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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 30 de setembro de 2023

Como fazer uma boa campanha - Por Antônio Morais.

 

Todo aquele ou aquela que se propõe fazer política deve observar essas assertivas:

01 - Votos não se tem, se conquista. O fato de ter um mandato conquistado na última eleição não garante exito na seguinte. Cada eleição tem a sua própria história.

02 - A politica é a arte de somar. Soma-se um aqui, outro ali, e, quando se forma uma maioria de elege. Não há candidatura que nasça eleita, precisa ser trabalhada.

03 - Para construir a sua imagem não é necessário destruir a imagem alheia.  Cuide de suas propostas esqueça os outros.

ZUZA BEZERRA - Por Fafá Bizerra, sua neta.

Há gente nesse mundão de meu Deus que, de tão ruins que são, parecem ter as veias da alma entupidas por varizes de calibre alto, como comparava o Pasquim de outrora. 

Que as almas dessas pessoas se entupam, cada vez mais, de grossas varizes. Eles não merecem outra premiação. 

Ao contrário destes existem os bons. Gente como meu avô materno, Professor Zuza Bezerra, mais inteligente e culto do que bonito embora sua beleza encantasse as então moças de seu tempo. 


O PROFESSOR.

Vovô dominava e dava aulas de português, latim, grego, matemática, geometria e trigonometria. Era amigo das letras, dos números e devoto das rimas. 

Atuou como rábula, pois dominava também o direito romano e viajava em lombo de cavalo pelas estradas que ligavam o Crato a cidades vizinhas, para “dizer o direito” dos acusados. 

Mas era, acima de tudo e ao lado de seu correto proceder, de sua retidão de caráter, um poeta por excelência. 

Dele herdei a afeição pela Poesia e a ele atribuo o meu gosto pelas letras. Num tempo sem e-mail ele escrevia versos num pedaço de papel e compartilhava comigo a beleza de sua Poesia, simples e consistente ao mesmo tempo. 


O POETA.

A ele, toda minha reverência. Sempre digo: quem gostar das baboseiras e besteiragens que escrevo, a ele credite o bem que fez: quem não gostar, dele reclame. 

Meu avô era tão bom, além de belo e inteligente, que saberá entender......

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Crônicas e contos - Por Antônio Morais.

"É preciso muita coragem para amar as mulheres marcadas pelo passado, aquelas com caráter e personalidade fortes, mas com um coração magnânimo.

É preciso muito amor para curar suas feridas e, acima de tudo, você precisa ser inteligente, porque elas são muito maduras, tão experientes, que não acreditam mais no que você diz, mas no que você está disposto a fazer por elas.

Ame-as".

Crônicas e contos - Por Antônio Morais.

George McLauren, o primeiro homem negro admitido na universidade de Oklahoma em 1948, foi obrigado a sentar-se num canto da sala, longe dos seus companheiros brancos. 

Mas seu nome permanece até hoje na lista de honra, como um dos três melhores alunos da universidade.

Essas são as palavras dele: 

"Alguns colegas me olhavam como se eu fosse um animal, ninguém me dava uma palavra, os professores pareciam que não estavam nem aí para mim, nem tiravam minhas dúvidas.

Mas eu me dediquei tanto, que depois eles começaram a me procurar para lhes dar explicações e esclarecer suas perguntas".

"A única arma capaz de transformar o mundo é a educação".

Croniqueta - Por Antônio Morais.

Não carece beijar, abraçar ou apertar as mãos.  Basta, sempre que for possível, um sorriso a um estranho na rua.

O riso é a única atitude que merece revide. E, pode ser o único gesto de amor que ele verá no dia.

Croniqueta - Por Antônio Morais.

Lembra-te sempre do fim e que o tempo perdido não volta. Quem não evita os pequenos defeitos pouco a pouco cai nos grandes.

Alegrar-te-ás sempre à noite, se tiveres empregado bem o dia.

A SAF DO FORTALEZA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Clube de futebol é instituição social. Trabalha com paixão e circulação de afetos.

Antes, não funcionava como empresa, nem com o fito de dar lucro. Hoje, a coisa mudou.

O torcedor pode dizer que o clube é seu, certo? Mas, precisa reconhecer, também,  que há imperiosa necessidade de uma administração segura, transparente e empresarial.

Com olhos no futuro e consciente de que a boa estrutura atual pode, daqui a pouco, tornar-se insuficiente dentro dos movimentos sem interrupção do futebol, a direção tricolor antecipa-se diante dos fatos.

Virou SAF (Sociedade Anônima do Futebol), através de votação, porque há interessados em fazer investimentos no clube.

Mesmo reconhecendo ser esse o modelo mais moderno, dirigentes do tricolor engendraram uma SAF mitigada, sem abrir mão do controle do clube.

Não é novidade afirmar que o Fortaleza recebeu propostas de compra do controle por parte de grupos empresariais. Para que isso se concretize, será necessária uma outra votação dos sócios.

Até para repetir os atuais resultados no futuro o Fortaleza precisará de dinheiro. Mas, há o entendimento de que, mesmo virando SAF, não se pode querer grana a todo custo.

O objetivo é, como afirma o presidente Marcelo Paz, a longo prazo, vender uma participação minoritária na empresa, para aumentar o investimento no futebol.

