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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 30 de abril de 2018

INCOMPETÊNCIA HOMENAGEADA - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.

Já foi dito que se existe uma coisa que não caduca é a incompetência dos dirigentes do futebol brasileiro. Sejam eles de clubes ou federações.
Há um engano terrível ao se julgar que se terá, através da CBF, uma reformulação total e necessária no futebol brasileiro.
A força para a revolução que se impõe está, e sempre esteve, nas mãos dos clubes.
O futebol se dá através dos clubes, e não das federações e confederações.
Só que as agremiações não sabem, (ou não querem) ser, legitimamente, o poder.
E olha, há bastante tempo, a casa bandida do futebol só pensa no dinheiro que a seleção brasileira lhe proporciona.
Vejam um pequeno exemplo: a Primeira Liga. Lembram?
Vista como um embrião para uma liga de abrangência nacional, foi perseguida pela CBF até virar uma miragem.
A competição que ela bolou está nos estertores, transformada em torneios relâmpagos, não confirmados.
Agora, a incompetência se juntou a um golpe dado na jugular de quem imagina ser possível desratizar o comando do nosso futebol.
Marco Polo Del Nero, componente da dinastia João Havelange, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e outros ladravazes menores, foi banido do futebol mundial pela FIFA.
O que os nossos dirigentes de clubes e federações deviam ter feito?
Aproveitar a oportunidade para a formação de uma liga poderosa, responsável por um choque de gestão em beneficio de um futebol novo, forte e melhor organizado.
Futebol novo e nova política. E o que fizeram?
Simplesmente votaram, quase que maciçamente, em um preposto do BANIDO, Marco Polo Del Nero.
Rogério Caboclo. É este o nome do pau mandado de um corrupto internacional, que vai conduzir a milionária Confederação Brasileira de Futebol.
Chega-se à conclusão de que só uma passadinha da operação Lava Jato nesse lugar de conluios, resolveria o problema.
Por enquanto, o feudo vai continuar mantido pelo voto dos lacaios.

Festa do Arroz - 1956 - Por Antônio Morais


Rainha da festa do arroz - Várzea-Alegre 1956.


Em 1956, Várzea-Alegre teve uma das maiores safras de arroz de todos os tempos. Promoveu grandes eventos para comemorar o resultado da lavoura.

Festas com diversos tipos de competições e pela primeira vez foi apresentada na região uma moderna maquina de colher Arroz. Já se conhece o desastroso resultado da colheitadeira na roça do nosso de  José Piau.

A maquina mal ajustada tanto colhia como derramava o arroz deixando sem condições de consumo.

Mas, não podemos negar ter sido o maior rebuliço a apresentação daquela maquina nunca conhecida nem no imaginário. A questão é identificar a “Rainha da festa do Arroz de 1956”, foto acima.

Foi minha professora no Ginásio São Raimundo de 1965 a 1968. Professora de Artes Industriais. A foto foi enviada por Geovani Costa.

Vamos lá.

A seita da missa negra excomunga quem quer parar de mentir - Por Augusto Nunes.



Palocci caiu em desgraça por ter decidido contar o muito que sabe sobre as patifarias de Lula e Dilma.

Ex-ministro dos governos petistas, Palocci foi homem de confiança de Lula e Dilma. Recentemente fechou acordo de delação com a PF.

Enquanto gerenciou a conta de Lula (codinome Amigo) no Departamento de Propinas da Odebrecht, Antonio Palocci (o Italiano) manteve o título de melhor ministro da Fazenda de todos os tempos. A patente lhe foi conferida pelo ex-presidente da República quando teve de afastar do cargo o estuprador do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Enquanto cuidou de abastecer com dinheiro sujo o caixa de campanha de Dilma Rousseff, Palocci foi um dos três porquinhos de estimação da candidata. Quando teve de despejá-lo da chefia da Casa Civil, a pior governante da História até chorou.

domingo, 29 de abril de 2018

04 - Qui nem Antõe num tem - Por Antônio Morais.


Zelim  costumava  colher limão no sitio  Baixio onde morou por um bom tempo e vendia nas casas comerciais da cidade.

Certa feita, o seu cliente Antônio Cavalcante,  nosso ilustre Pista, adquiriu duas duzias do fruto. Ao separá os frutos escolheu 30 unidades, afirmando que  uma duzia agora por determinação do governo e da lei passou a ser 15 e não 12. Zelim ficou esperto, mas, nada disse.  

Terminada a venda dos frutos voltou ao mercantil do Pista e comprou uma dúzia de ovos. Contou 15 unidades.  Depois de alertado pelo proprietário que uma duzia era apenas 12 e não 15, Zelim argumentou : Espere,  há pouco tempo uma dúzia era 15, agora voltou a ser 12? 

Bem que Antõe de Raimundo Menezes disse que a contagem estava errada, "qui nem Antôe num tem".


Minha meninice, coisas da vida real - Por Antônio Morais.


Na minha meninice vi muito o meu velho e saudoso pai dizer : "Agora ele encontrou o testo para sua panela ou ele caiu num cacimbão sem trave".

São ditos populares verecíveis. 

Quando o Pajé do PT escolheu a Dilma Roussef para lhe suceder eu falei um dos dizeres do meu nobre pai : "Agora  Lula  encontrou o testo para sua panela'.


A prepotência, a vaidade, a incompetência e burrice da Dilma perderam o controle dos crimes cometidos, e aí, o criador e criatura caíram  no  "Cacimbão sem trave". Não há quem os salve.

Viva Sérgio Moro. Salvem-se a decência, a moral e o direito.  

Fodam-se Lula e o PT.

sábado, 28 de abril de 2018

MUITO ESTRANHO - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares·

Ostentar poder é um perigo.

De forma automática, a atitude gera movimentos para destruição desse mesmo poder.

Em uma consulta ao seu médico ou analista, o manda-chuva certamente será orientado para usar o poder com moderação.

É nesse ponto onde reside o parangolé.

Muitos poderosos desse país estão descendo pela rampa do fracasso porque se lambusaram com o leite e o mel do afrodisíaco.
Se acharam suficientemente grandes para casar, batizar, prender, soltar e rasgar dinheiro dos outros.
O sentimento de grandeza desumaniza o ser, segundo Nelson, que é Rodrigues.
O que se passa no Brasil atualmente, é muito estranho.
Desconfio que a sociedade, o estado e a nação enlouqueceram e começaram a beber em direção ao fim, perdulários com a vida.
Um ex-presidente dá de costas para uma ordem de prisão.
Esnoba o “teje preso” e, depois, carnavaliza a rendição, com discurso e uns goles, que ninguém é de ferro.
Ex-ministro, poderoso em governo recente, estabelece um ritual de despedida surreal.
Dança, abraça os amigos e serve a própria bebida em uma festa onde se despede da liberdade rumo à prisão.
E admite: da cadeia, não saio mais.
Outros espetáculos dantescos não saem de cartaz, emblematizando o esporte da corrupção.
Muitas vezes, me pergunto: isto está acontecendo mesmo ou o escriba é que andou bebendo muito?
Esclareço que não bebo andando, prefiro sentado.
Ultimamente, estou privado até da inofensiva cervejinha.
Tudo é verdade, embora muito estranho.

Um ano de TRUMP, oito anos do Obama - Por Antônio Morais.


Um ano do TRUMP.

Economia crescendo em ritmo chinês, industrias e empregos voltando, o ÍSIS derrotado, Coreia do Norte procurando a Correia do Sul para conversar, recordes na bolsa de valores, corte de impostos, corte de regulações.



Oito anos de Obama :

É o primeiro presidente negro.


Por que Cassaco? Você sabe a razão? - Por Antonio Morais


A minha infância, como a de todos  os do meu tempo, foi  muito difícil, de muitas dificuldades. Famílias constituídas de muitos filhos, 08, 09,10 ou mais meninos e meninas. Renda familiar nenhuma. O chefe da família  vivia da agricultura  arcaica, da produção  de  arroz,  milho, feijão e algodão. Nos anos de  chuvas  colhia-se  legumes que não  tinham valor no mergado devido a grande oferta, já nos anos ruins de inverno  faltava de tudo.

