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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 31 de agosto de 2020

STF conspira contra Moro - Por José Newmane Pinto.


Na sessão da Segunda Turma do STF de terça-feira 25 de agosto, os ministros do STF Gilmar Mendes e Ricardo Lewndowski deixaram claro que existe uma conspiração de PT, Centrão, esquerda, Jair Bolsonaro, Maia, Alcolumbre, Augusto Aras, André Mendonça e inimigos da Lava Jato no Congresso Nacional, STF, STJ e outras instituições que juram amor à democracia e ao combate à corrupção, só que não, para liberar Lula da condenação e, em consequência, de pena e condenar o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro por parcialidade nas sentenças que condenaram o chefe da quadrilha petista que produziu o grotesco espetáculo da mais deslavada e cínica corrupção da História. 

Apenas com seus dois votos e a omissão dos outros nove membros do “pretório excelso”, a dupla deu três passos no rumo dessa caminhada. O professor Carlos Alberto Di Franco denunciou o golpe em artigo publicado segunda-feira 24 de agosto no Estadão.

Sergio Moro é mais - Por Antônio Morais.

Um dia, o político Ciro Gomes disse uma grande verdade : No Brasil não existe "Direita, Centro ou Esquerda". No Brasil existe um amontoado de corruptos e desonestos roubando dinheiro público sob o comando de quem estiver no poder.

Exemplo maior não há, Bolsonaro é tudo que tenha seu mórbido interesse: Esquerda, direita radical, centro torpe, vale tudo! 

Não há ideologia. 

Tem interesse, de acordo com sua cabeça doente, burra e má! Hoje é comando de tudo que existe de seboso e nocivo no executivo, legislativo e judiciário.

domingo, 30 de agosto de 2020

Paciência tem recompensa - Fátima Meneses.


No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem, e disse: Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador. 
Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou: Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha. Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha. Melissa, o que você acha de irmos? Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos! 
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração. Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha: Hora de irmos, agora? Mas, outra vez Melissa pediu: Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos! O homem sorriu e disse: Está certo! 
O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado. O homem sorriu e disse: O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui.
Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar.
Em tudo na vida estabelecemos prioridades. Quais são as suas? Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável! 
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo! Eu parei 5 minutos para encaminhar esta mensagem a você. E você, pode perder 5 minutos para passá-la adiante?

UM RIO DE LAMA TÓXICA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

A poetisa americana Elisabeth Bishop, que viveu uma história de amor com a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares nos anos 1950 e 1960, sentenciou que o “o Rio de Janeiro não é uma cidade maravilhosa, mas uma paisagem maravilhosa para uma cidade”. Frase terrível, porém verdadeira.

Aliás, essa história de amor entre a poetisa e a arquiteta gerou um belo filme produzido por Bruno Barreto, intitulado “Flores raras”.

O lugar continua lindo, desigual, inseguro e com um histórico alarmante de políticos corruptos e saqueadores.

Seis dos seus governadores foram parar nas barras da justiça, por grossa corrupção e falta de vergonha na cara, num hexacampeonato conquistado no campo dos assaltos.

Nunca o nefasto populismo político de governantes produziu tantas desgraças numa paissagem maravilhosa para uma cidade.

Esses ladravazes deviam, após flagrados pela justiça, obedecer a um ritual de evaporação que consiste em considerá-los mortos, mesmo que continuem vivos.

Seria um ato do desonesto, voluntário, ou não, em fazer sumir sua identidade, não deixar vestígios e procurar recomeçar a vida em outro lugar recuperado da cleptocracia.

Este seria considerado como evaporado, tema de um livro japonês que focaliza o assunto, interessante para quem deseja lavar a honra pessoal.

Sim, porque no Brasil há as “leis que pegam” e as “leis que não pegam”, e o sentimento da vergonha também “não pegou”.

Se vai resolver eu não sei, afinal estamos falando de Brasil.

De qualquer forma, fica a dica.

sábado, 29 de agosto de 2020

Nascemos para vencer – por José Luís Lira (*)



     Nosso amado Mons. Sadoc de Araújo costumava dizer que querer já era 50%, ou seja, a metade. A outra metade dependia de nós e dos outros, mas, a metade primeira era de nossa responsabilidade. Fim de semana passado duas cenas me comoveram e me fizeram refletir sobre isso. Em mensagem de agradecimento de Dom Jeová Elias Ferreira, novo Bispo da histórica Diocese de Goiás, após sua sagração episcopal. Natural de Sobral, pertencente ao clero de Brasília, ele narrou sua trajetória desde o Ceará à Capital do País, como verdadeiro migrante. Há quase 29 anos, aos 30 anos, ele era ordenado sacerdote naquela mesma Catedral. Dizia que viveu uma perturbação como Maria, quando foi chamado ao episcopado, mas, aos poucos, acalmou o coração e experimentou, mais uma vez, a alegria de servir à Igreja.

     Recordando sua trajetória marcada com a proximidade com os que mais sofrem, Sua Excelência afirmava que foi forçado a migrar do Ceará, “perambulando” por muitos locais, chegando à Capital, levando saudades e esperanças. Seu primeiro trabalho foi uma “grande escola de humanidade e de fé”, servente de pedreiros, entre outras atividades que exerceu, como as de agricultor. Naquele dia, o Senhor Jesus Cristo o premiou. Tornara-se Príncipe da Igreja e nós vemos n’ele o exemplo de superação. Parabéns, Dom Jeová, por sua simplicidade em dizer sua história pessoal em momento tão solene. Que Deus o mantenha firme em seus propósitos na divulgação da mensagem salvífica de Jesus Cristo.

      No mesmo dia, em noticiário, observei funcionário do Município de São Paulo que atendia a moradores em situação de rua. Aquele foi um dos fins de semana mais frios da principal metrópole brasileira. O trabalho do cidadão que não consegui guardar o nome e, que talvez mesmo sabendo, não divulgasse aqui por questões éticas, dizia que um dia também esteve nas ruas. Numa matéria de poucos minutos não daria para se informar as causas, o que o levara a tal situação. Mas, ele deu a volta por cima. Não se envergonhou e voltou ali para convencer os cidadãos que ali estavam a irem para abrigos, distribuía cobertores e sua ação me lembrou o Evangelho de Mateus (25,31-46), “Vinde, benditos do meu Pai, recebei em herança o Reino que foi preparado para vós... porque eu tive fome e me deste de comer; tive sede e me deste de beber; eu era estrangeiro e me acolhestes”...

     E quantos foram os gestos de fraternidade e amor ao próximo que vimos nesse período de pandemia? Lembro-me aqui das ações de Dom Orani Tempesta, no Rio de Janeiro. Em seu último aniversário, em junho passado, a nossa amada Pontifícia Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém presenteou a Sua Eminência com cobertores que foram distribuídos com moradores em situação de rua. Ao agradecer, dizia o Cardeal que aqueles cobertores estavam chegando em boa-hora, pois, se aproximava o frio.

     Nosso texto de hoje está reflexivo e registra essas superações. Resta-nos agradecer a Deus pelos benefícios que Ele nos concede e fazer a nossa parte, pois, lembrando nosso imortal Mons. Sadoc, homem sábio que dedicou sua vida à educação e à Igreja e se constitui exemplo em seu sacerdócio, querer já é a metade.

      Que o Senhor nosso Deus nos dê forças e nos premie com o fim dessa pandemia, mas, não esqueçamos de fazer a nossa parte!

  (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Sergio Moro é mais - Por Antônio Morais.

Quanto aos pronunciamentos de ministros do STF contra a Lava Jato devo dizer que tudo que foi imposto como punição aos governos petistas, Lula, Dilma e sua cambada de amigos corruptos, políticos e empresários foi com o consentimento do "Colegiado da Corte" 

Se hoje a segunda turma do STF se reúne na ausência da presidente e de outro ministro e Gilmar Mendes e Lewandoski formam maioria para anular decisões do colegiado quem não está certo é o Supremo Tribunal Federal.