"Não há nada como um pé após o outro". *Mário Quintana*.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Sem limites para ser idiota - Por Republiqueta de meia pataca.

 

Lembra-te sempre do fim e que o tempo perdido não volta. Quem não evita os pequenos defeitos pouco a pouco cai nos grandes.

A humildade triunfa sempre, o orgulho, a prepotência e a vaidade engolem o dono. A decepção  gera solidão, depressão e isola. 

Governar é administrar as leis, não é realizar desejos e vontades, não é defender o  interesses próprios  dos seus familiares e amigos. 

O tempo passa e é o senhor da história. Daqui a pouco menos de dois anos restam-lhe as broncas resultantes de seus atos, condutas e posturas que por ventura ou desventura advirão da justiça.

Tudo começou com a reeleição - Por Pedrinho Sanharol.

Há duas forças que unem os homens: "Medo e interesse".

Os de Brasília se unem pelos dois motivos, além da falta de carater e vergonha.

Este Senhor implantou o maior sistema de corrupção  do Brasil. 

Comprou com dinheiro público deputados para aprovar a reeleição. Do seu desgoverno  pra cá a corrupção passou a ser sistêmica e generalizada.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Croniqueta - Por Antônio Morais.

A nobreza de um homem está na verdade de suas palavras, na ternura do seu olhar e na bondade cultivada em seus atos.


Croniqueta - Por Antônio Morais

 

Preocupe-se mais com a sua consciência que com a sua reputação.

Porque sua consciência é o que você é. A sua reputação é o que os outros pensam de você.

E o que os outros pensam é problema deles.

A vida - Por Antônio Morais.

 Quando a vida te chamar para  dançar, não se atrase. Mesmo que erre os passos, sinta a melodia.

Às vezes, a música toca apenas uma vez.

Croniqueta - Por Antônio Morais.

Não te reputes melhor que os outros, para não seres considerado pior por Deus, que conhece tudo que há no homem.

Não te ensoberbeças pelas boas obras, porque os juízos dos homens são muito diferentes dos de Deus, a quem não raro desagrada o que aos homens apraz.

A humildade triunfa sempre, o orgulho engole o dono - Por Republiqueta de meia pataca.

 

A popularidade é irrelevante, não estou em concurso de popularidade.

Existe também essa rede de desinformação que muitas vezes  prejudica a percepção adequada dos fatos por parte das pessoas.

Sinceramente não estou preocupado com essa questão. Com o tempo, a verdade acaba sempre prevalecendo.

Sergio Fernando Moro. 

Croniqueta - Por Antônio Morais.

 Só o riso merece revide.

A maldade não deve ser devolvida, deixe o tempo cobrar.

O silêncio responde até o que não lhe é perguntado.

Croniqueta - Por Antônio Morais.

Pessoas felizes não perdem tempo fazendo maldades para os outros. Maldade é coisa de gente infeliz, frustrada, medíocre e invejosa.

O verdadeiro vencedor é aquele que caminha sem pisar ninguém.

Não são as aparências que nos enganam. Somos nós mesmos que nos enganamos quando não queremos ver as coisas como realmente são.

Croniqueta - Por Antônio Morais.

 "Quantos anos tens?

Tenho, na verdade, os anos que me restam viver, porque os já vividos não os tenho mais.

Perdi-os na imbecilidade da vida.

O tempo não pára, não comprou passagem de volta e, não há nada que se possa fazer ontem".

200 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Foto - Boris, Lula Bernardino e Chico de Amadeu em São Bernardo do Campo.

Lula Bernardino, resolveu ir para São Bernardo do Campo, onde já estava sua irmã Alaíde. Ele possuía uma casa no centro da cidade de Várzea-Alegre, Mas, por segurança, não queria vender,  para no caso de se não gostar, ter para onde voltar. 
Ofereceu a casa ao seu parente Abidom, para que ele ficasse morando sem pagar aluguel. Lula Bernardino viajou, Abidom ocupou a casa como moradia e comercio, fazia tamancos e botava meia sola em calçados. Depois de seis anos, Lula Bernardino já acostumado em São Bernardo, resolveu vir a Várzea-Alegre para rever parentes, amigos e vender a casa. 
Aproveitou a festa do padroeiro São Raimundo Nonato,  veio com o filho caçula de 7 anos. Chegando na cidade visitou amigos e parentes. Tomou umas cachaças, depois foi tirar a barba com Vicente Cesário. Enquanto tirava a barba mandou um portador chamar Abidom para vir falar com ele.
Quando Abidom chegou ele deu a mão, cumprimentou e falou: Abidom, é o seguinte: como eu não tenho mais planos de voltar para Várzea-Alegre, resolvi vender a casa, mas, eu tenho outra casinha no Alto da Prefeitura, e se você quiser pode ficar lá nas mesmas condições.
Abidom piscou os olhos, mordeu a língua e respondeu: não senhor! Eu já fiz meu ponto lá e não vou sair de jeito nenhum. E tem mais, quem gosta do Alto da Prefeitura é quenga e morcego.
Mas Abidom, a casa é minha, eu já tenho um comprador, fiz essa viagem só para isso. Não posso voltar sem fazer o negocio. Apois venda a do Alto da Prefeitura, porque aquela já é minha. Abidom a casa não é sua, eu tenho os documentos e não vai ser você que vai impedir de ser feito a venda.
Vender? 
Cuma? Você tá ficando doido? Pode ir "precurar seus dereitos"! Com essa proposta de Abidom, Lula Bernardino ficou mais irritado ainda, aí o tempo fechou. Lula Bernardino deu um murro tão condenado que o inquilino caiu três vezes sem se equilibrar em pé.
O garoto que brincava na calçada, vendo a fúria do pai, correu chorando e gritando: papai, papai, papai!
Vicente Cesário pegou o garoto nos braços e disse: Calma meu filho! Não é nada não. É apenas o teu pai passando a escritura da casa para Abidom.