Era previsível para 1970 uma grande seca, o que acabou por  se confirmar.  Restava ao  homem do campo o amparo escasso e oportunista do governo. Criavam-se  frentes de serviços, alistavam-se pessoas e se  engenhavam  alguns afazeres  como recuperação de estradas vicinais, construção de barreiros ou pequenos açudes, de modo a socorrer paliativamente  os  alistados conhecidos e chamados desrespeitosamente de "cassacos".

Assim é que o meu amigo Joaquim Mendes do Iputy, pai de uma reca de  15 meninos e meninas, enfrentou  os dias difíceis  daquela seca. Um dia,  Joaquim resolveu  se desfazer de um bode de estimação para com a renda  comprar alguns mantimentos. Abateu o bode e  vendeu por quilos na ribeira. Dias depois  resolveu ir  vender o couro do bode   ao comerciante Raimundo Silvino.

De passagem por uma turma de trabalhadores ou cassacos da recuperação de uma estrada, os mesmos resolveram zuar com o Joaquim.  Disse-lhe um deles, Joaquim vai vender o couro do bode?  Sim, estou indo vender. Eu lhe compro, dou-lhe 1 real.

Joaquim Mendes coçou o cangote e respondeu em cima da bucha:  Amigo, eu estou vendendo o couro de um bode que pesou  40 quilos, não é o couro de um "CASSACO" não! - Quem tentou zuar saiu zuado.

OS ALQUIMISTAS ESTÃO CHEGANDO - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares·

O futebol é uma idéia em movimento. E as novas ideias estão sendo fermentadas por uma geração de treinadores com novas formas de jogar.

Guardiola, guru dessa geração, afirma modestamente que não inventa nada. Só recombina o que já existe.

Há um tempo razoável tenho destacado nesse espaço o treinador Fernando Diniz.

À frente do Audax, pequeno time paulista, chegou a decidir titulo estadual com o Corintians.
Suas esquematizações táticas ousadas foram postas em prática no Oeste, outra equipe pequena.
Esse ano, acabou por ganhar a chance de dirigir um grande time, o Atlético paranaense.
Os conceitos de Fernando Diniz, formado em psicologia, rejeita chutões, ligação direta e bola rifada em favor do toque de bola, ocupação de espaços, transição, recomposição rápidas e obsessiva obediência tática.
Partindo de um 3-4-3, com variações dependentes do contexto do jogo, até o goleiro participa das trocas de passes entre os zagueiros.
Por ser ousado e pensar futebol de forma diferente, provocou duas reações: inveja dos que torcem o nariz para sua coragem e ousadia e rejeição por parte dos dirigentes.
Estas últimas por uma opção de jogo que dê mais segurança, como se eles, dirigentes, dessem garantia à alguma coisa.
É difícil sobreviver em um país onde o sucesso do outro é uma ofensa.
Fernando Diniz chegou a ser tratado como “malucão” pela maneira de trabalhar.
Retrocedendo no tempo, nos deparamos com a figura de Gentil Cardoso.
Chefe de máquinas da Marinha Mercante, Gentil teve a oportunidade de viajar mundo afora e, nas horas de folga, corria para os campos onde pôde observar a revolução tática do inglês, Herbert Chapman, inventor do revolucionário WM.
Três zagueiros, quatro meio campistas e três atacantes. Basta botar o W em cima do M e dá prá entender.
Gentil Cardoso esboçou esse esquema em 1931, no Bonsucesso, e ninguém deu a menor bola.
Cá entre nós, com esta escalação do Bonsucesso, não tinha como dar certo.
Medonho, Cozinheiro e Heitor. Lolô, Oto e Nico. Catita, Rapadura, Gradim, Leônidas da Silva e Prego.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Como entender os adágios populares de antigamente


Até a década 60 do século passado, nossa região do Cariri – distante cerca de 600 km do litoral nordestino – era carente de comunicação com os centros mais adiantados do Brasil. Foi por isso que preservamos uma cultura própria, herança portuguesa, onde se destacava os chamados “   ditados populares”.
   Lembro-me de alguns ditos populares que a população sempre repetia. Por exemplo: “Hoje é domingo, pé de cachimbo”. E ficávamos a imaginar o que seria um “pé de cachimbo”. Sabemos agora que o correto seria dizer: “Hoje é domingo pede cachimbo”. Ou seja, naquele tempo quando o tabaco era muito difundido entre nós, domingo era um dia especial para relaxar e fumar um cachimbo, ou mesmo para os mais aquinhoados em dinheiro, fumar um tradicional cigarro. 
    Eis outras dicas do Prof. Pasquale para entendermos os adágios de antigamente: Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”. O correto seria dizer: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”.
    Outro dito muito repetido outrora: “Cor de burro quando foge”. O correto seria dizer: “Corro de burro quando foge”
    Mais um: “Quem tem boca vai a Roma”. Ora, o correto seria dizer: “Quem tem boca vaia Roma”. Ou seja, vaia do verbo vaiar, no sentido de que "quem tem boca diz qualquer coisa, mesmo insana". Outro adágio de antanho dizia: “Fulano é cuspido e escarrado a sicrano”, a significar uma pessoa parecida com outra. O correto? Era dizer “Esculpido em Carrara”. Carrara é um tipo de mármore que vinha daquela cidade italiana. Era comum as famílias ricas mandarem fazer os túmulos dos seus mortos com mármore de Carrara. Esses jazigos, muitas vezes, eram ornados até com bustos de mármore dos falecidos, bustos esses semelhantes aos homenageados. 
     E para finalizar: “Quem não tem cão, caça com gato”. O correto seria: “Quem não tem cão, caça como gato”. Ou seja, caça sozinho. 
      A partir da década 70, o Cariri começou a receber o sinal da televisão, vindo do Rio de Janeiro e São Paulo. Aí nossa população começou a imitar a cultura do Sudeste brasileiro.
       Deu no que deu.
Postado por Armando Lopes Rafael

Crato recebeu nesta sexta, primeira Areninha do interior do Estado.


Foi  realizada na noite desta sexta-feira, 20, as 19h, a inauguração da primeira Areninha do interior do Estado do Ceará, no bairro Seminário. Equipamento este que conta com gramado sintético, alambrados, vestiários, arquibancadas, iluminação e urbanismo, entre outras melhorias.

O investimento na obra foi de, aproximadamente, R$ 1,6 milhão, sendo 80% custeados pelo Governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, e 20% pela Prefeitura do Crato.

A solenidade de inauguração contou com a presença do governador Camilo Santana, do prefeito Zé Ailton Brasil, de lideranças políticas da região, e de toda a comunidade. 

A Areninha  foi batizada  com o nome de Anduiá, uma justa homenagem  ao grande craque do passado recente na região.

Plebiscito de 1993 completa 25 anos

A monarquia foi derrubada no Brasil caiu devido a um golpe de Estado, o qual não teve apoio da população civil. O golpe enfrentou grande resistência tardia, por  ter pego o País desprevenido. Tal resistência  --  hoje se reconhece -- custou milhares de vidas.

     Contou-se na imprensa internacional que, assustado com o crescimento da Monarquia nas pesquisas do Plebiscito sobre a Forma e Sistema de Governo – que completou 25 anos no último dia 21 de abril –o então Presidente da República, Itamar Franco, que sucedeu o Presidente Fernando Collor de Melo após o seu impeachment, retirou de seu escritório no Palácio do Planalto o quadro do primeiro Imperador do Brasil, Dom Pedro I, e “trocou com toda pressa” por um busto de mármore de outro herói da Independência, provavelmente José Bonifácio de Andrada e Silva, para “exorcizar” o crescimento monárquico.

