Acho que a vida deve ser celebrada apesar de suas vicissitudes.
Celebremos com os cânticos, danças e risadas os momentos de felicidade.
Diz o compositor que rir é bom.
Só que rir de tudo é desespero.
O futebol é um lugar de celebrações.
E como é.
Assim como clama por um cadáver para chorar, o brasileiro adora fazer festa por qualquer razão.
Sobre isso, pisando em ovos, vou exercer minha compulsão pelo “comentário”.
Quando gigantes do futebol brasileiro desceram de divisões, deixaram potes de mágoa junto às suas numerosas torcidas.
Sofridos momentos vividos em situações onde não conseguiam ser identificados pelo que representam.
Pura expiação de culpas.
Nunca consegui entender, e aceitar, times da tradição de Vasco, Corinthians, Palmeiras e outros com envergaduras históricas a fazer carnaval pela conquista de título da segunda divisão.
Gigantes do futebol não podem se satisfazer com migalhas.
Não se pode dar valor excessivo a algo quase inexpressivo.
Quando subiu para a primeira divisão, o Ceará interditou as vias de acesso ao aeroporto na sua festa.
Já soma oito anos de ausência da elite.
O Fortaleza comemora a saída da série C com euforia impressionante.
Ceará e Fortaleza são dois gigantes do nosso futebol.
São marcas de valor reconhecido. No mais recente estudo, a BDO Consultoria colocou Ceará e Fortaleza entre as 40 marcas mais valiosas do futebol brasileiro.
A par desses fatos, pergunto: não se comemora demais por pouca coisa?
Nossas locomotivas são agradecidas por essas viagens ?
Não pretendo estragar celebração de ninguém.
Se trata apenas de um estranhamento de nossa parte.
Desse jeito. esses gigantes do futebol possuem um patrimônio muito grande. São milhares de torcedores capazes de oferecer a própria vida pelo clube. Os desvios de conduta dos dirigentes jogão fora esse patrimônio com administrações desastrosas e por vezes desonestas. Parabéns Wilton. Você disse tudo.
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