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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 27 de abril de 2018

Plebiscito de 1993 completa 25 anos

A monarquia foi derrubada no Brasil caiu devido a um golpe de Estado, o qual não teve apoio da população civil. O golpe enfrentou grande resistência tardia, por  ter pego o País desprevenido. Tal resistência  --  hoje se reconhece -- custou milhares de vidas.

     Contou-se na imprensa internacional que, assustado com o crescimento da Monarquia nas pesquisas do Plebiscito sobre a Forma e Sistema de Governo – que completou 25 anos no último dia 21 de abril –o então Presidente da República, Itamar Franco, que sucedeu o Presidente Fernando Collor de Melo após o seu impeachment, retirou de seu escritório no Palácio do Planalto o quadro do primeiro Imperador do Brasil, Dom Pedro I, e “trocou com toda pressa” por um busto de mármore de outro herói da Independência, provavelmente José Bonifácio de Andrada e Silva, para “exorcizar” o crescimento monárquico.

     A República no Brasil nasceu com uma promessa que demorou 104 anos para se cumprir. Recém-proclamado, o Governo Provisório instalado pelo Golpe Militar de 15 de novembro de 1889, em seu primeiro decreto, estabeleceu que a escolha final sobre a forma de governo então proclamada aguardaria o pronunciamento definitivo do voto da Nação, livremente expressado pelo sufrágio popular. A reação do Governo Provisório foi, no entanto, rápida – pouco mais de um mês após o golpe, outra medida, o Decreto 85-A, de 23 de dezembro de 1889, vedou projetos tendentes a abolir a forma republicano-federativa, tendo sido incluído na Constituição de 1891, em forma de cláusula pétrea. O efeito prático dessa cláusula era o impedimento da restauração monárquica no Brasil, feita de maneira legal, por meio do sufrágio universal.

      Cláusulas pétreas similares a essa foram incluídas nas Constituições brasileiras posteriores, calando os monarquistas e o movimento monárquico.

     Com o fim do regime militar, em 1985, seguiu-se a abertura democrática e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para 1987. Sob a ameaça de nova inclusão de cláusula pétrea calando os monarquistas na nova proposta constitucional, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em nome dos monarquistas brasileiros, apelou para Assembleia Nacional Constituinte que não negasse a liberdade à ação monarquista: “Não lhes seja negada agora, Srs. Constituintes, a liberdade que V. Exas. se gloriam de ver reconhecida a toda a Nação.”
Foto abaixo: Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, em material da época do Plebiscito de 1993.
Fonte: Facebook Pró Monarquia

3 comentários:

  1. Eu vi, na campanha deste plebiscito os segmentos da sociedade que mais foram beneficiados pela monarquia se colocarem contra. Até hoje não entendo.

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  2. Morais:
    O brasileiro hoje nem sabe o que é. E, pior, desconhece a sua própria história. Basta você ver os livros que são adotados nos cursos de História das universidades públicas. A maioria é preconceituoso, escritos por membros da esquerdona troglodita que domina a academia brasileira.
    Basta você ler um pouco. De preferência historiadores imparciais. E verá que o Brasil era uma nação sólida institucionalmente quando era Monarquia, e tinha muitos pontos positivos no seu governo: inflação controlada, média salarial alta para os padrões da época e atuais, moeda estável, liberdade de imprensa, respeito internacional e etc. Não éramos perfeitos, muitos problemas existiam, mas estávamos mais próximos de alcançar um ideal de nação (e em alguns pontos, já o éramos) graças a forma de uma forma de governo da monarquia constitucional parlamentarista.

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  3. Como bem afirmou o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, recordando os tempos imperiais do Brasil: “Mais de cem anos já se passaram, e os contrastes entre o Brasil atual e o Brasil-Império só têm crescido. No tempo do Império havia estabilidade política, administrativa e econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgãos da administração pública e em todas as camadas da população, havia credibilidade do País no exterior. Havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia”.
    99% dos brasileiros desconhecem esta verdade histórica...

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