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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 30 de setembro de 2017

A que ponto chegou esta república: Ministério Público de SP abre inquérito sobre exposição do Museu de Arte Moderna

Segundo o Museu de Arte Moderna–MAM, a performance aconteceu apenas uma vez, em sessão fechada, e a sala onde ocorreu estava sinalizada sobre o teor da apresentação

Fonte: VEJA

 O coreógrafo Wagner Shwartz durante a performance 'La Bête', no MAM (Atraves.tv/Reprodução) (Atraves.tv/Reprodução)

O Ministério Público de São Paulo abriu nesta sexta-feira um inquérito civil para apurar denúncias relacionadas à mostra “35ª Panorama da Arte Brasileira – 2017” do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). As denúncias surgiram após a veiculação de vídeos nas redes sociais que mostram a performance do artista fluminense Wagner Schwartz.

Na apresentação, Wagner Schwartz fica deitado nu em um tatame e o público pode mexer em seus braços, pernas e no restante do corpo para alterar sua posição. Os vídeos que detonaram a polêmica mostravam uma menina, que estava acompanhada da mãe, interagindo com o homem.
De acordo com as denúncias recebidas pelo Ministério Público, o museu “estaria expondo crianças e adolescentes a conteúdo impróprio, uma vez que um homem estaria pousando totalmente sem roupa e o público seria convidado a tocá-lo, inclusive crianças”.

O promotor de Justiça Eduardo solicita que o Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça elabore um parecer sobre a classificação indicativa.

Ele também solicita ao MAM informações sobre a referida mostra e pede esclarecimentos  sobre o critério de classificação etária.

O promotor também pediu que Youtube e Facebook removam os conteúdos que veiculam imagens de crianças e adolescentes na mostra.

Abaixo novas fotos da amostra, mas colocamos tampão nos órgãos genitais do homem para não chocar a opinião pública.
 Criança e sua mãe tocam no homem nu, numa "exposição de arte" do MAM. Pouca Vergonha!
 Marmanjo nu é cercado pelo público (inclui até crianças) que buscam "cultura"

A abismal diferença entre a Monarquia e a República -- por José Luís Lira (*)

 Em dezembro de 1861, quando completava vinte e um anos de governo, D. Pedro II escreveu em seu diário:
"... entendo que despesa inútil é furto à Nação..."
“Não posso admitir favor diferente de justiça; pois que a não ser injustiça é ignorância de justiça; a balança da justiça não se pode conservar tão ouro-fio que não penda mais para uma lado. Também entendo que despesa inútil é furto à Nação, e só o poder legislativo é competente para decidir dessa utilidade. A nossa principal necessidade política é a liberdade de eleição; sem esta e a de imprensa não há sistema constitucional na realidade, e o ministério que transgride ou consente na transgressão deste princípio é o maior inimigo do Estado e da monarquia.”

(*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acarau–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade Federal de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com váários livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

LASQUE O JORGE - POR ANTÔNIO MORAIS


Jorge, um caboquinho baixo,  olhos miúdos, cabelo pichain, trabalhadorzinho como diabo, chegado a Várzea-Alegre vindo da Paraíba, enamorou-se  de Imaculada, filha de João Riduzino.

Depois de 15 anos de namoro resolveram se casar e  formaram um lar. Com apenas três meses  de casados Jorge bateu a biela, morreu empanzinado  com uma buchada de bode e, o mundo acabou pra Imaculada. A mulher vivia chorando pelos cantos da casa.  

Mandou fazer uma estátua de camaru com as características da imagem e semelhança do Jorge e colocou  no lado da cama. 

Mas, você sabe como é o tempo, se esvai e junto com ele vão-se as lembranças e, Imaculada  terminou  se casando novamente  com Chico de Mané Chico, o primeiro pretendente  que apareceu em sua frente. Primeira providência tomada foi retirar a estatua do Jorge do quarto para outra parte da casa.

Um dia  de inverno frio, a domestica não tinha  lenha seca  para fazer o fogo e bateu na porta do quarto: Dona Imaculada, não tenho lenha seca pra fazer o fogo, o que eu faço? 

Lá de dentro, uma voz espremida de quem estava sendo arrochada ou se espreguiçando respondeu pausadamente: Laaaasque o Jorge. 

GIGANTES - Wilton Bezerra. Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.


Acho que a vida deve ser celebrada apesar de suas vicissitudes.
Celebremos com os cânticos, danças e risadas os momentos de felicidade.
Diz o compositor que rir é bom.
Só que rir de tudo é desespero.
O futebol é um lugar de celebrações.
E como é.
Assim como clama por um cadáver para chorar, o brasileiro adora fazer festa por qualquer razão.
Sobre isso, pisando em ovos, vou exercer minha compulsão pelo “comentário”.
Quando gigantes do futebol brasileiro desceram de divisões, deixaram potes de mágoa junto às suas numerosas torcidas.
Sofridos momentos vividos em situações onde não conseguiam ser identificados pelo que representam.
Pura expiação de culpas.
Nunca consegui entender, e aceitar, times da tradição de Vasco, Corinthians, Palmeiras e outros com envergaduras históricas a fazer carnaval pela conquista de título da segunda divisão.
Gigantes do futebol não podem se satisfazer com migalhas.
Não se pode dar valor excessivo a algo quase inexpressivo.
Quando subiu para a primeira divisão, o Ceará interditou as vias de acesso ao aeroporto na sua festa.
Já soma oito anos de ausência da elite.
O Fortaleza comemora a saída da série C com euforia impressionante.
Ceará e Fortaleza são dois gigantes do nosso futebol.
São marcas de valor reconhecido. No mais recente estudo, a BDO Consultoria colocou Ceará e Fortaleza entre as 40 marcas mais valiosas do futebol brasileiro.
A par desses fatos, pergunto: não se comemora demais por pouca coisa?
Nossas locomotivas são agradecidas por essas viagens ?
Não pretendo estragar celebração de ninguém.
Se trata apenas de um estranhamento de nossa parte.

O Fim De Um Velho Corrupto – Adeus Lula Seu Lugar É Na Papuda - Por News Atual.



Luis Inácio Lula da Silva, o ex presidente mais famoso do Brasil, reconhecido pelas ‘façanhas’ na politica, o senhor dos pobres tido como simples metalúrgico que chegou a ser presidente da republica ou como ele mesmo diz : “A alma mais honesta do Brasil”.

Mas afinal quem é realmente Lula?

Lula poderia ser a face do obscuro, sinônimo da mentira ou o legitimo representante do “jeitinho brasileiro”. O Pai dos pobres na verdade é apenas um grande ilusionista que com um time de ladrões assaltou, pilhou e destruiu o País em busca de um plano mirabolante de poder eterno. Durante seu governo fez dos programas sociais uma fonte inacabável de compra de votos para perpetuar seu partido no poder.

 “O Brasil Não É Do Lula, O Brasil Não É Do PT. O Brasil É Nosso.”

Usou de todos os recursos disponíveis para enganar o povo e maquiar as contas publicas para que tudo parecesse normal. Apos deixar a presidência Lula apostou em sua comparsa Dilma Rousseff, para continuar com o plano PT de implantar no Brasil as ideologias que um dia levariam o País ao Socialismo/ Comunismo. Porem o fim de todo processo começou com o impeachment de Dilma em 2014 que foi a primeira pancada forte que levaria o Partido dos Trabalhadores .

A queda de Dilma resultou em uma cascata morro a baixo para os petistas juntamente com os acordos de delação premiada firmadas no âmbito da Operação Lava Jato com empreiteiras envolvidas com os esquemas criminosos, chefiados pelo PT, PSDB, PMDB e outros aliados. Os delatores entregaram toda a cúpula e partidos nos esquemas de corrupção.

A partir disso o ex presidente foi apontado pelo MPF como líder de todo o esquema do petrolão, esquema que desviou recursos em contratos com empreiteiras na Petrobrás, como a OAS de Léo Pinhiero e a ODEBRECHT de Emílio e Marcelo Odebrecht. Mas de todas as delações a que enterra o ex presidente Lula e a do seu fiel escudeiro Antonio Palocci o homem forte dos governos Lula e também Dilma.

