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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS.


Pai e filho passeavam e conversavam sobre diversos assuntos, até que em determinado momento, o filho pergunta ao pai: Papai, qual o tamanho de Deus?
O pai pensou, pensou, tentando achar a melhor resposta, pois queria que o filho entendesse de forma simples, mas não queria frustrá-lo com uma resposta do tipo :”Ah filho Ele é infinito”, pois talvez o menino continuasse não entendendo. Então ao olhar para o céu o pai avistou um avião, era o maior avião que existe, era um Jumbo e ele perguntou ao filho:
Que tamanho tem aquele avião? O menino levantou a mão pro céu, mediu e disse: Papai, tem o tamanho da palma da minha mão!

Então o pai totalmente empenhado em fazer o filho entender, o levou ao aeroporto em frente aquele mesmo avião (o avião tinha 19,4 metros de altura e 70,7 metros de comprimento, com capacidade pra 467 passageiros) e ao chegar próximo de um avião perguntou: Filho e agora? Qual o tamanho desse? O menino, saltitando de alegria e espantado em ver de perto algo como aquele, disse: Nossa papai! Esse é muito, muito grande! Ele é imenso!

O pai então disse: Filho este é o mesmo avião, e com isso eu quero que você entenda o tamanho de Deus:  ”O tamanho vai depender da distância que você estiver dele. Quanto mais perto você estiver dele maior ele será em sua vida, e quanto mais longe você estiver menor ele será”

O tamanho que Deus ocupará em nossas vidas, depende de nós, não basta apenas saber sobre Ele, para conhecer a grandiosidade do nosso Senhor é necessário um relacionamento íntimo com Ele! Que Deus não ocupe em nossa vida o tamanho da palma da nossa mão, por que Ele nos quer por completo!

HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE LUIZ GONZAGA.

Protesto do Sanharol - Por Antônio Morais

Não é a primeira vez que o Rolando Boldrin dá uma fora. Já o vi contando causos como seus, sem dar o reconhecido crédito ao legitimo autor. Nesta homenagem a Luiz Lua Gonzaga, justíssima por sinal, texto de Aldemar Paiva, ele faz um rosário, uma coletânea de nomes de artistas, compositores e poetas que contribuíram  com  o sucesso do Rei do Baião. 

Em nenhum momento ele  fala em José Clementino do Nascimento, fato que o qualifica como um grande desconhecedor da historia de Luiz Gonzaga. Sem o José Clementino Luiz Gonzaga teria encerrado sua carreira artística bem antes do que o fez.


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO



Rose ganhou passaporte diplomático e viajou com Lula para trinta países.

As relações da ex-chefe de gabinete Rosemary Nóvoa de Noronha com o ex-presidente Lula eram tão íntimas que ela ganhou passaporte diplomático, privativo para a primeira-dama e demais familiares do presidente, e integrou a comitiva presidencial em pelo menos trinta viagens internacionais, entre 2007 e 2010. Foram viagens para 23 países, em eventos como posses de presidentes e encontros de chefes de Estado. A informação é de reportagem de Matheus Leitão para o jornal Folha de S. Paulo. Rose, ex-chefe do escritório regional da Presidência em São Paulo, foi indiciada na Operação Porto Seguro da Polícia Federal, acusada de corrupção e tráfico de influência.
Pensando bem......dizendo-se sempre “apunhalado pelas costas”, Lula deveria demitir imediatamente seus guarda-costas.

Exoneração de Rose, amiga de Lula, foi ‘a pedido’ Foi “a pedido” a exoneração de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, o que revela sua influência. Sábado (24), o Palácio do Planalto divulgou que a presidenta Dilma decidira “demitir” servidores envolvidos no escândalo revelado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Mas “Rose”, amiga do ex-presidente Lula, oficialmente, deixou o cargo porque quis.

Alguém gosta dela:
Fonte do Planalto admitiu que a exoneração “a pedido” da ex-chefe de gabinete foi uma solicitação de Lula, a quem “Rose” é muito ligada.
Saída voluntária:
Para o servidor público, demissão representa desonra e punição, enquanto a “exoneração a pedido” caracteriza saída voluntária.
Alguém gosta dele:
Braço direito do ministro Luiz Adams (AGU) José Weber Holanda ainda está preso, mas sua exoneração também foi concedida “a pedido”.
Tia Dilma:
Durante as freqüentes conversas com o amigo Lula ao telefone, Rosemary Noronha, a “Rose”, sempre se referia a Dilma por “Tia”.
Governo Lula vetou convocação de Rose a CPI:
A oposição há muito está de olho em Rosemary Nóvoa de Noronha e acompanha sua influência. Por ordem do então presidente Lula, a base governista impediu a aprovação de requerimento que a convocava a depor, na CPI dos Cartões Corporativos. Com isso, o governo passou a considerar “secretos” os gastos dos cartões sob sua responsabilidade, como chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo.
Gastos exorbitantes:
O senador Álvaro Dias (PR), lider do PSDB, lembra bem que os gastos dos cartões corporativo de Rose Noronha eram mesmo “exorbitantes”.
Os sub do sub:
A PF caça um motoboy que entregaria documentos da “dra” Rose (Noronha) a José Dirceu. Lembra o caseiro do escândalo Palocci.
Terra arrasada:
Quem viu a extensa documentação da PF na Operação Porto Seguro garante: vem aí o mensalão do B. Muito mais explosivo que o original.
Como disse?
Ninguém entendeu por que petistas acusaram a imprensa de “atingir Lula como aconteceu com Al Capone”. O FBI dos EUA trancafiou o célebre gângster americano através do Imposto de Renda. Hum...
Carestia:
Demitida da Agência Nacional de Aviação Civil, a filha de Rose, Mirelle Noronha, ganhou quase R$ 170 mil em diárias em dois anos, para o aluguel de apê no Rio, cerca de R$ 2,1 mil mensais. Achava pouco.
De mulher pra mulher:
Tem sabor de vingança para Marta Suplicy a queda da influente chefe de gabinete. “Rose” se empenhou – ao pé de ouvido de Lula – contra ela e por Haddad, na escolha do candidato do PT a prefeito paulistano.
Vidente:
Nunca é demais lembrar a profecia do magnífico escritor João Ubaldo Ribeiro, em novembro de 2010: “no máximo em dois anos Lula e Dilma estarão brigados”, enfatizando que “quem viver, verá”.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CANO TORTO - Por Mundim do Vale


João de Freitas, tinha um espaço na feira semanal de Várzea Alegre, onde vendia variedades que trazia de Juazeiro do Norte. Certa vez ele comprou trinta espingardas soca-socas e pagou para José Odmar Correia, transportar no seu mixto que fazia a linha de Jauzeiro a Várzea Alegre. Naquele dia o mixto vinha com muitos passageiros e mercadorias. Os passageiros botaram caixas e sacos sobre as espingardas e ainda sentaram por cima.

Quando chegaram em Várzea Alegre os canos estavam todos tortos. No dia seguite Joaquim abordou Zé Odmar e recalmou:
- Zedimar. Eu tive o maior prejuízo, as espingardas tão com os canos tortos e eu não posso vender.
Zé Odmar com aquela presença de espírito que possuia respondeu:
- Mas você pode vender. É só dizer que as espingardas é própria para atirar nas curvas.
- Mas ome! Os cano torto daquele jeito, o povo vai é suicidar.

Falta de Deus.

Não se desespere ao olhar para o nosso mundo que caminha cada vez mais para o ateismo, para descrença. Pois a terra quanto mais seca, mais precisa da agua da chuva. Assim também é o coração humano: Quanto mais distante de Deus, mais sente falta dele.
Você pode reparar: Deus se tornou uma necessidade. E por isso as novas seitas que vão surgindo aos montes por aí têm sucesso. O povo procura um sentido, um refugio, um fio de esperança. E o primeiro “mascate” que aparece vende o seu produto facilmente.
O mundo de hoje está cansado de seus pecados, da situação de ódio e de violência que ele próprio criou. Mais cedo ou mais tarde as pessoas ainda vão compreender que , sem Deus, este mundo não terá condições de sobrevivência. O homem, perdendo o senso de fé, perderá também os sentimentos de fraternidade e se autodestruirá. “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família”.
Padre Juca.

Historias do Sanharol - Por Antonio Morais



Raimundo Gonçalves da Costa, o conhecido Raimundo Mandu, assim chamado porque residia no sitio Mandu, era um homem serio, carrancudo, não admitia brincadeira, nada de querequequé ou munganga. Sua palavra era sempre a ultima. Dizem que só perdia para os do Atoleiro. Os do Atoleiro são sem iguais.

Certa vez, voltava da roça com uma espingarda de dois canos debaixo do braço, deu uma topada tão condenada que arrancou a unha  do dedão do pé. Com um passo atrás, mirou  com a espingarda e meteu chumbo na pedra. Depois olhou o dedão escorrendo sangue e perguntou: tava cego?  Aprumou o outro cano da espingarda e meteu chumbo no dedo. Por essa você tira as outras.

Conta-se que estava na roça com dois filhos e eles  engenharam um plano para serem liberados no período da tarde, pois era desejo assisti o jogo do Brasil na casa de Joaquim de Chico Inácio. Plano pronto faltava apenas  quem  apresentasse a proposta para o velho. O filho mais novo se dispôs: Pai, se nós limparmos este eito até o pé de Muquém o senhor nos libera  para ir ver o jogo? O velho resmungou e respondeu: se vocês limparem  toda essa área até o meio dia eu dou é o manossilabo.

Os meninos meteram a enxada pra valer e quando Dona Aurora chegou com o almoço já tinham terminado o serviço. Enquanto almoçavam era um quiri quiqui danado. Dona Aurora, a mãe dos meninos, estranhou  o comportamento dos filhos e perguntou: o que houve que vocês  estão com esse achamento de graça besta? O mais novo, novamente, disse: Mãe, é que pai disse que se nós limpássemos essa parte toda até o meio dia, ele  era capaz de dar o monossílabo. E, nós limpamos!

Dona Aurora botou as mãos na cintura e esbravejou: Pois é Raimundo, agora dê, pra que prometeu, os bichim num ganharam!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Enganado de novo? - Por Ricardo Noblat



Ao se convencer que o Supremo Tribunal Federal seria duro com os réus do mensalão e despacharia para a cadeia cabeças coroadas do seu governo, Lula observou outro dia numa roda de amigos: "Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia, mas o povo".
A memória coletiva é falha. Não costuma guardar frases longas. Lula poderia ter dito algo do tipo: "A História me absolverá".
Foi Fidel Castro quem disse em 1953 depois da tentativa malsucedida de assaltar o quartel de Moncada na província de Santiago de Cuba. Como advogado, e ótimo orador, fez questão de se defender no tribunal. Aí cometeu a frase. Não sei se a História absolverá Fidel.

