder  da Rede Globo é muito grande, mas não  chega  onde pensam  os seus apresentadores e repórteres. Vejamos alguns dados :

Inicialmente  a Rede Globo se empenhou em destruir Trump, presidente dos Estados Unidos da  América. Não conseguiu.

Em seguida se aliou  ao procurador Geral da Republica Rodrigo Janot,  a JBS dos irmãos Batista para  destruir  Michel Temer, também não conseguiu.

Agora a  tarefa parece ser  mais fácil,  a beatificação  da vereadora Marielle Franco,  uma márti, vitima  da  violência  brutal que  tomou conta do Brasil.  Basta que se  encontre algum  milagre que  está alcançado  o justo objetivo.

A pergunta que se faz é : A Rede Globo não foi a Bagé acompanhar as festas para o Lula em sua visita? Não  deu nenhum manchete, embora tenha acontecido coisas interessantes por lá.

segunda-feira, 19 de março de 2018

004 - O Ataque de Sinhô Pereira as Fazendas Piranhas e Umburanas, dos Carvalhos - Por Luiz Ferraz Filho


Sindário Carvalho, que juntamente com os irmãos Zé e Antônio das Umburanas, resistiu ao ataque de Sinhô Pereira e Luís Padre as fazendas Piranhas e Umburanas

Casa velha da Fazenda Piranhas, propriedade de Lucas Alves de Barros e filhos. Escombros da casa de Antônio Alves de Carvalho, Antônio da Umburanas, morto em um duelo com Sinhô Pereira. 

Furioso, Sinhô Pereira pôs fogo nos roçados e nas cercas das fazendas, como também, queimou 13 ou 14 casas de moradores e agricultores que trabalham na terras dos Carvalhos, situadas bem próximas uma das outras. Depois, Sinhô Pereira, ainda matou algumas criações, cortando o couro para não ser aproveitado, e "arrombou" os pequenos açudes para os peixes morreram sem água. "A casa grande das Umburanas foi incendiada, como também as casas das Piranhas, e a minha casa nesta fazenda. Atualmente ali não reside ninguém", falou o fazendeiro João Lucas de Barros, filho de Lucas das Piranhas, em entrevista nos anos 70. 

Após esse ataque de Sinhô Pereira, os Carvalhos abandonaram suas moradas e vieram residir em Serra Talhada (PE), onde devido a influência com a politica da época, se aliaram aos militares e iniciaram uma tenaz perseguição ao bando de Sinhô Pereira e Luís Padre. 

Iniciava assim a fase mais obscura de uma guerra de vindictas familiares que culminaram na morte de Antônio das Umburanas e a ida de Sinhô e Luís Padre para o sudeste brasileiro. "A impunidade em Vila Bela, Serra Talhada teve o auge em minha juventude", lamentou Sinhô Pereira, em entrevista meio século depois dos acontecimentos. 

Em defesa do Crato - Por Antônio Morais.

O IBGE mostrou que Lula e Dilma são dois farsantes. Em 2007, Lula proclamou a abolição da pobreza no Brasil. Para que Dilma Rousseff não ficasse sem ter o que fazer no Palácio do Planalto, Lula deixou-lhe apenas alguns milhões de miseráveis.

No Brasil do lulopetismo, como se sabe, miserável não é um pobre no limite da pobreza. É uma categoria à parte.

Em 2012, Dilma proclamou a abolição da miséria. O Brasil se tornou o único país do mundo cujos habitantes são todos de classe média para cima e Lula saiu pelo mundo cobrando R$ 500 mil para ensinar em palestras de menos de uma hora o “segredo desse milagre”.

Conversa de vigaristas, confirmou o IBGE. Em levantamento feito em todo o País, o Instituto demonstrou que em 2016, quando Dilma foi demitida da Presidência por incompetência, mais de 52 milhões de brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza fixada em 5 dólares e meio por dia, ou R$ 18,20. 

Um quarto do país é composto por pessoas que vivem na pobreza ou na miséria. Quem subiu na vida foi Lula, a família, os comparsas e os afiliados.

Aluno da mesma escola o prefeito do Crato se elegeu deputado e prefeito defendendo a mesma cartilha : Vendendo fantasias, ilusões, nuvens, mentiras e o discurso piedoso e chorão do Pajé Lula da Silva. Quem por ventura ou desventura acompanha o exímio trabalho do Erasmo Morais nas amostras que faz das periferias, das ruas e dos bairros da cidade pode comprovar a pobreza  citadinha de um povo que vive á margem  de quaisquer atendimento básico do puder publico : saneamento, educação, saúde e, em alguns casos nem se locomover pode dado as condições da infra estrutura do local em que reside.

Os meus mais sinceros cumprimentos ao Erasmo Morais, que não conheço pessoalmente, mas presta um serviço  de esclarecimento sem igual a população.