Mundim do Vale.


199 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Crônica para Joaquim Alves Feitosa.

Quando nascemos abrimos os olhos para o mundo, dentro de um ambiente que se nos vai tornando familiar, à proporção que os anos passam e à medida que nos vamos integrando nele. 
Tudo em torno de nós começa, aos poucos, a fazer parte da nossa própria vida até que, toma aspecto comum, sem que disso nos vamos dando conta.
A vida decorre placidamente, entremeada apenas por ligeiros encrespamentos, quando o próprio acervo do teatro em que nos movimentamos, desperta, e sai da sua casa quase letargia. 
Nossa imaginação se perde em fantasiar uma vida mais ativa, mais cheia de imprevistos que nos proporcione algo mais palpável, para satisfazer os nossos anseios.

O tempo passa, os primeiros arroubos são amortecidos e aí, então, acontece o que não esperávamos. Basta que distanciemos da paisagem amiga que nos acolheu e abrigou para que comecemos a sentir nostalgia e darmos vida a aquilo que, às vezes, passava despercebido. Longe começamos a rever, na imaginação, nos mínimos detalhes, aquele todo que nos pareceu tão igual, invariável e quase insignificante.
Sentimos algo se movimentar dentro de nós, uma sensação esquisita, agradável e benéfica que faz com que nos transportemos, pelo espaço ilimitado, e nos façamos presente ao tempo longínquo. 

Assim é que sem sabermos por que, aquelas pequenas coisas que nada significavam outrora, atuam em nosso espírito e despertam sentimentos que não supúnhamos fossem capazes de existir.

Passamos a viver com a sombra das imagens de tudo que deixamos para trás, e a dar vida e movimento ao que, ate então, estava inanimado. Veem-se recordações do tempo de nossa infância em que, livres e despreocupados, percorríamos alegres as veredas do incógnito para atingimos uma meta até certo ponto imaginária.

Chegamos à quadra da nossa juventude quando os sonhos e as ilusões preenchiam totalmente aquela existência descuidada. Entramos então na realidade presente e vemos que todos esses pensamentos, que povoam o nosso cérebro cansado, são resultantes da saudade que nos atinge.
Começamos a nos interessar por informações que constam do nosso banco de dados, algumas delas contemporâneas, vividas e outras repassadas em conversas com pessoas que já não se encontram em nosso meio.
Na ausência de registros oficiais, essas informações verbais vão surgindo, pouco a pouco, e muitas vezes bem ao gosto das conveniências e dos interesses de cada época e cada povo, tornando-se reais para as gerações futuras.

O meu amigo, parente a camarada Joaquim Alves Feitosa, Quinco de Raimundo Severino, do sitio Mocós em Várzea-Alegre é uma criatura que o criador lapidou e dotou de inteligência e memória prodigiosas, um amante estudioso e sobretudo conhecedor da genealogia das famílias que povoam Várzea-Alegre desde fazenda, povoado aos dias atuais.

Ao amigo o meu respeito, admiração e gratidão pelos ensinamentos que recebo no nosso convivio. Aos familiares uma sugestão : transformem essa "enciclopédia humana" em obra literária para impedir que todo esse acervo de conhecimentos se perca na vala profunda do esquecimento.
  

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Croniqueta - Por Antônio Morais.

 


Tudo que é simples encanta.

Uma atitude errada, pode estragar dias, anos e momentos. Agente conhece as pessoas pela maneira como elas saem de nossas vidas, e não pela maneira como elas entram.

Então, tome cuidado porque nem todo lápis vem acompanhado de uma borracha.

Croniqueta - Postagem do Antônio Morais.


"Um dia você aprende a sutil diferença.

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. 

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. 

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança".

Sergio Moro recusou medalha de Honra do Congresso - Por Republiqueta de meia pataca.

Salve Sergio Moro.

Havendo parlamentares denunciados em decorrência da Operação Lava Jato, não me sentiria confortável em receber o aludido prêmio.

Ser odiado por uma mutidão de fanáticos apoiadores de corruptos, é o preço que se paga por não ser um deles. 

Não sei porque é tão difícil as pessoas reconhecerem que tentamos livrar o Brasil do mecanismo da corrupção com a pessoa errada!

Croniqueta - Por Antônio Morais.

O mundo seria um lugar melhor se as pessoas se perguntassem com mais frequência : "E se fosse comigo".

Se você espera recompensa por ser uma boa pessoa, então, você não é uma boa pessoa.