No caso de Lula é ainda cedo para prever quem escreverá o último capítulo de sua biografia. Só digo para não confiar muito no povo. Em 1960, por exemplo, Jânio Quadros se elegeu presidente com uma votação recorde. Renunciou com sete meses de governo. Imaginou voltar ao poder nos braços do povo. Desconfiado, o povo não se mexeu.

Na véspera de tomar posse em 1985, o presidente Tancredo Neves baixou hospital. Viveu apenas mais 39 dias para ser operado sete vezes.
Foi uma comoção. Um ano depois, pouca gente ainda o citava.

Lula só terá a chance de ver o povo escrever o último capítulo de sua biografia se for de novo candidato a presidente. Do contrário, o mensalão ficará para sempre como o desfecho de uma trajetória - toda ela - excepcional. Quem diria que um fugitivo da miséria do Nordeste, um ex-torneiro mecânico semianalfabeto, governaria o Brasil duas vezes? E elegeria seu sucessor? Quem diria que o partido dele, dono do discurso da ética e da honradez, patrocinaria um dia o maior escândalo de corrupção da história recente do país? É patética a reação de alguns dos condenados do PT às decisões tomadas pelos ministros do Supremo. Sugerem que os ministros trocaram de lado se unindo aos conservadores e reacionários.

Culpam a imprensa por isso. (Jamais em parte alguma vi uma imprensa tão poderosa...). E incitam os chamados "movimentos sociais", movidos a dinheiro público, a promover o "julgamento do julgamento". Voltaremos à época dos júris estudantis simulados? Se voltarmos estarei dentro! Os mensaleiros foram sentenciados por uma larga maioria de ministros que Lula e Dilma escolheram. A imprensa é livre para defender seus pontos de vista, embora seja falsa a ideia de que atua em bloco cobrando a condenação dos réus. Até porque a maior fatia dela é chapa branca, sempre foi e sempre será. Como não tem independência financeira não pode sequer fingir que tem independência editorial. Por esperteza e sensatez, Lula aguarda em silêncio o fim do julgamento. Deveria se sentir obrigado a comentá-lo mais tarde.

Não é possível que nada tenha a dizer sobre a condenação daquele a quem chamou um dia de "o capitão do time" - José Dirceu. E sobre o pedido de desculpas que ele próprio apresentou aos brasileiros quando se disse traído e apunhalado pelas costas.

Admite que o Supremo identificou os traidores? Se responder que não é porque sabe quem o traiu.

Que tal aproveitar a ocasião e explicar o que o levou a avalizar para cargos importantes do governo nomes indicados por Rosemary de Noronha, secretária de Dirceu durante mais de 10 anos?  Ao herdar Rosemary, Lula a promoveu a chefe de gabinete da presidência da República no escritório de São Paulo. Sempre que viajava ao exterior, Rosemary o acompanhava. Pois bem: na semana passada, a Polícia Federal prendeu seis pessoas e indiciou mais 12, acusadas de fraudarem pareceres em agências e órgãos federais.

Acusada de corrupção ativa, Rosemary faz parte do grupo, e mais dois irmãos que ela empregou no governo. A nomeação de um deles foi recusada duas vezes pelo Senado em dezembro de 2009. Lula forçou a mão e no ano seguinte a nomeação foi votada pela terceira vez. Finalmente saiu.
Por que tanto empenho para atender um pedido de Rosemary? Enganado de novo, Lula?

domingo, 25 de novembro de 2012

PRAGAS TROCADAS - POR MUNDIM DO VALE


Eram meus vizinhos no sítio Vazante. Zé de Mundim ( Pai da Ribeira ) e  sua prima Mundinha.
Dia 23 de agosto e a festa do padroeiro acontecendo. Salvas, novenas, barracas parque Lima instalado na Av. Getúlio Vargas com, canoas, ondas e carrossel de cavalinhos.
Mundinha chegou com muita simpatia e pediu:
- Zé ramo mais eu pra rua, pruque pai dixe qui só dêxa eu ir se for mais tu.
- Vou não! Num vou de jeito maneira. É muito ingraçado mermo, eu vou mais tu quando acabar chega os caba querendo namorar cum tu, te leva pra rodar no carrosel dos cavalim, adispois te leva pru mode tumar sopa no café de Dona Domicila e eu fico só abigorando, pruque num tem dinheiro. Vá caçar ôto besta.
- Apois tá bom. Quem manda tu ser liso? Tu é igual a peito de omi, num serve pra nada.
- Ái, é? Apois eu ainda vou ver tu do mermo jeito das galêga do Monte Alegue. Aí, eu quero ver se tem algum caba qui quêra namorar cum tu.
- Vôte. E o qui é qui tem as galêga do Monte Alegue?
- Elas faz é num ter.
- Num ter o que?
- Cabelo! Elas são igual aquelas manequim de prástico qui tem nas loja. Num tem cabelo im canto nenhum,
- Ái, é praga, é? Apois eu tem fé im São Raimundo, qui ainda vejo tua boca igual a uma gaveta.
- Como?
- Sem língua e sem dente, qui é pra tu num jogar mas praga neu.

sábado, 24 de novembro de 2012

Missão cumprida - Dora Kramer



O Estado de S.Paulo


O desrespeito do cidadão Luiz Inácio da Silva pelo Congresso ficou conhecido quando qualificou a Casa como reduto de "300 picaretas". Faz quase 20 anos. Sua indiferença pelo Legislativo já ficara patente na atuação displicente e inexpressiva passagem como deputado constituinte.

Quando Lula ganhou a eleição para presidente, logo ficou claro que além do desdém havia o intento de investir na desqualificação do Parlamento. Fazê-lo servil, enquadrá-lo de vez ao molde da presumida vigarice. Não é conjectura, é fato: foi a partir de 2003 que o chamado baixo clero passou a assumir posição de destaque, a dominar os postos importantes, a assumir posições estratégicas.

Era uma massa até então quase incógnita, em sua maioria bastante maleável às investidas do Executivo e disposta a fazer do mandato um negócio lucrativo. Note-se que na época o encarregado de fazer a "ponte" entre o Parlamento e o Planalto era ninguém menos que Waldomiro Diniz, o braço direito de José Dirceu na Casa Civil, cujos métodos ficariam conhecidos quando apareceu um vídeo onde extorquia o bicheiro Carlos Cachoeira.

A maneira como seria tratado o Congresso era perceptível no tom das lideranças petistas recentemente investidas no poder, quando a conversa era a formação da base governista. Não se falava em compra financeira de apoio tal como se viu depois quando Roberto Jefferson rompeu a lei da Omertà e denunciou o mensalão, mas se dizia abertamente que a cooptação seria fácil agora que estavam na posse do aparelho de Estado.

Uma das consequências dessa inflexão ladeira abaixo foi o isolamento gradativo e por vezes voluntário, de deputados e senadores de boa biografia, com nome a zelar e atuação legislativa relevante. Ao longo dos dois mandatos de Lula o Parlamento "caiu" na mesma proporção em que a figura do presidente se sobressaiu, em franca evidência de desequilíbrio entre Poderes.

Com o patrocínio da CPI que se encerra em grau inédito de desmoralização, cujo sentido vexativo não será eliminado com um remendo no relatório final, o ex-presidente conseguiu completar sua obra e cumprir o vaticínio sobre os "300 picaretas". 

Enviado por Amigos de Deus.


Um homem morreu.
Ao se dar conta, viu que Deus se aproximava e tinha uma maleta com Ele.
E Deus disse:
Bem, filho, hora de irmos.
O homem assombrado perguntou:
Já? Tão rápido? Eu tinha muitos planos...
Sinto muito, mas é o momento de sua partida.
O que tem na maleta? Perguntou o homem.
E Deus respondeu: Os seus pertences!!!
Meus pertences? Minhas coisas, minha roupa, meu dinheiro?
Deus respondeu: Esses nunca foram seus, eram da terra.
Então são as minhas recordações?
Elas nunca foram suas, elas eram do tempo.
Meus talentos?
Esses não pertenciam a você, eram das circunstâncias.
Então são meus amigos, meus familiares?
Sinto muito, eles nunca pertenceram a você, eles eram do caminho.
Minha mulher e meus filhos?
Eles nunca lhe pertenceram, eram de seu coração.
É o meu corpo.
Nunca foi seu, ele era do pó.
Então é a minha alma.
Não! Essa é minha.
Então, o homem cheio de medo, tomou a maleta de Deus e ao abri-la se deu conta de que estava vazia...
Com uma lágrima de desamparo brotando em seus olhos, o homem disse:
Nunca tive nada?
É assim, cada um dos momentos que você viveu foram seus.
A vida é só um momento...
Um momento só seu!
Por isso, enquanto estiver no tempo, desfrute-o em sua totalidade.
Que nada do que você acredita que lhe pertence o detenha...
Viva o agora!
Viva sua vida!
E não se esqueça de SER FELIZ, é o único que realmente vale a pena!
As coisas materiais e todo o resto pelo que você luta fica aqui.
VOCÊ NÃO LEVA NADA!
Valorize àqueles que valorizam você, não perca tempo com alguém que não tem tempo para você.
É isto que você vai levar.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ministro Luiz Fux canta "Um dia de Domingo" para Joaquim Barbosa.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux subiu ao palco da festa da posse de Joaquim Barbosa como presidente da Corte, na noite dessa quinta-feira, 22, e cantou e tocou guitarra em homenagem ao colega. A festa, para 1.200 pessoas, foi realizada numa casa de festas em Brasília.

Fux escolheu a música “Um dia de domingo”, de Tim Maia, para homenagear Barbosa. Durante sua apresentação, declarou: “Eu queria oferecer essa homenagem ao meu amigo, o ministro Joaquim Barbosa. Em seu discurso, com todas as letras, ele disse que ministros e juízes são homens simples e do povo”.

Coube a Fux também fazer o discurso em nome dos demais ministros do STF durante a cerimônia de posse de Barbosa, na tarde dessa quinta. Nos 35 minutos que falou, Fux descreveu o novo presidente como “paradigma de cultura, independência, coragem e honradez”. Elogiou ainda o vice, Ricardo Lewandowski, e Carlos Ayres Britto, que deixou a presidência da corte na semana passada por completar 70 anos. A menção a Britto foi a mais aplaudida durante o discurso.