O Antagonista.


“Lula não quer morrer como um idiota”.

Lula “está muito abalado”, segundo O Globo.
Um de seus aliados comentou:
“Ele diz que não vai aceitar a tornozeleira eletrônica. O presidente já está se encaminhando para a última fase da vida dele, não quer morrer como um idiota”.
Ele não vai morrer como um idiota, e sim como um criminoso.

"Lula vai ficar uma semana preso".

“A prisão de Lula nos próximos dias já é tratada por pessoas ligadas a ele como algo inevitável”, diz O Globo.
Um amigo do criminoso condenado pela Lava Jato acrescentou, porém, que o STF vai soltá-lo imediatamente:
“Querem a foto da prisão, a humilhação. Mas não consigo imaginar Lula preso por muito tempo. Ele vai ficar uma semana, dez dias no máximo.”

domingo, 18 de março de 2018

O PERIGO DE SER HONESTO NO BRASIL - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.




Seja honesto, ético, faça o certo, mesmo quando ninguém estiver olhando.
O efeito retórico dessa afirmação é imediato, mas não gera prenúncio de nada.
Ao contrário, pode revelar um comportamento idealizado, inteiramente divorciado do mundo real.
Já disse em crônica passada, que o homem de bem é um defunto mal informado nesse país de larápios. Nem ele sabe que já morreu.
A honestidade está fora de moda. O honesto é um estorvo. Desonestidade é “Cult”.
É clara a preferência em aniquilar os dedicados em tornar suportável a nossa curta aventura na terra brasilis.
É abatida a tiros toda e qualquer intenção de construir o bem alicerçado na coisa limpa e transparente.
Ser o esperto é pouco. Tem que ser o mais esperto.
Para esses, a justiça tarda, mas só chega (quando chega) a conta gotas.
A maldita publicidade de uma marca de cigarros em que Gérson, canhotinha de ouro tricampeão do mundo, dizia ser preciso levar vantagem em tudo, é lembrada como uma doce reminiscência.
Uma outra declaração (não se tratou de propaganda) foi motivo de riso como contribuição para os “causos” do futebol.
Na sua fracassada passagem pela Gávea, o jogador Vampeta declarou: “O Flamengo finge que me paga e eu finjo que jogo”.
Nada mais Brasil do que uma afirmação como essa. País do faz de conta.
Quem forma no exército de resistência à inclinação pelo desonesto, apanha mais do que o cão para ir a missa.
Talvez, o espaço que ocupo nesta página, como ponto de observação, tivesse maior utilidade para o envio de condolências às vitimas da roubalheira.
Ser honesto no Brasil equivale a ser saci em baile de rasteira. É isso

003 - O Ataque de Sinhô Pereira as Fazendas Piranhas e Umburanas, dos Carvalhos - Por Luiz Ferraz Filho


Casa velha da Fazenda Umburanas, antiga propriedade de  Manoel Alves de Carvalho e filhos. 

Francisco Batista da Silva (Chico Júlio), 67 anos, morador antigo das fazendas Umburanas e Piranhas relembrando alguns episodio e mostrando as casas que foram incendiadas.

Localizada no epicentro da questão "Carvalho" e "Pereira", o comercio da Vila de São Francisco regredia devido a infestação de bandos armados. Em julho de 1917, Sinhô Pereira e Luís Padre, juntamente com mais 23 jagunços, resolveram fazer sua maior vingança com os "Carvalhos", cercando e atacando as Fazendas Piranhas e Umburanas. 

Os proprietários Lucas Alves de Barros, da Fazenda Piranhas, Antônio Alves de Carvalho, da Fazenda Umburanas e Jacinto Alves de Carvalho, da Fazenda Várzea do Ú resistiram ao ataque, juntamente com os Pedros - jagunços e moradores da família - em um combate épico que durou duas horas. 

O cabra Manuel Paixão, do bando de Sinhô Pereira, morreu ferido na calçada quando tentava entrar na casa velha da fazenda. "Tomamos a casa do Lucas, que fugiu para a casa de Agnelo (Alves de Barros - irmão de Lucas das Piranhas), bem perto. Depois chegaram mais jagunços, amigos dele. O combate durou quase duas horas. Manuel Paixão e outros três ficaram feridos. Um foi preciso a gente carregar. Era Antônio Grande. Por isso, tivemos que nos retirar. Dizem que morreu um deles e dois ou três ficaram feridos", revelou Sinhô Pereira, em entrevista nos anos 70.

Por o antagonista.


Toffoli vai liberar ação de restrição ao foro privilegiado.

Dias Toffoli vai liberar para a pauta do plenário a ação que restringe o alcance do foro privilegiado logo depois do feriado da Semana Santa, informa o Painel da Folha.