Eu não tenho bandido predileto : Lula é passado, um passado sombrio de mentiras, ilusões, fantasias, enganação, ludibrio, ladroagens e de cadeia que não volta mais. 

Bolsonaro é um pústula perigoso, se converteu em tudo aquilo que condenava para se eleger e enganar o povo.

 Não tenho dúvidas fará tanto mal ao Brasil quanto Lula fez.


Posse de Fux será para poucos - Por o Antagonista.


Luiz Fux, à partir do  dia 10 de Setembro do corrente ano, o novo presidente  do STF. 

A posse Luiz Fux na presidência do STF, no próximo dia 10 de setembro, será restrita a 48 convidados.

Deverão comparecer Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, Augusto Aras, outras poucas autoridades, além de familiares e amigos mais próximos.

Para garantir o distanciamento social, o departamento de saúde do tribunal liberou apenas 48 assentos entre os 250 do plenário, daí a limitação.

Há pressão de políticos para aumentar a cota, que, junto com empresários e advogados bajuladores, sempre lotam as solenidades nos tribunais superiores para chegar perto, cumprimentar, dar aquele abraço…

POR QUE OS SINOS DOBRAM! - Por Edmilson Alves.


Os sinos dobram festejando momentos de alegria. Dobram, fascinado por amor ao Criador. É júbilos de glória, de oblação, ao poder do amor fascinado o coração dos apaixonados. Os sinos dobram nos natais indicando o nascimento de Jesus, o Cristo.   

A tradição natalina – festa de fraternidade e de solidariedade humana‚ foi transformada‚ em calendário de negócios! Porém, inda há alegria nos corações tristes. As metrópoles do mundo ocidental‚ se engalanam‚ com a célebre estrela, e, manjedouras e Reis Magos são pontos de atração turísticas dos supermercados‚ visando inebriar a vaidade, e o consumismo exagerado, dos que não sabem nem como gastar o seu dinheiro... 

Enquanto os shoppings das metrópoles do mundo ocidental ficam engalanados com luzes multicores, usando a importante data como marca promocional de negócios, a esperança espera a mão misteriosa que aproxime a paz entre os homens, e, debalde acontece! 

A esperança aguarda a serenidade social, visando à segurança das incertezas dos conflitos, imaginando encontrar na permuta de requintados presentes, um intercâmbio, uma solução para os preconceitos de raças e crenças religiosas. 

A esperança aguarda a evolução cultural para a criatura sonhar, criar, produzir soluções e investigar tantos desatinos no mundo. A liberdade de pensar com autonomia é uma advertência formal a nós humanos, indicando que viver é  aprender a reconstruir novos roteiros, recriando-se a cada instante, buscando a verdadeira finalidade do existir. 

Entretanto, os arautos do marketing propagam o dia natalino para favorecer consumo. E tudo de bom que se deseja na harmonia social, não acontece! A vida é uma bela obra de arte que temos a obrigação de torná-la sempre melhor.  A perfeição, apesar de inatingível, deve perseguir dias melhores desde que cada um assuma a sua responsabilidade. A partir dessa conscientização, a distância entre os homens será menor! 

Na noite do nascimento do menino Jesus, dobram seus carrilhões, na alegria de Tua chegada‚, mas, certamente encontrarão também multidões de meninos, tristes, sujos... Doentes... Esfaimados... Raquíticos... Tísicos... Sem pais... Abandonados!...

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Foro privilegiado - Por Antônio Morais.

 


Não existem deputados ou senadores indecisos quanto a prisão em segunda instância. Existem com muito medo da segunda instância, medo de serem alcançados por ela, medo de irem para o xadrez.

Aquele antigo ditado : "Seguro morreu de velho, prevenido ainda vive".

“Bolsonaro colocou o rabo entre as pernas e correu” - Por o Antagonista.


Ascânio Seleme relativizou o risco de Jair Bolsonaro dar porrada na boca de um repórter:

“Em seus quase 30 anos de Câmara, Jair Bolsonaro só folgou com mulher, jamais levantou a voz contra homem. Na única vez em que se viu confrontado por um, colocou o rabo entre as pernas e correu. 

Foi no episódio em que o ex-deputado Jean Wyllys cuspiu na sua cara, durante a sessão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Bolsonaro não fez nada contra a grosseria horrorosa, nem satisfação foi tomar.

Depois de eleito presidente, cercado por seguranças, foi ganhando coragem e, de repente, virou o valentão do Planalto Central. Começou mandando jornalistas, homens inclusive, calar a boca, apontando o dedo, gritando e xingando. 

E agora, ao ameaçar dar ‘porrada’ na boca de um repórter, chegou perto do ápice. Pode uma hora dessas partir para cima de um jornalista, mas isso só vai acontecer se os seguranças da sua escolta estiverem atentos e prontos para protegê-lo.”

A imagem centenária da Imperatriz e Padroeira de Crato


    A atual imagem de Nossa Senhora da Penha, ora venerada no altar-mor da nossa Catedral, foi adquirida pelo primeiro bispo de Crato, Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, tendo sido aqui recepcionada em 1921. Mons. Rubens Gondim Lóssio escreveu que ela “foi adquirida na Europa”. Entretanto, está gravado na base da estátua: Luneta de Ouro, Rio, 1920, comprovando que ela foi adquirida através da famosa loja de esculturas religiosas localizada na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro.

     Uma curiosidade: quando da chegada da nova imagem houve fortes e ostensivas reações de segmentos da comunidade cratense que não queriam a substituição da antiga estátua da padroeira(a segunda, chamada de Imagem Histórica)  pela nova, a adquirida por Dom Quintino. A prudência deste fê-lo retardar a entronização da nova imagem na igreja-mãe da diocese. Dom Quintino faleceu em 1929 sem colocar a nova representação de Nossa Senhora da Penha na Sé Catedral de Crato. O segundo bispo da diocese, Dom Francisco de Assis Pires, assumiu o cargo em 1932, mas aguardou  mais sete anos para entronizar a terceira imagem da Imperatriz e Padroeira dos cratenses.

    Durante 17 anos a estátua permaneceu guardada,no interior da Sé. Sobre ela escreveu Monsenhor Rubens: “De tamanho bem maior que o natural, (mede 1,93m,esculpida em madeira) em atitude de quem aparece para defender o pastorzinho Simão Vela, prosternado ao lado direito, enquanto o temível crocodilo se arrasta à esquerda, o vulto impressionante tem uma beleza encantadora.

    Trazida com dificuldades até esta Cidade Episcopal, teve a Imagem festiva recepção, em 1921, quando o povo acorreu ao seu encontro, na estrada do Buriti, onde se congregaram cerca de 32 zabumbas. Todavia, continuou ela guardada, até que, preparada a mentalidade do povo e feita a reforma da Capela-Mor (por Dom Francisco de Assis Pires, sob o projeto do escultor Agostino Balmes Odisio)  colocaram-na no altivo e gracioso nicho de onde preside às funções do Culto e aos destinos do Crato.

     No dia 1º de setembro de 1938, foi-lhe dada a bênção do Ritual e, a partir de então, não tem ela cessado de conceder a todos as maiores graças e as melhores bênçãos”.
Texto e postagem: Armando Lopes Rafael

Sacerdotes católicos que ficaram no imaginário popular do Cariri

Padre Pedro Inácio Ribeiro, O Santo do Sertão
Lembrança distribuída na missa de 7º Dia do falecimento do Padre Pedro Ribeiro

    Existe em  Brejo Santo (CE) um pequeno memorial em homenagem ao Padre Pedro Inácio Ribeiro. Lá estão expostos objetos de uso pessoal deste sacerdote, que foi vigário daquela cidade durante exatos 33 anos. Padre Pedro Ribeiro morreu com fama de santidade e muitas pessoas, nos dias atuais,  asseguram ter obtido graças por sua intercessão.