Uma CPI sem passado e sem futuro - por Sandro Vaia

Odair Cunha nasceu em Piedade, MG, Sul de Minas, formou-se em Direito em Varginha, tem 36 anos e foi eleito deputado federal pelo PT com mais de 160 mil votos.

Assumiu a relatoria da CPI do Cachoeira com toda a pompa e circunstância, com a pose de bom moço disposto a fazer um trabalho integro, neutro, equilibrado, o que lhe permitiria ensaiar os seus primeiros passos de estadista com respeito do público, de seus eleitores e de seus pares.

A CPI foi criada com a finalidade de apurar as ligações de um conhecido contraventor extremamente influente no submundo da política e dos negócios no Estado de Goiás e acusado de suspeita promiscuidade com altas personalidades desse mundo.

O primeiro “strike” foi feito em cima do senador Demóstenes Torres, ex-promotor, que ao longo da carreira política construiu uma fama de defensor da moral e dos bons costumes. Bastaram algumas horas de gravações dos diálogos de Demóstenes com o contraventor para provar que o hierático Catão não passava de uma espécie de servente e auxiliar de negócios do suspeito bicheiro.

Demóstenes foi o primeiro a desmoronar e ser cassado.E, pelo jeito, o único. Os outros alvos inconfessos da CPI, como o procurador Roberto Gurgel, o governador de Goiás Marconi Perillo e o jornalista Policarpo Júnior, da Veja, foram colocados no meio da mixórdia do relatório final com mesma finalidade específica com que foram citados no decorrer das supostas “apurações” da CPI: por represália declarada aos que determinados setores do PT consideram responsáveis pela existência do processo do mensalão.

Com exceção de Perillo, contra quem pesam sérias evidências, os demais foram citados por vingança. O nome de Agnelo Queiroz, governador do DF, e o de Sérgio Cabral, governador do Rio, suspeitos de ligações com a construtora Delta, foram propositalmente esquecidos. O dono da Delta, Fernando Cavendish, que nem chegou a ser investigado, foi citado mais como figurante do que como protagonista no esboço do relatório final apenas por honra da firma, pois nem chegou a depor.

A reação ao relatório foi tão ruim, mesmo entre aliados, que o relator chegou a adiar a sua divulgação talvez para ver se com isso ganha tempo de costurar alguma coisa que faça sentido. Por mais tempo que o jovem relator tente ganhar, o texto do relatório não contém nenhum indício de que com ele salvará o seu trabalho ou lhe dará alguma consistência.

A verdade é que toda a CPI foi imprestável, não apurou nada que já não se soubesse, e não haverá relatório milagroso que consiga salvar o que não tem salvação do começo ao fim.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

BARBOSA ASSUME COMANDO DO STF.



O ministro Joaquim Barbosa assume nesta quinta-feira a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em cerimônia que busca fazer jus à fama que conquistou nos últimos meses. Cerca de 2 mil pessoas foram convidadas para o evento, que começará às 15h (horário de Brasília) no Supremo e se estenderá noite adentro num dos principais buffets de Brasília - o Porto Vittoria, às margens do lago Paranoá. A festa será paga por associações de juízes.

Jornalistas acompanharão a cerminônia da posse em telões montados do lado de fora do tribunal. Entre os convidados, estão a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Marco Maia, além de celebridades como os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo, a apresentadora Regina Casé, os músicos Djavan e MV Bill e o ex-piloto Nelson Piquet. Também são esperados representantes do movimento negro brasileiro, como o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, e o advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacia Racial.

Cerca de 100 convites foram enviados a ex-colegas do ministro que lecionam em universidades nos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Alemanha. A grandiosidade do evento é atribuída a um fato inédito na história do Supremo: Barbosa será o primeiro negro a assumir a Presidência do órgão. No entanto, a fama do ministro cresceu nos últimos meses não apenas por causa da cor de sua pele, mas por sua atuação no julgamento do mensalão.

Barbosa é o relator da ação penal, tida como um marco para a história do STF. No processo, a maioria dos magistrados acompanhou a posição do ministro e considerou procedente a denúncia de que, entre 2003 e 2005, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desviou recursos públicos para comprar apoio político. Nas sessões, que começaram em 2 de agosto e não têm data para terminar, 25 dos 37 réus foram considerados culpados, entre os quais o ex-ministro José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses de prisão.

Nas próximas semanas, o órgão deverá concluir a definição das penas dos condenados. Durante o julgamento, Barbosa ganhou fama repentina: enquanto votava no Rio, no mês passado, ele foi abordado por moradores que queriam ser fotografados ao seu lado. Desde então, o ministro estampou capas de revistas e foi citado por jornais estrangeiros. Para o The New York Times, ele está emergindo do julgamento como uma espécie de 'herói político'. A popularidade de Barbosa tem gerado até especulações de que ele pode se lançar na política, hipótese não confirmada por ele.

Nomeado para o STF em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa, de 58 anos, foi alçado ao comando da corte em votação simbólica. A tradição do Supremo recomenda que a Presidência seja exercida pelo ministro há mais tempo na casa e que ainda não a tenha ocupado.

Ele substituirá o ministro Ayres Britto, que se aposentou na semana retrasada após completar 70 anos, e ficará no posto por dois anos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um juiz na História - por Merval Pereira


O Globo

Quando retomar amanhã o julgamento do mensalão, o Supremo já não terá a presidi-lo o juiz que foi o responsável direto pela sua realização. Aposentado compulsoriamente aos 70 anos, Ayres Britto já deixou, porém, suas marcas não só neste que foi certamente o mais complexo da história recente do STF, mas também em outras decisões históricas como a derrubada da Lei de Imprensa dos tempos da ditadura, que, na sua opinião, foi, essa sim, a decisão mais importante da qual participou, por ter permitido a plenitude da liberdade de imprensa no país, inviabilizando qualquer tipo de censura.

“Quem quer que seja pode dizer o que quer que seja. Responde pelos excessos que cometer, mas não pode ser podado por antecipação.” Seu último ato como presidente do Conselho Nacional de Justiça foi criar uma comissão para acompanhar processos que tratam da liberdade de imprensa.

O Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade fará uma estatística das decisões e acompanhará acusações que tratem diretamente do tema. “As relações de imprensa são da mais elevada estatura constitucional pelo seu umbilical vínculo com a democracia”, justificou.

Pelo menos uma vez por ano, a comissão fará um encontro nacional para discutir o tema. Para Ayres Britto, “cortar esse cordão umbilical entre a democracia e a liberdade de imprensa é matar as duas.”

Britto também se posicionou favoravelmente ao aborto em casos de anencefalia e justificou seu voto com rasgos de poesia, como faz sempre que cabível: “Dar à luz a vida é dar vida e não dar a morte”.

Ficou famosa sua frase sobre o órgão sexual no julgamento sobre união civil de homossexuais: “O órgão sexual é um ‘plus’, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, um estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses”.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ENVIADO POR AMIGOS DE DEUS.


Vez ou outras algumas cenas nos chocam. Lemos, em uma revista de circulação internacional, que uma senhora foi ao teatro com seus dois filhos. Narra ela que, logo que o espetáculo começou, duas crianças que estavam sentadas mais à frente começaram a chorar em altos brados. Uma espectadora que estava próxima às crianças falou para a mãe delas:
Não seria melhor a senhora sair com os dois, até que eles se acalmem? Eu cuido dos seus lugares. Mais do que depressa, a mulher respondeu:
Claro que não vou sair. Comprei três ingressos. Meus filhos e eu temos o direito de ficar até o fim do espetáculo. Os outros que agüentem. São fatos de tal natureza que nos apontam o porquê da má educação de tantas crianças e jovens, na atualidade. É que seus pais não estabelecem normas. Exatamente porque eles mesmos não têm normas. E, para muitos pais, seus filhos sempre têm razão. Se o garoto ficou no banco de reservas no jogo da escola, partem com vigor para cima do técnico, desejando saber as razões do que chamam perseguição gratuita. Com tal atitude, não exemplificam ao filho que há momento para se participar ativamente e momento para se aguardar. Que uma equipe é o resultado do esforço de todos e de cada um, no momento oportuno. Se o time mirim perde eis novamente os pais culpando o técnico, o treinador. Afinal, todos têm má vontade com as suas crianças, não as preparam.
Em nenhum momento cogitam de falar ao filho que há momento de ganhar e momento de perder. Que tudo é uma questão de treino, dedicação, esforço e que, numa disputa, naturalmente, o melhor deve vencer. A derrota deve servir para estímulo a mais treinamento. Com tal atitude, não é de estranharmos que torcidas organizadas, compostas por adolescentes, bloqueiem uma estrada e destruam um ônibus a pedradas e pauladas, desejando agredir os jogadores do seu time de futebol, que foi desclassificado do torneio esportivo.
Quando os filhos apresentam o boletim com notas baixas, a culpa sempre é dos professores ou da direção da escola. Nunca dos seus rebentos que não estudaram ou quiçá tenham apresentado baixo desempenho escolar, por alguma problemática que estejam atravessando. É tempo de pensar e tomar atitude. Antes de qualquer coisa, exemplificar, como pais, a cortesia, a gentileza, a honestidade, enfim, todos os valores que desejamos portem os nossos filhos. Não há mais tempo para se descurar dessa infância do hoje que se constituirá nos homens do amanhã, os cidadãos do novo mundo que todos aspiramos. De forma muito freqüente, o comportamento rude das crianças é resultado de falta de orientação. É que os pais descuidam de estabelecer normas de comportamento, e assim eles agem como observam outros agirem. Críticas e xingamentos somente contribuem para tornar as crianças mais tensas e agressivas.
Assim, a educação exige que se estabeleçam normas claras para as crianças seguirem. Normas ditadas pelas boas maneiras, respeito aos semelhantes, modéstia e justiça.

VEREADORES GRATES.



Senador Aloysio Nunes Ferreira.

Ao que tudo indica, o cargo de vereador caberá mesmo aos altruístas apenas. Aquela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da remuneração a legisladores de municípios com até 50 000 habitantes já tem relator e parecer quase pronto.

Cyro Miranda, autor da PEC, está vendendo otimismo. Diz que o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Aloysio Nunes Ferreira, deve entregar seu parecer até o fim do mês, e com poucas alterações no texto original.

Segundo Cyro, Aloysio planeja incluir somente a previsão de uma ajuda de custo de um ou dois salários mínimos para cobrir custos, como transporte e alimentação. E Eunício de Oliveira já avisou: assim que receber o relatório, põe o projeto em votação na CCJ, o que pretende fazer antes do recesso. Os vereadores que passem a economizar desde já.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

EVITE FILAS - DOE ORGÃOS - VEJA E OUÇA COM ATENÇÃO.



