Nas tuas águas
- Claude Bloc -
Açude da Serra Verde
Tantas vezes me aqueço com as estrelas enquanto dormes.
E quando te olho de longe ficas cinzento, águas plácidas, (lembranças, lembranças minhas...) Será que também sofres,quando mudas de cor?
O sol nos seca nesse longo estio e seca também o brilho que derramas quando ficas sem viço, sem sossego. Prossegues em mim, pois és como uma janela que o tempo abriu, és imprescindível.
Assim, preciso de ti, da tua luminosidade, assim como preciso do sol, das estrelas, da lua, nessa distância que te esconde de mim quando me queres ninar...
Gosto de ti quando estás azul. Quando o dia chega e quando te transformas nos finais de tarde ...
Então, segues de mãos dadas com o sol, trocando beijos com a lua numa cumplicidade que me faz sonhar.
Hoje, só quero que guardes meus segredos e o mundo todo que espelhas nesse céu refletido... Só então, poderei chamar um exército de anjos para se banharem nas tuas águas aprisionando, a cada dia, a paz no teu reflexo.
Agora, apaga as estrelas e deixa-me dormir, enquanto a lua nos guarda, enquanto a vida se arruma.
Claude Bloc
Claude.
ResponderExcluirMuito bonito o texto e as fotos. Muita inspiração. Parabens.
A água será mais poética que o sol, que a lua, que as estrelas e que a nossa própria imagem, enquanto conseguir ser límpida ou existir, pela sua capacidade de reflexão.
ResponderExcluirPorém, o homem poluente matará o Narciso que há em nós e toda a natureza enumerada. Um tiro de poesia nele, Claude!
Parabéns!
"Agora, apaga as estrelas e deixa-me dormir, enquanto a lua nos guarda, enquanto a vida se arruma."
ResponderExcluirAchei demais!!!!! Lindo!!!!
Fafá
Obrigada, Morais. Serra Verde é sempre inspiração.
ResponderExcluirAbraço,
Claude
Savio,
ResponderExcluirVocê harmonizou a mensagem e entendeu o pensamento...
Deixemos a pureza das águas nos banhar e purificar nosso colóquio com a natureza...
Abraço,
Claude
Fafá,
ResponderExcluirObrigada pelo cometário. Eu também gostei desse trechinho...
Abraço,
Claude