     A República no Brasil nasceu com uma promessa que demorou 104 anos para se cumprir. Recém-proclamado, o Governo Provisório instalado pelo Golpe Militar de 15 de novembro de 1889, em seu primeiro decreto, estabeleceu que a escolha final sobre a forma de governo então proclamada aguardaria o pronunciamento definitivo do voto da Nação, livremente expressado pelo sufrágio popular. A reação do Governo Provisório foi, no entanto, rápida – pouco mais de um mês após o golpe, outra medida, o Decreto 85-A, de 23 de dezembro de 1889, vedou projetos tendentes a abolir a forma republicano-federativa, tendo sido incluído na Constituição de 1891, em forma de cláusula pétrea. O efeito prático dessa cláusula era o impedimento da restauração monárquica no Brasil, feita de maneira legal, por meio do sufrágio universal.

      Cláusulas pétreas similares a essa foram incluídas nas Constituições brasileiras posteriores, calando os monarquistas e o movimento monárquico.

     Com o fim do regime militar, em 1985, seguiu-se a abertura democrática e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para 1987. Sob a ameaça de nova inclusão de cláusula pétrea calando os monarquistas na nova proposta constitucional, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em nome dos monarquistas brasileiros, apelou para Assembleia Nacional Constituinte que não negasse a liberdade à ação monarquista: “Não lhes seja negada agora, Srs. Constituintes, a liberdade que V. Exas. se gloriam de ver reconhecida a toda a Nação.”
Foto abaixo: Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em material da época do Plebiscito de 1993.
Fonte: Facebook Pró Monarquia

03 - Qui nem Antõe num tem - Por Antônio Morais.

Arrozais do Sanharol.

Em décadas do século passado era costume os produtores de arroz fazerem adjuntos no dia da colheita. Delfonso de Vicente Piau fez o seu. 

Por volta das dez horas da manha a turma solta  na colheita, eis que o Zelim  aparece  com toda calma tomando chagada do local. 

Raimundo Beca, um dos trabalhadores reclamou : isso é hora de chegar na roça, se o adjunto fosse meu você voltava daí mesmo. 

Zelim parou, pensou um pouco e lascou : Se num forem tudim torcedores do Botafogo eu volto agora mesmo.  O botafogo é bom,  é o time de Antõe de Raimundo Menezes, e, o Antõe  é inteligente, sabe  escolher. Qui nem Antõe não tem.

Deu meia volta e retornou pra casa do Delfonso. Amunçou primeiro que os demais.

Posição da 2ª turma não tem maioria no STF - POR MERVAL PEREIRA.

A única coisa que mudou para que os três ministros do STF votassem contrariamente ao que tinham votado meses atrás foi a disposição de controlar a operação Lava-Jato, os procuradores de Curitiba e esta nova visão do direito. 

Não é uma ameaça grave, porque esta posição não tem maioria nem no STF, nem no STJ. 

Os processos estão com o juiz Sergio Moro e serão retomados com mais ênfase e os procuradores devem estar com uma atuação frenética para dar uma resposta a esta decisão.

Os recursos que a defesa do Lula já apresentou são burocráticos, apesar de terem ganhado um tom mais dramático depois  da decisão da Segunda Turma, que é um sinal de que estão tentando fazer de tudo para anular as decisões do juiz Moro e do TRF-4. 

Há por trás a intenção de alguns de proteger Lula e de outros, de proteger a classe política em geral. Mas este comportamento se restringe a três ou quatro ministros do STF; a maioria continua achando que a Lava-Jato está no caminho certo.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Crônica do fim-de-semana (por Armando Lopes Rafael)

Existem esperanças para esta república brasileira?  
                  É difícil responder. Pela primeira vez na nossa centenária história republicana, a fase pré-eleitoral não traz esperança nenhuma de melhora para o ano seguinte. Ou seja, para 2019. A única arma que os eleitores têm é o voto. Mas o Congresso Nacional só age em função do interesse dos deputados/senadores. Nenhuma voz se levanta para defender os interesses da população. Não se vislumbra, pois, mudanças nesta eleição de 2018. Os partidos políticos estão se desmanchando no caldeirão da corrupção. Os candidatos lançados não empolgam a população. Não vimos, até agora, nenhum candidato com postura de estadista, aptos a galvanizar a população. Quem insistir em escolher um candidato para votar vai ter de optar pelo “menos ruim”.

      Aproximadamente 70 milhões de brasileiros vivem nos grotões da miséria e do atraso. A mídia noticia diariamente: a bandidagem tomou conta desses guetos. Os meliantes enriquecem com a venda de drogas; com o roubo das mercadorias transportadas por caminhões; com os sequestros e com os  assaltos a bancos, lojas, transeuntes e residências. Do outro lado estão as “milícias”, as quais – segundo as denúncias -- são administradas por policiais corruptos que vivem da extorsão dos cidadãos indefesos.

          A maioria diz que esse quadro decorre da falta de educação. Eu digo simplesmente que vem da crise moral da própria população brasileira. Pois temos exemplo de educação de nível superior, onde as universidades públicas são “patrulhadas” pela “esquerdona troglodita”. Nenhum professor dessas universidades tem coragem de proclamar-se publicamente como um “liberal”, sendo inimaginável algum deles afirmar-se “de direita”. Ninguém – professores ou alunos –  ousa questionar a cartilha marxista-gramsciana que deita e rola no ensino dessas universidades mantidas com os impostos pagos pelos brasileiros. Ali, as panelinhas ideológico-partidário-sindicais dominam o corpo docente dessas instituições. E o   corpo discente está emudecido. Sem coragem de contestar o ensino de luta de classes pregado pelos mestres.  Nessas universidades é imposta uma censura de silencio quase marcial, pois todos (professores e alunos) temem retaliações contra quem pensa diferente do status quo das universidades patrulhadas ideologicamente.

             Enfim, o Brasil chegou a tal ponto de degradação política e moral que seria um verdadeiro milagre se os eleitos no pleito de 2018 fossem ao menos pessoas honestas.Como se dizia antigamente: Só Deus tem poder para mudar o triste estágio social em que vivemos...

Delação de Palocci é “Pá De Cal” em todas as esperanças do PT e deve prender Dilma - Por Noticias Brasil Online.



Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro Antonio Palocci assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Fontes vinculadas ao caso confirmaram ao Globo que a colaboração avançou com rapidez nos últimos dias. Em sigilo, além de terem fixado as bases dos benefícios que serão concedidos a Palocci, os investigadores inclusive já teriam concluído a fase de depoimentos. Palocci fez acordo com a Polícia Federal depois de tentar, sem sucesso, negociar com os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato. A colaboração, no entanto, ainda não foi homologada pela Justiça.

As revelações do ex-ministro devem dar um novo impulso à Lava-Jato. As informações e os documentos fornecidos por ele seriam suficientes para abertura de novos inquéritos, operações e até mesmo prisões, segundo revelou ao Globo uma fonte que conhece o caso de perto.

LULA NO ALVO – Além de detalhar nos depoimentos os casos de corrupção dos quais participou ou teve conhecimento, o ex-ministro terá de apresentar provas do que diz. Se mentir ou quebrar algumas das cláusulas firmadas, poderá perder os benefícios negociados. As vantagens oferecidas a Palocci em troca de suas revelações ainda estão sendo mantidas em sigilo pelas partes.

Na semana passada, o ministro teve um pedido de liberdade negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou temerário liberá-lo da prisão no atual estágio das investigações. No papel de colaborador, no entanto, a situação do ministro poderá ser revista pela Justiça.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, em setembro de 2017, Palocci antecipou alguns episódios simbólicos de sua relação com Lula. O ex-presidente, aliás, seria um dos políticos mais citados por Palocci.

PACTO DE SANGUE – Ao falar das relações do ex-presidente com a Odebrecht, por exemplo, Palocci afirmou que Lula havia firmado um “pacto de sangue” com o empresário Emílio Odebrecht nos últimos meses de 2010, em uma conversa sigilosa no Palácio do Planalto.

Nesse período, o ex-ministro era o encarregado de mediar a relação entre o PT, o governo e a cúpula da empreiteira, como revelaram os ex-executivos da Odebrecht em delação. Palocci operava a famosa “conta Amigo”, aberta no sistema de propinas da construtora para bancar despesas pessoais, favores e projetos de interesse do ex-presidente Lula.

