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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Novelas da Globo confundem a cabeça dos brasileiros – por Armando Lopes Rafael

Estão chegando ao fim as novelas "Mundo Novo" e "Os dias eram assim"

   Num país onde a maioria da população é composta por analfabetos–genuínos (aquele que não sabe ler nem escrever) e por analfabetos-funcionais (a incapacidade que acomete uma pessoa que estudou pouco e não compreende textos simples), os folhetins ditos “históricos” da Rede Globo confundem, ainda mais, nosso povo quando o assunto é a verdadeira história desta nação.

   Lembro-me de uma cena emblemática. Em maio último, durante o medíocre programa do ‘Faustão’, Silvio de Abreu – ator, diretor, roteirista e autor de telenovelas e telesséries da Rede Globo – falou sobre pesquisas feitas por aquela emissora. Abordando duas novas novela da Globo (duas tramas históricas misturando fatos reais à ficção, que ainda estão no ar (Novo Mundo e Os Dias Eram Assim) ele informou que – segundo as pesquisas – a maioria dos espectadores desconhece o que foi a chamada “ditadura militar”. E também acha que foi Dom Pedro I quem descobriu o Brasil. Coisa comum, aliás, na mentalidade dessa massa ignara. A mesma que ao votar em presidente da república e governador, sempre prefere o candidato da propaganda mais enganosa.

     Voltando a manipulação dos nossos fatos históricos pela poderosa Rede Globo. Lembro-me de outro acontecimento sobre este tema, agora na área dos livros didáticos.  O jornalista Ali Kamel, diretor de jornalismo da rede Globo, publicou em 2009, interessante artigo no jornal O Globo. Reproduzo a seguir o comentário feito por Hélio Gurovitz, Diretor de Redação da revista Época, acerca do artigo de Ali Kamel. A conferir:

“Kamel expôs trechos de um livro de História que, por cinco anos, foi recomendado pelo Ministério da Educação. O livro ensina uma História tendenciosa, maniqueísta e estereotipada. Na hora de abordar as revoluções chinesa e cubana, sobram elogios – e nada dos crimes perpetrados por Mao ou Fidel. O socialismo é apresentado como regime “do bem”, enquanto o capitalismo é satanizado como promotor de “injustiça social”. Todos os personagens e fatos históricos são vistos de forma anacrônica, sob o prisma ideológico da esquerda. 

Numa democracia, é direito de qualquer um pensar, escrever e publicar o que quiser sobre o que quer que seja. É um absurdo, porém, um Estado democrático que vive no sistema capitalista endossar, por meio de sua política de compras, uma visão de mundo que absolve criminosos, condena a geração de riqueza e quer ensinar a nossas crianças uma História simplificada e deturpada. Todo governo deve encarar a educação como prioridade. Mas nunca, para parafrasear Orwell, como uma forma de controlar o passado, apenas para continuar a manter o poder no futuro”. 

Infelizmente é isso que vem fazendo também os folhetins da Rede Globo, excelentes aliados dos professores marxistas que proliferam nas universidades públicas brasileiras, financiadas com nosso dinheiro de contribuintes.

Um comentário:

  1. Quando o tema é uma ficção tudo bem. Põe-se o que vem na imaginação. Porém, quando é sobre memória e historia é uma vergonha. Deturpa de acordo com as conveniências do tempo. Uma verdadeira vergonha nacional.

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