“Toffoli pediu vista da ação em novembro, quando o seu julgamento estava quase concluído. A sessão foi interrompida com placar de 8 votos a 0 a favor de restrições ao foro para deputados federais e senadores.”


“O nosso número nas eleições será o 13, não o 12?

Foi o que disse um importante dirigente partidário petista ao Estadão, referindo-se, respectivamente, aos números do PT e do PDT de Ciro Gomes.

É uma forma de mostrar que a velha guarda do PT não pretende apoiar um candidato de outra legenda para substituir Lula.

Mas Ciro não quer tirar o cavalinho da chuva tão cedo.


Temer quer disputar reeleição

As circunstâncias políticas podem até fazer Michel Temer mudar de ideia, mas, hoje, sua disposição é de ser, sim, candidato à reeleição, informa o Estadão.

“Já comunicou a vários interlocutores diretos e começou a discutir como fará esse movimento.

Temer não quer apenas defender o que considera legado de seu governo, tirando a economia da UTI. Ele quer proteger também sua reputação. Em vez de esperar que aliados o protejam, decidiu ele mesmo rebater as acusações e críticas que tem recebido e considera injustas.”

Traduzindo: em vez de esperar que outros candidatos lhe garantam o foro privilegiado, decidiu ele mesmo lutar pelo foro.

sábado, 17 de março de 2018

A cidade do Crato pede socorro - Por Antônio Morais.

O problema do Crato é que os últimos prefeitos, inclusive o atual se cercaram de bajuladores e puxa sacos e perderam de vista os  problemas graves apresentados na infra-estrutura da cidade.

Não conheço pessoalmente o senhor Erasmo Morais, somos amigos virtuais na pagina do face. 

Ninguém presta um serviço tão altivo, altaneiro, valoroso e verdadeiro  quanto ele quando mostra a situação  em que  se encontram  ruas e bairros do município. 

Um descaso total, basta  andar  pela cidade. Parabéns Erasmo seu  trabalho é digno de distinção e louvor.

De duas uma, ou o prefeito  faz vistas grossas  ou  é muito incompetente e não anda na cidade que governa. 

É vergonhoso o estado  da  cidade mostrado  pelo Erasmo Morais.  

Se conselho fosse bom  ninguém dava, mas  fica  uma sugestão para o gestor :  Se afaste um pouco dos  bajuladores, eles não dão noticias ruins,  só lhe passam  o que lhe agrada. Ouça mais o povo, em especial  o sofrido.



002 - O Ataque de Sinhô Pereira as Fazendas Piranhas e Umburanas, dos Carvalhos - Por Luiz Ferraz Filho

Marca de bala na Umburanas...

Deste quartel-general dos "Carvalhos das Umburanas", nasceram os celebres irmãos Jacinto Alves de Carvalho, Sindário, Enoque Alves de Carvalho, José Alves de Carvalho, Zé da Umburana e Antônio Alves de Carvalho, Antônio da Umburana, e posteriormente os outros irmãos Isabel, Yaya, João de Cecilia, falecido jovem, Aderson Carvalho, Enedina e Adalgisa, Dadá. Foi lá, nesta fazenda, que esses celebres irmãos enfrentaram a questão com os primos Sinhô Pereira e Luís Padre.

Aparentados do major João Alves Nogueira, da Fazenda Serra Vermelha, e de Antônio Clementino de Carvalho (Antônio Quelé), que na época já enfrentavam questão com Manoel Pereira da Silva Filho (Né Pereira), era somente questão de tempo e de proposito para que os irmãos Carvalhos (vizinhos da vila São Francisco, onde morava os Pereiras) aderissem a essa questão familiar. E o estopim foi justamente o assassinato de Né Pereira, em outubro de 1916, na Fazenda Serrinha, cerca de 6 km da Fazenda Umburanas, dos Carvalhos.

Né Pereira, assassinado em outubro de 1916 pelo jagunço Zé Grande, que levou e entregou o chapéu e o punhal para os familiares dos Carvalhos.

O crime foi cometido pelo ex-presidiário Zé Grande (natural de Palmeira dos Indios-AL), que segundo os Pereiras, era ex-jagunço dos Carvalhos e havia fugido da cadeia para em sigilo incorpora-se ao bando de Né Pereira com a intenção de assassina-lo traiçoeiramente. Após matar Né Pereira quando ele tirava um cochilo, Zé Grande levou o chápeu e o punhal do morto para entregar aos Carvalhos, na Fazenda Umburanas, como prova do crime cometido. Revoltado, Sebastião Pereira e Silva (Sinhô Pereira - irmão de Né Pereira) entra na vida do cangaço ao lado do primo Luis Padre, que teve o pai assassinado em 1907, na Fazenda Poço da Cerca, cerca de 6 km para as Umburanas. 

Continua o relato na próxima postagem.