Palocci alem de confirmar as delações de Emílio e Léo Pinheiro ainda deu seu tiro de misericórdia no petista dizendo ao juiz Sérgio Moro em depoimento na sede da policia federal de Curitiba: “Eu levei calhamaços de dinheiro a Lula”.

O fim de lula será triste e sozinho, um velho cansado e abandonado pelos comparsas, talvez em uma cela escura e suja já que o ”simples metalúrgico” não tem curso superior nem direito a cela especial.

Palocci Disse A Sérgio Moro Que Lula Sabia Dos R$ 200 Milhões Em “Provisões” Da Odebrecht


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Blog do Inharé, Giovane Costa - Por Antônio Morais.

A humanidade se alimenta de informações. Hoje em dia, a internet oferece as ferramentas para  através de paginas sociais ou Blogs registramos a historia, a memoria e a verve  de um povoado, vila ou cidade. 

Sorte tem a comunidade que um de seus filhos que se dispoe a pesquisar e escrever  registros de sua historia. Não é fácil  administrar um blog de noticias. 

Diriariamente temos que alimentá-lo com  fatos, noticias e  historias para atender a uma leva de leitores cada dia maior.

De parabéns está o Giovane Costa por ter a iniciativa de criar e administrar o Blog do Inharé.  Tomei  conhecimento que o Blog foi censurado, não pode escrever  sobre esse ou aquele personagem. Era só o que faltava : uma ditadura em pleno  século vinte e um. O que há de tão grave que o povo não pode ter conhecimento?  O que de  tão  mal feito fizeram no passado que o presente  tem  que esconder?

É assim mesmo. Enquanto uns batem pestanas pesquisando informações para que não as sejam jogadas na vala profunda do esquecimento, outros na sua acomodação e inercia nada fazem  e ainda se acham com o direito de criticar e impedir que seja feito por outrem.

CENÁRIO PARA AS FORÇAS ARMADAS - Por Antônio Gonçalo de Sousa.

Em 1964 estava acontecendo balbúrdia generalizada no Brasil, sendo que o principal cenário apontava que os comunistas queriam se apoderar do poder, com apoio da União Soviética. Então, as forças armadas, apoiadas pela maioria da população, tomou o poder,  para muitos acertadamente. 

Naquela ocasião, os esquerdistas, que têm uma forte tendência para fazer barulho, não resolver nada e se envolver com corrupção,   se revoltaram, chamaram a intervenção de "golpe". Infelizmente, levaram muita peia, foram presos, exilados, deram e ainda dão muito trabalho. 

Agora, a situação, resumidamente, é a seguinte:  Centenas de políticos corruptos indiciados e condenados; uma ex-presidente inepta cassada; um ex-presidente apenado uma vez e com vários processos em andamento (enxovalhando e insultando a justiça); o presidente atual com dois processos instaurados em menos de três meses (por vários supostos crimes); os presidentes da câmara e do senado  acusados de diversas falcatruas; o judiciário também com acusações de desvios de função  e  reconhecido como  lento e parcial, dando sinais de que terá dificuldade em julgar os criminosos a tempo. 

Portanto, é de se esperar que as forças armadas estejam vigilantes diante do cenário que, reconheçamos,  merece ser analisado com afinco pela sociedade, especificamente, pelas instâncias políticas e empresariais ainda não contaminadas por esses desmandos.

Segredos e Revelações da História do Brasil: A inexistente "proclamação da república"—por Fernando Mascarenhas Silva de Assis (*)

Deodoro: entre a fidelidade a Dom Pedro II e a rejeição de Adelaide

Há uma versão um tanto idealizada da chamada "proclamação" da República (que nunca ocorreu). Esta versão, embora fantasiosa, tem sido incentivada pela propaganda oficial. Abaixo, a descrição correta de uma das mais negras páginas de nossa História.

A verdadeira causa da pseudo proclamação da república chama-se Adelaide... Deodoro estava no Comando Militar do Rio Grande do Sul. O influente político Silveira Martins ocupava a Presidência da Província. Ambos disputavam os encantos e favores de uma viúva, cujo nome era Adelaide. Parece que ela preferia o Silveira Martins, deixando Deodoro em segundo plano. Por conseqüência, tornaram-se inimigos ferrenhos... Daí, anos mais tarde, a conduta tresloucada do Marechal que não proclamou a república...

De fato, as chamadas "causas" da proclamação (que nunca ocorreu) desta República (que não é, e nunca foi) não passam de eventos maquiados pela propaganda golpista (que não menciona a Viúva Adelaide). São pouco, muito poucos, os que já ouviram falar na Viúva Adelaide. É natural. A historiografia oficial, por motivos óbvios, faz o possível para que seja esquecida.

Portanto, a chamada Proclamação da República no Brasil é uma fábula. Nunca aconteceu. Contudo, resta a pergunta: Se não houve uma proclamação, como foi implantada a República no País? Após ter gritado "Viva o Imperador”, (que a propaganda oficial mudou para “Viva a República), Deodoro voltou para casa. Volta ao leito e, na cama, recebeu a visita alguns militares republicanos. Tentaram fazer com que Deodoro assinasse o documento que viria a ser o decreto Nº 1 da república. O velho militar se recusou: havia jurado fidelidade ao Imperador.

Deodoro não era republicano. Havia mesmo escrito, poucos dias antes, a um de seus sobrinhos, o General Clodoaldo que: "República no Brasil e desgraça completa são a mesma coisa”. De má fé, os militares golpistas disseram ao Marechal que o Visconde de Ouro Preto seria substituído por Silveira Martins. Sabiam da inimizade entre os dois. Deodoro não havia perdoado seu antigo rival na disputa pelos favores da Viúva Adelaide.

Tresloucado, como sempre ficava quando se lembrava de sua antiga paixão, Deodoro disse textualmente: "Deixe-me assinar esta porcaria". A “porcaria” era o primeiro decreto do “governo provisório” documento este que efetivamente implantou o regime republicano no Brasil.

(*) Fernando Mascarenhas Silva de Assis, residente em Belo Horizonte, é Engenheiro Civil pela UFMG, pós-graduado em Engenharia Econômica. Diretor do CETEC - Centro Tecnológico do Estado de Minas Gerais, Diretor da Faculdade de Administração da Fumec, Auditor de Sistemas e Auditor Ambiental.

MATA-NOS - Mahatma Gandhi.


Aquilo que não dizemos acumula-se no corpo, transformando-se em noites sem dormir, nós na garganta, nostalgia, duvidas, insatisfação e tristeza.

O que não dizemos não morre....

MATA-NOS.

Brasil comemora 300 anos da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida – por Armando Lopes Rafael

Algumas curiosidades sobre a maior devoção do povo brasileiro (1ª Parte)


1ª curiosidade – Pouca gente sabe, mas o Padroeiro Principal do Brasil é São Pedro de Alcântara

Logo após a Independência do Brasil, o Imperador Dom Pedro I compreendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Vaticano. É bom esclarecer que, antes dessa constatação, Dom Pedro I, já tinha feito de modo pessoal (sem autorização do Papa) a consagração do Brasil a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Isso aconteceu na capelinha de Nossa Senhora Aparecida, no então município de Guaratinguetá, quando do retorno Imperador de São Paulo para o Rio de Janeiro, logo após ele ter declarado o Brasil independente de Portugal, com o simbólico grito de “Independência ou Morte!”, em 7 de Setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga.

Pois bem, no Rio de Janeiro, Dom Pedro I formalizou esta solicitação, e através da Bula de 31 de maio de 1826, o Papa Leão XII, proclamou São Pedro de Alcântara Padroeiro Principal do Brasil.

