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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

TRIBUTO A NÉLIO CLAYTON BARBOSA FALCÃO - Por Claude Bloc

Nélio Clayton Barbosa Falcão – Meu mestre, meu ídolo
(Claude Bloc)

Nélio (à esquerda) - no Rio
Ao escrever este texto, em alguns momentos, vou ceder, certamente, à emoção, pois sei perfeitamente que cada dia é mais um dia roubado da noite e cada noite é tempo de reflexão e de espera. Em nenhum sentido, me considero aqui intelectual: escrevo impulsionada pela história das coisas e das pessoas, e procuro lembrar delas com todas as células de meu corpo, como se na minha vida sempre estivessem.

O que escreverei hoje aqui é como se fosse uma névoa úmida de saudade. As palavras podem vir como sons transfundidos de lembranças que se cruzam de forma díspar, rendas no tecido do tempo, pauta, música e musicalidade. O que tenho aqui é a história de um homem que o tempo não me deixou esquecer.

Eu sei que eu estou segurando a narrativa, como se pudesse segurar a emoção. É que esse meu escrito deveria ser composto sem palavras: como se aqui eu tivesse à minha frente apenas fotografias mudas que contassem sozinhas uma história, como um silêncio que fala, ou melhor ainda, como uma pauta onde desfilassem melodias puras, com clave de sol.
Zé Flávio Teles e Roberto Piancó com Nèlio

 - Radio Aararipe

De toda essa argamassa de lembranças que me atiça a memória, aparece enfim essa pessoa de que falo: Nélio Clayton Barbosa Falcão. Tinha-o/tenho-o como um ídolo. Nas festas em que “Hildegardo e seu Conjunto” ilustravam com uma maestria divina, estavam lá meus olhos voltados para aquele homem que empunhava seu instrumento de cordas, dedilhando, ora com leveza, ora com uma vibrante euforia, as notas das melodias que eu dançava ou que simplesmente escutava, enquanto sonhava com algum príncipe (des)encantado. Eu queria aprender a tocar as cordas de um violão com aquela agilidade e nelas encontrar o tom exato dessa sinfonia que me empolgava e ao mesmo tempo me apascentava.

Desde pequena, sempre fui ligada (embrionariamente) à música. Tentei praticar acordeom, mas o peso do instrumento foi desaconselhado para uma menina em crescimento, com escoliose, devido ao fato de ser canhota. Foi então que, aos 15 anos, soube por Sarah Cabral que havia aulas de violão na Educadora. Ela era a professora de teoria (leitura e solfejo) e Nélio o professor de violão (aula prática). As aulas ocorriam numa daquelas salinhas, no topo da rampa, e era lá onde eu ia assisti-las com João Roberto de Pinho e Gracinha Pinheiro.

O professor, antes de tudo, já era para mim um exemplo, não só pelo seu desempenho como músico, mas também pela sua paciente e terna postura para com seus alunos. Eu sonhava em ter, como ele, a mão ágil e hábil nas cordas de uma guitarra ou de um violão. Aquela dança dos dedos em bemóis e sustenidos era da cor da minha ansiedade. Confirmei há poucos dias pelo seu próprio filho – Nélio Junior - que minha intuição, já naquela época, não prescindia de um grande senso de observação. Segundo seu filho, o nosso grande Nélio, tinha “grande intuição musical; era amoroso; paciente e muito pacato." Era, então, assim  que esse pai passava zelosamente seu tesouro para os filhos amados: a música, a arte!

A vida de Nélio Clayton foi tão arraigada de amor ao Crato, que eu o imaginava cratense – e ele certamente o era, de coração. Mas me surpreendi ao saber que ele nasceu em Fortaleza - em 04.06.1928. A vida dele foi pontilhada pela música desde cedo, e a ela devotou seu sucesso e seu arrojado trabalho. Em todos os seus passos e gestos estavam essa delicadeza e a harmonia de uma pessoa que veio semear o bem.

São sempre emocionados os depoimentos das pessoas que passaram de alguma forma pela sua vida. Foi essa sua herança, mas curta sua missão. Como a um anjo, Deus o levou cedo (aos 45 anos) e de repente. Quem sabe, para ouvi-lo mais de perto...

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Histórico sobre a vida de Nélio Clayton Barbosa Falcão
Hildegardo e seu Conjunto (no Colégio Madre Ana Couto)


Nélio Clayton Barbosa Falcão
Nasceu em Fortaleza em 04.06.1928
Faleceu em Crato em 27.07.1973

Criado num meio familiar musical, desde cedo habituou-se com os acordes do violão.
Ainda jovem fez parte de grupos musicais que se apresentavam em Fortaleza, quando teve participação ativa nos tempos áureos da PRE-9/Ceará Rádio Clube.

Seguindo os passos do irmão Nilo, que integrava o famoso Conjunto 4 Ases e um Coringa, viajou para o Rio de Janeiro, onde na companhia do Maestro polonês Arnaldo Salpeter formou um Conjunto Regional.

Chegou ao Crato no ano de 1950, trazido pelo Maestro Arnaldo Salpeter, formando o Trio Jangada juntamente com o acordeonista Luzimar Alves, quando da fundação da Sociedade de Cultura Artística do Crato e Escola de Música Branca Bilhar, da qual foi professor de violão.
Mais tarde, formou também no quarteto Jangada juntamente com Maestro Arnaldo Salpeter, Hildegardo Benício e Hildelito Parente.

Integrou ainda "Hildegardo e seu Conjunto" e "Azes do Ritmo", e, por vários anos, também tocou em programas de estúdio e auditório das Rádios Educadora e Araripe. Nesta última, foi um dos seus pioneiros, juntamente com um dos seus grandes amigos, o radialista Wilson Machado.

Apaixonado pelo Crato, faleceu prematuramente aos 45 anos de idade - vítima de infarto fulminante - deixando muitos diletos amigos nos meios musical e social da cidade.
Sobre o Crato, falava sempre que vivia no paraíso (é onde está sepultado).

Foi casado com Maria Almira Brito Siebra e teve quatro filhos: Nélio Júnior, Nelmira, Neyla e Neylton.
(Dados fornecidos por Nélio Júnior)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

EU APOIO ESTA TROCA

"No futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo e todos estão tristes. Na educação é o 85º e ninguém reclama..."

EU APOIO ESTA TROCA

TROQUE 01 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES.

O salário de 344 professores que ensinam = ao de 1 parlamentar que rouba.

Essa é uma campanha que vale a pena!

Video - Bom dia Brasil - TV Globo.

Um exemplo a não ser seguido - Por Antonio Morais

Venho de uma familia numerosa, o meu tetravô teve 24 filhos, estes se multiplicaram por centenas. E como tantos que somos encontramos pobres, arremediados, ricos e pessoas de poder. Todos catolicos apostolicos romano. Um fato sempre me preocupou na conduta dos padres - a preferencia e a valorização dos mais importantes, dos que tem maior poder, dos que possuem bens. Dizem: voce não pode servir a Deus e ao dinheiro ! Mas não é bem assim. Dizem uma coisa e fazem outra. Veja este video. Seria este o tratamento dado as Hebe, Xuxa, Ana Maria Braga, Gugu?



segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sem entender o papel da imprensa - Joaquim Barbosa


A frase dita hoje em Londres por Joaquim Barbosa (“Eu tenho algo a dizer: eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena”) deixa patente que o presidente do Supremo pode entender de leis, mas tem enorme dificuldade de entender o papel da imprensa – como tantos outros homens de poder.

A DIFICIL MISSÃO DE TER CARATER, SER INTEGRO E HONESTO - POR ANTONIO MORAIS


Da esquerda para direita: Dr. Dario Moreno, prefeito de Várzea-Alegre,  Dr. Aírton Castelo Branco, promotor de justiça, Otacílio Correia, Dr. Lemos, o esposo da juíza, Hamilton Correia, Governador do estado Parcifal Barroso, Deputado federal Joaquim de Figueiredo Correia.

Dedicado ao Dr. Vicente Moreno Filho.


Existem coisas que fogem a compreensão. Quando se escreve  sobre as denuncias  de roubalheiras, cafajestadas dos canalhas que  se apoderaram do puder, aparece gente, aos montes, para defendê-los.  Justificativas as mais diversas, geralmente mostrando erros do passado, assim como se dois erros dessem um acerto. 

Porém, quando se escreve sobre pessoas integras, honradas, honestas há um silencio enternecido,  não aparece ninguém para comentar. Pra tudo, na vida, há uma medida padrão. Para o comprimento é o metro, para o peso o quilo, para o volume o litro, para o homem o caráter, descência e honradez.

Infelizmente, nos dias atuais, pessoas largam tudo,  empresas, cargos funcionais, até a família para serem políticos, que seja  prefeito de uma cidadezinha qualquer do interior. Gastam milhões para se elegerem, sabendo que o retorno será de vinténs. Não temem por nada: sociedade, família, justiça, nem a Deus.