   Nascido em Missão Velha, em 19 de maio de 1902, Pedro Inácio passou sua infância e juventude na cidade de Crato. Sentindo inclinação para o sacerdócio estudou no Seminário São José de Crato e no Seminário da Prainha, em Fortaleza, vindo a ser ordenado sacerdote no dia 17 de abril de 1927, na Catedral de Nossa Senhora da Penha de Crato, pelo primeiro bispo da diocese, Dom Quintino. Em 1º de janeiro de 1930 assumiu a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Brejo Santo, onde permaneceu até a data do seu falecimento, ocorrido em 3 de janeiro de 1973.

    Em Brejo Santo seu sacerdócio não foi vivido mediante obras especiais ou de caráter extraordinário, mas sim na fidelidade cotidiana ao exercício do ministério que abraçou. Reside aí, provavelmente, a dimensão da santidade sacerdotal atribuída ao Padre Pedro Ribeiro. Na verdade, ele viveu seu sacerdócio na consistência do amor a Cristo e a sua Igreja; no amor aos pobres e necessitados; na compaixão pelas almas desviadas e no amor pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo. Aliado a tudo isso, a simplicidade, mansidão e humildade de que era dotado o Padre Pedro Ribeiro contribuíram para ele conquistar o afeto de adultos e crianças. Todos na Brejo Santo de então  tinham carinho por seu pastor.

      Aliás, o trabalho missionário de Padre Pedro não foi feito somente no município de Brejo Santo. Durante alguns anos ele deu assistência ao povo da cidade e da zona rural do município de Porteiras CE), conforme atesta o historiador Napoleão Tavares Neves, no texto “O Padre Pedro que conheci”, escrito a partir da leitura feita por ele do opúsculo “O Santo do Sertão–Uma biografia”, publicado pela Fundação Memorial Padre Pedro Inácio Ribeiro, de Brejo Santo.

      Segundo Maria Santana Leite, na monografia “Pequena História da Paróquia de Brejo Santo”:

 “O Padre Pedro foi sempre um pai espiritual para todos os paroquianos. Estava sempre preocupado com os agricultores sofridos, especialmente na época da seca, quando as famílias pobres da zona rural passavam necessidades. Era um entusiasta com a catequese das crianças a quem dedicava um carinho todo especial, participando das aulas de catecismo, levando-as a passear em momentos de lazer, promovendo brincadeiras, além de distribuir moedas e pequenos brindes à criançada.”

“Evangelizou mais com seu desprendimento das coisas materiais, sua vida de oração, adoração e contemplação; pelo seu testemunho de vida, do que mesmo pelas pregações, embora nunca deixasse de fazer as homilias por mais simples que fosse. A tônica de suas pregações era sempre o amor, a partilha, a vida de santidade. Sua metodologia era a do perdão. Pregava um Deus Pai amoroso, misericordioso. Nunca julgava nem condenava ninguém, pelo contrário incentivava e conduzia à conversão”.

“Além do Sagrado Coração de Jesus, era devotíssimo de Maria Santíssima, de Santa Teresinha do Menino Jesus e de São Geraldo”.

      Nos últimos quinze anos de sua vida, Padre Pedro Inácio Ribeiro foi acometido de forte reumatismo que o deixou paralítico. Nos tempos finais perdeu também a visão. Nunca reclamou de nenhuma dessas provações. Ele foi, enfim, um sacerdote bom, piedoso e santo, que fez um bem imenso aos seus paroquianos.

Texto e postagem de Armando Lopes Rafael

A ENFERMIDADE DO FUTEBOL BRASILEIRO ESTÁ NA BOLA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Pois é, a responsabilidade da má qualidade do futebol que se joga no Brasil é da bola, cujo estado de saúde inspira cuidados.

Brinquedo essencial nos tempos de criança, está sendo maltratada pelos adultos que parecem ter medo dela.

Já afirmei repetidas vezes que a bola não se dá bem com quem a teme, não a trata bem e não a chama pelo nome de mulher.

Maior jogador da Copa do Mundo de 1958, Didi “folha seca” a tratava por “Leonor”.

O mais complicado por parte de quem dela precisa para o seu oficio é que, ao obedecer a um modismo estúpido que assola os nossos campos, jogadores chegam a rejeitá-la, a serviço de esquemas feios e covardes.

Onde já se viu uma coisa dessa, num futebol como o nosso, fundado na individualidade e no prazer de jogar?

É triste observar a crônica especializada, mesmo diante de exames que atestam a doença da “Maricota”, a ignorem solenemente, ao criar artifícios para negar os sintomas.

Como disse o escritor Roberto Drumond, autor de “Hilda Furacão”, a bola não tem ideologia: vai pela direita, pela esquerda e pelo centro.

Agora, só aceita contato com quem não a rejeite e tenha habilidades carinhosas.

A bola está enferma e aborrecida.

Sua cura, segura e completa, só será possível, com um sistema de saúde competente estruturado pelos donos do espetáculo.

Carpinejar, o poeta, arremata: “A bola é um pássaro durante o chute, um peixe dentro do gol”.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Flordelis, bolsonarista terrivelmente evangélica - Por José Newmanne Pinto.

 


Numa homenagem a sua “vitória” sobre a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro chamou todos os jornalistas brasileiros de “bundões”, pois, segundo aprendeu com Fabrício Queiroz na brigada de paraquedistas do Exército, ficam logo em estado grave, assim que são infectados pelo novo coronavírus. 

Com essa grosseria fuleira, menosprezou 115 mil brasileiros que morreram e milhares que correram risco de vida na pandemia. 

Enquanto isso, a deputada da base de seu governo e “terrivelmente evangélica” Flor de Lis mandou sete filhos e a neta assassinarem seu marido, Anderson do Carmo, com 30 balaços porque não podia separar-se dele e, assim, prejudicar sua imagem imaculada de cantora gospel, pastora e mãe de família exemplar perante a comunidade de sua grei. 

Tudo gente fina, não é mesmo?

ODE A JUAZEIRO DO NORTE - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Nenhuma cidade é mais Nordeste do que Juazeiro do Norte, no interior cearense.

A terra do Padre Cícero é um microcosmo encravado nesse Saara brasileiro, com muitas coisa boas e desagradáveis, também.

A Meca do Cariri, capital da fé, como é anunciada, junta religiosidade, criatividade artística dos seus artesãos, poesia dos seus violeiros, pujança comercial, desigualdades, afeto e muita incompetência dos seus governantes.

Poesia e tragédia, por que não?

Por isso mesmo, a cidade se ressente de infraestrutura urbana, compatível com o seu tamanho e importância.

Sorte tem, porque o Padre Cícero, o seu fundador, continua sendo o eterno prefeito da cidade, o que ameniza os danos.

Localizada no sopé da da serra do Araripe, no verdejante Vale do Cariri, a “Capital da Fé” tem pouca geografia e muita história.

Se Darcy Ribeiro, grande brasileiro, tivesse conhecido Juazeiro do Norte, certamente, diria que esta cidadela religiosa é uma Roma tardia.

Mas, é nessa cidade, lugar de oração, trabalho e oportunidades, que a gente se sente bem dentro dos seus braços.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Bolsonaro, boxeur de circo - Por José Newmanne Pinto.


Chegando da viagem ao Rio Grande do Norte, onde levou 40 pessoas para inaugurar um poço artesiano e uma praça com wifi, o presidente Jair Bolsonaro começou a semana ameaçando “um repórter do Globo, que o questionou sobre R$ 89 mil depositados pelo casal Fabrício Queiroz e Márcia Aguiar em contas bancárias de sua mulher, Michelle. Inicialmente, anunciou que não responderia a perguntas. 

Depois, ao ser questionado novamente sobre os tais cheques,  dirigiu-se ao grupo de jornalistas e anunciou: “Eu vou encher a boca desse cara na porrada.” Aí, dirigiu-se diretamente a quem o interpelou e disse: “Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá?” 

Muita gente reagiu com indignação, mas os chefes das instituições democráticas só compareceram com discurso inócuo, sem ação prática nenhuma contra o pugilista de araque

Bolsoranduba ameaça cidadãos - Por José Newmanne Pinto.