Fila de espera:

Rim 19.393, figado 1.138, córnea 6.629, pâncreas 1.l35 pessoas e muitos outros
.

Tenham todos um bom dia.


Ainda que deseje, um rio não pode correr mais do que corre. Não pode apressar o seu passo. Não pode mudar o seu curso. O oceano o espera e lá chegará.

Perguntei a um grupo de amigos:  ”O que você faria se soubesse que morreria dentro de vinte e quatro horas?”. As respostas de alguns foram mais ou menos assim: “Amaria mais, perdoaria mais, viveria de forma mais intensa”.

Ninguém pode apressar ou diminuir o passo da existência. O amor e o perdão devem ser exercitados por toda a vida. O prazo de vinte e quatro horas é muitíssimo pequeno para uma mudança radical.  Mas é tempo mais que suficiente para uma reflexão profunda, um arrependimento sincero e uma aproximação de Deus.

O “bom” ladrão da cruz tinha pouco tempo de vida. Estava na hora da morte, mas reconheceu seus erros e pediu, com humildade de coração, que Jesus se lembrasse dele quando estivesse no céu. Foi o bastante para ser alcançado pela graça divina. Não espere pelo último momento.

sábado, 17 de novembro de 2012

Duas medidas - Por Merval Pereira


O Globo

A revelação de que o ministro Dias Toffolli há dois anos condenou o deputado Natan Donadon, do PMDB de Rondônia, a penas tão duras quanto as que estão sendo dadas hoje pelo Supremo para os réus do mensalão joga por terra seu discurso, que agora se prova oportunista e demagógico, contra a pena de privação de liberdade para crimes que não sejam de sangue.

Diante de seu voto anterior, ficou claro que seu discurso alegadamente humanitário tinha só um objetivo: defender que os réus do mensalão não fossem condenados à cadeia.

Da mesma maneira, a fala do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, dizendo que preferiria morrer a ter que passar muito tempo nas cadeias “medievais” brasileiras trouxe à tona sua atuação há dois anos no ministério sem que tenha feito nada a respeito do problema, que, se certamente não é culpa apenas dos governos petistas, estes não o enfrentaram devidamente.

Os jornais e revistas trouxeram fartas informações mostrando que as verbas alocadas para o sistema penitenciário quase não foram utilizadas no que cabia ao governo federal.

Note-se que Toffolli era o revisor daquele processo, fazendo o papel que no mensalão ficou com Ricardo Lewandowski. Ele reduziu a pena proposta pela relatora Cármen Lúcia, mas na dosimetria foi mais rigoroso do que Joaquim Barbosa no mensalão: começou usando a pena-base de cinco anos e daí foi acrescentando todos os agravantes cabíveis, chegando a uma pena final de 11 anos, um mês e dez dias.

E o crime do deputado peemedebista ocorreu em uma Assembleia Legislativa, sem o caráter nacional dos crimes do mensalão e sem as implicações políticas de ataque à democracia registradas pela maioria dos ministros do STF na Ação Penal 470.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fugindo da cadeia - Por Merval Pereira


O Globo

É meio vergonhoso para o PT, há dez anos no poder, que a situação desumana de nosso sistema penitenciário vire tema de debate só agora que líderes petistas estão sendo condenados a penas que implicam necessariamente regime fechado.

Chega a ser patético que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no final das contas responsável pelo monitoramento das condições em que as penas são cumpridas, diga em público que preferiria morrer caso fosse condenado a muitos anos de prisão.

Dois anos no cargo, e o ministro só se mobiliza para pôr a situação das prisões brasileiras em discussão no momento em que companheiros seus de partido são condenados a sentir na própria pele as situações degradantes a que presos comuns estão expostos há muitos e muitos anos, os dez últimos sob o comando do PT.

Também o ministro revisor Ricardo Lewandowski apressou-se a anunciar que muito provavelmente o ex-presidente do PT José Genoino vai cumprir sua pena em prisão domiciliar porque não há vagas nos estabelecimentos penais apropriados para reclusões em regime semiaberto.

Para culminar, vem Dias Toffoli defender que as condenações restritivas da liberdade sejam trocadas por penas alternativas e multas em dinheiro. Tudo parece compor um quadro conspiratório para tentar evitar que os condenados pelo mensalão acabem indo para a cadeia, última barreira a ser superada para que a impunidade que vigora para crimes cometidos por poderosos e ricos deixe de ser a regra.

Dias Toffolli, para justificar sua tentativa de tirar da cadeia os petistas condenados, defendeu a tese de que eram meros assaltantes dos cofres públicos, sem objetivos políticos: “Os réus cometeram desvios com intuito financeiro, não atentaram contra a democracia, que é mais sólida que tudo isso! Era o vil metal. Que se pague com o vil metal.”

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ministro da Justiça diz que prefere morrer a ir para a cadeia.



O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira, 13, em palestra a empresários, que preferiria morrer a cumprir pena num presídio brasileiro. "Se fosse para cumprir muitos anos na prisão, em alguns dos nossos presídios, eu preferiria morrer", garantiu ao responder se apoiava a adoção da pena de morte e da prisão perpétua no Brasil. "Entre passar anos num presídio brasileiro e perder a vida, eu talvez preferisse perder a vida", acrescentou, ao ser novamente indagado sobre o assunto pelos jornalistas. Em seguida, o ministro disse ser contrário a ambas penas, explicando que é necessário melhorar o atual sistema prisional, ao invés de adotar essas medidas.

Cardozo ressaltou ainda que as condições dos presídios brasileiros geram violações aos direitos humanos e que a pena de morte não teria eficácia como medida de combate à violência."

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Enviado por Amigos de Deus.


Quando você vir gansos canadenses voado em formação em “V”, pode refletir sobre o que a ciência já descobriu a respeito. O bater de asas de cada ganso cria sustentação no ar para o que vem a seguir.  Voando em formação, o bando tem pelo menos 71% de alcance a mais que um ganso isolado.

As pessoas que compartilham uma direção e um senso de comunidade chegam ao destino com maior rapidez e facilidade porque se apoiam no impulso umas das outras. Quando um ganso sai da formação, sente logo a resistência do ar a sua tentativa de seguir sozinho – e volta rapidamente a se alinhar para aproveitar a sustentação dada pelo ganso a frente.

Se tivermos o senso de uma ganso, ficaremos alinhados com as pessoas que vão á frente no caminho que seguimos. Quando o ganso da frente se cansa, faz uma rotação de asa e outro toma seu lugar à frente do bando. É prova de sensatez fazer turnos em tarefas difíceis e cansativas, seja entre pessoas, seja num bando de gansos. Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem a velocidade. Que mensagens enviamos quando grasnamos lá atrás?

Por fim – e isso é muito importante -, quando um ganso adoece ou é atingido por um tiro e sai da formação, dois outros gansos abandonam a formação e descem com o ferido para prover ajuda e proteção. Ficam com o companheiro caído até que ele esteja apto a voar ou até que ele morra. Só então eles vão embora e prosseguem sozinhos, ou se unem a outra formação até alcançarem seu bando. Se tivermos o senso dos gansos, ficaremos juntos.


Moeda estranha.


Rita de Doca Bitu fazia bastante queijo de coalho e de manteiga, no Serrote, onde morava. Um dia ela chegou aflita na casa de Raimundo Inácio e pediu a Antônio, seu sobrinho: Meu filho, vá na rua buscar Doca que faz três dias que ele tá lá pelos cabarés. Frete um carro que eu pago.

Antônio atendeu o apelo da tia e chegando no Engenho Véi, mas precisamente na Boate Barba Azul, tava Doca Bitu muito fiota e arrodiado de mulheres. Antônio trata a conversa de levá-lo embora, como ele atendia a Antônio, aceitou dizendo: Arrume um carro e pague porque eu tô liso. Antônio de imediato chamou o nosso saudoso Torrão, que na época tinha uma Rural. Chegando no Serrote, desceram do carro. Antônio disse, pronto tia Rita, trouxemos o home, agora pague a vagem.

Ela disse: Torrão, aguarde só um instante! Entrou de casa adentro, passado uns cinco minutos, apareceu com um saco na mão, meio pesado: ao ver aquilo, Torrão perguntou assustado - O que é isso, Dona Rita? Ela respondeu: É borra, meu filho, cinco quilos, para pagar sua viagem!

Giovani Costa

JOGO DURO - POR LAURO JARDIM



Joaquim Barbosa conversou com algumas figuras-chaves do Judiciário e garantiu que, sob sua gestão, haverá uma grande repressão contra juízes que praticam mal feitos ou corrupção.

Uma pessoa próxima diz que as ações de Barbosa deixarão muitos bandidos togados com saudades de Eliana Calmon.


Varzea-Alegre-Crato-Laços de familia I - Por Antonio Morais


Há uma ligação sanguínea muito grande entre os do Sanharol em Várzea-Alegre e os da Palmeirinha, Malhada e Juá em Crato. Inicialmente dois filhos de José Raimundo do Sanharol, em Várzea-Alegre, se casaram com duas filhas de Eufrásio Alves de Brito, do sitio Malhada, em Crato. Vicente Alves Bezerra de quem descende os familiares de José Bezerra de Brito, professor Zurza Bezerra, que dar nome ao Ginásio da Ponta da Serra e Gabriel de Morais Rego que do seu primeiro matrimonia nasceu Eufrásia Morais de Brito que se casando do Macário Vieira de Brito deu origem a numerosa e nobre família Macário de Brito. Gabriel de Morais Rego ainda se casou duas vezes e é pai entre outros filhos de Vicente Bilé, Vitorino Bilé que residiam no sitio Malhada e Ana, que residia em Crato, José Bilé e Raimunda Bilé  residentes em Arneiroz..

Outra filha de José Raimundo do Sanharol, Maria Anacleta de Menezes se casou com Antônio de Brito Correia, do sitio Palmeirinha e dentre seus filhos citamos José Raimundo de Brito que se casou com uma sobrinha de sua mãe de nome Isabel Alves de Morais, de Várzea-Alegre, filha de Joaquim Alves de Morais e Tereza Anacleta de Menezes, desse casamento deu origem a numerosa família Morais de Brito do sitio Juá.

Antônio de Brito Correia enviuvou e se casou novamente com Leonarda Bezerra de Menezes, varzealegrense, sobrinha de sua primeira mulher e que foi batizada no dia do seu primeiro casamento. Irmã de sua nora Isabel.  Observem a diferença de idade.