Agora vem o desfecho. Com o golpe militar de 15 de novembro de 1889, que instaurou – sem consulta popular – a forma de governo republicana no Brasil, São Pedro de Alcântara foi sendo discretamente e programaticamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos dois imperadores da nossa pátria (Dom Pedro I e Dom Pedro II, ambos registrados como “Pedro de Alcântara”). Todos sabem que a República foi implantada no Brasil através da mentira. E da mentira ela vem se sustentando durante nesses 128 anos, até chegar aos caos político, econômico e social dos presentes dias...
Dom Pedro I foi rezar aos pés de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, logo após proclamar a independência do Brasil

2ª curiosidade – Dom Pedro I e sua neta, a Princesa Isabel, estão entre os devotos ilustres de Nossa Senhora Aparecida

Cartão fúnebre da Princesa Isabel, a Condessa D’Eu, distribuído em Paris em 1921

   Além da consagração extraoficial que Dom Pedro I fez do Brasil a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, vinte anos antes de assinar a Lei Áurea (que libertou a raça negra da escravidão no Brasil), a Princesa Isabel e o esposo desta, o Conde D’Eu, visitaram a capela de Nossa Senhora Aparecida pedindo a graça de filhos para o casal. Eles estavam casados há quatros anos, mas a Princesa não conseguia engravidar. Depois dessa visita a Princesa Isabel teve três filhos.

Por conta disso, o primeiro manto de veludo azul, ricamente adornado, doado a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, bem como a coroa de ouro de 24 quilates, cravejada de brilhantes, foi um presente da Princesa Isabel. Bom lembrar que o manto, entregue em 6 de novembro de 1888, tinha a verdadeira bandeira do Brasil: verde (cor da Casa dos Bragança de Dom Pedro I) e amarelo (cor da Casa dos Habsburgo, da Imperatriz Leopoldina) com o escudo imperial ao centro.
Bandeira imperial que constava no primeiro manto azul usado na imagem de Nossa Senhora Aparecida

   Só em 1904, quando a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi solenemente coroada, em 08 de setembro daquele ano, no Rio de Janeiro, é que fizeram um novo manto, desta feita  com a bandeira da República. Ou seja, preservando a antiga bandeira imperial, sem o brasão das armas no centro, e, no lugar deste, colocada a atual esfera azul com o lema positivista  “Ordem e Progresso"

– As curiosidades continuarão no próximo artigo –

Nossa Senhora da Conceição Aparecida: algumas curiosidades sobre a maior devoção do povo brasileiro (2ª Parte) -- por Armando Lopes Rafael


3ª curiosidade – Se a imagem foi encontrada em 17 de outubro de 1717, porque se comemora a data de Nossa Senhora Aparecida em 12 de outubro?
Segundo o historiador Leandro Karnal, não foi por mero acaso que esta data foi escolhida. No dia 12 de outubro comemora-se a descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492); em 12 de outubro de 1798, nascia em Lisboa Dom Pedro de Alcântara, que seria o herói da nossa independência e primeiro Imperador do Brasil; em 12 de outubro de 1822, Dom Pedro I foi aclamado como “Primeiro Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil”. Bom não esquecer que a imagem do Cristo Redentor, localizada na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931... Em 1953, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB definiu o Dia da Padroeira: 12 de outubro. Mera coincidência?  Antes essa data foi comemorada no dia 7 de setembro (Dia da Pátria) e 8 de dezembro (Dia de Nossa Senhora da Conceição).

4ª curiosidade – Quando Nossa Senhora Aparecida passou a ser Padroeira do Brasil?
Só em julho de 1930 é que Nossa Senhora Aparecida foi declarada Padroeira do Brasil. O pedido partiu do cardeal Dom Sebastião Leme, arcebispo do Rio de Janeiro, então capital da nossa pátria, e a formalização foi dada pelo então Papa Pio XI.

5ª curiosidade – É verdade que é o maior santuário mariano do mundo?
 Em 2017 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB declarou oficialmente a Basílica de Aparecida do Norte como “Santuário Nacional”. A decisão veio tarde. Trata-se do maior santuário mariano do mundo! Possui área de 1,3 milhão de metros quadrados. Tem capacidade para acolher 45 mil pessoas internamente. Na área externa pode abrigar 300 mil fiéis. O Santuário de Nossa Senhora Aparecida é visitado anualmente por 12 milhões de pessoas. Mais do que isso: Nossa Senhora Aparecida foi o primeiro símbolo genuinamente brasileiro de alcance nacional. Ela veio antes do nosso hino; Veio antes da nossa primeira e definitiva bandeira nacional, a  verde-amarela criada pelo Imperador Dom Pedro I. Aliás, hino e bandeira só surgiram em 1822. E permanecem até hoje, apesar das tentativas dos golpistas republicanos para mudá-las...

Coluna de Mônica Bérgamo, na "Folha de S.Paulo" desta 6ª feira:Palocci abalou Lula de forma inédita, dizem amigos do ex-presidente


A delação e a carta de Antonio Palocci abalaram de forma inédita o ex-presidente Lula, que até então relevava as informações que outros delatores davam contra ele em processos.

CHOQUE
Segundo pessoas que convivem de forma intensa com o petista, ele sempre dizia entender delatores como Léo Pinheiro, da OAS, e Marcelo Odebrecht: presos por muito tempo, eles não teriam alternativa a não ser falar de Lula nos acordos com a Justiça.

CHOQUE 2
Já com Palocci o sentimento seria de "extremo amargor", pela virulência dos ataques. O ex-ministro não apenas "enfiou a faca mas forçou até o fundo" e ainda deu voltas com ela nas vísceras de Lula, diz um dos amigos do petista.

"Coisas da República" --- em VEJA desta semana: As operações bilionárias suspeitas do grupo J&F, dos irmãos Batista

Relatório do Coaf revela que as empresas do grupo movimentaram 248 bilhões de reais em transações nebulosas, incluindo pagamentos a políticos

Por Hugo Marques, Thiago Bronzatto 

O PRIMEIRO-IRMÃO - Joesley Batista confessou em sua delação premiada que as empresas do grupo foram usadas para repassar dinheiro e pagar propina a mais de 1 800 políticos de diversos níveis de poder, de vereador a presidente da República (Zanone Fraissat/Folhapress)

A Operação Lava-Jato produziu histórias e números superlativos ao desvendar desvios de 42 bilhões de reais, envolvendo mais de 2 000 suspeitos, com ramificações que se desdobram em 48 países em quatro continentes. Mesmo assim, ninguém estava preparado para o conteúdo do relatório sigiloso do Coaf, o órgão do Ministério da Fazenda encarregado de fiscalizar movimentações financeiras. Em 139 páginas, o documento, ao qual VEJA teve acesso, informa que as empresas do grupo J&F, do qual a JBS é a maior estrela, movimentaram nada menos que 248 bilhões de reais apenas em transações consideradas suspeitas nos últimos 14 anos.

Reportagem de VEJA desta semana detalha essas operações nebulosas do grupo J&F que, por mais de uma década, misturou dinheiro e poder, interesses públicos e particulares, negócios e corrupção. O material, considerado um dos mais complexos já produzidos até hoje pelo Coaf, comprova parte do que os próprios executivos da JBS já haviam confessado em delação premiada, revela casos novos e mostra caminhos ainda desconhecidos percorridos pelo dinheiro destinado a parlamentares, ministros, ex-ministros, partidos políticos ou operadores de propinas.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Túnel do tempo: um artigo publicado em 2004: O custo da Monarquia (*)


O custo das instituições foi estudado há mais de três décadas pelo Dr. Mário Saraiva, médico e monarquista, que apresentava algumas citações para demonstrar que a monarquia é muito mais barata do que a república, conforme abaixo:

"A insuspeita revista Time, no seu número de 9 de Dezembro de 1966, num curioso artigo intitulado A magia da Monarquia continua, dizia sem qualquer rebuço: "Uma  das principais críticas à Monarquia consiste em dizer que ela é demasiado dispendiosa. Mas os Presidentes das Repúblicas também gastam e não estão aptos a governar tal como os Reis e as Rainhas, que para isso foram educados. E os mais variados tipos, desde De Gaulle a Sukarno, não são tão baratos como isso!..."

