LOUCURA GERAL - Por Wilton Bezerra.

O Brasil liberou geral a falta de vergonha.

O circo de horrores montado e reforçado nos últimos dias, cumpre o papel de enganar mais ainda os lorpas e pascácios.

E esses batem palmas, pedem bis e revelam em pesquisa que estão felizes com as condições de vida que têm.

Levantamento dos últimos anos aponta para um crescimento do que estão chamando, agora, de estoque de miseráveis.

Estoque de seres humanos na miséria? Ouvi, há bastante tempo, um comentarista econômico fazer referência a estoque de desempregados.

Mas, por falar em miséria, recordo o poeta cratense Enéas Duarte, que mesmo pertencendo a uma família de posses, enveredou por uma vida de boemia geradora de dificuldades financeiras.

Por isso, vestia-se mal e foi provocado pelo poeta Hélder França, com a pergunta: Responde-me, ó pobre vate, qual foi o alfaiate que te aleijou de uma vez?

Enéas, com a agilidade mental que tinha, respondeu: "Foi o alfaiate da miséria, que pobreza é coisa séria, foi a miséria quem fez". Não é só isso. Não conseguimos olhar para o futuro e encontrar a possibilidade de bom tempo.

O cenário político nos remete a infidelidades e traições.

Bem sabemos que as traições estão no poder.

Na festa de assombrações, muda-se de partido como se muda de camisa.

Parece até com antigos torneios-início dos campeonatos estaduais.

É muita camisa e ausência de vergonha na cara.

A novidade agora surge em forma de romarias com destino a Curitiba.

Oportunistas, buscam junto a um ex-presidente preso, percentual de um espólio eleitoral populista que ainda resta.

A falta de escrúpulos é o emblema dessa gente.

E para completar, o país tem um presidente cercado de investigações e que, achando pouco, fala com orgulho do “legado” do seu governo.

É muita loucura pro nêgo.