Não se vê mais exemplos como o Dr. Dario Batista Moreno, homem honrado, integro, competente, culto. De posse de um mandato de prefeito de sua terra natal, fez concurso para promotoria  publica, e, em sendo aprovado renunciou ao mandato que o povo lhe concedera e, foi desempenhar  com honras, louvores e brilhantismo uma carreira sem igual no ministério publico. 

Exemplos de grandeza dessa magnitude são o azar dos canalhas que hoje se apoderaram  da politica no Brasil.



CACHORRO VELHO

Uma velha senhora foi para um safári na África e levou seu velho vira-lata com ela. Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta de que estava perdido.

Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço.

O cachorro velho pensa: Oh, oh! Estou mesmo enrascado! Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cão ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador.

Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto: Cara, este leopardo estava delicioso! Será que há outros por aí ?

Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueira na direção das árvores.

Caramba! pensa o leopardo, essa foi por pouco! O velho vira-lata quase me pega! Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum.

E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção do predador em grande velocidade, e pensa :

Aí tem coisa!

O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo.O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz: Aí, macaco! Suba nas minhas costas para você ver o que acontece com aquele cachorro abusado!

Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa:

E agora, o que é que eu posso fazer? Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas doloridas não o levariam longe) o cachorro senta, mais uma vez dando costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda não os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz: Cadê o f.. d.. p.. daquele macaco? Tô morrendo de fome! Ele disse que ia trazer outro leopardo para mim e não chega nunca!

Moral da história: não mexa com cachorro velho. idade e habilidade se sobrepõem à juventude e intriga.
Sabedoria só vem com idade e experiência.

sábado, 25 de janeiro de 2014

O discurso da presidente Dilma em Davos - Rodrigo Constantino.

A presidente Dilma, parecendo um tanto “robotizada” e contrariada de estar ali, fez agora há pouco seu discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos. Para ela, é “apressada” a tese de que, após a crise mundial, as economias emergentes irão se desacelerar.

Segundo Dilma, há muitas oportunidades nesses países, pois existe grande necessidade de investimentos produtivos. O que faltou dizer é que tal potencial sempre existiu; o que falta é o ambiente favorável para ele deslanchar. Esse não só não melhorou, como piorou bastante durante sua gestão.

Dilma enalteceu as “grandes” conquistas sociais dos últimos anos. A formação de uma enorme classe média foi por ela citada, lembrando que classe média, para o conceito do governo, inclui até favelados.

Em seguida, após falar do crescimento do consumo das massas, lembrou que a penetração de muitos bens industriais ainda é baixa no país. Haveria, então, grande potencial. Foi um discurso muito parecido, coincidentemente, ao da empresária Luiza Trajano no Manhattan Conection.

A presidente endossou a “tese” de Lula de que as manifestações foram por mais conquistas sociais, pois a democracia gera essa demanda mesmo. Ou seja, as manifestações teriam sido o resultado do sucesso do governo do PT. Paradoxal? Sim, mas quem liga?

Dilma garantiu que a inflação está sob controle, e que o governo respeita o regime de metas. Ainda teve a cara de pau de dizer que mira no centro da meta, e que os desvios estão dentro da banda permitida. Esqueceu de dizer que a inflação bateu no topo da banda todos os anos, tornando este patamar o verdadeiro centro da meta. Sem falar das manipulações, do congelamento de preços administrados pelo governo.

Afirmou também que as contas fiscais estão sob controle, e que a dívida pública líquida caiu. Esqueceu que todos os investidores já sabem que a malandragem está na emissão de dívida bruta pelo Tesouro com repasse para o BNDES, sem inflar, assim, a dívida líquida.

Dilma disse que o Brasil tem um dos melhores indicadores de dívida pública do mundo! Não sei como isso não despertou risos na plateia. Deveria. Para países emergentes, o Brasil tem uma das mais altas taxas de endividamento estatal – sem falar do endividamento privado estimulado pelo próprio governo.

Para Dilma, os bancos públicos expandiram o crédito porque os privados recuaram, e a tendência agora é retornarem a suas funções “normais”. É aguardar para ver, se o BNDES vai mesmo liberar desembolsos bem menores, se a Caixa vai parar de fomentar uma bolha imobiliária, se o Banco do Brasil vai deixar de avançar de forma irresponsável sobre o mercado de crédito apenas por critérios políticos.

A burocracia foi condenada pela presidente como entrave para a nossa produtividade, e disse que seu governo tem projetos para reduzi-la. Em mais de dez anos de PT, entretanto, nada de concreto foi feito, não há ganhos de produtividade expressivos, e a burocracia continua insana. Mais promessas…

Sobre os investimentos necessários, a presidente culpou as décadas de subinvestimento no país. Esqueceu que seu partido já está no poder há 11 anos! Ou seja, a última década foi toda do PT. Essa mania de culpar a “herança maldita” fica cada vez mais ridícula.

O programa “Minha Casa Minha Vida” foi mencionado com orgulho pela presidente, como se fosse uma incrível novidade. Esqueceu que projetos parecidos existem em outros países, e que nunca deram certo. Nos Estados Unidos, ajudaram a fomentar a bolha imobiliária e a crise do subprime. Dilma acha que desigualdade e miséria se combatem dando casas com dinheiro público. E móveis e até tablets também!

Dilma destacou a importância da educação para o futuro do país, e passou, então, a elogiar vários programas do governo, reforçando seus aspectos meritocráticos. Faltou apenas citar nossas notas no Pisa, a queda das universidades federais nos rankings internacionais, as cotas raciais que rejeitam a meritocracia etc.

Por fim, resgatou o sonho do pré-sal como grande locomotiva do nosso progresso. Usou o termo “alquimia”, que vem bem a calhar. Dilma acha que vai transformar chumbo em ouro, só porque temos recursos naturais. Não funciona assim. Deveria aprender com a revolução energética americana, com o “shale gas” e a tecnologia de “fracking”. Não é o governo, de cima para baixo, que garante avanços tecnológicos.

Fechando seu discurso, Dilma defendeu as rodadas de livre comércio, citando o próprio Mercosul. Ignora que este não passa de uma camisa de força ideológica que trava acordos bilaterais do Brasil.

Em resumo, as palavras de Dilma não batem com os fatos. Foi um discurso “para inglês ver”, para tentar “vender o peixe” de nossa economia para atrair investimentos estrangeiros. Mas não bastam mais promessas vazias, discursos prontos. É hora de mostrar mudança nos rumos da política econômica!

O cirurgião que encontrou Jesus no coração de uma criança.


O cirurgião tentava explicar para a criança: Amanhã de manhã eu vou abrir o teu coração. E a criança o interrompeu: Você encontrará Jesus ali? O cirurgião olhou para ela, e continuou: Eu vou cortar uma parede do teu coração para ver o dano completo. Mas quando você abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? A criança voltou a interrompê-lo.
O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio. Quando eu tiver visto todo o dano causado, planejaremos o que fazer em seguida, ainda com teu coração aberto. Mas você encontrará Jesus em meu coração? A Bíblia diz claramente que Ele mora ali. Todos que acreditam Nele dizem que Ele vive ali... Então você vai encontrá-lo no meu coração!
O cirurgião pensou que era suficiente e lhe explicou: Após a operação, te direi o que encontrei em teu coração, de acordo? Eu tenho certeza que encontrarei músculo cardíaco danificado, baixa resposta de glóbulos vermelhos, e fraqueza nas paredes e vasos. E, além disso, eu vou concluir se posso te ajudar ou não.
Mas você encontrará Jesus ali também? É sua casa, Ele vive ali, sempre está comigo. O cirurgião não tolerou mais os comentários insistentes e se foi. Em seguida, ele se sentou em seu consultório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: aorta danificada, veia pulmonar deteriorada, degeneração muscular cardíaca massiva. Sem possibilidades de transplante, dificilmente curável. Terapia: analgésicos e repouso absoluto. Prognóstico: fez uma pausa e em tom triste disse: -Morte nos primeiros anos de vida. Então, parou o gravador. Mas tenho algo a mais a dizer: Por quê? Perguntou em voz alta. Por que acontecer isso com ela? O Senhor a colocou aqui, nessa dor e já a havia condenado a uma morte precoce. Por quê?
De repente, Deus, nosso Criador respondeu: O menino, minha ovelha, já não pertencerá a teu rebanho, porque ele é parte de mim e comigo estará por toda a eternidade. Aqui no céu, em meu rebanho sagrado, já não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para ti ou para qualquer outra pessoa. Seus pais, um dia, se unirão a ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu reino e meu rebanho sagrado continuará crescendo.
O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais raiva, não entendia as razões. E replicou: - Vós criastes este menino, e também seu coração para quê? Para que morresse em poucos meses? O Senhor lhe respondeu: Porque é tempo de regressar ao seu rebanho. Sua missão na terra já se cumpriu. Há alguns anos atrás, enviei uma ovelha minha, com dom de médico para que ajudasse a seus irmãos, mas com tantos conhecimentos na ciência se esqueceu de seu Criador.
Então enviei outra de minhas ovelhas, o menino enfermo, não para perdê-lo, e sim para que a ovelha perdida há tanto tempo, com dotes de médico volte para mim. Então o cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente. Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou-se ao lado da cama do menino, enquanto seus pais estavam à frente do médico. O menino acordou e, murmurando rapidamente, perguntou: Abriu meu coração? Sim. Disse o cirurgião. O que encontrou? Perguntou o menino. Tinha razão, reencontrei Jesus ali. Deus tem muitas maneiras diferentes para que você volte para o seu lado.Eu quase apaguei esta mensagem, mas fui abençoado quando cheguei ao final.