Conta-se que Briand, por largo tempo dirigente do radical-socialismo francês e Chefe do Governo quando da visita de D. Manuel II a Paris, teria dito àcerca da presumível mudança das nossas instituições: "Portugal é um país pobre demais para poder sustentar uma República...". Briand, político de vasta experiência, não falava sem conhecimento de causa. Ele, que foi sempre republicano, não deixava de confessar ser a república muito cara.

Nansen, o leader da independência norueguesa, ao chegar o momento de escolher a forma de governo para o seu país, fez escolher a Monarquia, que foi votada no Parlamento por 100 votos contra 4. A quem lhe censurou o estranho procedimento, Nansen respondeu: "Não hesitei em preferir a Monarquia por três razões: é mais barata, permite mais liberdades, tem mais autoridade para defender os interesses permanentes do país perante o estrangeiro".

Mas  sem  dúvida que a Monarquia é mais barata! Só quem se esquecer das despesas que acarretam as eleições presidenciais pode supor o contrário. Uma campanha eleitoral em forma, mobilizando todos os meios de propaganda, a Imprensa, a Rádio, a TV, monopolizando tipografias para cobrir o país com panfletos e cartazes, promovendo múltiplos comícios, obrigando a deslocações de massas e a comunicações sem conta, tudo isto, de parte a parte das candidaturas, custa somas de volume insuspeitado do grande público."

Recentemente, no Ceará, Armando Lopes Rafael, historiador e monarquista, deixa claro a sua opinião:

" No Brasil os golpistas que implantaram a República, em 1889, justificavam a queda da Monarquia argumentando, entre outros sofismas, que ela saía cara aos cofres públicos. Não era verdade. Desde 1841, e por 48 anos longos anos, a dotação da Família Imperial brasileira era 67 contos de réis por mês. E veja que o Orçamento Geral do Império do Brasil cresceu dez vezes, naquele período, pois o país tinha progresso. Uma das primeiras medidas do marechal Deodoro da Fonseca foi aumentar o salário do presidente da República para 120 contos de réis por mês, quase o dobro do que recebia toda a Família Imperial!

Mudou alguma coisa, nesta " ré - pública ", de lá para cá? Não. Piorou! O jornal "O Povo", de Fortaleza, edição de 25/10/2002, publicou a seguinte notícia que transcrevo, na íntegra, para o leitor: "Mais direitos para ex-presidentes. O presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a Medida Provisória que define o processo de transição do governo para ampliar os direitos e mordomias dos ex-presidentes da República, incluindo ele próprio a partir de janeiro. Hoje , os ex-presidentes Itamar Franco (sem partido) e José Sarney (PMDB) já têm à sua disposição seis servidores e dois carros oficiais ( com motoristas), com salários que variam em R$ 1,2 mil e R$ 4,8 mil.

Agora, os ex-presidentes poderão nomear oito servidores para trabalhar diretamente com eles, sendo que os dois novos funcionários ocuparão cargos de DAS 5, cujo vencimento é de R$ 6,3 mil. Atualmente, tanto Itamar Franco quanto José Sarney, apesar de serem, respectivamente, governador de Minas Gerais e senador pelo Amapá, usam todos os cargos que têm direito. Quanto aos carros oficiais, Itamar mantém um em Juiz de Fora, que usa freqüentemente, e outro, em Brasília, que é solicitado apenas quando o governador vai à Capital. No caso de Sarney, um carro fica em São Luís e outro em Brasília e ambos são usados permanentemente."

(*) artigo publicado no jornal "Correio Imperial" editado em Belo Horizonte (MG)

Cachorro vivo --- por José Roberto Guzzo (*)


Não é preciso mais nada para arruinar a biografia de Lula, mas a carta-denúncia do ex-ministro Palocci deixa ainda pior o que já era um perfeito desastre 
Depois de um ano de boca fechada, o PT descobriu, de um minuto para o outro, que Palocci era um homem mau (Reprodução/Reprodução)

É muito provável que não haja em nenhum outro episódio da história recente do Brasil nada que se compare, em matéria de estupidez terminal, ao conjunto de decisões que o PT tem tomado sobre o ex-companheiro Antonio Palocci. O que está acontecendo com essa gente? Sabe-se, há muito tempo, que todas as suas altas esferas, e principalmente a esfera mais alta de todas, vêm vivendo um processo acelerado de decomposição mental – desde que todos caíram em desgraça pela corrupção sem limites que patrocinaram durante treze anos e meio e começaram a viagem do céu da máquina pública ao inferno da justiça penal. Mas o que fizeram com esse Palocci desafia qualquer imaginação.

Era um escândalo aberto e agressivo que o PT se mantivesse em silêncio absoluto durante um ano inteirinho, desde que o ex-vice-Deus dos governos Lula foi para a cadeia acusado de roubar somas monstruosas de dinheiro – nenhuma palavra, nenhuma crítica, nenhum pedido de desculpas. Como 100% dos outros membros do partido processados e condenados por corrupção, Palocci tinha direito ao tratamento de vítima – vítima “deles”, como diz Lula, os que não toleram as suas “reformas sociais” e não aceitam sua volta à “presidência” deste país. De repente, o mesmíssimo Palocci, o trotskysta de Ribeirão Preto que dividiu mesa, sala e ante-sala com Lula, como o mais poderoso agente de seu governo, diz à justiça o que sabe sobre o ex-presidente – aliás, uma parte do que sabe; os detalhes virão logo mais. Pronto: o mundo caiu. Depois de um ano de boca fechada, o PT descobriu, de um minuto para o outro, que Palocci era um homem mau.

Manifestou o seu horror. Decidiu, com aquela valentia em chutar cachorro morto que resume tão admiravelmente o mundo moral dos seus dirigentes, punir o companheiro. Mesmo nesse fundo de poço, não tiveram coragem suficiente para expulsar o homem: decidiram-se por uma “suspensão de 60 dias”. Que diabo quer dizer isso? Alguém seria capaz de dizer quais atividades Palocci vinha exercendo no PT dentro da cadeia? Foi proibido de fazer o que, exatamente? O Judas vai continuar convivendo com os Doze Apóstolos e com o próprio Cristo? Parece que sim: afinal, quem não é posto para fora continua do lado de dentro.


Mas parecia que sim, apenas. Logo se viu que a catástrofe era muito pior – e que cachorro morto às vezes pode morder. Não só o companheiroPalocci recusou a advertência, e mandou para o PT um aviso de que era ele, Palocci, quem estava saindo – uma maneira mais ou menos educada de dizer onde, exatamente, o partido podia enfiar o seu decreto de suspensão. Muito pior que isso, o homem de confiança número 1 de Lula escreveu uma carta aberta fazendo um resumo, sem disfarces, do que sabe sobre a Divindade Superior do PT. É um documento absolutamente devastador . Não se trata de provas, que ficarão para depois. Trata-se simplesmente da verdade, o que é muito pior. Sabe-se muito bem, e há muito tempo, que a reputação moral do ex-presidente está em ruínas, e não precisa de mais nada para dissolver-se ainda mais.

 Mas a carta de Palocci tem o efeito-bomba de ser um documento, por escrito, para a História – seu texto, muito simplesmente, não poderá ser ignorado por nenhum historiador sério, entre todos os que vão escrever sobre nossa época. Há desânimo, até mesmo, entre a gente de boa fé que ainda optava por “relativizar” as depredações que Lula faz há anos na vida pública do Brasil. Também eles começam a se cansar.
(*) José Roberto Guzzo é jornalista da revista VEJA

Ministros do STF estimulam o Senado a afrontar decisão do... STF. - Por Ricardo Noblat


Zorra quer dizer desordem, bagunça, zona, segundo o Dicionário do Aurélio. Pensando bem, haverá expressão melhor para definir o que tem se passado no Supremo Tribunal Federal (STF) de algum tempo para cá?

A Primeira Turma do STF, formada por cinco ministros, decidiu suspender o mandato de senador Aécio Neves (PSDB-MG), obrigando-o a recolher-se todas as noites à sua casa sem direito a sair dali.

Menos de 24 horas depois, dois ministros do STF, se apressaram a criticar a decisão, estimulando indiretamente o Senado a desautorizá-la. Como se isso fosse possível sem deflagrar uma crise.