SOBRE NOSTALGIA, MELANCOLIA E SAUDOSISMO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Apoio-me em minhas repetições para escrever, pois, sem esse gancho, ficaria em palpos de aranha para iniciar um assunto. São confissões no tempo das viroses. afinal de contas, a vida é uma viagem de observações pelos sentimentos.

Melancólico sou, às vezes, e me tranquilizo, ao saber que esse estado da alma é uma manifestação artística e poética, uma elevação do espírito. Não é depressão que, ao contrário, é uma doença carente de cuidados médicos.

Logo depois, me encarrego de dissipar dúvidas sobre saudosismo e nostalgia, sentimentos bastante comuns em momentos de reclusão e recomeços.

O saudosista quer viver, de novo, a vida que já viveu.

A vida, como se sabe, é linear com alguns pontos mortos e, se fosse para fazer um filme, seria possível colocar na narrativa o que mais nos interessasse. Já a nostalgia é diferente e nos permite contemplar apenas o que existe de belo em nossas mentes.

E é isso que tenho procurado exercitar, quando sou remetido ao Cariri de minha infância, adolescência e vida adulta, onde fiz a minha estréia em 1957, aos nove anos de idade.

Crato, a “Princesa do Cariri, e Juazeiro do Norte, a “Capital da Fé”, como roteiros longos e nostálgicos de uma narrativa feita mais com o coração do que com a memória.

Cidades que nos abraçaram e que marcaram a nossa existência embalada de doçura e amizade.

Como cantou o mestre Luiz Gonzaga “de Juazeiro a Crato e, de Crato a Juazeiro, é romeiro só”.

Por que estou escrevendo isso?

Nostalgia de uma época em nossa vida em que, com o passar do tempo,  internalizamos ser bem melhor que hoje.

Simples, assim.

Sejamos nostálgicos.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

As três verdades da vida - Por Antônio Morais.

 


Primeiro - Não se preocupe com as pessoas do seu passado, há uma razão pela qual não estão presentes e outra pelo qual não chegaram ao seu futuro.

Segundo - Uma pessoa muda por duas razões, porque aprendeu demais ou porque sofreu o suficiente para mudar.

Terceiro - Não dependa de ninguém na sua vida, só de Deus, pois até a sua sombra te abandona quando você está na escuridão.

“Muita gente com rabo preso trocando proteção”, diz Rubem Novaes - Por o Antagonista.


Rubem Novaes, que pediu demissão da presidência do Banco do Brasil na última sexta-feira, deu a Merval Pereira mais alguns detalhes do que viu em Brasília. “Muita gente com rabo preso trocando proteção.”

Segundo ele, a cultura política em Brasília piorou muito ao longo do tempo, mas ele não aceita citar casos concretos. Afirma apenas que tudo começou na reeleição do Fernando Henrique Cardoso “e piorou muito nos anos do PT com mensalões e petrolões”.

“Criar dificuldades para vender facilidades é a regra”, diz. Mas garante que sua renúncia não teve nenhum fato específico. “Desde junho converso com o Paulo Guedes sobre a minha saída.”

O PALAVRÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O  palavrão tem dicionário. Não existe eufemismo que o substitua.

Digo muito palavrão durante o dia, quando expresso uma raiva ou admiração.

Acredito que o PQP seja o mais recorrente. Pelo menos, no meu caso.

Nos causos que conto no rádio e TV, retirar o palavrão  deles significa mutilar a história.

Nelson Rodrigues, o "anjo pornográfico", afirmava: "O palavrão alivia o homem de atos brutais".

Se bem, que há palavrão usado para ofender que dói mais do que uma bofetada.

Utilizado para aliviar a dor de uma topada é um santo remédio.

Já certos palavrões servem para elogiar: "Elis Regina era uma puta cantora!". Leminsky é um poeta foda!"

O falso moralista ainda ruboriza diante do palavrão.

Mas, para  obter o seu efeito auditivo desejado, o palavrão precisa ser usado com parcimônia.

Usado, sem excesso, não vai afrontar.

Ao desafiar a moral, o palavrão levanta o moral.

Viva o palavrão!

198 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Quem me contou foi  Darlan Batista. Darlan me disse que o seu pai André, sempre foi rigoroso na educação dos filhos, principalmente dos filhos homens.

Mas, com todo esse rigor, ele e os seus irmãos; Dalmir, Demontier e Neném, aqui e acolá aprontavam algumas travessuras. Entre os quatro havia um pacto de não assumir o mal feito e nem delatar o responsável.

Certa vez um dos quatro colocou um caçote dentro do pote de água de beber. Quando o pai foi tomar água, o caçote pulou bem na cara dele. André ficou mais nervoso do que sacristão engasgado com vinho e foi logo perguntando: Quem fez isso? – Eu não foi! - Eu também não! – Eu muito pior! – Não foi eu e nem eu sei quem foi!

André falou: - Pois muito bem, como ninguém sabe quem foi, eu vou sortear uma pisa. Chamou Bezinha e mandou escrever o nome de cada um num papel depois enrolou tipo canudo, colocou numa lata de leite ninho e mandar que Erineide tirasse um. Abriram o papel deu Darlan, que apanhou mais do que jumento ruim acoado.