PACOTE DE PROPINAS — Ele (Emílio) procurou o presidente Lula nos últimos dias do seu mandato e levou um pacote de propinas que envolvia esse terreno do instituto, já comprado. Apresentou o sítio para uso da família do presidente Lula, que ele já estava fazendo a reforma, em fase final. Também disse que ele tinha à disposição para o próximo período, para fazer as atividades políticas dele, R$ 300 milhões — disse Palocci.

Dessa conta também teriam saído recursos para remunerar palestras do ex-presidente Lula e doações ao instituto que leva o seu nome. O ex-ministro admite ainda os repasses via caixa dois de empresas para as campanhas de Lula e Dilma. Afirma que a relação dos empresários com o governo era “bastante movida” a vantagens concedidas a empresas no governo mediante o consequente pagamento de propinas e repasses de caixa dois ao partido. Ao falar do esquema do PT com empreiteiras que pagavam propina em troca de influência no governo, Palocci disse que as vantagens não se destinavam a retribuir benesses específicas obtidas em um ou outro contrato público. Tratava-se de manter uma relação amigável e constante com os mandatários para estar sempre em posição privilegiada em concorrências públicas.

A PARTE DE DILMA – Ao falar da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro disse que ela não apenas sabia do esquema corrupto entre PT e as empreiteiras, como teria sido beneficiária e mantenedora dos arranjos. Palocci deu exemplos de situações em que tais temas foram tratados na presença de Dilma ou dependeram de sua chancela.

Em meados de 2010, segundo Palocci, ele participou de uma reunião com Lula, Dilma e o então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli na biblioteca do Palácio da Alvorada. O assunto eram os contratos de exploração do pré-sal. Lula, segundo o ex-ministro, teria falado abertamente do propósito de usar os projetos da estatal para financiar a campanha “dessa companheira aqui (Dilma), que eu quero ver eleita presidente do Brasil”, teria dito Lula, nas palavras de Palocci.

BALA NA AGULHA – As negociações sigilosas do ex-ministro com a Polícia Federal foram reveladas pelo Globo no dia 14 de abril. Nas tratativas, o ex-ministro melhorou a proposta de delação. Ele teria fornecido mais detalhes e indícios dos crimes dos quais participou ou teve conhecimento. Para um experiente investigador, Palocci é um dos poucos condenados da Lava-Jato que têm informações importantes para debelar estruturas criminosas ainda fora do alcance da polícia.

— Ele ainda é um dos poucos que têm bala na agulha — disse ao Globo uma fonte que acompanha o caso de perto.

02 - Qui nem Antõe num tem - Por Antônio Morais.

Em 1967 a TV ainda não havia chegado à Várzea-Alegre. 

Chegou de forma muito precária em 1968. Numa de suas crises de demência afetada, Zelim foi levado por José André para fazer um tratamento no Hospital São Francisco de Assis em Crato. 

Era enorme a precariedade para esse tipo de tratamento, aplicavam-se uns choques seguidos. 

Quando recebeu alta médica, de passagem pela casa de Mundim do Sapo, Zelim viu uma televisão em pleno funcionamento. Chegando em Várzea-Alegre, falou para uma roda de amigos que no Crato tinha um rádio que se via as pessoas conversando dentro.  

Seu primo Antônio André que também  sofria de elevado grau de demência, falou para os demais presentes :  Pode amarrar e levar de volta, esse aí não ficou bom.

Dr. Antônio Ênio jogando sinuca com Dr. Joaquim Sátiro Neto,  num bar da cidade,  Zelim se aproximou e disse :  Joaquim pensa que porque é doutor sabe mais que Antõe.  Mas, ele está enganado : "Qui nem Antõe num tem".

PALOCCI NÃO ENTREGOU JUDICIÁRIO - Por o Antagonista.


O Antagonista apurou que a colaboração firmada por Antonio Palocci com a Polícia Federal não atinge autoridades com foro privilegiado – o que inclui membros do Judiciário.

A PF exigiu provas de todas as acusações do ‘italiano’, o que restringiu o alcance da delação. O acordo será homologado diretamente por Sérgio Moro.

Será um tiro curto, mas um tiro de canhão.


Revelada a verdadeira face do Imperador Dom Pedro I -- por José Luís Lira (*)


    No último domingo, dia 22, foi relevada com exclusividade, pela BBC Brasil, e depois reproduzida por outros veículos da imprensa nacional e internacional, a face do Imperador Dom Pedro I (1798-1834), reconstruída digitalmente, em modelo de imagem 3D, a partir de fotografia do crânio de Sua Majestade, registrada durante o trabalho de exumação de seu corpo, conduzido em 2012, por uma equipe da Universidade de São Paulo.

     O trabalho de reconstrução foi coordenado pelo advogado e pesquisador Dr. José Luís Lira, em parceria com o modelador digital Cícero Moraes e o fotógrafo Maurício de Paiva. O Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, deu seu consentimento para a condução desse empreendimento e encarregou seu irmão e imediato herdeiro dinástico, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, de acompanhar todo o processo.

      Na imagem, nosso primeiro Imperador aparece com o olhar firme e com o cabelo à moda da época; seu nariz apresenta uma fratura, resultado de uma queda de cavalo, e Sua Majestade porta suas comendas de Grão-Mestre das Imperiais Ordens de Pedro I, do Cruzeiro e da Rosa (Brasil) e da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (Portugal), bem como as faixas unificadas das Ordens de Pedro I e do Cruzeiro e a banda das Três Ordens (de Nosso Senhor Jesus Cristo, São Bento de Avis e Santiago da Espada).

      De bom grado, registramos que, ao ser apresentado à imagem, em primeira mão, sem que antes lhe fosse dito que se tratava da reconstrução do rosto de seu tetravô, o Chefe da Casa Imperial, emocionado, exclamou, de pronto, “É Dom Pedro I!”; o Príncipe Imperial também ficou bastante impressionado com o resultado, e a imagem foi repassada aos demais membros da Família Imperial do Brasil, tendo todos ficado muito felizes por poder conhecer a face de seu venerando ancestral, o fundador da Nação Brasileira.

       Além dos acima citados, também colaboraram como trabalho de reconstituição o casal Sr. Antonio Augusto e Sra. Rita de Sá Freire, o jornalista Sr. Nelson Baretto e Sr. José Carlos Sepúlveda da Fonseca, Assessor do Príncipe Imperial do Brasil, e a Prof ª. Hayley Ribeiro de Barros Rocco, Secretária da Casa Imperial do Brasil.

(*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com vários livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

26 de abril de 1500: há 518 anos era celebrada a primeira missa no Brasil – por José Luís Lira (*)


A Primeira Missa no Brasil (Óleo sobre tele de Victor Meireles)

      Há 518 anos era celebrada a primeira Missa neste solo brasileiro, então dedicado à Santa Cruz. A celebração foi presidida pelo Frei Henrique Soares de Coimbra e no altar, além de uma cruz, estava a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança ou, simplesmente, Nossa Senhora da Esperança, que vinha na nau do descobridor Pedro Álvares Cabral que aportara no Brasil quatro dias antes, em 22 de abril de 1500.
      Em 1722, o Frei Agostinho de Santa Maria, no Santuário Mariano, editado em Lisboa, em 1723, argumenta que Nossa Senhora dos Prazeres possui o mesmo significado da devoção de Cabral, portanto, nós, devotos e filhos de Nossa Senhora dos Prazeres podemos dizer que Ela estava no Altar da primeira Missa celebrada no Brasil, também esteve na 2ª Missa, celebrada no dia 1º de maio. A imagem de Nossa Senhora da Esperança, encontra-se na Igreja Matriz, de Belmonte (Portugal), para onde foi transferida em 1960.
       A imagem está num altar, acompanhada pela imagem de Nossa Senhora Aparecida -- veja na foto acima -- oferecida a Belmonte pelo Brasil e, ainda, por uma réplica da cruz de ferro que se fez presente nas duas Missas celebradas pelo Frei Henrique Soares de Coimbra, no Brasil. (ver livro "Nossa Senhora dos Prazeres, de sua aparição em Portugal à devoção no Brasil", de José Luís Lira)

Ave Maria, gracia plena, Dominus tecum
benedicta tu in mulieribus
et benedictus fructus ventris tui, Iesus
Sancta maria Mater Dei
Ora pro nobis pecatoribus
nunc et in hora mortis nostrae.
Amem.