 

A fase “Jairzinho Paz e Amor”, iniciada com a prisão de Fabrício Queiroz no falso escritório de seu advogado de fé, Frederick Wassef, em 18 de junho, durou pouco mais de dois meses, quando um repórter lhe perguntou sobre os depósitos bancários de R$ 89 mil feitos pelo mesmo amigo dos velhos tempos de paraquedistas e pela mulher deste, Márcia Aguiar, em contas da primeira-dama, Michelle. 

Ameaça é crime e, no caso de presidente, grave, pois pode ser realizada por prosélitos ou asseclas radicais, que não lhe faltam. Entre as muitas dúvidas sobre seu comportamento resta também o pagamento de R$ 9 milhões ao mesmo Wassef pelo frigorífico JBS, que, graças à ajuda dos corruptos do PT de Lula, superou a Petrobrás como maior empresa do Brasil.

A POESIA CHORA: MORREU PEDRO BANDEIRA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Wilton Bezerra e o poeta Pedro bandeira.

A quantidade de comunicados que recebi sobre a morte do poeta violeiro Pedro Bandeira reflete o quanto ficará desfalcada a poesia nordestina. 

Ele não foi apenas um poeta-cantador. Em verdade, foi um nordestino forte e trabalhador, como poucos fizeram para engrandecer o reconhecimento da poesia nordestina. Pedro era uma planta do nosso solo árido, parte orgânica dele. 

Formava em uma galeria de craques da viola, como os irmãos Batista, Pinto do Monteiro, João Furiba e Geraldo Amâncio. Era tão presente nos acontecimentos que, certa feita, diante da demora de uma solenidade, o comunicador Dário Maia Coimbra, o “Darim”, teria dito: "Falta chegar a imprensa escrita, falada e cantada, está última representada por Pedro Bandeira”. 

O meu último encontro com Pedro Bandeira, gerou uma entrevista, em 13 de dezembro de 2018, que está no nosso canal no Youtube “Jogando na Bola”. Fui operador de rádio nos programas de Pedro Bandeira, por muito tempo. 

A poesia chora essa perda.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

A Ascensão Politica do Major Inácio do Barro - Por José Tavares de Araújo Neto.

Foto - Major José Inácio do Barro.

 José Ignácio de Sousa, conhecido por major Zé Ignácio do Barro, construiu o seu império à sombra do coronel Domingos Leite Furtado, o todo poderoso chefe político de Milagres, de quem, ainda jovem, se tornou amigo e seu braço armado. A própria fazenda Barro, que na prática passou a ser seu sobrenome, foi adquirida através de compra ao coronel Domingos Leite Furtado, que dispensou fiador quando próprio pai do comprador, o sr. Lino José Antonio, se negou a avalizar a negociação. 

Aliás, Zé Inácio sempre teve uma convivência muito conturbada com o pai, inclusive eles já haviam tido um romance com uma mesma mulher.  A apatia era tanta que mesmo após a ascensão social de Zé Inácio, sr. Lino, destacado proprietário de terras na região do povoado de Cuncas, tratava seu filho por “coronel de merda”.

Em uma sociedade em que a voz do bacamarte falava mais alto, o major Zé Inácio já havia adquirido visibilidade, prestígio e respeito a partir de 1908, desde quando comandou a invasão a Aurora com objetivo de destituir Antônio Leite Teixeira Neto (coronel Totonho Leite ou Totonho do Monte Alegre) do cargo de intendente (atualmente correspondente a prefeito). 

Em 17 de dezembro, o coronel Totonho havia mandado a polícia atacar a fazenda Taveira, propriedade do capitão José dos Santos, onde se encontrava de passagem a fazendeira e líder política Maria da Soledade Landim (dona Marica Macêdo do Tipi), ambos seus adversários políticos.  Neste episódio, que ficou conhecido como “O Fogo de Taveira”, foi baleado e morto o garoto José Antônio de Macêdo, filho de dona Marica Macêdo, com 13 anos de idade. 

Em represália, dona Marica foi buscar apoio junto ao coronel Domingos Furtado, chefe político da vizinha Milagres. Em 23 de dezembro, o major Zé Inácio, comandando um exército de 700 homens, invadiu a Vila de Aurora a fim de destituir o intendente. O coronel Totonho, que a esta altura já havia se evadido, foi de imediato exonerado, sendo dona Marica declarada a chefe política, que indicou o coronel Cândido Ribeiro Campos (Cândido do Pavão) para ocupar o cargo de Intendente.

A fim de demonstrar sua força no sul cearense, em 4 de outubro de 1911, dia de sua posse como primeiro intendente do recém-emancipado município de Juazeiro, Padre Cicero reuniu os chefes políticos da região para propor um ambicioso pacto de paz. A proposta tinha o objetivo de selar um acordo entre os coronéis, com o compromisso de extinguirem por completo suas milícias, constituídas de jagunços cangaceiros, conforme mencionava o artigo sétimo do referido documento: “Cada chefe, a bem da ordem e da moral pública, terminará por completo a proteção de cangaceiros, não podendo protegê-los e nem consentir que os seus munícipes, seja sob que pretexto for, os proteja dando-lhes guarida e apoio”.

Este documento histórico, que ficou conhecido por “Pacto dos Coronéis”, foi subscrito por representantes de 17 municípios, dentre os quais a vila de Milagres, que a mando do chefe Domingos Furtado, se fez representada por seu primo coronel Manuel Furtado de Figueiredo e o emergente major Zé Inácio.  Como não poderia ser diferente, a iniciativa do Padre Cícero não obteve nenhum efeito prático. 

Os coronéis continuaram em pé de guerra, em infindáveis lutas pelo poder. Como evento histórico, serve com registro de uma boa iniciativa do Padre Cícero, como também registra um relevante capítulo na ascensão política do major Zé Inácio.

domingo, 23 de agosto de 2020

A Crônica do Domingo

Pequenas efemérides da nossa História: há 75 anos, a Família Imperial retornava ao Brasil

     O Brasil está hoje em uma decadência como jamais esteve em sua História. A moralidade pública desapareceu por inteiro, o descrédito da classe política não poderia ser maior, só há desesperança e desânimo nas instituições públicas. No entanto, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança (atual Chefe da Casa Imperial do Brasil) e os ideais da Monarquia pairam por cima de todas essas baixarias, constituindo uma autêntica reserva moral da Nação, à espera de dias melhores, que, temos plena certeza, virão.... E que talvez estejam mais perto do que parece!

     Depois da quartelada de 15 de novembro de 1889, o Imperador Dom Pedro II e os seus foram expulsos do território nacional pela odiosa Lei do Banimento (Decreto 78-A de 21 de dezembro de 1889), que seria revogada somente em 1920. Entretanto, dificuldades de toda ordem – em não pouca medida, causadas pelo confisco ilegal dos bens da Família Imperial Brasileira pelos novos donos do poder – impediram um retorno definitivo até o dia 21 de agosto de 1945 – precisamente há setenta e cinco anos.

    As esquerdas brasileiras se gabam de terem comprovado a fidelidade à sua ideologia enfrentando o mais longo exílio político de nossa História; aliás, aproveitam-se disso para conseguir indenizações milionárias. Mas a verdade é que o exílio da Família Imperial foi muito mais longo e penoso: 56 anos, durante os quais seus membros conservaram um amor acendrado pela Pátria e a disposição de servi-la sem jamais pedir algo em troca, especialmente vantagens financeiras.

       Com a derrota da Alemanha Nazista e o término dos combates da Segunda Guerra Mundial na Europa, em maio de 1945, logo chegou a notícia de que um navio português, o Serpa Pinto, embarcaria de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro.