Se tiver tempo para Deus, continue lendo pois vale a pena.

Deus, quando recebi esta mensagem pensei... Eu não tenho tempo para isto... e realmente é inoportuno durante o horário de trabalho. Logo, eu percebi que ao pensar assim é exatamente o que tem causado muitos dos problemas em nosso mundo atual. Buscamos ter a Deus só na igreja aos domingos de manhã. Às vezes, talvez um domingo à noite... Sim, nós gostamos de tê-lo na doença... e, sobretudo, nos funerais. Mas, não temos tempo, o lugar para Ele nas horas de trabalho ou em nosso tempo livre... Porque .... Isso é na parte de nossas vidas em que pensamos: "Nós podemos e devemos controlar sozinhos"
Que Deus me perdoe por haver pensado que não há um tempo e lugar onde Ele não seja o PRIMEIRO em minha vida. Devemos sempre ter tempo para lembrar TUDO o que Ele fez e faz por nós. Jesus disse: "Se tens vergonha de mim, eu me envergonharei de ti diante de meu Pai".
Então me ajoelhei para orar, mas não por muito tempo, tinha muito para fazer. Tive que apressar-me e ir trabalhar, já que as cobranças logo estariam diante de mim. Dei um salto e meu dever cristão estava concluído.
Minha alma pôde então descansar em paz. Em todo o dia não tive tempo de falar uma palavra de encorajamento, nem de falar de Jesus aos meus amigos; iriam rir de mim e eu ficaria com medo. Não há tempo, não há tempo. Há muito o que fazer. Esta era a minha reclamação constante. Não há tempo para dar-lhe as almas necessitadas, só na última hora, a hora da morte. Então parei em pé diante do Senhor, o vi e permaneci de cabeça baixa, já que em Suas mãos ele segurava um livro, o livro da vida. Deus deu uma olhada no seu livro e disse: 'Não posso encontrar o teu nome, uma vez estive a ponto de anotá-lo, mas nunca encontrei o tempo."

De todos os presentes que podemos receber, uma oração é o melhor. Não custa nada e traz recompensas maravilhosas. Oremos por todos aqueles que reenviarem esta mensagem a todos os contatos, eles serão abençoados por Deus de uma maneira especial. 

Tens agora o tempo para reenviar esta mensagem? Envie-a também à pessoa que te enviou, para que saiba que realmente foi enviado a muitas pessoas.
Será que você vai deixar de enviar a muitas das pessoas que estão na tua lista de contatos porque você não está seguro(a) do que vão pensar de você? 

Que Deus te abençoe e te guarde, sempre.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O ESPÍRITO DA "COISA" - Por Vicente Almeida

Hoje amanheci com vontade de mostrar as "coisas" que já aprendi. Por isto vamos falar de uma “COISA” diferente e instigante.

Antecipo que não se trata de uma aula de Português, História ou Geografia, embora pareça.

Se você for observador, já percebeu que o termo "COISA" está entrelaçado em nossa linguagem sendo infinitas as situações em que é utilizada. A orígem desta palavra remonta ao início dos tempos.

Em nossa gramática, a palavra "
coisa" funciona como o Bombril do idioma português tem mil e uma utilidades. É aquela palavra-chave, a qual a gente recorre sempre que nos faltam outras expressões para exprimir uma ideia. hora é substantivo, hora advérbio ou adjetivo. Numa hora é masculino, em outra é feminino.

Às vezes funciona até como verbo, segundo o Dicionário Houaiss que registra a forma "coisificar". Mas o “Aurélio” registra “coisas” como sinônimo de órgãos genitais.
“Coisa” às vezes é um termo depreciativo levando o ser a insignificância absoluta na boca dos exagerados,
"coisa" nenhuma" vira "coisíssima alguma".

No Nordeste brasileiro podemos identificar em uma única frase, várias situações gramaticais de
"coisa": "Ô seu "coisinha", você já "coisou" aquela "coisa" que eu mandei você "coisar?". 

O Nordestino também identifica “coisas” como órgãos genitais. Assim descreve o Paraibano José Lins do Rego em seu romance “Riacho Doce” “E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, "as coisas", os seios...”.

Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" é também identificação de cigarro de maconha. Em Olinda há o bloco carnavalesco mirim denominado: “Segura a "Coisinha”.

CURIOSIDADE:
Em Minas Gerais, todas as
"coisas" são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". Quer ver? A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem “a coisa”!

Em São Paulo temos Silvio Santos e o seu o Show de Calouros: Coisa Nossa”.
 

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. "Coisa"-ruim é o capeta. Segundo os homens, "coisa" boa é uma bela e elegante mulher como a...

No cinema e em quadrinhos temos “O Coisa” do Quarteto Fantástico, que é um ser esquisito e todo rachado, formado de pedaços de qualquer
"coisa". Seu corpo é semelhante às margens de um rio ou açude ressecados, é ainda parecido com o solo do sertão esturricado no Nordeste Brasileiro.

A MPB é um mundo recheada de "coisas":

A
"coisa", No II Festival da Música Popular Brasileira, no Teatro Record, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, - de Geraldo Vandré, interpretada por Jair Rodrigues -"Prepare seu coração / Pras "coisas" que eu vou contar", e A Banda, de Chico Buarque -"Pra ver a banda passar / Cantando "coisas" de amor".

Para Maria Bethânia, o diminutivo de "coisa" é uma questão de quantidade, afinal: "são tantas "coisinhas" miúdas". 

para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade "Ô "coisinha" tão bonitinha do pai".


Em garota de Ipanema, "coisa" vira gente: "Olha que "coisa" mais linda, mais cheia de graça." "Mas se ela voltar, se ela volta / Que "coisa" linda / Que "coisa" louca." São "coisas" de Jobim e de Vinicius, que sabiam muito bem das "coisas".

Na literatura universal, a
"coisa" é "coisa" antiga, e vem de longe, de além-fronteiras, do tempo dos hebreus, lá no começo da história.

Oswald de Andrade escreveu a crônica "O Coisa" em 1943.
O escritor norte-americano Stephen Edwin King escreveu o romance “A Coisa”.
A francesa Simone de Beauvoir, em seu terceiro livro de memórias escreveu "A Força das "Coisas"".
Michel Foucault, filósofo francês escreveu "As Palavras e as "Coisas".

Dizemos que o indivíduo é cheio de "coisas", quando é chato e cheio de não-me-toques. Dizem tambem: Gente fina é outra "coisa".

Para o pobre, a "coisa" está sempre preta ou feia: O pão cai, e cai com a manteiga pra baixo, e na terra.

Para uns o indivíduo pode ser: "Coisa" à toa ou qualquer "coisa". Por isto em represália feroz a esse estado de "coisas", Carlos Drummond de Andrade fez uma severa crítica no poema "Eu, Etiqueta", finalizando com: Meu novo nome é "coisa". Eu sou a "coisa", "coisamente".

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as "coisas", para ser usadas, por que então nós amamos tanto as
"coisas" e usamos tanto as pessoas?

Dizem: Bote uma
"coisa" na sua cabeça - As melhores "coisas" da vida, são "coisas" que o dinheiro não compra.

Esse papo já tá qualquer
"coisa" pirado. Vou parar por aqui, se não, você não conseguirá raciocinar o sentido das "coisas" que falei.

Vamos, pois, colocar cada
"coisa" no seu devido lugar. Uma "coisa" de cada vez é claro.

A bem da verdade, e não me xingue por isto, foi Deus quem no princípio implantou esse termo: "COISA", ao estabelecer no primeiro e grande Mandamento: "Amarás ao Senhor teu Deus sobre todas as "COISAS".

Será que você conseguiu entender como começou o espírito da "coisa"?
 

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Você poderá até dizer: Mas que besteira essa do Vicente Almeida! ele não disse "coisa" com "coisa".

Bom, eu tentei explicar as "coisas" partindo de uma situação que vivi na minha juventude, quando o meu futuro sogro me pôs o alcunho de "O COISA".

FOI ASSIM: Quando eu namorava com a minha Valdênia, o seu pai não queria nem saber do nosso namoro, e naquele tempo 1.968, eu possuía um motocicleta Jawa. Eles moravam no Sítio Pai Mané, Distrito de Ponta da Serra, e eu na cidade do Crato, distante uns oito quilômetros.

Como nosso amor era intenso, e continúa mesmo após 43 anos, ia visitá-la umas três ou mais vezes por semana, ele ficava invocado e não queria nem saber. Para chegar a casa dela precisava subir morros e descer ladeiras carroçáveis. O motocicleta fazia muito barulho, que era ouvido à longa distancia.