Como de costume, Gilmar Mendes foi o mais cáustico. Chamou a decisão de “populismo institucional”. Disse que a Primeira Turma estava reescrevendo a Constituição, e que seu comportamento era suspeito.

Suspeito de quê? Não explicou. Mas aduziu: “Certamente seria bom que a matéria viesse ao plenário. Matérias controvertidas devem vir a plenário”. Esqueceu que a Primeira Turma poderia decidir sozinha, como o fez.

Voto vencido na Primeira Turma, o ministro Marco Aurélio Mello comentou assim a decisão: “O que nós tivemos foi a decretação de uma prisão preventiva em regime aberto. Vamos usar o português”.

E acrescentou: “Como o Senado pode rever uma prisão determinada pelo Supremo, ele pode rever uma medida acauteladora, a suspensão do exercício do mandato”.

Causa espécie ver ministros togados discutirem em público decisões tomadas por alguns dos seus pares. Se não se respeitam, se não respeitam decisões do tribunal, quem haverá de respeitá-los, e às decisões?

Em maio último, o ministro Edson Fachin, um dos relatores da Lava Jato no STF, suspendeu o mandato de Aécio e decretou sua prisão preventiva. O Senado sequer assanhou-se a rever a decisão de Fachin, por incabível.

A decisão de Fachin foi revogada por outra tomada por Marco Aurélio. Desta vez, o Senado está nos cascos para rever a decisão da Primeira Turma. Poderá fazê-lo ainda esta tarde. Se o fizer, cometerá grave erro.

A reclusão noturna obrigatória é diferente de uma prisão preventiva domiciliar. Trata-se de uma medida cautelar prevista no Código de Processo Penal. Foi aprovada pelo Congresso em 2011.

Somente o STF pode dar por não dito o que ele mesmo disse. O Senado tanto não pode que nada ousou fazer no ano passado quando o senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso por ordem do ministro Teori Zavaski.

RÁDIO - A lição de profissionalismo de Wilton Bezerra

No programa esportivo deste domingo da Rádio Verdes Mares, o comentarista Wilton Bezerra deu uma lição de profissionalismo sobre o papel de quem faz cobertura esportiva. 

Falou do respeito que se deve à atividade, da isenção que todo profissional que atua na área deve ter e de que é preciso dignidade para não misturar interesses personalísticos com a atividade. 

Foi um momento em que muitos que atuam, não apenas no setor esportivo, puderam aproveitar como um mestre que foge às paixões futebolísticas, ao rabo preso de alguns às cores de um time, fazendo com que a força do veículo perca em prestígio quando não levado a sério como faz Wilton. 

Parabéns, mestre. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Palocci envia carta ao PT com duras críticas e pedido de desfiliação - Por Marcelo Rocha e Samuel Nunes.




Em carta, Palocci pede desfiliação do PT: 'Somos um partido ou uma seita guiada por uma pretensa divindade?'

O ex-ministro Antônio Palocci enviou nesta terça-feira (26), uma carta ao Partido dos Trabalhadores (PT), em que pede a desfiliação da legenda. 

No documento de quatro páginas, ele descreve os motivos pelos quais resolveu deixar o partido que ajudou a fundar. A carta é endereçada à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann. 

Na carta, Palocci diz que: Defende um acordo de leniência na Lava Jato para o PT.

As declarações dadas no depoimento a Moro “são fatos absolutamente verdadeiros”, situações que presenciou, acompanhou ou coordenou, “normalmente junto ou a pedido do ex-presidente Lula”.

Diz ter certeza que Lula irá confirmar tudo, “como chegou a fazer no ‘mensalão’” em entrevista na França.

Houve uma evolução e acúmulo de corrupções nos governos a partir do segundo mandato de Lula.

Foi um choque ter visto “Lula sucumbir ao pior da política no melhor dos momentos de seu governo”.

Que foi um erro eleger e reeleger um mau governo, que destruiu “cada conquista social e cada um dos avanços econômicos tão custosamente alcançados”.

Que Lula encomendou sondas e propinas em uma reunião com Dilma e José Sérgio Gabrielli no Palácio da Alvorada, “na cena mais chocante que presenciei do desmonte moral da mais expressiva liderança popular que o país construiu em toda nossa história".

Que passou a ser alvo de “um tribunal inquisitorial dentro do próprio PT” ao falar a verdade.

Questiona “até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do ‘homem mais honesto do país’.

Questiona se “somos partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?”

Que mesmo nos melhores anos do governo Lula “já se via a peçonha da corrupção se criando para depois tomar conta do cenário todo”.

Os velhos de minha infância - Por Antônio Morais.

Quanto a velho examinemos o assunto. Velho é substantivo comum, degradante, masculino, singular, nem tão singular. Na filosofia e moral chinesa, a pessoa idosa é simbolo de veneração e respeito, consideradas suas condições de mais experientes dos segredos da vida e da dignidade de suas cãs e barbas brancas. Entre nós, todavia, nos tempos atuais, a coisa não é bem assim. O velho tem valor de excrescência ou algo semelhante.

Isto, em parte, por culpa dele, que não se dar a respeito, portando-se, muitas vezes, cafajesticamente. 

Isto me faz lembrar os do meu tempo de menino. Um punhado de homens austeros, trabalhadores exemplares pais de família, daqueles que não precisavam, sequer, dar um fio do bigode para juramentar seus compromissos.

Sempre os admirei e respeitei, vendo neles figuras distintas, pessoas diferentes, a quem devíamos todos devotar a máxima atenção e cortesia.

Hoje existem velhos com pinta de play-boy e alguns, até são membros da Internacional Gay Society. Sinal dos tempos.

Os velhinhos de minha meninice, pobres ou ricos, tinham dignidade no vestir, compostura no andar, decência em seus gestos e atitudes.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

INGRATOS - Por Charles Chaplin.


"É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele."

Não agrade a ingratos, nem sirva os folgados. Precisamos parar de querer agradar os ingratos, de servir gente folgada para que possamos percorrer somente os encontros verdadeiros.

Os 7 erros dos recibos de Lula - Por O Antagonista.


Leitores de O Antagonista alertam que os recibos de 2012 e 2013, entregues pela defesa de Lula à Justiça Federal, apresentam o mesmo erro de digitação: “São Bernanrdo do Campo”.

A repetição sugere que os recibos foram impressos num mesmo lote.

Esses erros se somam a datas inexistentes (31 de junho e 31 de novembro), recibos firmados durante o fim de semana, falta de autenticação em cartório, ausência injustificada de mais de 30 recibos, provável assinatura de vários comprovantes com a mesma caneta e o estado de conservação dos documentos – sem dobras, rasgos ou marcas do tempo.

Temer contraria Fazenda e troca Bolsa Sonegador por enterro da 2ª denúncia - Por Josias de Souza.


A segunda denúncia da Procuradoria contra Michel Temer, ora em tramitação na Câmara, tornou Brasília um pouco mais ilógica. Inverteram-se os papeis. O presidente da República já não tem apoiadores no Congresso. Os parlamentares governistas é que têm o presidente. Eles fazem gato-sapato de Temer. Nesta segunda-feira, arrancaram do presidente mais um mimo: o Bolsa Sonegador.

Às vésperas da votação da denúncia que deseja ver enterrada no plenário da Câmara, Temer cedeu às pressões dos parlamentares para modificar a medida provisória que instituiu a mais recente versão do Refis, como são chamados os programas de refinanciamento de dívidas com o fisco. A contragosto da equipe econômica do governo, o novo texto oferecerá condições açucaradas aos sonegadores: descontos de até 90% nos juros, 70% nas multas e 25% nos encargos financeiros.

Medidas provisórias, como se sabe, entram em vigor a partir de sua edição. Perdem a eficácia se o Congresso as rejeitar ou deixar de apreciar. A MP do Refis foi baixada por Temer com o propósito de render ao fisco uma coleta estimada em R$ 13 bilhões. Enviada ao Congresso, a proposta ganhou um relator providencial: o deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), cujas empresas acumulam débitos tributários de R$ 67,8 milhões.