      Vivendo na França, país onde nascera, o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, imediatamente telegrafou, reservando passagens para si, sua esposa, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, e seus quatro filhos, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, os Príncipes Dom Eudes e Dom Bertrand e a Princesa Dona Isabel de Orleans e Bragança – de seis, cinco, quatro e um ano de idade, respectivamente; todos nascidos em exílio, mas devidamente registrados na representação brasileira competente (foto ao lado).

      Em suas memórias ainda inéditas, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, hoje Chefe da Casa Imperial do Brasil, registrou o que se lembra daquele momento inesquecível: 

“A névoa cobria a Baía de Guanabara na manhã de nossa chegada, e por isso nós só pudemos ver nesgas da maravilhosa paisagem: um pouco do Pão de Açúcar e, de vez em quando, o Cristo Redentor aparecia entre as nuvens, como para nos dar as boas-vindas e nos abençoar".

“Entretanto, mais uma coisa me impressionou profundamente nesse dia: foi o modo como os monarquistas brasileiros, que tinham vindo a bordo para nos receber, cumprimentavam meus Pais e a nós, crianças. Havia algo de respeito, de veneração e de esperança, mais nos seus gestos que nas suas palavras, que me fez sentir claramente que eu tinha, do mesmo modo que meu Pai, uma missão, um dever para com o País que eu via pela primeira vez. 

“Creio que, para mim, foi uma graça de Deus o fato de que o Rio de Janeiro estivesse coberto de névoa quando chegamos, pois é possível que o panorama da Guanabara, à luz de um belo dia de sol, de tal maneira me deslumbrasse, que eu não teria percebido algo de muito mais alto, que eram as almas dos brasileiros que nos acolhiam e o dever que isso significava para mim.”

    No Rio de Janeiro, a Família Imperial morou inicialmente no bairro de Santa Teresa, antes de transferir-se para Petrópolis (e, posteriormente, para um pequena fazenda no Norte do Paraná) (...) Nas seis décadas em que foi Chefe da Casa Imperial, de 1921 até o seu falecimento em 1981, o Príncipe Dom Pedro Henrique soube encarnar os valores de nossa Monarquia, dando ao Brasil o exemplo como pai de família e católico exemplar. Passados 75 anos de seu aguardado retorno à Pátria, seu filho primogênito e sucessor dinástico, Dom Luiz de Orleans e Bragança, tem dado prosseguimento à missão da Família Imperial.

(Excertos de matéria publicada no Face Book Pró Monarquia)

NATURALIZANDO A PANDEMIA - Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Repito sempre que não ignoro o valor das estatísticas; a minha bronca vem do fato de que elas banalizam tudo. Vejam como as perdas humanas da pandemia estão virando estatística; meros números, como se tudo pudesse ser resumido dessa forma.

Isso decorre da forma como as pessoas passaram a encarar o contágio, decidindo pela fuga do isolamento, sem demonstrar mais o receio inicial.Advertido por sair de casa, correndo perigo de contrair o vírus, o cidadão reage, à esta altura, com o recorrente: ‘E daí” ?

“ A minha paciência acabou, basta dessa prisão”, é desabafo de quem já está de saco cheio com a reclusão imposta. E fazem até piada: “Sabem por que o pardal não aprendeu a cantar? Para não viver preso na gaiola”.

De fato, esse presente lamentoso não dá mais Ibope nas conversas ou nos encontros entre aqueles que não respeitam a Covid-19. O comportamento atual se concentra em debater o futuro, o “novo normal” e um isolamento “excessivo”, que se destinou a poupar a precária estrutura de saúde do país.

Arautos de uma nova convivência e gente premonitória, são o pau que rola, nesses tempos contraditóriosAs pequenas alterações dos números da economia, para melhor, apontam que o melhor caminho é olhar para o futuro e pouco para o cenário presente.

Diante de tantas informações, algumas distorcidas, será que é isso mesmo?Eu, pelo menos, já estou quase encerrando os cinco meses de “concentração”.

Pode ser ou é ainda muito perigoso?

sábado, 22 de agosto de 2020

Sacerdotes católicos que ficaram no imaginário popular do Cariri

Joaquim e Vicente Sother de Alencar: dois irmãos padres
Barbalha, no início do século XX. Lá os dois irmãos passaram a infância

    O sobrenome era o mesmo: Sother de Alencar. Os pais de ambos foram Vicente Pereira de Alencar e Maria Regina de Alencar. O local do nascimento desses dois sacerdotes ocorreu na mesma cidade: Assaré. O mais velho chamava-se Joaquim e o mais novo Vicente. Ainda na primeira infância seus pais fixaram residência na cidade de Barbalha. Foi lá que Joaquim e Vicente sentiram o chamado para a vocação sacerdotal.  Ambos foram semelhantes no exercício de um profícuo sacerdócio, vivido na entrega total ao semelhante e voltado para a construção do Reino de Deus. E tanto Joaquim, como Vicente morreram com fama de santidade.

     O Padre Joaquim Sother de Alencar iniciou seus estudos no Seminário São José de Crato. Posteriormente estudou no Seminário da Prainha em Fortaleza e dali seguiu para Salvador na Bahia onde foi ordenado em 17 de dezembro de 1882. Voltando ao Ceará foi pároco coadjutor de Barbalha e professor do Seminário em Crato. Era o confessor do Padre Cícero Romão Batista com quem manteve leal amizade, principalmente nas agruras que este sofreu no relacionamento com o segundo Bispo do Ceará.

      Falando sobre o Padre Joaquim Sother de Alencar, assim se refere o Álbum Histórico do Seminário de Crato: “Nunca lhe maculou o espírito e o coração a vaidade de aumentar-se ou de fazer figura, mau grado a sólida formação que recebeu e os conhecimentos que possuía. Seu maior prazer era viver entre os simples, escondido do mundo”. Tanto que foi viver na acanhada vila de Farias Brito (à época chamada Quixará), onde passou mais de vinte anos trabalhando para o bem espiritual daquela população e ganhando almas para Deus, até que a morte o encontrou no dia 25 de janeiro de 1914. Foi sepultado na Igreja-matriz de Farias Brito.

      Já o Monsenhor Vicente Sother de Alencar ordenou-se em 1897 na cidade de Fortaleza. Depois foi vigário de Barbalha, Jaguaribe, Jardim, Triunfo e Ouricuri (as duas últimas localizadas no Estado de Pernambuco). Em 1915 – quando Joaquim já havia morrido – Vicente veio residir em Crato, onde foi professor do Seminário e Vigário Geral da Diocese de Crato. Nas ausências de Dom Quintino governou várias vezes a recém criada Diocese de Crato. E quando Dom Quintino faleceu, Monsenhor Sother foi escolhido Vigário Capitular, onde permaneceu até 13 de janeiro de 1932, data da posse do segundo bispo, Dom Francisco de Assis Pires que o manteve Vigário Geral da Diocese, cargo exercido até 1944.

    Durante vinte anos, Monsenhor Vicente Sother de Alencar foi capelão da Casa de Caridade, onde celebrava diariamente às cinco horas da manhã. Sacerdote culto, dotado de modéstia e humildade exemplares, reto no cumprimento de suas obrigações, zeloso no seu apostolado era tido por todos como uma alma santa, cuja bondade foi lembrada durante muitos anos após sua morte, nesta cidade de Crato.

Texto e postagem: Armando Lopes Rafael

Não se preocupe, você é meu e eu sou seu - Por Antônio Morais.


Apesar  do povo ser desmemoriado, muitos devem lembrar  aquela troca de mensagens do líder do PT Cândido Vaccarezza com o Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. No plenário da CPI da delinquência.

Os repórteres  colaram e gravaram  o mal caráter e a imprensa disseminou : do Vaccarezza para o Cabral - "Não se preocupe, você é meu e eu sou seu".

Pois bem o Sérgio Cabral  mofa na cadeia  faz um bom tempo condenado  a 300 anos. Já  Vaccarezza  teve melhor sorte  foi condenado a penas mais leves embora  ande  de tornozeleira na canela, o que nada há de representar para  quem não tem vergonha nem caráter.