(*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com vários livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

Supremo vira ioiô e perde a própria supremacia - Por Josias de Souza.

Marcado por suas idas e vindas, o Supremo tornou-se o epicentro de um fenômeno que corroi o prestígio da Justiça brasileira: a insegurança jurídica. A Suprema Corte virou um ioiô. Ora joga a delação da Odebrecht sobre Lula para Sergio Moro, ora manda o material para São Paulo. Num instante, aprova a prisão na segunda instância. Noutro, ameaça rever a novidade. Afasta Eduardo Cunha do mandato e delega ao Senado a palavra final sobre o afastamento de Aécio Neves. Cede poder aos senadores e, depois, ressuscita Demóstenes Torres, devolvendo-lhe direitos políticos que o Senado havia cassado. Nesse vaivém, o Supremo-ioiô perde a própria supremacia.

Há no Brasil uma sólida e inquestionável certeza: o Judiciário é lento, concordam todos, do advogado de porta de cadeia até a presidente do próprio Supremo. Pois na decisão sobre a delação da Odebrecht, três ministros da Segunda Turma —Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes— transferiram provas contra Lula da azeitada engrenagem de Curitiba para a São Paulo, onde a Lava Jato caminha na velocidade de uma lesma tetraplégica. Ofereceram matéria-prima para a defesa de Lula enfileirar recursos, embargos e todo tipo de petições contra decisões de Sergio Moro.

Poucas vezes o Brasil teve um Supremo tão desatento com suas responsabilidades institucionais. Há de tudo na Suprema Corte —de ministro reprovado em concurso para juiz até magistrado que mantém negócio privado. Decisões colegiadas são solenemente desrespeitadas. Há na prática não um, mas 14 supremos: os 11 ministros, as duas turmas e o plenário da Corte. O Brasil perdeu as esperanças de ter no topo do sistema judicial um tribunal que seja Supremo. Mas merece ter pelo menos um Supremo que tenha lógica.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Gilmar Mendes se reúne com Temer no Jaburu - Por Josias de Souza.

Já virou um hábito. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, visitou o Palácio do Jaburu na noite desta terça-feira. Encontrou-se pela enésima vez com o denunciado e investigado Michel Temer. Protagonista do inquérito que apura corrupção no setor de portos, o anfitrião pode se tornar matéria-prima para futuras sentenças do visitante. Mas as conversas entre ambos ocorrem com uma frequência que desafia o recato.

Deve-se à repórter Andréia Sadi a notícia sobre este penúltimo encontro. Há no Supremo muitos temas de interesse de Temer —da prisão em segunda instância à limitação na abrangência do foro privilegiado. Mas Gilmar assegurou que sua conversa com o presidente gravitou em torno de um tema menos candente: semipresidencialismo. Então, tá!

Gilmar teve uma terça-feira cheia. Pela manhã, disse a jornalistas, num evento em São Paulo, que a pena imposta a Lula (12 anos e 1 mês de cadeia) pode ser reduzida por meio de recurso no Supremo. À tarde, de volta a Brasília, proferiu na Segunda Turma da Corte o voto decisivo para retirar de Sergio Moro os trechos da delação da Odebrecht relativos ao sítio de Atibaia e ao Instituto Lula. À noite, encontrou-se com o multi-encrencado presidente da República.

Temer também teve uma terça animada. Antes de avistar-se com Gilmar, o presidente da República recepcionara no final da tarde, no Palácio do Planalto, o réu Aécio Neves, amigo de ambos.

01 - Qui nem Antôe num tem - Por Antônio Morais.


Vicente Bezerra de  Morais, o conhecido Vicente de Rosendo, casado com Tereza Alves de Morais eram os pais de José Alves de Morais, o nosso saudoso Zelim.

Sofria de demência mental, deficiência atribuída a genética dos casamentos de sua ascendência entre tios com sobrinhas ou vice versa. 

Apesar de padecer de desajustes mentais era uma criatura bem humorada e cheia de uma espirituosidade incomum.  Pra que parte de suas histórias não caiam  na vala profunda  do esquecimento eu vou fazer uma sequência de pequenas postagem no nosso Blog com o título : "Qui nem Antõe num tem". 

Dedicado  ao Dr. Antônio Ênio Menezes, que gosava de uma amizade e admiração inigualáveis da parte do Zélim. 

Na foto o Dr. Ênio está ladeado por Ricardo Piau e Dr. Aluísio. Era aí que o Zelim declarava "Esses dois pensam que são sabidos, mas Antõe sabe muito mais que eles. "Qui nem Antõe num tem".

Numerando da primeira a última vou resgatar algumas passagens bem humoradas do Zelim.  Pelo menos enquanto a velha memória  alcançar.

terça-feira, 24 de abril de 2018

SOBRE O TEMPO E AS COISAS - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares


Vejo televisão (muito pouco), leio jornais e revistas e escuto muito rádio.
Dificuldade medonha de concentração.
Dia desses, um ex-ministro confessou que, na constituinte, infiltrou coisas que ninguém notou.
Ao que parece, em beneficio da área bancária.
Tal figura até chegou a insinuar uma candidatura sua à presidente da República.
Soube, depois, que o mesmo gatunou um sino da universidade onde se formou.
Quem foi o bichão que disse: "A vida é muito simples"?
Ou, por outra, quem nas pesquisas afirmou que "está feliz com a vida que leva no Brasil"?
Tem cada uma.
Um mundo político que é uma caixa de pandora.
Ninguém é de ninguém e na vida tudo passa, como diz a canção.
É para isso que serve aquela velha máxima: não há inimigos para sempre ou amigos para toda a vida.
Muda-se de partido como se muda de discurso e de outros interesses mais.
Passar tudo a limpo está fora de uso.
Tem depressão e euforia em medidas iguais.
Há casos de internação com camisa de força.
Os jovens, em pleno período de formação de caráter se deparam com as degenerações.
Ah, mas o espaços estão aí para a vida ser completada.
E a receita para manter a mente esperta e o coração tranquilo?
Nessa crônica angustiante, vou parar por aqui. Antes que tudo desafine mais.
Fico em dúvidas se existiu algum nexo nessa prosa bêbada.

Arthur Virgílio sugere trocar Alckmin por Tasso - Por Josias de Souza

Num instante em que a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin desperta na cúpula do PSDB o entusiasmo de um velório, Arthur Virgílio, o prefeito tucano de Manaus, inaugurou no partido um movimento em favor da troca do candidato. Passou a defender que o tucanato escolha para representá-lo na sucessão de 2018 não o ex-governador de São Paulo, mas o senador cearense Tasso Jereissati.

“Tasso talvez não ganhe a eleição. Mas conduzirá a refundação do partido”, disse Virgílio ao blog na noite deste sábado. “E não está descartada a hipótese de o Tasso surpreender aos que esperam do PSDB um Alckmin comportadinho e derrotadinho.”

Em novembro do ano passado, quando ocupava a presidência do PSDB interinamente, Tasso falava em “refundar” o ninho. Foi destituído por Aécio Neves, então presidente licenciado do partido. Na sequência, Alckmin foi entronizado no comando partidário. Na última terça-feira, depois que Aécio virou réu no Supremo, Alckmin dedicou-se a chutar cachorro morto. Declarou que ficou “evidente” que Aécio perdeu as condições de pedir votos em 2018, seja para que cargo for.

Para Virgílio, o eleitor já não distingue o PSDB do PMDB, o que é muito ruim. Mas ele acha que há males que vêm para pior: “Se distinguisse seria muito pior para nós, por que o PMDB nunca despertou a esperança que o PSDB inspirou um dia.” Nesse cenário, declarou o prefeito, o tucanato precisa admitir que o risco de derrota é real. De resto, defende a adoção de providências imediatas para reduzir os danos.