A perspectiva de arrecadação despencou na proporção direta das benesses que Cardoso Júnior ofereceu a si mesmo a aos demais sonegadores da República. Se a proposta do deputado prevalecesse, a previsão de receita seria de R$ 500 milhões, não de R$ 13 bilhões. O governo levou o pé à porta. Reeditou a MP. Muitos devedores agarraram-se à versão original e compareceram aos guichês do fisco para acertar suas dívidas.

O Ministério da Fazenda faz mistério sobre o montante arrecadado. Estima-se que entraram nos cofres do Tesouro algo como R$ 9 bilhões. As adesões ao programa podem ocorrer até a próxima sexta-feira (29). E o prazo de validade da MP do Refis vence no dia 11 de outubro. A equipe de Henrique Meirelles passou a considerar que não votar a medida no Congresso seria um fabuloso negócio, pois os acertos já firmados com devedores seriam mantidos.

Eis que sobreveio a nova denúncia em que a Procuradoria acusa Temer de organização criminosa e obstrução da Justiça. Aproveitando-se do fato de que passaram da condição de apoiadores para a de donos de Temer, os governistas atropelaram a equipe da Fazenda. O acerto foi costurado em reunião com os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Congresso, André Moura (PSC-SE). A dupla esteve no Planalto na noite passada.

Participaram da articulação os ministros palacianos Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Ambos têm interesse direto em adular os congressistas, pois foram incluídos na denúncia contra Temer como membros da “organização criminisa” do PMDB da Câmara. Pelo Ministério da Fazenda, testemunhou a rendição o secretário-executivo Eduardo Guardia.

Agora, os parlamentares correm para votar o Bolsa Sonegador antes de sexta-feira. Não faltam interessados. Há na Câmara 291 deputados pendurados na Receita Federal. Juntos, devem R$ 1 bilhão. No Senado, há 46 devedores. O espeto tributário dos senadores soma cerca de R$ 2 bilhões. Tudo isso sem mencionar os casos de parlamentares cujas campanhas foram financiadas por grandes sonegadores.

Lançado em sucessivas versões, o Refis tornou-se nos últimos 15 anos uma iniciativa injusta e burra. É injusta porque cria dois tipos de guichês na Receita. Num, quem deve paga suas dívidas. Noutro, quem sonega é premiado com descontos camaradas. A mágica é burra porque estimula bons pagadores a brincar de esconde-esconde com o fisco, só para entrar na fila do próximo Refis.

Superação - Por Chico Xavier.


Quando você consegui superar problemas graves não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessada mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de capacidade e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Que todos se lembrem! - Por Ricardo Noblat

Sem risco de golpe militar. Faltam as “condições objetivas”. De resto, o mundo, o Brasil e os militares são hoje muito diferentes dos que existiam em 1964, referência mais próxima de ruptura com a democracia.

Nem assim há de ignorar-se que um general na ativa desrespeitou a lei e falou em golpe para livrar-nos dos políticos corruptos. E que simplesmente nada lhe aconteceu. Por quê? Adiante.

A Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (SUDERJ) informa: sai de campo a expressão “tem que manter isso”, de Michel Temer.  Entra “então teremos que impor isso”, de Antonio Martins Mourão.

A separar as duas, seis meses de uma crise política que se arrasta desde 2015. A juntá-las, um presidente cai não cai e um general golpista que, se pudesse, suceder-lhe-ia na marra.

Temer disse o que disse ao ouvir do empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS, à época investigado por corrupção, que ele continuava pagando propina ao ex-deputado Eduardo Cunha para que não delatasse; Mourão, em palestra para maçons reunidos em Brasília no último dia 15 quando perguntado se não seria a hora de os militares intervirem outra vez.

“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública os elementos envolvidos em ilícitos, ou então teremos que impor isso”, respondeu Mourão, Secretário de Finanças do Exército, punido há dois anos com a perda do Comando Militar do Sul por incitar seus colegas à “guerra patriótica” contra a corrupção e homenagear um coronel torturador.

Foi por corporativismo, mas não só, que o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ignorou a afronta de Mourão à lei, porque de afronta se tratou.

É vedado ao militar da ativa falar sobre assuntos políticos em público. Villas Bôas não puniu Mourão porque o que ele disse é o que pensa uma parte do Alto Comando da força. Elogiou-o como “um grande soldado”.

Natural que em reuniões a portas fechadas, como aconteceu no último dia 11, generais tracem cenários para o futuro de um país que atravessa forte crise econômica, social e política. Grave é que um dos cenários possa contemplar a hipótese de um golpe.

Chamar golpe de intervenção militar é um truque sujo para mitigá-lo, uma contrafação perigosa, explosiva e antipatriótica.

Até aqui, passados tantos anos, aos militares é ensinado nos seus cursos de formação que o golpe de 64 foi uma revolução. Eles se recusam a admitir que o país viveu sob uma ditadura militar durante 21 tenebrosos anos, e que a tortura e o assassinato de adversários do regime fizeram parte, sim, de uma política de Estado. Não foram apenas desvios de conduta de alguns poucos. 

Na democracia, militar é um civil que veste farda, anda armado e pilota brucutu. Uma vez que seu salário é pago pelo governo, ele é um servidor público como outro qualquer.

Não está acima das leis como ninguém está. Merece respeito como a qualquer pessoa deve respeito. Seu superior é o presidente da República. Entre suas tarefas não está a eliminação da vida pública de políticos corruptos.

O temor reverencial dos brasileiros à farda é alimentado por governos civis fracos e tem tudo a ver com um passado de intervenções militares que por nefastas, dolorosas e estúpidas desejaríamos esquecer. Mas, não.

Tal passado jamais deve ser esquecido, para que jamais se repita.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Presidenciáveis miram lavajatistas e fisiológicos - Por Josias de Souza.


Os primeiros movimentos da sucessão presidencial revelam que nada de mal acontece ao Brasil que não seja esplêndido perto do que está por vir. Diante da frustração da reforma política, os pretendentes ao Planalto se equipam para uma nova disputa regida por velhas regras. O principal trunfo da campanha continua sendo o tempo de propaganda na tevê e no rádio. Para obter vitrines eletrônicas espaçosas, os presidenciáveis se movem como grandes compositores —compõem com todo mundo. Cortejam longe dos refletores partidos fisiológicos e lavajatistas.

Geraldo Alckmin, João Doria e Henrique Meirelles flertam com legendas do chamado centrão, agrupamento que reúne o que há de mais arcaico na política nacional. Por exemplo: PP, PR, PTB, SD e PRB. Ciro Gomes, hoje no PDT, gostaria de arrastar para dentro de sua futura coligação o PT, cuja passagem pelo poder federal produziu o mensalão e o petrolão. O petismo leva o pé atrás. E aguarda por uma definição de Lula. Embora esteja mais perto da cadeia do que da urna, o pajé do PT ainda não liberou seu partido para empinar um Plano B.

Sócio do PT no surto de corrupção que mergulhou o Brasil numa crise moral sem precedentes, o PMDB paira sobre todas as pré-candidaturas como peça central no quebra-cabeça das coligações. Crivado de investigações, o partido de Michel Temer ambiciona comparecer à próxima sucessão com um candidato próprio. Como não dispõe de nomes, cogita fisgar alguém noutra legenda.

Uma ala do PMDB gostaria de atrair o neotucano Doria, que mede forças com Alckmin pela vaga de presidenciável do PSDB. Nessa equação, o DEM, parceiro tradicional do tucanato, trocaria Alckmin por Doria. Outra ala do partido de Michel Temer passou a cultivar a ideia de atrair Henrique Meirelles, hoje um pré-candidato do PSD. Mandachuva do partido do ministro da Fazenda, o colega de Esplanada Gilberto Kassab também deseja se entender como o PMDB. Mas prefere que, em vez de levar Meirelles, o parceiro tóxico indique um alguém para integar a chapa na condição de vice.