Desse casamento nasceram 10 filhos entre eles Pedro Alves de Brito e Joaquim Alves de Brito, o conhecido Duquinco de Brito do sitio Palmeirinha em Crato. Em seguida quatro desses seus filhos se casaram com parentes de Várzea-Alegre, Pedro, Esmelinda, Belinha e Sandola matrimoniaram-se com Laura Morais e Silva, José Bezerra Mendes, José Alves Feitosa Bitu e José Raimundo de Menezes respectivamente, todos primos legítimos, entrelaçando mais ainda as duas famílias.

Certidões de casamento:

Aos vinte e nove de novembro de mil oitocentos e setenta e seis sem contar impedimento algum de José Alves Bezerra de licença minha casar os nubentos José Raimundo de Brito e Izabel Morais do Rêgo confessados examinados na doutrina cristã. Foram testemunhas João Alves de Menezes, Antonio Alves de Brito de que para constar mandei fazer este termo a que assino.

PE. Vicente Ferrer de Pontes – PCO.

Livro 3C – Casamentos - Capela de Várzea Alegre

Aos vinte e nove de novembro de mil oitocentos e setenta e seis sem contar impedimento algum de José Alves Bezerra de licença minha casar os nubentos Antonio de Brito Correia e Leonarda Bezerra de Menezes confessados e examinados na doutrina cristã. Foram testemunhas Eufrásio Alves de Brito e Vicente Alves Bezerra de que para constar mandei fazer este termo que assino.

PE. Vicente Ferrer de Pontes – PCO.

Livro 3C - Casamentos - Capela de Várzea Alegre – CE.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Marcos Valério está livre do voto do silêncio - Por Augusto Nunes


A coluna está de volta depois de quatro horas fora do ar. Foi o tempo suficiente para que o Supremo Tribunal Federal fixasse as penas que serão cumpridas por José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Há poucos dias, Lula anunciou que, juntamente com o chefe, todos os devotos da seita haviam sido absolvidos pelas urnas. Acaba de descobrir que urna não é toga.

A sorte da versão piorada de Pedro Malasartes, na precisa definição de Marco Antônio Villa, é que Dirceu, Delúbio e Genoíno jamais contaram o que sabem. Nem contarão. São obedientes ao mestre, são simultaneamente pais e filhotes do PT degenerado, são soldados em combate por uma causa: a eternização no poder. O problema é o quarto elemento.

Marcos Valério nunca militou no PT e não está subordinado a Lula. O pacto que garantiu a mudez do operador do esquema foi rompido pela condenação a 40 anos de cadeia. O julgamento do mensalão vai terminando. O completo esclarecimento da trama está longe do fim.

domingo, 11 de novembro de 2012

APOIS VÁ DIZER O PADE, VÁ!

A história do Dr. Flávio, sobre a rádio de Matorzinho, me fez lembrar de um causo verídico de V. Alegre, só que lá ainda não tinha emissora de rádio e o ditado foi diferente.
Amélia Danga lavava e passava as roupas do hotel de Emília e de Etevaldo, um moço que quando esteve em V. Alegre, elevou de forma significante o nosso futebol. Uma vez Etevaldo marcou com Amélia um encontro amoroso, no Beco de Gobira, que fica de lado do hotel.

Era meia noite e os dois estavam agarrados no bem bom, quando de repente Emília abriu uma janela. Os dois ficaram assustados e Emília encabulada fechou a janela e foi dormir.
No dia seguinte Amélia chegou no hotel para pegar a roupa e Emília perguntou:
Amélia que arrumação medonha era aquela dessa noite?
E tu tava ispiando muié?
Não eu vi sem querer. Mas tu tava com o vestido na cabeça e Etevaldo com as calças no joelho.
E o que qui tem? O obijeto é meu e eu dou a quem eu quiser.
Mas negrinha, desse jeito tu vai ficar falada na rua.
Apois muié. Vá dizer o pade Otavo. Vá!

Mundim do Vale

sábado, 10 de novembro de 2012

Verso da venda do patrimonio de São Raimundo - Por Antonio Morais

De 1918 a 1923 o Padre José Alves de Lima foi o titular da Paróquia de São Raimundo Nonato, em Várzea-Alegre. Em 1919 a Diocese do Crato decidiu fundar a primeira instituição financeira da região, o Banco do Cariri S/A. O Bispo orientou as paróquias a subscreverem ações do banco e o padre Lima decidiu vender o patrimônio de São Raimundo doado pelo Major Joaquim Alves Bezerra e outros amigos na época da criação da paróquia em 30.11.1863.

O padre procurou o prefeito de então Cel Antônio Correia Lima, que diante do clamor e revolta dos paroquianos não aceitou fazer o negócio. Porém a venda foi feita a Dirceu de Carvalho Pimpim e o padre ameaçou com a ex-comunhão quem se colocasse contra sua decisão. Manuel Antônio de Sousa, do sitio Varzinha, fez um verso intitulado " Verso da venda do patrimônio de São Raimundo", que durante dezenas de anos foi cantado e decantado nos adjuntos de apanha de arroz, nos maneiros paus, e nas festas da cultura popular. Poucos conhecem a obra de Manuel Antônio de Sousa e este resgate histórico marca também o surgimento do primeiro foco de protestantes do município, passando pela Varzinha de Manuel Antônio e pela Vacaria dos Ginos e dos Anicetos .

Até hoje era exclusividade minha, só eu tinha,  aprendi  quando menino vendo o meu pai cantar juntamente com dezenas de homens  nos adjuntos de apanha de arroz, de hoje em diante,  torno publico.

Eis a integra:

Leitores eu vou contar
Como anda o nosso mundo
Conto o primeiro capitulo
E depois conto o segundo
É coisa que intimida
Nunca visto em nossa vida
Foi questão com São Raimundo

Nosso mundo está perdido
Valei-me meu Santo Antônio
Se assim acontecer
Fica o lugar tristonho
O tempo tudo descobre
São Raimundo fica pobre
Se vender o patrimônio

Nosso mundo está perdido
Só por causa do dinheiro
Os homens que se ordenam
São os mais interesseiros
Já querem tomar a pulso
Querem deixar sem recurso
Nosso santo padroeiro

Devemos viver a calma
Não se envolver na questão
porque somos inocentes
Não sabem quem tem razão
Mesmo estamos excomungado
E pode ficar arriscado
Para nossa salvação

É certo que não faz medo
Esta triste excomunhão
Porque Deus só quer do homem
É um firme coração
Isto é palavra a toa
Que o padre amaldiçoa
E Jesus nos manda o perdão

Deus deixou padre no mundo
Para reger a doutrina
Ser zelador da igreja
Com a santa lei divina
Mas os padres do presente
Cada qual é mais valente
Com palavra libertina

O pobre tudo aguenta
O rico não se sujeita
E por esta causa e outra
Vivemos nesta peleja
A igreja não merece
Mas se o padre quisesse
fazia a coisa direita

O povo que não entende
Calunia o pessoal
Diz que em Várzea-Alegre
Padre vem e se dar mal
Executemos a questão
Para ver quem tem razão
De onde vem o sinal

Deus deixou padre no mundo
Para reger a igreja
Deus não deixou ordem em padre
Para lutar com peleja
E depois se zangar
Subir para o altar
E falar tudo que deseja

É certo que protestante
Nesta terra ainda não tem
Por causa destes abusos
Aparecem mais de cem
E se o orgulho aumentar
E alguém quiser virar
Chame que viro também

Deus deixou padre no mundo
Para absolver pecado
Mas por causa do dinheiro
Fez o povo excomungado
Veja quanto é valoroso
O nosso Deus poderoso
Vive sempre ao nosso lado

Leitores devem lembrar
Daquele verso terceiro
Que diz que neste mundo
Só quem vale é o dinheiro
Veja como acontece
Até o padre se esquece
Do nosso Deus verdadeiro

Pergunto ao nosso Deus
Porque foi esta questão
Respondeu-me Jesus
De todo meu coração
O padre falou em negocio
O prefeito disse não posso
Daí veio a maldição

Castigue quem merecer
A defesa é natural
Não faço nada por mal
Vós me queira defender
É que nosso padroeiro
Não precisa de dinheiro
Não precisava vender

Ó Virgem da Conceição
Meu Jesus sacramentado
Proteja minha inocência
Se nisso estiver culpado
Valei-me a providência
Proteja minha inocência
Se eu estiver errado

Eu habito em Santo Antônio
Não me cabia este artigo
Apenas fiz este verso
A pedido de um amigo
Vou dar meu nome completo
Eu me chamo Felisberto
Da Costa Sousa Perigo

Manuel Antônio de Souza
Sitio Varzinha - Várzea-Alegre

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Gargalhadas vingadoras - Por Nelson Mota


Tenho muito respeito e gratidão por quem me faz rir. Dou imenso valor aos comediantes que se expõem a todos os ridículos e constrangimentos só para nos divertir e alegrar. Acredito que rir, principalmente de si mesmo, ou refletido e identificado num personagem, ajuda muito a viver as durezas do cotidiano e a enfrentar as fraquezas e precariedades da condição humana.

Ao mesmo tempo acredito na força devastadora do humor como arma de crítica, que pode ser mais potente e eficiente do que a força bruta, porque é capaz de destruir pelo ridículo e pelo riso os mais sérios e sólidos adversários. Porque basta ser humano e viver a vida para ser uma potencial fonte inesgotável de piadas e deboches para qualquer um com senso de humor e de crítica. Mas o humor também é amor: já fiz os papéis mais ridículos só para divertir minhas filhas. E também pode ser rancor, dos que sempre perguntam: “Tá rindo de quê?” Muitas vezes uma saraivada de piadas engraçadas pode ser mais contundente do que discursos inflamados. Mas as piadas têm que ser boas, e bem contadas, porque piada é timing. E não há nada mais triste do que piada mal contada, quando é gaguejada e perde o tempo e a graça.

Outras piadas só aparecem com o tempo. Hitler e Mussolini eram adorados pelas multidões nazifascistas como deuses olímpicos e épicos, mas hoje suas figuras grotescas gesticulando e gritando seus discursos histéricos são ridículas e hilariantes. Pena que tanta gente morreu para que se pudesse rir em liberdade. O humor e as piadas corrosivas — porque engraçadas — tiveram um papel muito importante na resistência democrática, desmoralizando o autoritarismo e a truculência da ditadura e fustigando os políticos onde mais lhes dói, no orgulho e na vaidade, com piadas e apelidos devastadores e gargalhadas vingadoras.