“Se a possibilidade de derrota existe, precisamos considerar a alternativa de perder com dignidade máxima. Por isso defendo que coloquemos o Tasso como candidato. Ele entraria na disputa sem nenhum contencioso judicial, com plenas condições de atacar duramente esse quadro de desmoralização que se instalou na política brasileira. Seria um candidato propositivo, com uma visão de Nordeste e de Norte. Como empresário, é respeitado no Sudeste, Sul e Centro-Oeste.”

Com Alckmin, acrescenta Virgílio, “a derrota transformará o PSDB em linha auxiliar do próximo presidente, um partido que trocará a adesão por ministérios e diretorias financeiras”. Algo que “não dignifica um partido que nasceu de uma dissidência do PMDB com o compromisso de ser uma opção capaz de catalisar o pensamento mais progressista do país, com uma alta taxa de dignidade.”

Na visão do prefeito, o discurso de Alckmin é aguado e evasivo. “O Geraldo revelou-se incapaz de dizer o que precisa ser dito. Está cuidadoso, medindo as palavras, usando luvas de pelica. Preocupa-se com um eleitorado que não tem. Deveria falar francamente sobre a inevitável reforma da Previdência, sobre as necessárias privatizações.”

No Datafolha mais recente, divulgado há uma semana, Alckmin amealhou 7% das intenções de voto no cenário mais provável, sem Lula. “Perde votos em São Paulo e está atrás do Álvaro Dias na região Sul”, contabiliza Virgílio. “Ele não entra aqui no Norte, o que é grave. Não entra no Nordeste, o que é gravíssimo. Joaquim Barbosa (9% no Datafolha) já está na frente do Geraldo, mesmo sem ter assumido a candidatura.”

Após desistir de disputar com Alckmin uma prévia para a escolha do candidato do PSDB ao Planalto, Virgílio havia imposto a si mesmo o que chamou de “quarentena”. Não queria parecer “implicante”, ele afirma. “Mas não acho correto estender isso pela eternidade”, justifica-se, antes de esclarecer o que gostaria que Alckmin fizesse:

“O certo mesmo seria o Geraldo fechar esse episódio com dignidade. Ele diria: ‘Não sou candidato à  Presidência da República. Percebo que não é a minha vez. Vou marchar com o meu partido, apoiando o Tasso'.'' Se isso não acontecer, afirma Virgílio, nada impede o PSDB de escolher um novo candidato à revelia do atual. “Não seria o ideal. Mas não é impossível.”

“Um partido que protagonizou o evento mais importante dos últimos 50 anos no Brasil, que foi o Plano Real, não pode terminar assim”, concluiu Virgílio. “Ou mudamos o candidato e vamos brigar pelo futuro do partido ou vamos marchar, feito carneiros, para o cutelo. Ou reagimos ou vamos virar material descartável, lixo hospitalar.”

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Lábia do ‘preso político’ saiu do prazo de validade - Por Josias de Souza.



O PT divulgou neste domingo uma mensagem que Lula gravou em 7 de abril, antes de deixar o bunker sindical de São Bernardo para se render à Polícia Federal. A peça exibe um personagem sem nexo. Em duas semanas, a lábia do “preso político” saiu do prazo de validade. Admitindo-se que o PT ainda queira participar da sucessão presidencial, a exibição do vídeo inspira uma indagação: o que é que o partido pretende oferecer?

Na gravação, Lula repetiu que poderia ter dado no pé. Mas 'não quis fugir porque quem é inocente não corre.” Subiu no caixote: “Não tenho medo das denúncias contra mim porque sou inocente e não sei se meus acusadores são inocentes”. Lula não está em cana por conta de “denúncias”. Foi passado na tranca porque se tornou o primeiro ex-presidente da República condenado por corrupção. É um corrupto de segunda instância. Além da confirmação da sentença no TRF-4, há o aval do STJ e a concordância do STF.

Quanto à 'inocência' de Lula, esse é um estado comum a todos os presidiários, como explicou o companheiro José Dirceu na semana passada, numa elucidativa entrevista à repórter Mônica Bergamo. Prestes a retornar ao xadrez, Dirceu declarou que, atrás das grades, ''todo mundo é inocente''. Didático, acrescentou: ''O cara matou a avó, fritou o gato dela, comeu. Mas ele começa a conversar com você e a reclamar que é inocente.” Quem se animaria a contestar um especialista?''

O Lula da gravação repetiu: “Eu tenho muita honra e quero me defender. Por isso eu estou muito tranquilo.” Sua honra está encarcerada há 15 dias. Nesse período, o TRF-4 indeferiu o “embargo do embargo”. Restam recursos ao STJ e ao STF. Nessas Cortes, não há espaço para rediscussão de fatos e provas. Discutem-se questões de Direito —o tamanho da pena, por exemplo.

Indefeso, Lula aciona  os advogados e os devotos para guerrear contra a regra que autorizou a prisão de condenados em segunda instância. Contudo, a coerência da ministra Rosa Weber reduziu a margem de manobra dos apologistas do recuo. Enquanto reza por uma reviravolta na jurisprudência do Supremo, o preso rumina a perspectiva de novas condenações.

No vídeo, Lula disse que aceitou cumprir o mandado de prisão para verificar o que queriam o juiz Sergio Moro e procurador Deltan Dallagnol. Estava ansioso para “saber se eles estão dispostos a discutir comigo e debater publicamente os processos, porque quero provar que eles estão mentindo a meu respeito.”

Quer dizer: o Lula da fita comportava-se como um Napoleão que cruzaria as fronteiras de Curitiba por vontade própria, como se estivesse chegando a Moscou. Decorridos 15 dias, o preso se parece mais com o general Bonaparte, que retornou humilhado para Paris. Os russos curitibanos continuam no seu encalço. Preparam duas novas sentenças. E Lula, com o prazo de validade já bem vencido, não parece dispor de munição para “provar que eles estão mentindo.”

Repita-se a pergunta do primeiro parágrafo: O que é que o PT pretende oferecer? Manter um candidato ficha-suja no jogo e registrar sua candidatura natimorta no Tribunal Superior Eleitoral em 15 de agosto pode representar muita coisa —uma prova de lealdade ou um gesto de desespero, por exemplo—, mas não é uma solução.

E SE FOR UM MICO? - Por Wilton Bezerra.



O Mito concede à adulteração da verdade. Já o Ícone é a expressão da verdade.
Disse em crônica passada que, hoje em dia, essas palavras estão gastas e qualquer rabo de cabra se considera uma coisa ou outra.
Basta um êxito meia sola, em determinada função, e a criatura se sente ungida. Vejamos, por exemplo, a figura o deputado federal Jair Bolsonaro, a bordo de sua performance em pesquisas eleitorais.

O sucesso, por menor que seja, desfigura as pessoas de caráter fraco.
Gente que pensa radicalmente diferente dele o acusa de racista, homofóbico, misógino, apologista do estupro.

Pois bem, o agora candidato a presidente da República, nos seus discursos arranca gritos de mito, mito!
É duro de aguentar um negócio desse.
O que está acontecendo com este país?
Mais do que um mito tem tudo para ser um mico.
E daqueles.

Restabelecendo a verdade histórica: Tiradentes – por Otto de Alencar de Sá-Pereira (*)


    
      Tiradentes é um dos mais graves enganos da História, contada a partir da república. Há algumas décadas passadas celebrava-se o 22 de abril. Nada mais justo: descobrimento do Brasil: Agora não. O 22 de abril passou há um dia qualquer desapercebido de comemoração, fazendo o povo esquecer-se da data. E aí passou-se a celebrar o 21 de abril de abril: Tiradentes! Mas, por que Tiradentes? O Império tivera, em sua história, muitos ícones a comemorar. Além de D. Pedro I, de D. Pedro II, de D. Leopoldina, de D. Amélia, de D. Thereza Christina e da Princesa Isabel, o Império tivera Caxias, Osório, Tamandaré, Barroso, Porto Alegre, Zacarias de Góes e Vasconcellos, Paraná, Paulo Barbosa, Ouro Preto, Alencar, Castro Alves, Amoedo, Gonçalves Dias, Silveira Martins, Ferreira Viana, Carlos Gomes, Mena Barreto, Pirajá, etc. etc. etc.