Mesmo com a Lava Jato a pino, partidos identificados com o suborno, o acorbertamento, o compadrio, o patrimonialismo e o fisiologismo percorrem os bastidores das negociações presidenciais como se nada tivesse sido descoberto sobre eles. Representam os valores mais tradicionais da política. E parecem decididos a perpetuá-los.

FRAUDE EXPLICA - Por Wilton Bezerra.

O Brasil de hoje é uma sucessão de fraudes que se sucedem sucessivamente sem cessar, como diria Paulo Limaverde, veterano comunicador de rádio e televisão.
Até as soluções apontadas para sairmos dessa crise moral e financeira se revelam grossas fraudes.
“Brasil, fraude explica”. Frase de Carlito Maia, publicitário genial, continua atual.
Os idiotas estão com a bola toda e sugerem o retorno a um passado ditadorial. Vida sem liberdades como nova versão do paraíso.
A recompensa é uma vassourada na corrupção e nos desmandos. 
Tá feia a coisa, concordamos.
E esquisita.
Até um dia desses, campeões nacionais eram os times de futebol vencedores do certame brasileiro, Copa do Brasil e outras competições.
Hoje, os títulos são dados por um banco de desenvolvimento. As grandes empresas nacionais, jóias da coroa, se transformaram em objetos de desejo dos rapinadores.
Até leis e emendas estão à venda nas feiras promocionais. A mentira virou instrumento de salvação dos que não fizeram nada e não viram coisa alguma. Nem Chicago está aguentando o tranco.
Só que a onipotência numérica dos idiotas enxerga no retrocesso uma saída para a situação. Vendo o Brasil de hoje com os olhos do passado.
Um passado de apaniguados do regime da brutalidade, tomando conta do bicho e do samba como recompensa pelos serviços prestados.
Censura a pleno vapor e a paz dos cemitérios para garantir a normalidade.
Quem fala em intervenção militar, sem mais nem menos, não sabe o que está dizendo.
A democracia está doente ? Tem doença que se não mata, dá caráter.
A democracia morre se desistirmos dela.

A realidade nua e crua: Nos bastidores, PT e esquerda se preparam para Lula fora de 2018

Fonte: site da revista VEJA

Juristas ligados à legenda avaliam ser difícil que ex-presidente esteja nas urnas e partidos de esquerda já pensam em candidaturas que possam ocupar vácuo
Oficialmente o PT diz que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “irreversível” e “irrevogável”. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que, mesmo que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ratifique a condenação do juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses meses de prisão, Lula pode recorrer às instâncias superiores. O petista foi considerado culpado de receber propinas da empreiteira OAS e de lavar dinheiro através de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.

Na realidade dos bastidores, no entanto, a percepção de que a Justiça dificilmente permitirá que Lula concorra pela sexta vez à Presidência é cada vez maior. Algumas semanas atrás, um colaborador próximo do ex-presidente chegou a sugerir que, diante da indefinição do cenário, Lula dedique o restante de 2017 para elaborar um bom programa de governo e deixe para o ano que vem a definição sobre o candidato.

O “conselheiro” ponderou outros fatores além do cerco fechado pela Lava Jato, como as incertezas sobre a reforma política e a judicialização da campanha. Mas, segundo pessoas próximas, a reação de Lula foi “extremamente negativa”. O ex-presidente tem aproveitado todas as suas últimas aparições públicas, como o discurso em Curitiba após o último depoimento a Moro e o lançamento da plataforma O Brasil Que o Povo Quer, para que filiados opinem sobre o programa de governo, para ressaltar sua intenção de concorrer ao Planalto.

Na semana passada, em conversa com deputados estaduais do PT, o advogado Pedro Serrano, referência jurídica da esquerda, disse que, embora considere Lula inocente, acredita que o Judiciário sofre forte influência política e, portanto, a probabilidade maior é de que a condenação seja mantida. Ele também lembrou, no entanto, a possibilidade de recursos.

‘Degelo’

A incerteza em relação ao futuro político de Lula faz com que os partidos de centro-esquerda, inclusive tradicionais aliados do PT como PCdoB e PDT, já adotem estratégias para a eleição de 2018 com cenários sem a participação do petista. Se Lula for condenado em segunda instância e não puder concorrer, os antigos aliados do PT não parecem dispostos a se unir. A ideia, nesse caso, será investir na disputa “pulverizada”, com muitos candidatos do mesmo espectro político.

Parceiro histórico do PT, o PCdoB, por exemplo, já se prepara para fechar outras composições eleitorais. O receio do partido é esperar Lula indefinidamente – já que a estratégia do PT consiste em levar a candidatura do ex-presidente até o último recurso jurídico – e depois ficar “a ver navios”.

“Nós já começamos a fazer consultas sobre nomes”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que foi ministro do Esporte nos governos comandados por Lula e Dilma Rousseff. “Sem Lula na cédula não tem por que o PC do B apoiar o PT. Na esquerda, vai ser todo mundo igual”, disse o deputado.
Os comunistas abriram negociações com o pré-candidato do PDT, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que nesta semana também conversará com a direção do PSB. Nada, porém, está fechado. Nos bastidores, tanto integrantes da oposição como aliados do presidente Michel Temer (PMDB) dizem que muitos lances para 2018 estão congelados, à espera da definição sobre Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

“Mas nós começamos o degelo”, disse Silva, que não exclui a possibilidade de o PCdoB lançar candidato próprio à sucessão de Temer. “O desgaste com a política é tão grande que os partidos serão chamados a se posicionar. A tendência é de que a eleição de 2018 seja pulverizada, como a de 1989”. Naquele ano, 22 candidatos disputaram o Planalto e o eleito foi Fernando Collor, que disputou o pleito pelo nanico PRN e venceu Lula no segundo turno.

Nordeste

O PDT, outro aliado histórico do PT, faz os cálculos para 2018 contando que Lula será barrado pela Justiça. “É mais do que legítimo o PT manter a candidatura de Lula, mas penso que ele não será candidato”, disse o presidente da sigla, Carlos Lupi. O partido aposta na candidatura de Ciro independentemente de Lula ser candidato.

No entanto, segundo Lupi, caso o petista fique fora da disputa, Ciro pode crescer nos redutos petistas. “É pouco provável que o PT venha a nos apoiar, por isso não muda muito para o PDT, mas, sem Lula, Ciro passa a ter um potencial de crescimento grande no Nordeste”, disse. Com base na avaliação de que o petista será impedido, o PDT tenta entabular conversas com PC do B, PSB e com o próprio PT a fim de ampliar o leque de alianças em torno de Ciro.

Aliados do PT no passado, o socialistas, que tiveram Eduardo Campos e Marina Silva como candidatos em 2014, se preparam para tentar novamente outros voos. “Precisamos pesar, porém, se a candidatura própria vai nos ajudar em relação aos palanques estaduais. A hora é de aguardar um cenário de menos incertezas. Não podemos excluir ninguém antes de falar com as forças políticas”, disse Carlos Siqueira, presidente do PSB.

Mais alto é o tombo - Por Dora Kramer.

Na chefia, se preso, Lula não teria a quem delatar para fazer jus a prêmio.

Os fatos e os atos decorrentes deles mostram que está absolutamente caduco o uso do condicional em relação à alegada candidatura de Lula da Silva à Presidência em 2018, uma vez que resta demonstrada a impossibilidade real da volta dele à chefia da nação que seu partido saqueou e deixou que aliados saqueassem.

Nenhuma das costumeiras condicionantes (caso não seja ficha-suja, não esteja preso e ainda lidere as pesquisas de opinião quando estas refletirem de fato intenção de voto e não mais a exposição midiática do personagem) vale coisa alguma diante da seguinte realidade: o cavalo já não passará mais selado diante de um Lula que perdeu densidade, credibilidade, popularidade, capacidade de atrair aliados. Perdeu principalmente a condição de mobilizar recursos desde que a Lava-Jato começou a lhe retirar oxigênio político e cortar os dutos financeiros do PT.