Assim, quando meu futuro sogro escutava o roncar do motor, coisa rara por aquelas bandas, não falava meu nome, simplesmente dizia: “O COISA" já vem aculá. Fiquei sabendo dessas "coisas" por meus informantes mirins e futuros cunhados.
 
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SE você leu até aqui e cansou relaxe e ouça, mas: "Cuidado com as "coisas"":


Escrito por Vicente Almeida
26/05/2012

RIO DE TODOS OS JANEIROS.

Conhecia, de fotos e de ouvir falar, a beleza do Rio de Janeiro. Cidade Maravilhosa. Luzes, Morros, Praias. Agora, estava lá, de verdade. Sua aldeia amada não tinha Pães-de-Açúcar nem Corcovados. Seu Cristo Redentor era uma pequena imagem de Frei Damião, pouco mais de metro e meio, na praça principal, em frente à Prefeitura, sem colete a prova de balas, por disso não precisar. Sua Copacabana era o açude, com menos água que o mar, mas tão belo quanto. Era o que amava, ali nascera, ali vivia. Mas não havia dúvidas quanto à beleza do Rio. Principalmente quando visto do alto, da janelinha do avião, na viagem de volta. Seu lugarejo era seu chão, seu céu, seu rio, de janeiro a dezembro. E as balas, se necessárias fossem, sempre achavam o endereço certo, nunca se perdiam, desde os tempos de Lampião.
Xico Bizerra.

Mas que almoço indigesto! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Quando estudante em Salvador, entre os companheiros de residência, havia um jovem de Alagoinhas, Wedner Costa, um amigo que não vejo há mais de quarenta anos. Soube que hoje ele é um conceituado cardiologista na capital baiana.

Na Semana Santa de 1965, a convite de Wedner, conheci Alagoinhas. Bem depressa fiquei encantado com a beleza da cidade, pois me lembrou o nosso querido Crato. Cidade quase do mesmo tamanho da nossa, igualmente limpa, bem arborizada, repleta de praças acolhedoras com jardins bem cuidados. Além do mais, o português Agostinho Ribeiro da Silva, meu quinto avô pelo lado Esmeraldo, se fixou em Alagoinhas, tão logo chegou ao Brasil ai pelo final do século XVII. Além de tudo isso, fui distinguido com fidalguia pela hospitalidade dos pais de Wedner.

Foi uma semana inesquecível em que vivemos noitadas memoráveis. Depressa fiz amizade com dois jovens de Alagoinhas, ex-colegas de Wedner: Zenon e Homero, que posteriormente foram meus colegas na Escola Politécnica. Como a maioria dos baianos, eles tocavam violão e Homero tinha uma excelente voz. E todas as noites eu os acompanhava em serenatas pelas ruas da cidade até altas horas. Durante o dia, as moças pediam para que eles fizessem serenata na rua em que elas moravam.

No domingo pela manhã, dia do nosso retorno a Salvador, o senhor Lourival, pai do Wedner, me perguntou se eu já havia comido carne de sariguê. Perguntei a ele o que era sariguê, pois nunca ouvira tal nome. E ele me respondeu que era uma pequena caça que havia em abundância por lá e que iria ao mercado para comprá-la.

Achei o almoço delicioso. A carne preparada ao molho parecia com galinha cozida no caldo. Comi e ainda repeti.

Quando terminei o almoço, o pai do Wedner me perguntou por que no Ceará a gente não comia sariguê. Respondi que não existia essa caça em nossa terra. Ele então me disse que tinha, e que sariguê era conhecido no Ceará por “cassaco” ou “gambá”. Passei o resto da tarde contendo a reviravolta do meu estômago.

Mas sariguê não foi o único prato indigesto que degustei na minha vida. Quando trabalhava na Coelce, tinha como atribuição principal o atendimento aos políticos de todas as cores e ideologia um tanto quanto paupérrima. Então me especializei em engolir “sapos”. Por isso faço questão de passar longe de um cururu. E por segurança, não aceito comidas exóticas, pois pode ser que em algum lugar cachorro ou macaco tenham nomes que sugiram algo bem apetitoso.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PROSA POÉTICA

Nas tuas águas
- Claude Bloc -
Açude da Serra Verde 


Tantas vezes me aqueço com as estrelas enquanto dormes.
E quando te olho de longe ficas cinzento, águas plácidas, (lembranças, lembranças minhas...) Será que também sofres,quando mudas de cor?

O sol nos seca nesse longo estio e seca também o brilho que derramas quando ficas sem viço, sem sossego. Prossegues em mim, pois és como uma janela que o tempo abriu, és imprescindível.

Assim, preciso de ti, da tua luminosidade, assim como preciso do sol, das estrelas, da lua, nessa distância que te esconde de mim quando me queres ninar...

Gosto de ti quando estás azul. Quando o dia chega e quando te transformas nos finais de tarde ...
Então, segues de mãos dadas com o sol, trocando beijos com a lua numa cumplicidade que me faz sonhar.

Hoje, só quero que guardes meus segredos e o mundo todo que espelhas nesse céu refletido... Só então, poderei chamar um exército de anjos para se banharem nas tuas águas aprisionando, a cada dia, a paz no teu reflexo.

Agora, apaga as estrelas e deixa-me dormir, enquanto a lua nos guarda, enquanto a vida se arruma.



Claude Bloc

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ESCUTANDO O MAR.

Ela foi, não havia como deixar de ir. Não queria, mas findou por ir, junto com os pais. O pretexto de conhecer o mar não lhe parecia convincente, mas incontestável se mostrava. Como ficar, sem pai, sem mãe, apenas com ele, seu amor, à espreita, aguardando uma chance? O mar? E ela queria lá saber de mar! Muito mais lhe aprazia os carinhos recebidos e testemunhados pela lua, só por ela. Mas estava lá o mar à sua frente, sem graça, totalmente imenso e insosso, uma coisa grande mas sem sal. De nada teria valido aquela paisagem não fossem as conchinhas recolhidas na areia para ofertá-las, como presente, quando voltasse. Ao recebê-las, ele levou aos ouvidos o presente e, da conchinha mais bonita, escutou o mar, distante. Beijou-as, a concha e quem a trouxe de tão longe. Ela adorou ter visto o mar. Ele adorou ter escutado o mar.
Xico Bizerra

Qué tarco, qué arco ou qué qui mui? - Por Claude Bloc

Seu Hubert Bloc Boris, meu pai, aclimatou-se nas brenhas da Serra Verde e a essa terra se entregou de corpo e alma e, debaixo de pau e pedra, estava ele nas estradas, na lida, a cavalo ou de jipe.
A Serra Verde nessa época tinha umas 1000 famílias e, mesmo com a ajuda de fiscais, o trabalho era incansável.
Além de outros produtos, havia não me lembro em que época do ano, a colheita do fumo classificado pela qualidade das folhas e depois preparado em rolos. Eu, muitas vezes fui com papai, fazenda adentro, e passava com ele o dia na casa de algum morador para acompanhar e fiscalizar o processo. Eu ia observando aquele movimento e a técnica de enrolar o fumo... O cheiro forte. O sol agindo. E ouvia de meu pai as recomendações para se conseguir uma boa qualidade do produto final. Ouvia igualmente os carões se o serviço fosse mal feito.
O dia se passava assim. Apesar do objetivo de papai ser o trabalho eu, de minha parte olhava além. Ia pra debaixo dos pés de cajarana, arrodeava as goiabeiras, observava as bananeiras e, sobretudo, observava aqueles jardins floridos plantados em latas de querosene o que retratava o cuidadoso zelo da dona de casa. Eu gostava especialmente do cheiro do bugari que rescendia nos finais de tarde.
Tenho certeza de que foram essas incursões pela fazenda que me fizeram amar aquela terra. Terra que me fazia sonhar com reinos que não existiam a não ser dentro de mim. Foi dessas observações que nasceu em mim a poesia, pois eu já nesse tempo, via tudo com uma cor mais forte do que a realidade mostrava.
Na boca da noite meu pai e eu pegávamos o jipe e a gente voltava pra casa meio estropiados. Mas a sensação era de paz. Mais um dia, mais uma etapa cumprida.
A essa hora os grilos já estavam de canto solto azucrinando a noite. Papai ainda passava no escritório para verificar o caixa e também para jogar um dedo de prosa com os compadres ou mesmo jogar 21 rifando bode.
Foi numa dessas que João Luiz “barbeiro” apareceu pelo escritório. Gostava de tomar uma caninha “torada” e também de contar vantagem . Nesse dia, meio “chumbado” foi logo contando “farol” pra papai, Geraldo (motorista) e Maria Alzira (secretária). Mamãe estava por perto e foi quem me contou a marmota.
Disse que conhecia a”Zalagoa”, a Paraíba, de cabo a rabo, Rio Grande do Norte e por aí vai. Disse também ter ido várias vezes a Exu e Serra Talhada. Nesse momento, papai se lembrou de um amigo de quem tinha comprado um carro nessa cidade e perguntou a João Luiz:
- O compadre João conheceu Apolônio?
- Oxente cumpadi, morei lá muitos anos!!

