Sindário Carvalho, que juntamente com os irmãos Zé e Antônio das Umburanas, resistiu ao ataque de Sinhô Pereira e Luís Padre as fazendas Piranhas e Umburanas
Casa velha da Fazenda Piranhas, propriedade de Lucas Alves de Barros e filhos. Escombros da casa de Antônio Alves de Carvalho, Antônio da Umburanas, morto em um duelo com Sinhô Pereira.
Furioso, Sinhô Pereira pôs fogo nos roçados e nas cercas das fazendas, como também, queimou 13 ou 14 casas de moradores e agricultores que trabalham na terras dos Carvalhos, situadas bem próximas uma das outras. Depois, Sinhô Pereira, ainda matou algumas criações, cortando o couro para não ser aproveitado, e "arrombou" os pequenos açudes para os peixes morreram sem água. "A casa grande das Umburanas foi incendiada, como também as casas das Piranhas, e a minha casa nesta fazenda. Atualmente ali não reside ninguém", falou o fazendeiro João Lucas de Barros, filho de Lucas das Piranhas, em entrevista nos anos 70.
Após esse ataque de Sinhô Pereira, os Carvalhos abandonaram suas moradas e vieram residir em Serra Talhada (PE), onde devido a influência com a politica da época, se aliaram aos militares e iniciaram uma tenaz perseguição ao bando de Sinhô Pereira e Luís Padre.
Iniciava assim a fase mais obscura de uma guerra de vindictas familiares que culminaram na morte de Antônio das Umburanas e a ida de Sinhô e Luís Padre para o sudeste brasileiro. "A impunidade em Vila Bela, Serra Talhada teve o auge em minha juventude", lamentou Sinhô Pereira, em entrevista meio século depois dos acontecimentos.
A ausência da lei e da justiça leva os homens a aplicá-las do seu modo. É o que se vê no Brasil atual. Desordem, lambança e anarquia geral.
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