O processo tem sido lento, mas constante. No ano passado, a condução coercitiva provocou comoção, e o organograma do Ministério Público desenhando sua posição de chefe do esquema corrupto de sustentação de poder virou motivo de chacota. Já o primeiro depoimento a Sergio Moro movimentou bem menos emoções, e o segundo, no último dia 13, exibiu um homem ciente de seu destino: nervoso, arrogante, insolente e desrespeitoso. Provocou, sem sucesso, o juiz como quem dissesse: perdido por um, perdido por mil, na tentativa de colher de Sergio Moro reação que pudesse ser apontada como “prova” de que é alvo de ódio e, portanto, de perseguição, insidiosa parcialidade.

Se nada mais fornecesse mostras da trajetória de ilicitudes percorrida pelo PT, duas evidências produzidas pelo próprio partido serviriam de perfeita ilustração. A primeira, a pindaíba em que anda o partido, desprovido de recursos lícitos e impossibilitado de se utilizar de ilícitos eventualmente ainda ocultos devido ao olho vivo da polícia e do Ministério Público, aos processos, bloqueio de contas e prisões.

O segundo destaque é a decisão do PT de expulsar Antonio Palocci em razão das acusações feitas a Lula, enquanto não viu nada de mais no fato de o ex-ministro estar preso há um ano e desde junho condenado a doze anos por corrupção e lavagem de dinheiro. Astucioso dissimulado (inteligente, não necessariamente esperto, ao contrário de Lula), Palocci fez um relato em que figura como homem correto, sempre atento aos ditames da lei.

No depoimento a Moro, ele estava no direito de não produzir provas nem indícios contra si. Situação diferente dar-se-á quando, e se, sua delação premiada vier a ser aceita pelo MP e homologada pelo Supremo Tribunal Federal. Nessa ocasião, caso venha a ocorrer, o ato de assumir os crimes para revelar como os cometeu em parceria ou sob as ordens do(s) parceiro(s) é parte indispensável do processo de tentar a obtenção de benefícios. Aí ficará mais difícil, para não dizer impossível, Lula da Silva escapar do destino que construiu. Com a desvantagem de, na condição de ocupante do topo da cadeia alimentar da corrupção, não contar com a possibilidade da delação para fazer jus a benefícios.

Porque o PT apenas suspendeu Palocci e não o expulsou?

Saiba o motivo

A expulsão de Antonio Palocci dos quadros do PT era tida como certa. A ordem já havia sido dada pelo diretório nacional, com o aval do meliante Lula.

Repentinamente, tudo mudou. A expulsão vira uma mera suspensão por 60 dias e Lula para de fazer crítica a Palocci. Perceberam?

Nas reuniões internas, com a cúpula petista, sempre com a presença da infame Gleisi Hoffmann, Lula já admitiu que o ex-ministro foi abandonado.

E Lula vive um momento de pânico. Assim, tenta uma maneira de frear a delação de Palocci.

O ex-presidente sabe que se Palocci se aprofundar, ele está morto.

Daí, a ‘suspensão temporária’.

É um aviso para Palocci de que as negociações estão abertas.

Porém, tudo indica que a nova investida será inglória. A decisão já está tomada e a delação avança.

Perdeu Lula!

domingo, 24 de setembro de 2017

Carteiros iniciam nova greve: um cego guiando outro cego – por Armando Lopes Rafael


   Na última 3ª feira, 19 de setembro, as agências de notícias divulgaram que os funcionários dos Correios entraram em greve às 22h daquele dia. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia realizada na última 2ª feira, dia 18,     que aprovou a paralisação sem data para terminar.

      Neste sábado, leio na coluna “Direto da Fonte–de Sônia Darcy”, publicada no Estadão onde fiquei sabendo (confira as 3 notinhas abaixo):

“Telex à vista
O destino dos Correios entrou na berlinda esta semana. Henrique Meireles confirmou, em seminário em NY (Nova York), estudos para privatizar a empresa ou abrir capital. Moreira Franco defendeu a venda, com a ressalva de que a operação é complicada. “Ninguém manda mais carta ou telegrama”, ponderou”.
“Telex 2
Indagado, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, tem posição clara. “Não vejo como ou para quem vender antes de completar a reestruturação, disse ontem".
"Telex 3
Mas onde arrumar recursos para acelerar esse processo antes que a empresa se torne inviável? Campos defende capitalização via mercado, sem perda de controle. E, sutilmente, lembra também que a União “tirou mais de R$ 6 bilhões, de 2007 a 2013 (na era do PT), da estatal, a título de antecipação de dividendos, pagos ao Tesouro, para fazer superávit primário”. Será que querem receber os recursos de volta?”
(até aqui a informação publicada na coluna de Sônia Darcy, no Estadão)
 ***   ***   ***
Negócio seguinte: No ano passado, o prejuízo dos Correios se aproximou dos R$ 2 bilhões, pouco abaixo do valor registrado em 2015. Naquela ocasião, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que os Correios poderão ser privatizados, se não ocorrer um processo que rapidamente traga de volta o equilíbrio financeiro à empresa.

   Entrevistado, em março de 2017, e questionado sobre os motivos que levaram os Correios a essa situação, Kassab disse que diversos foram os fatores que levaram ao cenário atual. Ele destacou ainda que a União não pretende sustentar os prejuízos da estatal. "Má-gestão é corrupção, loteamento, não ter capacidade de recursos adicionais, não fazer os cortes necessários para manter o equilíbrio. […] A empresa está correndo contra o relógio, porque o governo não tem recursos", disse o ministro em entrevista coletiva à imprensa.

Moral da Opereta: Os servidores em greve estão oferecendo a maior das justificativas para que o governo se livre dos Correios com seus crescentes prejuízos, mesmo que a situação tenha melhorado com a defenestração das administrações do PT.

   E imaginar que os Correios já foram um orgulho para os brasileiros. No tempo da Monarquia ser funcionário dos Correios era um privilégio e dava status. Era uma empresa eficiente e confiável.
Mesmo na República, os Correios eram uma empresa que por muito tempo foi reconhecida como uma empresa de renome, uma empresa de alta credibilidade, uma empresa que realmente atendia a necessidade da sociedade. O grande Presidente Juscelino Kubitschek, para citar um único exemplo, foi funcionário dos Correios em Belo Horizonte. Quem entra na Agência Central dos Correios na capital mineira, na Avenida Afonso Pena, defronta logo com um enorme retrato de JK no saguão, e abaixo a legenda: “Funcionário modelo dos Correios”. 

   Na época do regime militar uma carta de São Paulo para Crato era entregue em 48 horas. Recentemente recebi um “sedex” vindo de Brasília, da Embaixada da Colômbia, com atraso de 18 dias. Note bem: era um Sedex, postagem cara, por ser encomenda urgente.

   Entretanto, com a chegada do PT ao poder, em 2003, os Correios começaram a dar prejuízo. Hoje é uma empresa deficitária. O aparelhamento político da empresa, feito pelo PT de Lula e Dilma, foi a causa maior da sua decadência.

A greve dos funcionários, ora em curso, será a pá de cal final no enterro dos Correios...

Salve o Bidim e o Mundim - Por Antônio Morais.


Essa minha postagem é  uma homenagem "in memoria" do Bidim e em reconhecimento ao Mundim pelo que fez o Bidim e faz o Mundim do Vale na promoção  da memória e história da cultura do município.

Bidim, nasceu e se criou no Chico, localidade rural de Várzea-Alegre. Nos tempos de juventude curtiu uma paixão condenada por uma prima conhecida por Maria. Um dia, durante um terço para ver se chovia, a sala empilhada de gente, Maria fez um movimento brusco, e, soltou um peido.

O poema a seguir, feito pelo Bidim no momento do acidente comprova o que digo sempre. Quando se quer bem, o sovaco não fede, não tem mal hálito nem se sente a inhaca de um peido.

Veja como Bidim declarou seu amor por Maria:

Eu estava ajoelhado,
Quando uma pobre moça.
Peidou com tanta força,
Que fiquei admirado.
O peido foi tão danado,
Que o vestido encheu.
De vergonha ela correu,
A pobrezinha tremendo.
Eu fiquei de cá dizendo,
Foi grande, mas não fedeu.