O humor não é o forte dos políticos, mas justiça se faça a esse talento de Paulo Maluf. Ouvir aquela inconfundível voz anasalada cantando “olê olê olê olá, Lu-lá, Lu-lá” fez o Brasil gargalhar e teve uma carga de critica política mais poderosa do que qualquer discurso da oposição. Ou da situação.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Os meninos do Sanharol - Por Antonio Morais


Dedicado a Zè Maguim.

Na década de 60 tio Chico André fez uma plantação de arroz no seco na localidade denominada Ronca. Encarregou os filhos Pedrinho e Bile para pastorar dos passarinhos. Próximo da área o meu pai fez o mesmo e eu fiquei encarregado de fazer o mesmo serviço. Entre as duas plantações tinha uma frondosa oiticica e nós passávamos o dia na sombra enquanto as casacas de couro faziam a festa. Um belo dia Frazo do Garrote se achegou ao local, se abancou no chão e começou a desenhar, na terra, o ferro, a marca de marcar gado ou animais. Fez o primeiro e perguntou se nós sabíamos de quem era: afirmamos que não. Ele todo fogoso disse: Esse é de Zé de Freitas do Arapuá. Fez o segundo, não sabíamos também, e ele afirmou ser de Né do Canto. E assim vieram vários outros.

Pedrinho de tio Chico amaciou a terra e com um graveto fez o desenho de um ferro, o objeto com o qual se faz menino, e, perguntou se Frazo sabia que ferro era aquele. Frazo se ofendeu e fez fincapé no giro de casa. Eu avisei - meninos, se preparem que vai ter choro.

Em pouco tempo Tio Chico André apareceu assobiando uma vaneira, possou sem nem olhar em nossa direção, aqui e acolá se abaixava, olhava as covas das plantas e nada de arroz, só as cascas deixadas pelas rolinhas caxexas.

Por Fim chegou no aceiro da roça puxou uma imbira de salsa dobrou em quatro voltas e meteu peia no lombo dos meninos. Era uma lapada em Pedrinho outra em Bilé, e, sempre perguntando: vocês estão aqui para pastorar o arroz ou pra fazer ferro pra Frazo do Garrote. Quando em cheguei em casa o velho estava esperando com o cinturão, foi minha vez, a peia cantou divera.


Gato de estimação é cadastrado no Bolsa Família.



Um gato de estimação foi cadastrado no programa Bolsa Família na cidade de Antônio João, no Mato Grosso do Sul. Segundo reportagem publicada no jornal O Globo do último sábado, 3, o dono do animal é o coordenador do programa social na cidade, Eurico Siqueira, que está respondendo em duas ações na Justiça Federal. Uma delas pro “inserção de dados falsos no sistema da administração pública”. A outra ação é por improbidade administrativa.

A artimanha que deu até o sobrenome “Flores da Rosa” para Billy, o bicho de sorte, foi descoberta quando o cadastrado foi chamado ao posto de saúde para pesagem. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a senhora notificada informou ao agente de saúde que Billy era seu gatinho de estimação.

Chamada para esclarecimentos, “a sra. Raquel, ciente de que havia delatado o marido, informou que o correto seria (o nome) de um sobrinho”. Depois, para “frustrar as investigações”, o nome do sobrinho foi trocado pelo de uma sobrinha, e o da mulher de Eurico, pelo da cunhada. Segundo o MPF, Eurico confessou o cadastro do gato.

A publicação trouxe ainda uma série de irregularidades envolvendo o programa Bolsa Família, como um cadastrado que tinha em seu nome uma Land Rover. 

Fonte: O Povo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Enviado por Amigos de Deus


O pequeno Zeca, um menino de oito anos, entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho. Seu pai ao ver aquilo chama o menino para conversar e Zeca fala irritado: Pai, estou com muita raiva do Juca, ele me humilhou na frente dos meus amigos. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. Desejo tudo de ruim para ele.  Caminham até o quintal da casa onde o pai guardava um saco cheio de carvão. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo: Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe se aproxima e pergunta: Filho como está se sentindo agora? Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala: Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. Ao se ver na frente de um grande espelho, Zeca toma um susto. Só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente:
 
Filho, você viu que a camisa quase não se sujou. Entretanto, olhe só para você! O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos. Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras, que viram ações e tornam-se hábitos. Moldam o seu caráter controlando o seu destino

terça-feira, 6 de novembro de 2012

The Beatles

Há exatos 42 anos Paul Mccartey anunciou o fim do conjunto The Beatles. A decisão deixava órfão uma juventude, os fãs e uma geração feliz, alegre e romântica. Let It be, traz de volta o Crato Tenis Clube e AABB do Crato, de uma época cujas lembranças e saudades nos batem muito forte.
Por A. Morais

MAIS QUE BODAS DE DIAMANTE - Antonio Gonçalo de Sousa.

No dia 27 de outubro passado, meu pais, Raimundo Gonçalo (mais conhecido por Mundinho)  e minha mãe Rita Maria tiveram o prazer de comemorar  86 anos de vida dele e 62 anos de matrimônio do casal. O evento simples, mas irremediavelmente simbólico, acontece anualmente na  residência dos mesmos, localizada no sítio Sanharol – Várzea Alegre – Ceará.


Apesar de sempre terem cultivado boas  amizades na comunidade e da boa relação de convivência com os nove filhos, 16 netos e 03 bisneta, é possível imaginar o que casal passou nesses longos anos, como é natural em uma vida conjugal. Mas sabe-se que também tiveram a sorte de  alcançar muitas vitórias, mantiveram a fé e ainda continuam perseverantes e com bastante esperança.


Extremamente compromissados com os atos religiosos, o que é uma marca constante dos nossos familiares, há exatos 62 anos nesta mesma data o casal comemora também a festividade religiosa de “Renovação do Sagrado Coração de Jesus”. 


A data, além de servir para um momento de oração, é aproveitada ainda para receber parentes e amigos, jogar conversa fora,  saborear uma boa comida e muitas outras coisas boas. Hora de reviver velhos e interessantes momentos e de fazer planos para o futuro.



Ultimamente, vez por outra, nota-se a ausência de alguns amigos ou parentes. O fato é compreensível, tendo em vista  os afazeres domésticos e sociais da vida moderna. Mas o doloroso mesmo é não contar com a presença de alguns que já se foram.... 
A Renovação do Coração de Jesus, associada a duas outras dadas tão importantes,  têm um sentido intrínseco e muito interessante, principalmente para nós que somos filhos, pois é o momento de nos reunirmos e de agradecermos a Deus por tudo que os nossos pais fizeram e continuam fazendo por nós. 
É possível notar que os mesmos  andam  enfrentando alguns problemas de saúde e já não têm mais a jovialidade de outrora, o que é natural para as suas idades. Contudo, graças a Deus, permanecem altivos, interessados pela vida e, inclusive,  com planos para o futuro. Um casal verdadeiramente abençoado por Deus. Aproveitamos a oportunidade para agradecemos a todos que comparecem anualmente ao evento.

Ciro Gomes chama Elmano de “aborto” - Diario do Nordeste



“Passado o pleito que definiu Roberto Claudio (PSB) como novo prefeito de Fortaleza, o cenário que restou foi de ruptura política entre o PT e o PSB na Capital. Ciro Gomes, uma das principais lideranças do Partido Socialista Brasileiro, aproveitou a festa de comemoração do prefeito eleito para falar dos rumos da aliança nacional e para atacar Elmano de Freitas (PT) e Luizianne Lins (PT). Em entrevista exclusiva, o ex-ministro mostrou-se insatisfeito com a equipe petista do Governo Federal, contudo, apesar do rompimento em muitos colégios eleitorais importantes, o PSB tende a apoiar a presidente, Dilma Rousseff, uma vez que a “afinidade não foi abalada em nada”.
“O PSB tende a estar com a presidenta Dilma em 2014 pelo mérito dela. Não gosto da contradição política que controla o governo, ou a equipe, mas ela merece todo o nosso apoio”, pontuou.
Postura petista
Ciro Gomes foi mais enfático ao falar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem disse ter se decepcionado muito, e de Elmano de Freitas. Sobre o candidato derrotado no último pleito, Ciro foi duro ao rotulá-lo como “aborto”.
“[Elmano] é um aborto da prefeita, Luizianne Lins; um aborto político. Ele foi inventado, não tem a menor tradição e não sabe o que é o gesto de grandeza de um democrata, que se revela muito mais na derrota do que na vitória(…); mas ele vai aprender. Especialmente a dona Luizianne, que não tem vocação democrática”, salientou.”

Enviado por Amigos de Deus.


Uma professora de determinado colégio decidiu homenagear cada um dos seus formandos dizendo-lhes da diferença que tinham feito em sua vida de mestra. Chamou um de cada vez para frente da classe. Começou dizendo a cada um a diferença que tinham feito para ela e para os outros da turma. Então deu a cada um uma fita azul, gravada com letras douradas que diziam: "Quem Eu Sou Faz a diferença"..

Mais adiante, resolveu propor um Projeto para a turma, para que pudessem ver o impacto que o reconhecimento positivo pode ter sobre uma comunidade. Deu aos alunos mais três fitas azuis para cada um, com os mesmos dizeres, e os orientou a entregarem as fitas para as pessoas de seu conhecimento que achavam que desempenhavam um papel diferente. Mas que deveriam poder acompanhar os resultados para ver quem homenagearia quem, e informar esses resultados à classe ao fim de uma semana. Um dos rapazes procurou um executivo iniciante em uma empresa próxima, e o homenageou por tê-lo ajudado a planejar sua carreira. Deu-lhe uma fita azul, pregando-a em sua camisa. Feito isso, deu-lhe as outras duas fitas dizendo:

"Estamos desenvolvendo um projeto de classe sobre reconhecimento, e gostaríamos que você escolhesse alguém para homenagear, entregando-lhe uma fita azul, e mais outra, para que ela, por sua vez, também possa homenagear a uma outra pessoa, e manter este processo vivo. Mas depois, por favor, me conte o que perceber ter acontecido." Mais tarde, naquele dia, o executivo iniciante procurou seu chefe, que era conhecido, por sinal, como uma pessoa de difícil trato. Fez seu chefe sentar, disse-lhe que o admirava muito por ser um gênio criativo. O chefe pareceu ficar muito surpreso. O executivo subalterno perguntou a ele se aceitaria uma fita azul e se lhe permitiria colocá-la nele. O chefe surpreso disse:

"É claro."