Em outra ocasião um deles enforcou a boneca de Zuleide na grade da janela. Quando André chegou que viu a menina se esgoelando, perguntou : Quem foi? Ninguém respondeu e ele pediu logo os papéis a Bezinha.
Feito o sorteio deu Darlan novamente. E tome peia. Uma semana depois botaram o cachorro e o gato na dispensa e fecharam a porta. André vendo a arrumação perguntou; - Quem foi? Silêncio total: Pois vamos ao sorteio. Darlan  se aproximou e disse: - Pai é melhor o Senhor me açoitar logo. Porque Só sai meu nome nessa chibata.
Não Senhor! Eu sou um pai democrático e além do mais, eu gosto desse jogo.  pois vamos jogar castanha que é melhor. Negativo, vamos fazer o sorteio. Feito o sorteio advinha quem ganhou? Mais  uma vez Darlan.
Passado quinze dias apareceu uma tigela de coalhada com creolina dentro. Quando André chegou os meninos estavam muito mais preocupados do que o gato de Valdeliz quando me via colocando couro nas cuícas da charanga.
André mais zangado do que das vezes anteriores falou: Bezinha vamos ao sorteio. Bezinha botou os nomes, enrolou e colocou na lata, quando Darlan interrompeu : Pai, eu queria conferir os papéis pra ver se não tem só o meu nome.
André muito irritado pediu para Bezinha abrir os bilhetes e lá estavam os nomes dos quatro. Darlan conferiu ficou calado e André falou : Tá vendo cabra! Você duvidou da minha honestidade com insinuações tendenciosas, agora engula seu desaforo.
Enrolaram os papéis novamente e para mostrar transparência, veio a caçula Gláucia para sortear. Mas diz aí que deu : Darlan.
André ainda nervoso falou : Darlan, hoje você ganhou duas pisas; Uma porque foi contemplado e a outra porque desconfiou de mim.
Graças a esse rigor na disciplina, os filhos de André todos são pessoas de bem.

Mundim do Vale.


197 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Joaquim Fiúsa e Zé Vieira, eram amigos e vizinhos no sítio Chico. Nunca ninguém ouviu falar que nenhum dos dois portasse arma de fogo. Dizer aqui qual dos dois era o mais pacato é impossível. Eu os conheci até a morte e posso dizer que nunca ouvi falar de briga de nenhum dos dois.

Uma noite chegou um forasteiro na casa de Joaquim e pediu arrancho, Joaquim bom hospitaleiro que era, hospedou o desconhecido que logo tirou os arreios do burro e botou na sala. Em seguida botou o animal na roça e voltou. Joaquim mandou Dona Isabel servir uma coalhada para o visitante e armar uma rede limpa na sala.

O rapaz acomodou-se e o casal foi dormir num quarto de meia parede que ficava vizinho a sala. Os dois começaram a cochichar quando Isabel falou:
Joaquim! Tu não acha perigoso esse desconhecido dormir dentro de casa não?
Dormir não tem perigo não. Perigoso é ficar acordado.
Mais Joaquim. E se esse homem for um salteador?
Foi aí que a ficha de Joaquim caiu e ele confiando no sincronismo da esposa falou o mais alto que podia:
Isabel! Zé Vieira veio deixar o revólver?
Veio tá aqui no armário!

Depois disso eles ouviram apenas um tossido na sala e depois silêncio total. Na manhã seguinte o visitante acordou, lavou o rosto, tomou café, despediu-se e foi embora.
Três dias depois Joaquim Fiúsa encontrou-se com Zé Vieira e contou a história. Zé Vieira reagiu dizendo :
Pois não era pra você ter feito isso não.
Porque?
Porque você me desarmou.
Já pensou se o homem inventa de ir lá pra casa.

Mundim do Vale.


196 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Certa vez chegou em Várzea Alegre, um funcionário da antiga ANCAR - CE, para oferecer assistência técnicas aos agricultores e criadores do município.

A princípio houve uma certa dificuldade em virtude da incompatibilidade de linguagem. Os agricultores e o técnico não chegavam a um entendimento. O moço marcou uma reunião no grupo escolar do sítio Sanharol, para tentar sincronizar o diálogo entre as duas partes.

Depois do cerimonial o próprio técnico fez a abertura dizendo: Bem meu povo. Eu propus essa reunião para que nós possamos através dela desenvolver uma comunicação melhor. O nosso primeiro tema será sobre as profissões. Nós vamos poder comparar o meu entendimento com o de vocês.

Vamos aos exemplos:
GEÓLOGO - É o que vocês chamam de cavador de cacimbão.
APICULTOR - É o tirador de mel de Capuchu.
PROFETA - É o adivinhador de chuvas.
DEPILADOR - É o pelador de porcos.
PARAMÉDICO/VETERINÁRIO - É o curador de bicheiras.
GRÁFICO/VETERINÁRIO - É o ferrador de gado.
CIRUGIÃO/VETERINÁRIO - È o capador de animais.
CANALIZADOR DE IMPUREZAS - È o desentupidor de fossas.