E você: Qué tarco, qué arco ou qué qui mui??

Na foto: Hubert Bloc Boris, Janine Bloc Boris, Dona Letícia (esposa de Dr. Jefferson) e Dr. Jefferson Albuquerque – numa reunião do Rotary, em Crato.
Por Claude Bloc.

INFANCIA - POR A. MORAIS


A agua do riacho do Machado já me passa do pescoço e molha a minha barba. Não sei nadar e não tenho bóia. Tenho apenas desespero. No começo era só o chão molhado. Tinha 7 anos e o barro e a lama me serviam apenas de brinquedos. Brinquedos de miserável.

Fazia cavalinhos de barro e não imaginava que a lama era infecta. Os cavalos eram feios, horríveis. Nunca fui hábil em artes manuais. Descia e subia o poço, pisando em buracos abertos em seus barrancos. Me sujava. Jamais imaginei no que haveria no futuro. Havia pequena claraboia. 

Uma vez me apareceram aranhas e lacraias. Lutei contra eles e com pedras e tijolos os eliminei. Lembro-me que me desestruturou a presença de uma cobra terrível, quando mais tranquilo me achava. Olhava as réstias do sol, que me alcançavam, as vezes, ali na toca  em que vivia.

Nestas ocasiões, sorria. Eram pequenos lances. O que vinha de fora me fazia pensativo. reticente. Parece que ali a vida é muito mais agradável de  viver. E mais solitária que de um lermitão.

Tinha vontade de sair e não mais voltar ao meu habitat. Não havia uma mão a me levantar. Disso tinha medo.

Queria viver como meus parentes, viver como gente, me alimentar como gente, beber leite, comer queijo, comer pão, comer doce, comer fruta, mas não jatobá. Jatobá não é fruta. Me enganava a fome. Me engasgava.  Queria comer banana, chupar laranja, com os olhos brilhando e o sorriso na boca. O jatobá me engasgava, me empanzinava.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DEUS É SIMPLES.

Deus é simples. Maria e José não ofereceram grandes coisas para o sacrifício, mas o que era mais barato e mais pratico. Ali, na simplicidade da oferta, cumpre-se a profecia de Semeão. A  criança, ainda frágil, é apresentada como a salvação para todos. E, ao longo da vida de Jesus, a profecia se cumpriu. Ele foi um sinal de contradição. Maria sofreu intensamente e o povo conheceu um novo jeito de se relacionar com Deus. O que oferecemos a Deus cotidianamente? A nossa vida? O nosso amor? Pense bem.

PRAGA DE ESPOSA - Por Mundim do Vale

Meu amigo Raimundo de Souzão, é louco por pescaria. Nas suas pescarias ele sempre leva cachaça dizendo que é a isca.

Num certo domingo, ele saiu dizendo que ia pescar no açude do Coité, mas de repente mudou o plano. Foi para a cidade e encontrou-se com alguns amigos e seguiram para o Ingém Véi.

Por volta do meio dia Raimundo de Ditim passava de frente a casa de Raimundo, viu Teresinha na calçada e foi logo entregando o amigo: - Dona Teresinha. Eu ví Raimundo. - Onde era que ele estava? - Era lá no Ingém Véi. Tava ele, Antônio de Gabriel e Raimundo de Seu Durval, bebendo cachaça com as quengas.

Pois deixe ele chegar! Raimundo depois da farra, comprou uns peixes a Quinzim e seguiu para as Varas, tombando mais do que jegue com carga torta. Na chegada Teresinha foi logo perguntando:  A pescaria foi boa? - Foi nada. Eu só peguei essas duas traíras.

Teresinha sem poder controlar a raiva falou: - Eu tomara que quando tu for pescar, uma traíra arranque a tua trouxa pelo tronco.

Raimundo do alto da sua embriaguês disse: - Minha nega, não diga isso não. Porque se acontecer, tu vai passar o dia no açude, atrás de pegar a traíra pra trazer a trouxa de volta.

QUE IRONIA - Por Vicente Almeida

QUE IRONIA

Enquanto o planeta inteiro presenciou entre aflito e solidário, o desastre ocorrido em uma mina na cidade de Copiapó no Chile, ajudando como podia, com o fim de salvar os 33 mineiros, que há 69 dias estavam provisoriamente isolados do mundo a 700 metros de profundidade, e que foram resgatados sãos e salvos! Aqui, no Brasil de Cabral, o povo assiste estarrecido, a lenga lenga dos candidatos a presidência da república, sobre regulamentação de lei para matar milhões de crianças indefesas no decorrer dos tempos futuros - via aborto, alegando que a mulher é dona do seu corpo.

Infelizmente não é bem assim, contudo a mulher tem o livre arbítrio para utilizar o corpo que Deus lhe destinou como bem entender. E aqui vamos deixar claro – USAR O SEU CORPO.

Por tanto, uma criança em gestação no ventre materno, é concebida por livre e espontânea vontade, e com a conivência do casal. Mas, a gravidez indesejada em função de situações adversas, poderia ter sido evitada se o casal usasse de bom senso ou recebesse orientação.

Uma vez constatada a existência de um ser em seu ventre, a mãe já não tem direitos sobre aquele corpinho, ela não é dona daquela vida, nem o pai biológico o é, mas lhes compete zelar pela sua integridade. Nem a ela nem aos seus parentes, é dado o direito de lhe tirar a vida. A criança provisoriamente alojada no seio materno, concebida com anuência da mãe, confia nela e está tomando por empréstimo o seu corpo no cumprimento de um mandato Divino, e se não fosse o seu egoísmo e as vezes a sua imaturidade, ela ficaria envaidecida por poder dar a sua contribuição.

O corpo da mulher é um santuário, é um templo de Deus e Ele assim o fez para que a vida pudesse ter continuidade. É assim desde o princípio, e seguirá indefinidamente pelos milênios de milênios afora.

Você sabia que para praticar o aborto, um dos processos utilizados é a trituração do feto que é retirado aos pedaços? Pois é! Ele sente dor, uma dor imensa, uma dor indefensável por cada pedacinho que lhe é amputado. Naquele momento ele está sozinho, e pensava estar seguro em sua casinha materna. Há muitos outros meios tão terríveis e macabros quanto este para eliminar uma vida. É isto que você quer para aquele que poderia ser seu filho amado, seu neto, seu sobrinho, seu salvador em momentos difíceis? Você sabia que este procedimento também mutila a mulher. Se ela não sofre imediatamente por ser jovem, sofrerá no declínio da sua existência.

A criança assassinada no ventre da mãe tinha uma missão na terra! Podia estar a caminho para salvar vidas, para proteger um irmão, a própria mãe, e muitas vezes toda a família, para trazer amor, paz, solidariedade, progresso para a humanidade, tecnologias avançadas. Podia Ser portador de uma grande missão, pois Deus que é onisciente sabe os problemas que advirão sobre cada um de nós, e antecipa um meio de minimizá-los quando aquele dia chegar.

Escrevo assim para os casais constituídos, para os jovens inconseqüentes e para os pais que acham ser o fim do mundo um filho ou um neto inesperado, e alguns estimulam ou obrigam a mulher ou a filha a cometer o maior de todos os crimes. O Deus que tudo vê, tudo provê! E a ninguém dará carga maior do que aquela que possa conduzir. Antes os pais deviam criar vínculos de sólida amizade e confiança junto aos seus filhos e orientá-los sobre o uso da sua sexualidade, não como brinquedo, não como diversão, banalizando-o, mas como uma manifestação Divina de poder e confiança na criatura humana.

Os infratores enganam as leis humanas conforme seus recursos, mas, jamais conseguirão enganar a infalível lei eterna e imutável de ação e reação que se aplica a todo ser humano; Ricos e pobres, pretos e brancos, bons e maus. Todos têm os seus direitos consagrados segundo o princípio universal do Direito Cósmico, expressados nos ensinamentos de Jesus: “A cada um será dado, segundo as suas obras”. “Fazei aos outros tudo que quiseres que te façam”. É possível resumir nestas duas frases todo o Direito Cósmico da humanidade.

Os governos fazem leis para disciplinar os tributos, às vezes para exercer domínio sobre o povo, e às vezes para agradar determinados grupos em detrimento dos demais. Essas leis são aplicadas segundo as possibilidades financeiras do réu. Normalmente quem tem menos recurso, mesmo com a razão, perde o seu direito em favor daquele que pode pagar para impor sua vontade.

Imaginemos agora, uma lei regulamentando o aborto em um país eminentemente católico, mas, onde o direito do povo é esquecido, prevalecendo em tudo apenas o direito do vil metal como forma de justiça.

A nossa Carta Magna de 1988, tem início com o seguinte texto: Artigo 1º § Único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Esse artigo tinha maior alcance na Constituição anterior que, através da Emenda Constitucional no. 1, de 1969, dizia textualmente apenas o seguinte: Art. 1º § 1º Todo o poder emana do povo.

Não vejo o povo exercer esse poder, mas vejo muita acomodação, muita aceitação, muita passividade. Vejo com tristeza o povo com medo de decidir, de tomar partido naquilo que é justo, digno e necessário.