O que me invoca é  que não serviu de exemplo.  As práticas continuam as mesmas. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Sergio Moro é mais - Por Antônio Morais.


Aquela "carreirinha" rápida do ex-deputado e ex-assessor especial do ex-presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) com uma mala com R$ 500 mil que ele recebeu do grupo J&F supostamente como pagamento de propina ajudou a eleger Jair Bolsonaro. 

O homem mostrava-se valente e firme no combate a corrupção, contrário aquela prática e modo nocivo e seboso de fazer politica. O povo vendo a corrupção desenfreada dos governos anteriores e as propostas do Bolsonaro não teve dúvidas, foi na onda e quebro a cara direitinho.

No incio do governo Bolsonaro o Temer chegou a ser preso, hoje, o homem é o "Secretário Especial para assuntos internacionais do governo Bolsonaro", e, conforme noticia a imprensa brasileira o presidente Bolsonaro solicitou e orientou o PGR a se reunir com o poderoso grupo J&S que seduziu os governos Lula, Dilma e Temer no passado.

Bolsonaro em nada difere dos anteriores, é farinha da mesma mandioca puba,  nojenta e sebosa..

Sergio Moro é mais - Por Antônio Morais.

É vergonhosa  a disposição de Bolsonaro e seus puxadinhos de  bajuladores subservientes em atribuir fatos e noticias ao Sergio Moro sem nenhum  fundamento e sem nenhuma verdade.

Quando Sergio Moro deixou o governo,  declarou as razões e motivos de sua decisão. Tudo provado com o passar do tempo. Boa parte  pelo próprio presidente em suas declarações e depoimentos à imprensa.

 

Já as acusações ao Sergio Moro foram desmentidas, uma a uma. O governo  apresentou a assinatura  do ministro  no documento da demissões  do diretor  da Policial  Federal, mentira, depois teve que fazer um outro documento sem a assinatura do ex-ministro. Bolsonaro teve a cara de pau  de afirmar que o Sergio Moro  propôs  a demissão do Diretor  da Policia  Federal  em troca de sua  indicação para  o STF, mentira,  no outro dia  o país conheceu a verdadeira versão. A  mensagem  partiu do governo através da deputada federal Carla Zambelli.

Agora surge o tal dossiê antifascista. Vem o documento com data para sua criação exatamente no  dia que o Sergio Moro deixou o governo. 

O pior é observar o presidente do STF defendendo por antecipação o Ministro da Justiça de responsabilidade com a "arapongagem". 

Aquela expectativa que o brasileiro tinha de melhorar a qualidade do STF com as indicações do governo Bolsonaro foi para o lixo. Já era.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Brasil já tem pelo menos 11 mil fichas suja, diz estudo - Por o Antagonista.


Mais de 11 mil gestores públicos devem ser proibidos de concorrer nas eleições deste ano com base na Lei da Ficha Limpa. Segundo levantamento da Associação dos Membros de Tribunais de Contas (Atricon) publicado por O Globo, são prefeitos, vereadores, servidores e funcionários de empresas condenados em segunda instância por atos administrativos ilegais.

O estudo levou em contato os dados dos 15 estados que já mandaram relatórios ao Tribunal Superior Eleitoral. O prazo termina em 25 de setembro.

As principais irregularidades cometidas pelos “ficha-suja” são não ter gasto o mínimo legal com saúde e educação, cobrança ilegal de contribuições previdenciárias ou irregularidades em licitações e contratos públicos.

A “DOENÇA”DOS TÉCNICOS: O “TATIQUÊS” - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Num ensaio sobre os limites, o genial Luis Fernando Veríssimo traz uma conclusão de Santo Agostinho, segundo a qual, entre todas as tentações do homem, a pior é a “doença da curiosidade”.

Para o Santo, ela nos leva a especular sobre as razões da existência e os mistérios do universo ou sobre tudo que está além da compreensão humana.

Em resumo: tentar compreender mais longe só traz perplexidade e angústia, embora com a visão que aceita as explicações da fé.

Esse texto me levou a refletir sobre os técnicos de futebol, acometidos ultimamente pela “doença do tatiquês”, onde falar sobre a geometrização dos esquemas táticos é mais interessante do que falar sobre o jogo.

Nada contra a curiosidade geradora de novas formas esquemáticas, mas nos parece que o erro está no excesso com o fito de impressionar.

Agora mesmo, o grande Guardiola está sendo varado por criticas pela desclassificação da Liga dos Campeões, diante do Lyon, sétimo colocado do campeonato francês. O técnico virou acusado de “inventor” de um esquema complicado.

Tite, treinador da seleção brasileira, tomado por um certo deslumbramento, tem procurado traduzir o seu “tatiquês” com linguagem messiânica e empolada, como se tivesse redescoberto a pólvora e o macarrão.

Rogério Ceni tem, também, os seus “lançamentos”, nem sempre justificados, com a vantagem de se ancorar num saldo positivo de resultados.

Por qualquer simples modificação introduzida durante uma partida, estão exumando sistemas táticos do começo do século passado, como que por puro diletantismo, já que se tratam, no duro, de alterações circunstanciais.

Seria hora de revisitar o Neném Prancha, lendário treinador de praia do Rio de Janeiro. Aprender que o futebol não comporta curiosidades demais e rebuscamentos em excesso.


“A imprensa pode falhar, mas a premissa é buscar a verdade” - Por Sergio Moro.

 

Moro escreveu:

“Fatos são coisas teimosas e quaisquer que sejam os seus desejos ou inclinações ou os ditames de sua paixão, eles não podem alterar o estado dos fatos e da evidência”, disse John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, em defesa bem-sucedida que foi apresentada, quando era advogado, em favor de soldados britânicos envolvidos no denominado "Massacre de Boston".

Pessoas mentem. Algumas às vezes, outras frequentemente. Essa é uma questão moral, por vezes pode ser criminal, mas, em geral, a mentira veiculada individualmente, embora reprovável, não é algo que possa ser totalmente controlada e nem é desejável um controle completo sobre esse tipo de conduta, sob pena de engessamento de nossas relações sociais.

A imprensa pode, eventualmente, incorrer em erros e faltar com a verdade. Se isso ocorre, os prejudicados podem pedir direito de resposta, retificação ou indenização. Mas há de se reconhecer que a imprensa, apesar de suas falhas, pelo menos age sob o princípio de que sua missão é o de veicular notícias verdadeiras, com uma pretensão de correção. Ela pode falhar, mas há uma premissa de buscar a verdade.

A capivara do líder de Bolsonaro - Por José Newmanne Pinto.



Nesta terça-feira, 18 de agosto de 2020, o presidente Jair Bolsonaro recebeu seu novo líder na Câmara dos Deputados, Ricardo Barrros, do PP de Arthur Lira e, portanto, do Centrão, com palavras de celebração: “muito feliz e muito grato com a chegada dele para mudar o Brasil”. 

Ex-líder de FHC, do PSDB, ex-vice-líder de Lula e Dilma, do PT, e ex-ministro da “Saúde” de Temer, do MDB, o conviva é também proprietário de uma fornida folha corrida nos arquivos do combate à corrupção: condenado a ressarcir o erário por fraude na venda de maquinário no Paraná, citado nas planilhas do propinoduto da Odebrecht, denunciado pelo MPF de Augusto Aras por “improbidade administrativa” e acusado de receber R$ 5 milhões de propina da Galvão Engenharia, ele atende ao figurino dos “20 meses sem corrupção”, que os bolsonaristas fiéis ao “mito”, comemoram, cegos pelo fanatismo, como não surpreende ninguém.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Teria sido bem melhor mesmo - Por Antônio Morais.


O ministro do STF Edson Fachin criticou a escalada autoritária no país e afirmou que as eleições de 2018 teriam sido mais democráticas se Lula tivesse participado. 