Afixando a fita no bolso da lapela, bem acima do coração, o executivo deu-lhe mais uma fita azul igual e pediu:  "Leve esta outra fita e passe-a a alguém que você também admira muito." E explicou sobre o projeto de classe do menino que havia dado a fita a ele próprio. No final do dia, quando o chefe chegou a sua casa, chamou seu filho de 14 anos e o fez sentar-se diante dele. E disse: "A coisa mais incrível me aconteceu hoje. Eu estava na minha sala e um dos executivos subalternos veio e me deu uma fita azul pelo meu gênio criativo. Imagine só! Ele acha que sou um gênio! Então me colocou esta fita que diz que "Quem Eu Sou Faz a Diferença". Deu-me uma fita a mais pedindo que eu escolhesse alguma outra pessoa que eu achasse merecedora de igual reconhecimento. Quando vinha para casa, enquanto dirigia, fiquei pensando em quem eu escolheria e pensei em você... Gostaria de homenageá-lo. Meus dias são muito caóticos e quando chego em casa, não dou muita atenção a você. As vezes grito com você por não conseguir notas melhores na escola, e por seu quarto estar sempre uma bagunça. Mas por alguma razão, hoje, agora, me deu vontade de tê-lo à minha frente. Simplesmente, sabe, para dizer a você, que você faz uma grande diferença para mim. Além de sua mãe, você é a pessoa mais importante da minha vida. Você é um grande garoto filho, e eu te amo!"

O menino, pego de surpresa, desandou a chorar convulsivamente sem parar. Ele olhou seu pai e falou entre lágrimas: "Pai, poucas horas atrás eu estava no meu quarto e escrevi uma carta de despedida endereçada a você e à mamãe, explicando porque havia decidido suicidar e lhes pedindo perdão. Pretendia me matar enquanto vocês dormiam. Achei que vocês não se importavam comigo. A carta está lá em cima, mas acho que afinal, não vou precisar dela mesmo."  Seu pai foi lá em cima e encontrou uma carta cheia de angústia e de dor. O homem foi para o trabalho no dia seguinte completamente mudado. Ele não era mais ranzinza e fez questão de que cada um dos seus subordinados soubesse a diferença que cada um fazia. O executivo que deu origem a isso ajudou muitos outros a planejarem suas carreiras e nunca esqueceu de lhes dizer que cada um havia feito uma diferença em sua vida... Sendo um deles o filho do próprio chefe.

A conseqüência desse projeto é que cada um dos alunos que participou dele aprendeu uma grande lição.  De que "Quem Você É Faz sim, uma Grande Diferença". Você não precisa passar isso adiante para ninguém...  Nem para duas nem para duzentas pessoas. Por outro lado, se quiser, pode enviar para aquelas pessoas que significaram ou significam algo para você, sejam quantas forem. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Enviado por Amigos de Deus.


Dias atrás, uma reportagem me chamou muito a atenção. Num desses programas sobre automóveis, eram apresentados alguns modelos de GPS para veículos. O equipamento ( que ajuda a guiar o motorista até determinado endereço) já é uma realidade nos grandes centros. A eficácia da máquina, movida por satélite, impressiona. Para programar o pequeno computador, bastam digitar o nome da rua e do bairro, em seguida, as coordenadas são passadas por uma voz eletrônica:

"Vire à esquerda a 100 metros";
"Siga pela direita por três quadras";
"Cuidado com o obstáculo à frente".

Em meio a tantos "faça isso ou aquilo", fica fácil chegar ao local planejado. Mas mesmo com tanta clareza nas orientações, a reportagem mostrou que alguns motoristas erram o caminho indicado. Quando o condutor sai do roteiro sugerido pela voz eletrônica, o GPS percebe o deslize e, automaticamente, programa um novo trajeto até que o carro chegue ao endereço final. A ideia é fantástica e se assemelha ao comportamento de Deus para com seus filhos. Desde o ventre da sua mãe, Ele planejou o caminho em que você deveria andar. O Senhor pensou cuidadosamente no seu trajeto, nas dificuldades das esquinas e cruzamentos da vida, nos possíveis acidentes de percurso e até no combustível para levar você ao destino desejado por Ele.

Mas, infelizmente, muitas vezes tomamos decisões isoladas, sem a orientação do nosso "GPS", Deus. Ignoramos a voz do Pai e seguimos na direção errada. Assim como no trânsito, isso também pode nos trazer prejuízos. O tempo perdido é um deles. Sem saber a direção certa e em meio a tantas dúvidas, andamos muito mais. São voltas e voltas em busca do alvo. As dificuldades também são bem maiores quando você não conhece o caminho. As barreiras podem atrapalhar a sua passagem.

Agora, o mais interessante disso tudo é que assim como o GPS, Deus também refaz os planos e nos leva aonde, verdadeiramente, precisamos ir. A misericórdia do Senhor é tão grande que Ele não leva em consideração os nossos erros. O Pai quer que o filho alcance a plenitude. Então, mesmo que você tenha tomado direções erradas em sua vida, não perca a esperança e não pare no caminho.

Deus está no comando e vai lhe reconduzir ao caminho certo.

010 - Historias de varzealegrenses - Por Antonio Morais

José Vicente da Lagoa do Arroz era o tipo do cidadão pacato, calma, medroso e mole. Tinha todas as qualidades de uma pessoa de paz. Morava na propriedade de José Vitorino Bezerra e Dona Emília Correia, cuja casa se localizava entre as residencias do Major Cirilo e do Senhor Joaquim Piau.

Casado com Madalena, dos Joaquim da Unha de Gato, uma santa em pessoa. Próximo da cidade, hoje em dia, um bairro. Os larápios se tornaram sócios comuns nas galinhas do José Vicente. Um belo dia José Vicente perdeu a paciência e se preparou para reagir. Carregou a espingarda soca-soca e fez tocaia na porta da cozinha. Noite de escuridão, no primeiro movimento para o lado do poleiro José Vicente apertou o dedo.

Voltando ao quarto falou para mulher: acertei em cheio, o cabra caiu em cima da bucha. Amanha cedo, antes da historia se espalhar, eu capo a gato para Unha de Gato, me escondo até passar o flagrante. No outro dia nada de vestígio de sangue, nada de defunto. Três dias depois José Vicente precisou pilar arroz e foi procurar o jumentinho Cabano para levar a carga. Os urubus estavam fazendo a festa. Mortinho danado com o tiro que José Vicente pensava ter acertado o gatuno.

A conversa se espalhou e José Vicente virava a cão se alguém fizesse sinal de tiro ou coisa parecida próximo da sua casa. Um belo dia, Mascote Teté e outros amigos passavam pela estrada, em frente a casa de José Vicente e, gritaram: " Pol ". José Vicente apanhou a espingarda e atirou de verdade. O Mascote respondeu de lá: Matou Estevam de Joaquim de Sátiro! José Vicente respondeu de cá: Mentira: que eu atirei foi pra riba!

 O Mascote subiu com os amigos para o Serrote e José Vicente ficou com suas duvidas e pensamentos: Agora se quando os chumbos desceram acertaram mesmo o filho de seu Joaquim de Sátiro. Eu vou é me esconder na Unha de Gato. Partiu, fez bunda de ema. Quando chegou à Cruz de Maria de Bil, pensou melhor: homem seu Joaquim de Sátiro é o maior amigo dos Zé Joaquim da Unha de Gato, eles vão é me entregar. Eu vou é voltar e me apresentar a Zé Cardoso no Gravié. Desceu por dentro das mangas para a casa do José Cardoso.

No outro dia, quando José Cardoso voltou da feira José Vicente perguntou: Seu José Cardoso é verdade que mataram um dos filhos de seu Joaquim de Sátiro ontem de madrugada? Não senhor, que historia mais besta é essa rapaz. José Vicente retornou para casa depois de todo esse pesadelo mesmo tendo certeza absoluta que tinha atirado pra cima.

sábado, 3 de novembro de 2012

Quem esconde bandidos em casa não deve procurá-los no porão do vizinho - Por Augusto Nunes


No peito de assassinos da verdade e da gramática também bate um coração, comprovou o SMS enviado ao governador Sérgio Cabral, em 17 de maio deste ano, pelo deputado federal Cândido Vaccarezza. “Você é nosso e nós somos teu”, derramou-se o fecho do recado cafajeste, reproduzido e comentado na seção História em Imagens.

Como as investigações da CPI do Cachoeira haviam topado com as ligações criminosas entre o quadrilheiro goiano e o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da construtora Delta e o mais perdulário amigo de Sérgio Cabral, o deputado do PT paulista acionou o celular para livrar da insônia o governador do PMDB.

Virtualmente encerrada nesta quarta-feira, a comissão de pilantras e idiotas só serviu para confirmar uma advertência formulada pela coluna em maio passado: quem esconde bandidos em casa não deve procurá-los no porão do vizinho.

Foi o que fez o ex-presidente Lula ao conceber a CPI que serviria de armadilha para a captura dos inimigos Demóstenes Torres e Marconi Perillo. De quebra, imaginou o estrategista trapalhão, o berreiro no Congresso evitaria que os holofotes se concentrassem no julgamento do mensalão.

Deu tudo errado: em parceria com José Dirceu, Lula acabou armando uma arapuca onde se enfiaram, além do senador do DEM e do governador do PSDB, também os companheiros Sérgio Cabral e Agnelo Queiroz, o empreiteiro Fernando Cavendish e outros fregueses da Delta.

Ao seguir o caminho traçado pelo estrategista trapalhão para alcançar o coração do poder em Goiás, a CPI desembocou na trilha que margeia o penhasco.

A solução encontrada pelos comandantes da tropa lulopetista foi enterrar o aleijão em cova rasa, declarar vitória e bater em retirada.


Ao mestre, com justiça e com muito carinho - Por Álvaro Maia



Raimundo Walquirio Correia e sua esposa Isabel.