Essa omissão tem facilitado a proliferação do mal neste país onde são punidos apenas os sem recursos, e os verdadeiros alavancadores do progresso, que são todos os trabalhadores assalariados. Aqui a punição é para os inocentes. Vejam só, parte dos recursos que o governo suga da classe trabalhadora é repassada a agitadores como os MSTs, e os presidiários em forma de auxílio-reclusão, sei lá, e isto também é irônico, pois aqui, quem comete crimes e assusta a população, tem mais direitos do que quem luta dia e noite para sobreviver. Absolutamente, esse poder não emana do povo, a decisão para beneficiar celerados não é do povo. Mas, voltemos ao tema principal.

Que ironia. A ciência usando a tecnologia, superando todos os desafios resgatou do subsolo, sãos e salvos, aqueles 33 homens semi soterrados. A mesma ciência, usa sua tecnologia para criar instrumentos cirúrgicos e eliminar vitimas inocentes e indefesas, cujo assassinato é legalmente autorizado por capricho, egoísmo e vaidade. A TV mostrou em tempo real para todo o mundo o salvamento daqueles mineiros. Duvido, desafio a TV a mostrar em tempo real a trituração de uma criança na barriga da mãe de forma que pudéssemos ver seus assassinos...

Confio na reação do povo brasileiro para por um basta nas pretensões abortivas dos poderes legislativos e executivos. Mas, não confio nesses políticos que mudam de opinião na última hora pousando de santo, fingindo uma religiosidade que nunca possuiram. Você acredita nessa mudança repentina? - claro que não, não é?

Por isto, cá estou eu, mais uma vez, isolado, apresentando meu protesto, em benefício de milhares de irmãos, que poderão perder o direito a vida também assegurado na Constituição, pela possível edição de uma lei que se aprovada, equivalerá ao retorno aos tempos da inquisição onde as torturas impostas, quase sempre resultavam na morte das vítimas, que vivas assistiam a mutilação dos seus corpos. As mulheres tinham seus seios decepados, e os homens tinham seus braços e pernas separados do corpo, para citar apenas estes dois casos. Pois bem; esse povo antigo, como as criancinhas de hoje, são vítimas da maldade, da vaidade do egoísmo e dos preconceitos humanos.

Se você conseguiu ler até aqui, peço-lhe: Se tiver um tempinho... Pense um pouco em tudo isto!

Vicente Almeida

Amor continuo.

Ame seus pais e seus irmãos. Eles são a base de sua vida, seu chão e quem com certeza vai sempre te ajudar. Ame suas tias e tios, porque foram eles que por muitas vezes zelaram seu sono, quando você era apenas uma criança. Eu sei, você não se lembra! Mas você só vai entender o amor dos tios, depois que seu primeiro sobrinho nascer. Então, não perca tempo. Ame seus primos e amigos por mais que eles sejam completamente diferentes de ti. Aceite-os. Aceite-se. Todo mundo tem defeitos. E por falar neles... nos defeitos, ame sua barriga, suas celulites e as tais estrias. Elas indicam que sua vida está repleta de prazeres gastronômicos. Ame também seus quilos a mais, porque se eles não existissem você jamais poderia comemorar a vitória de um dia perdê-los. Ame seu cabelo do jeitinho que ele é. E o seu armário... Mude. Completamente. Doe. Experimente coisas novas, outras cores. Calças largas e calcinhas/cuecas de algodão. E não troque seu velho pijama por nada nesse mundo. Ele é o seu companheiro de sonhos. E é com aquele tênis feio e fora de moda, com o formato exato dos seus pés, que eu acho que você deve sair para caminhar todas as manhãs. Pra amar as coisas que estão do lado de fora. Tarefa difícil. Respire. No fundo, procure outra pessoa para amar um tanto, que dê até vontade de se casar com ela. Namore. E não se preocupe com o tempo que a paixão vai durar. Se gostem. Se assumam. Se curtam. Se abracem. Se beijem. Viagem. E saiam para dançar sempre!!! Tomem café da manhã juntos. Fiquem o domingo inteiro na cama, enquanto o mundo despenca numa chuva fria e fina. E quando você achar que já amou demais nessa vida, tenha filhos. Se não conseguir, adote. Dizem que não há amor maior. E eles vão crescer, amando você e muitas outras coisas e pessoas. Com sorte, você terá netos. E dos seus netos, receberá mais tarde com muito orgulho, o amor dos bisnetos. Quando pede alguma coisa, saiba também agradecer, agradeça pelas coisas, a Deus pela tua vida, pelos amigos que tem, por que cada um que passa pela tua vida nunca passa por acaso, há sempre o que aprender e também a ensinar. Quando você achar que deve mudar alguma coisa, então faça alguma coisa pra mudar. Nunca permita que teus medos impeçam de fazer aquilo que deseja. Procure gostar das coisas internas, não fique colecionando matérias, o bem físico se vai, mais cedo ou mais tarde, o que fica verdadeiramente é o que você faz pelos outros e por você mesmo! Pense nisso! O nosso amor é contínuo... É para sempre. É INFINITO!!! O destino decide quem vamos encontrar na vida.
As atitudes decidem quem fica.
Robert Frost.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Racialização da crise - Por Ruy Fabiano


A tentativa de racialização da crise social brasileira, que integra a agenda politicamente correta da esquerda, é um dos atos mais hediondos já cometidos contra o país.

Antes de mais nada, porque, em vez de integrar raças e culturas – como diz pretender a Secretaria de Estado que leva esse nome -, desintegra, divide, hostiliza. É, portanto, um desserviço.

E é também um absurdo, quando se sabe que se trata de uma nação maciçamente constituída por mestiços. A própria esquerda não se cansa de proclamar que o branco brasileiro não é exatamente branco, se comparado ao europeu. Seria, no máximo, um branco de segunda classe, sem pureza ou pedigree.

A legislação brasileira que pune o racismo é possivelmente a mais dura do planeta. Basta que alguém chame um negro de negro para ser preso, sem direito a fiança e sem que haja prescrição do delito.

Pode-se xingar a mãe e os antepassados, mas não pode haver menção à cor. Se o negro, porém, chamar um branco de “azedo” ou uma mulher de “loura burra”, não há problemas.

A ministra da Integração Racial diz que o racismo do negro contra o branco “é natural”.

Combate-se o racismo de um lado só, o que transforma o que poderia ser um saudável processo de resgate cultural a uma raça que há mais de um século padeceu a escravidão em instigação à luta racial, inaugurando no país mais uma moléstia social.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OS GALEGOS DE QUILARA - Por Mundim do Vale

Eram meus vizinhos em Várzea Alegre, os irmãos Pereira. Pedro, conhecido como Pedão de Clara, Antônio, tinha o apelido de Topa-tudo e Cícero, era chamado de Ciço Louro. Moços católicos e muito trabalhadores, só tinham um defeito, quando bebiam ficavam violentos.

Os três bebiam juntos e quando estavam de fogo acabavam: feira, samba, velório, fogo de broca, briga de galo, queima de caieira, pescaria e até batizado coletivo.

Era no mês de janeiro, Chagas Bezerra promovia a festa de Nossa Senhora Aparecida na cidade e para garantir a segurança na cidade, trouxe do quartel de Juazeiro um reforço de cinco soldados.

No sábado pela manhã horário de feira os irmãos bebiam e jogavam caipira,quando Pedão cismou com um Santeiro. Aí não teve santo que desse jeito, foi cacete pra tudo quanto é lado, o pobre do santeiro depois de levar uma bordoada de cada um, pegou o beco da Liberdade, subiu o alto da prefeitura e até hoje anda sumido.

Com a fuga do santeiro os três ficaram mais violentos ainda, aí foi quebra-quebra geral. Era caixão pra cima, trança de alho no chão, colorau misturado com farinha, caldo de cana com querosene e o povo correndo sem direção certa.

Nessa hora o anão Patola correu pra debaixo do caminhão de Auto Pimentel gritando:
Eita qui os galego de Quilara hoje tão é cá gota!
Nesse momento em que a feira parecia ter recebido a visita de uma tsunami os soldados do reforço se apresentavam ao delegado civil para tomarem posse.
O delegado recebeu os cinco e foi logo dando as ordens: Muito bem para começar vão ali no mercado e me tragam os meninos de Clara presos, mas vão com cuidado, assim como quem procura pinico no escuro. Porque os meninos de Clara tem costume de botar soldado para correr.

Enquanto isto na feira era Pedão quebrando as mesas, Topa-tudo as cadeiras e Ciço Louro rasgando as toalhas. Quando Pedão acabou de quebrar a garapeira de Zé Dias e Ciço Louro moeu uma cana no lombo de Zé Terto, chegou o reforço dos cinco soldados novatos e um deles foi falando logo com Pedão:
Teje preso!
Num Tejo!
Teje preso caba safado!
Num Tejo sordado fí duma égua.
Aí fechou-se o tempo. Os irmãos formaram um triângulo humano, deixando que os soldados ficassem no centro. Quando Pedão dava um pescoção num que ele caia fora do triângulo, Ciço Louro varria ele de volta pra dentro.