Diz que vivemos uma recessão democrática. Eu concordo plenamente, teria sido bem melhor se o Lula tivesse participado porque teria ocorrido o que aconteceu em Minas Gerais com a ex-presidente Dilma, as manobras do senador Renan Calheiros e do ministro Ricardo Lewandoski para torna-la elegível não sortiram efeito. "A Dilma tirou o quarto lugar numa eleição de quatro concorrentes".

O Lula teria sido enterrado como a Dilma foi e não estava aliado ao Bolsonaro na destruição da Lava Jato com influência que ainda tem nas instâncias da justiça.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Mais canhões e menos escolas - Por José Neumanne Pinto.


O Ministério da Defesa terá um acréscimo de 48,8% em relação ao orçamento deste ano, passando de R$ 73 bilhões para R$ 108,56 bilhões em 2021. 

Já a verba do Ministério da Educação deverá cair de R$ 103,1 bilhões para R$ 102,9 bilhões. Como a única guerra travada pelos generais no governo é contra os inimigos criados pelo “gabinete do ódio”, aumento da verba engordará soldos e soldados. 

Os valores, não corrigidos pela inflação, consideram todos os gastos das duas pastas, desde o pagamento de salários, compra de equipamentos e projetos em andamento, o que inclui, no caso dos militares, a construção de submarinos nucleares e compra de aeronaves. 

Os reitores de universidades federais alertaram que a redução do dinheiro pode inviabilizar atividades nas instituições. Ou seja, a instrução pública viverá à míngua.

A hecatombe que não valeu - Por Antônio Morais.

 

Na eleição de 2018 para o Senado Federal houve uma hecatombe. Foi esse o termo usado  pelo mandrião Renan Calheiros dirigindo-se  ao senador Cid Gomes quando se deu por derrotado. Das 54 cadeiras, 46 foram renovadas. Essa renovação gerou uma expectativa e esperança entre os brasileiros que tivéssemos novo modelo de encarar a coisa publica, sem as manobras sebosas e nocivas que costumávamos vê.

Mais que nada. O Alcolumbre, o batoré se converteu num  "renanzinho" piorado e levou o senado junto com ele. Foi eleito por um colegiado de 81 senadores onde resultou em 82 votos. Essa fraude nunca foi levantada e apurada. O circo criado por Katia Abreu foi resolvido com um ramalhete de flores e um abraço oferecido depois de eleito. 

Uma canalhice completa. Pouca vergonha.

Do Senado Federal resta-nos a saudade de Nilo Coelho, Afonso Arinos, Petrônio Portela, Virgílio Távora, Pedro Simon, Franco  Montouro, Mário Covas, Paulo Brossard  entre tantos.

Gilmar só quer destruir Moro - Por José Newmanne Pinto.

 

Isabel tinha razão quando me criticou por ter elogiado Gilmar Mendes por seu alerta aos militares sobre genocídio de Bolsonaro. De fato, o criador do habeas corpus canguru só tem hoje um objetivo em mente: destruir Sérgio Moro. 

Ele foi o primeiro a escolher esse inimigo ainda no mensalão, quando a Lava Jato mostrou que não tinha o PT como único alvo no combate à corrupção e começou a investigar os tucanos, cúmplices dos petistas. 


Então, associou-se a Toffoli e Lewandowski no STF, a corruptos de Câmara e Senado e agora ao mais novo desafeto do ex-juiz, o presidente Jair Bolsonaro. 

A absurda liminar em que contrariou a decisão do verdadeiro prevento do caso Queiroz, Félix Fischer, do STJ, mandando o empregadinho da famiglia presidencial para casa com tornozeleiras que não funcionam, ao lado da mulher que era foragida da Justiça, é apenas mais um passo, a ser seguido dia 18 pela condenação de Deltan e, depois, com a liberação para Lula se candidatar e, afinal, a punição de Moro, a começar pela surrealista quarentena de oito anos para não disputar a eleição de 2022 contra o chefe do governo.

Celso de Mello suspende ações contra Deltan Dallagnol no Conselho do Ministério Público - Gl.com

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello suspendeu, na noite desta segunda-feira (17), a tramitação de dois processos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) as quais responde o procurador Deltan Dallagnol.

Nos dois procedimentos, os autores pedem que Dallagnol seja removido do posto de coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Os casos estavam previstos para análise do CNMP nesta terça (18), mas devem ser retirados de pauta devido à decisão.


Uma das ações, de caráter disciplinar, foi apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo o parlamentar, Dallagnol fez campanha na internet para atacá-lo, influenciando nas eleições para presidente do Senado.

O outro processo questionado pela defesa de Dallagnol é um pedido de remoção apresentado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO).

Nele, a parlamentar afirma que o procurador foi alvo de 16 reclamações disciplinares no conselho, firmou o acordo com a Petrobras para que R$ 2,5 bilhões recuperados fossem direcionados para fundação da Lava Jato e ainda deu palestras remuneradas.

A decisão de Mello atende a um pedido da defesa de Deltan Dallagnol, que afirmou ao STF que há irregularidades no andamento dos processos no Conselho – entre eles, que não foi assegurado o amplo direito de defesa.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O esquema de Bolsonaro - Por Fernando Gabeira.


Fernando Gabeira.

Jair Bolsonaro sabia que, depois da prisão de Fabrício Queiroz, “seu esquema ficaria evidente para qualquer analista político, independentemente do grau de miopia”.

“Vários mandatos na família, pouco mais de uma centena de funcionários, uma boa parte fantasma, e estava resolvido o problema financeiro de campanha e melhoria de vida, capitalizando em negócios imobiliários. 

Era preciso reencontrar o Centrão, um grupo do qual nunca esteve distante. Seus partidos ao longo dos 28 anos de mandato sempre foram fisiológicos. E o Centrão não significa apenas garantia contra impeachment. Há ali toda uma sabedoria de como se dotar de uma pele de elefante para se escudar das críticas .

Um presidente apoiado no Centrão não será novidade. Bolsonaro não se interessa tanto pelo Líbano quanto pelas fórmulas do MDB de Temer para manter a fidelidade de deputados em caso de processo.


O MASSACRE DO ESTÁDIO DA LUZ - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Estádio da Luz.

Certas derrotas não se prestam para o riso e o choro, elas só precisam ser compreendidas, neste jogo fascinante chamado futebol.

Indescritível o quadro de angústia, quando um gigante do futebol é massacrado por uma goleada humilhante para uma platéia mundial.

Mesmo se considerando que o acachapante resultado se deu diante de uma força de igual quilate.

Mas, o placar de 8 X 2 extrapolou as medidas.

Se reconhece que o Bayern de Munique tinha as melhores credenciais para o jogo, num momento em que o Barcelona atual passa muito longe dos tempos de Guardiola.

Impressionou a figura de Messi, como um cavalheiro abandonado por tristes figuras do seu time desfibrado.

Sempre achei que mesmo os gênios do futebol precisam de boas companhias para obter a glória das grandes vitórias.

Mesmo Pelé, o maior do mundo, precisou ser bem acompanhado por craques fora de série no Santos e na Seleção.

Mas, o tempo passa e as coisas mudam: o Barcelona sofre o seu ocaso, passando por vexames iguais aos que ele inflingiu aos seus adversários nas melhores fases.

“O futebol dá, o futebol tira”, é a lei do jogo.

Sérgio Moro é mais - Por Antônio Morais.

General Santos Cruz.

De todos os ministros do governo Bolsonaro que foram afastados eu faço uma defesa velada apenas do Santos Cruz e do Sergio Moro. Os demais aceitaram calados e passivos serem traídos e defenestrados pelo mandrião Jair Bolsonaro.

Gustavo Bebiano, o primeiro demitido com menos de um mês de governo saiu chorando e mendigando desculpas do presidente. Mandetta botou terno novo e foi discursar na posse do seu substituto o ministro Tehc que durou menos de um mês no cargo, demitido saiu calado. Sem dúvida a mais desqualificada foi Regina Duarte que se despediu do governo numa cena quase de amor explicito com o presidente.