Para certificar-se de que a primeira palestra tinha causado um resultado positivo, o funcionário resolveu argüir o senhor José André que estava sentado em uma das cadeiras da frente:
Sr. José André! A minha profissão é TÉCNICO AGRÍCOLA. Como é que vocês chamam por aqui? Eu num sei não sinhor! "Eu só sei é qui quando o sinhor nasceu, fazia tempo qui eu prantava arroz ali na lagoa do véi Cirilo".

Mundim do Vale.


Presidente Itamar Franco - Por Antônio Morais.

De José Sarney até hoje o único presidente que mereceu o respeito dos brasileiros foi o Itamar Franco. Fez um governo competente  na área econômica e  serio na  conduta e bons costumes.

Peço permissão para contar a historia da liquidação extra judicial do Banco Econômico, do banqueiro baiano Ângelo Calmon de Sá ligado ao todo poderoso senador Antônio Carlos Magalhães presidente do Congresso Nacional.

ACM subiu a tribuna e mostrou uma pasta amarela que segundo ele derrubaria qualquer governo e, que ele ia denunciar.

O presidente Itamar  mandou o Ministro Chefe da Casa  Civil Henrique Hargrives  convidar o senador para uma audiência.  

Quando o senador ACM chegou ao gabinete presidencial Itamar Franco  falou :  O Senhor disse que tem uma denuncia para fazer, eu vou  lhe dar um adjutório : Este pessoal são repórteres da Globo, Bandeirantes, SBT, Manchete e quantas outras televisões existam no Brasil.  

ACM bateu em retirada e, a noite, Itamar demitiu  Waldek Ornélas  do Ministério da Previdência e Rodolfo Tourinho do Ministério das Minas e Energia. Mesmo sabendo que os dois eram senadores baianos  e  passariam para oposição junto com  o presidente do Congresso Nacional.

Na pasta amarela tinha a denúncia que  o Banco Nacional estava na mesma situação do Econômico e não tinha sido  liquidado porque  pertencia  a família Magalhães Pinto  que  tinha uma filha casada com  um filho de FHC ministro da fazenda do governo. O presidente  Itamar determinou a liquidação do Banco Nacional no mesmo dia.

Hoje o Cafetão da republica  para governar tem que se aliar ao "Centrão" que  tanto  condenava quando era candidato  e transforma o governo  em objeto de  defesa  de seus  filhos e  milicianos amigos.

domingo, 24 de setembro de 2023

Padre Cícero - Por Dr. Mozart Cardoso de Alencar.

Dr. Mozart Cardoso de Alencar, (médico) descreve os dois últimos dias do Padre Cícero Romão Batista: "Na tarde do dia 19 de Julho de 1934, sentou-se no seu leito de dor, segurou as minhas mãos e disse: "Mozart, eu não posso morrer agora!", e eu comovido diante daquelas palavras de angústia e de apego à vida, embora sabendo da fatalidade irreversível do ílio paralítico ou volvo intestinal que o afligia, para animá-lo, respondi-lhe: Morre não, Padre Cícero", mas ele continuava com lamentos e gemidos. 

A segunda passagem ocorreu na madrugada fatal daquele dia 20, precisamente às 05 horas da manhã. Entre gemidos e bátegas de suor que lhe banhavam o rosto, fitou o alto e pronuncia suas últimas palavras: 

"Vou para o Céu rogar a Nossa Senhora por todos vocês". 

E logo ali, expirou o santo sacerdote que fundou o Juazeiro do Norte, e que foi o guia do seu povo", concluiu o médico Dr. Mozart!

sábado, 23 de setembro de 2023

O BEIJO MAIS FAMOSO DO MUNDO - Postagem do Antonio Morais.


Logo após ser anunciado, pelo rádio, o final da II Guerra Mundial, em 14 de agosto de 1945, o povo americano saiu em peso do trabalho e das residências para celebrar, nas ruas centrais de Nova York, a vitória e o fim do medo.

Tomado pela euforia, subitamente o marinheiro George Mendonsa envolveu nos seus braços a enfermeira Greta Zimmer Friedman e, em meio à multidão, a beijou ardentemente, mesmo sem conhecê-la ou nunca tê-la visto. 

A cena inesperada foi imortalizada, sem o conhecimento deles, por Alfred Eisenstaedt, tornando mundialmente famosa a revista Life. 

Os personagens e o fotógrafo morreram, a imagem continua viva!

195 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Mariana de Morais Rego, filha de José Raimundo do Duarte, José Raimundo do Sanharol, se casou com o senhor Rosendo Alves Bezerra, da região do Arneiros nos Inhamuís. Deste casamento nasceram seis filhos: Vicente, Antônia, Raimunda, Eufrásio, Pedro e Maria.

Dos seis irmãos apenas  Vicente e Maria se casaram. Maria matrimoniou-se com Pedro Alves de Morais, Pedrinho do Sanharol, seu tio legitimo, irmão de sua mãe Mariana. Pedrinho e Maria eram os pais de João de Pedrinho. As salvas do meio dia ou da madrugada protagonizaram um fato que pouca gente conhece, hoje em dia, mas que chocou a comunidade católica de Várzea-Alegre, no inicio do século XX, 1905 aproximadamente.
Os fogos de artifícios, naquela época, conhecidos por foguetão, eram preparados com uma vareta fina e leve de bamburrai para equilibrar o artefato que pressionado pela queima da pólvora subia e explodia há 80 ou 100 metros de altura.