Pedão aberturou um, que foi conta de rosário pra tudo quanto é lado, rebolou o infeliz por cima dos potes de Maria Curta lá mesmo ele ficou. Topa-tudo pegou outro deu um murro tão condenado que o chão tremeu, depois pegou pelo fundo da farda jogou de cabeça pra baixo num camburão de lixo. Ciço Louro pegou outro arrastou pelos pés depois deu um balanço e gritou: Uma, duas, três, meia e já! Rebolou o coitado dentro do cacimbão do meio da rua, chega fez tibungo.

Tendo ficado apenas dois praças no triângulo, Pedão ficou com um e os dois irmãos dividiram o pé do ouvido do outro. Pedão em um momento se distraiu enquanto dava um pesqueiro num cambista que passava e o soldado que estava com ele, fugiu pegando a mesma rota do vendedor de santos.

Com essa segunda fuga foi que aumentou a raiva dos três, aí não sobrou mais nada inteiro, nem banca de meisinha foi poupada.
Vicente Grande entrou na barbearia de Antônio Bento gritando: Fecha, fecha qui os minino dos Pereira tão acabando tudo! Nesse momento Luis Bezerra vinha na rua Major Joaquim Alves quando avistou Vicente Cesário, perguntou: Vicente. Que corre-corre é aquele ali pro lado do mercado?

Não é nada não Luís, é só os galegos de Clara, dando as boas vindas aos soldados que Chagas Bezerra trouxe.

O AMOR - MADRE TEREZA DE CALCUTÁ


A inteligência sem amor, te faz perverso...
A justiça sem amor, te faz  implacável...
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita...
O êxito sem amor,  te faz arrogante...
A riqueza sem amor, te faz avaro...
A docilidade sem amor te faz servil...
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso...
A beleza sem  amor, te faz ridículo...
A autoridade sem amor, te faz tirano...
O trabalho sem amor, te faz escravo...
A simplicidade sem amor, te deprecia...
A oração sem amor, te faz introvertido...
A lei sem amor, te escraviza...
A política sem amor, te deixa egoísta...
A fé sem amor te deixa fanático...
A cruz sem amor se converte em tortura...
A vida sem amor... não tem sentido.

Madre Tereza de Calcutá.

Cortando o cordão – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

O acaso sempre esteve presente na minha vida. Sem que eu planejasse muita coisa, como muitos o fazem, deixei que a vida me levasse e, ela me conduziu por caminhos retilíneos e belos. Em janeiro de 1964, eu pensava que iria continuar estudando no Crato, na minha zona de conforto, sob a proteção dos meus pais, entre meus familiares e colegas de estudos, uma turma unida e muito amiga. Dizem que o destino sabe traçar a estrada daqueles que sem querer, a ele se entregam. Talvez tenha sido esse o meu caso.

Um primo que estudava engenharia no Recife, estava de férias e visitava nossa casa, no São José. Ao vê-lo, fui conversar com ele, saber como era o curso de engenharia, suas dificuldades e sobre o vestibular. Sabedor de que eu desejava cursar engenharia, ele me aconselhou a ir estudar no Recife durante o curso científico. Disse-me que se eu ficasse no Crato, correria o risco de não ser aprovado no vestibular. Respondi que não dependia de mim. E então ele foi falar com o meu pai. E o fez de uma forma tão convincente, que eu senti naquele contato a concordância do meu pai. Mas este não disse nem sim e nem não. Para mim dizia ser impossível, pois não estava podendo arcar com as despesas.

Dias depois, um parente do meu pai, diretor da Escola de Engenharia de Minas de Ouro Preto, visitava meus pais, sempre que vinha ao Crato em suas férias. Ao saber do meu desejo de cursar engenharia, aconselhou-me que eu fosse estudar em Ouro Preto, colocando sua casa à minha disposição. Fiquei receoso de meu pai aceitar aquele convite protocolar, pois além de não ter nenhuma intimidade com aquele parente distante, Ouro Preto, para mim, era um fim de mundo.

No inicio do mês de fevereiro daquele ano, nada estava definido. Pensava tranquilamente que iria continuar no velho Colégio Diocesano e isso me dava certo alento, pois por ser o filho caçula, eu era muito apegado aos meus pais e irmãos. Entretanto, dias depois, o meu pai recebeu uma carta de uma irmã dele, a tia Anete, que residia em Salvador, dizendo que já reservara a minha matrícula e que eu poderia ir estudar na Bahia. Olhei no sobrescrito o meu futuro endereço: Avenida Beira Mar 404. Na minha imaginação surgiu, como que de repente, a avenida de mesmo nome que eu vira em Fortaleza na única visita que fizera até então a uma cidade maior que o Crato, além do Juazeiro, é claro! E imaginava que iria viver num paraíso. Fiquei ainda mais contente, quando soube que o meu primo e companheiro de brincadeiras, José Esmeraldo Gonçalves também iria.

Tudo então ficou decidido e às pressas, mamãe preparou um enxoval que fez minhas lembranças recuarem cinco anos, quando fui estudar no Seminário. Um medo disfarçado se apoderou de mim. Era a primeira vez que iria sair do Crato e debaixo das asas e da proteção dos meus entes queridos.

Um novo mundo se descortinava à minha frente, o desconhecido, a sensação de uma nova vida. Viajar de avião, coisa impensada, conhecer a cidade de Salvador e suas inúmeras igrejas e tantas outras belezas das quais ouvia falar com insistência.

Viajei com meus primos que lá já estudavam e residiam com minha tia Anete. Por causa de um defeito no DC3 que nos levaria, esperamos um dia inteiro no velho Aeroporto de Fátima, sem nada para enganar o estômago e sem comunicação. Somente no dia seguinte é que conseguimos voar num DC6 que veio em substituição ao avião danificado. O DC6 era um avião grande, com assentos com três cadeiras de cada lado e capacidade para mais de cem passageiros. Ao chegarmos a Salvador, uma Kombi da Varig levou os passageiros de porta em porta até a residência de cada um. O aeroporto distava mais de trinta quilômetros da cidade. Fomos os últimos a chegar ao destino, pois onde tia Anete morava era na Ribeira, final de uma península na cidade baixa.

Senti um misto de arrependimento e tristeza. A Avenida Beira Mar não era nada daquilo que eu imaginara. Era uma rua larga, às margens da Baia de Todos os Santos, sem calçamento, cheia de poças d’água, muita lama e enormes amendoeiras no meio, cujas folhas caídas se misturavam e recobriam as poças de lama. O bairro era triste, composto por um monte de casas velhas. Onde íamos morar era numa escola, o Educandário Pio XII, alojado num velho casarão de três andares, com piso de tábua corrida, que ecoava sob nossos passos. No terceiro andar havia um pequeno apartamento composto de três quartos, um banheiro, um vestíbulo com guarda-roupa coletivo e uma ante-sala ao lado da escada, onde estudávamos. Ao todo éramos seis pessoas que morávamos neste pequeno apartamento, eu, e os primos João Barreto, José Esmeraldo, Luciano Gonçalves, além do cratense Dailton, professor do Pio XII e dois jovens de Alagoinhas: Wedner e Ananias. Daílton era o mais velho do grupo. Ele tinha na época 26 anos, e por causa disso recebeu o apelido de “O Velho”.

A tia Anete ao nos receber, entregou a mim a Zé Esmeraldo uma chave da porta de entrada e nos disse: “vocês saem e entram na hora que quiserem e não precisam me avisar nada.” Senti um enorme peso, pois lá em casa, eu vivia sob certo controle e acompanhamento. Mas aos poucos aprendi a usar minha independência e isto me foi de grande importância para meu amadurecimento pessoal.

Ainda hoje, eu sou grato a essa minha querida tia por ter tornado possível a realização de um sonho. Se não fosse sua solicitude não teria oportunidade de estudar num grande centro. Por isso eu tenho por ela um enorme carinho e gratidão. Ela é a única das minhas tias ainda viva. Reside no Crato, com bastante lucidez e invejável memória, aos oitenta e nove anos. Em julho próximo, esperamos festejar seus 90 anos.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Um rajalegrense arretado - Blog do Sanharol

Juarez Batista de Sousa iniciou sua trajetória empresarial vitoriosa no sitio Mocotó em Várzea-Alegre com um pequeno boteco. Depois se deslocou para cidade do Crato onde se tornou o maior comerciante do segmento de estivas e cereais de toda região do cariri. Nunca mudou o seu estilo, a conversa e o leriado eram os mesmos. Apesar de muito atarefado o seu filho Dr. Wilson convenceu deixar os seus afazeres e ir a Espanha assistir as finais da copa do mundo. Chegou logo no dia em que o Brasil foi eliminado. Com o Brasil fora da disputa não tinha mais o que fazer na Espanha, então partiram de volta no primeiro vou encontrado.