Santos Cruz caiu porque se opôs ao financiamento de blogs pró Bolsonaro e teve a grandeza de denunciar a ingerência dos filhos do presidente na tentativa de locupletar o Governo Federal de milicianos do Rio de Janeiro. 

E, por fim, o Sergio Moro que se demitiu porque não passou a mão na cabeça e não acobertou os maus feitos dos filhos e amigos milicianos do presidente. 

Sergio Moro é Sergio Moro, nunca amparou e acobertou crimes de ninguém, não era como ministro da república que ia fazer, até porque tinha recebido do presidente "carta branca" para atuar no combate a corrupção. 

Traído de forma covarde e vil, hoje para quem entende ou quer entender, tudo que Moro falou sobre a conduta do presidente Bolsonaro está devidamente comprovado. 

Graças ao Sergio Moro o Brasil tomou conhecimento daquela malfadada reunião em que o Moro teve a hombridade de se retirar, e o povo testemunhou uma das  cenas  mais  nefastas  desta republiqueta de meia pataca.

domingo, 16 de agosto de 2020

Sai Guedes, entra Campos? - Por o Antagonista

O ministro da Economia, Paulo Guedes, discursa na solenidade de transmissão de cargo. O Palácio do Planalto já está fritando Paulo Guedes.

“O relacionamento entre Jair Bolsonaro e Paulo Guedes trincou. O presidente não perdoa o titular da pasta da Economia por ter jogado no ventilador o debate interno sobre gastos públicos. Classificou o comportamento de ‘desleal’. Irritou-se com o uso do termo ‘impeachment’. Dividiu sua insatisfação com auxiliares. Tomado pelas palavras, Bolsonaro já não exclui a hipótese de substituir Guedes.

"Menciona-se no Planalto o nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como alternativa para o Ministério da Economia. A exemplo do que ocorreu com Sergio Moro, a troca de Paulo Guedes deixou de ser um tabu no governo.”

O bloco palaciano do fura-teto já escolheu seu candidato, portanto. E ninguém vai reclamar da saída de Paulo Guedes.

Sérgio Moro é mais - Por Antônio Morais.

Ex- juiz Sergio Moro.

Sergio Moro começa novo trabalho em Brasília. Ex-ministro ainda cumpre quarentena remunerada, mas começará a dar aula na universidade local.

Quase quatro meses após deixar o governo Jair Bolsonaro, o ex-ministro Sergio Moro está iniciando outra atividade profissional em Brasília: professor universitário. No início desta semana, Moro deu uma aula magna para o Centro Universitário de Brasília, Ceub.

O ex-ministro irá ministrar aulas de 15 em 15 dias, por enquanto todas virtuais, assim como a aula inaugural.

Apesar de estar sob quarentena remunerada por seis meses, contados a partir da saída do governo, Moro está impedido apenas de exercer profissões ligadas à advocacia. Sendo assim, a profissão acadêmica não viola as regras a que está submetido.

No momento em que o doleiro dos doleiros está devolvendo aos cofres públicos a bacatela de 1.000.000.000,00 um bilhão de reais pouca gente observa que essa devolução é fruto do trabalho da Lava Jato, do Sergio Moro, e, o pior que estes recursos estão voltando para as mãos do mesmos corruptos que o surrupiaram. 

Bolsonaro, Centrão e a cambada de filhos, aliados e amigos milicianos.

Deficiente - Por Mário Quintana.

Mário Quintana.

Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para os seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da mascara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior deficiência é ser miserável, Pois:

Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

A amizade é um amor que nunca morre!

sábado, 15 de agosto de 2020

Sérgio Moro é mais - Por Antônio Morais.

 

Apoiadores da Lava Jato realizaram na manhã deste sábado carreatas em defesa da operação em várias cidades do Brasil.

Em Brasília, a concentração começou em frente ao prédio da PGR e terminou em frente ao Museu da República.

Sergio Moro comentou as carreatas a favor da Lava Jato realizadas neste sábado em várias cidades do país: O legado da Lava Jato é do povo brasileiro que não admite corrupção, desvio de dinheiro público e impunidade”, afirmou.

Mandetta e a “sabotagem completa” de Bolsonaro - Por o Antagonista.



Em sua entrevista ao The Guardian, Luiz Henrique Mandetta reafirmou que o combate à pandemia foi comprometido pelo “total desprezo” de Jair Bolsonaro pela ciência.

O ex-ministro da Saúde citou a fala do presidente sobre a “gripezinha” e sua insistência em defender o uso da cloroquina no tratamento de Covid-19.

“É interessante que ele rejeite totalmente a ciência e zombe de todos aqueles que falam de ciência. No entanto, quando há qualquer perspectiva de uma vacina, ele é o primeiro a bater à porta da ciência, como se uma vacina fosse redimi-lo.”

“Quando você está em uma situação em que se cerca de pessoas que dizem o que você quer ouvir e não o que é a verdade, o líder acaba se cegando para o que está acontecendo”, disse. “Ele escuta, mas não ouve. Ele olha, mas não vê. ”

A origem da invocação de Nossa Senhora da Boa Viagem


   Neste dia 15 de agosto, centenas de cidades brasileiras festejam suas Padroeiras, veneradas sob diversas invocações. Uma delas é a Nossa Senhora da Boa Viagem. 

Imagem de Nossa Senhora da Boa Viagem

    A devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem é muito comum sobretudo no Brasil e em Portugal. Para os portugueses ela sempre foi considerada a padroeira dos navegantes, já para os brasileiros ela se tornou a protetora dos viajantes, romeiros e peregrinos. Mas qual é a origem desta devoção que é tão invocada pelos fiéis que pretendem empreender alguma viagem? A invocação de Nossa Senhora da Boa Viagem tem origem nos templos bíblicos, quando a Mãe de Deus, em pelo menos quatro momentos realizou viagens para cumprir com a vontade de Deus.

   A primeira destas viagens foi feita à sua prima Santa Isabel, mãe de São João Batista (Lucas 1, 39-80). A segunda ocorreu por ocasião do recenseamento, quando Nossa Senhora, aos nove meses de gestação, empreendeu viagem de Nazaré até Belém (Lucas 2). A terceira foi a fuga da Sagrada Família para o Egito, fugindo da fúria de Herodes (Mateus 2, 13-15). E a quarta, foi quando a Sagrada Família voltou do Egito para Nazaré, após a morte de Herodes (Mateus 2, 19-23).

    Por conta dessas viagens empreendidas por Nossa Senhora com espírito de Fé, amor, paciência e coragem, apesar de todos os riscos, foi que a Mãe de Deus recebeu o título de Nossa Senhora da Boa Viagem. Assim ela se tornou a padroeira de todos os viajantes, que sempre pedem o seu auxílio e proteção durante suas viagens. O santuário mais antigo dedicado à Nossa Senhora da Boa Viagem foi construído na província portuguesa de Arrabia, próxima de Lisboa, no ano de 1618. A primeira capela brasileira dedicada a esta invocação mariana foi construída na Praia de Boa Viagem, em Salvador, Bahia.

     A devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem chegou ao Brasil através dos descobridores portugueses, que em meio aos perigos e solidão do mar, invocavam a Mãe de Deus, pedindo que os livrassem da morte e os conduzissem ao bom porto.

Nossa Senhora da Boa Viagem: Padroeira de Belo Horizonte

     A Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem foi construída no século 18, para receber a imagem de mesma invocação, proveniente de Portugal. O templo ficava na rota dos tropeiros que exploravam o interior do Brasil em busca de riquezas. Ao redor dessa pequena capela, formou-se o Arraial Curral Del Rey, povoado que deu origem à Capital Mineira. Com o crescimento do povoado e da devoção a Nossa Senhora da Boa Viagem, foi edificada uma igreja maior, posteriormente demolida para a construção da atual catedral de Belo Horizonte. Este templo, em estilo neogótico, foi concluído em 1923 e está onde, no passado, a primeira Igreja foi erguida, ou seja, no marco zero de Belo Horizonte.

Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem de Belo Horizonte

(Fonte: Gaudium Press)