Como o nome diz parecia um foguete. Naquela época, as vestes das senhoras eram largas, folgadas e um foguetão perdeu o equilíbrio e tomou direção errada e, foi de encontro com Maria Alves Bezerra batendo no tórax e infiltrando entre as vestes e o corpo na altura dos seios.
Para socorrer a esposa Pedrinho rasgou as vestes não impedindo as queimaduras e a deixando despida no meio do povo. Naqueles dias não poderia acontecer coisa mais desagradável e constrangedora.

Os ferimentos cicatrizaram-se, mas o trauma pela nudez a levou a grande depressão e em pouco tempo a óbito.  Como  escrevi, desse casamento havia nascido apenas um filho, João Alves de Morais, conhecido por João do Garrote, por ter sido criados pelas tias que residiam no sitio Garrote.

Muitos o conheciam também por João de Pedrinho do Sanharol. Do primeiro casamento de Pedrinho com Maria Leandro Bezerra, conhecida por Nenen também sua sobrinha, nasceram três filhos: Manuel, José e Antônio.

 Antônio Alves de Morais era o meu avô materno. Poucas pessoas conhecem esta historia, mas é fato real, ocorrência do inicio do século XX no patamar da igreja matriz de São Raimundo Nonato em Várzea-Alegre..

194 - Preciosidades antigas Várzea-Alegre - Por Antônio Morais


1.718.
Chega em Várzea-Alegre o alferes Bernardo Duarte Pinheiro. Aquilo tudo, por ali, era mata virgem, um entranhado de sabiá, jurema, catingueira, mofumbo, juazeiro e outros pés de pau. Iniciava-se o que depois veio a ser povoado, vila e cidade.

1.788.
Casaram-se Raimundo Duarte Bezerra, papai Raimundo e Teresa Maria de Jesus. Desse casal descende grande parte da população do município.

1.823.
Morre Maria Teresa de Jesus, mulher de fé  fervorosa e devota de São Raimundo. Tombou morta ao receber a noticia do nascimento de seu primeiro netinho, pegá-lo nos braços e dar um retumbante viva a São Raimundo.

09 de Fevereiro de 1.832.
Várzea Alegre pertencia a Lavras da Mangabeira, houve rigoroso inverno e, as tropas de Pinto Madeira e do padre "Benze Cacetes" se encontram com as tropas legalistas do Governo do Estado José Mariano de Albuquerque Cavalcanti, na região do sítio Periperi, deixando mais de 200 mortos e muitos presos, inclusive Pinto Madeira.

1.852.
Se ordena o Padre José Pontes Pereira, filho de família do Assaré. Radicando-se em Várzea-Alegre sendo o primeiro capelão do povoado.

02 de fevereiro de 1856.
É inaugurada a primeira capela de Várzea-Alegre pelo Padre Manuel Caetano.

11 de Maio de 1859.
Morre Padre José Pontes Pereira de cólera, doença até então incurável.

30 de Novembro de 1863.
Criação da Paroquia de São Raimundo Nonato, pela lei 1076 emanada de Dom Antônio dos Santos primeiro bispo do Ceara. Padre Benedito de Sousa Rego foi o primeiro padre.

10 de Outubro de 1870.
A lei provincial cria o município de Várzea-Alegre desmembrado-o  de Lavras da Mangabeira.

14 De Junho de 1910.
Nasceu no Sítio Lagoa dos Órfãos, no Sopé da Serra dos Cavalos Padre Antônio Batista Vieira, uma de nossas maiores inteligências. 

24 de Outubro de 1911 - O coronel Antônio Correia prefeito do município representa Várzea-Alegre na reunião denominada Pacto de Juazeiro. Movimento  liderado por Padre Cicero para fortalecer a região.

21 de Novembro de 1912.
Nascia em Várzea-Alegre o Jornalista Joaquim Correia Ferreira.

1915.
Se forma  em medicina, pela universidade da Bahia o primeiro filho de Várzea-Alegre Dr. Leandro Correia.,

05 de Novembro de 1922.
Padre José Alves de Lima casa Maria Firmino e Bil além de mais 21 casais.

11  de Março de 1926.
Maria  Firmino é assassinada pelo marido.

10 de novembro de 1926.
Conflito armado entre os aliados de Antônio Correia  e grupos políticos de oposição, que durou cerca de quatro horas, fato conhecido como "A Guerra de 26". O prefeito era Coronel José Correia Lima, eleito pelo  voto popular.

1928.
Padre José Ferreira Lobo inicia os trabalhos de demolição da igreja edificada em 1904 e inicia a construção do atual templo.

20 de maio de 1931.
O então Governo Provisório Manuel Fernandes Távora assina o decreto 193 extinguindo o Município de Várzea Alegre e anexando-o ao município de Cedro, tal medida seria para humilhar os "Correias".

04 de Dezembro de 1933.
O município é restaurado pelo decreto 1.156 de 1933.

08 de Dezembro de 1936.
Se forma em medicina o segundo filho de Várzea-Alegre  Dr. José Correia Ferreira.