O vou fazia uma conexão em Londres, e, ao pousar, os passageiros tomaram conhecimento que somente no outro dia pela manhã embarcariam para o Brasil. Juarez e Dr. Wilson apanharam um taxi no aeroporto com destino ao hotel. Mão única, asfalto bom, quando o carro ia lá com os 150 quilômetros horários Juarez sentado no banco traseiro, bateu com a mão no ombro do motorista e disse a toda voz: Zé, pode esbarrar essa carreira, que eu num tô avexado não. O motorista entendeu o contrario e cutucou o acelerador elevando para 180, e, Juarez agoniado repetiu: Tu é mouco, Zé eu num já falei que não tô avexado. Dr Wilson interferiu dizendo: papai ele não sabe o que o senhor está dizendo não!

GENTE DE BEM.

Mary Zaidan.

Exatamente um ano atrás, Erenice Guerra, amiga do peito e sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil, deixava o Palácio do Planalto sob a acusação de tráfico de influência. Fechava, assim, o ciclo de dois mandatos do presidente Lula - um governo que pode se gabar de ser o protagonista do maior e mais sofisticado esquema de corrupção já engendrado no país.

De Waldomiro Diniz, flagrado em vídeo, em 2004, cobrando propina para financiar candidatos do PT e do PSB, a José Dirceu, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, ao reincidente Antonio Palocci, todos estão aí, livres, leves e soltos.

Erenice saiu esperneando, culpando o tucano José Serra, dizendo-se vítima de um candidato “aético e derrotado”. Entrou com um processo contra a revista Veja, que fizera as denúncias. Desistiu da ação em meados deste ano, depois de a Corregedoria Geral da União (CGU) imputar-lhe acusações idênticas às da revista.

Na prática, a amiga abraçada efusivamente por Dilma no dia de sua posse só recebeu mesmo duas condenações da Comissão de Ética da Presidência. Coisas que não servem para nada.

No governo Dilma, nem isso a Comissão de Ética e a CGU se deram ao trabalho de fazer.Calaram-se frente a Antonio Palocci, pego novamente em suas estripulias, desta vez envolvendo a multiplicação estratosférica de patrimônio no mesmo ano em que coordenava a campanha da agora presidente.

Nem pensaram em agir quando as denúncias de roubalheira implodiram o Ministério dos Transportes, derrubando o aliado Alfredo Nascimento, do PR. Muito menos cogitaram investigar os outros dois ministros do aliado PMDB, Wagner Rossi, da Agricultura, e o serelepe Pedro Novais, que paga motel, governanta e motorista particulares com dinheiro público.

Homem que o seu padrinho, senador José Sarney, diz ter “reputação ilibada”, Novais já voltou para a Câmara dos Deputados, porto seguro para quem se locupleta.

Ao estilo de seu antecessor, que estimulou malfeitores ao passar a mão na cabeça de cada um deles, Dilma Rousseff também é um poço de perdão. Ainda que colecione o recorde de ministros demitidos por corrupção em apenas 100 dias, Dilma afaga um a um.

Com a caneta, usa o traje de faxineira tão bem visto pela sociedade e abominado pelos seus. Com palavras e gestos, adula cada um dos que demite e os partidos que os abriga.

“Minha base aliada é composta de gente do bem”, assegura a presidente. Mais do que uma afronta, a frase, dita em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, é um nocaute nos que ainda apostavam que Dilma tinha alguma intenção de zelar pela coisa pública.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

SOY COMUNISTA, PERO NO MUCHO - Por Adrian Rogers.

Quem tiver coragem, que diga o contrário, com fundamento!!!!!!
Adrian Rogers : O pensamento abaixo foi escrito no ano de 1931!
"Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?"
- "Sim" - respondeu o militante.
- "E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?"
- "Sim" - novamente respondeu o valoroso militante.
- "E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?"
- "É claro que doaria" - respondeu o orgulhoso companheiro.
- "E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?"
- "Não" - respondeu o camarada.
- "Mas porque você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?"

- "Porque as galinhas eu tenho."

Como disse o Presidente francês Jacques Chirac sobre o Lula: -"Para o Presidente Lula, o que é dele é dele, e o que é dos outros pode ser dividido."

Adrian Rogers.


MAIS UMA DO PADRE VERDEIXA

Extraído do Livro Antologia de João Brígido – Jader de Carvalho.

Um dia, o Padre Alexandre Verdeixa foi celebrar, no mato, um casamento. Como de costume seguiu-se a festa, Verdeixa que tinha confessado a noiva, foi a um canto do casebre, tomou um chifre de guardar tinta, e pondo-o na testa, saiu de baianar, fazendo – Monnn!... Monnn!... Aos pés do noivo, em forma de embigada, deixou cair o corno; e não se fez esperar, saltou na sela, e adeus noivas e noivado!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O acidente de Roberto Carlos - Enviado por Eudes Mamedio.

Tudo aconteceu no fatídico dia de São Pedro (29 de junho de 1947), padroeiro da Cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, onde Roberto Carlos nasceu. Portanto, era festa na cidade e como toda data comemorativa naquela época, tinha bandas tocando e muita agitação. E, claro, Zunga (apelido de Roberto na infância) não perderia oportunidade de ir prestigiar os festejo.

Roberto Carlos

Fifinha (Eunice Solino) era a melhor amiga do Rei, moravam na mesma rua e costumava ir à escola juntos. Nesse dia, ela foi recrutada por Roberto para ver os desfiles que agitavam a cidade.

Naqueles tempos, Cachoeiro era entrecortado por ferrovias e, portanto, era comum acidentes acontecerem. Lá, próximo ao centro, entre a rua e a linha de ferro, encontrava-se as duas crianças. Enquanto aguardavam um desfile escolar, uma professora temeu pela segurança de Zunga e Fifinha, pois elas não perceberam a aproximação de um trem que se aproximava. Mesmo gritando e sinalizando para as crianças saírem dali, a professora correu e puxou a menina, enquanto um assustado Zunga recuou e tropeçou, caindo na linha férrea – ele estava de costas para a ferrovia. Como não dava mais tempo, a professora tentou avisar o maquinista, mas já era tarde demais. A locomotiva avançou e a perna direita de Roberto Carlos ficou presa debaixo do vagão entre as rodas de metal.

Logo, uma multidão se aglomerava para ver o que aconteceu. Afinal era dia de festa e provavelmente o socorro demoraria – naqueles tempos poucas pessoas tinham automóveis na cidade. Mesmo assim, populares tentaram tirar a perna da criança, o que conseguiram com muito custo. Graças a um rapaz que trabalhava no Banco de Crédito Real, vendo que não dava para esperar a ambulância, ele mesmo estancou a hemorragia com seu paletó de linho branco. Roberto Carlos nunca esqueceu dessa cena e a registrou em uma de suas mais comoventes canções, O Divã: “Relembro bem a festa, o apito/ e na multidão um grito/ o sangue no linho branco…”.

O mesmo rapaz do “linho branco” chamado Renato Spíndola levou Zunga para o hospital (Santa Casa de Misericórdia). Dizem que a festa perdeu a graça naquele dia. Tudo bem, que era comum acidentes, mas geralmente eram bêbados que se acidentavam, nunca até então acontecera com uma criança – o Zunga da Rua da Biquinha.

Roberto Carlos foi atendido pelo médico Romildo Coelho, que se tornara amigo do cantor. O acidente fez com que a perna direita perdesse a sensibilidade, pois fora esmagada arrancando todos os nervos, por isso a criança não chorava muito. Zunga, ao ser atendido, estava muito mais preocupado com os sapatos novos que tinha ganhado para ir à festa do que com a sua perna, a qual ele não tinha noção da gravidade.

Na verdade, Roberto Carlos teve muita sorte, porque era comum nestes casos amputar a perna. Mas o Dr. Romildo era um sujeito moderno e havia lido um artigo médico que dizia que se devia cortar o mínimo possível os membros acidentados. Portanto, apenas entre o terço médio e o superior da canela foi amputado e um pouco abaixo colocaram uma roda de metal, o que impediu Roberto de perder os movimentos do joelho direito. Roberto Carlos passou o resto da infância andando de muleta, e apenas aos 15 anos colocaria a primeira prótese, quando já morava no Rio de Janeiro.

Eduardo Campos se reunirá com PSB, sem Marina, dia 17 - Maria Lima, O Globo


O governador Eduardo Campos (PSB-PE, foto abaixo) vai ter que exercitar a paciência à exaustão nas próximas semanas, para resolver pendências fundamentais à sua candidatura a presidente sem melindrar Marina Silva e líderes da Rede Sustentabilidade.

Cansados de ouvir de adversários que Marina é maior que Campos, ou que ele é refém dela, integrantes da cúpula do PSB querem formalizar até fevereiro a chapa presidencial, com Marina como vice, além de agilizar os entendimentos para a renovação da coligação com o tucano Geraldo Alckmin, em São Paulo.

No dia 17, Campos vai reunir a direção do PSB em Recife, sem Marina, para avaliar os rumos da coligação com a Rede e das parcerias com o PSDB em SP e outros estados. Enquanto ampliam os entendimentos para manter a aliança com Alckmin, tendo um socialista como vice, os dirigentes do PSB querem convencer Marina a formalizar a chapa presidencial.