      A República precisava também de um ícone. Deodoro… nem pensar! Arrependera-se de ter proclamado a República e era amigo do Imperador. Floriano Peixoto? Credo em Cruz! Mandou passar a fio da espada, 400 guardas-marinha da Esquadra Imperial, na Revolta da Armada. Prudente de Morais? Não. Chacinou Antônio Conselheiro e todos de Canudos. Campos Salles? Rodrigues Alves? Affonso Penna? Não poderiam servir. Antes da República, eram Conselheiros do Império. Barão do Rio Branco? Como um ícone da República pode ser um Barão? Jamais. Santos Dumont? Era amigo íntimo da Família Imperial no exílio de Paris. Oswaldo Cruz? Foi um grande médico, sanitarista, do período republicano, mas discípulo de outro médico, o Barão de Motta Maia, que acompanhou a Família Imperial, no exílio.

     Marechal Rondon? Talvez, mas tinha sangue e cara de índio! Washington Luís? Foi deposto por Getúlio, não serve também. Quem sabe, o próprio Getúlio? O homem dos trabalhadores. Mas… como, ícone de uma República que se diz liberal e democrática… um ditador? Amigo de Hitler, de Mussolini e de Plínio Salgado, que, por sinal, traiu?

     Nenhum deles, portanto, serve de ícone republicano, mas e o alferes Tiradentes? Não é muito insignificante? Ainda mais que nas horas vagas era barbeiro, e como, costume da época, também arrancava dentes: “Cabelo, barba e dentes”, por favor, e o fulano sentava-se, corajosamente, na cadeira do “Tiradentes”. É insignificante e acabou louco, antes de ser enforcado. (Se é que foi, há dúvidas; como era “maçon”, o teriam salvo e trocado por outro, também condenado à morte. Suspeita-se). É um simples alferes, tirador de dentes. Não faz mal. Nós o inventamos. Com quem ele precisa parecer-se? Claro! Com Jesus! O mártir da pátria! Vamos por lhe barbas (os enforcados tinham cabelo e barba raspados, antes da execução). E criar sua História” Será o Ícone da República, já que não há nenhum outro. Foi um patriota republicano. Haverá dúvida? Mas por que não agiu como os demais, tirando o corpo fora? Terá sido mesmo como patriota? Ou como irresponsável, por causa da loucura?

(*) Otto de Alencar de Sá-Pereira, advogado, professor e historiador.
(Texto integral ler: http://portalconservador.com/tiradentes-um-dos-mais-graves-enganos-da-historia/)


sábado, 21 de abril de 2018

Alguém está lembrado? Hoje, 21 de abril, é feriado nacional



    Todos os anos, no dia 21 de abril, o Brasil comemora o dia de Tiradentes, personagem restaurado após o golpe militar que implantou a forma de governo republicana no Brasil – em 15 de novembro de 1889 – quando passou a ser considerado o mártir da Inconfidência Mineira
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    Mas quem foi exatamente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes? E de que forma ele contribuiu para o país?

     O professor de história Jorge Luiz Buerger explica que este foi o dia da execução de Tiradentes, no ano de 1792. A data foi instituída como feriado nacional somente no período republicano, ou seja, no final do século XIX. “Os historiadores entendem esta decisão como resgate de um movimento, que só no início do século XX passou a ser  considerado como “o primeiro a lutar pela independência do Brasil”. Assim, Tiradentes passou a ser um herói nacional”, diz. Ninguém, em Crato, comemora o feriado nacional de 21 de abril. Como também ninguém – em Crato –  comemora outro feriado nacional: o 15 de Novembro

Não custa recordar: "A Tradição republicana em Crato" – por Armando Lopes Rafael

 (Excertos de um artigo publicado há 18 anos na revista "A Província" – nº 18, ano 2000)


   O “ôba-ôba” tão característico destes tempos medíocres, quando a maioria das pessoas não tem profundidade em nenhum assunto; quando a televisão “faz a cabeça” da massa ignara; nos obriga a ouvir, vez por outra, falar sobre a alardeada, mas inexistente,  “tradição republicana” de Crato. Isso é uma falácia!

   O leitor me conceda só um tempinho, para eu justificar o meu pensamento. Começo por lembrar que o aniversário do golpe militar que implantou a República – em 15 de novembro de 1889 – nunca foi comemorado em Crato. Nesta cidade o povo comemora muitas datas: 7 de setembro, 21 de Junho, 1º de setembro (Nossa Senhora da Penha), 19 de março (São José) festeja as datas de São Francisco, dentre outras. Agora, “comemoração” nos dias 21 de abril (Tiradentes) e  15 de Novembro – data da “Proclamação da República” – nunca se viu por aqui.

     E por que isso acontece? Ora, o  Crato, durante 149 anos (de 1740 quando foi fundado,  a 1889, quando houve o golpe militar que empurrou goela abaixo da população a forma de governo republicana) viveu sob a Monarquia. Não se apaga facilmente um século e meio na vida de um povo. Basta dizer que dos 70 anos que o comunismo dominou a Rússia com chicote e baioneta não restou nada de concreto. Imagine 149 anos. Por isso, no imaginário popular,  persiste a ideia de que a Monarquia é algo de elevado nível, respeitoso, honesto e bom.

     Tanto isso é verdade que, ainda hoje, quando o povo reconhece numa pessoa certos méritos ou qualidades acima do comum, costuma dar-lhe o título de “Rei”. Por isso temos ou tivemos; “O Rei Pelé”, “O Rei Roberto Carlos”, “O Rei do Baião”, “O Príncipe dos Poetas Populares” (o repentista Pedro Bandeira) etc. E o que dizer dos concursos que se realizam para escolha da “Rainha do Colégio”, “Rainha da Exposição”? e de nomes de lojas como “O Rei da Feijoada”, “O Império das Tintas”? Ou nomes como “Rádio Princesa FM”, “Colégio Pequeno Príncipe”?
      No duro – no duro mesmo – “República” para o povo é apenas sinônimo de "república de estudante", ou seja, uma casa bagunçada, desorganizada.  “República” continua a ser, no imaginário popular, a lembrança da roubalheira, das propinas pagas aos políticos, da incompetência, da demagogia, da falta de segurança, da falência da saúde pública, da precariedade da educação pública, das filas dos aposentados (expostos ao sol e à chuva) na fila das calçadas dos Bancos para receber suas míseras aposentadorias, das obras públicas inacabadas, da falta de respeito para com a população, do grosso do noticiário que chega pela televisão aos nossos lares: "Mensalão", "Petrolão", Lava Jato, Delação Premiada, malas com milhões encontradas em apartamento, prisão de políticos corruptos em Curitiba, soltura desses políticos por alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, e outras mazelas dessa Ré Pública

sexta-feira, 20 de abril de 2018

STF privilegiou a ética quatro vezes em 14 dias - Por Josias de Souza.



Os bons costumes começaram a prevalecer no Supremo de forma surpreendente. Nos últimos 14 dias, de cinco decisões da Suprema Corte apenas uma premiou a falta de ética. O tribunal empurrou Lula para a cadeia, manteve Palocci preso, converteu Aécio em réu e negou a Maluf um recurso —embargo infringente— que reabriria o debate sobre sua condenação. A moralidade só não ficou invicta porque a Segunda Turma ressuscitou o ficha-suja Demóstenes Torres, permitindo que ele se recandidate ao Senado.

É importante registrar cada vitória da ética porque certas decisões e opiniões de magistrados dão ao Supremo a aparência de um órgão muito distante, uma Justiça lá longe. O que é angustiante num país como o Brasil, onde o crime é tão perto. Além do impacto que essas decisões mais recentes tiveram nos casos concretos, elas têm reflexos sobre o esforço anticorrupção.