Entendemos a primazia de uma homenagem a alguém quando ela é prestada em vida, pois, ao se extinguir a chama da existência, “Ninguém é ninguém”. O presente artigo poderia ser titulado com qualquer uma das designações seguintes, dentre outras: “Obrigado, Professor”; “Titã da Bondade”; “Dádiva Cearense”; “Construtor de Sucessos”; “Justa Homenagem”; “Preito de Gratidão”. Optamos pelo acima epigrafado por entendermos ser o mais completo para o que nos propusemos.
A história é a seguinte: vive em Sergipe, desde os idos de 1952 um Cearense especial que, egresso de Várzea Alegre – Ceará, cidade do arroz, mais conhecida como “Pérola do Vale do Machado”, ao cumprir a sua enobrecida missão de educador em nosso Estado, sempre ajudou a engrandecer, de forma excepcional, a educação e a cultura de muitas famílias sergipanas acatadas, caritativamente, com denodo, graça e amor, pelos bondosos corações seu e de sua excelsa esposa. – A sua cidade natal se sobressai em função, principalmente, de duas características distintas: A primeira, por servir de berço a ilustres personalidades do Brasil e do mundo, a exemplo de Flávio Primo, competente Agrônomo de 1ª linha, que foi um grande Líder na condução de Empresa Pública do Estado de Sergipe e da Agremiação Desportiva Confiança, que presidiu. Ele continua a cultivar, com perseverança e galhardia, o que mais gosta: Boas e verdadeiras amizades, dentre as quais, modestamente, nos incluímos. Raimundo Ferreira, importante locutor da BBC de Londres; José Morões, Médico há mais de 40 anos no Rio de Janeiro; e Otacílio Correia (de saudosa memória), empresário e político de valor, além de ter sido um excelente contador de estórias. A outra distinção dessa cidade é o fato de ser conhecida como a “Terra dos Contrastes”. Lá, o “Zé Preto”, era branco e o “Zé Branco”, era preto; o Cruzeiro, ficava atrás da Igreja; o Juiz, era uma mulher (possivelmente, a primeira Juíza do Brasil); o Padre Otávio, era casado; o Avô paterno de Flávio Primo, militava na “UDN” e era inimigo do Avô materno, que pertencia ao PSD; A via de acesso ao cemitério da cidade chamava-se “Rua da Alegria”; E, para completar, o Padroeiro da cidade, São Braz, é São Raimundo Nonato. Vejam bem: “Nonato” – “Não Nascido!”. A propósito, é de se registrar que o “Rei do Baião”, o inesquecível Luiz Gonzaga, gravou uma música em homenagem àquela povoação, intitulada “Contrastes de Várzea Alegre” – “Mas diga moço, de onde você é... Eu sou da terra que de mastruz se faz café”... Sobre esse bendito pedaço do Ceará, pode-se discorrer à vontade, pois assunto não falta. Todavia, retomemos à figura do nosso preiteado. No dia 17 de abril ele completa idade. Neste ano, chega ao seu 79º (Septuagésimo nono) aniversário. Que grandeza! Parece que foi ontem o seu nascimento à Rua Major Joaquim Alves nº 160. Essa homenagem, é nosso presente. Pinçamos do seu “Curriculum Vitae” alguns dados e tomamos a liberdade de publicar aqui, conforme segue: Filho dos renomados Professores Leandro Correia Sobrinho e Dona Clara Correia Lima, enveredou, desde cedo, também, pelo caminho da educação. E induziu, ainda, sua prole a abraçar a carreira do magistério de modo que, todos os seus filhos e filha possuem licenciatura plena em pedagogia, mestrado em educação, letras em inglês, e educação física sendo que somente um, já falecido, não teve tempo de se tornar um educador, preferindo, em vida, a área contábil. A conquista amorosa à rainha dos seus sonhos, D. Bezinha, ocorreu num leilão realizado em São Vicente de Paula, Várzea Alegre/CE. O casamento foi realizado no dia 25 de dezembro de 1948, de modo bastante e merecidamente solene, na Igreja Matriz de São Raimundo Nonato. Tivemos a honra e o privilégio de, convidados, assistir às suas “Bodas de Ouro” que aconteceu da forma mais bonita e elegante na igreja do Salesiano, em 1998, em nossa querida Aracaju. Iniciou sua formação acadêmica no Grupo Escolar São Raimundo Nonato/Várzea Alegre/CE, em 1931. Possui, dentre os seus vastos conhecimentos, curso superior de Comunicação Social – Relações Públicas, concluído em Recife (PE) – 1973. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Sergipe, 1984, tendo prestado o exame da ordem OAB/Sergipe em janeiro de 1985. Dentre as atividades do magistério, é próprio relembrar: Professor do Curso para Idosos no Seminário São José – Crato/CE, 1940 e na Escola Apostólica Santo Inácio de Loiola S. J. – Baturité/CE – 1942, 1943 e 1944. Fundador, Diretor e Professor do Externato “São Raimundo Nonato” – Várzea Alegre/CE – 1946; Diretor, e Professor do Colégio “Dom José Thomaz”, desde 1952; Professor de “Introdução da Ciência da Comunicação” – Curso de Comunicação Social para as áreas de Relações Públicas e Jornalismo da Universidade Tiradentes – 1983 e 1984. Em suas atividades públicas, vale anotar: Membro fundador do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino e de sua Diretoria, a partir de 1958; Assessor de Relações Públicas da superintendência Regional do Instituto Nacional de Previdência Social INPS e IAPAS – 1968 a 1980; Fundador da Associação Brasileira de Relações Públicas – SE/1976, da qual foi Presidente por quatro mandatos por “Eleição” e por “Aclamação”. No campo político, foi Fundador e Secretário Municipal do Partido Social Democrático (PSD), Várzea Alegre/CE – 1945. Tendo sido também Vereador e Secretário da Câmara Municipal desse Município – 1946/1949. Nas atividades esportivas, marcou presença como Presidente da Associação Desportiva Confiança ADC, nos períodos de 1961/1963 e de 1970/1972 (Aracaju/SE), sendo Presidente do Conselho Deliberativo dessa agremiação desportiva por diversos períodos. Coleciona Diplomas e medalhas as mais diversas, a exemplo do Diploma de Cooperador da Estação PX – Ministério do Exército – IV Exército – 6ª Região Militar – 19ª CSM – 28BC – 10 a 25 de agosto – Exército Brasileiro – Fator de Integração Nacional”; Diploma de Eficiência como participante do X Congresso Nacional dos Estabelecimentos Particulares de Ensino, por mérito. Diploma de Cidadão Aracajuano – dez/1976 e Sergipano – out/1979; Medalha de Honra ao Mérito “Ao Mestre Companheiro”. Reconhecimento do Lions Clube – Aracaju – Salgado Filho – 1996; Medalha Tiradentes – Edição Especial “Memória de Uma Grande Missão” – 1992. Atuação em jornais e rádios: Repórter do periódico “O Tempo” – Várzea Alegre/CE – 1949/1950; Responsável pela coluna diária da “Gazeta de Sergipe” – “O Dia no Olympio Campos” – 1958/1960; Fundador e locutor da “Voz de Várzea Alegre” – Serviço de auto-falantes com alcance urbano e rural – 1948/1952 e locutor político da Rádio Liberdade – Aracaju (SE) – 1956/1958. Para não se omitir dos contrastes da sua terra natal, é de se observar que o nosso “Carrapicho” (Apelidado assim por causa dos cabelos), possui seis irmãos – Rita Valdeliz, José Walter, Geraldo Elpídio, Francisco das Chagas (O China, irmão que sempre o acompanhou “Pari Passu” com amor, dedicação, participação e destemor permanecendo, ainda hoje, fiel à sua amizade e carinho). José Jussué e Terezinha; E a sua prole registra, também, seis pérolas, sendo cinco filhos e uma filha: Raimundo Valquírio Filho (de saudosa memória), Luiz Cláudio (também falecido); Lúcio Flávio, Ítalo Augusto, Francisco Hamilton e a linda Clara Isabel. O “Manchinha” (alcunha herdada dos tempos juvenis quando jogava futebol com os amigos conterrâneos por causa de uma pequena mancha na perna) tem o seu legado especial a Sergipe a partir da sua presença primordial como proprietário, dirigente e professor do Colégio “Dom José Thomaz”, (nome dado em homenagem ao primeiro Bispo de Aracaju) porque, por ali, até hoje exercita os bondosos anseios do seu esplendoroso coração, ajudando a muitas pessoas: Tanto na aprendizagem escolar, quanto no apoio a uma colocação de emprego, ou até e muitas vezes, no aconselhamento paternal e familiar. Pelo Colégio “Dom José Thomaz” cuja divisa era “Nosso Lema é o Estudo” e hoje, passou a ser: “Dom de Aprender” “Dom de Ensinar”, transitaram e ainda hoje o fazem, sob a benquista e generosa orientação do Professor Raimundo Valquírio Correia Lima e sua incansável senhora, Dona Isabel Sobreira Correia – a querida “D. Bezinha”, muitas das eminentes figuras que hoje tão bem representam as simpáticas camadas sociais deste glorioso Estado nas suas diversas áreas – educação, engenharia, medicina, economia, advocacia, serviços públicos, dentre outras, uma grande parte, como nós, de origem pobre que, muitas vezes, nem sempre podia pagar a mensalidade do Colégio, mas ia ficando ali, sob a égide do indulgente beneplácito do bondoso casal. Todavia, é lamentável que, presentemente, o insigne par, enfermo, permaneça enclausurado em seu lar, no seio da família, sem contar com a visitação e gratidão de tantos quantos “amigos”, que foram por eles ajudados a atingir os pináculos da glória, talvez em função do “tempo” e das suas “ocupações pessoais”. (Questões estas que, sabidamente, são motivos de preferência; de prioridade), fatores que nunca impediram nosso homenageado e família de ser presentes à dó de terceiros, quando solicitados. Mas, por dever de Justiça, reconhecemos as exceções onde anotamos da gratidão do Magnífico Reitor da Universidade Tiradentes, Professor Jouberto Uchoa de Mendonça que, em respeito à amizade, gratidão e seriedade, num exclusivo preito de carinho, deu à Vila Olímpica da Universidade Tiradentes o nome do Professor Raimundo Valquírio Correia Lima. Grande Gesto! Aplausos!.
O emérito professor Valquírio, que realizou o maior sonho da sua vida – a formatura de todos os seus filhos, continua a ser o homem simples que sempre foi. Não amealhou riquezas materiais como poderia, por causa do seu grandioso coração. Continua a morar numa residência sem qualquer luxo à Rua Laranjeiras. Gosta de roupas esportes. Adora um “Baião de Dois”, seu prato predileto, embora sobreviva hoje à base de regime alimentar, por orientação médica. E permanece em paz com Deus, alegre e participativo. Vale a pena visitá-lo. Sempre que o fazemos, saímos de lá, renovados e muito contentes. Que Deus o abençoe e o faça permanecer sempre assim, para a felicidade de muitos. Ao completar seu pré-octogésimo aniversário, que ele receba, da nossa e da parte da nossa família, os mais efusivos Parabéns! 

NOTA: Para produção deste artigo, foi imprescindível a colaboração especial do amigo Flávio Primo e do ilustre Francisco José, este, sobrinho do homenageado. Obrigado.

Álvaro Maia em 17/04/2003