VIOLÊNCIA GERA NEGÓCIO - Por Wilton Bezerra - Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.


Deixando a profundidade de lado, cometo mal traçadas linhas sobre um problema que nos deixa sob o domínio do medo: a violência.
Desperta a minha atenção um detalhe sobre como essa praga endêmica é utilizada pelo capitalismo. Impressionante como nada escapa às taras do mercantilistas.
A violência gera negócio. E negócio lucrativo em seus desdobramentos. Outras angulações do problema fogem da minha percepção. Mas, vamos lá.
As providências de mostruário são exibidas fartamente pelos governantes que buscam os holofotes para tirar proveito. Para lucrar.
As promessas de soluções, celebradas de forma falsa não servem, mesmo que sejam musicadas.
De qualquer maneira, exibem um lucro de populismo
Os políticos, que se abastecem do medo da população, são os que esfregam as mãos de contentamento com os dividendos proporcionados pela violência.
Consciente do gozo pela brutalidade que acompanha o ser humano, a mídia deita, rola e prospera financeiramente falando. A violência vende.
As empresas privadas, especializadas em negócios de segurança, representam a parte mais gorda da lucratividade.
E tem a venda de armas...
Basta!
A nós, desamparados contribuintes, resta tentar metabolizar ridículas orientações para escapar da violência do dia a dia.
Seguir rigorosamente os conselhos distribuídos pelas nossas autoridades implica em abrir mão do direito de viver.
Não dá. O regime não perde viagem. Faça chuva ou faça sol.

001 - O Ataque de Sinhô Pereira as Fazendas Piranhas e Umburanas, dos Carvalhos - Por Luiz Ferraz Filho


Clássica foto de Sinhô Pereira e Luís Padre

Geograficamente falando, no inicio do século XX não havia possibilidade nenhuma de frequentar a lindaria Vila de São Francisco, antigo distrito de Villa Bella - Serra Talhada-PE, sem passar nas terras das famílias Pereira ou Carvalho. E foi exatamente nesse epicentro das antigas questões que estive visitando. A vila era na época um arruado de comercio pujante. Muitas habitantes frequentavam o povoado que crescia rapidamente as margens do Rio Pajeú. 

Qualquer sertanejo da Vila de São Francisco que desejasse visitar a cidade de Serra Talhada pela estrada velha, teria que passar nas fazendas Barra do Exu, Caldeirão, Escadinha, Várzea do Ú, Piranhas, Três Irmãos, Surubim e Umburanas, todas redutos de familiares dos "Alves de Carvalho". Esse grande número de habitantes fez prosperar essas localidades e consequentemente da famosa vila , fundada na metade do século XIX por Francisco Pereira da Silva, patriarca dos "Pereiras".

Região rica, tal como todo o solo encontrado nas fazendas do oeste serratalhadense, a Fazenda Umburanas surgiu através de um dote recebido pelo fazendeiro Manoel Alves de Carvalho, filho de Jacinta Maria de Carvalho e João Barbosa de Barros - o Janjão da Quixabeira pelo casamento com a prima Joana Alves de Carvalho, herdeira desta parte de terra que pertencia ao seu pai, o coronel José Alves da Fonseca Barros, que morava do outro lado do Rio Pajeú na Fazenda Barra do Exu.

 Amanhã a segunda postagem.

sexta-feira, 16 de março de 2018

O grande legado de Dom João VI


    O reinado do Rei Dom João VI fez raiar para a América Portuguesa uma nova era. Abriram-se os nossos portos ao comércio das nações estrangeiras. Instituíram-se os serviços de higiene. Estabeleceram-se o ensino médico, o curso de agricultura, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, o curso de cirurgia.

    Criaram-se o Supremo Conselho Militar de Justiça, a Intendência Geral de Polícia, o Arquivo Militar do Brasil, a Mesa do Desembargador do Paço, a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, o Museu Real, a Academia das Artes, a Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil, a Biblioteca Pública. Decretou-se a liberdade de manufaturas e indústrias em todo o território nacional.

     Concedeu-se aos nossos habitantes o privilégio de não serem executados na propriedade dos seus engenhos, fábricas e lavouras, e sim em uma parte dos rendimentos. Isentaram-se de direitos os livros impressos e as matérias-primas que servissem de base a quaisquer indústrias manufatureiras. Instalou-se o correio entre nossas várias Províncias. Criou-se o Banco do Brasil. Promoveu o Governo a publicação do primeiro jornal que aqui se editou, a “Gazeta do Rio de Janeiro”. Elevou-se o Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.

O Rei Dom João VI foi mal compreendido e ridicularizado, mas foi Sua Majestade quem erigiu em nossa Pátria esse colossal monumento administrativo, hoje tão mal utilizado – e para não dizer espoliado –pelas autoridades republicanas.

(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de Leopoldo Bibiano Xavier).