Com Lula, o Supremo reafirmou a regra da prisão na segunda instância. E reaproximou José Dirceu do xadrez. Com Palocci, avalizou as prisões preventivas da Lava Jato. Com Aécio, feriu a invulnerabilidade do tucanato. Com Maluf, agora um preso domiciliar, o Supremo restringiu a hipótese de recursos aos larápios. Tudo foi obtido aos trancos —em geral pelo magro placar de 6 a 5. Uma evidência de que ainda há no Supremo quem se disponha a ser flexível com o roubo. O grande problema é que o brasileiro prefere não ser roubado.


Democracia à moda de Cuba

O ditador Raúl Castro, orienta no novo presidente de Cuba

A ditadura cubana fez uma eleição onde 605  eleitores aprovaram  uma “transição controlada”. Assim, a ilha-cárcere  ganhou  – depois de 60 anos da dinastia da família Castro –  o primeiro presidente sem o sobrenome da família de Fidel.
No entanto, tudo isso é simulação. O processo eleitoral cubano é uma farsa, e tem o único objetivo de legitimar uma ditadura, já que o   “eleito”pertence sempre ao único partido autorizado a funcionar naquele nação: o Partido Comunista Cubano. E a população nunca participou dessa “eleição”.
Só votam os delegados aprovados pelo governo cubano. Essa “transição” de governo foi sendo feita sob a vigilância dos militares. O encarregado dessa supervisão é o coronel Alejandro Castro Espín, de 53 anos, filho do próprio ditador Raúl Castro. Este,  embora tenha dito que irá para casa a fim de “brincar com os netos”, continuará no comando do Partido Comunista até 2021. Ou seja, oficialmente pelos próximos três anos quem governará, de fato, a ilha-presídio será o quase nonagenário Raúl Castro.

Como funciona a democracia cubana
Para você ser eleito Delegado (tipo um vereador aqui no Brasil) não basta você se candidatar. Você tem que se candidatar a candidato. Isso mesmo. Se candidatar a candidato, e você só poderá ser votado na eleição se você for “nominado” pela Comissão Eleitoral, e essa Comissão Eleitoral é subordinada a quem mesmo? Ah! Ao Conselho de Estado cujo Chefe supremo é quem mesmo? Ah! Raúl Castro!

Para ser candidato a Deputado da Assembleia Nacional de Poder Popular, você tem que ser “nominado” por uma comissão desse mesmo tipo. Ocorre que quem indica a lista de nomes que será o Conselho de Estado (que é presidido pelo ditador de plantão, Raul Castro) é o próprio Raúl. Simples assim!

Para você ser candidato, sua candidatura tem que ser aprovada pela Comissão Eleitoral, não é simplesmente se candidatar e ser votado, como é aqui no Brasil, e ganha quem tem mais votos. A Comissão elabora a lista de candidatos, e elabora também a lista de candidatos ao Conselho de Estado, dos presidentes e demais cargos da Assembleia Nacional.

E a Constituição cubana fala que o Conselho de Estado é “eleito” pela ANPP, só que eles não votam em quem quiser, com vários candidatos e etc. Eles votam numa eleição do único candidato proposto pela Comissão Eleitoral. Comissão Eleitoral formada pelo próprio governo.

E onde anda a esquerda troglodita brasileira (aquela que pede eleições diretas até para reitor das universidades públicas, para diretor das escolas de ensino fundamental e outras coisas que só existem no Brasil) para explicar como é essa "democracia comunista cubana"?


Joaquim Vieira, seu Quinco do sitio Chico - Por Antônio Morais.



Seu Quinco foi um homem honrado, trabalhador e de inteligencia rara, madeira de lei, puro jacarandá da Bahia.  Junto com Dona Marieta tiveram uma ninhada de  filhos igualmente  bons.

Certa feita, Seu Quinco adquiriu um burro e empreitou com Antônio Gibão para  amestrá-lo, ensinar a esquipar,  marchar ou  ser baixeiro como se dizia à época.

Equipou-se o animal com pesadas argolas nos pés e nas mãos, arreios  apropriados  e se começou o treinamento. Um belo dia Seu Quinco estava na Bodega do Raimundo Sabino e seu filho Geraldo  passou vindo da escola no burro.

Manuel de Pedrinho  advertiu : Quinco  o trabalho de Antônio Gibão  vai ser perdido, esse seu filho não tem nenhum traquejo.

Seu Quinco  respondeu : Seu Manuel,  se o meu filho aprender alguma coisa na escola eu já me dou por satisfeito.

Sabedoria antiga.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Crônica do fim-de-semana (por Armando Lopes Rafael)

Cratenses sonham com um prefeito empreendedor e antenado com o século XXI
     A cada quatro anos, num domingo do mês de outubro, os cratenses comparecem às urnas para eleger um novo prefeito. Entra prefeito, sai prefeito e, infelizmente, o que temos visto é a mesmice de sempre na Prefeitura de Crato: o marasmo e a falta de um gestor visionário, capaz de mudar – para melhor – a qualidade de vida da população da Princesa do Cariri. Ora bolas, já estamos cansados de escutar que o município não tem recursos; que a obrigação primordial de um prefeito é elaborar ações públicas para a saúde, educação, habitação... Não só isso!

    Hoje, quando acordamos – e saímos de casa para enfrentar novo dia de trabalho – deparamo-nos   com deficiências gritantes que acometem esta Mui Nobre e Heráldica Cidade de Frei Carlos. Pomposo assim!

Quem mora nos bairros Zacarias Gonçalves, Lameiro, Parque Grangeiro, Novo Horizonte, Grangeiro, Coqueiro, dentre outros, começa o novo dia já enfrentando um trânsito caótico; vendo os veículos entupindo as ruas estreitas do centro (quase todas esburacadas). A coisa só melhora quando atingimos as vias de acesso a Juazeiro do Norte. Em Crato, a frota de veículos aumenta toda semana. E há décadas, os últimos prefeitos não abriram uma única nova via de acesso alternativa, para entrada e saída de carros nos bairros acima citados. Não tem rua ou avenida por onde o trânsito caótico possa fluir nos horários de congestionamento e “rush”.

        Nossas praças continuam malcuidadas. Experimentem contar os buracos existentes no piso da Praça Alexandre Arraes, ou seja, a Praça da Quadra Bicentenário. Nossos logradouros não possuem jardins com plantas ornamentais.  Por outro lado, ninguém lembra mais quando foi a “prisca era” que a Prefeitura de Crato realizou uma campanha de arborização de nossas ruas.

        Hoje, ruas outrora limpas e bem cuidadas – como a Tristão Gonçalves e Monsenhor Esmeraldo –  convivem com o lixo e entulhos de construções em suas calçadas. Sem falar no desprezo pela pavimentação, onde se misturam pedras soltas com o asfalto. Convenhamos, as ruas de Crato– salvo raras exceções – estão feias e malcuidadas. Vem a SAAEC, tapa um vazamento, e deixa pedras mal colocadas no local do conserto. Aliás, nas duas ruas acima citadas, a atual administração não teve força para impor, sequer, o sistema de estacionamento de carros chamado “Zona Azul”. Os flanelinhas continuam a dominar aqueles espaços.  Prolifera no centro da cidade o comércio irregular dos camelôs, sonegando espaço para os transeuntes.  O Centro de Crato virou o simulacro de um “mercado persa”.

       Por isso, a população cratense alimenta o sonho de que, em 2020, apareça uma liderança política que elimine o atual estado de abandono desta cidade. Quem sabe, não surja um candidato nos moldes de Agenor Neto, ex-prefeito de Iguatu, que transformou aquela cidade. Cada espaço opaco de Iguatu (nas administrações de Agenor Neto) foi limpo e transformado num jardim. O calçamento das ruas foi todo refeito e era constantemente conservado. As praças de Iguatu ganharam projetos paisagísticos. Suas ruas foram arborizadas. As transformações sócio-espaciais de Iguatu – à época da gestão de Agenor Neto –, continuam ainda servindo de modelo para gestores competentes, bem-intencionados, dinâmicos, que priorizam o bem-estar da população de suas urbes. É este o sonho da população cratense. E só faltam 2 anos e 5 meses para as eleições municipais de 2020...
Abaixo, fotos de Iguatu na época da administração de Agenor Neto
 Abaixo, decoração de Natal na cidade de Iguatu