20 de Janeiro de 1957.
É construída por José Alves de Oliveira, Zé Pretinho, uma capela  onde Maria Firmino foi assassinada por Bil.

04 de Outubro de l971.
Falece o Jornalista Joaquim Correia Ferreira.

15 de abril de 1977.
Numa noite de chuva, a torre da matriz de São Raimundo desabou, causando comoção aos devotos e católicos de nossa cidade, tornando-se um dos fatos mais marcantes na memória do nosso povo.

02 de dezembro de 1997.
Várzea Alegre foi surpreendida com o primeiro assalto a banco em nossa cidade, deixando a cidade em pânico e assustada. O episódio teve um final desastroso, na fuga os bandidos mataram o gerente do Banco do Brasil Manoel Daniel da Silva, a mando do bandido José Adauto Lima de Souza, conhecido como Zé Roberto, 37, já assassinado no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS , junto com o irmão Cairo Lima de Sousa em julho de 2006 ).

19 de abril de 2003.
Morre aos 93 anos de idade o Padre  Antônio Batista Vieira.

16 de Fevereiro de 2004.
Várzea Alegre amanhece isolada do restante do pais. Todas as vias interrompidas pelo desabamento de duas pontes na BR-230 Cachoeira Dantas e São Cosme, portanto antes e depois da sede do município, e a Ponte dos Grosso na estrada do Algodão). 

A cidade amanheceu sem energia, telefone, celular, internet, e a população em pavorosa com medo do Açude Olho D'água viesse a romper a parede, que chegou a faltar poucos centímetros para transbordar.

O açude sangrou pela primeira e única  vez, causando a maior enchente do Riacho do Machado nos últimos 100 anos.

193- Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Elmano é meu primo legitimo e afilhado. Trata-se de um rapaz de boa índole e formação criteriosa e muito trabalhador. Depois que cresceu deixou de me tomar a benção. Possui uma criação de cabras e bodes no sitio Sanharol.

Faz com facilidade grandes amizades e as sabe conservar. São muitos os amigos que nos dias de festas se reúnem, após o termino das mesmas, e, vão dormir na casa dele.
Certa feita uma turma de ressacados se acomodou no armazém que fica ao lado da casa e vizinho do chiqueiro das cabras.
De madrugada bateu uma dor de barriga condenada num deles e o caboclo pulou para o chiqueiro dos bodes. Fez o serviço e na ausência de papel higiênico deu de garra do rabo de um pai de chiqueiro, foram a riba, foram a baixo, e terminou se limpando.

No outro dia o Elmano estava irado. Queria porque queria saber quem era o cagão.

Desse dia em diante Elmano passou a vistoriar os bodes todos os dias. Dizia o meu pai que um dia o viu com um revolver numa mão e uma banda de tijolo na outra.
Segundo meu pai, a banda de tijolo amedrontava, o revolver assombrava e, depois se o sujeito insistisse, ele se valeria das pernas pra que te quero.


192- Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Raríssima fotografia do "Rei do Baião Luiz Gonzaga". A bordo de uma Rural Willys ano 1961.  Conduzida pelo jovem Chofer José Domingos de Moraes, Dominguinhos e mais outros componentes a bordos. 

A foto é do ano de 1969 em Itabaiana Sergipe e o cidadão que se encontra a frente da fotografia é João Marcelo residente da cidade e o fotografo foi o senhor Romeu Santos também morador de Itabaiana.

Quanta diferença de hoje em dia. Qualquer cantorzinho de meia pataca possui um jato para os deslocamentos e apresentar três ou quatro  shows por noite.  


191- Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Quando estavam demolindo a construção da antiga igreja de São Raimundo Nonato para reerguer o templo atual, em 1932, no mandato do Padre José Ferreira Lobo, foto abaixo, os trabalhos eram realizados em regime de mutirão. Eram marcados os dias para cada sitio ou localidade.


No dia do Sitio Sanharol, logo cedinho, se encontraram para fazerem a ordenha de suas vaquinhas os senhores Pedro Alves Bezerra, Pedro André, Antônio de Morais Rego, o nosso querido Pai Velho e José Alves Bezerra, o conhecido Zé de Chiquinho.

Zé de Chiquinho contou para os amigos, que na noite anterior, havia sonhado que estava em frente da igreja e a torre da mesma caía em sua direção, que ele saia correndo sendo perseguido pela mesma. Todos ficaram calados, porém Pai Velho disse: se eu fosse você eu não ia lá!

Zé de Chiquinho não levou a serio nem o sonho nem o conselho de Pai Velho e foi levar sua colaboração junto com os outros amigos do Sanharol. Na hora do almoço, suspenderam os trabalhos e ao reiniciarem Joaquim Alves Bezerra, o conhecido Salgueiro que se encontrava em cima de um andaime, soltou casualmente um tijolo no exato momento que seu cunhado Zé de Chiquinho se aproximava do local. O acidente o levou imediatamente a óbito, causando muita tristeza para toda família católica de Várzea-Alegre.



Continua como antes - Por Antônio Morais.


O então presidente da república Jânio Quadros, 1961, não se fez de rogado e respondeu em cima da bucha a pergunta de um jornalista sobre o Congresso Nacional : "Metade são incapazes e a outra metade, capazes de tudo".